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Manual de Água Fria,


Água Quente e Águas Pluviais

Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento


de Instalações Hidrossanitárias

Revisado em: 28/01/2016


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INTRODUÇÃO

Este manual tem o objetivo de auxiliar qualquer membro a


compreender e executar um projeto hidrossanitário para a ENGETOP. Ele
possui o passo-a-passo de como deve ser feito um projeto de água fria, água
quente e águas pluviais complementando o assunto abordado pelos instrutores
da SPP. Deve, portanto, ser utilizado como uma ferramenta de solução de
dúvidas e ampliação da capacidade produtiva da equipe.

Data de Criação: Junho de 2012.

Revisões:

1. Novembro de 2012: Davi Carneiro, Talita Ravazzano e Carlos Eduardo.


2. Março de 2013: Fabíola Ramos.
3. Junho de 2013: Ramon Laert.
4. Setembro de 2013: Felipe Silveira e Tainá Borghi.
5. Maio de 2014: Geovaldo Júnior, Kauê Sales e Tiélen Freitas.
6. Agosto de 2014: Carolina Bastos, Gabriel Tarrão, Ivinis Coelho, Felipe Viana,
José Andrade, Kauê Sales e Pedro Araújo.
7. Maio e Junho de 2015: José Andrade.
8. Agosto de 2015: David Damacena, Gabriel Novelli, Josean Neto e Yuri Durval.
9. Dezembro de 2015: Diego Santana.
10. Janeiro de 2016: David Damacena, Gabriel Novelli, Ícaro Limoeiro e Lucas
Moura.
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Sumário

CONHECIMENTOS TEÓRICOS............................................................................................ 5
1. Projeto Hidrossanitário de Água Fria e Águas Pluviais ................................................. 5
2. Sistema de Abastecimento ........................................................................................... 6
2.1. Rede Pública........................................................................................................... 7
3. Sistemas de Distribuição............................................................................................... 7
3.1. Sistema Direto ........................................................................................................ 7
3.2. Sistema Indireto ..................................................................................................... 9
3.2.1. Sem bombeamento ......................................................................................... 9
3.2.2. Com bombeamento ........................................................................................ 9
4. Medição ...................................................................................................................... 10
4.1. Medição única ...................................................................................................... 10
4.2. Medição Individualizada ...................................................................................... 11
5. Reservatório................................................................................................................ 12
5.1. Dimensionamento do consumo diário de água ................................................... 12
5.2. Dimensionamento do abastecimento ................................................................. 13
5.2.1. Sistema de recalque ...................................................................................... 13
5.2.2. Reservatório .................................................................................................. 14
5.2.3. Conjunto Motor-Bomba ................................................................................ 15
5.2.4. Alimentador................................................................................................... 18
5.3. Elementos dos reservatórios ............................................................................... 19
5.3.1. Reservatório inferior (RI) ............................................................................... 19
5.3.2. Reservatório superior (RS) ............................................................................ 20
6. Projeto com acessibilidade ......................................................................................... 21
EXECUÇÃO DO PROJETO ................................................................................................. 25
1. Limpeza da prancha .................................................................................................... 25
2. Compatibilização das Plantas ..................................................................................... 28
3. Marcação de vigas e pilares........................................................................................ 28
4. Alocação das colunas D’águas .................................................................................... 29
5. Traçado ....................................................................................................................... 32
5.1. Traçado base ........................................................................................................ 32
5.2. Marcação dos pontos........................................................................................... 34
5.3. Traçado auxiliar em planta baixa para ramais ..................................................... 37
5.4. Alterar as alturas .................................................................................................. 38
6. Dimensionamento ...................................................................................................... 44
6.1. Ramais e colunas.................................................................................................. 44
6.2. Reservatórios ....................................................................................................... 45
6.3. Boiler .................................................................................................................... 49
7. Sistema de abastecimento ......................................................................................... 51
7.1. Alocar reservatório .............................................................................................. 51
7.2. Alocar entradas e saídas ...................................................................................... 51
7.2.1. Reservatório superior .................................................................................... 51
7.2.2. Reservatório inferior ..................................................................................... 53
7.3. Criar traçado de limpeza, extravasor e barriletes ............................................... 54
7.3.1 Ligação entre Reservatórios ..................................................................... 56
7.4. Dimensionamento do sistema de recalque ......................................................... 58
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7.5. Boiler .................................................................................................................... 62


8. Perda de carga ............................................................................................................ 64
8.1. Conceitos básicos ................................................................................................. 64
8.2. Preenchimento da planilha .................................................................................. 66
8.2.1. Reservatório / Barriletes ............................................................................... 66
8.2.2. Colunas .......................................................................................................... 72
8.2.3. Ramais ........................................................................................................... 74
9. Projeto em isométrico ................................................................................................ 76
9.2. Alocação das peças .............................................................................................. 76
10.3. Passo a Passo ..................................................................................................... 84
9.4. Alocar peças do reservatório ............................................................................... 88
10. Projeto em planta baixa ........................................................................................... 89
11. Gerando detalhes ..................................................................................................... 90
11.1. Isométrico .......................................................................................................... 91
11.1.1. Gerar detalhes ............................................................................................. 91
11.1.2. Limpeza do detalhe ..................................................................................... 93
11.1.3. Indicações .................................................................................................... 95
11.1.4. Quadro de peças ....................................................................................... 103
11.2. Planta Baixa ...................................................................................................... 104
11.2.1. Gerar detalhes ........................................................................................... 104
11.2.2. Indicações .................................................................................................. 104
11.3. Corte longitudinal do reservatório inferior ..................................................... 104
12. Captação de águas pluviais..................................................................................... 105
12.1. Dimensionamento do reservatório.................................................................. 105
12.2. Dinâmica de traçado ........................................................................................ 106
12.3. Demais cálculos do sistema de águas pluviais ................................................. 106
13. Mesa dos Reservatórios ......................................................................................... 106
14. Memorial Descritivo ............................................................................................... 108
14.1. Memorial Descritivo......................................................................................... 108
14.2. Memorial de cálculo ........................................................................................ 108
ANEXOS ......................................................................................................................... 111
CAIXAS D’ÁGUA (DIMENSÕES) ..................................................................................... 111
NORMOGRAMA DE PESOS, VAZÕES E DIÂMETROS ..................................................... 113
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CONHECIMENTOS TEÓRICOS

1. Projeto Hidrossanitário de Água Fria e Águas Pluviais

Um projeto hidrossanitário de água fria é um projeto que envolve a


alimentação e distribuição de água, que consiste em um conjunto de
tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, existentes a partir do
ramal predial. Essas tubulações estão destinadas ao abastecimento dos pontos
de utilização de água da residência, em quantidade suficiente, mantendo a
qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento, permitindo a
rastreabilidade e acessibilidade ao sistema em caso de manutenção.
O projeto de Águas Pluviais consiste no reaproveitamento da água da
chuva para alimentação de determinados aparelhos, como vaso sanitário,
torneiras externas etc. Também funciona com um conjunto de tubulações,
equipamentos, reservatórios e dispositivos, como o projeto de Água Fria.
As instalações prediais de água fria, para uso e consumo humano, regem-
se pela NBR 5626/92, que: “fixa as condições exigíveis, a maneira e os
critérios pelos quais devem ser projetadas as instalações prediais de água fria,
para atender às exigências técnicas mínimas de higiene, segurança, economia
e conforto dos usuários”.
A NBR 5626:1998 estabelece que as instalações prediais de água fria
devam ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício que as
contém, atendam aos seguintes requisitos:
a) Preservar a potabilidade da água;
b) Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade
adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito
funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e
demais componentes;
c) Promover economia de água e de energia;
d) Possibilitar manutenção fácil e econômica;
e) Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente;
f) Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização
adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões
satisfatórias e atendendo as demais exigências do usuário.
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A NBR 10844: 1989 estabelece que as instalações prediais de águas


pluviais devam ser projetadas de modo que, durante a vida útil do edifício
que as contém, atendam os seguintes requisitos:
a) Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos
dispositivos legais;
b) Ser estanques(Impermeáveis);
c) Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da
instalação;
d) Absorver os esforços provocados pelas variações térmicas a que
estão submetidas;
e) Quando passivas de choques mecânicos, ser constituídas de
materiais resistentes a estes choques;
f) Nos componentes expostos, utilizar materiais resistentes às
intempéries;
g) Nos componentes em contato com outros materiais de construção,
utilizar materiais compatíveis;
h) Não provocar ruídos excessivos;
i) Resistir às pressões a que podem estar sujeitas;
j) Ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade.

2. Sistema de Abastecimento

O primeiro passo que deve ser tomado, no momento da execução de um


projeto de água fria, é a definição do sistema de abastecimento, que irá
suprir toda a semana de água fria da residência. Ele pode ser de dois tipos:
 Público: provém de concessionárias. No caso de Salvador, da EMBASA.
 Privado: provém de poços artesianos, nascentes, dentre outros.

Obs.: Se a captação de água for feita a partir de uma fonte particular,


deve ser previsto um sistema de tratamento, a fim de se garantir a
qualidade da água para uso humano. Em caso de poços artesanais, deve-
se atentar ao que é pedido no item 5.1.3.3 da NBR 5626/98.
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2.1. Rede Pública

O abastecimento proveniente da rede pública não significa que o mesmo


será constante. A disponibilidade de suprimento de água fria da rede pública
pode ser sintetizada em três situações:
 Suprimento continuamente disponível e confiável: nesta forma de
suprimento, o abastecimento de água feito pela rede pública não
está sujeito a interrupções sistemáticas; as eventuais interrupções
estão compatíveis com a confiabilidade esperada da instalação.
 Suprimento continuamente disponível e não confiável: nesta forma de
suprimento, o abastecimento de água feito pela rede pública não
está sujeito a interrupções sistemáticas, porém, quando ocorrem,
estas interrupções não são compatíveis com a confiabilidade da
instalação.
 Suprimento com disponibilidade intermitente: nesta forma de
suprimento, o abastecimento de água está sujeito a interrupções
sistemáticas.
Faz-se necessário que o projetista, antes de definir qualquer coisa do
projeto, tenha a definição de qual tipo de suprimento à residência está
sujeita. Isso vai interferir diretamente no volume do reservatório. Para
projetos residenciais em Salvador a ENGETOP utiliza como padrão a
frequência de dois dias, caso o projeto seja fora da cidade deve-se consultar a
concessionária e, em último caso, o cliente.

3. Sistemas de Distribuição

Nessa etapa do projeto precisamos definir o sistema de distribuição que


iremos adotar no mesmo. O tipo de sistema irá determinar todo o traçado das
tubulações de água fria do projeto, portanto, deve ser definido desde início.
Eles são divididos em sistema direto e indireto.

3.1. Sistema Direto

O sistema direto é aquele em que todas as peças de utilização do


edifício estão ligadas diretamente à rede pública, através de uma rede de
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distribuição. Este sistema não é mais utilizado, pois a CORESAB (Comissão de


Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do Estado da Bahia),
através da Resolução Nº001/2011 de 16 de março de 2011, estabelece que:

“Art. 6º Para efetivação da ligação de água e/ou de esgoto a


PRESTADORA dos serviços cientificará ao interessado quanto à:
I – obrigatoriedade de:
[...]
e) dispor de reservatório domiciliar dimensionado segundo Norma
Técnica específica;
f) dispor de reservatório inferior com instalação de elevatória
(bomba), nos prédios com mais de um pavimento;”

Sendo assim, o Sistema Direto não pode ser utilizado em projetos. Segue
imagens de exemplo de sistema direto sem bombeamento (superior) e com
bombeamento (inferior).
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3.2. Sistema Indireto

No Sistema Indireto de distribuição todos os aparelhos e torneiras são


alimentados por um reservatório superior ao prédio, o qual pode ser
alimentado diretamente da rede pública, sem a necessidade de um
reservatório inferior, (quando for residência com apenas um pavimento), ou
alimentado por meio de recalque (bombeamento) a partir de um reservatório
inferior (esse tipo é obrigatório para residências com mais de um pavimento).

