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Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento Boletim de Pesquisa 63


e Desenvolvimento ISSN 1678-0892
Dezembro, 2004

Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola


das Terras do Estado de
Minas Gerais

Solos
República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


Roberto Rodrigues
Ministro

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


Conselho de Administração

Luis Carlos Guedes Pinto


Presidente

Clayton Campanhola
Vice-Presidente

Alexandre Kalil Pires


Ernesto Paterniani
Hélio Tollini
Marcelo Barbosa Saintive
Membros

Diretoria-Executiva

Clayton Campanhola
Diretor-Presidente

Gustavo Kauark Chianca


Herbert Cavalcante de Lima
Mariza Marilena T. Luz Barbosa
Diretores-Executivos

Embrapa Solos

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Chefe Geral

Aluísio Granato de Andrade


Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento

David Dias Moreira Filho


Chefe Adjunto de Administração
ISSN 1678-0892
Dezembro, 2004
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pequisa de Solos
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Boletim de Pesquisa
e Desenvolvimento 63

Mapeamento de Solos e
Aptidão Agrícola das Terras
do Estado de Minas Gerais
Fernando Cezar Saraiva do Amaral
Humberto Gonçalves dos Santos
Mario Luis Diamante Áglio
Mariza Nascimento Duarte (in memorian)
Nilson Rendeiro Pereira
Ronaldo Pereira de Oliveira
Waldir de Carvalho Júnior

Rio de Janeiro, RJ
2004
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Solos
Rua Jardim Botânico, 1.024 Jardim Botânico. Rio de Janeiro, RJ
Fone:(21) 2274.4999
Fax: (21) 2274.5291
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E-mail (sac): sac@cnps.embrapa.br

Supervisor editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos


Normalização bibliográfica: Cláudia Regina Delaia
Revisão de texto: André Luiz da Silva Lopes
Editoração eletrônica: Pedro Coelho Mendes Jardim

1a edição
1a impressão (2004): online

Todos os direitos reservados.


A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Mapeamento de solos e aptidão agrícola das terras do Estado de Minas Gerais / Fernando
Cézar Saraiva do Amaral... [et al.]. - Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2004.
95 p.. - (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento; n. 63)

ISSN 1678-0892

1. Solos – Aptidão Agrícola – Brasil – Minas Gerais. 2. Solos – Mapeamento – Brasil


– Minas Gerais. I. Amaral, Fernando Cezar Saraiva do. II. Santos, Humberto Gonçalves
dos. III. Aglio, Mário Luís Diamante. IV. Duarte, Mariza Nascimento (in memorian). V.
Pereira, Nilson Rendeiro. VI. Oliveira, Ronaldo Pereira de. VII. Carvalho Junior, Waldir de.
VIII. Embrapa Solos (Rio de Janeiro). VI. Série.

CDD (21.ed.) 631.478

© Embrapa 2004
Sumário

Resumo ..................................................................... 7
Abstract .................................................................... 9
Introdução ............................................................... 11
Metodologia ............................................................. 11
Situação, Limites e Extensão ...................................... 12
Geologia .................................................................. 13
Geomorgologia ......................................................... 14
Domínio do Escudo Exposto ........................................................ 14
Domínio de Remanescentes de Cadeia Dobrada ............................. 15
Domínio de Maciços Plutônicos ................................................... 15
Domínio da Faixa de Dobramentos Retivados ................................. 16
Domínio das Coberturas Sedimentares da Borda Oriental da Bacia do
Paraná ................................................................................... 18
Depressão do São Francisco e Planalto do Divisor São Francisco-
Tocantins ............................................................................... 18
Domínio das Planícies de Acumulações Recentes ........................... 18
Clima ...................................................................... 19
Precipitação total .................................................................... 21
Evapotranspiração potencial ...................................................... 21
Evapotranspiração real ............................................................. 21
Deficiência hídrica ................................................................... 21
Excedente hídrico .................................................................... 23
Índice hídrico de Thornthwaite ................................................... 23
Classificação bioclimática de Gaussen e Bagnouls .......................... 25
Hidrografia ............................................................... 27
Vegetação ............................................................... 29
Fases de condições edáficas indicadas pela vegetação primária ........ 29
Floresta subtropical perenifólia altimontana .................................. 31
Floresta tropical perenifólia altimontana ....................................... 32
Floresta tropical perenifólia ........................................................ 32
Floresta tropical subperenifólia ................................................... 33
Floresta tropical subcaducifólia ................................................... 33
Floresta tropical caducifólia ....................................................... 34
Caatinga ................................................................................ 34
Cerradão ................................................................................ 35
Cerrado ................................................................................. 35
Campo cerrado ....................................................................... 36
Formações de várzea ............................................................... 36
Formações rupestres ................................................................ 36
Levantamentos de solo utilizados ................................ 37
Folha SD.23 Brasília ................................................................. 37
Folha SD.24 Salvador ............................................................... 37
Folha SE.22 Goiânia ................................................................. 37
Folha SE.23 Belo Horizonte ........................................................ 37
Folha SE.24 Rio Doce ............................................................... 38
Folha SF.23/24 Rio de Janeiro/Vitória .......................................... 38
Avaliação da Aptidão Agrícola .................................... 38
Etapas da avaliação .................................................................. 39
Graus de limitação por deficiência de fertilidade ............................ 40
Graus de limitação por deficiência de água ................................... 41
Graus de limitação por excesso de água ....................................... 42
Graus de limitação por susceptibilidade à erosão ............................ 43
Graus de limitação por impedimentos à mecanização ...................... 44
Níveis de manejo considerados ................................... 44
Melhoramento da deficiência de fertilidade .................. 46
Melhoramento da deficiência de água .......................... 47
Melhoramento do excesso de água ............................. 47
Melhoramento da susceptibilidade à erosão .................. 48
Melhoramento dos impedimentos à mecanização .......... 48
Avaliação das classes de aptidão agrícola .................... 49
Simbolização ............................................................ 51
Resultados e Discussão ............................................. 53
Legenda de solos e aptidão agrícola das terras do Estado de Minas
Gerais ................................................................................... 53
Principais limitações, distribuição geográfica e usos principais das
classes de solos ....................................................................... 57
Latossolo Amarelo ........................................................................ 57
Latossolo Vermelho-Amarelo .......................................................... 57
Latossolo Variação Una ................................................................. 58
Latossolo Vermelho-Escuro ............................................................ 58
Latossolo Bruno ........................................................................... 58
Latossolo Roxo ............................................................................ 59
Latossolo Ferrífero ........................................................................ 59
Terra Roxa Estruturada ................................................................. 59
Terra Bruna Estruturada ................................................................ 60
Podzólico Amarelo ....................................................................... 60
Podzólico Vermelho-Amarelo ......................................................... 60
Podzólico Vermelho-Amarelo latossólico .......................................... 61
Podzólico Vermelho-Escuro ........................................................... 61
Podzólico Vermelho-Escuro latossólico ............................................ 61
Podzol ........................................................................................ 61
Brunizém .................................................................................... 62
Brunizem Avermelhado ................................................................. 62
Bruno Não Cálcico ....................................................................... 63
Planossolo .................................................................................. 63
Planossolo Solódico ..................................................................... 64
Solonetz Solodizado ..................................................................... 64
Cambissolo ................................................................................. 64
Plintossolo .................................................................................. 65
Hidromórfico Cinzento .................................................................. 65
Glei Húmico e Glei Pouco Húmico .................................................. 66
Vertissolo ................................................................................... 66
Rendzina .................................................................................... 67
Solos Litólicos ............................................................................. 67
Regossolo ................................................................................... 68
Areias Quatzosas ......................................................................... 68
Areias Quartzosas Hidromórficas .................................................... 68
Solos Aluviais ............................................................................. 69
Solos Petroplínticos ...................................................................... 69
Solos Orgânicos .......................................................................... 70
Afloramentos rochosos ................................................................. 70
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos ................. 71
Solos, Aptidão Agrícola das Terras e Níveis de Exigência e
Impedimentos ........................................................... 74
Conclusões .............................................................. 92
Referências Bibliográficas .......................................... 93
Mapeamento de Solos e
Aptidão Agrícola das Terras
do Estado de Minas Gerais
Fernando Cezar Saraiva do Amaral 1
Humberto Gonçalves dos Santos 1
Mário Luis Diamante Áglio 2
Mariza Nascimento Duarte 1 (in memorian)
Nilson Rendeiro Pereira 1
Ronaldo Pereira de Oliveira 1
Waldir de Carvalho Júnior 1

Resumo
Este Boletim de Pesquisa constitui uma revisão e atualização do trabalho Aptidão
agrícola das terras do Estado de Minas Gerais: avaliação e adequação, que por sua
vez completou a série aptidão agrícola das terras para todos os Estados brasileiros,
iniciada pela SUPLAN. A partir de 1982, esses trabalhos passaram a ser realizados
pelo SNLCS/Embrapa, atualmente Embrapa Solos.

Para que esse estudo fosse realizado de forma homogênea, optou-se pela compila-
ção de vários mapas, com atualização de legenda, de todo o Estado na escala
1:1.000.000, que corresponde à escala da maioria dos trabalhos de aptidão
agrícola neste nível. Utilizou-se como material básico os levantamentos de recur-
sos naturais do Projeto Radambrasil complementados com os trabalhos da
Embrapa Solos.

As principais classes de solos ocorrentes no Estado foram os Latossolos Verme-


lho-Amarelo (25%) e Vermelho-Escuro (Vermelho na nova classificação)(18%),
Cambissolos (18%) e Podzólico (Argissolo) Vermelho-Amarelo (10%) e Verme-
lho-Escuro (Vermelho) (10%), com aptidão agrícola que variou de boa para lavou-
ras a restrita para silvicultura, considerando três níveis de manejo.

1
Pesquisador Embrapa Solos. Rua Jardim Botânico, 1024. CEP: 22460-000, Rio de Janeiro, RJ. E-mail:
fernando@cnps.embrapa.br, humberto@cnps.embrapa.br, nilson@cnps.embrapa.br,
ronaldo@cnps.embrapa.br, waldir@cnps.embrapa.br.
2
Técnico de Nível Superior Embrapa Solos. E-mail: mario@cnps.embrapa.br.
As terras do Estado de Minas Gerais apresentaram alta exigência de fertilizantes e
corretivos (F3, 75%), pequena susceptibilidade à erosão (C1, 33%) e impedimen-
to forte à mecanização (M4, 37%).

Palavras–chaves: latossolo; argissolo; aptidão agrícola; erosão; fertilidade; mecanização.


Soil Mapping and
Agricultural Suitability of
Lands of the State of
Minas Gerais

Abstract
This paper is the Agricultural suitability of lands of the State of Minas Gerais:
evaluation and adequacy reviewed. It complete the land evaluation series in the
brazilian states, initiated by the SUPLAN, for the State of Minas Gerais. From
1982 those works have been incorporated by the SNLCS/Embrapa, actually
Embrapa Solos.

In order to have this study done in an homogeneous basis it was decided to make
a compilation of various soil maps, with updated legend, for the whole State at the
scale 1:1.000.000. This scale correspond to the major part of the above
mentioned series. The basic materials used for this study were originated by the
natural resources surveys done by Radambrasil Project and complemented with the
works done by Embrapa Solos.

The main soil classes present in the State of Minas Gerais were Oxisols,
Inceptisols, ultisols and alfisols. These soils present agricultural suitabilities which
varied from good for crops to marginal for forestry, taking into account three
technological levels.

The lands of Minas Gerais State showed high requirement for fertilizers and
amendments, low erdibility and strong impediment for mechanization.

Keywords: oxisol; ultisol; land suitability; erosion; fertility; mechanization.


Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 11

Introdução
A agricultura é uma atividade econômica dependente, em grande parte, do meio
físico. O aspecto ecológico confere fundamental importância ao processo de
produção agropecuária. Um país ou região apresenta várias sub-regiões com distin-
tas condições de solo e de clima e portanto, com distintas aptidões para produzir
diferentes bens agrícolas (Brasil, 1979).

A interpretação do levantamento de solo é tarefa de grande relevância para utiliza-


ção desse recurso natural na agricultura, classificando as terras de acordo com sua
aptidão para diversos tipos de uso, sob diferentes condições de manejo bem como
de viabilidade de melhoramento, através de novas tecnologias. Os trabalhos de
interpretação podem ainda ser utilizados por outros setores que utilizam o solo
como elemento integrante de suas atividades. Amaral (1993), compilando e ajus-
tando diversos trabalhos pedológicos sobre o Estado de Minas Gerais, produziu
um estudo integrado que deu suporte a diversos trabalhos correlatos na área agro-
ambiental. Este mapeamento de solos foi posteriormente digitalizado pela Emater/
MG e finalmente corrigido e atualizado tanto pedológica quanto cartograficamente
pela Embrapa Solos, vindo constituir este trabalho.

O presente trabalho, portanto, objetivou atualizar o mapeamento de solos do


Estado de Minas Gerais e fazer a correspondência aproximada e genérica entre a
legenda original e o novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – SiBCS
(Embrapa, 1999), assim como avaliar a aptidão agrícola das terras, os níveis de
possibilidades de mecanização, de exigência das terras para a aplicação de fertili-
zantes e corretivos e para a aplicaçao de práticas conservacionistas, em mídia
digital, o que facilitará em muito a obtenção da informação pelo usuário.

Metodologia
Os trabalhos de levantamento de recursos naturais do Projeto Radambrasil apre-
sentam os estudos de vegetação dissociados do levantamento de solos. Além
disto, estes levantamentos da vegetação objetivam precipuamente, fornecer infor-
mações concernentes à composição florística, enquanto os trabalhos realizados
pela Embrapa Solos utilizam as fases de vegetação para inferir basicamente o
regime hídrico do solo. Portanto, para que a aptidão agrícola pudesse ser concreti-
zada com maior precisão, complementou-se as diferentes legendas de solos do
12 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Projeto Radambrasil com suas informações de vegetação, convertidas nas fases de


vegetação empregadas pela Embrapa Solos (Embrapa, 1988).

A disposição básica das unidades de mapeamento foi resultante da articulação


proveniente dos sequenciais mapeamentos de solos do Projeto Radambrasil (Bra-
sil, 1981; 1982; 1983a; 1983b; 1987). Muitas destas unidades foram
redefinidas, através de sua confrontação com trabalhos pedológicos mais recentes
e/ou de maior escala, podendo-se citar os trabalhos da Embrapa Solos (Embrapa,
1975; 1978; 1979; 1980a; 1980b; 1982; 1983), CNEPA (Brasil, 1962),
CETEC (Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, 1980, 1981) e EPFS
(Brasil, 1970). Alguns trabalhos de maior escala (Carmo et al., 1990 e Giarola et
al., 1997) também foram utilizados para elucidação de dúvidas pontuais. Final-
mente, as dúvidas restantes foram eliminadas com aferição de campo.

A metodologia utilizada nos trabalhos de avaliação da aptidão agrícola das terras


seguiu aquela formulada por Ramalho Filho et al. (1995).

Situação, Limites e Extensão


O Estado de Minas Gerais localiza-se na Região Sudeste do Brasil (Figura
1),tendo os seguintes limites aproximados (baseados na Carta do Brasil ao
milionésimo): ao norte o paralelo 14o14’S, correspondendo ao rio Carinhanha, e
ao sul o paralelo 22o55’S, correspondendo à divisa seca da serra da Mantiqueira;
a leste o meridiano 9o52’W, correspondendo às cabeceiras do córrego da Ribeira
de Cima, e a oeste o meridiano 51o03’W, correspondendo ao rio Paranaíba.

O Estado faz fronteiras principais ao norte com o Estado da Bahia, ao sul com os
Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a leste com os Estados da Bahia e Espírito
Santo e a oeste com os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.

Sua extensão corresponde a 587.172 km2, sendo 548 km2 equivalentes a águas
internas. Em termos de divisão municipal possui um total de 853 municípios (até
1996) (IBGE, 2005).
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 13

Fonte: Embrapa, 1982 .

Geologia
O Estado de Minas Gerais é constituído quase em sua totalidade por rochas pré-
cambrianas, cujas características foram ditadas, segundo Almeida (1967), pelos
seis grandes eventos tectônicos que afetaram a plataforma brasileira. São grandes
grupos de rochas classificadas estratigraficamente segundo Baptista et al., (1984)
em alguns Complexos e Super-Grupos, dezenas de Grupos e Formações, além de
várias Suítes Intrusivas e inúmeras unidades estratigráficas menores, como Di-
ques, Granitos, Gnaisses e Xistos. Torna-se, portanto, impossível, no escopo
deste trabalho, descrever essa imensa e diversificada coluna estratigráfica. O Pré-
Cambriano mineiro é, de acordo com Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b), consti-
tuído por rochas, ácidas e básicas, intrusivas e extrusivas, ígneas e metamórficas,
de diferentes graus e tipos de metamorfismo, enfim, praticamente engloba todas as
possibilidades de composição existentes no mundo mineral. Alguns exemplos
podem ser citados, como: granitos, granodioritos, granito-gnaisses, milonitos,
14 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

migmatitos, tonalitos, gnaisses-cataclásticos, metadiabásios, metabasaltos,


metadioritos, metagabros, quartzitos, quartzitos com níveis conglomeráticos,
sericita-quartzitos, itabiritos, quartzitos ferruginosos, filitos, filitos grafitosos,
calcários, dolomitos, mármores, formações ferríferas carbonáticas, etc.

O pós-Cambriano é representado em pequenas áreas do Centro-Sul do Estado pela


sequência Cambro-Ordoviciano de metassedimentos de baixo grau de
metamorfismo da Formação Pouso Alegre e no sudoeste do Estado pelos sedimen-
tos permocarboníferos da borda da Bacia do Paraná. De acordo com Fiori & Landim
(1980), a Bacia do Paraná nesta região é representada pelos arenitos finos, médios
e grosseiros da Formação Aquidauana.

No nordeste mineiro, segundo Instituto de Geociências Aplicadas (1978), ocorrem


os arenitos e conglomerados cretácicos das Formações Areado e Mata da Corda. O
representante do evento intrusivo alcalino Cretácico-Terciário em Minas Gerais é o
Complexo Alcalino de Poços de Caldas, localizado no sul do Estado. De acordo
com Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b), é constituído por tinguaítos, fonolitos,
foiaítos, chibinitos, brechas, tufos e lavas fonolíticas.

Coberturas detríticas ocorrem na Região Nordeste do Estado. São colúvios e elúvios,


laterizados ou não, considerados unidades edafoestratigráficas. O Quaternário en-
contra-se também representado por sedimentos acumulados em ambientes fluviais e
flúvio-lacustres distribuídos esparsamente por todo o Estado. São cascalhos, areias
e siltes inconsolidados, com estratificações cruzadas e gradativas.

Geomorfologia
Devido a complexidade e extensão do Estado de Minas Gerais, abordou-se a
geomorfologia de forma sucinta, através de alguns grandes Domínios
morfoestruturais, utilizando-se a classificação e nomenclatura sugerida por Projeto
Radambrasil (Brasil, 1983a).

Domínio do Escudo Exposto


Abrange áreas de rochas ácidas e básicas do Pré-Cambriano cujas deformações e
deslocamentos dos diversos ciclos orogenéticos, resultaram em blocos de relevo
alçado. A erosão decorrente das inúmeras variações paleoclimáticas produziu pa-
cotes de alteração extensos e expessos. Tratam-se de modelados de dissecação
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 15

fortemente controlados por fatores litoestruturais, cuja drenagem de canais orienta-


dos e vales profundos reflete o condicionamento imposto pela estrutura. Configuram
colinas algumas vezes alongadas, de vertentes convexo-côncavas e topos convexos
a planos, ocasionalmente com cumieiras aguçadas. É comum a ocorrência de cober-
tura coluvial argilo-arenosa em forma de rampas mantidas por couraças ferruginosas.

Na Região Centro-Sul do Estado, este Domínio é representado pela Região do


Planalto Poços de Caldas-Varginha, pelo Planalto Campos das Vertentes e pela
Depressão de Belo Horizonte. Na Região Meio-Norte do Estado, encontra-se o
Planalto das Bordas do Espinhaço.

Domínio de Remanescentes de Cadeias Dobradas


Localizado nas Regiões Centro-Sul e Meio-Norte do Estado, este Domínio integra
conjuntos de modelados resultantes da exumação dos quartzitos, filitos, mica-
xistos, xistos calcíferos e gnaisses Pré-Cambrianos dobrados ao longo de vários
ciclos geotectônicos. As dobras apresentam-se truncadas pelos processos
erosivos, formando cristas, barras e monoclinais cortados por vales estreitos e
profundos. No interior das dobras ocorrem amplos vales abertos em forma de “U”,
tendo como divisor de água as cristas. As encostas destes vales são recobertos de
colúvios argilo-arenosos e sílticos em forma de rampas, ocasionalmente marcadas
por ressaltos topográficos mantidos por couraças ferruginosas. Contrastando com
as áreas intensamente dissecadas, aparecem superfícies planas onde resquícios
dos dobramentos apenas eventualmente estão impressos. Nessas áreas se desta-
cam interflúvios convexos suaves estremeados de extensas mesas que lhes confe-
rem o aspecto de chapadas.

Este Domínio geomorfológico engloba cinco blocos de relevo planáltico que são:
Planalto da Canastra e Planalto do Rio Grande, este último englobando o Planalto
de Andrelândia. A Região do Quadrilátero Ferrífero e as Serras Centrais do Planalto
do Espinhaço. E ainda, o Planalto dos Geraizinhos, no Norte do Estado, onde estão
as Chapadas do Jequitinhonha e as Serranias de Almenara.

Domínio dos Maciços Plutônicos


Distribuem-se descontinuamente na Região Nordeste do Estado, apresentando uma
configuração alongada de direção norte-sul. São grandes massas intrusivas predomi-
nantemente ácidas, de idades variadas, intrudidas em rochas proterozóicas de
litoestruturas variáveis, posteriormente submetidas à reativação tectônica do Ciclo
Brasiliano. Esses fatores favoreceram a individualização de compartimentos elevados
16 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

e deprimidos, representados pelas regiões geomorfológicas do Planalto do


Jequitinhonha e a Depressão do Médio Jequitinhonha.

O Planalto do Jequitinhonha caracteriza-se por apresentar três unidades


geomorfológicas distintas. No topo, com altitudes superiores a 800 m ocorre o
trecho mais conservado do planalto: são feições tabulares correspondentes a uma
superfície de aplanamento, ressaltadas por feições convexas e aguçadas. Apresen-
ta-se capeada por cobertura detrítica laterítica Cenozóica e são denominadas de
Chapadas Cimeiras. Circundando as partes altas tabulares, ocorrem modelados de
dissecação diferencial, caracterizados pelas encostas íngremes, exibindo localmen-
te linhas de cumeadas, cristas, sulcos estruturais e escarpas associadas a vales
profundamente entalhados, em forma de “V”. Têm altitudes em torno de 500 m
sendo representados por feições de grandes outeiros o que lhes conferem o
aspecto de serranias e, por isso, denominados de Serranias Marginais. O nível mais
dissecado do Planalto do Jequitinhonha é o Maciço de Pedra Azul cujo modelado
de dissecação homogênea com encostas convexas, apresenta um espesso manto
de alteração e encontra-se em estágio de arrasamento do relevo. Caracteriza-se pela
presença de grandes afloramentos rochosos, constituindo maciços residuais de
feições variadas, formando cristas simétricas, linhas de cumeadas, pontões, pães-
de-açúcar e dorsos-de-baleia.

A Depressão do Médio Jequitinhonha corresponde ao trecho da média bacia do rio


Jequitinhonha, delimitada pelos modelados do Planalto do Jequitinhonha anteriormen-
te descritos. Caracteriza-se pela dominância de formas aplanadas que evidenciam
remanejamentos de material coluvial escorregado das encostas dos relevos
circunjacentes. Esse material constitui rampas atingidas por uma dissecação incipiente
formando lombas, localmente marcadas por afloramentos de rochas graníticas.

Domínio da Faixa de Dobramentos Reativados


Desenvolveu-se sobre granulitos, charnoquitos gnaisses e migmatitos proterozóicos
submetidos a movimentos crustais que impuseram nítido controle estrutural sobre a
morfologia atual. Os processos morfoclimáticos não obliteraram os traços das exten-
sas linhas de falha, escarpas de grandes dimensões e relevos alinhados coincidindo
com os dobramentos. Localizado nas regiões leste e nordeste do Estado, este
domínio é representado pelas regiões geomorfológicas das Serranias da Zona da
Mata Mineira e pelos Compartimentos Planálticos do Leste de Minas.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 17

As Serranias da Zona da Mata Mineira fazem parte do Planalto da Mantiqueira


Setentrional e limita-se com os Domínios do Escudo Exposto e Remanecentes de
Cadeias Dobradas. Os modelados de dissecação diferencial ocupam a maior parte
da área, enquanto que as áreas com relevo de dissecação homogênea ocorrem de
maneira mais restrita. O manto de alteração tem pequena espessura, estando as
encostas destituídas dessas alterações.

Os Compartimentos Planálticos do Leste de Minas limitam-se com o Planalto dos


Geraizinhos, o Planalto do Jequitinhonha, o Planalto da Mantiqueira Setentrional e
a Depressão do Médio Jequitinhonha. Possuem altitudes decrescentes de norte
para sul, em função de um nível de base estabelecido pelo rio Doce, que constitui
o principal curso fluvial da área. Essas altitudes se distribuem em níveis
altimétricos que assumem aspectos morfológicos diferenciados, permitindo uma
compartimentação em três unidades geomorfológicas distintas denominadas Serra-
nias do Alto Mucuri, Patamar divisor dos rios Doce-Mucuri e Depressão do Alto-
Médio Rio Doce.

As Serranias do Alto Mucuri possuem a maior parte de sua área representada por
um modelado de dissecação diferencial, destacado por feições aguçadas constitu-
ídas por outeiros, intercalados por profundos vales em “V” ou por vales de fundo
chatos orientados estruturalmente. Ocupando menores extensões, ocorrem mode-
lados de dissecação homogênea, ressaltados por feições convexas e encostas
suaves. Neste setor, o manto de alteração é espesso e a rocha dificilmente aflora.

O Patamar divisor dos rios Doce-Mucuri caracteriza-se por um modelado mais ou


menos homogêneo, resultante da dissecação fluvial, destacado por outeiros suavi-
zados e formas colinosas. O espesso manto de alteração é favorável à evolução de
solos profundos.

A Depressão do Alto-Médio Rio Doce, como diz o nome, é um setor deprimido onde
a ação fluvial, explorando as fraquezas litológicas e adaptando-se a rede de fraturas
e falhas, orientou o entalhe dos vales por erosão remontante ocasionando o recuo da
frente escarpada, formando anfiteatros. O modelado resulta principalmente da ação
de dissecação homogênea compreendendo feições colinosas, localmente formando
pontões, cristas e linhas de cumeada.
18 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Domínio das Coberturas Sedimentares da Borda Oriental


da Bacia do Paraná
Localizado no oeste do Estado, limita-se a leste e a sudeste com os Domínios do
Escudo Exposto e Faixa de Dobramentos Remobilizados e a nordeste com os
Remanecentes de Cadeias Dobradas. Caracteriza-se por apresentar relevo monoclinal
que se desenvolveu em sedimentos mezosóicos intercalados de derrames vulcânicos
e com coberturas cenozóicas. Na verdade, trata-se de um planalto rebaixado, pouco
dissecado, apresentando formas de topos planos, resultando numa planície topogra-
ficamente homogênea. Exibe preferencialmente litologias basálticas da Formação
Serra Geral, achando-se recoberta por litologias sedimentares do Grupo Bauru, onde
o relevo apresenta aspectos mais nítidos de “cuestas”.

Depressão do São Francisco e Planalto do Divisor São


Francisco-Tocantins
A Região da Depressão do São Francisco é uma vasta depressão formada pelo
próprio rio São Francisco, situada entre o Planalto do Divisor São Francisco-
Tocantins e o Planalto do Espinhaço. Apresenta direcionamento N-S, formato
alongado e morfologia caracterizada por extensos planos inclinados desenvolvida
sobre as rochas do embasamento cristalino e do Grupo Bambuí. É representada por
um conjunto de relevos aplanados com fraca dissecação e rede de drenagem
constituída por cursos intermitentes.

Localizada na Região Norte do Estado, o Planalto do Divisor São Francisco-


Tocantins limita-se com a Depressão do São Francisco. Tem como arcabouço
geológico formações do Proterozóico, destacando-se o Grupo Bambuí que apre-
senta um comportamento estrutural caracterizado por dobras, falhas ou fraturas
responsáveis pela existência de lineamentos bem marcados. Predominam os mode-
lados de aplanamentos degradados e retocados em diferentes níveis topográficos.
Destacam-se também modelados de dissecação diferencial, com formas convexas
ou aguçadas e patamares carstificados em rochas do Grupo Bambuí.

Domínio das Planícies de Acumulações Recentes


Este Domínio engloba as várzeas e terraços de origem fluvial, representados pelos
aluviões quaternários pouco consolidados ou inconsolidados de espessura varia-
da. As várzeas e os terraços podem conter diques aluviais, bancos de areias
laterais e medianos, canais de enchentes, lagoas, etc, denotando diferentes estági-
os da evolução geomorfológica recente da planície. A região mais representativa
deste Domínio é a Região das Planícies Fluviais do Médio São Francisco.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 19

Clima
O clima constitui um dos mais ativos e importantes fatores de formação do solo.
Dentre seus componentes, destacam-se pela ação direta a temperatura, a precipitação
pluvial, a deficiência =e o excedente hídrico (Oliveira et al., 1992).

No Estado de Minas Gerais, devido principalmente às suas dimensões e topografia,


existe uma grande variedade de climas (Figura 2).

Fonte: Galvão, 1967.


20 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

A serra da Mantiqueira, com clima temperado-frio (temp. média anual=18oC),


super úmido (precip. total anual=2000 mm) e os vales médios dos rios São
Francisco e Jequitinhonha, com clima tropical seco (precip. total anual=800 mm),
são exemplos que podem ser tomados para caracterizar condições extremas. Em
todo o Estado, as chuvas são do tipo periódico com verões úmidos e invernos
secos, que podem ser sem deficit, como na serra da Mantiqueira (excedente hídrico
anual=300 mm) ou apresentar uma deficiência hídrica intensa e prolongada como
na Região Norte (deficit hídrico anual=900 mm). Outra característica é a ausência
de geadas numa grande parte do Estado, com exceção da Região Sul, em altitudes
acima de 850 metros (nas cotas mais elevadas da Mantiqueira pode-se atingir mais
de 23 dias de geada por ano).

O Estado encontra-se, durante todo o ano, sob o domínio da circulação do antici-


clone subtropical do Atlântico Sul e caracteriza-se por ventos predominantes do
quadrante nordeste-este, nos baixos níveis da troposfera. Nessa região, o movi-
mento vertical médio, de larga escala, é tipicamente descendente. De acordo
com a circulação dos ventos, a umidade da região é proveniente do oceano
Atlântico, transportada pelos ventos de nordeste. Nesse contexto, a serra do
Espinhaço representa um anteparo físico e dinâmico ao transporte de umidade,
provocando a diminuição do teor de umidade disponível na atmosfera, a sotavento
da barreira. Essa restrição, entretanto, não parece ser crítica na formação da
precipitação, uma vez que altos índices pluviométricos são encontrados na divisa
com o Estado de Goiás.

As características da configuração da precipitação média indicam claramente a


influência da orografia na sua formação, destacando a existência de núcleos de
máxima intensidade sobre a serra do Espinhaço, a da Canastra e a Chapada dos
Veadeiros, e um mínimo sobre o vale do rio São Francisco.

Nas regiões tropicais, a precipitação é o parâmetro climatológico mais relevante no


planejamento das práticas agrícolas, já que a temperatura permanece relativamente
estável durante todo o ano, não sendo fator limitante para o desenvolvimento dos
cultivos. Desta forma, a distribuição da precipitação acaba determinando as chama-
das estações sazonais (Fundação Centro Tecnológico..., 1981).
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 21

Precipitação total
É a quantidade total de água incidente na superfície terrestre ao longo do tempo
(Figura3).

Fig. 3. Precipitação Total do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982

Evapotranspiração potencial
Pode-se definir como a quantidade de água que evapora do solo mais a água
transpirada pelas plantas, em um solo inteiramente vegetado, livremente exposta à
atmosfera e próximo a “capacidade de campo” (Figura 4).

Evapotranspiração real
É a quantidade de água que nas condições reais se evapora do solo mais a
transpirada pelas plantas (Minas Gerais, 1980).

Deficiência hídrica
É a diferença entre a evapotranspiração potencial e a real, ou seja, a quantidade de
água que poderia ser evapotranspirada se a umidade no solo fosse disponível para
a planta (Figura 5).
22 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Fig. 4- Evapotranspiração Potencial do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982.

