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Introdução:
O livro didático tem uma importância singular dentro da prática de ensino, mas
muito professor o considera como fonte principal de conhecimento, tornando assim
o processo de ensino-aprendizagem cansativo e monótono. Esses livros mesmo
que são analisados pelo PNLD– Programa Nacional do Livro Didático do MEC estão
distante da realidade do aluno, contribuindo assim para sua alienação, não
respeitam os diferentes aspectos da realidade concreta em que vive cada indivíduo,
não só pelo conteúdo em si, mas pela passividade adquirida pelos alunos, mediante
a própria metodologia “sugerida” nos livros.
Esse trabalho tem como proposta geral fazer uma reflexão sobre o papel do livro
didático na escola, abordando o início de seu uso nas escolas, analisando de forma
crítica o seu uso em sala de aula nestes últimos anos.
Desenvolvimento:
Em 1985, criou-se o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que vem ao longo
dos anos se aperfeiçoando para atingir seu principal objetivo: educação de
qualidade. Porém, somente no início dos anos 90 o MEC deu os primeiros passos
para participar mais direta e sistematicamente das discussões sobre a qualidade do
livro escolar. Foi uma iniciativa do Governo Federal que consistiu em uma ação
mais ampla do MEC para avaliar o livro didático, apresentando um projeto
pedagógico difundido por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Guias
do livro didático.
Até então, não havia a preocupação acerca do controle de qualidade dos livros, o
que passou a vigorar a partir de 1993, quando o MEC criou uma comissão de
especialistas encarregada de duas tarefas principais: avaliar a qualidade dos livros
mais solicitados ao Ministério e estabelecer critérios gerais para a avaliação das
novas aquisições. Mesmo assim, ainda foram conduzidos as escolas livros
apresentando problemas como confusão de critérios, inadequação de nível,
invenção de regras, sobrecarga de teorização, preocupação excessiva de
definições, impropriedade de definições, artificialidade de exemplos, falsidade de
noções e ilustrações, mau aproveitamento do texto, erros ortográficos e
gramaticais, dentre outros.
o caso é que não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom
na sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau
professor.
Para efetivamente averiguar o valor devotado ao livro didático, foram realizadas
algumas conversas com supervisora da rede pública, municipal, sobre como é o
uso do livro didático na escola. A supervisora nos revelou que nenhum livro está
voltado totalmente para realidade do aluno, pois ele é feito mediante o currículo
obrigatório repassado as escolas através das secretarias de educação. Então é feito
uma análise desse livro pelo professor, e é escolhido o que mais se enquadra nos
assuntos que são trabalhados. referente a cada ano (série). E o complemento
desses conteúdos é feito pelo professor com pesquisa em outros livros, internet,
revistas, para melhor aprofundar o assunto.
O livro analisado é de 4º Ano, tem como componente curricular a Geografia -
Projeto Pitanguá, organizado pela Editora Moderna, 2ª edição, com duração de uso
para três (3) anos: 2010, 2011, 2012. Ele não representa uma concepção de
educação atualizada, pois como os conteúdos devem ser trabalhados de forma
interdisciplinar, o livro didático não atende a interdisciplinaridade. A linguagem é
complexa, de difícil compreensão aos alunos. Os exercícios são repetitivos levando
apenas a memorização de conteúdos. E nem sempre são os melhores para a turma
que usa o livro, condicionam os professores que para trabalhar com os exercícios
prontos atrofiam a própria capacidade criadora. As imagens são ilustrativas, ou
representativas. Segundo a supervisora na Escola Municipal “José Martins
Alameu”, procura usar o livro didático como suporte e não como “bengala” para
que o ensino possa ser interativo e o processo ensino–aprendizagem se tornar
prazeroso. Realizando os mesmos exercícios e da mesma forma por vários anos
simplesmente pela memorização de conteúdos não há interação entre professor e
aluno nem troca de experiência. Exercícios os quais já vêem respondidos no
manual. Muitos professores consideram somente a resposta do livro, não aceitando
a resposta elaborada pelo próprio aluno, não valorizam o conhecimento adquirido
durante o decorrer do conteúdo. Tornando um aluno copista e mecanizado.
CONCLUSÃO