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Análise crítica do livro didático

Introdução:

O livro didático tem uma importância singular dentro da prática de ensino, mas
muito professor o considera como fonte principal de conhecimento, tornando assim
o processo de ensino-aprendizagem cansativo e monótono. Esses livros mesmo
que são analisados pelo PNLD– Programa Nacional do Livro Didático do MEC estão
distante da realidade do aluno, contribuindo assim para sua alienação, não
respeitam os diferentes aspectos da realidade concreta em que vive cada indivíduo,
não só pelo conteúdo em si, mas pela passividade adquirida pelos alunos, mediante
a própria metodologia “sugerida” nos livros.

Esse trabalho tem como proposta geral fazer uma reflexão sobre o papel do livro
didático na escola, abordando o início de seu uso nas escolas, analisando de forma
crítica o seu uso em sala de aula nestes últimos anos.

Infelizmente muitos professores por se sobrecarregarem com muitas aulas, faz do


livro didático como única fonte de conhecimento, podendo comprometer a
aprendizagem do aluno. Verificando o seu uso como apoio para o professor e para
o aluno onde muitas vezes não é respeitado chegando esse uso ao abuso. A
aprendizagem torna-se mecânica, e o ensino superficial.

Os livros didáticos devem favorecer o diálogo, o respeito e a convivência,


possibilitando a alunos e professores o acesso a informações corretas e
necessárias ao crescimento pessoal, intelectual e social dos atores envolvidos no
processo educativo.

Através de conversa com supervisora da escola Municipal “José Martins Alameu”,


visando averiguar a importância devotada ao livro didático na prática dos
professores, observando e analisando o livro didático usado pela professora de 4°
ano da referida escola na área de geografia a fim de opinar sobre a eficiência e/ou
ineficiência do instrumento no processo de ensino-aprendizagem.

Desenvolvimento:

Em 1985, criou-se o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que vem ao longo
dos anos se aperfeiçoando para atingir seu principal objetivo: educação de
qualidade. Porém, somente no início dos anos 90 o MEC deu os primeiros passos
para participar mais direta e sistematicamente das discussões sobre a qualidade do
livro escolar. Foi uma iniciativa do Governo Federal que consistiu em uma ação
mais ampla do MEC para avaliar o livro didático, apresentando um projeto
pedagógico difundido por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Guias
do livro didático.
Até então, não havia a preocupação acerca do controle de qualidade dos livros, o
que passou a vigorar a partir de 1993, quando o MEC criou uma comissão de
especialistas encarregada de duas tarefas principais: avaliar a qualidade dos livros
mais solicitados ao Ministério e estabelecer critérios gerais para a avaliação das
novas aquisições. Mesmo assim, ainda foram conduzidos as escolas livros
apresentando problemas como confusão de critérios, inadequação de nível,
invenção de regras, sobrecarga de teorização, preocupação excessiva de
definições, impropriedade de definições, artificialidade de exemplos, falsidade de
noções e ilustrações, mau aproveitamento do texto, erros ortográficos e
gramaticais, dentre outros.

Mesmo os livros contendo diversos problemas não podemos caracterizá-lo como o


único culpado, o professor espera do livro didático saber o que não sabe; transfere
responsabilidades que até então são suas, porque o livro didático não serve como
professor e os alunos não aprendem por si só; com o livro didático, o professor
economiza tempo no “preparo das aulas”, pois, na maioria dos casos, os
professores são sobre carregados de horas/aula, então não tem “tempo” de buscar
outras fontes de informações. Considerando a informação do livro didático como
única e seguindo-o de capa a capa. "A precária situação educacional faz com que
ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de ensino, pois, de
forma decisiva, o que se ensina e como se ensina o que se ensina" está
determinado no livro didático.

