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A B C
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Capítulo 2
Conceitos Básicos
Para qualquer conjunto V , denotaremos por V (2) o conjunto de todos os pares não ordenados
(2) n n(n − 1)
de elementos de V . Se V tem n elementos então V tem = elementos. Os
2 2
elementos de V (2) serão identicados com os subconjuntos de V que têm cardinalidade 2. Assim,
cada elemento de V (2) terá a forma {v, w}, sendo v e w dois elementos distintos de V.
Denição 1
Exemplo 1
Os conjuntos:
V = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
E = {{1, 2} , {1, 5} , {2, 5} , {3, 4} , {6, 7}}
Vamos determinar o grafo, em diagrama, que representa os conjuntos.
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CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
Solução
6 7
Se G denota o grafo que é denido pelo par (V, E) então escrevemos G = (V, E).
De acordo com nossa denição, um grafo não pode ter duas arestas diferentes com o mesmo
par de pontas (ou seja, não pode ter arestas paralelas). Também não pode ter uma aresta com
pontas coincidentes (ou seja, não pode ter laços). Há quem goste de enfatizar esse aspecto da
denição dizendo que o grafo é simples. Muitas vezes é conveniente dar um nome ao grafo como
um todo.
Se o nome do grafo for G, o conjunto dos seus vértices será denotado por V (G) e o conjunto
das V (G) suas arestas por A(G). O número de vértices de G é denotado por n(G) e o número de
arestas por m(G); portanto,
n(G) = |V (G)
m(G) = |A(G)
Considerado u e w são arestas e s e t denotam vértices de um grafo, então:
Exemplo 2
Considere um grafo, tal que V (G) = {a, b, c, d, e} e A(G) = {(a, b); (b, c); (b, d); (d, e); (c, d)}.
Determine G
Solução
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2.1. REPRESENTAÇÃO DE GRAFOS CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
A solução são todas as conexões possíveis para que o grafo G seja total. Assim:
A(G) = {(a, e); (a, c); (c, e); (a, d); (b, e)}
a e a e
b d b d
c c
Exemplo 3
Exemplo 4
Adaltina esperava 4 amigas Brandelina, Clodina, Dejaina e Edina para um lanche em sua
casa. Enquanto esperava preparou as lanches: Bauru, Misto quente, Misto frio e X-salada.
Brandelina gosta de Misto frio e de X-salada; Clodina de Bauru e X-salada; Dejaina gosta de
Misto quente e Misto frio; Edina gosta de de Bauru e Misto quente. Descreva o grafo que
modela essa situação, mostre um diagrama desse grafo e use esse grafo para descobrir se é
possível que cada amiga de Adaltina tenha o lanche que gosta.
Para utilizar grafos precisamos saber como eles podem ser representados. Podemos, evidentemente
utilizar grácos para isso mas é importante encontrar outras formas pois computacionalmente os
modelos não podem ser resolvidos por esquemas.
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2.1. REPRESENTAÇÃO DE GRAFOS CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
j (ij)
i
Denição 2
Seja G = (V, E) um grafo com n vértices. A matriz de adjacência para G é uma matriz
bidimensional n × n, que denotaremos por A, onde A(i, j) = 1 se a aresta (ij) está presente
em G
• Para saber se um vértice j é adjacente ao vértice i basta consultar a matriz na posição (i, j).
• Para descobrir todos os vértices adjacentes ao vértice i devemos percorrer toda a linha i.
A denição precisa das entradas da matriz que variam de acordo com as propriedades do grafo
que se deseja representar, porém de forma geral o valor aij guarda informações sobre como os
vértices vi e vj estão relacionados (isto é, informações sobre a adjacência de vi e vj ).
Para representar um grafo não direcionado, simples e sem pesos nas arestas, basta que as
entradas aij da matriz A contenham 1 se vi e vj são adjacentes e 0 caso contrário. Se as arestas
do grafo tiverem pesos, aij pode conter, ao invés de 1 quando houver uma aresta entre vi e vj , o
peso dessa mesma aresta.
por exemplo:
Solução
Considere o grafo:
1
3
5 4
6
2.2. CONCEITOS IMPORTANTES CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
v1 v2 v3 v4 v5
v1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1
v2 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1
ou
v3 1 0 0 1 0 M(5×5) 1
= 0 0 1 0
v4 0 1 1 0 0 0 1 1 0 0
v5 1 1 0 0 0 1 1 0 0 0
Esta matriz é vértice-ligação (a matriz de adjacência é vértice-vértice). Cada linha dela corresponde
a um vértice e, em cada coluna, são assinalados os dois vértices associados a uma dada ligação.
Denição 3
Seja G = (V, E) um grafo com n vértices. A matriz de incidência para G é uma matriz
bidimensional n × m, que denotaremos por A, onde A(i, j) = 1 se a aresta (ij) está presente
em G
Solução
Considere o grafo:
a2
a1 1
a4
a5
3
a7
a3
a6
5 4
2.2.2 Digrafo
Um digrafo, ou grafo dirigido, é um grafo com echas nas arestas. Digrafos são objetos mais gerais
que grafos. Os vértices de um grafo orientado D são indicados por pequenos círculos e um arco
(u, v) de D é representado por um segmento de reta dirigido do vértice u para v.
Exemplo 5
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2.2. CONCEITOS IMPORTANTES CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
Considere um grafo G tal que: V (G) = {u, v, w, x} e A(G) = {(u, w); (v, u); (v, w); (w, x); (x, w)}
construa um grafo orientado
Solução
Temos:
v w
2.2.3 Subgrafo
a e
b d b d
c c
o complemento ou inverso de um grafo G é um grafo H nos mesmos vértices tais que dois vértices de
H são adjacentes se e somente se eles não são adjacentes em G. Isso é para encontrar o complemento
de um grafo, você preenche todas as arestas que faltavam para obter um grafo completo, e remove
todas as arestas que já estavam lá. Não é o conjunto complementar do grafo; apenas as arestas
são complementadas.
Ao se falar do complemento de um conjunto, deve-se ter sempre em mente que ele é denido em
relação ao conjunto universo dado. Em grafos não orientados, este universo é o conjunto de todas as
arestas possíveis em um grafo com a mesma ordem e o grafo que possui é chamado grafo completo.
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2.2. CONCEITOS IMPORTANTES CAPÍTULO 2. CONCEITOS BÁSICOS
G Ḡ
2.2.5 Vizinhança
Ao discutir a representação de grafos, falamos de relações de adjacência. Essa noção nos leva a
ideia de vizinhança, ou seja, o que está mais próximo.
Diremos que um grafo G = (V, E) não orientado, um vértice y é vizinho de um vértice x se existir
em G uma aresta (x, y). E a vizinhança, ou vizinhança aberta der x que denotaremos N (x), é o
conjunto de vértices de G que sejam vizinhos a x. Veja que no Grafo
D C D
E E
A B B
Vizinhança de C Vizinhos de C