Fig. 5 - Deficiências Hídricas Anuais do Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 23

Excedente hídrico
É a diferença entre a precipitação e a evapotranspiração potencial quando o solo
atinge a sua capacidade máxima de retenção de água (neste caso 100 mm), ou
seja, na contabilidade hídrica, é a quantidade de água do solo acima da capacidade
de retenção (Figura 6).

Fig. 6 - Excedentes Hídricos Anuais Estado de Minas Gerais - Brasil. Fonte: Epamig, 1982

Índice hídrico de Thornthwaite


É um índice do grau de umidade do clima e carateriza a influência em que as
relações entre os valores anuais dos excedentes e deficiências hídricas exercem
nas condições de umidade (Figura 7).

Pela análise da Figura 7, podemos concluir que a maior parte do Estado de Minas
Gerais encontra-se, segundo a classificação climática pelo índice hídrico de
Thornthwaite, na faixa úmida (Tabela 1).
24 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Fig. 7. Índice Hídrico de Thornthwaite Anual do Estado de Minas Gerais.

Tabela 1 - Classificação climática de acordo com as faixas hídricas.


Classificação climática Faixa hídrica
Superúmido maior que 100
Úmido entre +100 e +20
Subúmido entre +20 e 0
Seco entre 0 e -20
Semi-árido entre –20 e -40
Árido entre –40 e -60
Fonte: Minas Gerais (1980).

Para a estimativa do índice hídrico, Thornthwaite propôs a equação: Im = (100 Ea


- 60 Da)/EP, onde: Im é o índice hídrico; Ea é o excedente hídrico anual; Da é o
deficit hídrico anual e EP é a evapotranspiração potencial anual.

No cálculo do balanço hídrico foi considerado o valor de 100 mm para a máxima


capacidade de água disponível no solo. A escolha deste valor obedeceu essencial-
mente a duas razões: a) a grande maioria dos solos do Estado de Minas Gerais
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 25

apresenta baixa capacidade de armazenamento de água; b) o cálculo da


evapotranspiração potencial pelo método de Thornthwaite subestima o seu valor
em confronto com os valores da evapotranspiração potencial medida no campo,
em regiões como as da maioria do território mineiro, em que as deficiências hídricas
anuais são superiores a 100 mm (Minas Gerais, 1980).

Classificação bioclimática de Gaussen e Bagnouls


A cobertura vegetal pode ser considerada como a mais fiel expressão do clima.
Galvão (1967) sugeriu que dentre as classificações climáticas utilizadas no Brasil,
passasse-se a adotar aquela que chega ao detalhe da coincidência das divisões do
clima (regiões e modalidades climáticas) com as divisões da vegetação (tipos e
subtipos de vegetação).

Esta classificação tem mais interesse que a de Koeppen, principalmente sob o


ponto de vista agropecuário, pois dá uma idéia da intensidade da seca pela
indicação da duração do período seco bem como do índice xerotérmico. Mês mais
seco é aquele cujo valor da precipitação em milímetros de água é igual ou inferior
ao dobro da temperatura em oC (Figura 8),sendo o período seco a sucessão de
meses secos. Índice xerotérmico é o número de dias biologicamente secos e na
sua determinação entram, além da precipitação pluviométrica, a umidade relativa
do ar atmosférico (Figura 9) e as precipitações ocultas (orvalho e nevoeiro).

Fig. 8. Temperatura Média do Estado de Minas Gerais


26 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Fig. 9. Umidade Relativa Média

De acordo com esta classificação, o Estado de Minas Gerais pode ser assim
enquadrado (Figura 2):

4bTh (Termoxeroquimênico médio) - Tropical quente com seca média. A esta-


ção seca média varia de 5 a 6 meses e o índice xerotérmico compreende-se
entre 100 e 150. Situa-se no Alto Médio São Francisco e Alto e Médio
Jequitinhonha.

4cTh (Termoxeroquimênico atenuado) - Tropical quente de seca atenuada. A


estação seca é mais curta, variando de 3 a 4 meses e o índice xerotérmico de
40 a 100. É o bioclima dominante no Estado, ocupando desde a região do
Paracatu, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Alto São Francisco, Itacambira e
partes do Alto Médio São Francisco e Metalúrgica. Seu alcance nas outras
regiões é menos expressivo.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 27

4cMes (Mesoxeroquimênico atenuado) - Tropical brando de seca atenuada.


Difere do 4cTh apenas pela temperatura do mês mais frio que é inferior a 15 oC.
Situa-se entre as regiões do Alto Jequitinhonha, Metalúrgica e Rio Doce.
Apresenta pouca expressão na região Sul.

4dTh (Subtermaxérico) - Tropical quente e subseco, com estação seca muito


curta de 1 a 2 meses e índice xerotérmico variável de 0 a 40. Ocorre em partes
do Médio Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce.

4dTh’ (Subtermaxérico de transição) - Tropical subquente e subseco. Este


clima diferencia-se do 4dTh por ter a temperatura do mês mais frio entre 15 e
19oC, enquanto no 4dTh ela é superior a 19oC. Situa-se de forma esparsa
principalmente nas Zonas da Mata, Sul, Mucuri, Rio Doce e Itacambira.

4dMes (Submesaxérico) - Tropical brando e subseco ou tropical de altitude que


se diferencia do 4dTh’ por a temperatura do mês mais frio inferior a 15oC. Situa-
se nas partes mais altas das regiões Sul, Campos das Vertentes e Mata.

7b (Hipomesaxérico) - Temperado médio com temperatura do mês mais frio


posicionada entre 0 e 10oC e sujeito a neve e geadas anuais frequentes.
Apresenta pequena ocorrência na região Sul, nas elevações da serra da
Mantiqueira, próximo a divisa do Estado de São Paulo.

Hidrografia
A rede hidrográfica do Estado de Minas Gerais (Figura 10) é constituída por um
sistema de bacias de grande, médio e pequeno porte.

De modo geral, a região apresenta amplas disponibilidades hídricas superficiais,


embora a sua distribuição espacial não seja homogênea. Boa parte dos rios apre-
senta longos trechos navegáveis em todas as direções. Entre as principais bacias
destacam-se a do rio São Francisco, Grande, Paranaíba, Doce e Jequitinhonha.

A maior bacia é a do rio São Francisco. Este nasce próximo da represa de Furnas e
escoa no sentido sul-norte até cruzar a divisa com o Estado da Bahia. Os principais
tributários pela margem esquerda são os rios Paracatu e Urucuia, enquanto, pela
margem direita, destacam-se os rios Paraopeba, das Velhas e Jequitaí. A área, em
seu conjunto, apresenta um valor médio de 9 L s-1 km-2 para as contribuições
28 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

unitárias médias de longo período, o que a classifica como dotada de grandes


disponibilidades hídricas superficiais. Do ponto de vista da qualidade química, as
águas superficiais não apresentam restrições para a utilização na agricultura. Já as
águas subterrâneas apresentam em alguns locais, como Janaúba, Manga e
Montalvânia, algumas restrições no tocante à salinidade. Esta não chega a
inviabilizar seu uso, conquanto seja utilizada em sistemas de irrigação que lixiviem
o excesso de sais além da profundidade efetiva do solo (Fundação Centro
Tecnológico..., 1981).

Fig.10. Rede hidrográfica do Estado de Minas Gerais

O rio Jequitinhonha nasce na serra do Espinhaço e desce preferencialmente no


sentido oeste-leste. Seu principal tributário é o rio Araçuaí que deságua pela
margem direita.

O rio Doce nasce da confluência de vários tributários entre as serras do Espinhaço


e do Brigadeiro e percorre preferencialmente o sentido sul-norte até seu principal
tributário pela margem esquerda que é o rio Suaçuí Grande. A partir deste ponto, o
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 29

rio Doce altera seu curso, descendo então no sentido oeste-leste, onde tem seu
principal tributário pela margem direita que é o rio Manhuaçú.

O rio Paranaíba, que juntamente ao rio Grande limita a região do Triângulo Mineiro,
é formado por três bacias secundárias que são as dos rios Araguari, Tijuco e
São Domingos. Seus principais tributários pela margem esquerda são os rios
Araguari, Tijuco e São Domingos, enquanto, pela margem direita, destacam-se os
rios Meia Ponte, dos Bois, Claro, Verde e Corrente. A bacia do rio Paranaíba drena
aproximadamente 75% da área do Triângulo Mineiro (Embrapa, 1982).

O rio Grande limita o sul da região com o Estado de São Paulo. Seu principal
tributário pela margem esquerda é o rio Pardo. Pela margem direita, sobressaem-se
os rios Verde e Bonito. A bacia do rio Grande e a bacia do rio Paranaíba formam a
grande bacia do rio Paraná.

De modo geral os rios do Estado possuem grande potencialidade para a agricultura


irrigada. Além do aproveitamento agrícola é grande o potencial para abastecimento
urbano bem como para o represamento e a navegação, destacando-se nestes
aspectos os rios São Francisco, Paranaíba e Grande.

Vegetação
Há menos de um século, a cobertura vegetal do Estado de Minas Gerais diferenci-
ava-se bastante da atual. A exploração das matas, ainda que de uma forma muito
superficial de extração seletiva, iniciou-se no século XVII com a procura do Pau-
Brasil (Caesalpinia echinata Lam.). No século XVIII o desflorestamento objetivou
atender a demanda por madeira para construção, móveis e combustível, vindo
posteriormente a derrubada tanto para produção de carvão bem como para limpar a
área para a exploração de culturas agrícolas como o café (Golfari, 1975).

Fases de condições edáficas indicadas pela vegetação


primária
A subdivisão de unidades de mapeamento pode ser feita através de sua
complementação com as chamadas fases. O estabelecimento das fases objetiva
principalmente fornecer critérios referentes às condições das terras e que interfe-
rem, direta ou indiretamente, com o comportamento e qualidade dos solos, no
tocante às possibilidades de alternativas de uso e manejo para fins essencialmente
agrícolas (Embrapa, 1988).
30 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Os principais elementos condicionadores da fitofisionomia e da composição


florística são as variáveis climáticas e edáficas. As comparações portanto entre
estas causas (condições edafo-climáticas, mormente referentes a regimes hídricos,
térmicos e de eutrofia e oligotrofia) e efeito (cobertura vegetal) permitem a obten-
ção de mútuas inferências (Embrapa, 1988).

Na insuficiência de dados de clima do solo, normalmente hídricos, que abranjam


todas as unidades de mapeamento em grau de detalhamento compativel, as fases
de vegetação são empregadas para facultar inferências sobre relevantes variações
estacionais de condições de umidade dos solos, uma vez que a vegetação primária
reflete diferenças climáticas imperantes nas diversas condições das terras. Reco-
nhecidamente, além do significado pedogenético, as distinções em questão assu-
mem ampla implicação ecológica, a qual abre possibilidade para o estabelecimento
de relações entre unidades de solo e sua aptidão agrícola, aumentando, pois, a
utilidade dos mapeamentos de solos.

As Tabelas 2 e 3 apresentam correlações tentativas entre as fases de vegetação


utilizadas comumente nos levantamentos de solos da Embrapa Solos (que buscam
inferir o regime hídrico do solo através do percentual de caducidade da vegetação
primária) com as descrições de vegetação empregadas nos levantamentos de
recursos naturais do Projeto Radambrasil (que buscam retratar basicamente a
fitofisionomia e a composição florística). Os valores assumidos (principalmente
aqueles referentes ao índice hídrico) são estimativos e embasados em estudos
generalizados (Minas Gerais, 1980), além de se referirem a organismos vivos e
heterogêneos e portanto naturalmente variáveis.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 31

Tabela 2 - Compatibilização das descrições de vegetação empregadas pela


Embrapa Solos (baseada na percentagem de folhas decíduas) e Projeto Radambrasil
(baseada no diagrama ombrotérmico), associadas com período seco (meses) e
índice hídrico de Thornthwaite.

Embrapa Solos Período seco Projeto Radambrasil Índice hídrico


fl. per 0a1 fl ombróf densa >100 a >60
fl subper 1a2 fl ombróf aberta <100 a >10
fl subcad 2a4 fl estac semidec <60 a 10
fl cad 4a6 fl estac dec 10 a > -10
caat hipo 6a8
caat hiper 8 a 10 estepe <10

fl = floresta; per = perenifólia; subper = subperenifólia; subcad = subcaducifólia; cad = caducifólia; caat
= caatinga; hipo = hipoxerófila; hiper = hiperxerófila; ombróf = ombrófila; estac = estacional; semidec
= semidecidual; dec = decidual.

Tabela 3 - Compatibilização das descrições de vegetação utilizadas pela Embrapa


Solos e Projeto Radambrasil.

Embrapa Solos Projeto Radambrasil


Formações rupestres Refúgio ecológico montano e alto-montano
Fl per altimontana Fl ombróf densa alto-montana
Fl subtropical Fl ombróf mista alto-montana
Fl per, subper e subcad de várzea Fl de galeria ou fl aluvial
Campo cerrado Toda a savana gramíneo-lenhosa e parte da
savana parque
Cerrado Parte da savana parque, toda a savana arbórea
aberta e parte da savana arbórea fechada
Cerradão Parte da savana arbórea fechada e toda a zona
de tensão ecológica

Floresta subtropical perenifólia altimontana


Esta formação se caracteriza por apresentar uma estrutura de nano e
microfanerófitas cuja altura pode variar em torno de 5 a 10 metros, em função da
altitude local, conforme Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b).

Em função das baixas temperaturas, pois são frequentes as médias anuais abaixo
de 15oC, é comum a vegetação se apresentar com formas xerofíticas, caracteriza-
das pelos troncos e galhos finos, casca rugosa, folhas ericóides, pequenas,
coriáceas ou carnosas e brotos terminais protegidos; normalmente há grande
32 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

incidência de epífitas e líquens que por sua vez indicam a existência de alta
umidade relativa do ar, conforme Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b).

Embora composta por espécies endêmicas, revelando um isolamento antigo, a


composição florística desta formação é representada por famílias de dispersão
universal, cujos gêneros mais comuns são: Drymis, Clethra, Ilex, Weimmannia,
Rapanea, Hexachlamys, Marliera, Roupala e Miconia. Assinalam-se também
Bromeliaceae dos gêneros Vriesia, Aechmea e Nidularium, Cyperaceae representa-
da pelo gênero Cyperus, a Gramineae Husquea mimosa e muitas Pteridófitas que
recobrem o terreno.

Constitui ambientes situados nas faixas altimétricas superiores a 1500 metros, nas
áreas dissecadas das vertentes interiorizadas da serra da Mantiqueira. O período
seco é virtualmente ausente enquanto o índice hídrico correspondente apresenta
valores superiores a 100 (Minas Gerais, 1980).

Floresta tropical perenifólia altimontana


Caracteriza-se pela presença de fanerófitas perenifoliadas, com brotos foliares
geralmente desprotegidos contra seca. Grupamento especial da floresta perenifólia,
encontrada geralmente em cotas superiores a 1200 metros, onde as temperaturas
são atenuadas e protegidas das altas térmicas que ocorrem em direção ao litoral.
Apresentam tendência a um gregarismo característico principalmente por duas
espécies de coníferas, a Araucaria angustifolia (pinheiro do paraná) e Podocarpus
lambertii (pinheirinho-bravo).

Ocupa a área tropical mais úmida com precipitações superiores a 1500 milímetros
bem distribuídos, período seco praticamente inexistente e índice hídrico próximo
de 100. Sua principal ocorrência assinala-se nas faixas superiores posicionadas
sobre a serra da Mantiqueira.

Floresta tropical perenifólia


Formação arbórea densa, em manchas, de porte desenvolvido, com quatro estratos
bem definidos, alcançando o estrato superior de 25 a 30 metros de altura, apresen-
tando árvores de fustes retos e grossos, cujas copas das árvores se tocam,
proporcionando natural sombreamento interior e quase sempre com leve camada
de detritos, principalmente folhas caídas na superfície do solo. É grande a presença
de lianas e epífitas.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 33

As principais espécies são: Aspidosperma cylindrocarpa M. Arg. (peroba);


Vochysia laurifolia; Myroxylon balsamum (L) Harms (bálsamo); Talauma
organensis; Nectandra myriantha Meissn (canela-amarela) e Cariniana legalis
(Mart.) Kuntze (jequitibá).

Esta formação é indicativa de ausência de período seco ou extraordinariamente


podendo alcançar um mês. A faixa correspondente ao índice hídrico vai de 90 a
100. A área prevalente é o terço médio da serra da Mantiqueira.

Floresta tropical subperenifólia


Formação florestal transicional, constituindo uma gradacão da floresta perenifólia,
mostra estrato arbóreo desenvolvido, entre 20 e 22 metros de altura com estrato
arbustivo e herbáceo muito variável. A presença de lianas e epífitas é regular.

As principais espécies são: Piptadenia peregrina Benth (angico vermelho);


Astronium fraxinifolium Schott (gibatão); Tabebuia serratifolia (ipê-amarelo);
Tabebuia impetiginosa (ipê-roxo); Miconia sp.; Platymenia foliosa (vinhático) e
Dictyoloma incanescens DC (garapa).

Esta formação evidencia um período seco variando de 1 a 2 meses. A melhor faixa


de índice hídrico vai de 50 a 100. As principais ocorrências estão nas regiões das
Zonas da Mata e Sul, ao longo da base da serra da Mantiqueira.

Floresta tropical subcaducifólia


Formação vegetal primária de grande relevância no Estado de Minas Gerais. Apre-
senta espécimes arbóreos altos e com fuste mais fino, esgalhadas, mais distancia-
dos entre si com poucas lianas e epífitas e o estrato arbustivo mais pobre. A
percentagem de árvores caducifólias no conjunto da vegetação situa-se entre 20 e
50% na época desfavorável.

As principais espécies são Piptadenia macrocarpa Benth (angico-branco); Mimosa


schomburgkii Benth (monjoleiro); Astronium urundeuva (Fr. All.) Eng. (aroeira);
Cedrela fissilis Vell. (cedro); Ocotea sp; Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols (ipê);
Nectandra sp. No estrato arbustivo e herbáceo aparecem algumas trepadeiras como
Ipomoea sp e Thynchosia sp.

Esta formação é indicativa de um período seco variando de 2 a 4 meses, sendo a


faixa de índice hídrico que melhor enquadra este agrupamento a que vai de 10 a
34 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

60, com grande dispersão. As principais ocorrências estão nas Regiões Sul,
Metalúrgica e Alto São Francisco.

Floresta tropical caducifólia


Formação de porte médio, mais reduzido que a formação subcaducifólia com 50%
ou mais de indivíduos caducifólios no estrato dominante na época desfavorável. A
submata é rala e decidual com presença de cipós e pequena ocorrência de
bromeliáceas e cactáceas, sendo o tipo de formação florestal comumente assente
em solos derivados de litologia calcária.

Espécimes arbóreos mais representativas são Schinopsis brasiliensis (braúna);


Tabebuia ipe (pau d’arco roxo); Piptadenia sp (angico); Torrerea sp. (imburana);
Copaífera sp (óleo-de-copaíba) e Cariniana sp. (jequitibá-rosa). Entre os cipós,
pode-se citar Adenocalymma sp. (cipó-verdadeiro); Philodendron sp (imbé) e
Bauhinia sp (escada-de-macaco).

Evidencia período seco variando de 4 a 6 meses e índice hídrico variando de -10


a 10. A área de abrangência é basicamente a Depressão Sãofranciscana
marcadamente no Alto Médio São Francisco, Alto e Médio Jequitinhonha.

Caatinga
As caatingas são formações vegetais caducifólias de caráter xerófilo, geralmente
ricas em cactáceas e bromeliáceas e por vezes espinhentas (Embrapa, 1979). O
tipo de caatinga ocorrente no Estado de Minas Gerais, no nível de unidade de
mapeamento de solos, é a caatinga hipoxerófila, indicativa de um período seco
variando de 8 a 10 meses e índice hídrico variando de -20 a -10. Neste tipo de
vegetação, o estrato arbustivo arbóreo raramente ultrapassa os 5 metros.

Os principais representantes arbóreos são Bombax sp (embiruçu); Spondias


tuberosa (imbuzeiro); Caesalpinia pyramidalis (catingueira) e Acacia sp
(angiquinho). Já entre os arbustivos predominam Byrsonima verbascifolia;
Jatropha urens (cansanção) e Neoglaziovia variegata (caroá).

Ocorre no norte do Estado basicamente acompanhando o rio São Francisco, Pardo


e o Médio Jequitinhonha.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 35

Cerradão
Acha-se quase sempre localizado em manchas de solos mais profundos sendo rara
a presença de pedras ou cascalhos e de fertilidade intermediária entre a floresta
propriamente dita e o cerrado. É uma comunidade vegetal de tensão ecológica entre
a floresta e o cerrado possuindo portanto características intermediárias como árvo-
res e arbustos de maior porte, densos, bastante próximos entre si de tal modo que
as copas chegam a se tocar, possibilitando o natural sombreamento do solo.
Apresenta geralmente dois estratos, o herbáceo, ralo e o arbóreo, com árvores
podendo atingir 15 metros com fuste pouco tortuoso. Pequenas orquídeas,
phylodendron e “musgos” epífitos podem ocorrer em maciços mais densos, as
Palmae no entanto são raras.

As principais espécies são Bowdichia virgilioides (sucupira-preta); Curatella


americana (lixeira); Qualea parviflora; Platymenia foliosa (vinhático) e Piptadenia
macrocarpa (angico).

No Estado ocorrem as variações subperenifólio, subcaducifólio e caducifólio, possu-


indo a mesma correspondência de período seco e índice hídrico já feita para floresta.
As maiores incidências estão no Triângulo, Alto Paranaíba e Alto São Francisco.

Cerrado
Apresenta-se como uma vegetação aberta, constituída de árvores com alturas
variáveis, podendo alcançar até 8 metros, relativamente espaçadas, cujas copas
não se tocam; arbustos espaçados de 0,5 a 3 metros, tapete herbáceo com
predominância de gramíneas, mesclado de subarbustos. As árvores e arbustos são
geralmente tortuosos, apresentando o córtex dos troncos bastante suberoso e
fendilhado. As folhas são geralmente coriáceas e/ou pilosas (Minas Gerais, 1980).
Estão geralmente associados a solos lixiviados com baixa fertilidade, conforme
Projeto Radambrasil (Brasil, 1983b) e comumente com alta saturação por alumínio
trocável.

As espécies mais comuns são: Stryphnodendron barbatimao (barbatimao);


Magonia glabrata e M. pubescens (Tingui capeta); Dalbergia violacea (cabiuna do
cerrado); Cariocar brasiliense (pequiseiro); Kielmeyera coriacea (pau santo);
Duguetia furfuracea (araticum pedra); Jacaranda paucifoliolata (caroba do campo).
36 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

O cerrado propriamente dito apresenta-se esparso pelo Estado (excetuando basica-


mente as Zonas da Mata, Rio Doce e Mucuri) com concentrações no Alto Médio
São Francisco, Alto Paranaíba e Paracatu.

Campo cerrado
O campo cerrado é uma gradação do cerrado e suas características não são
basicamente florísticas, mas de fitofisionomia (Minas Gerais, 1980), associadas
quase sempre a solos muito pobres em termos de nutrientes, rasos podendo
mesmo apresentar pedras ou cascalhos. As árvores mostram-se mais espaçadas de
fustes tortuosos, alcançando 3 a 4 metros com predomínio de espécies mais
tolerantes a ambientes álicos. As principais espécies vegetais arbóreas são
Vochysia eliptica (pau-de-tucano), Dimorphandra mollis (faveiro), Kielmeyera
coriacea (pau-santo) e Byrsonima sp (murici). No estrato graminóide, destacam-se
Paspallum sp e Axonopus sp.

Este tipo de vegetação mapeado no Estado é o variante tropical. Ocupam grandes extensões,
basicamente no Triângulo, Alto Médio São Francisco, Alto Paranaíba, e Sul do Estado.

Formações de várzea
Convencionou-se nesta classificação todas as formações vegetais de influência
hidromórfica que não puderam ser especificadas de per si devido a intensa
associabilidade ou, indiretamente, a um problema de cunho gráfico (escala). Pode-
se citar como pertencente a esta convenção as florestas perenifólia (Mauritia
vinifera “buriti”), subperenifólia e até subcaducifólia (Hymenaea sp “jatobá”;
Tabebuia sp “ipê”) todas de várzea e os campos hidrófilo e higrófilo de várzea.

Formações rupestres
São formações ocorrentes em elevadas altitudes possuindo fisionomia própria e
comumente associadas a afloramentos rochosos. Constituem-se de um menor
número de arbustos, quase sempre esparsos ou isolados entre si, por vezes
formando agrupamentos e raras vezes colônias; tapete herbáceo com dominância
de gramíneas sempre mesclado de pequenos arbustos com ou sem xilopódio. O
substrato que os mantêm agarrados a rocha matriz é tênue e escasso, não chegan-
do a constituir um Solo Litólico.

A composição florística é bem diversificada, destacando-se Lychnophora sp,


Vernonia sp, Miconia sp, Byrsonima sp e Barbacenia sp. Sua presença realça-se
nas serras do Espinhaço e Cabral.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 37

Levantamentos de solo utilizados


Folha SD.23 Brasília
A folha SD.23 Brasília volume 29, Projeto Radambrasil (Brasil, 1982), engloba as
terras do norte do Estado de Minas Gerais (acima do paralelo 16o Sul).

As informações provenientes do seu levantamento de solo foram contrastadas


com os trabalhos do CETEC (Fundação Centro Tecnológico..., 1980, 1981) e da
Embrapa/SNLCS, basicamente Embrapa (1975, 1979, 1983), no tocante a
complementação das manchas de solo do levantamento do Projeto Radambrasil
com as fases de vegetação utilizadas nos levantamentos do SNLCS.

Foram feitas atualizações da legenda com base em conversões diretas e


reclassificações dos perfis.

Folha SD.24 Salvador


A folha SD.24 Salvador volume 24, Projeto Radambrasil (Brasil, 1981), engloba peque-
na parte das terras do nordeste do Estado de Minas Gerais (acima do paralelo 16o Sul).

As informações provenientes de seu levantamento de solo foram contrastadas


basicamente com Embrapa (1979).

No tocante à legenda de solo, foram feitas igualmente atualizações da legenda com


base em reclassificação de perfis.

Folha SE.22 Goiânia


A folha SE.22 Goiânia volume 31 engloba grande parte da região do Triângulo
Mineiro, Projeto Radambrasil (Brasil, 1983a).

As informações de seu levantamento de solo foram intensamente cruzadas com


Embrapa (1982), principalmente aquelas relacionadas com fases de vegetação,
bem como para complementação dos dados pedológicos, já que o trabalho da
Embrapa Solos (embora predecessor ao do Projeto Radambrasil) tem escala de
publicação maior e portanto maior grau de detalhamento cartográfico.

Folha SE.23 Belo Horizonte


A folha SE.23 Belo Horizonte volume 38 (não publicado) é a que abrange maior
porção territorial, englobando toda a região central do Estado.
38 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Suas informações foram contrastadas com o trabalho do CETEC (Fundação Centro


Tecnológico..., 1980) e com as publicações do SNLCS atinentes da Embrapa
(1975, 1978, 1979, 1980a) e Brasil (1970); objetivando basicamente levantar
informações sobre as fases de vegetação.

Quando unidades de mapeamento apresentavam a mesma classe de solo, em


sequência, diferindo apenas no tipo de horizonte A ou outro parâmetro qualquer,
optou-se pela fusão da descrição. Como exemplo a unidade: LVa A húm + LVa A
proem e mod... teve sua grafia mudada para LVa A húm, proem e mod.... Quando
esta situação ocorria mas não em sequência, manteve-se a grafia original. Este tipo
de descrição ocorreu tambem nas folhas SE.24 Rio Doce e SF.23/24 Rio de
Janeiro/Vitória.

Folha SE.24 Rio Doce


A folha SE.24 Rio Doce volume 34 abrange a porção oriental do Estado, Projeto
Radambrasil (Brasil, 1987).

Foi contrastada com os trabalhos (Embrapa, 1979) e Brasil (1970), objetivando


basicamente levantar informações sobre as fases de vegetação. Unidades
taxonômicas com dupla saturação por bases foram separadas, como por exemplo
LEde passou a ser associação de LEd + LEe objetivando harmonizar com outras
folhas que não utilizavam este tipo de apresentação (esta situação também
ocorreu na folha SE.23 Belo Horizonte).

Folha SF.23/24 Rio de Janeiro/Vitória


Esta folha (volume 32) ocupa o sul do Estado abaixo do paralelo 20o Sul, Projeto
Radambrasil (Brasil, 1983b) e foi contrastada com trabalhos da Embrapa (1980a;
1980b), Brasil (1962) e Brasil (1970).

Avaliação da Aptidão Agrícola


O mapeamento de solos do Estado de Minas Gerais, parcialmente compilado escala
1:1.000.000 que faz parte desse trabalho, seguiu as normas comumente utiliza-
das pela Embrapa Solos (Embrapa, 1988) e foi o material básico considerado na
avaliação da aptidão agrícola das terras do Estado de Minas Gerais.

A interpretação do levantamento de solos visou avaliar as condições agrícolas das


terras, levando-se em consideração as características do meio ambiente, propriedades
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 39

físicas e químicas das diferentes classes de solo e a viabilidade de melhoramento


dos cinco fatores limitantes básicos das terras: fertilidade natural, excesso de água,
deficiência de água, susceptibilidade à erosão e impedimentos ao uso de
implementos agrícolas.

A avaliação da aptidão agrícola, em síntese, consiste no enquadramento das terras


dentro de seis grupos, objetivando apresentar as alternativas de uso de uma
determinada extensão de terra, em função da viabilidade de melhoramento dos
cinco fatores limitantes básicos e da intensidade de limitação que persistir após a
utilização de práticas agrícolas inerentes aos sistemas de manejo A (baixo nível
tecnológico), B (médio nível tecnológico) e C (alto nível tecnológico).

O enquadramento de uma determinada unidade ambiental (terra) em um grupo


correspondente a alta intensidade de exploração, não significa a inviabilidade de
sua utilização em outro grupo correspondente a menor intensidade de exploração,
significando apenas uma subutilização. A recíproca não é verdadeira, pois a explo-
ração de determinada terra com uma atividade mais intensiva que sua aptidão
indica, aumenta em muito os riscos de dano ambiental (uma superutilização neste
caso), muitas vezes de difícil recuperação.

O presente estudo segue em essência o método (Ramalho Filho et al., 1995) que
é um desenvolvimento do sistema de interpretação (Bennema et al., 1965). Por
tratar-se de uma metodologia amplamente divulgada e de largo emprego, optou-se
por abordar aqueles pontos que sofreram adaptações, além de um resumo que
possibilitasse ao usuário final, desconhecedor da metodologia, pelo menos o
entendimento básico deste trabalho.

Etapas da avaliação
Com base na legenda de solos, elaborou-se uma tabela em função dos graus de
limitação referentes à deficiência de fertilidade natural, deficiência de água, defici-
ência de oxigênio, susceptibilidade à erosão e impedimentos ao uso de
implementos agrícolas para cada unidade de mapeamento. Com esta tabela,
objetivou-se avaliar os graus de limitação de cada fator sob práticas de manejo que
refletem baixo, médio e alto nível tecno-operacionais. Na etapa seguinte, foram
obtidas as classes de aptidão agrícola das terras, em função dos graus de limitação
persistentes após os melhoramentos inerentes aos níveis tecnnológicos médio e alto.
40 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Posteriormente, foram estabelecidos os grupos de aptidão agrícola, baseados na


melhor classe de aptidão, em um dos três níveis de manejo, para cada classe de solo.

Finalmente, após o estabelecimento dos subgrupos de aptidão agrícola, elaborou-


se a legenda do mapa de aptidão agrícola das terras. No caso em que as unidades
de mapeamento de solos são constituídas por associações (o que ocorreu na maior
parte dos casos), a aptidão agrícola é definida em função do solo dominante, sendo
ponderada até o segundo componnente da associação. O terceiro e eventualmente
o quarto não foram considerados na definição da aptidão.

Graus de limitação por deficiência de fertilidade


Como não se dispunha das análises químicas (valores S, T ou V principalmente) e/
ou físicas (condutividade elétrica ou RAS-relação de adsorção de sódio) de todas
as unidades de mapeamento para fins de classificação, optou-se pela definição dos
graus de limitação com base em parâmetros ligados à própria classificação dos
solos, descritos a seguir e em conssonância com aqueles definidos na
metodologia. Este enquadramento procura também contemplar as classes de
fertilidade do solo usadas rotineiramente no Estado de Minas Gerais (Comissão de
Fertilidade..., 1989): muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto respectivamente
para saturação por alumínio (m) e bases (V), objetivando facilitar e melhorar a
utilização deste trabalho pelo usuário final. O grau nulo (N) foi definido para solos
eutróficos e com presença de argila de atividade alta (Ta), sem no entanto apresen-
tar toxidez por sais solúveis, sódio trocável ou outros elementos tóxicos e prejudi-
ciais ao desenvolvimento das plantas. Este grau se assemelha às classes muito
baixo e baixo para os valores de m e muito alto a alto para os valores de V.