Em conformidade, com Neves, Lajolo (1996) nos diz que

o caso é que não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom
na sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau
professor.
Para efetivamente averiguar o valor devotado ao livro didático, foram realizadas
algumas conversas com supervisora da rede pública, municipal, sobre como é o
uso do livro didático na escola. A supervisora nos revelou que nenhum livro está
voltado totalmente para realidade do aluno, pois ele é feito mediante o currículo
obrigatório repassado as escolas através das secretarias de educação. Então é feito
uma análise desse livro pelo professor, e é escolhido o que mais se enquadra nos
assuntos que são trabalhados. referente a cada ano (série). E o complemento
desses conteúdos é feito pelo professor com pesquisa em outros livros, internet,
revistas, para melhor aprofundar o assunto.
O livro analisado é de 4º Ano, tem como componente curricular a Geografia -
Projeto Pitanguá, organizado pela Editora Moderna, 2ª edição, com duração de uso
para três (3) anos: 2010, 2011, 2012. Ele não representa uma concepção de
educação atualizada, pois como os conteúdos devem ser trabalhados de forma
interdisciplinar, o livro didático não atende a interdisciplinaridade. A linguagem é
complexa, de difícil compreensão aos alunos. Os exercícios são repetitivos levando
apenas a memorização de conteúdos. E nem sempre são os melhores para a turma
que usa o livro, condicionam os professores que para trabalhar com os exercícios
prontos atrofiam a própria capacidade criadora. As imagens são ilustrativas, ou
representativas. Segundo a supervisora na Escola Municipal “José Martins
Alameu”, procura usar o livro didático como suporte e não como “bengala” para
que o ensino possa ser interativo e o processo ensino–aprendizagem se tornar
prazeroso. Realizando os mesmos exercícios e da mesma forma por vários anos
simplesmente pela memorização de conteúdos não há interação entre professor e
aluno nem troca de experiência. Exercícios os quais já vêem respondidos no
manual. Muitos professores consideram somente a resposta do livro, não aceitando
a resposta elaborada pelo próprio aluno, não valorizam o conhecimento adquirido
durante o decorrer do conteúdo. Tornando um aluno copista e mecanizado.

Segundo a supervisora, devido há muitas horas/aulas administradas pelos


professores para obter um melhor salário, muitos professores têm o livro didático
como uma única fonte inalterada de informação. Causando assim certos
transtornos no repasse de conteúdos e que sempre em reuniões de módulo é
cobrada a busca pela melhora das aulas, desenvolvimento de projetos, aulas
diferenciadas para que o aluno possa ter prazer em aprender.
Portanto podemos considerar pontos positivos do livro didático, pois serve como
elemento norteador do ensino, ao mesmo tempo em que apresenta elementos
negativos, como quando se torna o único instrumento utilizado pelo professor, pois
este não dá conta das especificidades, heterogeneidade e peculiaridades de cada
turma. Cabe então ao professor estar fazendo o uso desse recurso de forma
consciente, valorizando o que ele traz e aperfeiçoando os conteúdos.

Os livros didáticos não podem veicular preconceitos e estereótipos, nem conter


informações erradas ou desatualizadas. E, evidentemente, devem respeitar a
legislação vigente, como o Estatuto da Criança e do Adolescente ou a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96 – que preconiza como
princípios do ensino a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber”, o “pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas”, o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, a “garantia do padrão
de qualidade”, a “valorização da experiência extraescolar” e a “vinculação entre a
educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. Saber conduzir esse recurso e
como conduzir é de total responsabilidade do professor. Tornando um aliado na
aprendizagem.

CONCLUSÃO

Portanto diante dos pressupostos mencionados e pelas conversas e observações


aqui relatadas, observou-se que o livro didático pode mostrar-se como um
instrumento eficiente, mas que revoga ao professor o seu papel de mediador
insubstituível dentro do processo de ensino-aprendizagem. A sua ineficiência fica
por conta do mau aproveitamento que o professor faz deste material, pois a prática
pedagógica, do discurso pedagógico oficial é privilegiar a busca da informação,
predispondo professores e alunos a uma luta constante contra a alienação. SENNA
(2001) p. 55.
Para se chegar a esta prática libertadora o professor deve estar em constante busca
de instrumentos e recursos que venham a enriquecer a sua prática pedagógica, de
forma a contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e reflexivos.
CORACINI (1999) nos diz que "o livro didático já se encontra internalizado no
professor... o professor continua no controle do conteúdo e da forma..."
reafirmando que tornar o livro eficiente ou ineficiente vai depender da maneira
como o professor o utiliza no processo de ensino-aprendizagem.
Pois o seu uso de forma consciente, buscando complementos e pesquisas será um
ótimo aliado do professor e do aluno. Buscando ser professor mediador levando os
alunos a construírem esse conhecimento, proporcionando meios para isso.

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