3.2.1. Sem bombeamento

Neste caso a água da rede


pública é levada diretamente para
um reservatório e a alimentação da
edificação será descendente (de
cima para baixo), ou seja, do
reservatório desce por gravidade até
os pontos de consumo. É utilizado
quando a pressão da rede é
suficiente, mas sem continuidade.

3.2.2. Com bombeamento

Neste sistema a água da rede


pública é armazenada em um
reservatório inferior e bombeada
para outro mais alto, denominado
reservatório superior. A água é
distribuída a partir do reservatório
superior, no sentido descendente, ou
seja, do reservatório a água desce por gravidade até os pontos de consumo.
É obrigatoriamente utilizado em residências com mais de um pavimento,
(opcional para residências com apenas um pavimento) sendo necessária a
utilização de bombas de recalque (motobombas).
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4. Medição

Agora que já foi definido o sistema de abastecimento, iremos analisar o


tipo de medição do projeto, definindo, com isso, qual o caminho da água.
Para que o consumo de água seja contabilizado e reproduzido nas contas
fornecidas pela EMBASA, faz-se necessário a implantação de um aparelho, o
hidrômetro, que será responsável pela medição.
 Hidrômetro: é um instrumento de medição volumétrica de água. É
utilizado em larga escala por empresas de saneamento básico (Ex.:
EMBASA) para medir o consumo dos usuários, permitindo a emissão
das contas de acordo com o volume consumido por cada um.
Os medidores (hidrômetros) devem ficar em lugares de fácil acesso, de
preferência, em locais que, mesmo que não tenha ninguém na residência, seja
possível acessá-lo. Aconselhamos localizá-lo nos muros externos da residência
ou em locais parecidos.
Cada hidrômetro é responsável
por somente uma conta de água. Com
isso concluímos que em prédios onde
cada apartamento tem sua própria
conta de água, a medição ocorre com
um hidrômetro para cada
apartamento, o que chamamos de
medição individualizada.

4.1. Medição única

A medição única é bastante simples e não afeta, de forma significativa,


o projeto de água fria. Essa medição ocorre da seguinte maneira:

Logo, podem sair quantos barriletes forem necessários do reservatório


para suprir a demanda de água dos aparelhos da residência.
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4.2. Medição Individualizada

Nesse caso deve existir um medidor para cada residência ou apartamento


e ocorre da seguinte maneira:
Com isso, algumas observações devem ser feitas:
 A medição não pode ocorrer antes de passar pelos reservatórios por que
ela precisa ser “dividida” de acordo com o número de
apartamentos;
 Será necessária uma bomba de recalque para subir toda a água para o
reservatório superior;
 No reservatório superior será feita a divisão da água. Essa divisão é
feita de uma forma bem simples, por barriletes (colunas de
distribuição de água). Do reservatório irá “descer”, para cada
medição, somente uma coluna de distribuição.
 Após a medição da água, os barriletes são direcionados para os seus
respectivos apartamentos. Segue exemplo abaixo.
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5. Reservatório

Nessa etapa do projeto, de acordo com o sistema de distribuição do


projeto, definimos o(s) reservatório(s) que iremos utilizar no projeto. O
reservatório pode ser de dois tipos:
 De polietileno: é um reservatório pré-fabricado. Sua representação
gráfica é feita através das dimensões obtidas no site da FORTLEV:
http://www.fortlev.com.br/ (modelo padrão” adotado pela
ENGETOP). Esse tipo de reservatório é mais utilizado para
reservatórios superiores, por ser mais leve e por diminuir o tempo
de execução na obra, já que ele é pré-fabricado.
 Concreto: ele possui o formato de uma caixa retangular, desta forma, é
necessário dimensioná-lo de acordo com a quantidade necessária de
água para o abastecimento.
Este último tipo é utilizado geralmente para reservatórios inferiores e,
em casos exclusivos, para os superiores, quando o dimensionamento previsto
resulta em um volume que extrapola os modelos encontrados em PVC.

5.1. Dimensionamento do consumo diário de água

Para a execução do projeto, deve-se utilizar a planilha hidrossanitária,


pois nela constam informações do dimensionamento que serão utilizados para
realização de cálculos no memorial.
OBSERVAÇÂO: O reservatório deve ser dimensionando considerando
possíveis acontecimentos que demandam uma quantidade significativa de
água, como incêndios e falta de água.
Em caso de incêndios, os reservatórios podem possuir uma reserva de
água destinada a esse tipo de incidente. Neste caso, 20% do volume previsto
para o consumo diário deverá ser reservado, e as saídas das tubulações que
abastecerão os equipamentos deverão estar a 10cm (dez centímetros) da base
do reservatório. Este volume é que compõe a reserva de incêndio.
A fórmula do consumo diário é dada por:

Onde, ‘P’ é o consumo per capita e ‘q’ a quantidade de pessoas.


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5.2. Dimensionamento do abastecimento

Cada tubulação deve ser


dimensionada de modo a garantir
abastecimento de água com vazão,
velocidade e pressões mínimas e
máximas adequadas. O
dimensionamento do abastecimento
se baseia em três etapas: Sistema de
recalque, Alimentador e Reservatório.

5.2.1. Sistema de recalque

5.2.1.1. Tubulação de Sucção e Recalque

A tubulação de sucção é aquela compreendida entre o ponto de tomada


no reservatório inferior e o orifício de entrada da bomba. Na entrada da
tubulação de sucção, deve ser instalado um dispositivo de proteção contra o
ingresso de eventuais objetos (crivo simples ou válvula de pé com crivo). A
tubulação de recalque é aquela compreendida entre a bomba e o reservatório
superior. Ou seja, a tubulação de sucção fica antes da bomba e a de recalque
fica depois. A tubulação de sucção não é dimensionada, adota-se
simplesmente o diâmetro comercialmente disponível, imediatamente superior
ao diâmetro de recalque.

5.2.1.2. Vazão de recalque

A vazão de recalque é o volume de água que irá passar pelo tubo em um


determinado tempo, ele pode ser calculado por:
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Como sabemos CD é o consumo diário.


Na ENGETOP, utilizamos para o NF = 4,5 horas, ou seja, consideramos que
a bomba funciona 4,5 horas por dia.

5.2.1.3. Diâmetro da tubulação de recalque

O cálculo do diâmetro da tubulação de recalque é feito de acordo com a


fórmula de Forchheimer-Bresse:

Sendo que:
Dr – diâmetro de recalque em metros
k – coeficiente de Bresse (varia entre 0,75 e 1,40). Normalmente, no
Brasil adota-se k=1,30.
X – NF/24, onde NF é o número de horas de funcionamento da bomba por
dia (Em caso de dúvida com relação ao NF. favor rever o cálculo da vazão
de recalque).

5.2.1.4. Diâmetro da tubulação de sucção

Ela não é dimensionada. Adota-se o diâmetro comercialmente


disponível, imediatamente superior ao diâmetro de recalque.

5.2.2. Reservatório

5.2.2.1. Sistema indireto com reservatório superior e inferior

Neste tipo de sistema, tem-se o alimentador predial com válvula de


boia, um reservatório inferior, uma instalação elevatória e um reservatório
superior. Os dimensionamentos do reservatório superior e da instalação
elevatória estarão diretamente relacionados. A partir disso, temos que o
dimensionamento do volume do reservatório inferior e superior são,
respectivamente,
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Em que:
VRS – volume do reservatório superior;
VRI – volume do reservatório inferior;
CD – consumo diário total;
VCIS – volume para combate de incêndio com sprinklers;
VCIH – volume para combate de incêndio com hidrantes;
VAC – volume necessário para o sistema de ar condicionado.

OBS: Há distâncias mínimas para a serem respeitadas no reservatório


inferior, a tubulação de sucção tem que está abaixo do alimentador, para as
seguintes finalidades:
- Evitar a entrada de ar na tubulação de sucção da bomba;
- Evitar arraste de material de fundo.

5.2.3. Conjunto Motor-Bomba

É o aparelho responsável por elevar a pressão da água que irá sair pela
tubulação de recalque até o reservatório superior. A escolha do conjunto
motor-bomba passa pela determinação da vazão de recalque (QREC). Segue
imagem de uma motobomba.

5.2.3.1. Altura Geométrica

Denomina-se altura geométrica ou estática, a altura de elevação do nível


mínimo do reservatório inferior ao nível máximo do reservatório superior. A
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altura geométrica pode ser dividida em duas parcelas: altura estática de


sucção e altura estática de recalque.

Hg= Hgs + Hgr

Hg – Altura geométrica
Hgs – distância vertical do nível de água no reservatório inferior (10 cm
acima da válvula de pé) ao eixo da bomba (entrada de água).
Hgr – distância vertical do eixo da bomba ao ponto de descarga do
recalque.

De forma mais expressa, a altura geométrica pode ser calculada por:


Hg = altura do reservatório inferior + (altura do pé esquerdo x nº de
pavimentos) + espaço para o barrilete + altura do reservatório superior.

5.2.3.2. Altura Manométrica

A altura manométrica é a altura a ser vencida quando o sistema está


em operação. Isto é, a soma da altura geométrica + perdas de carga totais na
sucção + perdas de carga totais no recalque.

Hm= Hg+∆Hs +∆Hr


Sendo,
Hg = Hgs + Hgr
∆Hs = Js(LRs +LEs)
∆Hr = Jr(LRr+LEr)

Em que,
Hg – Altura geométrica
Hgs – Altura de Sucção
Hgr – Altura de Recalque
∆hs – Perda de carga total na Sucção
Js – Perda de carga unitária na sucção (ábaco de FAIR WHIPPLE-HSIO)
LRs – Comprimento real da tubulação de sucção
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LEs – Comprimento equivalente ou localizada na sucção


∆hr – Perda de carga total no recalque
Jr – perda de carga unitária no recalque (ábaco de FAIR WHIPPLE-HSIO)
LRr – Comprimento real da tubulação de recalque
LEr – Comprimento equivalente ou localizada no recalque

5.2.3.3. Potência do conjunto motor-bomba

A potência necessária para vencer o desnível, entre o reservatório


inferior e superior, mais as perdas de cargas, transportando uma vazão do
reservatório inferior para o reservatório superior. Essa potência é calculada
pela expressão:

Em que,
P – potência do conjunto moto-bomba, em cavalo vapor (cv)
ɣ – peso específico do fluido bombeado (para a água= 1.000kg/m³)
Qr – vazão de bombeamento do sistema em m³/s
Hm – altura Manométrica em metros
ɳ – rendimento global do conjunto moto-bomba (adotado para
cálculo ɳ=40%=0,40).
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5.2.4. Alimentador

Segundo a NBR 5626, o alimentador predial é a tubulação que liga a


fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso doméstico. No
projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor máximo da pressão
da água proveniente da fonte de abastecimento. O alimentador predial deve
possuir resistência mecânica adequada para suportar essa pressão. Além da
resistência mecânica, os componentes devem apresentar funcionamento
adequado sob altas pressões, principalmente evitando ruídos e vibrações.
A vazão a ser considerada para o dimensionamento do alimentador
predial é obtida a partir do consumo diário:

A tabela abaixo apresenta os diâmetros de alimentador predial em


função da velocidade e do consumo diário.
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5.3. Elementos dos reservatórios