O grau ligeiro (L) foi definido para solos eutróficos mas com presença de argila de
atividade baixa (Tb), igualmente não apresentando toxidez por sais solúveis, sódio
trocável ou outros elementos prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Este
grau se assemelha às classes baixo (m) e médio a alto para os valores de V.

O grau moderado (M) foi definido para solos distróficos e com presença de argila
de atividade baixa (Tb), igualmente não apresentando toxidez por sais solúveis,
sódio trocável ou outros elementos prejudiciais ao desenvolvimento das plantas.
Este grau se assemelha às classes baixo a médio (m) e baixo (V).

O grau forte (F) foi definido para solos álicos e com presença de argila de atividade
baixa (Tb), no entanto a saturação por alumínio (m) não é tão elevada que possa
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 41

inviabilizar por completo a adoção do nível de manejo A (nível de manejo primiti-


vo). O grau de saturação por alumínio foi definido basicamente pela fase de
vegetação (esta passagem evidencia apenas um dos exemplos da grande importân-
cia que teve a inclusão desta fase neste trabalho). Considerou-se, como tendência
geral, vegetação do tipo floresta tropical como tendo saturação mais baixa e
vegetação de cerrado mais elevada. Este grau se assemelha às classes alto a muito
alto (m) e muito baixo a baixo (V).

O grau muito forte (MF) foi definido para solos álicos (valor m elevado) ou
distróficos, arenosos ou não, mas com valores T muito baixos, como é o caso dos
solos ferríferos, onde a exploração generalizada sob o nível de manejo A é inviável.
Considerou-se também neste grau solos com problemas mais relevantes de
salinidade ou sodicidade. A correlação deste grau com as classes de fertilidade
apresenta alta dispersão, pois teremos para determinados casos, valores m equiva-
lentes às classes muito baixo a baixo (solos ferríferos ou mesmo os salinos ou
sódicos) até muito alto (Podzóis), assim como os valores V vão desde a classe muito
baixo (Areias Quartzosas e Podzóis) até alto e muito alto (solos salinos e sódicos).

Graus de limitação por deficiência de água


O grau nulo (N) foi definido para solos hidromórficos e quando não, com ausência
de período seco. A vegetação natural é normalmente constituída por formações de
várzea, campos hidrófilos ou higrófilos e floresta perenifólia.

O grau ligeiro (L) foi definido para terras que apresentam curto período seco
(variando de um a três meses), ideal para a exploração com dois cultivos por ano (o
pequeno período seco facilita a colheita e o preparo do solo para a cultura seguin-
te). Para a exploração com cultivos perenes também é favorável, pois de igual
forma o período seco possibilita o preparo, correção e adubação do solo. A
vegetação normalmente é constituída de floresta subperenifólia, cerrado e cerradão
subperenifólios e alguns campos.

O grau moderado (M) foi definido para solos em que o período seco é de três a
cinco meses por ano, e assume-se que não há ocorrência de veranico. Neste grau
nem todas as espécies perenes podem ser exploradas e a prática de dois cultivos
por ano, mesmo utilizando variedades precoces e alta tecnologia, apresenta riscos.
As fases de vegetação que se correlacionam a este grau de limitação são basica-
mente a floresta, cerradão e cerrado subcaducifólios.
42 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

O grau forte (F) foi definido para solos em que o período seco varia de cinco a
sete meses. Os solos normalmente têm boa saturação por bases trocáveis (em
função do baixo índice de intemperismo do material originário) e quando o relevo
favorece a mecanização as terras geralmente apresentam boa aptidão para culturas
anuais. A prática de dois cultivos por ano é praticamente inviabilizada bem como a
exploração com culturas perenes não adaptadas ao período seco. A vegetação que
ocupa as áreas destas terras é normalmente de floresta, cerradão e cerrado
caducifólios, e as áreas de cerrado são consideradas mais desfavoráveis ainda
quanto à retenção de água que a equivalente em floresta; devido a menor cubagem
geral apresentada por estes solos, motivada pelos maiores impedimentos químicos
e físicos ao crescimento radicular.

O grau muito forte (MF) foi definido para solos com longo período seco (entre sete
a nove meses), sendo a vegetação com melhor correspondência a caatinga
hipoxerófila. Os solos normalmente apresentam alta saturação por bases e
comumente sodicidade. Quando a região apresenta pequeno período seco mas o
solo possui no entanto problemas de sais (seca fisiológica), optou-se pela sua
inclusão também nesta categoria. Os solos enquadrados nesta classificação apre-
sentam obstáculos para a exploração com culturas tanto anuais quanto de ciclo
mais longo, e mesmo quando possível, as espécies devem apresentar adaptação ao
período seco e/ou à presença de sais ou sódio.

Graus de limitação por excesso de água


O grau nulo (N) foi definido para solos, geralmente, desenvolvidos e sem a
presença de horizontes gleizados ou mesmo plintita. Enquadram-se bem aqui,
aqueles classificados como bem a excessivamente drenadas.

O grau ligeiro (L) foi definido para solos que apresentam pequena deficiência de
aeração às culturas sensíveis ao excesso dágua, durante a estação chuvosa.
Enquadram-se entre os bem a moderadamente drenadas.

O grau moderado (M) foi definido para solos que apresentam maior restrição às
culturas mais sensíveis à deficiência de aeração durante a estação chuvosa. En-
quadram-se entre os moderado a imperfeitamente drenados, com formação de
plintita ou camadas gleizadas fora da profundidade efetiva.

O grau forte (F) foi definido como grau típico dos solos minerais hidromórficos. Os
solos apresentam restrição à aeração não somente para as culturas mais sensíveis, e só
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 43

permitem o desenvolvimento de culturas não adaptadas mediante a drenagem artificial.


Geralmente, para serem explorados, envolvem obras ainda viáveis ao alcance do
agricultor. Enquadram-se entre os mal drenados a muito mal drenadas e a camada
gleizada encontra-se à altura do sistema radicular mesmo das espécies anuais.

O grau muito forte (MF) foi definido basicamente para os solos minerais com mais
alto grau de hidromorfismo bem como para os solos orgânicos. As obras de
drenagem nestes solos são de grau intenso e por vezes desaconselháveis (como
no caso de solos orgânicos ou tiomórficos) normalmente fora do alcance do
agricultor, individualmente.

Graus de limitação por susceptibilidade à erosão


O grau nulo (N) foi definido para solos com pouca susceptibilidade à erosão, profun-
dos, bem estruturados e boa permeabilidade (essencialmente latossolos) ocorrentes
em relevo plano. Não deve haver referência de fase erosiva na descrição do solo.

O grau ligeiro (L) foi definido para solos com pouca susceptibilidade à erosão,
latossolos em relevo até suave ondulado ou outros solos com horizonte B textural
ou areno-quartzosos profundos, por exemplo em relevo plano.

O grau moderado (M) foi definido para solos com moderada susceptibilidade à
erosão. Quando apresentam algum fator restritivo à boa permeabilidade possuem
relevo suave ondulado, ou no caso dos latossolos (principalmente os oxídicos)
aqueles ocorrentes em relevo ondulado.

O grau forte (F) foi definido para solos que apresentam considerável susceptibilida-
de à erosão. Ocorrem em relevo forte ondulado no caso dos latossolos (principal-
mente os oxídicos) e ondulado nos solos com problemas de permeabilidade, quer
sejam horizonte B textural, incipiente ou solos rasos.

O grau muito forte (MF) foi definido para solos que apresentam grande susceptibi-
lidade à erosão, geralmente com relevo forte ondulado ou montanhoso. Não são
recomendáveis para cultivo de culturas anuais, sob pena de serem totalmente
erodidos, em poucos anos. Prestam-se mais para a exploração com culturas pere-
nes (principalmente agrossilvicultura), mesmo assim com restrições.
44 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Graus de limitação por impedimentos a mecanização


O grau nulo (N) foi definido para solos que permitem, em qualquer época do ano,
o emprego de todos os tipos de máquinas e implementos agrícolas ordinariamente
utilizados, com alto índice de eficiência. Estão em relevo plano e apresentam
textura média ou mais argilosa, argila de atividade baixa e preferencialmente com
micro-agregação e sem presença de frações maiores que cascalho.

O grau ligeiro (L) foi definido para solos que permitem, durante quase todo o ano,
o emprego da maioria das máquinas agrícolas. Quando há presença de algum
elemento que diminua a eficiência da mecanização como textura arenosa ou pre-
sença de frações grosseiras, devem apresentar relevo plano ou suave ondulado.

O grau moderado (M) foi definido para solos que possuem relevo ondulado.
Quando há ocorrência de outros fatores restritivos como pedregosidade (de pouca
intensidade), textura muito arenosa ou muito argilosa do tipo 2:1, descrição de
fase erosiva em solo de maior resistência à erosão, entre outros, o relevo deve ser
mais suave. Neste grau, a classe de aptidão agrícola das terras no nível de manejo
C é normalmente Regular a Restrita.

O grau forte (F) foi definido para solos que permitem apenas, em quase sua totalida-
de, somente o uso de implementos de tração animal, ou máquinas com rodado
especial. Caracterizam-se pelo relevo forte ondulado, descrição de fase erosiva em
solo susceptível à erosão, pedregosidade em grau acentuado, rochosidade, pequena
profundidade e má drenagem entre outros. Neste grau, a classe de aptidão agrícola
das terras no nível de manejo C é normalmente Restrita a inapta.

O grau muito forte (MF) foi definido para solos que não permitem o uso de
maquinário, seja acionado por tração motorizada ou animal. O relevo é montanho-
so ou escarpado e/ou com os fatores supra-citados em caráter mais acentuado.

Níveis de manejo considerados


A metodologia em questão (Ramalho Filho et al., 1995) baseia-se em três níveis de
manejo, segundo práticas agrícolas de domínio público, objetivando conhecer o
comportamento das terras em diferentes níveis tecnológicos. Estes níveis são
simbolizados por três letras A, B e C, que podem ter sua definição final grafadas de
diferentes formas, segundo as classes de aptidão que apresentem as terras, em
cada um dos níveis considerados.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 45

O nível de manejo A (primitivo) é atualmente questionado para o Estado de Minas


Gerais como um todo, em face das diversas tecnologias agrícolas existentes e princi-
palmente a quase obrigatoriedade de se conduzir a atividade agrícola sob o enfoque
empresarial. Porém, como a realidade agrícola ainda é referida, em grande parte, a este
nível de manejo, decidiu-se mantê-lo no elenco de níveis considerados neste trabalho.
Mesmo porque, pode-se obter lucratividade naquelas terras de mais alto potencial
produtivo, com destaque para o aspecto da fertilidade. Considera-se aqui também, a
obrigatoriedade assumida de máxima fidelidade possível no que tange a essência da
metodologia, por ser este um trabalho complementar da série estadual.

O nível de manejo A, baseia-se em práticas agrícolas que refletem um baixo nível


tecnológico, praticamente não havendo aplicação de capital para manejo, melhora-
mento e conservação das condições das terras e das lavouras. As práticas agríco-
las dependem do trabalho braçal, podendo ser utilizada alguma tração animal
com implementos agrícolas simples.

O nível de manejo B (intermediário) é, dentro da realidade agrícola brasileira, o nível


de manejo mais utilizado. Baseia-se em práticas agrícolas que refletem um nível
tecnológico médio. Caracterizando-se pela modesta aplicação de capital e de resul-
tados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das condições das
terras e das lavouras. As práticas agrícolas estão condicionadas principalmente à
tracão animal.

As operações normalmente arroladas ao processo de reflorestamento, principalmente


nos grandes povoamentos florestais, concernentes ao grande volume de capital,
mecanização e pesquisa, corroborariam o nível de manejo C (desenvolvido). No
entanto, há uma diluição da intensidade do capital aplicado com relação aos vários
anos que geralmente decorrem até a reforma do povoamento, correspondendo no
final ao enquadramento no nível de manejo B (Carmo et al., 1990).

O nível de manejo C (desenvolvido) é o nível da administração empresarial por


excelência. Ressalta-se que isto não implica obrigatoriamente em práticas agrícolas
vultosas e muitas vêzes de aplicabilidade, segurança e principalmente retorno
duvidosos. Trata-se mais de gerenciar as práticas, procurando-se sempre as melho-
res relações custo-benefício formuladas pela pesquisa de forma a estruturar o
negócio agrícola como atividade mais rentável e segura possível, além de ser, hoje
em dia e cada vez mais, equilibrada com o meio ambiente. Este nível é baseado em
práticas agrícolas que refletem um alto nível tecnológico. Caracterizando-se pela
46 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

aplicação de capital em resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e


conservacão das condições das terras e das lavouras comprovadamente eficientes.
A motomecanização, principalmente nas áreas produtoras de grãos, está presente
nas diversas fases da operação agrícola.

De acordo com o método citado, os níveis B e C envolvem melhoramentos


tecnológicos em diferentes modalidades, referidos basicamente às condições natu-
rais das terras, sem contudo levar em conta a irrigação na avaliação da aptidão
agrícola. Este melhoramento pauta-se em três classes: a primeira em que o melhora-
mento é viável com práticas simples e pequeno emprego de capital; a segunda classe
em que o melhoramento é viável somente com práticas intensivas e considerável
aporte de capital, mas, ainda, economicamente compensadores e a terceira classe em
que o melhoramento é de grande monta, viável tecnicamente mas normalmente
inviável economica e individualmente para a grande maioria dos agricultores.

Melhoramento da deficiência de fertilidade


Como o nível de manejo A (primário) não contempla inversão de capital em
insumos, a fertilidade natural é sua variável mais importante. Desta forma, na
avaliação da aptidão agrícola, só foram consideradas na classe Boa, para este nível
de manejo, as terras eutróficas (pronta disponibilidade de nutrientes para as cultu-
ras) e com argila de atividade alta (reserva e nível do eutrofismo), o que possibilita
colheitas mais seguras (menor probabilidade de desbalanço de nutrientes) e prolon-
gadas ao longo do tempo.

O melhoramento da fertilidade natural de muitas terras que possuem condições


físicas, em geral propícias, é fator decisivo no desenvolvimento agrícola. De modo
geral, a aplicação de fertilizantes e corretivos é uma técnica pouco utilizada e,
quando o são, as quantidades insuficientes, além de muitas vezes, desfavoráveis
as relações de troca entre o valor do produto agrícola e o custo dos corretivos e
fertilizantes necessários para produzí-los.

Terras com alta fertilidade natural e boas propriedades físicas, normalmente exigem
pequenas quantidades de fertilizantes para a manutenção da produção. A viabilida-
de de melhoramento pertence à classe 1.

Terras com fertilidade natural baixa exigem quantidades maiores de fertilizantes e


corretivos, bem como alto nível de conhecimento técnico estando a viabilidade de
melhoramento na classe 2.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 47

Melhoramento da deficiência de água


Como a irrigação não é contemplada nesta metodologia, as práticas que retenham
a água no solo e favoreçam sua infiltração ganham grande importância, dentre
estas, à luz da pesquisa atual e da realidade agrícola, pode citar-se a escarificação
e o plantio direto. Este último, a prática de melhor relação custo-benefício nas áreas
de produção de grãos, no que tange à adição de material orgânico ao solo e todas
as vantagens dela consequentes. Outras práticas como plantio em faixas e em
nível, calagem e principalmente a gessagem para aprofundamento do sistema
radicular, variedades precoces e resistentes à seca, compatibilidade com calendário
agrícola e banquetas individuais e cordões de contorno para os cultivos perenes
têm igualmente grande resposta com baixo custo.

Melhoramento do excesso de água


Como no melhoramento da fertilidade, o excesso de água só pode ser contemplado
com práticas agrícolas referidas aos níveis de manejo B e C.

Se o solo é hidromórfico ou fica alagado pelo menos três meses por ano, pode-se
em vez de drená-lo completamente (muitas vêzes economicamente inviável) para o
plantio de culturas que não suportam o encharcamento, sistematizá-lo e explorá-lo
com arroz irrigado. No mapa de aptidão bem como na legenda são identificadas as
áreas potenciais para esta exploração. O arroz irrigado tem melhor resposta no
nível de manejo C.

A classe de melhoramento 1 refere-se a práticas que objetivam drenar o excesso


dágua prejudicial ao sistema radicular das culturas, com medidas simples e de
baixo custo.

A classe de melhoramento 2 é específica para terras que exigem trabalhos intensi-


vos de drenagem para remover o excesso de água.

A classe de melhoramento 3, normalmente de cunho estatal ou comunitário, foge


às possibilidades individuais dos agricultores, por tratar-se de práticas típicas de
grandes projetos de desenvolvimento integrado.
48 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Melhoramento da susceptibilidade à erosão


A erosão é o principal flagelo da exploração agropecuária. Seu controle passa em
primeira instância pela visão conceitual do que seja atividade agrícola. As práticas
posteriores, igualmente, são referidas aos níveis de manejo B e C.

Como já explicitado no tocante à retenção de água no solo, o plantio direto é a


melhor e mais barata prática de infiltração da água no solo (quando não há
impedimentos genéticos ou provenientes de manejo inadequado), evitando (ou
diminuindo enormemente) o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo, o
salpicamento e o arrasto destas partículas, essência do que se define por erosão.
Por ser o plantio direto uma prática que tem seu sucesso garantido tanto quanto o
nível gerencial que se lhe dispende, o melhoramento da susceptibilidade à erosão
fica afeito ao nível de manejo C, o que não impede que seja também aplicada de
forma alternada ou associada com outras práticas no nível de manejo B.

As outras práticas citadas no método, objetivando a retenção de água no solo,


também se aplicam a este tópico, além da rotação de culturas, diminuição da
compactação através da utilização de tratores de esteiras ou aumento da largura
do rodado, bem como da racionalização do “passeio” das máquinas no campo.
Em relação à pecuária, o pastejo com rotação de piquetes tem dado bons resulta-
dos no tocante à diminuição da compactação.

A utilização de terraços é hoje em dia bastante discutida em face do elevado


custo e sua eficácia ao longo do tempo, principalmente se não acompannhada de
práticas complementares.

Melhoramento dos impedimentos à mecanização


Pela própria definição, este melhoramento só é intensificado no nível de manejo C,
pois o termo mecanização aqui empregado refere-se à motomecanização. A maior
parte dos obstáculos à mecanização tem caráter permanente ou apresenta tão difícil
remoção, que se torna economicamente inviável o seu melhoramento. No entanto,
algumas práticas, ainda que dispendiosas, poderão ser realizadas em benefício do
rendimento das máquinas, como é o caso da construção de estradas, drenagem,
remoção de pedras e sistematização do terreno (Ramalho Filho et al., 1995).
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 49

Avaliação das classes de aptidão agrícola


A avaliação das classes de aptidão agrícola das terras e por conseguinte dos
grupos e subgrupos, foi feita através do estudo comparativo entre os graus de
limitação atribuídos às terras e os estipulados nos quadros-guias, elaborados para
atender as regiões de clima tropical úmido (Tabela 4) e semi-árido (Tabela 5),
sendo este, aplicado às terras inclusas em índices hídricos menores que -20
(correspondentes exatamente ao clima semi-árido), distribuídas nas regiões do Alto
Médio São Francisco e Médio Jequitinhonha. A região de clima subtropical, com
pequena expressão no Estado, ocupa altas cotas da região Sul (Galvão, 1967),
tendo seu quadro-guia correspondente apresentado na tabela 6.

O quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras, também conhecido


como tabela de conversão, constitui uma orientação geral para a classificação da
aptidão agrícola, em função de seus graus de limitação máximos, relacionados com
os níveis de manejo A, B e C (Ramalho Filho et al., 1995).

Deve ser ressaltado que um solo é considerado pertencente à classe de aptidão Boa
nos três níveis de manejo, quando os cinco desvios em relação ao solo referência
são mínimos. O conceito empresarial atual de agricultura, qual seja o de máxima
lucratividade associada à maior produtividade sustentada, deve considerar
inexoravelmente, a obtenção de duas colheitas por ano, ou mesmo, uma só
colheita mas com efetiva segurança, quando o fator terra assim permitir. O próprio
fator terra (que é um conceito mais global que solo) implica em clima do solo, ou,
a quantidade e disponibilidade de água para suprir as necessidades da cultura ao
longo do tempo. Portanto, para exemplificar, terras em diferentes regimes hídricos
terão diferentes curvas de produtividade e consequentemente diferentes aptidões,
já que a irrigação não é considerada, da mesma forma que é diferente o nível de
resposta de dois ambientes em que só a fertilidade natural os diferencia. Sendo
assim, este conceito empresarial da agricultura, obriga que seja dada especial
atenção à relação custo-benefício quando da exploração de um ambiente (terra), e
não apenas o nível de resposta sem se ponderar o nível de inversão.
50 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Tabela 4. Quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras para a região


tropical úmida.
Graus de Limitação das Condições Agrícolas das Terras para os Níveis de
Aptidão Agrícola Manejo A, B e C Tipo de
Grupo Subgrupo Classe Deficiência Deficiência Excesso Susceptibilidade Impedimentos Utilização
de de de à à Mecanização Indicado
Fertilidade Água Água Erosão
A B C A B C A B C A B C A B C
1 1ABC Boa N/L N/L1 N2 L/M L/M L/M L L1 N/ L1 L/M N/L1 N2 M L Lavouras
2 2abc Regular L/M L1 L2 M M M M L/M1 L2 M L/M1 L2 N
3 3(abc) Restrita M/F M1 L/M2 M/F M/F M/F M/F M1 L/M2 F* M1 L2 M/F M L
F M/F M
4P Boa M1 M F1 M/F1 M/F Pastagem
4 4p Regular M/F1 M/F F1 F1 F Plantada
4(p) Restrita F1 F F1 MF F
5S Boa M/F1 M L1 F1 M/F
5s Regular F1 M/F L1 F1 F Silvicultura
5(s) Restrita MF F L/M1 MF F e/ou Pastagem
5 Natural
5N Boa M/F M/F M/F F MF
5n Regular F F F F MF
5(n) Restrita MF MF F F MF
6 6 Sem - - - - - Preservação da
Aptidão Flora e
Agrícola da Fauna
Notas: Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento Grau de Limitação: N - Nulo
- das condições agrícolas das terras. L - Ligeiro
- Terras sem aptidão para lavouras em geral, devido ao excesso de água, podem ser M - Moderado
indicadas para arroz de inundação. F - Forte
* No caso de grau forte por susceptibilidade à erosão, o grau de limitação por deficiência MF - Muito forte
de fertilidade não deve ser maior do que ligeiro a moderado para a classe restrita - 3 / - Intermediário
(a).
- A ausência de algarismo sublinhado acompanhando a letra representativa do grau de
limitação indica não haver possibilidade de melhoramento naquele nível de manejo.

Fonte: Ramalho Filho et al., 1995.

Tabela 5. Quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras para a região


semi-árida.
Aptidão Agrícola Graus de Limitação das Condições Agrícolas das Terras para os Níveis de Manejo A, B e C Tipo de
Grupo Subgrupo Classe Deficiência Deficiência Excesso Susceptibilidade Impedimentos Utilização
de de de à à Mecanização Indicado
Fertilidade Água Água Erosão
A B C A B C A B C A B C A B C
1 1ABC Boa N/L N1 N1 L/M L/M L/M L L1 N/ L1 L N/L1 N1 M L/M N Lavouras
2 2abc Regular L L1 L2 M M M M L/M1 L2 L/ M L1 N/ L2 M/F M L
3 3(abc) Restrita M L/ M1 L/M2 M/F M/F M/F F M1 M2 M/F M1 L/M2 F M/F M
4P Boa M1 M F M/F1 M Pastagem
4 4p Regular M/F1 M/F MF F1 M/F Plantada
4(p) Restrita F1 F MF F/MF F
5S Boa M/F1 M L1 F1 M/F
5s Regular F1 M/F L1 F1 F Silvicultura
5(s) Restrita MF F L/M1 MF F e/ou Pastagem
5 Natural
5N Boa M/F F F F F
5n Regular F F/MF F/MF F MF
5(n) Restrita MF MF MF F MF
6 6 Sem - - - - - Preservação da
Aptidão Flora e
Agrícola da Fauna
Notas: Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento Grau de Limitação: N- Nulo
- das condições agrícolas das terras. L - Ligeiro
- Terras sem aptidão para lavouras em geral, devido ao excesso de água, podem ser M - Moderado
indicadas para arroz de inundação. F - Forte
* No caso de grau forte por susceptibilidade à erosão, o grau de limitação por deficiência MF - Muito forte
de fertilidade não deve ser maior do que ligeiro a moderado para a classe restrita - 3 / - Intermediário
(a).
- A ausência de algarismo sublinhado acompanhando a letra representativa do grau de
limitação indica não haver possibilidade de melhoramento naquele nível de manejo.

Fonte: Ramalho Filho et al., 1995.


Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 51

Tabela 6. Quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras para a região


subtropical.
Aptidão Agrícola Graus de Limitação das Condições Agrícolas das Terras para os Níveis de Manejo A, B e C Tipo de
Grupo Subgrupo Classe Deficiência Deficiência Excesso Susceptibilidade Impedimentos Utilização
de de de à à Mecanização Indicado
Fertilidade Água Água Erosão
A B C A B C A B C A B C A B C
1 1ABC Boa N/L N/L1 N1 L L L L1 N2 L/M N/L1 N1 M L Lavouras
2 2abc Regular L L1 L2 L M L/M1 L2 M L1 N2/L1 N
3 3(abc) Restrita M L/M1 L2 M M M/F M1 F* M1 L2 M/F M L
M M2 F M/F M
M/F M/F M/F
4P Boa M1 M F1 M/F1 M/F Pastagem
4 4p Regular M/F1 M/F F1 F1 F Plantada
4(p) Restrita F1 F M/F MF F
5S Boa M/F1 M L1 F1 M/F
5s Regular F1 M/F L1 F1 F Silvicultura
5(s) Restrita MF F M1 MF F e/ou Pastagem
5 Natural
5N Boa M/F M M/F F MF
5n Regular F M/F F F MF
5(n) Restrita MF F MF F MF
6 6 Sem - - - - - Preservação da
Aptidão Flora e
Agrícola da Fauna
Notas: Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento Grau de Limitação: N - Nulo
- das condições agrícolas das terras. L - Ligeiro
- Terras sem aptidão para lavouras em geral, devido ao excesso de água, podem ser M - Moderado
indicadas para arroz de inundação. F - Forte
* No caso de grau forte por susceptibilidade à erosão, o grau de limitação por deficiência MF - Muito forte
de fertilidade não deve ser maior do que ligeiro a moderado para a classe restrita - 3 / - Intermediário
(a).
- A ausência de algarismo sublinhado acompanhando a letra representativa do grau de
limitação indica não haver possibilidade de melhoramento naquele nível de manejo.

Fonte: Ramalho Filho et al., 1995.

Simbolização
Com base no levantamento de solos, nas condições do meio ambiente e nas
classes de aptidão agrícola, foi elaborada a legenda do mapa de aptidão agrícola
das terras. No caso de associação que é constituída de mais de um componente, os
solos podem ou não pertencer a diferentes classes de aptidão, estando a unidade
representada no mapa em função do componente majoritário (o primeiro membro)
recorrido até o segundo componente da associação.

As letras que acompanham os algarismos são indicativas das classes de aptidão de


acordo com os níveis de manejo e podem aparecer nos subgrupos em maiúsculas,
minúsculas ou minúsculas entre parênteses, conforme se observa na Tabela 7.
52 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Tabela 7. Simbologia correspondente à classe de aptidão agrícola das terras.

Lavouras Pastagem Silvicultura Pastagem


Classe de Plantada Natural
Aptidão Nível de Manejo Nível de Nível de Nível de
Agrícola A B C manejo manejo Manejo
B B A
BOA A B C P S N
REGULAR a b c p s N
RESTRITA (a) (b) (c) (p) (s) (n)
INAPTA -- -- -- -- -- --

Fonte: Ramalho Filho et al., 1995

Com o objetivo de explicitar a simbolização usada no mapa de aptidão, toma-se


como exemplo o subgrupo 1(a)bC. A letra minúscula entre parênteses (a) represen-
ta a classe de aptidão Restrita no nível de manejo A, a letra minúscula b representa
a classe de aptidão Regular no nível de manejo B e a letra maiúscula C representa a
classe de aptidão Boa no nível de manejo C. O algarismo 1, indicativo do grupo,
representa a classe de aptidão Boa em pelo menos um dos três níveis de manejo.
Ao contrário das demais, a classe inapta não é representada por símbolos. Sua
interpretação é feita pela ausência das letras no tipo de utilização considerado.

As terras consideradas inaptas para lavouras têm suas possibilidades analisadas


para usos menos intensivos (pastagem plantada, silvicultura ou pastagem natural).
No entanto, as terras classificadas como inaptas para os diversos tipos de utiliza-
ção considerados têm como alternativa serem indicadas para a preservação da
fauna e flora (grupo 6).

A aptidão agrícola para cada unidade de mapeamento foi avaliada para cada nível
de manejo sendo apresentada junto a legenda de solos.

Os fatores limitantes: deficiência de fertilidade (F), deficiência de água (H), excesso de


água (O), susceptibilidade à erosão (E) e impedimentos à mecanização (M) são apre-
sentados na legenda antecedendo a aptidão e referem-se respectivamente aos níveis de
manejo A, B e C. O fator apresentado com letra maiúscula possui maior efeito
depressor em relação ao com letra minúscula para aquele nível de manejo específico.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 53

Convenções adicionais que detalham a informação, foram descritas no próprio


mapa, objetivando facilitar seu uso. A correspondência na legenda é a seguinte:

||| Terras aptas para culturas de ciclo curto inaptas para culturas de ciclo
longo.

= Terras aptas preferencialmente para culturas de ciclo longo.

:: Terras aptas para culturas adaptadas a elevado deficit hídrico.

2”abc Aspas no algarismo indicativo do grupo representam terras com aptidão


para dois cultivos por ano.

2abc Linha contínua sob o símbolo indica associação de terras, em que o


segundo componente tem aptidão melhor que o primeiro.

2abc Linha descontínua sob o símbolo indica associação de terras, em que o


segundo componente tem aptidão pior que o primeiro.

Resultados e Discussão
Legenda de solos e aptidão agrícola das terras do
Estado de Minas Gerais
A veiculação da legenda de solos no corpo do arquivo em HTM foi a solução
encontrada para se representar de forma completa todas as características das
unidades de mapeamento de solos, uma vez que, pela extensão e complexidade,
seria inviável seu posicionamento no próprio mapa (Figura 11...http://
mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/solos_mg.htm) . As informações estão
disponíveis tanto em PDF quanto em HTM.

Como geralmente os trabalhos de levantamento de recursos naturais do Projeto


Radambrasil foram ulteriores ou até mesmo complementares à maior parte dos
trabalhos de levantamento de solos da Embrapa Solos, o grau de dissensão entre
eles foi mínimo.

Devido ao caráter generalizado do estudo e também ao arranjamento intrincado dos


solos de determinadas áreas, as unidades de mapeamento foram, na sua maioria,
constituídas de associações de duas a três unidades de solos. Ocorreram, no
54 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

entanto, alguns casos de unidades simples e admitiu-se, em casos de maior


complexidade, a ocorrência de quatro componentes.

As unidades de mapeamento pertencentes a uma mesma classe de solos têm


sequência decrescente na legenda. No caso de equivalência de extensão (co-
dominância) entre dois componentes da mesma unidade de mapeamento, a prece-
dência coube àquela de maior potencial agrícola. As classes que ocupam extensão
inferior a 15% do total da área de determinada unidade, foram consideradas
inclusões e constam do material básico citado para este trabalho.

O símbolo da legenda no mapa originou-se da classe de solo considerada dominan-


te na associação. Os parâmetros citados em primeiro lugar são dominantes em
relação aos citados posteriormente. Por exemplo ... marg e arg... ou ...sond e
ond... significa que a textura muito argilosa (marg) teve maior ocorrência na
unidade que a textura argilosa (arg). Igualmente, no caso do relevo, o suave
ondulado (sond) foi dominante e o ondulado (ond) subdominante. A textura escrita
em forma fracionária, por exemplo méd/arg, indica respectivamente classes
texturais dos horizontes A e B. Parâmetros como atividade da argila, saturação por
bases e textura, quando constituem elementos de definição da classe, tiveram sua
expressão omitida.

As formações vegetais ocorrentes no Estado de Minas Gerais são em sua grande


maioria de caráter tropical e, desta forma, buscando simplificar as descrições, este
caráter foi omitido ficando subentendido que é esta sua manifestação. De outra
forma, nos exíguos casos de ocorrência do caráter de vegetação subtropical ou
mesmo da ocorrência de ambos, fez-se sua explicitação.

Devido à grande extensão da legenda, optou-se por sua apresentação de forma


abreviada . Seu significado é apresentado na Tabela 8.

Objetivando atualizar e enquadrar os solos brasileiros em um sistema


hierarquizado, foi estruturado o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(Embrapa, 1999). Desta forma, para o enquadramento nesta nova classificação,
fez-se uma conversão da antiga legenda, sendo apresentada ao final de cada
unidade de mapeamento no formato digital respectivamente.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 55

Tabela 8 – Relação dos símbolos e abreviações utilizados na legenda original.

