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CYUTTTTTTTTTTTT TTT TTT ree i : ANTUNES, Iadé. O Léxio da ing In: O terre dex palawar:' CAPITULO 2 astudo do léxico em sala de aula, 880 Paulo/ Pardbola Editorial, 2012. ma749 O lexico de uma lingua 1. O que é 0 léxico de uma lingua? Em que eonsiste? 0 Trico de uma Lingua, suma definigfo mais geral, pote oer visto com o amplo repertério de palaveas de urna lingua, ‘ogo conjunio de tens & disposigaa dos falantes para atender As ‘Ao lado de gramética, mait ‘xpecifcamente junto 4 morfosintaxe e & fonolgia, 0 Wxioo constitu o outro grande componente da Kingus. Se é vendade {jue no erate lingua som graméticn, mais verdade sind 6 que suns neoessidades de comunic i ‘en xin no hi lingua. As pelavras so 9 matéra-prima com que constrains nossas agbes de inguager, esas primeira observagdes representam a caracterizao ‘sien, mais geral, da. questdo do léxio, Algumas outeas po dem ser acreseentndas, para qve tenhamas uma compreensio ‘mais ampla © mais consistonte do que sea oléxen, e, assim, possemos, a seguir, chogar ds implicagies pedagégien compreensio implica. Vejamos: ‘A Tinguagem intermedeia nossa relago com o mundo. No fetanto, eae relaglo nfo ee dé, dirstaments; quer dizer se da ‘ose df entve as palavras eas coisas. Rese velag tre as categorias cognitives que construimes das coisas ‘experitncia eas patavsns de que lingua ‘ei diepondo para exprescar tain categorian, Quer digee oe balaveae io "a reprecentsgolingultica”desson caters dizer de Casino @0%0" 109), fancy ce ‘mi 06: 3905" lo nto poteetraeane ne véci de mami sepratonatv dinate ‘as cnatrada,tambm 6 vrdade ou es ee ee Imemériadisimica, em mevimentaconeante aces reformulands paseo «pant, assim cons eo ene Sion cultura gue le epresn, Nao pois tn Basia consideetrmos inenorva neailidede an bila de que 6 dotedo «mundo, Te mia eat ees om posto de dfn ede retinas eee oncepees que temos dat cain, Comequcatonn, lingua anim & insta varie scloeienr ae contrnosacocogutve dos sonteeas mae ree vam a ape apes tne oe demot 0 Ubi emo wore Sor xathl 2004 270, "9 nel aoa lnk linguatin tds como o mets Inatével, irregular © até certo ponte 28 uma pons i incontrolével!, On, nae palavrse de Krieger (2006: 160), “é um componente do muitas faces". A sintaxe e « fino Jogi constituem um conjunto mais ou menos fechado de ‘ossibilidades. O léxico, ao contrério, & abert, inesyots. vel, constantemente renovavel, nfo apenas porque sungem novas palavras, mas, também, pola diniimica interna das balavras, que v8o e vém, que dessparscemn¢ reaparecem, ‘que mantém sets significados ou os madam, de um liga: para outro, de um tempo para outro, [aso néo quer dizer ‘que as palavras aejam destituidas de toda e qualquer e= ‘abilidade de significado ou que, em eada momento da in. ‘eragfo, os sentidos sejiam criadas inteiramento “a partir de tum estado cognitivo zero”. As palavras sto associados sigmificados bésiens, que constituem, isso mesmo, « base para a derivagio de outeos significados, peiximes, asco cindos, afins. Mas, adverte Mareuschi, é exatamente ease cariier de instabilidade da lingua que nos permite aust “Ia As nossas necessidades interacionais, que nos permite einventirla e recrié-la cada vex que nos parecer neces sirio. A Iingu, desse jeto, parece refletir a condigio pe radoxal humana de ser, a0 mesmo tao, submetida aos limites rgidos das lec lacas e impetida para os mundos ittmitados da idestinncio, do imagindrio, da superacio, da imortalidade. 