5.3.1. Reservatório inferior (RI)

O reservatório inferior é ligado ao alimentador predial e à tubulação de


recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. Composto por:
 Alimentador predial: Tubulação que abastece o reservatório inferior e
que provem da concessionária de água.
 Automático de boia: Sistema que ao abrir, proporciona que o
reservatório inferior seja alimentado pelo alimentador predial, assim que
chegar a um determinado nível, o sistema é fechado (manual ou
automaticamente, depende do que for utilizado) e o abastecimento do
reservatório inferior é interrompido.
 Conjunto motobomba: É um conjunto destinado a dar pressão a água
para que ela suba até o reservatório superior.
 Tubulação de recalque: Grosseiramente, podemos definir que a
tubulação de recalque é a que fica após a motobomba e é responsável
por levar a água até o reservatório superior.
 Tubulação de sucção: Também grosseiramente, podemos definir a
tubulação de sucção como a tubulação que fica antes da motobomba e é
responsável por, como o próprio nome já induz, sugar a água do
reservatório inferior para a motobomba.
 Válvula de pé com crivo: As válvulas de Pé com Crivo são instaladas nas
partes inferiores das tubulações verticais que contém sucção por
bombas, com o objetivo de reter a coluna d’água, quando houver
paralisação das bombas, facilitando dessa forma sua reativação. O
posicionamento desta válvula no reservatório inferior deverá impedir
tanto a sucção de partículas sólidas depositadas no fundo do poço, bem
como evitar que, com o funcionamento, seja a mesma descoberta,
passando a bomba a aspirar ar.
 Válvula de retenção: É um dispositivo mecânico que somente permite a
água escoar em uma direção apenas. Quando a motobomba para, ela
impede que a água que estava seguindo para o reservatório superior
retorne e danifique a motomba.
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 Extravasor ou “ladrão”: tubulação destinada a escoar os eventuais


excessos de água dos reservatórios e das caixas de descarga. Seu
diâmetro nominal (DN) deve ser igual ou superior ao DN de alimentação,
como padrão utilizaremos um DN igual.
 Ramal predial: Tubulação compreendida entre a tomada de água na rede
pública de abastecimento e a extremidade a montante do alimentador
predial ou de rede predial de alimentação. O ponto onde termina o
ramal predial é definido pela concessionária.

 No reservatorio inferior depois da união da tubulação de limpeza e de


extravasão, o tubo deve caminhar direto para a rede pública de
drenagem, sem passar pelas caixas de esgoto.

5.3.2. Reservatório superior (RS)

O reservatório superior é ligado ao alimentador predial ou a tubulação


de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. Ele é
composto por:
 Tubulação de entrada por aonde a água chega do reservatório inferior
ou direto da embasa.
 Extravasor ou “ladrão”: tubulação destinada a escoar os eventuais
excessos de água dos reservatórios e das caixas de descarga, não
precisa ser dimensionada. Deve-se adotar um diâmetro comercial
imediatamente superior ao diâmetro da alimentação dos reservatórios.
 Tubulação para limpeza: Tubulação destinada ao esvaziamento do
reservatório para permitir a sua manutenção e limpeza.
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 Barrilete: Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do


qual se derivam as colunas de distribuição.
 Inspeção: Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e
tubulações.
 Torneira de bóia: Válvula com bóia destinada a interromper a entrada
de água nos reservatórios e caixas de descarga quando se atinge o nível
operacional máximo previsto.

6. Projeto com acessibilidade

Em casos de projetos com acessibilidade, de acordo com a norma NBR


9050:2004, algumas alturas devem ser respeitadas:

Os lavatórios devem ser suspensos, sendo que sua borda superior deve estar a
uma altura de 0,78 m a 0,80 m do piso acabado e respeitando uma altura livre
mínima de 0,73 m na sua parte inferior frontal. O sifão e a tubulação devem
estar situados a no mínimo 0,25 m da face externa frontal e ter dispositivo de
proteção do tipo coluna suspensa ou similar [...]
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“O acionamento da descarga deve estar a uma altura de 1,00 m, do seu


eixo ao piso acabado, e ser preferencialmente do tipo alavanca ou com
mecanismos automáticos [...]

As bacias sanitárias devem estar a uma altura entre 0,43 m e 0,45 m do piso
acabado, medidas a partir da borda superior, sem o assento. Com o assento, esta
altura deve ser de no máximo 0,46 m [...]
23

O chuveiro deve ser equipado com desviador para ducha manual e o controle de
fluxo (ducha/chuveiro) deve ser na ducha manual. Os registros ou misturadores
devem ser do tipo alavanca, preferencialmente de monocomando, e ser
instalados a 0,45 m da parede de fixação do banco e a uma altura de 1,00 m do
piso acabado. A ducha manual deve estar a 0,30 m da parede de fixação do
banco e a uma altura de 1,00 m do piso acabado [...]

Os lavatórios devem ser suspensos, sendo que sua borda superior deve estar a
uma altura de 0,78 m a 0,80 m do piso acabado e respeitando uma altura livre
mínima de 0,73 m na sua parte inferior frontal. O sifão e a tubulação devem
estar situados a no mínimo 0,25 m da face externa frontal e ter dispositivo de
proteção do tipo coluna suspensa ou similar. Não é permitida a utilização de
colunas até o piso ou gabinetes. Sob o lavatório não deve haver elementos com
superfícies cortantes ou abrasivas.
24

O mictório deve ser provido de barras verticais de apoio, fixadas com


afastamento de 0,60m centralizado pelo eixo da peça, a uma altura de 0,75 m do
piso acabado e comprimento mínimo de 0,70 m [...]
25

EXECUÇÃO DO PROJETO

1. Limpeza da prancha

Para melhor visualização e para otimização do trabalho, ao elaborar um


projeto hidrossanitário é necessário que se enxugue o projeto, retirando as
informações desnecessárias do mesmo.
Ao iniciar o projeto deve-se excluir:

 Cotas (inclusive as de níveis. No entanto, não se deve retirar as cotas


de janela, pois são importantes para sabermos até que altura podem
passar as tubulações.);
 Linhas de corte;
 Blocos de azulejo;
 Blocos de eletrodomésticos;
 Móveis;
 Portas;
 E todos os blocos que não têm ligação com projetos hidrossanitários.
 Informações de área e perímetro do cômodo.

É necessário que não se retire


peças como, chuveiro, vaso sanitário,
pias, torneiras. Não se devem excluir
peças com posição fixas como armários,
geladeiras, fogão (local pré-definido em
planta-baixa) para que não se coloque
peças hidrossanitárias (caixas e ralos
sinfonados) no mesmo local.

Figura 2.1. Projeto de Edificações


26

É interessante que se deixem os


nomes dos cômodos visto que não é
recomendada a passagem de
tubulações por certos lugares (quartos
ou locais de permanência muito
grande). Porém, indica-se que
diminua os nomes dos cômodos e
mova-os para o canto do cômodo, de
forma que não atrapalhe no desenho
do traçado. Figura 2.1. Prancha Limpa

Após executar o procedimento de limpeza em todas as plantas-baixas,


criaremos um bloco de cada pavimento para melhor visualização de onde
alocar os tubos de quedas – veremos no próximo Item.
Esse procedimento deverá ser executado em cada planta-baixa.
Primeiramente, exploda toda a planta-baixa para que, caso existam blocos
nela, estes sejam desfeitos. Proceda da seguinte maneira: Selecione a planta-
baixa como um todo e digite “explode” no prompt de comando e aperte
“enter”. Em seguida,
copie a mesma para um
espaço vazio do AutoCAD.
Utilizando a planta-baixa
copiada selecione a
mesma por completo,
mude o layer para “ARQ
BLOCO” e mude a cor de
seus componentes
clicando nesta área do
CAD que normalmente
fica escrito “ByLayer”.
27

Após deixar toda a planta com determinada coloração você


transformará esta em um “bloco”. Selecione todos os elementos da planta-
baixa e digite “block” no prompt de comando e, em seguida, aperte “enter”.
Uma janela aparecerá para que se defina o bloco a ser criado. Digite um nome
para o bloco e clique em ok (Caso apareça uma segunda janela, clique em ok).

Agora sua planta-baixa


será sempre selecionada
como um único bloco.
Repita o procedimento para
todos os demais pavimentos
que houver no projeto.
28

2. Compatibilização das Plantas

Para alocar o tubo de queda, faz-se necessário identificar quais as


paredes que são coincidentes em toda a residência. Primeiro, é necessário
compatibilizar as plantas-baixas dos pavimentos. Nesta etapa, a utilização de
blocos – realizado na 1ª etapa do Manual – é essencial. Com todas as plantas
baixas em bloco, cada uma com uma coloração diferente, coloque-as todas
elas sobrepostas, mantendo as plantas na mesma posição no terreno.
Com as plantas sobrepostas, é possível verificar quais paredes são
coincidentes a fim de identificar qual é o melhor local para descer as
tubulações verticais.

DICAS:
- Ao alocar as colunas lembre-se: É preferível ter mais uma coluna no
projeto a ter uma coluna que abasteça um ramal de comprimento maior.
- Se a coluna for abastecer apenas cômodos do andar superior, não há
necessidade de estar em paredes coincidentes.
- Deve-se compatibilizar o projeto de águas com o projeto de esgoto e o
elétrico, para que não exista elementos de outros projetos se cruzando
ou ocupando o mesmo local, para tanto é necessário discussões com
todos os projetistas para que não existam “surpresas” na finalização do
projeto.

3. Marcação de vigas e pilares

Caso o cliente forneça uma planta estrutural, é necessário que ela seja
compatibilizada com as plantas-baixas, pois há informações de posição de
vigas e pilares por onde não devemos passar com tubulações devido ao esforço
estrutural. Caso não exista planta estrutural, mas seja possível aferir uma
provável posição desses elementos, é bom que seja evitada a passagem de
tubulações pelo local. Em geral, não se deve passar tubulações (por) ou alocar
colunas em encontros de paredes, pois a chance de haver pilares é muito
grande. Veja os exemplos a seguir:
29

4. Alocação das colunas D’águas

As colunas devem levar água para diversos andares da residência. Um


item que não pode ser esquecido no traçado da planta baixa é a sinalização
dos locais por onde as colunas de distribuição de água poderão estar
localizadas. Será a partir das colunas que iremos realizar o traçado e essa
marcação deverá ser feita por uma circunferência com diâmetro
dimensionado através da planilha e representado no projeto.
Devemos nos atentar a não alocar colunas em paredes que,
possivelmente, venham a ser estruturais. Exemplos:

- Paredes externas
- Paredes ao redor de escadas
- Pilares estruturais

Também não é possível alocar colunas em áreas que contenham vãos, ou


seja, onde haja janelas, portas, etc.

ATENÇÃO:
É importante reforçar que as colunas não podem estar alocadas nos
pontos sinalizados, mas isso não quer dizer que não existirão tubulações
30

passando por paredes estruturais. Os ramais poderão passar por essas paredes
para alimentar os pontos de água caso haja necessidade.

Observe os exemplos a seguir:

 Áreas em que não podem ser alocadas as colunas (em vermelho):

 Paredes em que podem ser alocadas colunas para os dois


pavimentos (em verde claro):
31

 Paredes em que podem ser alocadas as colunas somente para o


pavimento superior (em verde claro):

Caso não existam paredes coincidentes que atendam às exigências


acima, será necessária a criação de um SHAFT.

 O que são Shaft’s?

O shaft é uma estratégia muito utilizada para a alocação de tubos e


eletrodutos. Os projetistas recorrem a ele, quando, em uma construção, não
existem locais por onde possam passar esses itens. Eles funcionam como
“paredes falsas” que, ao invés de serem preenchidas por “tijolos”, são
“ocas”, permitindo que os tubos sejam alocados.
O shaft também pode ser, simplesmente, feito de argamassa. Coloca-se
o tubo na “quina” de uma parede (como está na bolinha amarela) e preenche-
se com argamassa o resto até parecer realmente uma quina.