Ítem Significado Simbologia


LATOSSOLO AMARELO LA
LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO LV
LATOSSOLO VARIAÇÃO UNA LU
LATOSSOL VERMELHO-ESCURO LE
LATOSSOLO BRUNO LB
LATOSSOLO ROXO LR
LATOSSOLO FERRÍFERO LF
TERRA ROXA ESTRUTURADA TR
TERRA BRUNA ESTRUTURADA TB
PODZÓLICO AMARELO PA
PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO PV
PODZÓLICO VERMELHO-ESCURO PE
PODZOL P
BRINIZÉM B
BRUNIZÉM AVERMELHADO BV
PLANOSSOLO PL
Classes de Solos PLANOSSOLO SOLÓDICO PLS
SOLONETZ SOLODZADO SS
CAMBISSOLO C
PLINTOSSOLO PT
HIDROMÓRFICO CINZENTO HC
GLEI HÚMICO HG
GLEI POUCO HÚMICO HGP
VERTISSOLO V
RENDZINA Rz
SOLOS LITÓLICOS R
REGOSSOLO RE
AREIAS QUARTZOSAS AQ
SOLOS ALUVIAIS A
SOLOS PETROPLÍNTICOS INDISCRIMINADOS SP
SOLOS HIDROMÓRFICOS INDISCRIMINADOS HI
SOLOS ORGÂNICOS HO
AFLORAMENTOS DE ROCHA AR
A fraco Fr
A moderado Mod
Tipo de Horizonte A A proeminente Proem
A húmico Húm
A chernozêmico Chern
56 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Ítem Significado Simbologia


Plano Pl
Suave ondulado Sond
Fase de Relevo Ondulado Ond
Forte ondulado Fond
Montanhoso Mont
Escarpado Esc
Floresta Fl
Cerrado Cer
Perenifólia Per
Subperenifólia Subper
Subcaducifólia Subcad
Caatinga hipoxerófila Hipo
Fase de Vegetação Altimontana Altim
Tropical Trop
Formações Form
Rupestres Rup
Várzeas Várz
Hidrófilo Hidr
Higrófilo Higr
Muito argilosa Marg
Argilosa Arg
Textura Siltosa Silt
Média Méd
Arenosa Ar
Atividade da Argila Argila de atividade alta A
Argila de atividade baixa B
Concrecionária Conc
Pedregosa Ped
Outras Fases Rochosa Roch
Erodida Erod
Cascalhenta Casc
Latossólico Latos
Planossólico Planos
Caráter Transicional Plíntico Plint
Câmbico Câmb
Solódico Solód
Horizonte C carbonático C carbon
Transição abrúptica Abrúp
Indiscriminado Indisc
Outros Carbonático Carb
Substrato rochas ferríferas Ferrif
Associação Ass
Complexo Com
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 57

Principais limitações, distribuiçào geográfica e usos


principais das classes de solos
As classes de solos existentes no Estado de Minas Gerais, em níveis representati-
vos e abrangidos no material básico trabalhado para a constituição deste trabalho,
são descritas quanto às suas principais limitações e distribuição geográfica.

Nas definições de classes que se seguem, a classificação original dos solos é


mantida e, entre parênteses, a classificação aproximada de acordo com o novo
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – SiBCS (Embrapa, 1999)

Latossolo Amarelo (Latossolo Amarelo)


Diferenciam-se, dos outros Latossolos, por serem mais coesos e apresentarem, via
de regra, argila dispersa no B1 e menos frequentemente no B21, e por apresenta-
rem nos horizontes A3, B1 e B21 estrutura geralmente em blocos fracamente
desenvolvida; consistência quando seco muito dura ou ligeiramente dura e, quan-
do úmido, friável ou firme; e densidade do solo relativamente alta (1,3 a 1,6 g cm3)
com porosidade total relativamente baixa e virtualmente sem cerosidade.

No Estado de Minas Gerais, predominam os solos álicos, com horizonte A modera-


do, textura argilosa e relevos plano e suave ondulado. São bem a acentuadamente
drenados e ocorrem normalmente associados aos Podzólicos Amarelos. Os princi-
pais fatores limitantes ao seu aproveitamento agrícola são a baixa fertilidade natu-
ral, correspondendo às classes muito alto a alto (m) e muito baixo a baixo (V)
(Comissão de Fertilidade..., 1989), segundo o enquadramento da maior parte das
descrições de seus perfis. Possuem ainda elevada acidez ativa e grande propensão
à compactação (a maior entre os Latossolos). A principal ocorrência está na região
do rio Doce. Ocupam 683.319 ha o que equivale a aproximadamente 1,16% da
superfície do Estado.

Latossolo Vermelho-Amarelo (Latossolo Vermelho-Amarelo)


São solos profundos e normalmente bem drenados. Esta classe é a que melhor
representa as características gerais dos Latossolos. Ocorrem em ordem decrescente
solos álicos, distróficos e eutróficos, com horizontes A moderado e fraco, texturas
argilosas e média e relevo do plano ao forte ondulado.

De modo geral, os principais impedimentos ao seu pleno aproveitamento são a


baixa fertilidade e a presença de alumínio tóxico para as plantas; além destes, o
58 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

relevo mais acidentado principalmente nas Zonas da Mata e Sul. As classes de


fertilidade correspondentes (Comissão de Fertilidade..., 1989) são muito alto a
alto (m) e muito baixo (V) para os solos álicos, médio (m) e muito baixo a baixo (V)
para os distróficos e muito baixo (m) e médio (V) para os eutróficos. Distribuem-se
por todo o Estado ocupando a maior extensão, com 14.732.622 ha equivalendo
a aproximadamente 25,11% da superfície do Estado.

Latossolo Variação Una (Latossolo Amarelo ou Vermelho-


Amarelo Acriférrico)
São solos profundos, permeáveis, distróficos predominantemente de textura muito
argilosa, horizonte A moderado e relevo plano. A principal dificuldade para o
aproveitamento é a baixa fertilidade natural (classe muito baixo para o valor V).
Encontram-se basicamente na região do Alto Paranaíba. Ocupam 147.598 ha
equivalentes a aproximadamente 0,25% da superfície do Estado.

Latossolo Vermelho-Escuro (Latossolo Vermelho)


São solos profundos e bem a acentuadamente drenados, decrescentemente álicos,
distróficos e eutróficos com horizonte A moderado, textura média, argilosa e muito
argilosa em relevo plano e suave ondulado. As classes de fertilidade corresponden-
tes (Comissão de Fertilidade..., 1989) são muito alto (m) e muito baixo (V) para os
solos álicos, alto (m) e muito baixo (V) para os distróficos e muito baixo a baixo
(m) e muito alto a alto (V) para os eutróficos.

Ocorrem de forma esparsa pelo Estado, porém com maior concentração na região
do Triângulo Mineiro, ocupando 10.595.543 ha equivalentes a aproximadamente
a 18,06% da superfície do Estado.

Latossolo Bruno (Latossolo Bruno)


O horizonte A varia substancialmente tanto em espessura como em teores de
carbono, apresentando-se ora como proeminente ora como moderado. Ocorrem
como álicos (classes muito alto para valor m e muito baixo para valor V) ou
distróficos (classe alto para valor m e muito baixo para valor V), associados a solos
majoritários nas unidades LVd38, LRd6, LRd15 e Cd8 em altitudes elevadas, sob
influência de um clima frio e com abundantes precipitações.

De modo geral têm como principal fator limitante à utilização agrícola a baixa
fertilidade natural e o elevado valor m.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 59

Latossolo Roxo (Latossolo Vermelho Distroférrico ou


Acriférrico ou Eutroférrico)
São distróficos (classe muito baixo para valores m e V) podendo a saturação por
alumínio ser nula. Em pequena escala ocorrem os solos eutróficos (classe muito
baixo para valor m e alto a médio para valor V). O horizonte A moderado apresenta
teores de carbono variando normalmente de 1,40 a 2,21%, sendo comum o
horizonte A proeminente. A textura do horizonte B é geralmente muito argilosa, ou
argilosa e o relevo plano e suave ondulado.

Apesar da baixa fertilidade, no geral, são solos muito bem aproveitados com
calagem e adubação, embasados principalmente pela facilidade de mecanização
intensa que lhes confere o relevo. Ocorrem basicamente nas regiões do Triângulo
Mineiro e Sul. Ocupam uma extensão de 1.649.442 ha equivalentes a aproxima-
damente 2,81% da superfície do Estado.

Latossolo Ferrífero (Latossolo Vermelho Perférrico)


São distróficos, bem a acentuadamente drenados, profundos ou muito profundos,
sendo alguns concrecionários. Em geral apresentam o horizonte A húmico ou
proeminente, com espessura variável, via de regra superiores a 25 cm. Apresentam
elevados teores de Fe2O3 (em geral superiores a 36%, os mais altos entre os solos
conhecidos); além da baixíssima CTC, delta pH positivo, ácricos e atração magné-
tica muito forte. Acrescente-se o baixo valor S (inferior a 0,5 cmol/kg solo) e o
alumínio permutável praticamente nulo.

Embora ocorram em relevo predominantemente ondulado, apresentam a baixíssima


fertilidade natural, com classe muito baixo para valores m e V (baixo nível e
desbalanço de nutrientes) como principal empecilho à exploração agrícola, além da
ocorrência em área de exploração mineral. Ocorrem principalmente na zona
Metalúrgica, ocupando uma extensão de 46.010 ha equivalentes a aproximada-
mente 0,08% da superfície do Estado.

Terra Roxa Estruturada (Nitossolo Vermelho)


As maiores frequências apresentam relevo forte ondulado e ondulado, com hori-
zonte A moderado e textura normalmente argilosa; alta fertilidade natural (classes
baixo a muito baixo para o valor m e alto a médio para o valor V) e boas
características físicas. Ocorrem principalmente na região do Triângulo Mineiro,
ocupando uma extensão de 240.499 ha equivalentes a aproximadamente 0,41%
da superfície do Estado.
60 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Terra Bruna Estruturada (Nitossolo Háplico)


São bem drenados, profundos, de textura muito argilosa e com um baixo gradiente
textural B/A. Em geral apresentam horizonte A proeminente ou moderado normal-
mente mais espesso e mais escuro que da Terra Roxa Estruturada.

Apesar de na classe serem predominantemente álicos (classes muito alto e muito baixo
para valores m e V respectivamente), apresenta-se como eutrófica na única unidade
mapeada em que é componente principal. Os principais entraves ao seu aproveitamen-
to são o relevo desfavorável e a associação com solos rasos e rochosos. Ocorrem em
pequena extensão na região Sul do Estado, ocupando uma extensão de 3.295 ha
equivalentes a aproximadamente 0,01% da superfície do Estado.

Podzólico Amarelo (Argissolo Amarelo)


Os Podzólicos Amarelos, que têm sua ocorrência principalmente na Zona do Mucuri,
estão associados geralmente aos Latossolos Amarelos. Possuem boas características
físicas, horizonte A moderado, textura arenosa e média, predominando o caráter
abrúptico. Encontram-se em relevo plano e suave ondulado, no entanto são álicos
(classes alto e muito baixo para valores m e V respectivamente) ou distróficos
(classes baixo a médio para valor m e baixo a muito baixo para valor V), o que
constitui a sua principal limitação ao uso agrícola. Ocupam uma extensão de 32.708
ha equivalentes a aproximadamente 0,06% da superfície do Estado.

Podzólico Vermelho-Amarelo (Argissolo Vermelho - Amarelo)


São solos profundos a pouco profundos, bem a moderadamente drenados, ocor-
rendo ocasionalmente solos rasos, com transição abrupta e argila de atividade alta
(Ta), e também solos com teores variáveis de cascalho e estrutura em blocos
subangulares e angulares.

Ocorrem em ordem decrescente os distróficos (classe baixo para valores m e V),


eutróficos (classes muito baixo a baixo para valor m e alto a médio para valor V) e
álicos (classes alto e muito baixo para valores m e V respectivamente), o horizonte
A dominante é o moderado, a textura média/argilosa e o relevo forte ondulado e
ondulado. Distribuem-se por todo o Estado, principalmente na região Sul. As
principais limitações ao uso agrícola são o relevo movimentado, baixa fertilidade
natural (solos álicos ou distróficos) e, em alguns solos, a ocorrência de fase
cascalhenta, principalmente os da Zona da Mata e Mucuri. Ocupam uma extensão
de 6.099.961 ha equivalentes a aproximadamente 10,40% da superfície do
Estado.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 61

Podzólico Vermelho-Amarelo latossólico (Argissolo


Vermelho – Amarelo latossólico)
Possuem determinadas propriedades que não são comuns à classe dos Podzólicos
Vermelho-Amarelos, tais como: baixa relação textural, pouca nitidez na diferencia-
ção dos horizontes e fraco desenvolvimento da cerosidade, sendo considerado
intermediário para a classe dos Latossolos.

Não chegam a constituir componente principal de nenhuma unidade de


mapeamento, ocorrendo portanto, apenas como componente de associações.

Podzólico Vermelho-Escuro (Argissolo Vermelho)


Apresentam-se como rasos a profundos e bem a moderadamente drenados. São
decrescentemente eutróficos (classes muito baixo a baixo para valor m e alto para
valor V), distróficos (classe médio para valor m e muito baixo a baixo para valor
V) e álicos (classes alto para valor m e muito baixo a baixo para valor V), com
predominância dos que apresentam argila de atividade baixa (Tb). Possuem hori-
zonte A moderado, textura média/argilosa ou argilosa, e frequentemente com
mudança textural abrupta. São solos de bom potencial produtivo no Estado exce-
tuando aqueles localizados em regiões que apresentam período seco prolongado
(principalmente nos eutróficos). As principais ocorrências estão nas Zonas da Mata
e Rio Doce.

Ocupam uma extensão de 5.639.742 ha equivalentes a aproximadamente 9,61%


da superfície do Estado.

Podzólico Vermelho-Escuro latossólico (Argissolo Vermelho


latossólico)
Possuem determinadas propriedades que não são comuns à classe dos Podzólicos
Vermelho-Escuros, tais como: baixa relação textural, pouca nitidez na diferencia-
ção dos horizontes e fraco desenvolvimento da cerosidade. Portanto, são conside-
rados intermediários para a classe dos Latossolos.

Não chegam a constituir nenhuma unidade de mapeamento ocorrendo apenas


como componente de associações.

Podzol (Espodossolo)
São fortemente ácidos, com pH em KCl geralmente inferior a 4,0 e de muito baixa
fertilidade natural (classes muito alto e muito baixo para valores m e V respectivamente.
62 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

O horizonte A é proeminente ou húmico. O horizonte B é de espessura variável,


cimentado ou não, de textura arenosa, com exceção de alguns solos na Serra da
Canastra que apresentam textura média, caracterizado por apresentar acúmulo de
matéria orgânica e compostos de alumínio amorfo, com quantidades variáveis de
ferro iluvial, porém é o horizonte E normalmente o de maior espessura.

Devido a limitações como baixa fertilidade natural e características físicas desfavo-


ráveis, estes solos são de pouca utilização agrícola. Ocorrem principalmente nas
regiões do Alto São Francisco e Sul do Estado, em áreas predominantemente
planas ou suave onduladas.

Ocupam uma extensão de 28.314 ha equivalentes aproximadamente a 0,05% da


superfície do Estado.

Brunizém (Chernossolo)
São solos eutróficos (classes muito baixo e muito alto para valores m e V respec-
tivamente), com um horizonte A chernozêmico (por definição) assente normalmen-
te sobre um horizonte B de pequena espessura.

Esta classe de solo ocorre apenas, como componente secundário, na unidade


Ce14, situada próxima dos limites das Zonas do Alto Paranaíba e Paracatu.

Brunizém Avermelhado (Chernossolo Argilúvico)


São solos pouco profundos, que possuem horizonte A chernozêmico e B textural
com argila de atividade alta e elevada saturação por bases (classes muito baixo e
muito alto para valores m e V respectivamente).

São moderadamente ácidos a praticamente alcalinos, bem a imperfeitamente drena-


dos, com teor de alumínio trocável quase sempre nulo e boa reserva de minerais
facilmente intemperizáveis. Ocorrem em relevo predominantemente forte ondulado
e com textura muito argilosa e argilosa. Embora possuam fertilidade natural alta,
requerem cuidados especiais quanto a mecanização e controle de erosão. Ocorrem
em pequena expressão próximo do limite entre as Zonas do Triângulo Mineiro e
Alto Paranaíba. Ocupam uma extensão de 5.980 ha equivalentes a aproximada-
mente 0,01% da superfície do Estado.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 63

Bruno Não Cálcico (Luvissolo Crômico)


São solos rasos a pouco profundos (normalmente menores que 70 cm), moderada
a imperfeitamente drenados, argilosos a muito argilosos. teor de alumínio trocável
quase sempre nulo (classe muito baixo), eutróficos (classe muito alto) e com boa
reserva de minerais facilmente intemperizáveis.

Os Brunos Não Cálcicos principalmente do Vale do rio Jequitinhonha possuem o


caráter planossólico, com transição abrupta e drenagem imperfeita, mosqueados e
cores bruno-amareladas intermediárias para Planossolo. Apresentam horizonte A
predominantemente fraco e relevo plano a ondulado.

As principais limitações ao uso agrícola são a pequena profundidade, dificuldades


na mecanização, drenagem lenta e presença de pavimento desértico. Situam-se em
sítios de baixa pluviometria e, quando estas ocorrem, principalmente se concentra-
das, ocasionam elevada desagragação devido a grande erodibilidade destes solos.
As principais ocorrências estão nas regiões mais secas do Alto Médio São Francis-
co e Médio Jequitinhonha, nao encabeçando unidades, mas como associações nas
unidades LVd28, PVe46, PVe56, PEe34 e Ce24.

Planossolo (Planossolo)
Possuem mudança textural abrupta e horizontes subsuperficiais com colorações
variegadas, predomínio de cores brunadas e acinzentadas, refletindo as condições
de drenagem imperfeita, como conseqüência da posição na paisagem, normalmen-
te em terços inferiores de encostas e nas baixadas, ocasionando um excesso de
água principalmente durante o período das chuvas. O horizonte B é frequentemen-
te de textura argilosa ou média, com estrutura forte prismática composta de blocos
angulares ou subangulares muito plástico e muito pegajoso. O tipo de horizonte A
dominante na área é o moderado, com textura mais leve (arenosa ou média) que o
horizonte subjacente.

Ocorrem principalmente em relevo plano ou suave ondulado. Devido aos proble-


mas acarretados pela drenagem imperfeita e diculdades de mecanização, estes
solos precisam de melhorias para serem intensamente cultivados. Não constituem
no Estado, neste nível de detalhamento, nenhuma unidade de mapeamento como
componente principal.
64 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Planossolo Solódico (Planossolo Háplico)


Apresentam mudança textural abrupta, imperfeitamente a mal drenados e com
cores de redução e/ou mosqueados. Estes solos possuem saturação por sódio
trocável entre 6% e 15%, a saturação por bases é alta devido principalmente ao
sódio presente no complexo sortivo do solo. Os Planossolos solódicos possuem
argila de atividade alta ou baixa, com os horizontes subjacentes adensados e com
altos teores de argila dispersa em água.

O uso agrícola destes solos é limitado, face aos elevados teores de sódio (classes
baixo a muito baixo para o valor m e classes alto a médio para o valor V), da
consistência dura ou muito dura quando seco e da alta susceptibilidade à erosão.
Situam-se na região do Alto Médio São Francisco. Ocorrem em relevo plano ou
suave ondulado, associados normalmente a Bruno Não Cálcico planossólico ou
solos hidromórficos. No Estado ocupam uma extensão de 3.539 ha equivalentes a
aproximadamente 0,01% da superfície do Estado.

Solonetz Solodizado (Planossolo Nátrico)


Possuem transição abrupta e são imperfeitamente a mal drenados e com
permeabilidade lenta a muito lenta. Apresentam reação moderadamente ácida a
praticamente neutra no horizonte A, e praticamente neutra a alcalina nos horizontes
B e C. A saturação por bases é alta, sendo o sódio o elemento mais representativo,
notadamente nos horizontes subsuperficiais. O horizonte A é moderado, o B
apresenta argila de atividade alta e a textura é média/argilosa, possuindo ainda alto
teor de argila dispersa em água e elevada densidade.

A predominância de sódio trocável (classes baixo a muito baixo para o valor m e


muito alto a alto para o valor V), a alta susceptibilidade à erosão e à seca (as raízes
penetram muito pouco), a drenagem deficiente e as características físicas desfavo-
ráveis à mecanização, constituem as principais limitações ao uso agrícola. Ocorrem
na região do Médio Jequitinhonha nos depósitos aluvionais deste rio. Ocupam
uma extensão de 11.716 ha equivalentes a aproximadamente 0,02% da superfí-
cie do Estado.

Cambissolo (Cambissolo)
Estes solos são mal a acentuadamente drenados, apresentando em muitos casos
fase cascalhenta, pedregosa e/ou rochosa. São em ordem decrescente álicos (clas-
ses muito alto a alto para valor m e muito baixo para valor V), distróficos (classes
médio para valor m e baixo a muito baixo para valor V) e eutróficos (classes baixo
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 65

a muito baixo para valor m e alto a muito alto para valor V) sendo ainda largamente
dominantes, o horizonte A moderado e a textura argilosa. As fases de relevo
majoritárias são ondulado e forte ondulado.

Normalmente os cambissolos apresentam como principais obstáculos a sua explo-


ração a pouca profundidade, fase cascalhenta ou pedregosa, baixa fertilidade
natural (excetuando os eutróficos) e ocorrência em relevos mais movimentados.
Ocorrem por todo o Estado de Minas Gerais notadamente nas Regiões do Alto
Paranaíba e Alto São Francisco. Ocupam uma extensão de 10.464.438 ha equiva-
lentes a aproximadamente 17,84% da superfície do Estado.

Plintossolo (Plintossolo)
Embora não possuam uma boa expressão geográfica, estes solos ocupam algumas
áreas baixas e terços inferiores de encostas, com relevo plano a suave ondulado,
sujeitas a oscilação do lençol freático, devido a inundações periódicas ou por
restrição à percolação de água no solo.

São pouco profundos a profundos, imperfeitamente a mal drenados e frequente-


mente com transição abrupta, álicos, com argila de atividade baixa, horizonte A
moderado e textura dominante muito argilosa.

Os principais fatores limitantes à sua exploração são a baixa fertilidade natural


(classe muito baixo para valor V), altos teores de alumínio trocável (classes muito
alto a alto para valor m) e normalmente condições de má drenagem, que dependen-
do da altura do horizonte plíntico pode inviabilizar cultivos perenes não adaptados.
O risco da prática da drenagem nestes solos é o endurecimento irreversível da
plintita e sua transformação em petroplintita ou mesmo, dependendo do grau, em
bancadas lateríticas, o que inviabilizaria estes solos para utilizações mais intensi-
vas. Estão posicionados basicamente nas regiões Sul e Alto São Francisco, ocu-
pando aproximadamente 19.650 ha o que equivale aproximadamente a 0,03%
da superfície do Estado.

Hidromórfico Cinzento (Planossolo)


São semelhantes aos Planossolos, quase sempre situados topograficamente em áreas
aplainadas, onde as características ambientais e do próprio solo permitem um excesso
de água em alguma época do ano, mesmo em áreas sujeitas a estiagens pronunciadas.
66 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

São predominantemente álicos (classes muito alto a alto para valor m e muito baixo
para valor V) ou mesmo eutróficos (classes muito baixo a baixo para valor m e
muito alto a alto para valor V), argila de atividade baixa, horizonte A moderado ou
fraco, textura arenosa/média ou média/argilosa e relevo plano. São pouco utilizados
para agricultura, pois apresentam baixa fertilidade natural (álicos, que são maioria) e
drenagem deficiente, sendo estes os principais entraves a um aproveitamento mais
intensivo. Ocorrem, preferencialmente, associados a Glei Pouco Húmico, localiza-
dos em pequenas áreas de fundos de vales próximo aos cursos d’agua. Os álicos
ocorrem basicamente entre as Regiões do Paracatu e Alto Médio São Francisco e o
eutrófico situa-se na Zona do Mucuri. Ocupam uma extensão de 42.959 ha equiva-
lentes a aproximadamente 0,07% da superfície do Estado.

Glei Húmico e Glei Pouco Húmico (Gleissolo Melânico e


Gleissolo Háplico)
A diferenciação entre o Glei Húmico e o Glei Pouco Húmico é feita através do
horizonte A, que no primeiro apresenta cores mais escuras, maior espessura e
maior teor de carbono (chernozêmico ou húmico com mais de 20 cm) quando
comparado com o horizonte A do segundo (geralmente moderado).

A textura é média, argilosa ou muito argilosa, muito mal a mal drenados; álicos
(classes muito alto a alto para m e muito baixo a baixo para V), distróficos (classes
médio para valor m e baixo a médio para valor V) ou eutróficos (classes baixo para
valor m e alto a médio para valor V) com argila de atividade alta ou baixa e o relevo
essencialmente plano. A principal limitação para uso em culturas não adaptadas ao
hidromorfismo é a necessidade de drenagem intensa quando não acopladas a obras
de engenharia como a sistematização. Ocorrem dispersos por todo o estado mesmo
que não encabeçando unidades, associados principalmente a Solos Aluviais e Orgâ-
nicos. Os eutróficos acham-se localizados basicamente nos vales das regiões do Alto
e Alto Médio São Francisco. A classe Glei Húmico ocupa uma extensão de 22.881
ha equivalentes a aproximadamente 0,04% da superfície do Estado. Já a classe Glei
Pouco Húmico ocupa uma extensão de 296.686 ha equivalentes a aproximadamen-
te 0,51% da superfície do Estado.

Vertissolo (Vertissolo)
Apresentam evidências de movimentação da massa do solo (“slickensides”) e
argila de atividade alta, sendo comum a presença de “gilgai”. São pouco profundos
a profundos, moderadamente drenados a mal drenados, permeabilidade baixa a
muito baixa. Desenvolvem-se geralmente, em relevo pouco movimentado, e sob
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 67

influência de drenagem restrita. A unidade de mapeamento é constituída por solos


argilosos, podendo a textura do horizonte superficial ser mais grosseira. São
eutróficos (classes muito baixo a baixo para valor m e alto a muito alto para valor V),
com soma de bases trocáveis (valor S) alta e teores elevados de cálcio e magnésio.

Além da alta erodibilidade, as principais limitações ao uso agrícola relacionam-se às


suas características físicas. Apresentam um período muito curto favorável à meca-
nização, pois são muito a extremamente duros quando secos e muito plásticos e
muito pegajosos quando molhados. A ocorrência principal está na região do Alto
Médio São Francisco. Ocupam uma extensão de 3.295 ha equivalentes a aproxi-
madamente 0,01% da superfície do Estado.

Rendzina (Chernossolo Rêndzico)


Nesta classe estão incluídos solos rasos, pouco evoluídos em que o horizonte A é
o chernozêmico assente sobre material calcário. São solos com capacidade de troca
de cátions (valor T) superior a 50 cmol kg-1 de argila, podendo atingir valores
próximos a 100, após correção para carbono, possuindo elevada soma de bases
(valor S), na qual o Ca++ representa mais de 50% do total das bases trocáveis.
O horizonte A chernozêmico possui espessura normalmente entre 20 e 40 cm, de
textura argilosa ou muito argilosa. São frequentes neste horizonte fragmentos de
calcário e/ou concreções de carbonatos secundários.

Apesar da alta fertilidade natural, sua utilização agrícola é prejudicada principal-


mente devido às baixas precipitações pluviométricas associadas às regiões de
ocorrência destes solos, além da pequena profundidade facilitando os processos
erosivos, bem como a frequente ocorrência de afloramentos rochosos o que
inviabiliza a mecanização. Ocorrem em associação como componente secundário
na unidade LEe4 situado na região mais seca do norte do Estado.

Solos Litólicos (Neossolos Litólicos)


Apresentam normalmente rochosidade, pedregosidade, cascalhos e concreções,
relacionados, via de regra, com a natureza do material originário, Ocorrem domi-
nantemente em relevo forte ondulado e montanhosos associados principalmente a
Afloramentos Rochosos. O horizonte A moderado predomina seguido do A fraco,
sendo em ordem decrescente álicos (classes muito alto e muito baixo para valores
m e V respectivamente), distróficos (classes médio e baixo para valores m e V
respectivamente) e eutróficos (classes baixo e alto para valores m e V respectiva-
mente); argila de atividade baixa e alta e textura média, argilosa e arenosa.
68 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

As principais limitações ao uso agrícola estão relacionadas com o relevo movimen-


tado, profundidade exígua e frequente presença de rochosidade e pedregosidade.
As maiores ocorrências estão nas Zona Metalúrgica e Campo das Vertentes. Ocu-
pam uma extensão de 4.573.725 ha equivalentes a aproximadamente 7,80 da
superfície do Estado.

Regossolo (Neossolos Regolíticos)


São pouco desenvolvidos, medianamente profundos a profundos, textura normal-
mente arenosa, contendo na fração areia e/ou cascalho apreciáveis teores de de
minerais facilmente intemperizáveis (>4%, referidos à TFSA). Constituem-se de
um horizonte A desenvolvido a partir de depósitos detríticos pedimentares ou
coluviais, ou em materiais brandos semi-intemperizados sobrejacentes ao
substrato rochoso consolidado.

As principais limitações ao seu aproveitamento agrícola estão na baixa capacidade de


retenção de água, alta erodibilidade principalmente em relevos mais movimentados e
baixa fertilidade. Ocorrem apenas em associação, como componente secundário, na
unidade Rd7, situada próximo ao limite das Zonas Itacambira e Médio Jequitinhonha.

Areias Quartzosas (Neossolos Quartzarênicos)


São arenosos, essencialmente quartzosos, excessivamente drenados, profundos e
de baixa fertilidade natural. Ocorrem decrescentemente como distróficos (classes
médio a baixo para valor m e muito baixo para valor V) e secundariamente como
álicos (classes alto e muito baixo para valores m e V respectivamente), horizonte A
fraco e moderado e relevo plano e suave ondulado. O horizonte C, normalmente
apresenta grande espessura.

Apresentam como principais limitações à exploração a baixa fertilidade natural, a


baixa CTC e a baixa retenção de água. No Estado a maior concentração ocorre na
Zona do Alto Médio São Francisco. Ocupam aproximadamente 1.961.080 ha
equivalendo a 3,34% da superfície do Estado.

Areias Quartzosas Hidromórficas (Neossolos


Quartzarênicos Hidromórficos)
São solos semelhantes a classe Areias Quartzosas, apresentando-se no entanto,
total ou parcialmente alagados durante parte do ano.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 69

No Estado são álicos (classes muito alto a alto para valor m e muito baixo para
valor V), horizonte A fraco como predominante e relevo plano. As principais
limitações à sua exploração são baixa fertilidade natural, baixa CTC e má drena-
gem. A ocorrência principal localiza-se entre as Zonas do Alto Médio São Francisco
e Paracatu. Ocupam 59.215 ha que correspondem aproximadamente a 0,10% da
superfície do Estado.

Solos Aluviais (Neossolos Flúvicos)


São profundos e possuem características muito variáveis, dependendo da natureza
e forma de distribuição dos sedimentos originários. Na área mapeada há predomi-
nância de Solos Aluviais com textura grosseira ricos em materiais primários. São
em ordem decrescente eutróficos (classes baixo a muito baixo para valor m e alto a
muito alto para valor V), distróficos (classes médio a baixo para valor m e baixo
para valor V) e álicos (classes alto a muito alto para valor m e muito baixo a baixo
para valor V), ocorrendo predominantemente em relevo plano, com horizonte A
moderado e textura média.

Os solos aluviais apresentam grande potencial agrícola, principalmente a grande


mancha eutrófica que acompanha o vale do São Francisco, fato comprovado pelo
grande número de projetos de sucesso nesta região principalmente quando bem
estruturados e gerenciados. A principal limitação ao uso agrícola está relacionada,
em alguns casos, as inundações periódicas. A maior ocorrência é nas regiões do
Alto e Alto Médio São Francisco. Ocupam uma extensão de 851.250 ha equiva-
lentes a aproximadamente 1,45% da superfície do Estado.

Solos Petroplínticos (Plintossolos Pétricos)


Esta classe é caracterizada por solos que apresentam quantidade significativa de
materiais grosseiros, de formas e tamanhos variáveis, com predominância de
concreções ferruginosas e manganosas, além de fragmentos quartzosos, e material
pelítico em diferentes estádios de decomposição, constituindo normalmente mais
de 50% da composição do solo.

