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POLÍCIA CIVIL: Breve Histórico

A Polícia Civil nasceu da necessidade de uma entidade fiscalizadora que


fizesse com que as leis fossem cumpridas e levasse à justiça quem infringisse
as normas. Há indicativos da atuação de uma polícia que investigava no território
brasileiro desde 1530, comandada pelo Reino Português, a qual ficou conhecida
como Polícia Judiciária.
Porém, somente em 1808, com a chegada do príncipe Dom João ao
Brasil, a polícia começou a ser estruturada, comandada por um delegado e
composta por escrivães e agentes. À época, uma das principais funções desta
organização era se prevenir de espiões europeus e fiscalizar embarcações
(NICASTRO, 2016). A polícia, então, também começou a ser chamada de Civil,
como uma forma de diferenciá-la de outras formas de policiamento em virtude
de seu caráter investigativo.
Mais tarde, em 1871, uma nova constituição separou os conceitos de
Justiça e Investigação Policial, criando duas funções distintas para cada. Assim,
nesta lei foi criado o Inquérito Policial, um documento que registra toda a
investigação feita pela polícia e, depois, é usado por órgãos da Justiça para fazer
uma denúncia criminal.
No entanto, a Polícia Civil só foi reconhecida nas configurações de hoje
por meio da Constituição de 1988, que determina as funções de cada órgão de
segurança do país. No artigo 144, a legislação esclarece que a Polícia Civil tem
como atribuição assegurar o cumprimento da legislação e investigar crimes
cometidos nos estados brasileiros.

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,


incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

Essa mesma Constituição refere-se à polícia judiciária como órgão auxiliar


do Poder Judiciário para cumprir as ordens judiciárias relativas à execução de
mandado de prisão ou mandado de busca e apreensão, à condução de presos
para oitiva pelo juiz, à condução coercitiva de testemunhas. Além disso,
determina que as polícias civis sejam dirigidas por delegados de polícia de
carreira, integrantes da própria instituição, para evitar que os governadores
nomeiem pessoas de fora do quadro funcional (SOUZA, 2016).
A polícia judiciária é um órgão da segurança do Estado que tem como
principal função apurar as infrações penais e sua autoria por meio da
investigação policial, que é um procedimento administrativo com característica
inquisitiva, servindo, em regra, de base à pretensão punitiva do Estado formulada
pelo Ministério Público, titular da ação penal de iniciativa pública.
É de competência dos Governadores do estado e Distrito Federal
comandar a Polícia Civil, sendo que cada uma delas pode ter regimentos
internos que sigam as leis estaduais. Sua área de atuação restringe-se ao âmbito
estadual, e cada estado da federação tem competência para organizar a sua
polícia civil, sendo o responsável pela manutenção da mesma.

PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA POLÍCIA CIVIL

Em seu art. 2º, o Projeto de Lei que institui a Lei Geral da Polícia Civil
estabelece que a Polícia Civil é um órgão permanente dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios e essencial à segurança pública e à defesa das
instituições democráticas, cuja finalidade é a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, fundando o seu trabalho na
promoção da cidadania, da dignidade humana e dos direitos e garantias
fundamentais.
Nesse sentido, o referido projeto de Lei elenca, em seu artigo 3º, os
princípios institucionais da Polícia Civil, conforme apresentamos abaixo:
Art. 3º São princípios institucionais da Polícia Civil:

I - proteção dos direitos humanos;


II - participação e interação comunitária;
III - resolução pacífica de conflitos;
IV - uso proporcional da força;
V - eficiência na prevenção e repressão das infrações penais;
VI - indivisibilidade da investigação policial;
VII - indelegabilidade das atribuições funcionais;
VIII - hierarquia e disciplina funcionais; e
IX - atuação técnica e imparcial na condução da atividade investigativa.

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