Observe o exemplo a seguir:

 Paredes com possibilidade de alocação de Shaft’s (em amarelo):


32

5. Traçado

5.1. Traçado base

Antes de iniciar o traçado auxiliar, é importante definir a distância entre


os ramais e a face da parede. Essa distância vai variar de acordo com o
diâmetro nominal previsto para a tubulação do cômodo em questão. No caso
das tubulações mais comuns de 20 ou 25mm, é necessário traçar uma linha
paralela à parede com um distanciamento de 3cm. Veja a figura abaixo:
33

Logo em seguida, é preciso definir os pontos em que as colunas serão


alocadas. Recomenda-se que as colunas de Água Fria, Água Quente e Águas
Pluviais sejam preferencialmente alocadas próximas umas das outras, com a
de água fria no meio, para facilitar a manutenção e a execução do projeto.
Veja o exemplo a seguir:
34

5.2. Marcação dos pontos

Inicialmente, definimos “pontos” como os locais onde deverá ocorrer o


abastecimento de água de cada aparelho. Nesta etapa do projeto, você
deverá marcar esses locais na planta baixa para, posteriormente e a partir
dessas referências, realizar o traçado auxiliar.
Todas as peças possuem um local pré-determinado para a alocação do
abastecimento de água. Recomendamos, portanto, a utilização das tabelas:

Tabela 2.1 – Posicionamento dos Pontos de Água Quente


35

Tabela 2.2 – Posicionamento dos Pontos de Água Fria / Água Pluvial


36

Como proceder?
Primeiro passo: Traçar uma reta para definir o eixo da peça.

Segue, abaixo, um exemplo de como marcar os pontos utilizando as


referências acima. Para iniciar esta etapa, verifique o distanciamento
indicado nas tabelas e baseie-se sempre pelo eixo da peça. Lembre-se de
utilizar os layers adequados.

Segundo passo: Mova o eixo de acordo com o que indicam as tabelas.


37

Terceiro passo: Também é necessário fazer um traçado para definir o


ponto onde ficará o registro de gaveta. O mesmo servirá para fechar toda a
passagem de água do cômodo caso seja necessária a manutenção das
tubulações. Nesse sentido, é necessário que haja um registro de gaveta em
cada cômodo onde houver distribuição de água a fim de evitar a interferência
nos ramais dos outros cômodos no momento da manutenção.

ATENÇÃO:
Nos casos em que, além da distribuição de Água Fria, há também
distribuição de Águas Pluviais ou Água Quente, deverão ser alocados registros
de gaveta para cada um destes ramais.

*Em destaque na figura: as marcações dos registros de gaveta.

5.3. Traçado auxiliar em planta baixa para ramais

Após a identificação dos pontos, devem ser traçadas as linhas que


representarão os ramais que conduzirão a água da sua respectiva coluna até
os pontos de abastecimento.
38

Essas linhas servem apenas para demarcar onde passará a tubulação.


Posteriormente, iremos alocar as peças e indicar o sentido do fluxo da água.

Dessa forma, levaremos a água do reservatório aos pontos de distribuição


(chuveiro, lavatórios, duchas higiênicas, bacias sanitárias, pia de cozinha,
máquina de lavar, etc.).

5.4. Alterar as alturas

Para gerar nosso desenho isométrico precisamos


ativar uma vista isométrica e, para isso, você deverá clicar
em uma das extremidades do cubo representado no canto
direito superior da área de trabalho do AutoCAD (veja
imagem ao lado).
39

Após abrir a vista isométrica, o projetista deve analisar as alturas que


cada tubulação terá. Esse item depende muito do projeto arquitetônico da
edificação e das possibilidades que ele apresenta. Trata-se de uma convenção
que todas as tubulações do projeto de Água Fria, de preferêcia, devem passar
a uma altura de 60cm do chão. Os projetistas tentam, ao máximo, se adequar
a essa “regra”, porém nem sempre isso é possível. Já as tubulações de Águas
Pluviais, devem passar sempre 10cm abaixo da tubulação de Água Fria, sendo
assim, a 50cm do chão e as tubulações de Água Quente devem passar 10 cm
acima da tubulação de Água Fria, ou seja, geralmente a uma altura de 70 cm.
Além dessa convenção, é dever
do projetista atentar-se à altura do
ponto de água dos equipamentos.
Como já foi dito anteriormente, cada
um possui uma “entrada” fixa de água
e é preciso basear-se nessa altura para
realizar o traçado isométrico. Sendo
assim, teremos que ter sempre em
mãos a tabela de Posicionamento dos
Pontos de Água (págs. 34 e 35 deste
manual).
40

Os registros de gaveta dos ramais de Águas Pluviais também deverão


estar 10cm abaixo do registro de Água Fria. Seguindo a mesma lógica, o
registro de Água Quente deverá ficar 10 cm acima do registro de Água Fria.
Primeiramente, o projetista tem a liberdade de fazer os traçados
separados, ou seja, copiar a planta e, em uma planta fica apenas o traçado de
Água Fria, e na outra apenas o traçado de Águas Pluviais, e em uma terceira,
apenas o traçado de Água Quente. Mas isso não é uma regra, depende do
projetista. Este manual fará as plantas separadas para melhor visualização.
O traçado isométrico, a grosso modo, são linhas que representam o
caminho das tubulações, tal como demonstra a imagem abaixo.

O primeiro passo que devemos tomar é determinar a altura em que


percorrerá a tubulação naquele cômodo. Naturalmente, isso acontecerá a 50,
60 ou 70cm do chão, a depender da tubulação. De acordo com o tipo de
ramal, move-se toda a linha das tubulações que estão no “chão” 50cm, 60cm
ou 70cm para cima. O CAD mostrará em qual eixo está sendo movida a linha,
portanto é fundamental prestar atenção para que ela seja movida no “eixo z”.
O comando ortho deve estar ligado SEMPRE!
Todo cômodo deve possuir um registro que feche toda a sua distribuição
de água para que, em caso de incidentes, seja possível fechar a distribuição
de água no local evitando maiores problemas.

DICA DE MESTRE: Coloque o projeto em duas vistas, uma em isométrico


e a outra em planta baixa a fim de garantir que o traçado não esteja
“fugindo” do correto.

Na aba superior, selecione o botão VIEW>>>VIEWPORTS>>2 VIEWPORTS


como segue na imagem. A partir daí, o CAD pedirá a orientação da vista
41

(horizontal ou vertical). Para uma melhor execução do projeto, recomenda-se


a opçaõ vertical.

A seguir, será demonstrado o passo-a-passo baseado num projeto fictício


de Água Quente. Para os projetos de Água Pluvial e Água Fria, podem ser
seguidos os mesmos passos, bastando respeitar as alturas dos tipos de ramal.

Como percebemos, em um banheiro, o registo de gaveta de Água Quente


fica próximo aos cantos das paredes
(afastada geralmente a 15cm) e passa a
1,90m do chão.

Após definir a tubulação principal,


coloque os pontos de água de cada
equipamento na altura correta. Basta,
portanto, mover a linha que determina o
ponto de abastecimento até a altura
indicada pelas tabelas 2.1 ou 2.2.
42

Após esse procedimento, una os pontos à tubulação principal.


43

Os traçados de Água Fria e Águas Pluviais são feitos da mesma forma que
o de Água Quente. Sendo assim, ficarão como a imagem a seguir:

Obs.: O traçado de Água Fria, Água Quente e Água Pluvial tem registros
de gaveta diferentes. Dessa forma, as tubulações podem ser interrompidas
independentemente.
44

6. Dimensionamento

6.1. Ramais e colunas

O dimensionamento dos ramais e colunas é feito com base no critério do


consumo máximo provável. Para executar o dimensionamento, deve-se abrir a
planilha de cálculo de hidrossanitário na aba “Ramais/Colunas”. Tanto os
ramais como as colunas são dimensionados com base no peso relativo das
peças/trechos que deverão alimentar.
Para o dimensionamento dos ramais devem-se selecionar todas as peças
que deverão ser alimentadas por aquele ramal. A planilha automaticamente
gerará o valor da peça de cada peça e ao lado a soma dos pesos daquele
ramal. Na coluna destacada em vermelho terá o valor daquele ramal com base
nos pesos de cada peça.

Para o dimensionamento das colunas ao invés de considerarmos a soma


dos pesos das peças, consideraremos a soma dos pesos dos ramais que são
alimentados por esta coluna. Exemplo: a coluna 1 alimenta o WC1 e o WC2 do
segundo pavimento além de outro WC3 no primeiro pavimento. De posse dos
pesos de cada ramal, você irá à aba “Colunas” da planilha e informará os
pesos de cada ramal.
45

Assim como no dimensionamento dos ramais, a planilha gerará a soma


dos pesos e o diâmetro da coluna.

6.2. Reservatórios

O dimensionamento dos reservatórios de água fria é feito na planilha de


cálculos hidrossanitários. Para obter os resultados, o projetista deverá
inicialmente preencher a aba “Informações Básicas”, onde deverá ser
informado o número de quartos sociais e dependências. A planilha gerará o
número de habitantes automaticamente.
46

Caso o projeto seja de um empreendimento que não será residência,


deve-se utilizar a parte 1.2 que é destinada a outros empreendimentos. Para
esse cálculo o projetista deve informar a área total do edifício e o tipo do
empreendimento (hotel, loja, escritório ou hospital).

Após o preenchimento das informações básicas o projetista deverá


acessar a aba “Reservatório de AF” para continuar o cálculo dos reservatórios.
Observe que as informações que foram inseridas na aba “Informações básicas”
aparecerão automaticamente na aba “Reservatório de AF”. Assim, verifica-se
a importância do preenchimento dessas informações logo no início do projeto.
47

Dando continuidade ao cálculo, deverá ser informado o tipo de


construção. Lembre-se que, para residências, utiliza-se o tipo de
construção “apartamentos” e não “residências”. Após o preenchimento da
informação, a planilha gerará o consumo diário de cada habitante daquela
construção e depois o consumo total diário do empreendimento.
Em seguida, o projetista deve informar com que frequência ocorre o
abastecimento de água no empreendimento. Para projetos em Salvador, a
ENGETOP considera 2 dias de abastecimento, porém é importante que essa
informação seja confirmada pelo cliente.
O alimentador predial não é dimensionado, o seu valor será obtido
através da tabela abaixo. Ele será baseado na velocidade do abastecimento e
no consumo diário do empreendimento. O projetista deve encontrar o valor
do alimentador predial e informa-lo a planilha.

Obs.: De acordo com a EMBASA, considera-se a velocidade de 1,0m/s


para o abastecimento.

Após definido o diâmetro do alimentador, o projetista deverá informar


se o seu projeto possui reservatório inferior. Caso possua, coloque um “x” no
espaço indicado para o “sim” na planilha para que ela informe quais serão as
capacidades de cada reservatório.
48

É importante tomar conhecimento sobre a vontade do cliente, e


principalmente observar a necessidade do empreendimento de haver ou não
uma reserva de combate a incêndio. Caso tenha que ser acrescido essa
reserva, basta colocar um “x” no espaço indicado para o “sim” na planilha
que ela informará o quanto deverá ser acrescido ao volume.
No item “Capacidades Corrigidas” estará o valor final dos reservatórios.