São decrescentemente distróficos e álicos, argilosos e muito argilosos, horizonte A


moderado e relevo suave ondulado, argila de atividade baixa. A utilização destes
solos é bastante limitada, uma vez que a natureza, quantidade e tamanho de
materiais grosseiros constituem fator restritivo ao uso de implementos agrícolas,
penetração de raízes, retenção de água além da baixa fertilidade natural (classes
70 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

médio a alto para valor m e muito baixo para valor V) associada por vezes a
presença de alumínio tóxico. Encontram-se basicamente na região do Paracatu e
ocupam 43.207 ha equivalentes a 0,74% da superfície do Estado.

Solos Orgânicos (Organossolos)


Constituem-se basicamente por espessas camadas orgânicas, compostas por resíduos
vegetais em diferentes estágios de decomposição, sobre camadas minerais gleizadas.

Como consequência do elevado teor de carbono a CTC é bastante elevada, fato


que não seria de todo insatisfatório ao aproveitamento destes solos, se não
estivesse comumente esta CTC saturada por alumínio (classe muito baixo para
valor V para solos tanto álicos quanto distróficos). A correção química é problemá-
tica devido ao elevado poder tampão, assim como é problemática a drenagem, pois
há uma rápida oxidação do material orgãnico acarretando inclusive uma grande
perda de volume dos solos. Ocorrem em relevo plano, ocupando as cotas mais
baixas. São muito mal drenados e de permeabilidade lenta, às vezes impedida na
parte inferior do perfil. As principais limitações ao uso agrícola são portanto a
acidez elevada (classes alto a muito alto e baixo a médio para valor m para solos
álicos e distróficos respectivamente) e o encharcamento constante. Apresentam-se
como componente secundário em associações, principalmente com Glei Húmico e
Glei Pouco Húmico.

Afloramentos Rochosos
Ocorrem como manifestações de vários tipos de rochas brandas ou duras, desco-
bertas ou com reduzidas frações de materiais detríticos grosseiros de caráter
heterogêneo. A cobertura vegetal mais comum é o tipo formações rupestres. Na
maior parte das vezes chegam a estar associados a solos desenvolvidos porém
com distribuição dispersa o suficiente para constituir uma mancha independente.
Distribuem-se com expressividade pelo Estado principalmente ao longo da serra
da Mantiqueira, com amplas unidades de mapeamento na Zona Metalúrgica.
Ocupam 403.756 ha que equivalem a 0,69% da superfície do Estado.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 71

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos


Objetivando atualizar e enquadrar os solos brasileiros em um sistema
hierarquizado, foi estruturado o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos -
SiBCS (Embrapa, 1999). Desta forma, para o enquadramento nesta nova classifi-
cação, foi feita uma conversão para a nova classificação apresentada no final da
descrição de cada unidade de mapeamento, mantendo o restante da estrutura da
legenda anterior. Deve ser ressaltado que, pela inexistência dos dados da descrição
de muitos dos perfis, a correlação apresenta um grau de abstração perfeitamente
compatível com o nível de detalhe do mapeamento.

Tabela 9. Símbolos alfabéticos utilizados no SiBCS (Embrapa, 1999).


1º NÍVEL 2º NÍVEL 3º NÍVEL
A – ALISSOLOS A- AMARELO Alumínico
af – Aluminoférrico
b- Argila atividade baixa
P – ARGISSOLOS AC- ACINZENTADO d- Distrófico
C – CAMBISSOLOS B- BRUNO df- Distroférrico
M – CHERNOSSOLOS C- CRÔMICO e- Eutrófico
E – ESPODOSSOLOS D- RÊNDZICO ef- Eutroférrico
G – GLEISSOLOS E- EBÂNICO f- Férrico
m- Fíbrico
g- Hidromórfico
h- Húmico
u- Hiperespesso
y- Hêmico
i- Hístico
L – LATOSSOLOS F- PÉTRICO k- Carbonático
l- Lítico
lf- Litoplíntico
n- Sódico
o- Órtico
p- Pálico
T – LUVISSOLOS G- HIDROMÓRFICO j- Perférrico
q- Psamítico
r- Saprolítico
s- Sáprico
t- Argilúvico
v- Argila de Atividade Alta
w- Ácrico
wf- Acriférrico
x- Coeso
z- Sálico ou Salino

R – NEOSSOLOS H- HÚMICO v- Argila atividade alta


N – NITOSSOLOS I- HÍSTICO
O – ORGANOSSOLOS J- TIOMÓRFICO
S – PLANOSSOLOS K- CÁRBICO
F – PLINTOSSOLOS L- LÍTICO
V- VERTISSOLOS M- MELÂNICO
N- NÁTRICO
72 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

1º NÍVEL 2º NÍVEL 3º NÍVEL


O- FÓLICO
P- HIPOCRÔMICO
Q- QUARTZARÊNICO
R- REGOLÍTICO
S- FERROCÁRBICO
T- ARGILÚVICO
U- FLÚVICO
V- VERMELHO
VA-VERMELHO-AMARELO
X- HÁPLICO
Y- MÉSICO

Observações:
- Os símbolos de 2º nível seguem o critério de primeira letra do nome que o
designa. No caso de impossibilidade de usar a primeira letra, opta-se pela segunda,
pela terceira e assim sucessivamente, tanto quanto possível.

- Os símbolos de 3º nível mantêm, tanto quanto possível, uma certa conotação


com os sufixos utilizados na designação de horizontes, Embrapa (1988).

- Ta e Tb aparecem no 3O nível (argila de atividade alta e baixa respectivamente).


Ta (argila de atividade alta) convencionou-se o símbolo “v” e Tb (argila de ativida-
de baixa), convencionou-se “b”.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 73

Tabela 10 - Correlação entre as classes do Sistema Brasileiro de Classificação de


Solo (1999) e da classificação anteriormente utilizada pela Embrapa Solos.

Sistema Brasileiro de Classificação anteriormente utilizada


Classificação (1998)
RUBROZEM, PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO DISTRÓFICO ou ÁLICO,
ALISSOLOS PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO ou ÁLICO Ta, e alguns
PODZÓLICOS VERMELHO-AMARELOS DISTRÓFICOS ou ÁLICOS Tb (com limite
mínimo de valor T de 20 cmolc/kg de argila).
PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO Tb, pequena parte de TERRA ROXA
ARGISSOLOS ESTRUTURADA, de TERRA ROXA ESTRUTURADA SIMILAR, de TERRA BRUNA
ESTRUTURADA e de TERRA BRUNA ESTRUTURADA SIMILAR, com gradiente
textural necessário para B textural, em qualquer caso Eutróficos, Distróficos ou
Álicos, e mais recentemente o PODZÓLICO VERMELHO-ESCURO Tb com B textural
e o PODZÓLICO AMARELO.
CAMBISSOLOS CAMBISSOLOS EUTRÓFICOS, DISTRÓFICOS e ÁLICOS Ta e Tb. Exceto os com
horizonte A chernozêmico e B incipiente EUTRÓFICOS Ta.
CHERNOSSOLOS BRUNIZEM, RENDZINA, BRUNIZEM AVERMELHADO e BRUNIZEM
HIDROMÓRFICO.
ESPODOSSOLOS PODZOL, inclusive PODZOL HIDROMÓRFICO.
GLEISSOLOS GLEI POUCO HÚMICO, GLEI HÚMICO, parte do HIDROMÓRFICO CINZENTO (sem
mudança textural abrupta), GLEI TIOMÓRFICO e SOLONCHAK com horizonte glei.
LATOSSOLOS LATOSSOLOS, excetuadas algumas modalidades anteriormente identificadas, como
LATOSSOLOS PLÍNTICOS.
LUVISSOLOS BRUNO NÃO CÁLCICO, PODZÓLICO VERMELHO-AMARELO EUTRÓFICO Ta,
PODZÓLICO BRUNO-ACINZENTADO EUTRÓFICO e os PODZÓLICOS VERMELHO-
ESCUROs EUTRÓFICOS Ta.
NEOSSOLOS LITOSSOLOS, SOLOS LITÓLICOS, REGOSSOLOS, SOLOS ALUVIAIS e AREIAS
QUARTZOSAS (Distróficas, Marinhas e Hidromórficas).
NITOSSOLOS TERRA ROXA ESTRUTURADA, TERRA ROXA ESTRUTURADA SIMILAR, TERRA
BRUNA ESTRUTURADA, TERRA BRUNA EESTRUTURADA SIMILAR e alguns
PODZÓLICOS VERMELHO-ESCUROS Tb e alguns PODZÓLICOS VERMELHO-
AMARELOS Tb.
ORGANOSSOLOS SOLOS ORGÂNICOS, SOLOS SEMI-ORGÂNICOS, SOLOS TIOMÓRFICOS
TURFOSOS e parte dos SOLOS LITÓLICOS TURFOSOS com horizonte hístico com
30cm ou mais de espessura.
PLANOSSOLOS PLANOSSOLOS, SOLONETZ-SOLODIZADO e HIDROMÓRFICOS CINZENTOS que
apresentam mudança textural abrupta.
PLINTOSSOLOS LATERITAS HIDROMÓRFICAS, parte dos PODZÓLICOS PLÍNTICOS, parte dos GLEI
HÚMICO e GLEI POUCO HÚMICO PLÍNTICOS e alguns dos possíveis
LATOSSOLOS PLÍNTICOS.
VERTISSOLOS VERTISSOLOS, inclusive os hidromórficos.
74 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Solos, Aptidão Agrícola das Terras e Níveis de


Exigência e Impedimentos
Na Tabela 11, pode-se observar a distribuição dos principais solos ocorrentes no
Estado de Minas Gerais e de alguns importantes parâmetros componentes de suas
descrições. A obtenção de seus dados foi feita considerando os valores majoritári-
os, dentro de cada associação, atinentes apenas ao solo dominante.

Nesta Tabela, verifica-se a grande presença no Estado de solos álicos e distróficos,


excetuando-se Terra Roxa Estruturada e Podzólicos, onde é grande o percentual de
solos eutróficos, 100 e 57% respectivamente.

É igualmente marcante o domínio do horizonte A moderado sobre os outros tipos


de horizonte superficial. A única exceção é feita no grupo denominado “outros”
(agrupamento de solos de menor expressão) onde é grande, entre as Areias
Quartzosas, a frequência do horizonte A fraco.

Outro aspecto marcante é a presença do relevos plano e forte ondulado, sendo os


tipos de superfície quase sempre dominantes na maior parte dos solos.

Quanto à distribuição da vegetação, ressalta-se a grande presença entre as florestas


de formações dos tipos subcaducifólia e subperenifólia. A elevada proporção deste
último tipo, deve-se basicamente às ocorrências contínuas nas Zonas da Mata, Sul e
Rio Doce, além daquelas de influência ribeirinha. Nas faixas em que a precipitação
hídrica ainda permite a manifestação da floresta subcaducifólia (destacadamente na
porção central e ocidental do Estado) este tipo de floresta, mesmo com grande
presença, sofre a concorrência e é muitas vêzes suplantada (mormente nos solos
menos férteis) por formações como o cerrado e o campo cerrado.

A Tabela 12 apresenta a quantificação da legenda de solos, contendo ainda tipos


de terreno (afloramentos rochosos, incluindo aqueles dominantes na associação) e
a correspondência com o atual SiBCS. Para tradução dos símbolos utilizados, ver
Tabela 9. Ressalta-se o domínio no Estado de Latossolos (47%), Argissolos
(20%), Cambissolos (18%) e Neossolos Litólicos (8%).
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 75

Tabela 11. Distribuição percentual de alguns parâmetros dos solos predominan-


tes do Estado de Minas Gerais.

variáveis Latossolos T. R. Est Podzólicos Cambissolos Solos Litólicos Outros Total


* ** * ** * ** * ** * ** * ** *
Ta - - - - 0,6 3,0 1,1 6,2 0,1 1,3 1,5 22,8 3,3
Tb 47,5 100 0,4 100 19,4 97,0 16,7 93,8 7,7 91,7 5,0 77,2 96,7
álico 27,1 57,0 - - 3,1 15,5 14,3 80,3 7,0 89,8 2,3 35,3 53,8
distrófico 19,0 40,0 - - 5,5 27,5 2,0 11,2 0,4 5,1 2,4 37,0 29,3
eutrófico 1,4 3,0 0,4 100 11,4 57,0 1,5 8,5 0,4 5,1 1,8 27,7 16,9
A fraco 5,5 11,6 - - - - 0,2 1,1 2,5 32,1 3,5 53,8 11,7
A moderado 39,7 83,6 0,3 75,0 20,0 100 17,4 97,7 5,3 67,9 2,8 43,0 85,5
A proeminente 1,1 2,3 - - - - 0,1 0,6 - - 0,1 1,5 1,3
A húmico 1,2 2,5 - - - - 0,1 0,6 - - 0,1 1,5 1,4
A chernozêmico - - 0,1 25,0 - - - - - - tr 0,2 0,1
marg 11,9 25,1 tr 1,9 0,3 1,5 0,7 3,9 - - 0,3 4,6 13.2
arg 25,0 52,6 0,4 98,1 3,2 16,0 10,7 60,1 2,6 33,3 0,8 12,3 42,7
méd 10,6 22,3 - - 2,4 12,0 6,4 36,0 3,0 38,5 1,4 21,5 23,8
aren - - - - 0,1 0,5 - - 2,2 28,2 3,8 58,5 6,1
arg/marg - - - - 2,8 14,0 - - - - - - 2,8
méd/arg - - - - 10,9 54,5 - - - - tr 0,6 11,0
aren/méd - - - - 0,3 1,5 - - - - 0,1 1,5 0,4
pl 20,4 42,9 - - 0,8 4,0 0,7 3,9 - - 5,1 78,5 27,0
sond 9,9 20,8 0,1 32,3 3,4 17,0 4,0 22,5 0,5 6,4 1,0 15,4 18,9
ond 3,7 7,8 tr 7,7 6,0 30,0 5,7 32,0 1,3 16,7 tr 0,3 16,8
fond 7,9 16,8 0,3 60,0 7,2 36,5 5,6 31,5 3,6 46,1 tr 0,7 24,6
mont 5,6 11,6 - - 2,5 12,5 1,8 10,1 2,3 29,5 0,3 4,6 12,5
esc 5,6 11,6 - - 2,5 12,5 1,8 10,1 2,3 29,5 0,3 4,6 12,5
campo cerrado 9,8 20,6 - - 0,7 3,5 7,2 40,5 4,4 56,4 0,6 9,2 22,7
cerrado subper 0,5 1,1 - - 0,2 1,0 1,3 7,3 0,3 3,8 0,1 1,5 26,4
cerrado subcad 8,6 18,1 - - 1,9 9,5 3,6 20,2 0,7 9,0 1,0 15,4 15,8
cerrado cad 3,1 6,5 - - 0,5 2,5 0,3 1,7 0,8 10,3 2,2 33,8 6,9
cerradão subper 0,3 0,6 - - 0,3 1,5 0,1 0,6 - - - - 0,7
cerradão subcad 4,3 9,1 - - 1,1 5,5 0,3 1,7 - - - - 5,7
cerradão cad 0,4 0,8 - - 0,3 1,5 0,2 1,1 0,6 7,7 - - 1,5
fl per altim 0,6 1,3 - - 0,4 2,0 0,4 2,2 - - - - 1,4
fl per 0,3 0,6 - - 0,1 0,5 0,4 2,2 - - - - 0,8
fl subper 11,4 24,0 - - 2,3 11,5 2,1 11,8 0,1 1,3 1,1 16,9 17,0
fl subcad 5,8 12,2 0,1 27,0 6,5 32,5 0,8 4,5 0,5 6,4 0,3 4,6 14,0
fl cad 1,7 3,6 0,3 73,0 4,8 24,0 0,9 5,1 0,4 5,1 0,3 4,6 8,4
hipo 0,7 1,5 - - 0,9 4,5 0,2 1,1 - - tr 0,2 1,8
form várzea - - - - - - - - - - 0,5 7,7 0,5
form rupestres - - - - - - - - - - 0,4 6,1 0,4

T. R. Est. = Terra Roxa Estruturada; tr = traço; * = percentagem em relacao ao total; ** =


percentagem em relação a classe/grupamento.
76 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Tabela 12. Distribuição percentual dos solos do Estado de Minas Gerais.

Classes de alto nível Categórico do Grandes Grupos do antigo sistema de classificação


o
antigo sistema de classificação o de de solos (ver Tabela 9) para simbologia
solos, com a correspondente na nova correspondente do novo SiBCS (Embrapa, 1999)
classificaçãoo entre parênteses
LA 1,16 LAa - LAd 1,16
LVa - LVAd 16,78
LV 25,11 LVd - LVAd 7,87
LVe - LVAe 0,46
LU 0,25 LUd LAwf 0,25
LATOSSOLO (L) LEa LVd 9,08
47,48 LE 18,07 LEd LVd 8,07
LEe LVe 0,92
LR 2,81 LRd LVdf 2,71
LRe LVdf 0,10
LF 0,08 LFd LVj 0,08
TERRA ROXA ESTRUTURADA (NV) 0,41 TR 0,41 TRe - NVe 0,41
TERRA BRUNA ESTRUTURADA(NX) 0.01 TB 0,01 TBe -NXe 0,01
PA 0,06 PAa - PAd 0,06
PEa - PVd 0,51
PE 9,62 PEa - PVd 0,55
PODZÓLICO (P) 20,08 PEe - PVe 8,56
PVa - PVAd 2,50
PV 10,40 PVd - PVAd 5,03
PVe - PVAe 2,87
BRUNIZEM AVERMELHADO (MT) 0,01 BV 0,01 BV - MT 0,01
VERTISSOLO (V) 0,01 V 0,01 V-V 0,01
PLANOSSOLO SOL DICO (SX) 0,01 PLS 0,01 PLSe SXe 0,01
SOLONETZ SOLODIZADO (SN) 0,02 SS 0,02 SS SN 0,02
HIDROMÓRFICO CINZENTO (SX) 0,07 HC 0,07 HCa SXd 0,06
HCe - SXe 0,01
Ca CXd 14,33
CAMBISSOLO (C) 17,83 C 17,83 Cd CXd 1,99
Ce Cxe 1,51
GLEI HÚMICO (GM) 0,04 HG 0,04 HGa - GMd 0,02
HGd GMd 0,02
HGPa GXd 0,30
GLEI POUCO HÚMICO (GX) 0,52 HGP 0,50 HGPd -GXd 0,13
HGPe GXe 0,07
PLINTOSSOLO (F) 0,03 PT 0,03 PTa - FXd 0,03
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 77

Classes de alto nível Categórico do Grandes Grupos do antigo sistema de classificação


antigo sistema de classificação de de solos (ver Tabela 9) para simbologia
solos, com a correspondente na nova correspondente do novo SiBCS (Embrapa, 1999)
classificação entre parênteses
AREIA QUARTZOSA (RQ) 3,34 AQ 3,34 AQa - RQod 1,46
AQd - RQod 1,88
AREIA QUARTZOSA HIDROMÓRFICA 0,10 HAQ 0,10 HAQa -RQgd 0,10
(RQg)
PODZOL (E) 0,05 P 0,05 Pa - E 0,05
Aa - RUd 0,04
SOLOS ALUVIAIS (RU) 1,45 A 1,45 Ad - RUd 0,01
Ae - RUe 1,40
Ra RLd 6,98
SOLOS LITÓLICOS (RL) 7,80 R 7,80 Rd RLd 0,43
Re Rle 0,39
SOLOS PETROPLINTICOS 0,07 SP 0,07 SPa - FFd 0,02
INDISCRIMINADOS (FF) SPd - FFd 0,05
AFLORAMENTOS ROCHOSOS 0,69 AR 0,69

A extensão e a percentagem correspondentes aos grupos, subgrupos e classes de


aptidão agrícola das terras são apresentadas na Tabela 13, assim como sua
visualização espacial na figura 12.....http://mapserver.cnps.embrapa.br/website/
pub/aptidao_mg.htm.

Nota-se que o grupo 1 ocupa pouco mais de 2% da superfície seca total. Este
grupo correspondente às melhores terras do Estado, ou seja, aquelas que apresen-
tam os desvios mínimos em relação aos cinco fatores limitantes considerados para
um solo referência (Ramalho Filho et al., 1995) em pelo menos um nível de
manejo. Por outro lado, considerando as terras de classe Boa em todos os três
níveis de manejo (1ABC), o percentual cai para valores próximos a 1.220 ha ou
0,002% da superfície seca total.

Em essência, os solos pertencentes ao grupo 1 são concomitantemente eutróficos,


relevo dominante plano ou suave ondulado, sem impedimentos à mecanização,
profundidade efetiva suficiente para o desenvolvimento radicular, sem problemas
de encharcamento e ocorrentes em ambientes com período seco não superior a
cinco meses.
78 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

O grupo 2 é o de maior abrangência no Estado. Esta concentração se deve


basicamente às terras pertinentes aos Latossolos, com relevos suaves e sem
impedimentos à mecanização mas com sérias deficiências de nutrientes (solo
geralmente sob floresta ou mesmo cerradão), apresentando aptidão básica 2(a)bc
ou, quando acrescido a oligotrofia e a elevada toxidez por alumínio (solo geralmen-
te sob campo cerrado) apresentam aptidão básica 2(b)c. Neste grupo, as terras que
permitem dois cultivos por ano somam 2.409.939 ha equivalentes a aproximada-
mente 4,1%.

O grupo 3 totaliza 8.430.445 ha (14,37%) e é representado principalmente pelos


solos com relevo ondulado a forte ondulado, normalmente com problemas para a
mecanização, devido tanto ao relevo mais movimentado quanto à presença de
pedregosidade ou mesmo rochosidade ou ocorrência conjunta de todos os impedi-
mentos citados. Neste grupo, as terras que permitem dois cultivos por ano somam
1.015.621 ha correspondentes a aproximadamente 1,7% da superfície seca total.

O grupo 4, representante das pastagens plantadas, é constituído basicamente de


solos semelhantes aos constituintes do grupo 3, mas com agravantes (alto nível de
rochosidade ou mesmo solos rasos) que, se não impossibilitam, pelo menos
dificultam a tal ponto a exploração com lavouras, que a torna muito próxima da
anti-economicidade. No entanto, ainda permitem retorno mesmo que pequeno,
com a exploração da pecuária de corte ou leiteira em moldes tradicionais. Por outro
lado, a pecuária praticada com mais alto nível tecnológico ou que ocupe segmentos
de mercado mais rentáveis, como por exemplo a criação de reprodutores, utiliza-se
normalmente de terras com melhor aptidão, como as do grupo 2 ou mesmo 1.

O grupo 5, representante da silvicultura e pastagem natural, tem no Estado grande


expressão, com predomínio da classe de aptidão 5(s) - Restrita. É constituído de
solos profundos, geralmente oligotróficos mas de relevo bastante movimentado
(apto para silvicultura). Quando ao contrário, o solo é raso, geralmente oligotrófico
e o relevo não muito movimentado (declividades menores ou iguais aos da classe
forte ondulado) a aptidão para a pastagem natural tem prevalência, se a cobertura
vegetal permitir. Como a vegetação primária remanescente no Estado é pequena,
esta opção acaba limitada a ambientes de campo cerrado.

O Estado de Minas Gerais apresenta elevada demanda por carvão vegetal principal-
mente para suprir o setor de siderurgia. Sendo assim, terras localizadas próximas
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 79

às usinas, mesmo possuindo aptidão para explorações mais intensivas, são nor-
malmente utilizadas com reflorestamennto por questões econômicas e estratégicas.

O grupo 6, representante da preservação da fauna e flora, inclui terras em que as


restrições de uso não justificam qualquer atividade agronômica ou qualquer inves-
timento agrícola ao nível da tecnologia atual.

Nos estudos referentes à aptidão agrícola que serviram de base para o zoneamento
agroclimático do Estado de Minas Gerais, o subgrupo de aptidão agrícola 2c foi o
de maior representatividade em todo o Estado, seguido do subgrupo 4p. Não há
registro de ocorrência de nenhum subgrupo pertencente ao grupo 1, ou seja,
classe Boa em pelo menos um dos três níveis de manejo A, B ou C.

Estas discrepâncias podem ser devidas à pequena escala de trabalho utilizada


(1:1.000.000) bem como ao material básico empregado de grau bastante generalizado.
80 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Tabela 13. Extensão (ha) e percentual dos grupos, subgrupos e classes de aptidão
agrícola das terras do Estado de Minas Gerais.

Grupo Subgrupo ha % Subgrupo ha %


1ABC 1221 0,002
1aBC 49976 0,08
1aBC 66696 0,11
1aBC 16720 0,03
1 1Abc 297402 0,51
122805 ha 1Abc 372366 0,64
2,12% 1Abc 74964 0,13

1abC 24530 0,04


1abC 798006 1,36
1abC 773476 1,32

1Ab(c) 4516 0,01


2abc 204413 0,34
2abc 1946982 3,32 2abc 261367 0,45
2abc 1481202 2,52

2(a)bc 2564730 4,37


2’’(a)bc 240742 0,41
2(a)bc 11384504 19,41 2(a)bc 2351317 4,01
2’’(a)bc 183237 0,31
2(a)bc 5388691 9,19
2’’(a)bc 655787 1,12
2ab(c) 497611 0,85
2’’ab(c) 28314 0,05
2ab(c) 2294586 3,91

2ab(c) 199897 0,34


2 2ab(c) 1568764 2,67
26862905 ha
45,79 2a(bc) 27338 0,05
2a(bc) 265105 0,45 2a(bc) 42660 0,07
2a(bc) 195107 0,33

2(a)b(c) 200054 0,34


2’’(a)b(c) 154874 0,27
2(a)b(c) 2239909 3,82
2(a)b(c) 560391 0,96
2’’(a)b(c) 463960 0,79
2(a)b(c) 301405 0,51
2’’(a)b(c) 559225 0,95

2(ab)c 23799 0,04


2bc 51648 0,09
2bc 497299 0,85
2bc 445651 0,76
2(b)c 1823842 3,11
2(b)c 3731945 6,36
2(b)c 7019065 11,96

2(b)c 1339478 2,28


2’’(b)c 123800 0,21

2a(b) 417679 0,71


2a(b) 17700 0,03 2a(b) 167879 0,29
2a(b) 606098 1,03
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 81

Grupo Subgrupo ha % Subgrupo ha %


3’’(abc) 445139 0,76
3(abc) 32707 0,06
3(abc) 1166094 1,99
3(abc) 222288 0,38
3’’(abc) 329126 0,56
3(abc) 124874 0,21
3 3’’(abc) 11960 0,02
8430445 ha
14,37%
3(ab) 993179 1,69
3(ab) 2816484 4,80 3(ab) 538450 0,92
3(ab) 1284855 2,19

3(bc) 400936 0,68


3(bc) 1945625 3,32
3(bc) 3861866 6,58
3(bc) 1285909 2,19
3’’(bc) 112674 0,19
3’’(bc) 116722 0,20

3(b) 19405 0,03


3(b) 586001 1,00 3(b) 525345 0,90
3(b) 41251 0,07

4p 17330 0,03
4p 1960086 3,34 4p 450657 0,77
4
7612717 ha 4p 1492099 2,54
12,98%
4(p) 432623 0,74
4(p) 5652631 9,64 4(p) 3506887 5,98
4(p) 1713121 2,92

5S 80817 0,14
5s 1487700 2,53
5s 4530358 7,72 5s 1559605 2,66
5s 1483053 2,53

5 5(s) 1617345 2,76


5(s) 4867781 8,30
11841083 ha 5(s) 1249410 2,13
20,18% 5(s) 2001026 3,41

5s(n) 299934 0,51


5s(n) 345944 0,59
5s(n) 46010 0,08

5(sn) 498117 0,85


5(sn) 1784838 3,04
5(sn) 1286721 2,19
5(n) 231345 0,39
6 6 153946 0,26
2672475 ha 6 2672475 4,55
4,56%
6 2518529 4,29
82 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

Tabela 14. Extensão (ha) e percentual dos níveis de exigência das classes de
solos do Estado de Minas Gerais para a aplicação de fertilizantes e correti-
vos (F), práticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanização (M).

N í veis de SUB N í veis de


SOLOS Área (ha) % `Área (ha) %
Exigência DIVISÕES Exigência
F3 683319 1,17 F3 683319 1,17
C1 507504 0,87 C1 507504 0,87
C2 2807 0,005 C2 2807 0,005
LA C3 173008 0,30 LAa C3 173008 0,30
M1 343917 0,58 M1 343917 0,58
M2 163587 0,29 M2 163587 0,29
M3 175815 0,30 M3 175815 0,30
F3 9826502 16,75
C1 4111385 7,01
C2 341215 0,58
C3 2019808 3,44
LVa C4 3354094 5,72
M1 3377623 5,76
F2 269496 0,46 M2 640848 1,09
F3 14444575 24,62 M3 916353 1,56
C1 6809940 11,61 M4 4891678 8,34
C2 674686 1,15 6 18551 0,03
C3 2810938 4,79 F3 4618073 7,87
LV
C4 4418507 7,53 C1 2429059 4,14
M1 5664867 9,65 C2 333471 0,57
M2 1025797 1,75 LVd C3 791130 1,35
M3 1290687 2,20 C4 1064413 1,81
M4 6732720 11,48 M1 2143917 3,65
6 18551 0,03 M2 258780 0,44
M3 374334 0,64
M4 1841042 3,14
F2 269496 0,46
C1 269496 0,46
LVe M1 143327 0,24
M2 126169 0,22
F3 147598 0,25 F3 147598 0,25
C1 147598 0,25 LUd C1 147598 0,25
LU M1 138323 0,23 M1 138323 0,23
M2 9275 0,02 M2 9275 0,02
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 83

F3 5325752 9,08
LEa C1 4575598 7,80
C2 68003 0,11
C3 185555 0,32
LE C4 496596 0,85
F2 538235 0,92 M1 3047332 5,19
F3 10057308 17,14 M2 1528266 2,61
C1 8978103 15,30 M3 137958 0,24
C2 396444 0,67 M4 612196 1,04
C3 581999 0,99 F3 4731556 8,06
C4 643584 1,10 C1 3885872 6,62
M1 4335912 7,39 C2 302252 0,52
M2 4642191 7,91 C3 391857 0,67
M3 503795 0,86 LEd C4 146988 0,25
M4 1113645 1,90 M1 891940 1,52
M2 2993932 5,10
M3 344235 0,58
M4 501449 0,86
F2 538235 0,92
C1 516633 0,88
LEe C2 21602 0,04
M1 396640 0,68
M2 119993 0,20
M3 21602 0,04
F3 1589983 2,71
F2 59459 0,10 C1 1347313 2,30
F3 1589983 2,71 C2 128291 0,22
C1 1406772 2,40 C3 17574 0,03
C2 128291 0,22 LRd C4 96805 0,16
LR C3 17574 0,03 M1 834463 1,42
C4 96805 0,16 M2 512850 0,87
M1 834463 1,42 M3 128291 0,22
M2 572309 0,97 M4 114379 0,20
M3 128291 0,22 F2 59459 0,10
M4 114379 0,20 LRe C1 59459 0,10
M2 59459 0,10
F4 46010 0,08 F4 46010 0,08
LF C3 46010 0,08 LFd C3 46010 0,08
M3 46010 0,08 M3 46010 0,08
F2 240499 0,41 F2 240499 0,41
C1 52259 0,09 C1 52259 0,09
C2 25385 0,04 C2 25385 0,04
TR C3 18429 0,03 TRe C3 18429 0,03
C4 144426 0,25 C4 144426 0,25
M2 70810 0,12 M2 70810 0,12
M3 25263 0,04 M3 25263 0,04
M4 144426 0,25 M4 144426 0,25
84 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

F2 3295 0,01 F2 3295 0,01


TB C4 3295 0,01 TBe C4 3295 0,01
M4 3295 0,01 M4 3295 0,01
F4 32708 0,06 F4 32708 0,06
PA C1 32708 0,06 PAa C1 32708 0,06
M1 32708 0,06 M1 32708 0,06
F3 1464882 2,50
C1 20259 0,04
C2 413017 0,70
C3 359676 0,61
PVa C4 671930 1,15
M1 20259 0,04
F1 161269 0,28 M2 413017 0,70
F2 1521183 2,59 M3 359676 0,61
F3 4417509 7,53 M4 671930 1,15
C1 132407 0,23 F3 2952627 5,03
C2 1322925 2,25 C2 536259 0,91
C3 1788174 3,05 C3 854929 1,43
PV PVd
C4 2856455 4,87 C4 1561439 2,66
M1 132407 0,23 M2 536259 0,91
M2 1322925 2,25 M3 854929 1,46
M3 1808174 3,08 M4 1561439 2,66
M4 2836455 4,84 F1 161269 0,28
F2 1521183 2,59
C1 112148 0,19
C2 373649 0,64
PVe C3 573569 0,98
C4 623086 1,06
M1 112148 0,19
M2 373649 0,64
M3 573569 0,98
M4 623086 1,06
F3 298126 0,51
C2 28558 0,05
C3 128194 0,22
PEa C4 141374 0,24
M2 28558 0,05
M3 128194 0,22
F1 154630 0,26 M4 141374 0,24
F2 4865207 8,29 F3 321779 0,55
F3 619905 1,06 C1 77400 0,13
C1 278879 0,47 PEd C4 244379 0,42
PE C2 529262 0,90 M1 77400 0,13
C3 1844149 3,15 M4 244379 0,42
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 85

