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PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA ÁFRICA

“África cinematográfada, África cinematográfica” René Vautier - Sintetiza o modo de produção e de


reprodução do cinema na áfrica francófona.
Em 1949 Vautier foi chamado para criar um documentário sobre a vida nas colônias francesas, porém se recusou a
participar ao ver a realidade daquelas colônias. Ao invés disso criou o ​Afrique 50 clandestinamente, denunciando e
expondo as violências e os abusos sofridos pelos povos africanos. Foi punido pelo governo francês.
A ​África cinematografada ​diz respeito às produções de cinema produzidas por europeus. Eram os filmes que
reproduziam estereótipos de um povo “não civilizado”, tratando os povos africanos como primitivos. Assim como
exaltavam a cultura européia ao dizer que eram superiores.

INFLUÊNCIA DA FRANÇA
A África negra francófona foi a pioneira na produção de cinema no continente. Os cineastas que de lá
surgiram foram inspirações para as gerações seguintes e tiveram uma participação muito significativa nas ações e
movimentos que no futuro criaram o maior festival de cinema africano.
A diferenciava as colônias francesas das outras, foi o método de colonização praticado pela França. Eles
usavam a ​assimilação, ​a qual era uma forma de destruir as tradições culturais daquelas colônias, instaurando os
modos europeus e aqueles que conseguissem assimilar essa cultura, teriam ascensão social, podendo estudar e
fazer parte de uma elite. Isso proporcionou que essas pessoas criassem uma pequena elite intelectualizada e é nessa
elite que surge os cineastas africanos.
Naquela época existia o Decreto Laval, criado por Pierre Laval, era um decreto que instituiu que os filmes
que fossem produzidos na áfrica deveriam ser analisados desde o roteiro até as partes técnicas pelo ministro das
colonias francesas, caso contrário o filme era censurado. Esse decreto fez com que a produção cinematográfica na
áfrica francófona surgisse tardiamente. Por exemplo, o filme ​Afrique sur Seine (1955) feito por Paulin Vieyra, foi
impedido de gravar certas cenas na áfrica.
Após a independência da áfrica francófona, a França quis manter sua influência nas suas ex-colônias,
então, deu início a uma política de cooperação que visava a aproximação e parceria entre os países. Criou-se em
1961, foi criado na França o CAI (Consortium Audiovisuel International) que era responsável por ajudar na
produção audiovisual, entre elas documentários e vídeos educativos. Já em o Ministério de Cooperação e
desenvolvimento que focou especialmente no cinema, pois disponibilizava materiais, educação e tudo que era
necessário para a produção audiovisual, além do financiamento monetário.
Entretanto, essas medidas eram cedidas apenas para aqueles que não falassem dos males que a frança
causou nos países africanos durante a colonização. Logo, entende-se que essa cooperação da França visava
somente os benefícios do próprio país, visto que, com a especialização dos africanos e com esse incentivo, eles
continuavam no poder indiretamente. a. Por exemplo o filme La Noire de ... (1966) de Ousmane Sembène foi
rejeitado por conta de suas críticas à sociedade francesa e ao colonialismo, levando o cineasta a bancar sua
produção de forma independente.

MOTIVO DA CRIAÇÃO DO FESPACO


Todas essas limitações impostas às produções revoltaram os cineastas africanos. Apesar da ajuda financeira ser
importante, as limitações e as censuras criativas estagnaram as produções.
Em 1950 cria-se o Groupe Africain du Cinéma por estudantes de origem africana. Atráves dele realizaram o
realizou em Dacar o Premier Festival Mondial de Arts Nègres. Esse festival serviu para reunir cineastas de vários
países africanos francófonos e pela primeira vez exibir seus filmes publicamente. Essas ações em unir os cineastas
serviu como precursor para as iniciativas que viriam a seguir. Os cineastas começaram pressionar os governos de
seus países para que eles investissem na produção cinematográfica.
O resultado dessa pressão nos governos resultou no o Journeés Cinématographiques de Carthage (JCC), e em 1969
em Burquina Fasso a mostra do Festival Panafricain du Cinéma de Quagadougou (Fespaco), que logo depois se
tornaria o maior festival de cinema africano.
Fespaco servia para o encontro e a troca de ideias entre os cineastas, além do impulso à popularização do cinema
africano no próprio país

FESPACO

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