Como a ENGETOP utiliza os modelos de reservatório da Fortlev como


referência, muitas vezes o volume indicado pela planilha não será compátivel
exatamente com esses modelos. Por isso, é feito um arredondamento para
cima pela própria planilha que, por sua vez, informa as dimensões necessárias
para o reservatório.
Como o reservatório inferior geralmente é feito de concreto, o projetista
tem total liberdade para definir as suas dimensões. Na planilha, deve-se
informar a altura, o comprimento e a largura do reservatório procurando
sempre obter o volume indicado pela planilha.
49

6.3. Boiler

As informações acerca de consumo diário e número de habitantes do


empreendimento já virão automaticamente da aba “informações básicas”. Em
caso de alguns equipamentos específicos como banheira, pia de cozinha e
máquina de lavar, deverá ser adicionada a planilha as informações requeridas:
volume, quantidade e quantidade respectivamente.
Atenção: O dimensionamento do boiler ocorre na aba “Água Quente”
50

Após definir os equipamentos e o consumo diário, é necessário definir o


tipo de aquecimento: a gás, elétrico e solar.

O volume e a potência do aquecedor são definidos automaticamente na


planilha a partir das informações inseridas na planilha.

Em casos de abastecimento a gás é necessário utilizar o ábaco abaixo


para definir consumo, potência e volume.
51

7. Sistema de abastecimento

7.1. Alocar reservatório

Para iniciar o projeto


isométrico dos reservatórios,
devemos alocá-los sob uma
estrutura que favoreça o
abastecimento das colunas. Sugere-
se, portanto, que seja feita em
locais centrais em relação aos
cômodos hidráulicos. Após alocados
os reservatórios, é necessário
localizar todas as colunas do projeto
para que seja realizada a ligação entre estas e os seus respectivos
reservatórios. É importante lembrar que o reservatório de água fria deve ficar
sempre ao lado do de água pluvial, para facilitar a ligação entre os dois. O
mesmo ocorre para os reservatórios inferiores. Eles devem ficar numa
distância próxima do local de subida das tubulações que vão para os
reservatórios superiores, para facilitar na ligação.

É importante lembrar que, assim como o reservatório, a mesa sob a qual


ele ficará deverá ser construída também. Nessa etapa, não é necessário
detalhar o reservatório para deixá-lo com um aspecto de três dimensões, pois
poluirá a planta baixa. Recomenda-se que esse detalhamento seja feito
apenas no projeto isométrico.

7.2. Alocar entradas e saídas

7.2.1. Reservatório superior

Nesse próximo ponto teremos que determinar as alturas das tubulações


que entrarão e sairão do reservatório. Com isso, criaremos uma linha qualquer
para representar o ponto que entrará e sairá água. Lembrando que o
reservatório, geralmente, tem 3 saídas e 1 entrada, são elas:
52

1 – Entrada: Alimentação (verde);


2 – Saídas: Extravasor (amarelo superior), Limpeza (amarelo inferior) e
Barrilete (vermelho)

O primeiro passo é indicar essas tubulações em


planta baixa, como foi feito no momento que os ramais
foram traçados.
Para o próximo passo deve-se usar a visão
isométrica para que possam ser colocadas as alturas de
cada entrada e saída que será usada no reservatório.
Onde teremos:
 Extravasor – a 10 cm abaixo da altura máxima do
reservatório.
 Alimentação – a 10 cm abaixo da altura máxima
do reservatório.
 Barrilete - a 10 cm do fundo do reservatório.

É importante lembrar que o extravasor e a limpeza do reservatório de


água fria são direcionados para o reservatório de águas pluviais para que, caso
haja falta de água no sistema pluvial, este não fique sem abastecimento.
Portanto, a altura do cavalete do reservatório de águas fira dependerá da
altura do reservatório de água pluvial. Após colocar as alturas das tubulações,
assim como nos ramais, deve-se alocar as peças e unir as conexões.
53

ATENÇÃO: As tubulações dos barriletes do sistema de pluvial, do


sistema de água fria e do sistema de água quente podem se cruzar. Caso
isso ocorra, deve-se colocar a tubulação de água pluvial rente à cobertura,
a tubulação de água fria 10cm acima da tubulação de pluvial, e a tubulação
de água quente 10cm acima da tubulação de água fria.

7.2.2. Reservatório inferior

O reservatório inferior possui apenas uma entrada e duas saídas. A


entrada do reservatório de água fria é a alimentação que vem da rua. Para o
reservatório de águas pluviais é a tubulação que vem da caixa de areia. Uma
das saídas de ambos os reservatórios é a tubulação de sucção, que segue para
a motobomba e depois segue como tubulação de recalque para o reservatório
superior; tanto o reservatório de água fria como o de pluviais possuem o
mesmo modelo de saída. A outra saída dos reservatórios é a do extravasor que
deverá ser alocada, de preferência, no lado oposto à entrada.
Igualmente ao reservatório superior, deve-se indicar em planta baixa
onde está localizada a entrada e a saída. Em seguida, deve-se utilizar a visão
isométrica para identificar as alturas de entrada e de saída.
Observe as seguintes regras:
 Alimentação: a 10 cm abaixo da altura máximo do reservatório;
 Saída:
 A sucção é feita por uma tubulação que está sendo ligada à
motobomba, que está localizada do lado do reservatório, na superfície.
A tubulação sai da motobomba, desce através de uma curva e termina
na válvula de pé com crivo. A distância entre a válvula de pé com crivo
ao fundo do reservatório deve ser de 6cm.
 O extravasor deve ser alocado, preferencialmente, no lado oposto ao
da entrada de água. O diâmetro da tubulação deve ser igual ou maior
que a da tubulação de entrada, a ENGETOP utiliza como padrão um
diâmetro igual.
54

 O tubo de limpeza deve ser alocado 10 cm acima do fundo do


reservatório, deve ser ligado ao extravasor, depois de unidos a
tubulação deve ser ligada diretamente a drenagem pública.

7.3. Criar traçado de limpeza, extravasor e barriletes

Antes de iniciar o traçado dessas


tubulações, é necessário lembrar que o
projetista deverá sempre apoiá-las no chão. O
mais indicado é que o traçado seja feito em
planta baixa para, em seguida, localizá-las em
isométrico.
Para a tubulação da coluna, basta ligar a
saída do reservatório superior ao traçado já
criado.
Na tubulação de alimentação (recalque), basta ligar a tubulação de
recalque ao ponto de alimentação no reservatório superior.

Obs.: As tubulações externas às paredes (pontos de alimentação) são todas


tubulações soldáveis.

Para desenvolver a tubulação do extravasor(ladrão), o projetista deverá


observar que existem duas saídas nesse sistema:
1 – A de limpeza que, por sua função, se localiza no fundo do
reservatório;
2 – A de Extravasão, que se localiza na parte superior do reservatório.
Essas duas tubulações devem se unir antes de serem direcionadas para
rede de águas pluviais ou para qualquer outro local. Na imagem abaixo, esse
trecho está indicado em amarelo.
O mesmo deverá ser feito para o reservatório inferior. Sendo que neste
caso, depois da união da tubulação de limpeza e de extravasão, o tubo deve
caminhar direto para a rede pública de drenagem, sem passar pelas caixas de
esgoto.
55

Para desenvolver a tubulação do barrilete, o projetista deverá observar


que existe uma única saída do reservatório, mas existe uma tubulação de
ventilação no barrilete que sobe a 1,5 m acima do reservatório, antes deste
abastecer as colunas D’águas.
Observe a imagem, com o traçado auxiliar.
56

7.3.1 Ligação entre Reservatórios


Uma parte importante do projeto de Água Fria (que possui
reaproveitamento de Água Pluvial) é fazer a ligação entre os reservatórios.
Esta ligação deve acontecer tanto com os reservatórios superiores quanto os
reservatórios inferiores. Ela é fundamental para a garantia da funcionalidade
de todo o sistema que possui ligação pluvial no sentido de que não haja falta
de água nos aparelhos num momento inesperado de carência do
abastecimento predial.
É importante frisar, que esta etapa é fundamental para a definição da
altura inicial dos reservatórios superiores, assim como a definição da altura da
mesinha (pois, lembre-se que, a condição primordial para a definição final é
garantia da pressão requerida em todos os pontos após o cálculo da perda de
carga). Analogamente, também ajudará a definir profundidade dos
reservatórios inferiores.

Ligação Superior

Representação em vista frontal da ligação superior


57

É preciso ter em mente que toda a ligação depende da instalação do


reservatório de Água Pluvial. Logo, execute, primeiramente, a alocação do
reservatório superior e inferior de água pluvial para poder dar prosseguimento
a esta etapa. Siga os passos:
1°- Inicialmente, aloque a mesinha do reservatório superior de água
pluvial com altura de 20 cm. As demais dimensões dependem,
necessariamente, do tamanho do reservatório, logo, vide as dimensões do
mesmo.
2° Após a alocação do reservatório, aloque as entradas e saídas
conforme o item 7.2 deste Manual.
3° A altura do reservatório superior de água fria dependerá da altura da
tubulação de abastecimento do reservatório de água pluvial (geralmente 10cm
abaixo da circunferência superior deste. Logo, utilize o auxílio de linhas
infinitas (XLines) para demarcar estas alturas.
4° Em seguida, ligue a tubulação de limpeza do reservatório de Água Fria
com a tubulação de abastecimento do reservatório de Água Pluvial.
5° Feito isso, faça toda a alocação dos itens auxiliares (mesinha,
tubulação de saídas e entradas) do reservatório superior de água fria.
6° Realize o cálculo de perda de carga e após as definições e garantia
das pressões nominais em cada trecho, faça as alterações necessárias (se
realmente for preciso) no que tange a altura dos reservatórios. Para isso,
selecione todos os equipamentos, exceto os barriletes, e dê um move com
direção do eixo Z (das cotas) com a altura que necessita. Para a definição
desta altura, realize testes na planilha de perda de carga.

Ligação Inferior

Da mesma forma, como nos reservatórios superiores é preciso que haja


uma ligação entre os reservatórios inferiores. Ligue as tubulações das caixas
de areia para o abastecimento do reservatório de Água Pluvial. (Pode existir
mais de uma ligação, caso necessite). Faça a ligação do extravasor do
reservatório inferior de água fria como uma fonte de abastecimento do
reservatório de água pluvial. Fica a critério do projetista definir a melhor
posição. Após isso faça o detalhamento isométrico de cada reservatório se
58

atentando a cada detalhe (DN de tubulação, seguindo do sentido da água com


setas, etc).

Representação em planta baixa da ligação inferior

7.4. Dimensionamento do sistema de recalque

O dimensionamento do sistema de recalque é uma parte bastante


importante para o projeto. Todo o cálculo é feito na aba “Sistema de
recalque – Água Fria” da planilha de cálculo.
A primeira parte consiste em dimensionar a tubulação de recalque e
sucção, para isso deve-se apenas informar o tempo de funcionamento da
bomba. Na ENGETOP utilizamos como padrão o funcionamento de 4,5h. Após
informar esse valor a planilha gerará a vazão do seu projeto, o diâmetro da
tubulação de recalque e de sucção.

Agora que o diâmetro do recalque e da sucção foi dimensionado, a


alocação de peças do item 9.5 pode ser concluída.
59

Em seguida, deve-se dimensionar o conjunto motobomba. Inicialmente


deve ser calculada a altura geométrica, que representa diferença de altura
entre o nível mínimo do reservatório inferior ao nível máximo do superior.
Nessa etapa devemos informar na planilha a altura do pé-esquerdo (pé-direito
mais a espessura da laje), o número de pavimento do empreendimento e o
espaço do barrilete, que é a altura entre a superfície que o reservatório
superior está apoiado (na maioria das vezes a laje) e a saída do barrilete. As
alturas dos dois reservatórios já são geradas automaticamente pois já foram
preenchidas em outras abas. Após todas as células serem preenchidas, a
planilha gerará o valor da altura geométrica.
60

Após feito o cálculo da altura geométrica, devemos encontrar o valor da


altura manométrica. Como já foi explicado na parte teórica, a altura
manométrica é a altura a ser vencida quando o sistema está em operação. Isto
é, a soma da altura geométrica + perdas de carga totais da sucção + perdas de
carga totais do recalque. Tendo posse da altura geométrica, devemos
encontrar agora as perdas de cargas.