C4 2987452 5,09 F1 154630 0,26


M1 248124 0,42 F2 4865207 8,29
M2 202065 0,35 C1 201479 0,34
M3 2202101 3,75 C2 500704 0,85
M4 2987452 5,09 C3 1715955 2,93
PE PEe
C4 2601699 4,43
M1 170724 0,29
M2 173507 0,30
M3 2073907 3,53
M4 2601699 4,43
F1 5980 0,01
BV C4 5980 0,01
M4 5980 0,01
F1 3295 0,01
V C2 3295 0,01
M3 3295 0,01
F3 3539 0,01
PLS C2 3539 0,01
M2 3539 0,01
F4 38932 0,06
F4 38932 0,07 HCa C2 38932 0,06
HC F2 4027 0,01 M2 38932 0,06
C2 42959 0,07 F2 4027 0,01
M2 42959 0,07 HCe C2 4027 0,01
M2 4027 0,01
F3 8409035 14,33
C2 1799069 3,07
C3 3599010 6,13
Ca C4 3010956 5,13
M2 1037168 1,77
M3 3375636 5,75
F1 620090 1,06 M4 3996231 6,81
F2 267263 0,45 F3 1153039 1,97
F3 9562074 16,30 F4 15011 0,02
F4 15011 0,02 C2 4394 0,01
C1 13698 0,02 Cd C3 455343 0,78
C2 2082312 3,55 C4 708313 1,21
C
C3 4475956 7,63 M2 4394 0,01
C4 3892472 6,63 M3 166638 0,28
M1 7382 0,01 M4 997018 1,70
M2 1268763 2,16 F1 620090 1,06
M3 3772797 6,43 F2 267263 0,45
M4 5415496 9,23 C1 13698 0,02
C2 278849 0,47
Ce C3 421603 0,72
C4 173203 0,30
M1 7382 0,01
M2 227201 0,39
M3 230523 0,39
M4 422247 0,72
86 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

F3 12693 0,02
HGa C1 12693 0,02
F3 22881 0,04 M3 12693 0,02
HG C1 22881 0,04 F3 10188 0,02
M3 22881 0,04 HGe C2 10188 0,02
M3 10188 0,02
F3 176271 0,30
HGPa C1 176271 0,30
F1 42715 0,07 M2 176271 0,30
F3 253971 0,43 F3 77700 0,13
HGP C1 253971 0,43 HGPd C1 77700 0,13
C2 42715 0,07 M2 77700 0,13
M2 253971 0,43 F1 42715 0,07
M3 42715 0,07 HGPe C2 42715 0,07
M3 42715 0,07
F3 19650 0,03 F3 19650 0,03
PT C1 19650 0,03 PTa C1 19650 0,03
M1 19650 0,03 M1 19650 0,03
F4 857716 1,46
F3 50417 0,09 AQa C2 857716 1,46
F4 1910663 3,26 M2 857716 1,46
AQ C2 1961080 3,34 F3 50417 0,09
M2 1961080 3,34 AQd F4 1052947 1,80
C2 1103364 1,88
M2 1103364 1,88
F4 59215 0,10 F4 59215 0,10
HAQ C1 59215 0,10 HAQa C1 59215 0,10
M2 59215 0,10 M2 59215 0,10
F3 28314 0,05 F3 28314 0,05
P C2 28314 0,05 Pa C2 28314 0,05
M2 28314 0,05 M2 28314 0,05
F3 23066 0,04
Aa C1 23066 0,04
M2 23066 0,04
F1 786995 1,34 F3 7445 0,01
F2 33744 0,06 Ad C1 7445 0,01
A F3 30511 0,05 M2 7445 0,01
C1 656266 1,12 F1 786995 1,34
C2 194984 0,33 F2 33744 0,06
M2 851250 1,45 Ae C1 625755 1,07
C2 194984 0,33
M2 820739 1,40
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 87

F3 1991423 3,40
C2 12206 0,02
C3 222637 0,38
Ra C4 1756580 2,99
F1 57240 0,10 M3 33806 0,06
F2 156216 0,26 M4 1957617 3,34
F3 2121817 3,62 6 2101358 3,58
C2 12206 0,02 F3 130394 0,22
R C3 283192 0,48 C3 4272 0,01
C4 2039875 3,48 Rd C4 126122 0,21
M3 33806 0,06 M4 130394 0,22
M4 2301467 3,92 6 122466 0,21
6 2238452 3,82 F1 57240 0,10
F2 156216 0,26
Re C3 56283 0,09
C4 157173 0,27
M4 213456 0,36
6 14628 0,03
F3 13913 0,02
SPa C2 13913 0,02
F3 43207 0,07 M3 13913 0,02
SP C2 43207 0,07 F3 29294 0,05
M3 43207 0,07 SPd C2 29294 0,05
M3 29294 0,05
88 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

A seguir são apresentadas a distribuição percentual dos níveis de exigência das


terras para a aplicação de fertilizantes e corretivos (Figura 13....http://
mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/níveis_insumos_mg.htm), práticas con-
servacionistas (Figura 14..... http://mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/
níveis_conservacionistas_mg.htm), bem como dos níveis de impedimentos à me-
canização (Figura 15.... http://mapserver.cnps.embrapa.br/website/pub/
níveis_mecanizacao_mg.htm), estão apresentados de forma quantitativa para to-
dos os solos distintamente (Tabela 14), somente para os Latossolos (Tabela 15),
somente para os Podzólicos (Tabela 16) e para todos os solos do Estado indistin-
tamente (Tabela 17).

Pela análise da Tabela 17, verifica-se que a maioria das terras mineiras, por larga
margem, enquadra-se na classe F3 (75,2%), ou seja, possuem pequena disponibili-
dade de nutrientes associada normalmente a níveis altos de toxidez de alumínio,
necessitando portanto de doses elevadas de corretivos e fertilizantes para proporcio-
narem retorno à exploração agrícola. O nível F1 representativo das terras mais férteis
é o de menor expressão (3,1%). Quanto às necessidades de práticas
conservacionistas, observa-se que a proporção das classes sofre grande influência
tanto do predomínio dos Latossolos (menor susceptibilidade à erosão devido em
grande parte à rápida drenagem interna) como da distribuição do relevo, ou seja,
predominam as classes C1 (baixa susceptibilidade à erosão) e C4 (elevada suscepti-
bilidade à erosão) com valores correspondentes a 33,0% e 29,1% respectivamente.

Finalmente, os níveis de impedimentos das terras quanto a mecanização também


sofrem marcada influência da distribuição do relevo. Neste caso, as classes mais
representativas são a M4 (alto nível de impedimentos) e M2 (médio nível de
impedimentos) com valores respectivos de 36,9% e 21,3%.
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 89

Tabela 15 - Extensão (ha) e percentual dos níveis de exigência das terras para a
aplicação de fertilizantes e corretivos (F), práticas conservacionistas (C) e possibi-
lidades de mecanização (M) para os Latossolos.
F2 867190 1,48
F3 26922783 45,89
F4 46010 0,08
C1 17849917 30,43
LATOSSOLOS C2 1197641 2,04
C3 3629529 6,19
C4 5158896 8,79
M1 11317482 19,29
M2 6413159 10,93
M3 2144598 3,66
M4 7960744 13,57
6 18551 0,03

Tabela 16. Extensão (ha) e percentual dos níveis de exigência das terras para a
aplicação de fertilizantes e corretivos (F), práticas conservacionistas (C) e possibi-
lidades de mecanização (M) para os Podzólicos.
F1 315899 0,54
F2 6386390 10,89
F3 5037414 8,59
F4 32708 0,05
C1 443994 0,76
PODZÓLICOS C2 1852187 3,16
C3 3632323 6,19
C4 5843907 9,96
M1 413239 0,70
M2 1524990 2,60
M3 4010275 6,84
M4 5823907 9,93

Tabela 17. Extensão (ha) e percentual dos níveis de exigência das terras do Estado
de Minas Gerais para a aplicação de fertilizantes e corretivos (F), práticas
conservacionistas (C) e possibilidades de mecanização (M).
F1 1832214 3,12
F2 7958624 13,57
F3 44096578 75,17
F4 2102539 3,58
C1 19371851 33,02
C2 7489824 12,77
MINAS GERAIS C3 12039429 20,52
C4 17088851 29,13
M1 11757753 20,04
M2 12478050 21,27
M3 10098837 17,22
M4 21655315 36,91
6 2672475 4,56
90 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

A figura 16 possibilita uma pronta comparação da fertilidade dos principais solos


do Estado, baseada na Tabela 12.

18
16
14
12
10 álico
8 distrófico
6 eutrófico
4
2
0
LV LE LR PV PE C AQ A R
Fig. 16. Distribuição percentual total dos níveis de fertilidade dos principais solos do Estado de Minas Gerais.

A distribuição dos grupos de aptidão agrícola das terras apresentada na Figura 17,
elaborada a partir da Tabela 13, ressalta que aproximadamente 46% das terras são
classificadas como grupo 2.

50
45
40
1
35
2
30
3
25
4
20
5
15
6
10
5
0
Fig. 17 . Distribuição percentual dos grupos de aptidão agrícola das terras do Estado de Minas Gerais
Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 91

A Figura 18, fornece um comparativo entre os níveis de manejo que podem ser
praticados. Nesta Figura, o nível de manejo A (primitivo) tem como maior classe de
aptidão a Restrita (30,0%) seguida da classe Regular (11,9%) e por último a
classe Boa (0,6%), devido principalmente à baixa fertilidade natural dos solos e a
inviabilidade de sua correção neste nível de manejo. Para o nível de manejo B
(intermediário), a maior classe é a Regular (33,3%) seguida da classe Restrita
(28,7%) e por último a classe de aptidão Boa (0,2%) em consequência tanto das
limitações de fertilidade quanto do alto grau de impedimentos ao uso de
implementos agrícolas em condições satisfatórias. Verifica-se ainda que para o
nível de manejo C (desenvolvido), a maior classe é a Regular (36,2%) seguida da
classe Restrita (16,8%) complementada com pequena expressão pela classe Boa
(1,5%), relacionada essencialmente com as dificuldades de mecanização intensiva
de grande parte das terras do Estado. Níveis de exigência de fertilizantes e correti-
vos, práticas conservacionistas e de impedimentos à mecanização das terras,
podem ser melhor comparados para todos os solos do Estado, na Figura 19.

40
35
30
25
boa
20
regular
15 restrita
10
5
0
A B C
Fig. 18 . Percentagem dos níveis de manejo das terras do Estado de Minas Gerais.
92 Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais

80
70
60
50
F
40
C
30 M
20
10
0
1 2 3 4
Fig.19. Percentual dos níveis de exigência das terras do Estado de Minas Gerais para a aplicação de
fertilizantes e corretivos (F), práticas conservacionistas (C) e possibilidades de mecanização (M).

Conclusões
Os principais solos ocorrentes no Estado de Minas Gerais são Latossolo Vermelho-
Amarelo (25%), Latossolo Vermelho-Escuro (18%), Cambissolo (18%),
Podzólico Vermelho-Amarelo (10%) e Podzólico Vermelho-Escuro (10%).

Os solos deste Estado possuem, marcantemente, argila de atividade baixa (97%),


são predominantemente álicos (54%), têm o A moderado como horizonte superfi-
cial dominante (86%), relevos dominantes o plano (27%) e forte ondulado (25%),
textura predominantemente argilosa (43%) e como principais formações vegetais
primárias o campo cerrado (23 %) e a floresta tropical subperenifólia (17%).

O principal grupo de aptidão agrícola é o grupo 2 (46%) e os principais subgrupos


são 2(a)bc (19%) e 2(b)c (12%). Apresentam ainda expressão as classificações
4(p) (10%) e 5(s) (8%).

O amplo domínio da classe F3 (75%) nas terras do Estado confirma a grande


Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de Minas Gerais 93

necessidade que há de aplicação de fertilizantes e corretivos. Sob influência princi-


palmente dos dois tipos de relevo dominantes, as principais classes de susceptibili-
dade das terras à erosão são a C1 (33%) e C4 (29%), enquanto as principais classes
que indicam o nível de impedimento à mecanização são M4 (37%) e M2 (21%).

O cruzamento das informações climatológicas com o mapa de solos e de necessi-


dade de fertilizantes e corretivos permitiu concluir que os solos considerados mais
intemperizados, e que, de modo geral apresentam maior acidez e demanda por
fertilizantes e corretivos, estão localizados nas regiões consideradas com fator de
intemperização (temperatura e precipitação elevadas) mais intenso.

Agradecimentos
César da Silva Chagas, Cláudio Edson Chaffin, Danielle Oliveira de Andrade, Ilma
Maria Couto Ramos, José Silva de Souza, Maria da Penha Delaia, Marx Leandro
N. Silva (DCS-UFLA), Nilton Curi (DCS-UFLA), Silvia Cristina Vettorazzo.

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Geologia e Mineralogia, Rio de Janeiro, n. 241, p. 1-36, 1967.

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SNPA. Boletim, 13)