0 México, na lingua, representa, assim, essa ppossibilidads de ‘escape’, ou, noutras palavras, constit ‘um componente simultaneamente sistemético aberto, ‘mareando esea propriedade ds linguagem verbal de ser ‘nstével a0 mesmo tempo em que se constréi scbre ume ‘base eataveledefinida, 3 ponto de poder ter uma identi. 4 propris. Dai que, outra ver advarte Msreuschi (2004 269), ocardterinstdvel © mutével da lingue é inteinseco & htt Olbioceuminon 29 OUTUTTUTITTTTTUT STITT IIIT orc vir irr iririsiciry 0 cognigio & aa discuss ¢, nfo, ums exceeso ou um defeito, a moama forma quo a ambigwidade ea polissomia podem ser dados também coino estados normsis da lingua e do discurso ¢ nao como um problema ou ume dificuldade a serem lamentados, *Parece pasos conmum, mesma entre as pessonseseolarizadas, considera lingua nesse inintarrupta movimento de trans: formagio, B mais comum, a0 conteério, pensar em uma lin ud estdtics,cujo repertorio de pelavras esl completo, xo ¢ inalterdvel, na meméria doe falantes e nas priginas dos Aiciondrios. Até somos capazes de aeeitar as mudangas que jcorreram no pasado; no entante,relutamos em considera como natural o movimento que continua aeontecendo; quase sempre o vemos como ameaga a integriadee ao “hom esta- {oda ingus’, Para muitos, an mudaneas linguisticassigni- ficam duterioralo ou decadéneia da Hingua. Em consequéncia dessus prineipius, tem-se admitide que ‘as palavras de uma lingua no sao mesos rétulos das cot 26; logo, 0 Téxico de uma lingua nfo ge vesume a nme lista. ‘transparente o precisa — de palavras com que se «dg nome a essas coisas. Ou seja, 0 éxien n&o é um eonjum: ‘to de otiquetas com que se marea, com que se nomeia ou rotula as coisas ao'noss0 redor. Tampauco a atividede da Tinguagem verbal constitu: apenas um exerefsio de ‘falar das coisas pelos nomes que elas tom’. A idein de que 016 xxico da lingua, em relacao &s coisas do mundo, nao é uma espécie de nomenelaturs ou a outva de que a lingua nia 6 um espelho que reflete Gelmente o mando sAo noeitas |é hastante tempo por linguistas de diferentes correntes tedricas. Igualmente, i vigora a idein do que o exereitio da Linguagom 6 muito mais quo uma simples atividede 44s nomear, de designar, de rotulay a9 eoieas ou de falar sobre elas. ‘ima palavra pode viver um prooesso de “deslexicalizagio! ‘om aeja, sair do uso, deixar de ocorver, Base processo nao ‘scanteee subitamente nem atinge todos os dialetos sims ‘peaments; a palavra ‘merenda’, por exemplo, cal em desis ‘no meio urban? mas subsiate em ? ‘atoe muito restritas de algumas zonas rursis do pais, Também come 0 contrério; isto 6, pode surgir uma nova palavra, em tra processo de “exicalizagio ‘pro0esso decdida socialmente (embora deforma tcita) pelos falantes de acordo com as demandas de suas experiéncias de interagio, A constante expansio do Léxico da lingua se fetus pela eriagdo de novas palavras (dleiro, internetés), pela incorporacdo de palaurae de ouiras linguas (deletar, ‘mouse, Ieiaute, titan, bloga), pela atribuilto de novos sen dos a palavras jd eristontes (salvar, fonte, virus), processos ‘que costumamn cpexistire deixar o léxio em um ininterrupto toovimenta de renovagso!. Coma firma Castilho 2010: 110), Megat Co Nala r alavras e suas propriedades niio ‘sul enpge Sofie eee Fed Er 2b so sprioristias, nllo represen- shart uo tam uma espécie de “pacote” que tpdnntnonparbut ‘gt eg umindose oe pete ae mui, no contri, que ese tipo bined pete Ae conbeximentoinguiten én rene finnslamente retin na situages conretas da fala, Nossa stu em rlapo Lingua 6 sempre dnkmion«eriatie”. Gon opie de ttcrar um ponte muito relevant bro que too esse movimento do lxeo do una lingua deriva a

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