A primeira tabela é para a perda de carga da sucção, devemos então


colocar a quantidade de cada peça que se encontra na tubulação de sucção.
Após informar a quantidade das peças, a planilha informará a perda
correspondente a cada peça (destaque em vermelho) e o comprimento virtual
correspondente aquela peça (destaque em verde). O comprimento virtual
representa o quanto a água perde quando passa por determinada peça.
Automaticamente, a planilha fará o somatório do comprimento virtual de
todas as peças (destaque em laranja). Cabe agora informar a dimensão real da
tubulação, após medir com o comado “DIST” a tubulação de sucção.

Obs.1: o comprimento da tubulação inclui tanto as distâncias horizontais


como as verticais.
Obs.2: a tubulação de sucção compreende da válvula de pé com crivo até a
entrada da motobomba.

Por fim, deve obter a perda de carga unitária da tubulação. Esse valor é
obtido através do ábaco FAIR-WHIPPLE-HSIAO. Este ábaco possui quatro
colunas (perda de carga unitária (J) [m/m], velocidade (v) [m/s], vazão (Q)
[l/s] e diâmetro (D) [pol ou mm]). Para obter a perda de carga é necessário
ter pelo menos a informação de outras duas colunas. No nosso caso, nós temos
o valor do diâmetro da tubulação (D) e a vazão (Q) do nosso projeto. Para
encontrar o valor da perda de carga, devemos marcar no ábaco o valor do
diâmetro e vazão em suas respectivas colunas e traçar uma reta com esses
dois pontos. O local onde a reta tocar na coluna de perda de carga será valor
que estamos procurando.
61

Exemplo: a nossa tubulação de sucção possui diâmetro 25mm e a vazão


do projeto é 6,17x102. Essas informações podem ser encontrar no item 1 da
aba “Sistema de recalque”.

Marcamos os pontos no ábaco e traçamos a reta entra os dois pontos.

Observe o ponto onde a reta interceptou a coluna da perda de carga. O


valor desse ponto é o valor da perda de carga unitária que estamos
procurando. Nesse caso, a perda de carga corresponde a 0,0014m/m. Após
verificar essa informação, é possível terminar de preencher a planilha de
perda de carga da tubulação de sucção.
Este mesmo processo é feito para calcular a perda de carga da tubulação
de recalque. Obviamente, o que será considerado é a tubulação de recalque a
partir da saída da motobomba até a entrada do reservatório superior.
Após preenchidas as duas tabelas de perda de carga, a planilha gerará o
valor da altura manométrica e, bem como o valor da motobomba em CV.
62

7.5. Boiler

O boiler deve ser alocado em um local próximo ao reservatório superior


de Água Fria, já que este será alimentado por um dos ramais do reservatório.
Então, o projetista deve copiar a representação do boiler no arquivo-padrão,
e aloca-lo em um local apropriado. Em seguida, deve-se fazer a ligação entre
o reservatório e o boiler, e o boiler e as colunas de água quente.
63

É necessário que, depois de sair do boiler, o trecho se divida em dois:


um segue para as colunas de água quente e o outro, “respirador”, que deve
seguir para cima, até 1,5 m acima do nível do reservatório. Para fazer isso
basta colocar um tê na saída do boiler.
O alimentador do boiler é um ramal de água fria que parte do barrilete,
esse alimentador tem que ter um formato em forma de “U” de cabeça para
baixo, com dimensões mínimas de 30cmx30cmx30cm, esse formato é
necessário para que a água quente não retorne ao reservatório de água fria.
Segue imagem desse esquema.

A entrada e saída do boiler deve ser ligação as tubulações através de


uma luva roscável. Segue esquema.
64

A mesa na qual o boiler é apoiado tem uma altura inicial de 10 cm,


caso dê perda de carga coloca-se pés com as alturas necessárias, mas no
mínimo a mesa deve ter 10 cm.
A entrada e saída do boiler é roscável, portanto, para ligar o boiler as
tubulações deve-se usar uma peça roscável. Na tabela a seguir você encontra
a DN de saída e entrada padrão dos boilers da empresa “cumulus” para boilers
horizontais.

Atenção !!!
 A criação dos tubos e a alocação de peças só é recomendada depois
que a perda de carga for feita, antes da perda de carga deve existir
somente traçado auxiliar(linhas). Isso é necessário para evitar
retrabalho.
 A base do reservatório de água fria deve estar, no mínimo, 15 cm
acima do topo do boiler. Portanto, caso seja necessário elevar o
boiler será necessário elevar o reservatório de água fria e
consequentemente o de água pluvial, visto que eles mantêm uma
relação entre si.
 O tipo da tubulação de água quente é “aquatherm”.

8. Perda de carga

8.1. Conceitos básicos

Alguns conceitos de hidrostática são necessários para realizar o cálculo


de perda de carga da forma correta e rápida.
65

Ao dimensionar o projeto, precisamos


garantir que a água saía de qualquer aparelho de
alimentação com uma pressão mínima necessária
por ele (qualquer aparelho requer 10 kPa de
pressão); desejamos também garantir que ela não
passe de um valor máximo (500 kPa) que não seria
suportado pelas tubulações e inconveniente para
sair dos aparelhos; garantir também que em
qualquer da tubulação tenha a pressão mínima
necessária (5 kPa); por último devemos garantir
que a água não ultrapasse uma velocidade (2m/s)
dentro das tubulações, causando barulhos e
vibrações nas paredes.
A água, ao passar pela tubulação, pode
exercer uma pressão maior ou menor em relação
ao ponto anterior. A pressão varia com três itens:
1) a pressão no ponto inicial de análise; 2) com o
desnível percorrido pela água na tubulação; e 3) a perda de carga por atrito
nas tubulações ou por mudanças de direção no caso das conexões. Essa
relação é dada pela fórmula abaixo:

Pf = Pi + ρgh – J [L + Leq]

Em que,
- Pf: pressão final que deve ser maior que 10 kPa e menor que 500 kPa
- Pi: pressão do trecho anterior ao de análise, a pressão final de um
trecho será a pressão inicial no seguinte
- ρ: densidade da água
- g: gravidade
- ρg = Ɣ: peso específico da água que é igual 10KN/m³
- J: perda de carga unitária que é igual a 8,69x106xQ1,75xd-4,75
- Q: vazão da água
- d: diâmetro da tubulação
66

- L: comprimento da tubulação percorrido pela água no trecho em


questão
- Leq: comprimento equivalente as peças e conexões usadas nos trechos,
como se quando a água passar por um joelho, ela percorresse 1,5m na
horizontal.
Porém você não deve se preocupar com essa fórmula, pois a planilha de
perda de carga utiliza essa formula implicitamente, cabe a você adicionar as
incógnitas da equação para a pressão final ser encontrada.
Portanto, o objetivo desse cálculo é saber se haverá a pressão necessária
para que a água chegue em quantidade suficiente nos aparelhos, já que a ao
“caminhar” pela tubulação a água perde “força”.

8.2. Preenchimento da planilha

8.2.1. Reservatório / Barriletes

Para efetuar o cálculo, é necessário identificar de quais pontos deseja-se


conhecer a pressão. No cálculo dos barriletes, os pontos visados são os que
iniciam as colunas. Portanto, se houver 3 colunas, deverão ser calculadas as
pressões nos pontos que iniciam as colunas.
Primeiramente deve-se nomear os trechos. Cada vez a o fluxo de água se
divide, em um ‘tê’, ou muda de diâmetro, uma redução, temos um novo
trecho. Depois de nomearmos os trechos, colocaremos o valor do seu peso na
coluna “peso”. Este peso corresponde a todos os equipamentos que aquele
trecho abastecerá.
67

Confira a seguir:

No exemplo acima, no qual os trechos estão com cores diferentes com


objetivo didático, o trecho em vermelho terá o peso da coluna AF-02, já que
ele só abastece ela. Por sua vez, o trecho em verde, terá o peso igual ao da
coluna AF-01. O trecho em magenta, terá o peso igual a soma dos pesos dos
trechos em vermelho e verde, já que abastece os dois. O trecho em amarelo,
terá o peso igual a soma do trecho em azul com o trecho em magenta.
68

Assim que são informados o peso de cada trecho e o diâmetro, a planilha


gera a vazão, a velocidade e a perda de carga unitária no trecho.
Após isso, deve-se informar a altura inicial e final do trecho. Sendo a
laje com cota 0,00m, deve primeiro informar a altura inicial ou seja, a altura
da saída do reservatório. Considerando que o reservatório está sob a mesa e
ela possui 0,90m de altura e que a saída está localizada ao fundo do
reservatório, temos que a altura inicial do trecho é 0,90m. Para a altura final,
deve-se ser considerada a altura da última peça trecho.
O passo seguinte será contabilizar o comprimento do trecho.
Primeiramente, some o comprimento real do trecho, isto inclui as distâncias
verticais e horizontais. Faça desta forma, pois esta parte tem o objetivo de
contabilizar o atrito nas tubulações.
Preencha a altura inicial e final de todos os trechos, e automaticamente
a planilha gerará a diferença de altura entre o ponto inicial e final.

Posteriormente, calcule o comprimento virtual, que é aquele ocasionado


pelas peças que compõem o trecho. Para calcular o comprimento virtual,
basta preencher a quantidade de peças que contém no trecho. No caso do
primeiro trecho, utilizaremos como exemplo que há um registro de gaveta,
um joelho de 90º e uma entrada normal (peça utilizada para conectar a
tubulação com o reservatório).
69

Importante! Há três tipos de tê, eles são classificados de acordo o sentido


que a água passa por ele. O sentido do tê deve ser analisado observando
sempre o trecho a qual ele pertence.

Tê direto

Tê bilateral

Tê lateral

Após todos os trechos preenchidos, a planilha gerará o valor equivalente


considerando as perdas de cada peça contida no trecho. Simultaneamente, a
planilha gerará os valores da perda de carga do comprimento real e do
comprimento virtual.
70

Veja o exemplo a seguir:

A antepenúltima coluna informa a pressão que está chegando na


tubulação, no caso do exemplo, a pressão que está na saída do reservatório; a
penúltima coluna informa a pressão residual do trecho, ou seja, qual pressão
que sobrou depois da água ter percorrida todo o trecho; e a última coluna
informa a pressão requerida naquele ponto, ela nunca deve ser inferior a 0,50
mH2O. É de extrema importância que a pressão residual não seja menor que a
pressão requerida, pois isso significa que não a pressão que sairá daquele
trecho não será suficiente. Quando isso acontecer a célula da pressão residual
ficará vermelha e você deverá refazer o seu traçado, aumentar o diâmetro do
ramal ou elevar a altura do reservatório. “Mas se isso não der certo? ”
DICA DE MESTRE: Se a única opção restante for refazer o traçado ou
alterar o reservatório de lugar, tenha como referência as formas apresentadas
a seguir. Lembre-se, seu objetivo é simplesmente fornecer uma maior pressão
na tubulação de saída do reservatório. Pode ser que, ao elevá-lo, a cobertura
entre em conflito com a altura de alocação deste. Logo, a construção de um
cômodo específico para o reservatório, assim como a sua alocação de forma
mais central possível pode ser a saída.
71

CUIDADO: Considere a estética da cobertura e procure manter um


alinhamento prévio com o cliente se for realizar esse tipo de alteração.
72

8.2.2. Colunas

O cálculo de perda de carga para as colunas é semelhante ao do


reservatório. No nosso exemplo, os trechos das colunas estão em verde e
separados por pavimento, assim como os cômodos já dimensionados estão
cinza. Para facilitar a visualização, indicamos o peso total de cada cômodo
que já foi dimensionado.