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Anexo
14°

15°

16°

17°

18°

19°

20°

21°

22°
51°

O
S
S
O
R
G
O
T
A
M

L
U
S
O
D

LVdf11

LVdf11
LVdf11

PVAe24

PVAd52

LVd94

51°
PVAe24
R

PVAd43
I

LVdf11

PVAd52
LVd1
LVd2

LVdf2
LVdf3

LVd2

PVAd21
PVAd52

PVAd52
LVd2

LVd2

GXe2
50°

REPRESA DE

SÃO SIMÃO

GXe2
LVdf3

PVAd21

LVdf11
LVd87

PVAd21
LVd2
LVdf3

RLd52

RLd52

LVdf2
LVd87
LVd94

PVAd21

LVd1

LVdf2

LVdf2

50°
LVd94

LVdf3

RLd52

PVAd1
RLd52

PVAd21

LVd2
LVdf5

PVAd21
R

LVdf8

LVd2
RLd52

LVd2
i

o
NVe4

PVAd1

LVdf2

LVd1
LVd6

PVAe58

Y
ITUIUTABA

RLd52
NVe2

LVd2

LVd1

R
14°

I
d
PVAd69

PVAd1

NVe5

O
a
LVdf5

LVdf3

LVd2

RUd2

PVAd29
RQd4
LVd49

RQd4

LVdf2
LVd7

RQd4

LVd1

LVdf16

RQd4

LVdf16
49°

REPRESA

ITUMBIARA

LVdf2

RLe4

LVd6

LVd6

PVAd1

PVAd1
P

LVd1
r

LVd2
a

RQd4
t

DE

PVAe25

49°
LVd6

a
GXd14

LVd7

LVdf19
PVAe25

PVAe62

LVd6

PVAd69

LVd2

LVd2

LVd1

PVAd29
LVdf7

PVAd65

LVd7

LVd79
PVAd1

LVd2

LVdf12

LVdf4
G

PVAe25

LVd62

LVd6

PVAd65

PVAd65

LVd2

LVd1
i
O

PVAe13

o
LVd7

LVd1

LVdf4
PVAe25

CXd95

PVAe13

LVdf2

LVdf7
CXd95

LVd62
I

CXd142

PVAe27

LVd2

LVdf12

LVAd172
LVdf2

LVAd160

LVd2
i

LVdf12

S
j
Á

PVAe25

PVAe13

LVd91

LVdf7

NVe3

u
LVdf2

LVd91

LVd6

c o

LVd7

PVAd2

PVAe27
S

PVAe25

LVAd169

LVdf4

Ã
RLe7

LVdf1

R
CXd95
R

PVAd65

LVd91

LVAd147

LVd2

LVdf1

LVd15

O
Y
i
o

URBELÃNDIA

LVAd119

LVAd132

LVd7

LVd2

LVdf4

N
RLd57

CXd95

NVe2

LVd62

LVdf7

LVd62

PVAd2

PVAe27

PVAe27

D
LVd91

PVAe27

E
48°

PVAe30
PVAe25

PVAe13 RLe4

LVdf7

LVAd156

LVd15

LVd15
RLd58

RLe5

LVd15

LVdf4
LVdf7

CXd143

PVAd21

LVdf4
a
g

GXd12

Y
CXd108

LVdf7
r

PVAe27
u
CXd109
a

LVAd147

PVAe18

PVAd21

UBERABA

LVdf1

48°
r

LVAd119

PVAe19

PVAe18

LVd15

NVe7
P

NVe1

GXd10
A
R

PVAe4

LVd44
A

LVef
A

CXd132

LVdf9

Rep. de
Nova Ponte

LVAd119

LVAd150

GXd10

CXe22

MT
B

LVAd119

LVAd119

LVdf1

P
A

NVe1
CXd130

LVdf9

LVdf9

LVAd150
A

LVdf9

GXd10

LVef
MT
LVd65

CXd130
U
o
a r c

CXd130

LVdf1

NVe1

LVd74

NVe1

MT
s
M

R i
CXd72

L
CXd117

FFcd2

CXd130

CXd130

RLd48

LVd52

CXd18

NVe1

LVd74
CXd130

CXd132

PVAd25

CXd18

LVd46

PVAe18

LVdf1
O
LVd34

LVAd119

CXd130

LVd65

LVd65

LVd44
LVd65

NVe6

CXd18

LVd5

CXd45

LVd74

LVd74

LVAd150

LVd46

LVdf1

RLd33

LVd97
RLd48

LVd52

LVd5

LVd46

LVd46

LVdf1

LVdf1
CXd20

CXd53

CXd53

CXd72

CXd130

LVAd131

LVd58

CXd130

LVd58

LVd46

CXd18

R
CXd18

LVd5

CXd18

LVd46

LVd54
i

CXd116
o
RLd48
CXd20

LVdf9

RQd13

23°
S
CXd53

CXd130

CXd129

LVd65

LVd69

CXd18

CXd45

LVd5

LVd46

CXd1

LVd46

CXd88

LVd60
LVd12

GXd6

LVAd119

CXd60

RLd48

RQd13
CXd12

CXd18

CXd18

LVd12
47°

LVd44
GXd9

LVd4

RLd4

LVd5

CXd73

CXd73

LVdf22

CXd88

LVdf13
RLd34

RQd9

LVdf20

LVdf20
RLd4

RLd3

GXd6

LVAd119

LVd48

RLd48

LVd48

LVd48
CXd11

LVd48

RLd7

LVd48

RLd48

LVd44

LVd60

LVd46

LVd65
A

LVd53

LVd53

ARAXÁ

LVd78

RLd34

LVdf18

LVdf10

LVdf10
r
RLd8

CXd22

CXd11

RLd3

RLd7

CXd12

CXd105

RLd22

LVd5
LVd46

CXd18

CXe28

RLd23

CXd73
a

LVd54
LVd12

LVd54

LVAd133

LVdf14

RQd13
LVdf20

LVAd122

47°
CXd72

LVAd117

CXd20
LVd44 CXd8
CXd20

CXd11

RLd4
LVd12

CXd105

PVe89

LVd48

RLd20

RLd42
CXd22

RLd8

CXd20

RLd8

RLd7

RLd20

RLd20

CXd52

RLd22

PVAd50

Y
LVd4

CXd11

LVd60

LVd46

CXd12

PVAe6

PVAe38
a

LVd78

LVd66
CXd18

PVAd50

LVAd133

PVAd49

PVAe35
RLd4

LVd4

FFcd1

RLd7
LVAd117

CXd25

CXd11

LVd4

RLd20

RLd12

LVd60

LVAd173

LVd46

LVd5

Eko
R

CXd111

PVAe11
CXd22

RLd8

RLd36

RLd4

i
o
RLd4

LVd4

RLd20

LVd48

LVd4
FXd

LVd48

LVd4

CXd12

CXe14

LVd65

CXe12

LVd81

CXe12

LVd5

CXd18

RLd27
CXd22

RLd8

LVAd117

CXd72
GXd3

CXd11

RLd4

RLd4

LVd48

RLd7

CXd52

PVAd50

CXe28

CXd1
R
RLd26

RLd26

CXd25

LVd46

CXd129

LVd54

LVd98
LVd54
i

LVd85

LVd12

LVd78

PVAe15

RLd32

LVd78
R

LVAd117

LVd20

CXd22

o
RLd8

RLd2

RLd2

RLe2

RLd8

RLd4

LVd4

i
LVd1

LVAd117

LVAd117

CXd36
GXd3

RLd3

CXd11

LVd4

RLd9

LVd46

CXd21

LVd5

CXd1

LVAd128

PVAd53
RLd8

RLd8

RLd43

LVd4
CXd11

o
i
R
FXd

LVd4

LVdf9

CXe7

LVd50

CXd37

PVAd50

CXd45

LVd5

RLd6

LVd54

Y
PASSOS

PVAe11

CXd139

PVAe35
RLd8

LVAd117

RLd8

GXd3 CXd22

LVAd117

U
LVd20

RLd8

CXd22

r
RLd3

RLd4

FXd

FXd

FXd

LVd4
LVAd117

CXd81

LVd46

LVd46

RLd23

LVd12

LVd46

NXe
CXd22

u
LVd20

CXd22
GXd3

LVAd122

CXd36

LVd4

FXd
g

CXd36

LVd4

LVd4

RUe1

LVAd1

LVd93

CXe14

LVd54
RLd8

a
r
a
P
R

CXd38

LVdf9

Y
PATO DE MINAS

LVd50
a

LVAd144

PVAd32

PVAd47

PVAe28

PVAe28
CXd58

Y
r
u

LVd20

RLd8

LVAd117

RLd36

CXd36

LVd4

LVAd39

LVd46
RLd8

LVAd148

CXe25

RLd3

i
LVd81

RLd23

Eko

CXd92

LVd61

CXe21

LVd61

PVd8
n
a
a

LVAd1

LVAd39

RLd9
o
CXd24

RLd36

GXd3

RLd8

CXe17

LVd81

LVd50

CXd93

CXd1

LVd51

PVAd53

CXd69

PVe77
CXd25

LVd78

CXd91

PVAd27
LVd20

RLd4

LVAd122

CXd36

LVAd122

RLd4

t
RLd4

CXd11

P
LVd4

u
r

LVAd39

LVAd164

LVd81

LVdf21

LVdf17

LVd50

CXd21
CXd21

b
a

CXe15

LVd89

PVAd47

POÇOS DE CALDAS

CXd112

CXd97

LVd64

PVAd47
LVd45

PVAd58

PVAd33

LVAd62

PVAd26
LVAd50

e
CXd24

LVd20

CXd25

CXd22

RQg

CXd99

CXd1

LVd12

LVd12

LVd73

CXd87

CXd76

LVd74

CXd76

RLd32

LVAd118
CXd25
LVd40

LVAd148

RLd36

CXd55

LVd20
RLe9

LVd20

LVd20

RLe11

CXd36

CXd36

LVd4

t
LVAd86

RQd8

RQd8

d
LVAd50

LVAd148

RUe6

CXd25

RQd8

CXd30

CXd84

CXe8
LVd20

LVd20

LVd20
RLe9

LVd20

LVAd115

LVAd122

CXd11

LVAd173

CXd1

LVd81

CXd114

RLd6

LVd75

LVd83

LVAd140

LVAd79
GMd2

RLd8

R
LVAd117

LVAd148

LVd4

LVAd1

LVAd39

LVAd39

LVAd39

LVAd1

RQd8

RLd4

P r
a
t

CXd62

LVAd173

PVd8

LVd69

PVAd32

GXd13

LVAd139

PVAd26

LVAd158

PVAd33
i
RUe1

a
PVAe12

LVdf17

CXe2

CXd33
LVAd50

o
LVAd80

P i
r
a
RLd40

n
g a
LVAd80

LVd24

RLd26

LVd24

LVAd148

RLd8

GXd8

CXd36
RLd8

RLd8

t
i
LVAd80

LVAd98

LVd21
RLd47

CXd20

CXd106
LVAd1

LVAd173

LVd51

LVd67

RLd30

LVd86

LVd82

CXe15

PVAd38

LVd49

PVAd42

PVAd26
PVe39

CXd133

LVAd62

LVAd79
LVd24

RUe6

LVd21

LVd4
LVAd3

LVAd148

LVAd80

RLd8

CXd24

LVAd63

LVAd63

GXd4

RLd4

CXd36

LVAd86 CXd38

RLe7

LVd44

LVAd115

CXd43

LVAd136

CXd43

PVAe12

LVAd173

CXe4

CXd37

LVd51

CXd74

RLd30
GMd2

PVAd70
46°

LVAd115

LVAd115
o

LVAd115

LVd46

CXd13

LVAd173

LVAd174

RLd23

CXd57

CXd87

CXd42

LVd83

PVAd38

PVe39

PVAd27
RQd7

GXd5

RLd3

CXd20

LVAd115

RLd15

LVAd45

RLd9
LVAd50

RQd7

CXd24

LVAd50

LVd38

GXd1

LVAd63

RLd8

FXd
GXd1

RUe1

RQd2

CXd41

RLd15

RLd4

LVAd115

CXd41

RLd15

CXd8

LVd48

LVd61

LVd83

LVd71

LVAd121

PVAd26

PVAd26

CXd110
LVAd127
CXd2

LVd3

LVd51

PVAd70

CXd57
RLd4
PVe83

LVAd1

LVAd1

LVd46

CXd26

CXd57
CXd102

LVd24

GXd1

GXd2

RLd4

LVAd86

CXd106

CXd21

LVd51

RLd30

CXd57

PVe39

PVAd42

LVAd140
GXd2

S
RQd6

LVAd1

o
R i
CXd134

CXe14

CXd33

LVAd173
RQd7

CXd14

RLd17

LVAd115

LVAd115

LVAd115
RQd2

LVAd115

RQg
n

CXd43

PVAe12

LVd46

LVd46

PVAd68

RLd21

CXd57

LVd73

CXd101

LVd49

LVd47

POUSO ALEGRE

LVAd138

46°
R

i
LVAd50

RQd6

RQg

RQd6

LVAd1

RQd2

RLd18

RUe1

CXd52

LVAd139

LVd76

Y
R

CXd2
t

GXd8

LVAd115

RLd17

RLd24

LVAd1

CXd16
RLd9

CXd8
RQd7

a
LVAd136

R
CXe4

i o

PVe54

LVd95

LVd83

LVd55

LVAd127
RUd1

PVAd26
o
GXd5

LVAd121

LVAd63

i
o

RQd2

CXd54

LVAd1
LVAd3

GMd1

RQd2

LVAd115

i
o
RLd38

LVAd1

LVAd45
LVAd1

LVAd115

d
o

CXd134

CXd2

CXd52

LVd51

Rep. de Furnas
LVd46

LVd11

PVAd38

LVd49

LVd47
L
GXd2

R
u z
C r
CXd11

RLd9

RLe7

LVAd115

A b
i n

LVd86

RLd21

LVd61 GXd13

PVAd38
a
RQd7

RQd7

LVAd63

RLd14

LVAd137

LVAd137

LVAd21

i
LVAd115

d a
CXd2

CXd21

LVd11

LVd59

LVd76

PVAd26
o
R i
e
i a

LVd52

LVd92

CXd42

LVAd138
CXd121

LVAd28
RQd10

GXd5

LVAd3

RLd15

CXd16
o

e
t
S
B
ã

LVd35

LVd39
CXd4

h
RQd5

RQd2

PVAd4

RQg

LVAd137

LVAd1

RLd24

CXd16

o r a c
CXd81

LVd3

LVd72

LVAd75

LVd59

PVAd33
CXd3

PVe60

CXd110
u
C
GXd5

LVAd1

a
LVAd121

LVAd3

LVAd3

g
RLd24

CXd16

LVAd136

LVd3
RLd3

CXd40

LVd3

LVd96

LVd77

PVAd57

LVAd70
PVAd31
r i

LVAd3

RQd2

RQd1

LVAd38

S
o

CXd4
RQd5

LVAd21

n
LVAd115

LVAd136

o
CXd54

CXd40

CXd85

LVd3

CXd3

PVAd31

RUd1

LVAd142
a

CXd3

LVd26

GXd11

LVd51

CXd98

PVAd72
i
o

LVd59

CXd10
n

RQd10
LVAd121

RQd10

LVAd2

LVd3

LVd3
RQd7

PVAd4

LVAd45

LVAd45

LVd4

LVd3

CXd103

LVd90

LVd52
h

CXd14

LVAd121

RQd5

RLd14

RQg

RLd24

CXd71

CXd59

LVd79

CXd49

LVd71
a

LVAd21

LVAd115

LVAd1

P
a
RLd24

LVAd1
r

LVAd115

RLd10

LVd4

a
r
F
a

LVAd115

CXd4

RLd10

CXd85

CXd85

GXd11

LVd45
n

LVd36

LVAd142

Y
ITAJUBA
n

PVAd4

RUe1

LVd44

LVAd115

LVd3

i
c

LVd3

LVAd139

LVAd130

PVAd48
s
h

LVAd121

GXd5

RQd2

a
LVAd1

LVAd86

RUe1

CXd3

c
GXd5

RQd2

t
a

Rep. de

CXd83

LVd3

CXd144

CXd59

LVd47

LVAd135

PVe25

LVAd135

CXd110
LVd3

CXd35

PVAd45
LVd3

CXd78

PVAd45

CXd57

LVd45

e
r
GXd5

LVAd3

LVAd3

CXd66

LVAd115

RQd2

PVAd4

u
CXd4

Três Maria CXd4

CXd85

d
LVAd74

CXd14

RQg

RUe1

LVAd1

LVAd38

LVAd45

CXd8

CXd54

CXd38

LVd3

LVAd130

LVAd139
LVd83

LVAd104
C
B

GXd5

LVd4
GXd5

CXd14

RQd12

LVAd3

LVAd3

LVAd3

RQd2

RLd24

CXd54

RLd10
GMd1

CXd54

LVAd38

CXd85

LVd3

LVd3

LVAd162

CXd55
GXd11

LVAd152

LVAd83
CXd14

GXd5

RQd5

CXd38

LVd3

LVAd152
R

LVd57

LVd47
i

LVAd149

LVAd51

CXd119
o

PVAd24

R
CXd4

LVd3

i
LVd3

CXd3

PVAd20
A

PVAd4

PVAd4

LVAd137

R
RQd5

RQd5

CXe9

PVAd17

LVAd115
CXe9

CXd66

RUe1

PVAe57

LVAd38

CXd38

LVAd115

CXd85

i
PVAd60

CXd35

PVAd48

CXd82

CXd78

LVd71

LVd45
45°

CXd3

LVd3

LVd3

o
H

GXd5

GXd5

LVAd3

RQd6

RQd12

LVAd30

o
LVAd64

R i
CXd4

LVAd115

LVd3

LVAd115

LVAd162

DIVINÓPOLIS

CXd64

PVAd14

LVAd146

LVAd166
NVe8

PVAd31

CXd55
LVAd24

LVAd128

Y
LAVRAS

CXd94

GMd3
oR i

45°
RQd5

RQd5

RUe1

RQd6

RUe1

PVe41

RQd2

RQd2

RQd2

o
LVAd1

RLd10

ã
S
RUe1

LVd3

LVd3

CXd15

LVd3

LVd3

LVd57

LVd80

LVd75

CXd32

LVd64
V
I

CXd14

LVAd121

c
i s
LVAd38

CXd4
LVAd3

RQd5

PVe1

LVAd5

CXd67

CXd15

PVAd28

G
GXd5

CXd14

RQd5

PVe1

n
CXd15

CXd15

LVAd40

CXd50

LVd63
J

LVd63

LVd45

e
r
d

CXd13
r
A

LVAd74

RUe4

RUe1
LVAd3

LVAd39

LVAd115

CXd23

LVd14

á
CXd3

PVAd62

r a

CXd44

CXd55
R
LVAd43

PVe1

c
F
RLd3

CXd141
n

CXd5

CXd13

e
d
GXd5

LVAd117

CXd14

LVd25

CXd83

RQd1

RLd3

LVAd5
CXd122

GXd5

LVd25

RQd6

PVAe14
LVAd43

CXe5

RLd3

LVAd5

CXd23

LVd14

LVd28

RLd28

LVd31

LVd52

CXd57
a r

LVd45

RLd41

CXd86

CXd48
RQd5

RQd5

CXd9
LVAd74

CXe20

RQd5

LVAd8

RLd45

LVd37

GXd5

PVAe48

RQd3

PVe1

RQd3

LVAd5

RUe1

LVAd39

LVAd38

R
i o
LVd8

CXd7

PVAd10

LVAd75

PVAd40

LVAd35

CXd135

CXd119
RLe2

CXd14

PVAe53
LVAd3

LVd25

LVd25

PVe1

RLd3

LVAd5
RQd3

RLd25

RLd3

LVAd115

LVd8

LVd22

PVAd46

PVAd62

LVd63

CXd28

CXd104

CXd55
CXd9

R
i

CXd50
o
RQd5

LVAd117

GXd5

LVAd43

RQd3

CXd51

Rep. de

Itutinga

CXd32

CXd63
RQd5

CXd23

PVAe14

LVAd43

RQd1

LVAd42

RLd3

CXd9

LVd13

LVd14

i
LVd14

CXd5

CXd13

CXd115
o
CXe1

LVd33

CXe5

RQd1

RLd25

LVAd27

PVAd39

CXd90
R

ITAÚNA

LVAd24
V

LVAd117

LVAd106

LVAd3

RUe1

LVAd5

LVAd115

LVd43

a
s
LVAd43

PVe1

V
CXd9

CXd137

CXd17
i

LVd43

e
LVd13
LVd29

CXd14

RQd3

RLd3

l
h
PVe2

LVd13
PVe67

CXd14

LVAd74

LVAd88

LVAd106

LVd33

RQd3
CXe1

RQd1

RLd1

LVAd115

a
LVd8

RLd3

LVd13

LVd14

LVAd57
PVe48

PVe57

PVAd10

LVd32

PVd6

a
r

LVAd24

LVAd49

CXd13
CXd89
RLe2

LVAd71

LVAd71

CXd14

CXd83 LVd42

CXe18
PVAe55

S
RUe4

RQd11

LVd43

RLd3

RLd25

LVAd115

RLd19

LVd13

LVd13

LVd13

PVe9

CXd23

PVe14

PVAd9

PVAd9

LVd8

LVd67

CXd131

LVAd11

S.JOÃO DEL REI

CXd89

CXd65

CXd96
PVAe9

LVe8

RLe2

PVAe55

LVAd47

ã
LVd33

RLe6

RQd5

CXd79

PVe1

RQd1

LVAd42

RLd11

CXd7

LVd13

CXd131

CXd17

R i

CXd28
LVAd43

LVd30

RLe2

CXe14

LVe9

LVAd47

CXe1

RUe1

LVd33

LVAd3

LVAd3

CXd10

a
PVe57

LVd30CXe1

LVd30
CXe23
LVd30

LVAd47

CXd83

LVAd26

LVAd27

PVe5
J

LVd8

CXd131

LVAd11
Y

r
LVd30

LVe5

LVAd43

RUe4

CXe1

LVd43

CXd10

RLd1

LVAd115

PVe2

a
CXe1

LVAd2

LVd8

LVd18

CXd5

CXd34

CXd13

LVAd104
o
CXd5
CXe1

CXe1

LVAd43

PVe2

CXd89
LVAd2

PVAe14

CXd14

LVAd74

RQd1

LVAd115

CXd10
RQd1

PVe10

SETE LAGOAS

LVAd57

e
b
a
PVAe40

CXe1

LVe8

CXe1 CXe7

LVd30

LVd43

RLe1

u
LVd33

CXe7

PVe1

LVAd26

CXd15

CXd7

PVe9

R
PVAd3

LVAd57

PVAd11

CXd140

CXd27

LVAd91

RLd41

G
CXd51

CXd89
LVAd2

CXe1

LVd30

CXe1

PVAe42

PVAe42

LVAd30

RLe6

RQd1

RLe1

t
a
LVd8

PVe8

i
o
PVe9

BELO
R

LVd8

HORIZONTE

LVj1
LVAd43

CXe7

CXe1

LVe3
PVAe40

LVAd2

CXd56

í
PVe9

i
CXd39

CXd50
r
a
n
d e
LVe5

PVAe52

RUe4

LVAd3

RQd5

RQd10

LVAd3
LVe2

PVe81

CXe5

o
PVe10

PVe14
44°

PVAe9

PVAe40

PVAe9

RUe1

LVAd2

LVd43

RUe1

CXd7

d
LVAd11

CXd65

CXd126

LVAd4

LVAd4

44°
F
AR9

LVe2

LVAd3

PVe7

a s
LVd63

CXd89
r a
PVe51

PVe5

n
LVe2

LVe2

LVe2

LVd8

PVd5

PVe2

RLd1

c
CXd10

PVe8

V
C
LVd8

e
LVj2

RLd49

RLd37

CXd13
l h
LVAd144
PVAe9

c o
s
i
PVAe52

PVAe9

PVe51

CXe1 LVe3

LVAd3

LVAd3

PVe44

MONTES CLAROS

LVAd26

PVe5

ia s
p

CXd28

CXd13
RUe7

LVe2

LVe12
RUe4

LVAd3

CXe2

LVe3

LVe3

PVe44

PVe5

CXd15
Y

CXd10

ó
PVe9

R
i
o

RUe8

RUe2

RQd5

CXe1

LVe3

LVe3

LVe3

PVe44

PVe5

RLd1

PVe27

CXd128

RLd49

RLd49

CXd27
CXd6

BARBACENA

CXd126

CXd65
V

CXe2

LVe3

LVe1

n
G
d
a
r
e
LVd70

AR1

AR1

PVAd18
e

LVAd2

LVe9

PVe7

d
r
V e
PVd2

CXd56

CXd10

CXd10

PVe10

CXd128

CXd61

CXd131

CXd126

CXd75
CXe1

LVAd30

CXd10
r

LVAd30

LVAd30

PVAe39

PVe44

i
R
CXd59

CXd70

CONS. LAFAIETE

o
CXd56
d

LVAd2

CXe2

CXe10

e
d
r
eV
LVd54

LVd70

RLd49

CXd127
AR1

RLd1

PVe9
e

r
G
RUe3
CXe1

n
a
PVAe9

LVe1

CXd10

AR1

d
i o
G

R
LVe1

PVd2

LVd43

RLd2

RLd1

PVAd13

LVj1

LVAd120

LVAd4

LVAd112
PVAd44
e

RLd2

R
i
RLd1

CXd10
r a

LVAd2

RQd5

CXe10

CXd128

AR5
RQd5

LVAd30

PVe48

PVe28

RLe3

LVd43

LVd43

RLd2

CXd10

RLd1

RLd1

LVAd4

JUIZ DE FORA

LVAd28

R
n

PVe7

LVdf6

LVd10

RLd11

LVdf6

AR1

CXd140

CXd68

I
d
LVAd2

LVd43

RLd2

e
RUe3

CXe1

CXe1

LVAd109

LVe4

AR5
LVe1

LVe1

RLd2

LVd43

RLd2

LVd43
LVAd109

CXe7

LVe1

PVe28

LVd43

CXd10

R
i
LVdf6

PVAd8

LVAd28

O
CXd6

o
CXe2

LVd43

LVd43
RLd2

LVd43

PVd3

RLd1

LVdf15

LVAd58

LVAd19

LVAd118

Y
o

CXd127
R

SNo1

CXe1

LVAd109

CXe1

LVAd30

LVAd2

RLd2

PVAd35

RLd1
LVd43

LVd43

PVd3

RLd2

LVd43

CXd10

RLd11

LVd16

RLd11

S
LVd19
i

CXd6

PVd3

CXd6

LVd16

LVAd37

CXd127
LVd68

LVAd28
o

LVAd2

PVAe51
RLd5

CXd6

LVd43

LVAd48

LVd23

LVd23

LVAd4

LVAd28

PVd7
t
V

LVAd2

LVAd30

LVAe1

RLd29

AR1

LVAd147

LVAd147

RLd2

LVd43

Y
RLd2

CXd128

LVAd84

LVAd20

i
o
e

LVAd2

LVAd2

LVAd2

RLd31

PVAe51

o
RLd2

AR2

AR1

PVd1

RLd2
r d

PVAe37

LVAd59

PVAd22

RLd11

ITABIRA

CXd128

R
LVAd2

CXe3

RLd5

PVAe32

RLd5

PVAe51

AR1

CXd19

RLd2

LVAd147

LVd43
LVd43

AR1

Y
AR1

LVAd23

LVe9
e

RLd5

PVAe37

RLd5
CXe10

RLd5

LVAd2

RLd31

RLd2

CXd40

LVAd147

PVAd7
PVd1
AR1

RLd1

RLd2
P e

e
R

q
LVe9

JOÃO MONLEVADE

LVd19

LVAd15

b
a

PVd10

43°
N

LVAd4

O
o
43°

LVAe3

LVAd31
CXe3

LVAd124

LVAd124

RLd2

LVAd124

CXd19

u
i

o
i
LVd43

LVAd22

RLd11

LVAd14
q

RQd5

LVAe1
CXe3

RLd5

LVAe1

CXe3

CXe11

LVe11

PVAd35

PVAd35

LVAd147

CXd118

t
i
RLd2

RLd2

LVd43

LVAd37

LVAd9

CXd75

LVAd15

LVAd28
v
u

PVAe21CXe3

n
LVe7

PVAd5

LVd43

PVd4

LVAd22

R
i

LVAd14

LVAd13

o
PVAe2

e
CXe3

LVe7

LVe7

CXe3

AR1

R
PVAe7
n

CXe3

RLd45

RLd2

LVd10

i
o

LVAd63

CXe3

LVe7

LVAd82

o
PVAe45

RLd27

LVd43

LVd43

LVd43

LVd43

PVAd5

PVe11

CATAGUAZES

LEOPOLDINA

A
R

23°
o
n
CXe10

RLd27

RLd27

RLd5

RLd2

LVAd165

LVd43

LVd43

h
n

a
A
PVe11

r
t
RLd5

RLd27

CXd6

LVd43

CXd77

a
LVAd13

LVAd20

A
RLd2

LVd43

PVd1

RUe5
ç

e
n

LVAd13
PVAe21

RLd27

RLd2

RLd39

LVAd165

LVAd76

Y
Y

LVAd17

Í
PVAe21

RLd5

RLd16

LVAd145

LVAd6

LVe10

LVAd29

n
i

PVAd22

D
i

LVd43
LVd43

RLd2

PVAd5

PVAd7

LVd17

TIMÓTEO

LVAd56

LVd56

LVAd12

D
t

o
LVAd6

LVAd6

RLd16

LVAd32

RLd2

PVd1

LVAd23
PVe3

LVd10

c
LVAd12

A
LAd2

e
RUe5
Y
CXe11

RUe4

CXd31

LVAd145

RUe4

LVAd6

LVAd6

LVAd165

CXd6

PVAd5

LVd43

R
CXd29

CXd6

LVAd10

LVAd8

E
D
LAd5

LAd2
LVAd145

LVAd6

LVAd6

PVAd4

LVAd46

PVe63
CXd31

LVAd32

i
o
LVd88

LAd2

LVAd58

AR3

LVAd33

MURIAÉ

PVAe2

O
RLd16

LVd43

PVe3

PVe30

PVe22

LVAd22

r
a
CXe11

CXd31

LVAd6

RLd16
LVAd6

LVAd145

RLd5

LVAd6

LVd43

PVe56

PVe3

PVe24

IPIRANGA
a

PVe17

PVe35

LVAd17

RLe8
Y
n
LVd43

LVd43

PVAd4

ç u

d
LVAd31

PVAd41

PVe3

PVe13

LVd43

PVe15

PVe15

PVe24

LAd2

PVe6

LVAd19

LVAd17

RUe9

S
PVd10

U
CXd31

LVAd6

CXd31

LVe6

LVd88
RUe4
LVAd6

PVe32

PVe55

LVAd46

LVAd23

PVe24

LVAd22

LVAd10

PVe17

PVe17
i

LVAd19
CXd31

CXe13

CXe16

PVe32

LVd43

PVe33

LVd43

PVe3

PVe24

GARATINGA

PVe26

LVAd53

LVAd12

L
PVe22

LVAd10

PVe31

LVAd8

LVAd52

AR3

LVAd8

PVe68

AR3

RLd37

RLd37
RLd5

LVAd6

LVAd6

CXd29

P
CXe16

PVe32

RLd35

PVAd41

PVAd58

LVAd44

LVAd22

PVe15
LAd10

PVe3

PVe26

AR3

LVAd77

LVAd33
a

LAd10

PVAd58

LVAd46
PVe13

PVe42

PVe22

PVe22

PVe15

PVe15

PVe6

PVe31

Y
LVAd6

RUe4

CXd29

RLd55

RLd35

PVAd41

LVd43

PVe58

PVe31

GOVERNADOR
VALADARES

LVAd60

LVAd8

42°
CXd31

CXd29

LVAd17

J
LVAd6

LAd10

LAd10

LVAd99

LVAd41
o

LVAd6

CXe13

CXe27

LAd10

PVAd30

LAd10

PVAd58

PVe3

PVe33
PVe42

PVe42

LVd43

LVAd14

PVe21

PVe6

PVe31

PVe15

PVe6

PVAd23

LVAd157

PVe35
PVe6

A
RLd44

LVAd41

PVAd51

PVe31
PVe3

PVe79

PVe21

LVAd16

R i
CXd80
LAd8

PVe49

PVe6

r
42°

RLd28

LVAd7

PVAe1

PVAe1

PVAe1

PVe31

PVe46

PVAd63

PVe73

LVAd8

LVAd70

N
a

PVe36
LVAd65

CXd120

PVe49

CXd120

PVe76

LVAd61

LVAd61
LVAd55

LVAe5

PVe59

LAd8

LAd8

LAd8

PVe36

PVe36

PVe12

LVAd105

PVe12

PVe12

LVAd16

LVAd90

RLe10

E
PVe36

PVe21

n d

PVe53

PVAd23

RLd51

CXe19

M
a n
CXd100

I
LVAd6

CXd107

PVAe15
PVe49

LVAe5

LVe6

LAd8

LVAd161

LVAd78

PVe70

u
h
a
e

PVe70

PVe37

LVAd87

PVe52

PVe12

ç a
u
PVe78

CXd113

CXd100

LVAd16
MAPA DE SOLOS DO ESTADO DE

LVAd65

PVAe1
PVAe1

LVAd65

PVAe16

CXd46

PVAe23

PVe46

LAd8

LVAd72

LVAd116

LVAd18

LVAd73

LVAd18

PVe69

LVAd126

LVAd125

R
CXe19

PVe70

o
R i
CXd123
PVAe1

PVAe33

PVAe34

O
LVAe4

CXd47

LVAd101

PVe36

PVAd67

é
s
LAd1

PVe23

PVe20

PVe12

J o
LVAd126
PVAe1

PVAd12

LAd1

LVAd163

LVAd16

LVAd72

AR2
LVAd16

PVe37

R
LVAd157

i
o

LVAd151

PVe71
LVAd7

LVAe4

LVAe4

LAd1

LVAd61

PVe75

LVAd116
AR2

PVAe15

LVAd171

PVe18

LVAd151

LVAd93

RLd46

P
CXe19

e
PVAe1

PVAe1

LVAd7

PVAe1

CXe26

LAd1

LVAd146

PVe65

PVe18

RLd13

RLd50

PVe29

RLd53
r
R

PVAe5

PVAd36

LVAd125

LVAd61

LVAd125

PVAe59

PVAd61
PVAd12

LAd1

LAd1

PVAd34
PVAe1

LVAe4

LAd1
i

LVAd125

AR2

PVAd61

PVAd23

AR7

LVAd126

RLd13

LVAd141

LVAd157

PVe25
PVe88

LVAd125

LVAd159

LVAd81

CXd124
LAd1
B

PVAe1

LVAd102

LVAe4

PVAd12

LAd1

AR2

TEÓFILO OTONI
PVAd63

LVAd96

PVe38

PVAd61

o
c
e
LVAd126

R
i

LVAd9

PVe40

CXe6

LVAd94
SNo2

LVAe4

LAd1

o
PVe75
A

PVAe50

LAd1

LVAd116

PVe38

LVAd113
AR6

LAd1

LVAd85

PVAd36

PVAe4

PVe38

LVAd89

PVAe15

PVe64

PVe47

LVAd53

RLd50
H

SNo2
MINAS GERAIS

PVAe1

LVAd7

LVAd100

PVAd6

PVAd6

PVAd66

GXd7
LVAd9

GXd7
LVAd69

PVAe16

PVAd37

PVAe19

PVe43

PVe61

RLd13
PVe69
PVAe31

PVe50

PVe29
AR8

PVe84

LVAd16

LVAd16
S
I

PVAe10

LAd1
SNo2

SNo2

LAd1

LAd1

PVAd59

GXd7

LVAd18

PVAd63

LVAd73
AR2

AR2

AR2

LVAd36

PVAd16

PVe29

LVAd126

RLd13

PVe49
ã

LVAd85
A

PVAe1

LVAd100

LAd1

LVAd9

PVAd19

LVAd96

PVAe20

AR2

LVAd36

PVe72
LVAd69

PVAd59

LVAd92

LVAd96

LVAd36

CXe28

PVe50

PVe29

CXe29

PVAd23

CXd124

41°

F
LVAd154

AR2

M
u

PVe16
LVAd34

PVAe43

LAd1

i
LVAd67

c
r

PVe87

PVAd55
u

LVAd18

PVe43

LVAd73

CXe6

PVAe54

CXe24

PVe82

PVe84

a
o

n
PVe19

PVAd59

LVAd116

LVAd101

PVe45

PVe46
PVAe31

PVAe31
c i

LVAe2

LVAe2

PVe87

PVAd66

í
RLd51

LVAd68

LVAd92

LVAd97

CXe29
41°

PVAe1

PVAe17

PVAe47

PVAe43
LVAd34

s c

PVAe47

LVAd61

PVAd74
LVAd66

PVAd54

PVAd75

PVe85

PVAd16

PVAe8

GXd7

AR2
o

LVAd34

PVAd64

LVAd25

E
PVAe43

PVe90

PVAe49

LAd3

GXd7

PVAd73
PVe34

RLd51

PVAd54

LAd7

PVe19

S
14°

LVAd103

PVAe60

RLd51
LVAd114

P
PVe29

PVe34

LVAd87

LAd7

PVe86

LVAd54

LVAd18
LVAd111

PVe29

PVAe49

LAd4

LAd3

LVAd25

Í
LVAd69

PVe34

GXe1

LVAd18

I
R
T
PVe4

J
O
e

RLd51

PVAe46

LVAd68

PVe29

PVAe49

PVe29

LVAd54

GXe1
PVe34

PVe34

PVAd23

LVAd108

RLd56

LVAe6

LAd11

AR2
u

PVAe46

PVAe22

LVAd9

PVAe8

PAd
i
t

PVAe44

LVAe7

LVAd167

LVAd110

AR7LVAd89

GXd7

LVAd25

A
S
PVAe56

N
i

O
T
AR4
n

AR4

LVAd134

PVAe29
h

PVe66

PVe66

PAd

PVe66
PVAe61

PVAe56

PVe62

LVAe3

AR4

AR4

PVAe26

LVAd107

LAd6

PAd
PVAe36

LVAe3

n
h
PVAe3

PVAe3

PVAe3

LVAe6

PVAe8

PVe66
LVAe1

PVAe8

40°
PVe62

PVAe41

LVAd155
PVAe8

LVAd143

LVAd143

LVAd95

LVAd55

PVAe29
PVAe3

PVAd23
40°

PVe91
MT

PVe91

PVe74

LVAd170

PVe86
MT
14°

15°

16°

17°

18°

19°

20°

21°

22°
20
CLASSES DE SOLOS

ARGISSOLOS

CHERNOSSOLOS

MT - CHERNOSSOLO ARGILÚVICO

ESPODOSSOLOS
LEGENDA SINÓTICA

PAd - ARGISSOLO AMARELO Distrófico

PVAd1 a PVAd75 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

PVAe1 a PVAe62 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico

PVd1 a PVd10 - ARGISSOLO VERMELHO Distrófico

PVe1 a PVe91 - ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico

CAMBISSOLOS

CXd1 a CXd144 - CAMBISSOLO HÁPLICO Distrófico

CXe1 a CXe29 - CAMBISSOLO HÁPLICO Eutrófico

Eko - ESPODOSSOLO HUMILÚVICO

GLEISSOLOS

GMd1 a GMd3 - GLEISSOLO MELÂNICO Distrófico

GXd1 a GXd144- GLEISSOLO HÁPLICO Distrófico

GXe1 a GXe2 - GLEISSOLO HÁPLICO Eutrófico

LATOSSOLOS

LAd1 a LAd11 - LATOSSOLO AMARELO Distrófico

LVAd1 a LVAd174 - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

LVAe1 a LVAd7 - LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico

LVd1 a LVd98 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico

LVdf1 a LVdf22 - LATOSSOLO VERMELHO Distroférrico

LVe1 a LVe12 - LATOSSOLO VERMELHO Eutrófico

LVef - LATOSSOLO VERMELHO eutroférrico

LVj1 a LVj2 - LATOSSOLO VERMELHO Perférrico

NEOSSOLOS

RLd1 a RLd58 - NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico

RLe1 a RLe11 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico

RQd1 a RQd13 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Distrófico

RQg - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico

RUd1 a RUd2 - NEOSSOLO FLÚVICO Distrófico

RUe1 a RUe9 - NEOSSOLO FLÚVICO Eutrófico

NITOSSOLOS

NVe1 a NVe8 - NITOSSOLO VERMELHO Eutrófico

NXe - NITOSSOLO HÁPLICO Eutrófico

PLANOSSOLOS

SNo1 a SNo2 - PLANOSSOLO NÁTRICO Órtico

PLINTOSSOLOS

FFcd1 a FFcd2 - PLINTOSSOLO PÉTRICOS INDISCRIMINADO

Distrófico

FXd - PLINTOSSOLO HÁPLICO Distrófico

VERTISSOLOS

V - VERTISSOLO

TIPOS DE TERRENOS

AR1 a AR9 - Afloramento de Rocha

Sinais Convencionais

AUTORIA:
20

Elipsóide SUL
40
N

2005

Projeção POLYCÔNICA
Unidade METRO

Articulação das Folhas

Rio duplos

Rio simples
Escala 1:250.000

Lagoa/ Represa

Ilha

Fernando Cezar Saraiva do Amaral

Digitalização/ criação a partir de levantamento

EMBRAPA/RADAN, utilizando-se programa GIS.


8
60

ESCALA: 1:1 250 000

AMERICAN1969

Parâmetros
longitude: -45 00
latitude: -19 00
80

Área urbana

Rodovias
100

Limite entre Unidade

de Mapeamento

DIGITALIZÃO, EDITORAÇÃO E

REVISÃO CARTOGRÁFICA DIGITAL:

José Silva de Souza


Claudio Edson Chaffin

Mario Luis D. Aglio


Km

Laboratório de Geoinformação
51° 14° 50° 49° 48° 47° 46° 45° 44° 43° 42° 41° 40°

14°

LEGENDA
B A H I A

Nível A

2abc ::
2(b)c

2abc 1abC III


MAPA DE APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS Baseado em práticas agrícolas que refletem um baixo nível tecnológico; praticamente
- - - - - - - - - - -

2ab(c) ::
1Abc
- - - -
não há aplicação de capital para manejo, melhoramento e conservação das terras e

DO ESTADO DE MINAS GERAIS


2abc ::
4(p) 5(s) - - - - -
- - - - - - das lavouras; as práticas agrícolas dependem do trabalho braçal, podendo ser utilizada
4p 2(b)c
4(p)
2abc
- - -
alguma tração animal com implementos agrícolas simples.
- - - -

5(s) 2(a)bc Nível B


2(a)bc III 2abc
4p 4(p)
- - - - - - - - - -
2(b)c 2(b)c Baseado em práticas agrícolas que refletem um nível tecnológico médio; caracteri-za/se

R
2abc ::
3(bc) - - - - - pela medesta aplicação de capital e de resultados de pesquisas para menejo, melhora-

i
2(a)bc
V e r d
2(a)bc o
2(a)bc III V i o e
- - - - - - -
4(p)
e r R P e mento e conservação das condições das terras e das lavouras; as práticas agrícolas
4p 2(b)c d q u
3(bc) - - -
- - - 2abc e
4p 1Abc
G r estão condicionadas principalmente à tração animal.

e
- - - - n

s c o
2abc ::
a
4(p) 1Abc o
2(a)bc
- - - 1Abc - - - - - n 3(abc) ::
4(p) 5(sn) 2(b)c - - - -
5(sn) - - - - 1abC III
- - - - - - 5(sn) 1Abc Nível C

d
- - - -
- - - -
2(b)c 4(p)

a
6 - - - -

e
5(sn)
h Baseado em práticas agrícolas que refletem um alto nível tecnológico; caracteriza-se

i
4p - - - - 4(p)
4(p)

c
3(bc) n - - -
4(p)
2(b)c - - - - 2(b)c III a 2(b)c
2(a)bc - - -
pela aplicação intensiva de capital e de resultados de pesquisas para manejo, melho-

n
- - - - - - 3(bc)
2(a)bc 2(b)c r i h - - - - - 4(p)
n - - - 1Abc
- - - - -

r a
2(b)c 5(sn) 2ab(c) ::

a
5(sn)
- - - - 4p
2abc :: 1"Abc
- - - -
2abc :: 2abc :: ramento e conservação das condições das terras e das lavouras. A motomecanização

C
2(a)bc - - - - -
- - - - - - - - 4(p)
4(p) 2abc

F
2(b)c
2(a)bc III
2(a)bc III
- - - - - - -
2abc
4(p)
- - - 2abc ::
2abc :: está presente nas diversas fases da operação agrícola.
4p - - - - - - - 3(bc) 2(b)c - - - - e 2abc :: - - - - -
2(b)c 5(sn) 2abc
4p 5(sn) - - - - 2(a)bc 2abc ::2ab(c) ::
- - - -

d
- - - - - - - - 6 - - - - - 2(b)c - - - - -
2abc
2(a)bc III

R
2(a)bc III 2(a)bc - - - -

n
2(a)bc 2(a)bc - - - - - - - 3(bc) - - - - - - - - - - - - 3(bc)
- - - - - 3(bc) 2abc ::
15°

i
2(a)bc
o o 2(b)c 1abC III 2(b)c
Simbologia correspondente à aptidão agrícola das terras

a
- - - - -
15° - - - - - - 2ab(c) ::

i
2(a)bc 2(b)c 2(a)bc 3(bc) 2(b)c 2abc ::

r
4(p) 2(b)c R 2(b)c 4(p) 2ab(c) ::
3(bc) - - - - - 3(bc) - - -
3(bc)

G
- - - - 2(a)bc 5(sn) 2(b)c
3(bc) - - - - - 2(a)bc III 2abc :: 4(p)
- - - - 2(a)bc - - - - - - -
2(a)bc III - - - - - - - 2(b)c - - - - -
- - - - -
4(p)
- - - - - - -
2(a)bc 2(b)c 2(b)c 4(p) CLASSE
TIPOS DE UTIZAÇÃO
1Abc 2(a)bc 5(sn) 1Abc 2abc 2abc - - - - -
2(a)bc III 2(b)c - - - - 2(b)c
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2abc 2(b)c
2(a)bc 4(p) - - - - 1"Abc

P
2(b)c
2(a)bc 4(p) - - - - - DE
- - - - -
4(p) 2(b)c 3(bc) - - - - -
PASTAGEM PASTAGEM
4(p)

i
2(a)bc 3(bc) 2(b)c - - - 1abC III 6
4(p)
4p - - - - -
2(b)c
- - - - - -
3(bc) 3(bc) APTIDÃO LAVOURAS SILVICULTURA
2(a)bc
B A H I A NATURAL

r
2(a)bc ::
PLANTADA

e
2(b)c 1Abc
- - - - 2abc ::
5s 2abc 2abc :: 2(a)bc

a
2(b)c AGRÍCOLA

d
3(bc)
2(b)c 5(sn) - - - 3(bc) - - - - - - - - -
4(p) - - - - 3(bc) 5(sn) 2(a)bc
- - - - 2(a)bc - - - -

t
3(bc) III 3(bc) - - - - - - - - - - - - - -

r
2(b)c 2(a)bc
3(bc) R - - - - 5(sn) 4(p) NÍVEL DE MANEJO

i
3(bc) 2(a)bc - - - -
- - - - 2(a)bc 2(a)bc III

e
- - - - - - - - - 3(bc) III
- - - - -
5s - - - - - - -
5(sn) 2a(bc) 2(b)c Nível de Manejo B Nível de Manejo B Nível de Manejo A

n
- - - - 2abc
- - - - - - - 2abc
o

V
2(a)bc C
2(b)c
5(sn)
2(b)c
- - - -
2(b)c 3(bc) A B
4(p) 2abc

g a
2(b)c - - - - 1Abc 2abc ::
6 2(b)c 2(a)bc o 2(a)bc :: 2(a)bc 1Abc 3(bc) 1abC III - - - -

U
2(a)bc 3(bc) 3(bc) 2(b)c
- - - - - 2(b)c - - - - 3(bc)
- - - - 2(b)c 2(b)c - - - - - - - - - - -

ã
r
- - - - 2(a)bc :: 2abc 2abc
2(a)bc 5(s) 2(b)c - - - - - - - - BOA P N

S
A B C S

u
- - - - - 1abC III 4(p)
3(bc) 2(a)b
- - - - g 2(b)c 2(a)bc III - - - - - - 2ab(c) ::
3(abc) - - - 1abC III
- - - - - -
2(a)bc 4(p) u 2(b)c 5(sn) - - - - - - - 1*A bc - - - - - 2ab(c) :: 5(s)
- - - - - a 2(b)c 2(b)c - - - - 4(p) 2(a)bc :: - - -
a c p s n
3(bc)
2(b)c 2(a)bc
- - - - -
2(b)c 4(p)
2(b)c
2(a)bc
2(a)bc 2(b)c - - - -
2abc
- - - -
REGULAR b

í
3(bc) 2(b)c - - - - -
4(p) 2ab(c) :: 2(b)c

R
2(b)c 5s - - - 1abC III 2(b)c
- - - - - - 1"Abc
2(b)c - - - 2(b)c 1abC III 2(b)c
2abc - - - - - - - - - - - 4(p)

i o
2(b)c
2(b)c 2(b)c - - - - RESTRITA (a) (b) (c) (p) (s) (n)

i
2(b)c
2(b)c
2(a)bc :: 2abc :: t o 2abc
2(b)c

o
2(a)bc 4(p) 5(s) 2abc :: - - - - - 2(a)bc r - - - -
2(b)c - - - 2abc 2abc

R
- - - - - 2(a)bc - - - - - a - - - - - - - -
4(p) 2(b)c 3(bc)
2(b)c
- - - - -
3(bc)
- - - -
5(s) 2(b)c - - - -
4(p)
INAPTA

P
4(p) 2(b)c 2abc
3(bc) - - - - 2(a)bc III - - - 2(a)bc III 2abc 3(bc)
2(b)c 2(a)bc III - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- - - - 2(b)c 3(bc) III - - - - - - - 4(p)
- - - - - - - - - - 2(b)c 2(b)c 2abc
2(b)c 2abc :: - - - - - - - 2(b)c 2(a)bc
6 3(bc) III
5(sn)
- - - - 5(s)
2(b)c - - -
- - - - 2(b)c 2(b)c 2(b)c 2(a)bc
3(bc) 3(bc) III o 2abc 2ab(c)
5(sn) - - - -
2(a)bc - - - - 3(bc) III i 2(a)b - - - - 2abc - - - - -
3(bc) - - - - 2abc
- - - - - 2(b)c 2(a)bc - - - - - - 2(a)bc :: - - - -

R
3(bc) III - - - - - 2(b)c 4(p) 2(a)bc ::
3(bc) 3(bc) III 2(b)c 2ab(c)
- - - - 2(a)bc III 2(b)c
5s - - - 2abc :: 4p
3(bc) III - - - - - - - 2(b)c 2(b)c - - - 4(p) 2abc - - -
3(bc)
- - - - 5(sn) 2ab(c) ::
3(bc) 2ab(c) - - - - 2(a)bc
1ABC
GRUPO 1- Aptidão boa para lavouras em pelo menos um dos níveis de manejo A, B ou C .
4p - - - - 2(b)c - - - - -
4p 4(p) 3(bc) III 5(s) 2(b)c 2abc :: ã o - - - -
2(a)bc 5(s) - - - - 2(b)c 5(s)

F
- - - - - - 1*A bc 2(b)c 2(b)c - - - - - - - -
S Subgrupos:
2(a)bc lll 2(a)bc 3(bc) r
- - - - - - - - - 2(b)c 2ab(c) 2ab(c)
2(b)c 5(sn) 2abc 2abc :: 4(p) 2abc
2(b)c - - - - 2(b)c - - - - - 2(a)bc - - - - -

a
- - - - - - - - - 2(b)c - - - - 2(a)bc 2"(a)bc
2abc 3(abc) 2(b)c 2abc 2abc 4p
c i
4(p) 2(b)c - - - - - 2abc
5(sn) 2(b)c s c - - - 1ABC - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo A,B e C.

n
4p - - - - - - - - - - - - - - - -
2(b)c 4(p) o 1Abc
3(bc) 3(bc) III 4(p) 5(s) 2a(bc) 2abc 2ab(c)
3(bc) - - - - - - 2(a)bc 2abc :: 5(s) o
- - - - - - - - - 2abc - - - - - 3(bc) - - - - - - - - - 4(p) - - - i
- - - - 4p
2(b)c 3(bc) 1abC III 2(b)c 2(a)bc
- - - - -
2ab(c) 5(s) 2ab(c)
2ab(c)
- - - - - 2(b)c - - - 1abC 1aBC - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras nos níveis de manejo B e C e
- - - - - - - - 5(sn) 2(b)c - - - - - - - - R 1abC 1abC 1abC
2(b)c - - - - - - 6 2(a)bc 2(a)bc
e - - - - - 2ab(c)
- - - - - - - - - - 2ab(c) regular no nível A.
2abc 2ab(c) 5(s)
3(bc) 2(b)c 16°

d
2(b)c III 2a(bc) 4p 4(p)
- - - - 2(b)c 2a(bc) - - - 2a(b) =
- - - - - - - - - - - 2ab(c) - - -
16° - - - - -

a n
5s 2ab(c)
3(bc) 4(p) R i 4p 4(p) - - - - - 3(abc) q
2(a)bc 1Abc - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras no nível de manejo A e regular
- - - - 2(b)c
o 4(p) - - - 2(a)bc 4(p) e u 4(p)
2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc i
2(b)c 4(p) - - - - - U r
u 4(p) - - - - - - - - - -
- - - - - 2(a)b(c) t i n h o n 2a(b) =
- - - - - -
- - - nos níveis B e C.