Distribuição dos Trechos


73

No caso da coluna 1, haverá dois trechos: o trecho que começa no início


da coluna 1 e termina no tê que levará água para banheiro 4 do pavimento 2,
que chamaremos de “Col1 – Tê Ban. 4” e o trecho que se inicia no tê que
levará água para o banheiro 4 do pavimento 2 e termina no joelho que levará
água para o banheiro 1, que chamaremos de “Tê Ban. 4 – Joelho Ban. 1”.
Depois de nomeados os trechos, devemos informar o peso de cada um.
Ainda tomando como exemplo a coluna 1, o segundo trecho possui o peso
apenas do cômodo que ele está alimentando, no caso o banheiro 1 que é igual
a 0,7. Já o primeiro possui tanto o peso do cômodo que ele está alimentando
(o banheiro 4 que é igual 0,6) como também o peso do segundo trecho, pois
ele deriva do primeiro trecho. Então, o peso do primeiro trecho é 0,7 (peso do
segundo trecho) + 0,6 (peso do cômodo alimentado) = 1,3 (peso final da
coluna).
74

O próximo passo é informar o predecessor, que como o nome já nos


permite inferir, é o trecho que precede o trecho em questão, ou seja, o
trecho que vem antes do trecho em questão. No exemplo, o trecho que
precede o trecho “Tê Ban. 4 – Joelho Ban. 1” é o trecho “Col1 – Tê Ban. 4”
pois ele vem antes do primeiro. Para indicar o predecessor, devemos colocar
na coluna o número da linha na qual o predecessor está.

O trecho “Col1 – Tê Ban. 4” está na linha 43, portanto, deve-se


preencher na coluna do predecessor do “Tê Ban. 4 – Joelho Ban. 1” é 43. Após
isso preencha os outros predecessores após isso. O “Col1 – Tê Ban. 4” tem
como predecessor o barrilete que vem do reservatório, deve-se olhar na parte
do reservatório para identificar qual a linha do trecho que deriva a coluna
Os passos seguintes são similares ao cálculo do reservatório, deve-se
informar a altura final e inicial do trecho, as peças que compõe o trecho.

8.2.3. Ramais

O cálculo dos ramais é bem semelhante aos descritos acima. A diferença


é em algumas colunas a mais que devem ser preenchidas.
O ponto final dos trechos dos ramais serão sempre o aparelho sanitário,
após definidos os trechos deve-se selecionar as peças. Após a seleção das
peças, a planilha automaticamente gerará o seu respectivo peso.
Em seguida, é necessário preencher os predecessores, que, em todos os
casos, será a coluna do qual ele deriva. Depois, prencha o peso total usando a
mesma lógica apresentada na parte de perda de carga do reservatório.
Os outros campos a serem preenchidos são iguais aos cálculos do
reservatório e colunas.
75

Segue abaixo o exemplo de um ramal.


76

9. Projeto em isométrico

Até esta etapa do projeto, tudo foi feito através de uma planta baixa,
inclusive o traçado por onde a tubulação deverá passar. No entanto, caso o
projeto fosse executado, não seria possível determinar a altura das
tubulações ou dos pontos de abastecimento. É em razão dessa necessidade
que realizamos o projeto em perspectiva isométrica.
Na perspectiva isométrica, o objeto é representado em três dimensões e
se situa num sistema de três eixos coordenados. É por meio dessa perspectiva
que mostramos as alturas e localizações exatas dos ponto.
Para selecionar a perspectiva isométrica é necessário apertar no vértice
do quadrado que fica à direita como na figura a seguir:

9.2. Alocação das peças

Após definido o diâmetro de cada peça, você deverá alocá-las com a


utilização do Mep Hidráulica. No entanto, antes de se inserir as peças, é
importante que seja ajustada a escala do programa à escala do projeto.
Portanto, clique no ícone “Alterar escala de inserção no projeto” e verifique
se ele está definido para “metros”. Caso não esteja, selecione a opção
“Metros” e clique em OK.
77

Para inserir as peças da tubulação de Água Fria, veja que, no lado


esquerdo da aba “Conteúdo”, você poderá selecionar, respectivamente, o
fabricante, a linha de peças e o seu diâmetro. Logo, selecione o fabricante
Tigre, a linha Água Fria Soldável e defina o diâmetro de acordo com o que foi
indicado pela planilha de cálculos. No caso da água quente a linha é
Aquatherm.

É importante saber que existem dois caminhos para realizar a alocação


de peças. O primeiro, através do recurso “Inserir”, lhe permite executar a
alocação de forma contínua, ou seja, quando a primeira peça for inserida e
tiver definida a sua posição, você poderá dar continuidade imediatamente
após incluindo tubulações, conexões ou equipamentos. O segundo caminho é o
do recurso “Conexões”. Este, por sua vez, possibilita incluir as peças
separadamente para, depois, conectá-las com tubulações. Veja em destaque:
78

Independente da sua escolha, uma janela se abrirá apresentando as


opções de peças para a linha e diâmetro selecionados.

Se você posicionar o cursor do mouse sobre uma peça por alguns


segundos, uma janela auxiliar irá surgir com a foto da peça ampliada e sua
devida descrição.

Após selecionar a peça, outra janela se abrirá para que você defina qual
será a posição da peça (em vista superior).
79

Após definir a posição da peça, use o traçado auxiliar para alocá-la.


Imediatamente após, será solicitado o ângulo de rotação. Você poderá
informar o ângulo ou utilizar o cursor e os recursos ORTHO ou POLAR do
AutoCAD para definir a posição da peça.
80

De uma forma geral, as peças mais utilizadas são:

 Tê: para ramificar a tubulação.

 Joelho 90°: para mudar a direção da tubulação.

 Registro de Gaveta: Ele é o responsável por “fechar” o abastecimento


de água de cada cômodo. Geralmente o alocamos logo no trecho de
abastecimento que saí da coluna e vai para o cômodo.
81

 Registro pressão: Esse registo é aquele responsável por fechar ou abrir


o abastecimento de água do chuveiro. Ele é o registo que abrimos e
fechamos ao tomar banho. Também é responsável por regular o fluxo
de água que sai do chuveiro.

 Bucha redução: Essa peça é responsável por unir tubulações com


diâmetros diferentes. Geralmente é utilizada nas ligações barrilete-
coluna ou coluna-ramal.

 Peças soldável com rosca: esse tipo de peça possui uma ou duas
entradas soldável e uma saída com rosca. É utilizada sempre nos
pontos onde há ligação entre o ramal e o aparelho hidrossanitário.
82

O próximo passo para a alocação de peças é direcionar a projeção da


tubulação seguindo o traçado. Uma sugestão é conduzir esta projeção até o
encontro da próxima peça. Ocorre da seguinte forma:

 Passo 1: Selecionar na aba MEP Hidráulica o item “Continuar”.

 Passo 2: Selecionar a peça de onde sairá a tubulação.

 Passo 3: Após selecionar a peça, digitar a letra “L” e apertar “enter” e


selecionar a peça até onde irá a tubulação e confirmar a seleção.
83

Obs: Recomendamos que o AutoCAD esteja no modo Drafting &


Annotation para facilitar a utilização da ferramenta.

Obs: Caso determinada peça ainda não esteja presente no projeto, o


MEP Hidráulica irá baixar a peça para poder inserir essas conexões. Para evitar
o fatal error ao alocar as peças, recomenda-se que a peça a ser utilizada seja
previamente baixada para o projeto, mesmo que ela seja inserida em um local
aleatório. Dessa forma, a mesma não necessitará ser baixada ao longo da
alocação de peças em todo traçado.
84

Caso essa peça já esteja presente, não será necessário baixar


novamente, ela aparecerá na aba Neste projeto o que diminui a chance de
ocorrer o erro.

10.3. Passo a Passo

Agora que já foi esclarecido o funcionamento das peças principais de


água fria, deve-se alocá-las.
 1º Passo: Comece pelos registros. Selecione o fabricante “Docol” e
a linha “DocolBásicos – DocolBase”. Determine o diâmetro de
acordo com o diâmetro dos ramais especificado pela planilha.
Escolha, primeiro, os registros de gaveta.
Atenção: Registro de ½” para tubulações de 20mm
Registro de ¾” para tubulações de 25mm
85

Registro de 1” para tubulações de 32mm


86

 2º Passo: Escolha os registros de pressão.

 3º Passo: Clique em Continuar e selecione o registro de Água Fria.


Em seguida, com a projeção posicionada corretamente, digite C
(enter) ou clique em Conexão no prompt de comando.
87

 4 º Passo: Em “Linhas Compatíveis”, selecione “Tigre – Água Fria


Soldável” e escolha o adaptador para registro.

A informação do diâmetro da peça você obteve quando dimensionou o


ramal no item 7.1. Portando, deve escolher o diâmetro da peça de acordo
com o diâmetro do ramal.
88

 5º Passo: Dê continuidade à alocação de peças de acordo com as


necessidades do seu traçado.

9.4. Alocar peças do reservatório

Nessa etapa, serão traçados


os tubos e alocadas as peças. No
projeto isométrico do
reservatório lembrando que,
toda vez que a tubulação sair do
reservatório, utilizaremos a peça
“adaptador auto-ajust. soldável
p/ caixa d’água” para
reservatório superior e a peça
“adaptador soldável p/ caixa
d’água de concreto” no inferior.

É necessária a alocação dos registros de gaveta. O ideal é sempre


localizá-lo logo após a saída do reservatório, ou seja, toda vez que alguma
tubulação tiver saindo do reservatório, colocamos um registro logo após a
89

mesma. Além disso, colocamos todas as vezes que existem dissociações


(bifurcações) no barrilete.

10. Projeto em planta baixa

Na planta baixa do projeto, alguns itens devem estar representados para


facilitar a visualização e o entendimento por parte de quem analisará a
planta. Sendo eles:

 Indicação das colunas de distribuição, recalque ou alimentação (a


depender do tipo de abastecimento, se é direto ou indireto);

Obs.: Essas indicações das tubulações variam entre os pavimentos da


planta baixa a ser detalhada, pois essas representações indicam se a
tubulação desce, sobe ou ambos.
90

 Diâmetro das tubulações;


O diâmetro das tubulações só deve constar na planta baixa do
reservatório, sendo indicado apenas nos detalhes.

 Representação da localização de cada detalhe gerado no


isométrico e em planta baixa. Deve-se utilizar um retângulo
tracejado para indicar que há um detalhe.

11. Gerando detalhes

Os detalhes são fundamentais em um projeto de água fria, água quente e


águas pluviais. Serão que eles que permitirão a correta leitura do projeto
durante sua execução. Logo, essa é uma etapa que merece todo o cuidado. Os
detalhes são divididos em vista da planta baixa e em vista isométrica.
91

11.1. Isométrico

11.1.1. Gerar detalhes

11.1.1.1. Cômodos

É importante que você copie a planta baixa para um espaço vazio, pois
você adicionará detalhes que não deverão aparecer na planta principal.
 1º Passo: Cote todas as tubulações em planta baixa. Verifique a
escala da cota, considerando 1:25 para os detalhes.

 2º Passo: Altere a vista, através do


AutoCAD para perspectiva isométrica.

 3º Passo: Com o cômodo na visão


isométrica, suba as cotas até a altura
das tubulações. Como mostrado no
exemplo ao lado. (‘ortho’ ativado)

 4º Passo: Siga para a aba layout e, depois de cotar as tubulações,


cote as alturas utilizando a legenda auxiliar. Não é necessário cotar
todas as peças, apenas aquelas que estiverem em alturas
diferentes. É necessário indicar as peças hidrossanitárias (Ex.: pia
da cozinha), bem como a coluna que está abastecendo o cômodo
(AF-01/DN25).
92

11.1.1.2. Reservatório

O detalhe do reservatório é muito similar ao dos cômodos, porém não é


necessário cotar o tamanho das tubulações. Deve-se cotar apenas o cavalete
que sustenta o reservatório e cotar as alturas das principais peças. Em
seguida, gerar o detalhe assim como nos cômodos. As alturas das principais
peças devem ter o solo como referência e não a laje, a não ser que você cote
a laje e coloque a altura como 0.00. Por isso, depois de gerada a cota, dê um
duplo clique nela e edite o seu valor.
A depender do reservatório, ele deverá ter mais de um detalhe. Todas as
entradas e saídas devem ser mostradas com clareza.
93

11.1.2. Limpeza do detalhe

Nessa etapa, você realizará a limpeza do detalhe gerado, deixando


apenas as informações necessárias. O detalhe é criado em forma de bloco,
então para editá-lo use o comando “explode”.

11.1.2.1. Cômodos

 1º Passo: Verifique se a planta arquitetônica está no layer “ARQ


BLOCO” e as tubulações estão nos layers “AF”, “AQ” ou “AP”.
 2º Passo: Apague as peças de outros cômodos que, porventura,
estejam “poluindo” o detalhe e feche a alvenaria do cômodo que
está sendo detalhado.
94

11.1.2.2. Reservatório

 1º Passo: Coloque o cavalete e o reservatório no layer “ARQ


BLOCO” e verifique se as tubulações estão no layer “AF ou AP”
 2º Passo: Deixe o reservatório com aspecto tridimensional e apague
as linhas que não estão sendo vistas.

Resultado esperado:

11.1.2.3. Boiler

O projetista deverá fazer, então, um detalhamento isométrico do boiler.


Os procedimentos são semelhantes aos que são realizados no detalhamento
dos reservatórios superiores de Água Fria e Água Pluvial.
Segue exemplo de detalhe.
95

11.1.3. Indicações

Nessa etapa, serão feitas todas as indicações dos detalhes, sejam elas
peças, direção para qual segue a tubulação / de onde ela vem, bem como
todas as suas colunas.

11.1.3.1. Cômodos

 1º Passo: Indique através de um


círculo e uma seta todas as peças da
tubulação. Dentro do círculo há um
número que identificará a peça
posteriormente. Todas as peças
devem ser identificar, joelhos, tês,
registros, reduções, etc. Lembre-se
que cada tipo de peça deverá ter um
número, deve-se levar em conta que o mesmo tipo de peça com
diâmetros diferentes deve ser identificado com números diferentes.
Exemplo: joelho 90° DN 25 será o número 1, o joelho 90° DN 20
será o número 2, o tê DN 20 será o número 3, etc.
96

 2º Passo: Indique as peças hidráulicas que estão sendo alimentadas no


cômodo. As indicações das peças estão no arquivo padrão.

 3º Passo: Indique a coluna que está abastecendo o cômodo.

 4º Passo: Indique o diâmetro da tubulação. Para não poluir o


detalhe, a indicação é feita abaixo do detalhe.

 5º Passo: Altere a fonte das cotas de nível para a fonte que há no


arquivo-padrão. Para isto, clique duas vezes em cada uma, e mude
as fontes uma por uma.
 6º Passo: Coloque as linhas de corte das paredes e das tubulações.
97

 7º Passo: Indique para onde vão as tubulações que seguem para além do
detalhe.
98

11.1.3.2. Reservatório Superior

 1º Passo: Indique os tipos de peça, tal como o detalhe dos cômodos.

 2º Passo: Indique todas as colunas que estão no detalhe.

 3º Passo: Identifique qual a tubulação é a de alimentação e de onde


ela provém. Faça o mesmo com o extravasor, a limpeza e indique
qual é o destino da água.
99

 4º Passo: Dê um título ao reservatório, especificando o seu tipo


(superior ou inferior) e o seu volume.

 5º Passo: Indique a torneira de boia nos reservatórios.

 6º Passo: Indique o diâmetro de todas as tubulações.

 7º Passo: Altere a fonte das cotas de nível para a fonte encontrada


no arquivo-padrão. Para isto, clique duas vezes em cada uma, e
mude as fontes uma por uma.

11.1.3.3. Reservatório Inferior

 1º Passo: Deve-se indicar os tipos de peças, assim como no detalhe


dos cômodos.
100

 2º Passo: Deve-se indicar as entradas e saídas de tubulação.

 3° Passo: Deve-se indicar o solo e a motobomba

 4º Passo: Deve haver cota de altura e as cotas lineares referentes às


dimensões do reservatório.
101

11.1.3.4. Boiler

O projetista deverá fazer, então, um detalhamento isométrico do boiler.


Os procedimentos são semelhantes aos que são realizados no detalhamento
dos reservatórios superiores de Água Fria e Água Pluvial.
 1º Passo: Indique os tipos de peça, tal como o detalhe dos cômodos.

 2º Passo: Indique todas as colunas que estão no detalhe.


102

 3º Passo: Identifique qual a tubulação é a de alimentação e de onde ela


provém e indique qual é o destino da água.

 4º Passo: Dê um título ao reservatório, especificando o seu volume.

 5º Passo: Indique o diâmetro de todas as tubulações.


103

Segue exemplo de como deve ficar o detalhe no final.

11.1.4. Quadro de peças

O quadro de peças deve estar contido em todos os detalhes. Ele servirá


para contabilizar e identificar por numeração todas as peças do detalhe em
questão. Ele deve conter o nº atribuído às peças, os nomes das peças, os
tipos, a espessura e a quantidade.
Para evitar que seja alterado o tamanho dos textos com as escalas, o
quadro de peças deve ser colocado apenas na folha de plotagem, em LAYOUT.
104

11.2. Planta Baixa

O detalhe em planta baixa só é feito nos cômodos, pois, por vezes em


razão da complexidade do projeto, não é possível identificar de forma clara o
traçado das tubulações.

11.2.1. Gerar detalhes

O procedimento é o mesmo que foi utilizado no isométrico. Seleciona a


ferramenta “Gerar detalhes”, seleciona todos os elementos que devem
compor o detalhe, dê um nome ao detalhe e aloque-o em algum lugar.

11.2.2. Indicações

No detalhe em planta baixa deve-se indicar a coluna e o diâmetro, além


do diâmetro das tubulações. Deve-se também apagar as informações de outros
cômodos e delimitar a alvenaria.

11.3. Corte longitudinal do reservatório inferior

O corte longitudinal do reservatório inferior é feito para ter uma melhor


visualização dos elementos que compõem do reservatório inferior. A ENGETOP
possui um padrão para o corte o arquivo padrão. Deve-se copiá-lo e editá-lo
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conforme as dimensões e configurações do reservatório inferior do seu


projeto.

12. Captação de águas pluviais

12.1. Dimensionamento do reservatório

Para realizar o dimensionamento dos reservatórios, é necessário clicar


na aba Águas Pluviais da planilha de cálculo. Feito isso, informe a área de
contribuição, ou seja, a área da cobertura que recebe toda a água
proveniente das chuvas que será transmitida posteriormente para os
reservatórios.

Lembre-se que o telhado não é a única área de contribuição, é possível


captar água de jardins e varandas também.
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Após preencher a área de contribuição, todos os demais valores da


planilha serão gerados automaticamente.

É importante lembrar que o índice pluviométrico anual adotado na


planilha é referente a Salvador, caso o projeto for em outro local deve-se
modificar o valor.
12.2. Dinâmica de traçado

O traçado é realizado da mesma forma do projeto de Água Fria, a única


diferença é a altura da tubulação que se encontra à 10 cm abaixo da
tubulação de Água Fria.

12.3. Demais cálculos do sistema de águas pluviais

Para o projeto de águas pluviais deve-se realizar os mesmos cálculos que


são feitos no projeto de água fria, são eles: dimensionamento de ramais, c
colunas, sistema de recalque e perda de carga.

13. Mesa dos Reservatórios

A construção da mesa dos reservatórios é bastante fácil, o que se precisa


saber é que ela é a responsável por dá a altura aos reservatórios, e seus pés
tem um formato de 10cmx10cm. Sabendo disso, basta tomar a imagem como
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base e fazer a sua própria. Atenção, as linhas no meio da mesa são para
facilitar a alocação dos reservatórios, depois disso devem ser tiradas.
 1º Passo: Na planta baixa, faça um quadrado em que caiba todo o
reservatório em cima.

 2º Passo: Na perspectiva isométrica faça agora os pés e tire as linhas do


meio, visto que o reservatório já foi alocado.
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14. Memorial Descritivo

A execução do memorial descritivo é etapa final do projeto. Ele é


bastante simples, porém deve-se ter uma atenção ao substituir os valores.

14.1. Memorial Descritivo

 Informe qual é o tipo de abastecimento do empreendimento e descreva o


caminho do abastecimento;
 Informe o tipo de captação de águas pluviais e como funcionará o
abastecimento;
 Informe o número de habitantes da edificação e o consumo per capita.

14.2. Memorial de cálculo

 Informe o número de habitantes da edificação e o consumo per capita;


 Substitua os valores e calcule o consumo diário. O valor do consumo
diário se encontra na planilha de cálculo na aba “Reservatório”;
 Substitua o valor da vazão em l/s e o diâmetro do alimentador predial.
Esses valores também são encontrados na planilha de cálculo na aba
“Reservatório”;
 Substitua os valores: volume total de água fria, reserva de incêndio, as
dimensões dos reservatórios de água fria. Após isso, execute o cálculo;
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 Substitua os valores do reservatório de águas pluviais: índice


pluviométrico, número de meses com pouca chuva e as dimensões dos
reservatórios de águas pluviais;
 Substitua os valores do índice pluviométrico e da área de contribuição
para o cálculo da vazão;
 Substitua o valor do diâmetro e da inclinação de calhas e condutores;
 Substitua os valores do sistema de recalque de água fria e pluviais;
 Informe o sistema de abastecimento na alimentação;
 Indique o número de colunas do projeto;
 Descreva os reservatórios;
 Descreva os itens existentes em metais;
 Tenha muita atenção, pois, se houver qualquer especificação da norma
não atendida no projeto, é de suma importância informar a situação no
corpo do memorial, explicitando a sua justificativa.

ATENÇÃO: É obrigatório anexar o cálculo de perdas de cargas ao memorial.

 Acesse a aba “Planilha Memorial – AF” e “Planilha Memorial – AP” e


observe que ela estará toda preenchida caso já tenha sido feito o cálculo
de perda de carga dos ramais, colunas e reservatório. Basta apenas
copiá-la e anexá-la ao memorial.
 Deve-se ocultar as linhas em que não utilizou, e colocar um “-“ nas
linhas onde não têm equipamentos hidrossanitários.

Segue exemplo abaixo (aproxime para uma melhor visualização):


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ANEXOS

CAIXAS D’ÁGUA (DIMENSÕES)

Capacidade
D1 D2 h1 h2
(Litros)

310 1039,0 810,3 657,6 533,4

500 1212,0 978,3 729,2 583,6

750 1309,1 1053,9 861,7 702,7

1000 1440,0 1145,7 951,4 775

1500 1702,2 1419,4 988,5 783,2


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NORMOGRAMA DE PESOS, VAZÕES E DIÂMETROS

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