J
2(b)c 3(bc) 2abc h
4(p) - - - - a 1Abc

r
2(b)c 5(sn) 2ab(c)
5(sn)

g
2(a)bc 2(a)bc 2ab(c)
5(sn) 2(a)bc
u - - - - - 3(abc) 6 2abc 2(a)bc 1abC - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras no nível de manejo C e regular

G
3(bc)
- - - - 5(sn) a 3(b) 2abc 4(p)
3(b) - - - - 2(b)c 3(ab) =
4(p)
í 5(s) - - - - - - 3(ab) =
- - -
2ab(c)
2(a)b(c) nos níveis A e B.
- - - 2(a)bc 2a(b) =
6 - - - - - - - - - - -
4(p) 5s 4(p) 2abc
2abc 2(b)c 3(b) 2abc :: 2a(b) =
2(a)bc III 1abC III 3(ab) = 2(b)c 5(s) 6

u z
- - - - 3(bc)
- - - -
- - - - - - -
2(a)bc 5(sn)
3(b) - - - - - - 3(ab) = 2(a)bc 1Ab(c) - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para lavouras no nível de manejo A, regular
4(p) - - - - - 4(p) 4(p) 2ab(c)
2ab(c)
2(a)b(c)
5(s) 2abc 2a(b) = no nível B restrita no nível C.
2(b)c 2(b)c 4(p) - - - - - - - - - -
- - - - 3(bc) 5(sn) 5(sn) 2abc 2(a)bc 2(a)b(c) 6
6

C r
- - - - - - - - - - - - -
4(p) a(b) = 6
2a(b) = 2a(b) =
2(a)bc - - - - - - -
4(p) 4(p) GRUPO 2- Aptidão tegular para lavouras em pelo menos um dos níveis de manejo A, B ou C .

s
5(sn) 2ab(c) 6 - - - - - -
3(bc) - - - - - - - - 5(sn)

e
- - - - 3(b) - - - - - 2(a)bc 5(n) R
5s

o
- - - - - 2abc

R
2ab(c) 2(a)b(c)
2(a)bc Subgrupos:

d
o - - - - 2abc ::

i
2(a)bc 2(b)c 5(s) 6 5s
- - - - -

a r c
2(a)bc

i
- - - - - 5(sn) 2abc 5s 3(ab) = 2(a)bc
3(bc) - - - - - 2abc 2(a)bc 2abc
5(sn)

o
- - - -

r
- - - - 4(p) 3(b) 5s 3(abc) - - - -

a
- - - - 2(a)bc 2ab(c)
5(n) 5(n)
t 4(p) - - - - - 2(a)bc 3"(abc) 2 abc - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos nÍveis de manejo A, B

V e
2(a)bc n 2(b)c - - - 2abc
2(b)c - - - - - 6
2(b)c 4(p) - - - - - a 2(a)bc 2(a)bc 2(b)c - - - -
3"(bc) 4(p) 1abC III
M
- - - - - S - - - - - -
- - - - -
2(a)bc
- - - - - 2(b)c 2abc ::
2abc
- - - -
e C.
6
3(bc) 2(a)b(c) 6 3(ab) = 1aBC 5s
2(a)bc III 2(a)bc 2ab(c) - - - - -
- - - - - - - 2(a)bc 2abc :: 5(n) 3(ab) =
4(p) 3(bc)
- - - - - - - - - - 2(a)bc 5(sn) 5(n) 2ab(c) 2(a)bc - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos níveis de manejo B e
2(a)bc - - - - - - - - - 2abc ::
4p - - - -
i o 2(b)c 3(ab) = 3(ab) = - - - - - 6 3(ab) =
R 2(a)bc III 5(sn) 2(a)bc
- - - - - 5(s)
3(ab) =
2(a)bc
5(s) 2(a)b(c) 2(a)bc C e restrita no nível A.
4p 2(b)c 5s 1aBC
2(a)bc III - - - - - - - 2abc ::
- - - - - - - 4(p) 2(b)c - - - - -

Y
4(p)
2(a)bc
- - - - -
2(a)bc
- - - - - 2abc MONTES CLAROS 2(a)bc 5(n) 2abc :: 2(a)b(c) 6 2ab(c) - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos níveis de manejo A e
1abC III - - - - 3(bc) - - - - - 2ab(c) ::
2(a)bc - - - - - - 3(b) 3(b) 4(p) 4p 2ab(c)
2(a)bc 2abc III
2(b)c - - - - -
2(a)bc ::
3(ab) =
- - - - -
5(n) 2ab(c)
2ab(c)
- - - - - B e restrita no nível C.
2(b)c 2abc :: 2ab(c)
2ab(c)
4(p) 3(ab) = 2abc :: - - - - - - - - - - 3(ab) =
2(b)c 4(p) 4(p) 2(a)bc - - - - - - - - - - 2(a)b(c) - - - - - -
2(b)c - - - 4(p)
2(a)bc 4(p) 2(a)bc
- - - - -
2(a)bc 2(a)bc 2a(bc) - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras no nível de manejo A e
4(p) - - - - - 2abc :: 2(a)bc

P
2ab(c) 5s
restrita nos níveis B e C.

o
r 2(b)c 4(p) 5s

o
3"(abc) 3(b) - - - - - 2(a)bc

u
2(b)c - - - - 3(ab) =
2(b)c
4p - - - - 2(a)bc 3(abc)

e
2ab(c) 2(b)c

c
4(p) - - - - -

i
t
4(p) - - - - - 4(p) 2(a)bc 2ab(c)
- - - - - - - - 2a(b) = 2(a)b(c)

t
o - - - - - - 2abc 3(abc) 2(a)bc 2(a)b(c) - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras no nível de manejo B

R
2(b)c 5(sn) 3"(abc)
2(a)bc a

i s
- - - - - - - - 3"(abc)
2(a)bc
a c
- - - - - - - - - 6
- - - - - r 6 2(a)bc 5(sn) 2ab(c) ::
5s 3(abc) 3(abc) e restrita nos níveis A e C.

o
2(a)bc - - - - - - - - - 4p

a
2(b)c c 2(a)bc - - -
2(b)c 2a(b) =

a
2(b)c

ã
- - - - -

P
- - - - - - - - 5s 5s 4p

n
2(b)c
3(bc)
- - - - 2(b)c 5(n) 2abc :: 2(b)c 2(a)bc - - - 2(ab)c - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras no nível de manejo C e

S
2(b)c 5s 2(a)b(c)

h
- - - - 2(b)c 2(a)bc
2(b)c
- - - -
a
2(b)c - - - - 4(p) 3(bc)
5(n)
5(n) restrita nos níveis A e B.
4(p) 1abC III 2(b)c - - - - - - - n 2(a)bc 2(a)bc lll

r
- - - - - - - - - - 3(b) 4p 2(a)bc 2ab(c)
4(p)
- - - - - n h o
4(p) - - -
2bc - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras nos níveis de manejo B e C

F
- - - 2a(b) =
2(b)c 2(b)c 3"(abc)
3(b)

i
- - - - - - - - - - - - - -
2ab(c) 2a(bc)
17° e inapta no nível A.

t
4(p) o 2(a)b(c)

i
2(b)c
17°

u
2(b)c 2(b)c 2(a)bc i 2(a)b(c)
2(b)c 2(a)bc 2a(b) =

R
- - - - - - - - -
R
2(a)bc
- - - - - - - - - -
2(a)bc u 1abC 2(b)c - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras no nível de manejo C, res-

q
- - - - - 2(a)bc 5(n) - - - - -
2(a)bc 2(a)bc i - - - - - ç 4(p)
- - - - - - - - - - o
2ab(c) 2(a)b(c) trita no nível B e inapta no nível A.

e
- - - - - 2(a)bc - - - - - -

a
2(a)bc 2(a)b(c)
- - - - - - - - - - 2(a)b(c) - - - - - -
4p u 4(p) J

r
- - - - - -
1abC III 2a(b) - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para lavouras no nível de manejo A, res-

t
4(p) 2(b)c
- - - - - - 2(a)bc 2(a)bc
o a

A
2(b)c J e - - - - - - - - - -
c o 2(b)c 4(p) = 5s trita no nível B e inapta no nível C.
- - - - 2(a)bc q

R i
4(p) 3(bc) - - - -
- - - - - 4p

ã
a
2(b)c - - - 2(a)bc

u
4(p) 3(b) 2(a)bc 3(b) - - - - - 2a(b) =
5(s)

S
2(b)c 2(b)c i 4(p) 2ab(c)
- - - - -

r
2ab(c) 6 - - - 6

o
2(a)bc
- - - -
3(ab)
- - - -
- - - - - 2ab(c) 5(sn)
2(b)c - - - GRUPO 3- Aptidão restrita para lavouras em pelo menos um dos níveis de manejo A, B ou C .

t
a
- - - - - 2(b)c - - - - - - - - - - - - - 2(a)bc lll

n
- - - -

a
2(b)c 4p 2(a)b(c)
4(p) o - - - 4p 3(ab) = 6 Subgrupos:

P
4(p) - - - 6

í
2(a)bc

S
3(ab) 2(b)c 6 - - - - - 4(p)
1abC III
- - - -
2(b)c
2(a)bc
- - - - - - - - - - - 5(sn) 5(n) 6 3(abc) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis de manejo A,
4(p) 2(b)c 3(b) - - - - 6
2(b)c 2(a)bc 2"(a)bc
- - - - 4(p)
- - - 2(b)c 2(a)bc - - - - - 5(s) B e C.
2(b)c 2(a)bc
- - - - -
4(p) - - - - 4p 6 3"(abc)
2(a)bc 4(p) 2ab(c)
- - - - - 2(a)bc 4p 3(ab) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis de manejo A e
G O I Á S 2(a)bc
R 3(ab)
- - - -
4(p)
2(b)c 2(a)bc
- - - - -
3(bc) - - - - -
o 4(p)
- - -
3(ab) =
6 4(p) =
- - - - 2(a)b(c) 2"(a)bc B e inapta no nível C.

R
2(a)bc 2(a)bc

o
- - - - - - - - 6 3(bc) 2(b)c - - - - - - - - - - - - - - - - u

i
2(a)bc o 4(p) 2(a)bc 3(bc)
i
- - - 2(b)c - - - - - M

R
4(p)

o
2(b)c 5s 3(bc) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras nos níveis de manejo B e

c
i
2(b)c 2(a)bc 6 2(a)b(c)
o 4(p) i - - -

R
6 3(bc) - - - - - 2(a)bc 3(ab) = 4(p) u
2(b)c

o
- - - - - - - - - - - -
d 2(b)c III 2(b)c 4(p)
- - - - - 4(p) 4(p) = 5s 2(a)bc lll r
í
C e inapta no nível A.
- - - - - - R - - - -
- - - - 3(bc) - - -

i o
2(b)c 2(b)c 2(a)bc 6 2(a)bc 2"(a)bc
3"(abc)
2(a)bc - - - - - 3"(abc) - - - - - 2ab(c) 3(b) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para lavouras no níveL de manejo B e nap-

o
2(a)bc - - - - - 3(ab) =
4p 2(a)bc 2(a)bc - - - - - - - - - - -
- - - - - 4(p) - - - - - - - - - -
2(b)c 4(p) - - - 4(p) ita nos níveis A e C.

R
2(a)b(c)

i
- - - 2(a)bc 2(b)c 3(b) 6 2a(b) =
4(p) 2(b)c 3(bc) - - - - - 5(s)
4(p) 4(p) - - - - - - - 5(s) 4p

R
2(b)c - - - 2(a)bc 6

d
- - - - - -

o
- - - - - - - - - 3"(abc)
2ab(c) 6
4(p) 6 3(ab) = GRUPO 4- Aptidão boa, regular ou restrita para pastagem plantada.

i
2ab(c) 3(ab) =

a
2(b)c - - - - -
4(p) 4(p)

R
4(p) 3(bc) 2(a)bc lll 3"(abc)
4(p) - - - d 2"(a)b(c) 6 2(a)bc lll 2"(a)bc Subgrupos:
2(a)bc - - - - - - 3"(abc)
3(bc) - - - - -

a
2(b)c 2(a)bc 2a(b) = 2(a)bc 3"(abc) 4p 2(a)bc lll
2(a)bc - - - - - 2abc III 4p - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para pastagem plantada.
Y
- - - - - - - - - - - - - 3"(abc)
2(a)bc

s
- - - - - 3(ab) = 6 6 2ab(c)
5(sn) - - - - - - - - - - -
5(sn) 6 - - - - 2"(a)bc
2(b)c 4(p) 2(a)bc 3(ab) = 2"(a)bc
2(a)bc - - - - - 3(bc) 2(a)bc 4(p)
TEÓFILO OTONI 4(p) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para pastagem plantada.
- - - - -
- - - - - 3(ab) = 5S 5s 2(a)b(c)
4(p) 2(b)c - - -
- - - - 2(b)c - - -
6 2ab(c)

P r
- - - - 2(a)bc 3(ab) =
2(a)bc 2(b)c - - - - - - - - - - -
- - - - - GRUPO 5 - Aptidão boa, regular ou restrita para silvicultura e/ou pastagem natural.
6 - - - - - 2"(a)bc
5(sn) 2(a)bc
2(b)c 3(ab) =
4(p)
3(bc) 3(bc) 2(b)c - - - - - 2(a)bc
- - - - -
5(s)
- - - - - - - - - 6 Subgrupos:
4p 4p

a
3(bc) 3(bc)
A

- - - - 6

V
4(p) 2(a)bc 5(s)

t
- - - - - 2ab(c) 3"(abc)
4(p) 2(a)bc - - - - - 5S - Terras pertencentes à classe de aptidão boa para silvicultura.
B

2(b)c - - - - - 2(a)bc 3(ab) =

a
3"(abc)

e
- - - - -
Í
2(b)c - - - - - -
2"(a)b(c)
18°
A
2a(b) = - - - - - - 5s - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para silvicultura.
18° 4(p) - - - - - -

l
4p 2(a)bc 2(a)bc
N - - - - - 2(a)bc - - - - -

h
5(sn) 2ab(c)
- - - - - - - - - - 5s
2(a)bc 2(abc) - - - 5(s) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para silvicultura.
A

3(bc) 3(bc) 2(a)bc

a
- - - - - 2(a)bc - - - - 3"(abc)
- - - - - s 2a(bc)
2(a)bc
R

6 3"(abc)
3(bc) 2a(b) = - - - - -
REPRESA DE - - - - -
5(s) - - - - - - 5s(n) - Terras pertencentes à classe de aptidão regular para silvicultura e restrita para pastagem

e
4p
A

3(bc) 2ab(c) - - -
2(a)bc
ITUMBIARA 4(p) - - - - - natural.

t
2(a)bc 3(bc) 2(b)c 3(bc) 5(s)
P

2(a)bc - - -
- - - - - 5(s)

e
- - - - - 3(bc) 3(bc) 5s
2(a)bc - - - - 5(s) - - - 5s 4p 5(sn) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para silvicultura e pastagem natural.
3(bc) 2(a)b(c) - - - - - - 4p

a
4p - - - - Rep. de 4(p) 5S 5s
R 6 - - -
3(bc) 3(ab) = 5(n) - Terras pertencentes à classe de aptidão restrita para pastagem natural.

A b
Três Maria 2(a)b(c)
4p 3(bc) i 3(bc) - - - - - - 5s
1abC o 2(b)c
- - - 2(a)bc o - - - - S - - -
- - - - d o u
1abC - - - - - 2(a)bc 2a(b) =
i ç u 4p 2(a)b(c)
- - - - - - R a i - - - GRUPO 6 - Sem aptidão para uso agrícola.

u
- - - -
2ab(c) 2(a)bc 3(bc) 2ab(c)
2(a)bc

h
- - - - - 2(a)b(c) 3(bc) 2(b)c 2ab(c)
1abC 4p 5s - - - - - - - - - -
3(bc)

o r a c
- - - - - - - 2(b)c 3(bc)
4p 4(p)
4(p) 2ab(c)
- - - - - 2(a)bc - - - 4p - - - Terras sem aptidão para uso agrícola.
1abC 1abC - - - 2(b)c 3(bc)
4p 4(p) 4p - - - 2(a)bc
- - - - - - - - 2(a)bc 4(p) 2(b)c
2ab(c) - - - 2ab(c)
- - - - - 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 3(bc) - - - - - 3"(abc)
2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 1Ab(c)

o
1abC 1abC 2(a)bc - - - -
2(a)bc 1abC - - - - - - - - 4p 5s

B
- - - - 4p - - - 3(bc) 3(bc) 2"(a)b(c) 5s - - -
REPRESA DE 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc R G 5s

i
2(a)bc 2ab(c) - - - - - - - - - - r 5s
- - - - - 3(bc) - - - - - 2(a)bc - - - - - 2ab(c) 3(bc) - - - - -

Y
- - - - 2(a)bc
- 2(a)bc 2ab(c) :: a 5s - - -

R
- - - - -

i
SÃO SIMÃO 4(p) 2(b)c - - - - - - - - - 3(bc) 3(ab) = 5(s)
2(a)bc 1abC
- - - -
- - - - 1Abc 5(s) 2(b)c 3(ab) =
- - -
2ab(c) Símbolos adicionais

o
4(p) - - - - - - - - - 3(bc) 2(a)bc - - - - - - n d - - - - -
2(a)bc 2ab(c)
2(b)c 6
- - - - - 2(a)bc 2(a)bc 4(p) 2(a)bc
2(b)c - - - - - 2(a)bc
- - - - PATO DE MINAS R 4p e

o
1abC - - - - - - - -
- - - - 2(a)bc 2(a)bc 2"(a)bc 2ab(c) 2(b)c 6
i III Terras aptas para culturas de ciclo curto, inaptas para culturas de ciclo longo.

R i
2(a)bc - - - - - 4(p) - - - -
2(b)c - - - - - o
- - - - 2a(bc) 2(a)bc 2ab(c)
- - - - - 2ab(c)
4(p) - - - - -
1abC 2(a)bc - - -
2(b)c 3(ab) = 5s
- - - -
2(a)bc 2(a)b(c)
4p
2(a)bc
- - - - 6 5(s)
3(ab) =
- - - - - - 3"(abc) = Terras aptas preferencialmente para culturas de ciclo longo.
- - - - - - 2(b)c 3(ab) 5s
3(bc) - - - 6 - - - - - - 5s
R

2(a)bc - - - - - - -
2(a)bc
i - - - - - 2(a)bc - - - 2ab(c)
2(a)bc 2ab(c)
:: Terras aptas para culturas adaptadas a elevado deficit hídrico.

R
2(a)bc 2(a)bc - - - - - 2(a)bc
- - - - - 3(ab) =
- - - - - - - - - - 2(a)bc 2(a)bc
2(a)bc
- - - - - 2"(a)bc - - - - - C 4p 3(ab) =
- - -

i
o

2(a)bc 3(bc) 4(p) 6 4p - - - - - -

C
1abC 2abc 4(p) 4p 2(b)c 2(b)c - - -
2(b)c
2"abc Aspas no algarismo indicativo do grupo representam terras com aptidão para

o
- - - - - - - - - - - - - - - 2ab(c) 2ab(c) 3(ab) =
- - - - 6
2(a)bc 4(p) 2(a)bc
4(p) 2(b)c 6
3(ab) = r - - - - - 2(a)b(c)
2(a)bc 2(a)bc 2ab(c)

Y
r
P

- - - - -

i
- - - - - -

O
- - - - - 3(bc) - - - 2(a)bc - - - - - p
2(a)bc 2(b)c GOVERNADOR dois cultivos por ano.

e
2(a)bc lll 2ab(c) 2(b)c
5s
a

- - - - 2ab(c) - - - - - - - - - 2(b)c 5(s) 5(s)

ó
2(b)c 2(a)bc 2(a)bc VALADARES - - -
A

n
- - - - -
2a(bc) - - - - 2(a)bc r 1"Abc
t 1aBC 3"(abc)
- - - - - - - - - - e 6 6

Y
- - - - - 2"(a)b(c)

i a
4p
2(a)bc
2abc Linha contínua sob o símbolo indica associação de terras, em que segundo

R
- - - - - -
r

a n 2a(b) = 5s

T
2(a)bc 6 r

Y
- - - - - - - - -
2"(a)bc G 2ab(c)
a

i
d a
4p
n

ITUIUTABA 2(b)c

d
4p 2(a)bc e - - - - -
URBELÃNDIA 2(a)bc 2(b)c
6 o componente tem aptidão melhor que o primeiro.
a

- - - 4p 3(ab) =
g

2(a)bc - - - - 3(bc)
- - - - - 2(a)bc III - - - 2"(a)bc
í 2(b)c - - - - 2(b)c 5(s)

i n
2a(bc) u - - - - - - - 4p 2ab(c)
2(a)bc 2(b)c 2"(a)bc - - -

N
- - - - - - - - 2"(a)bc 6 2(a)b(c)

R
- - - - - - - - - 2(a)bc 2abc 1aBC
b

R
2(a)bc 4(p) - - - - 5s 2abc Linha descontínua sob o símbolo indica associação de terras, em que segundo

L
a

d
- - - - - 2ab(c) 4p 6
- - -
2(a)bc III - - - - -
5(s) - - - -
a

i
- - - - - - - 4(p) 2ab(c) 2a(b) =
i

2(b)c 2(a)bc o - - -

a s
o - - - 2(a)bc 2(b)c
r

4(p)
2(b)c
í 4(p)
2(b)c
6 4p - - - - -
5(s)
1aBC
2a(b) 3"(abc)
19° componente tem aptidão pior que o primeiro.

A
2(a)bc 4p - - - 2(b)c - - - -
- - - 2(a)bc 2(b)c
- - - - - - - - 4(p) n i o D 4p
19° 2(a)bc
- - - - - 4p 4p - - -
2(b)c
2a(b) = ô 2a(b) = 2ab(c) - - -
- - - 2(b)c - - - - - - - - - - - - 5s 5s - - - - -
2(a)bc 2(a)bc - - - 2(b)c 5(s) t

o
5s 5(sn)
- - - - - 4(p) Rep. de - - - - 3(bc) n 2ab(c)
2(a)bc 2a(b) =

S
1abC III R Nova Ponte 4p 2(b)c - - - - - - A - - - - -
- - - 4p 2(b)c 2(b)c a
- - - - - - i 3(bc) n
o 2(b)c - - -

e
2(a)bc 4(p) t
O - - - - - 4(p) 2(a)bc 4p o
4p 4(p)

R
- - - - - - 2ab(c)
- - - - - - 4p 3(bc) - - - 2(b)c 1aBC
I

2(b)c - - - 5s

R
2(b)c 2a(b) =
R

4(p) 5s - - - 2a(b) =

i
o - - - 3"(abc)

i
1abC III T i o o 3(ab) 6
4(p) 2(a)bc
- - - - - - - - - -
3(abc) 4p 4p 2(b)c o 5s
d 2(a)bc - - - 2(a)bc
i

2(a)bc 4p 2(b)c 2a(b) = 2(a)b(c)


R

4(p) 2(a)bc

c
a j - - - 4p - - - - - -
2(a)bc u c o - - -
5s
2(b)c - - -

N
2(a)bc

V
- - - - - 2a(bc) 2(a)bc
- - - - -

s
- - - - - - - - - - 2(b)c 4p 2(b)c 3(bc) 5s
- - - - - - - 3(ab) =

e
P 2(a)bc 4p 2(b)c 4(p) =

i
- - - - 2a(b) =
r 2(a)bc III 2(a)bc

l
Y Y
- - - - - - - 6 6 6

c
4(p) 6 6
a 2(a)b(c) 2"(a)bc

h
- - - - - - - - - 5(s) 2a(b) =
SETE LAGOAS
2(b)c n
t

a 2(a)bc 3(abc) 3(bc) IPIRANGA 2a(b) = 1Abc

Y
2(a)bc 4p

a
- - - 4p 3(ab) = - - - - - - - - - -
2(a)bc 2(a)bc - - - - -

a
- - - - - - - - - - 2(b)c - - - 6
TIMÓTEO

s
2(b)c 6 5s 3(ab) 2ab(c) 1aBC
1abC III 2(a)b(c) 2(b)c - - - - - - -

r
- - - - - - - - - - - - - - - -
2(a)bc 4(p) - - - - - - 2ab(c)
2(a)bc III

Y
2(a)bc - - -

F
- - - - - - - 2(a)b(c) 2(b)c - - - - - 3(ab) 5s 1aBC
- - - - - - 5(sn) - - - - 5s - - - - -
6
O

2ab(c) - - -
- - - - - 6 4p
2(a)bc ARAXÁ 2(b)c 3(b) 6

Y
2(a)bc 5(s)
2"(a)bc 3(bc) 3(bc) 5(s)
2a(bc) 2(b)c 5s 2"(a)bc 5(s) 5(s)
2(a)bc 2(a)bc - - - - - - - - - - - - 5(s)
S

- - - - - 2(a)b(c) 2(a)bc 5(s) 4p


2(a)bc - - - - - - - - - - - - - - - - - 5s
2(a)bc - - - - - ITABIRA 2"(a)b(c)
2(a)bc 6 - - -
2a(b)
4p P 6 5(s)
2abc 2(a)bc 5(s) - - -
- - - - 4(p) a 2(b)c
S

5s 4(p) 3(bc) - - -

Y
- - - - 5(s) 5s
1abC - - - 3(b) 3"(bc) - - - o - - -
2(a)bc 2(a)bc - - - - - d 2ab(c)
2(a)bc 2(b)c r

r
1abC
L

- - - - - 2(a)bc III 2"(a)b(c) 4(p) =


3(abc)

e
1aBC GARATINGA

u
2(b)c - - - - - - -

Y
4p - - - -

á
2(a)bc
O

2(a)bc 5s 5s 2(b)c 3(bc)


2ab(c) R 6 3"(abc) 5s

P
5(sn)

ç
2(a)bc 2(a)bc - - - - - 2(b)c
i - - - - 5(s)
U

UBERABA 3(abc) o 2"(b)c 3(bc)

a
1abC 4p - - - - - 5(sn)
2(a)bc 2(a)bc 3(bc)
R

1abC - - - 2(a)bc 6 - - - - - 4p 5(s) 5s 5s


3(bc) 4(p)

u
Y
2(a)bc 2(a)bc 1abC 2(a)bc 2(b)c - - - 5(s) - - - - - - 2(a)b(c)
1abC 2a(bc) 20 0 20 40 60 80 100 Km
S

2(a)bc 2(a)bc 2(b)c - - - - - - - - - JOÃO MONLEVADE - - -

é
- - - - - 2(b)c 3(b) =

a
2(a)bc 2(a)bc 2(b)c - - - - 5(s)
2(b)c 3(abc) 2ab(c)
G

- - - - - 1abC 2(b)c - - - - - - - -

s
n h
2(a)bc

e
2(a)bc III - - - - 5(s)
- - - - - - -
4p P 5(sn)
4p
BELO 5s

O
3(ab) 2(b)c

J o
c
2(a)bc 3(ab) - - - 2(b)c 3(ab)
2(a)bc - - - - 2a(b) 3(bc)
A

- - - - - 2(b)c 2(b)c - - - - 2a(b) =

a
2a(bc) - - - - - - - - HORIZONTE
2(a)bc 5(s) o 6
O

5(s)

a
2(a)bc 3(ab) 4p 3(bc) 4p 5(s)
2(b)c

r
- - -
r

- - - 1abC III

D
- - - - 2(a)bc
2(a)bc 5s(n) - - - - - -

M
- - - - - 2(a)bc 6
O

2(a)bc 5(sn)
a

2(b)c 2(a)bc III - - - -


g u

Y
3(bc) 2(b)c - - - - - - - 2(b)c
ESCALA: 1:1 250 000

T
D

a 3(bc) 2"(a)b(c)

o
r 5s(n)
í - - - -
1aBC 2(a)bc 2(a)bc
- - - - - 2(a)b(c) p - - - - - - 6 2"ab 5(s) 5(s)
2(a)bc - - - - - - - - - - - 2(a)bc
2(b)c
T

2(a)bc 2(a)bc III - - - - - 6 - - -


- - - - - ITAÚNA
o

5(sn) 4(p)
- - - - - - - - - - - - 6

e
- - -
2005
5(s)

Y
5(s) 5(sn)
2(a)bc

I
ã

2(a)bc
2(a)bc 2(a)bc
4(p) 5s - - - 20°

b
2(a)bc 2(a)bc 2(a)bc 1abC III 5(s)
A

2(a)bc - - - - - 4(p) - - - - - - - - 6
S

- - - - - DIVINÓPOLIS - - - - - - - - - 5s
20° - - - - - - - - 2(a)bc 4(p)

o
2(a)bc - - -
- - - - - 2(a)bc 2(a)b(c) a o
R 5(s)

R
3"(abc) - - - - -
- - -

R i
5(s)

i
I - - - - - -
M

2(a)bc
O - - - - - 5s(n) 3(ab) = o
5s
Projeção POLYCÔNICA

R
2(a)bc 2(a)bc 4(p) 4(p) - - - - 5(s)
- - - 2(b)c - - -

R i
4p 2(a)bc 3(b) =
- - -
5(sn)
- - - - - 5(s) 6 6 5(s)
6 5(s) 5s Unidade METRO

Í
2(a)bc 2(a)bc 3"(abc) 3(bc) - - - 5s
E 2(a)bc 2"(a)b(c) - - - - 5(s)

N
D 2(a)bc
- - - - - 2(a)bc 5s
- - - - - -
4(p)
Elipsóide SUL AMERICAN1969
A - - - - - 3(bc) = - - - 2(a)bc 5s

P
2(a)bc
R - - - - -
- - - - -
2(a)b(c)
G 4p 3(bc) 6
- - - - - - - 3(abc)
i o 2a(bc)
R - - - - -
R Parâmetros
3(abc) 6
- - - - - 5(sn)

S
2(a)bc
3(bc) 3(ab) = 5(s)
3(ab) = longitude: -45 00

i
- - - - -
2(a)bc - - - - - - - - - -
5s
5(s) - - - - - 5(sn)
latitude: -19 00
o
- - - -
- - - 5(s)
2(a)bc

E
- - - 5(s)
- - - - -
5s(n) 5(s) 2(b)c III
- - - - - -
5s
5s
3(ab) = - - - 5(s)
2(a)bc
- - - - - 3(ab) =
2(a)bc 5(s)
- - - - - 4(p)
2(a)bc
2(a)bc
- - - - -
2"(a)b(c) 6
P
5(s) 4(p)
- - -
Articulação das Folhas
2(a)bc 5(sn) 2"(a)b(c) a - - - 6 6
4p 3(bc) 4(p)
- - - - - - - - - 3(ab) = 4(p) - - - - - - r 5s
4(p)
5(sn)
2"(a)b(c) 4(p)
á
5(s) Escala 1:250.000
- - - - - -
S 2(a)bc
- - - - 5(sn)
- - - -
Rep. de Furnas
3(bc)
6
4(p)
2(a)bc 2"(a)b(c)

Y
- - - -
à - - - - - 5(sn) - - -

Y
- - - -
CONS. LAFAIETE 5(s)

O
2(a)bc 2(abc) 3(abc) - - -
5(s) 2"(a)b(c) - - - - - - - - - - a r é
3(ab) = PASSOS 5(s) 3(ab) = J a c 6
- - - - - - 5s
- - - - - -
5(s) 2(a)bc 2(a)bc 3"(abc)
- - - 2"(a)bc - - - - -
- - - - - - - - - - 6 5(s)
6 - - -
5s(n) 5s
5(s) 4(p) 6 2"(a)bc 5s 6
2a(b) = 4p - - - - - - - - 5s 3"(bc)
2"(a)b(c) - - - - - - - - 5s
5(s) 5s
- - - 6 2(abc) 3(ab) =
2(a)bc
- - - - - 5(s)
- - - - - -
o

5(sn) 2(a)bc
5(s) 4(p) - - - - - - - - -
- - - 3(ab) =
2"(a)b(c)

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