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imprensa@sieeesp.com.br
DIRETORIA
1º Vice-presidente
4 Celebrada a Convenção Coletiva de Trabalho de 2014
José Augusto de Mattos Lourenço
Colégio São João Gualberto
2º Vice-presidente
Waldman Biolcati
Curso Cidade de Araçatuba
Entrevista Educação Sexual
1º Tesoureiro
José Antonio Figueiredo Antiório
Colégio Padre Anchieta 8 José Antonio 40 Inclusão escolar
2º Tesoureiro
Antonio Batista Grosso
Figueiredo Antiório e a sexualidade
Colégio Átomo nos alunos com
1º Secretário deficiência intelectual
Itamar Heráclio Góes Silva Viagem
Educ Empreendimentos Educacionais
2º Secretário
Antonio Francisco dos Santos
12 Viagem do Sieeesp
Social
Colégio Novo Acadêmico
DIRETORES DE REGIONAIS
à Finlândia, Rússia e
Croácia 32 Combate à pedofilia:
ABCDMR uma responsabilidade
Oswana M. F. Fameli - (11) 4437-1008
social
Drogas
14
Araçatuba
Waldman Biolcati - (18) 3623-1168
Bauru O cérebro do
Gerson Trevizani - (14) 3227-8503 Cidadania
estudante e as drogas
Campinas
Antonio F. dos Santos - (19) 3236-6333 38 Você é brasileiro?
Guarulhos Comportamento De verdade?
16
Wilson José Lourenço Júnior - (11) 4963-6842
Presidente Prudente
Antonio Batista Grosso - (18) 3223-2510 O ano escolar e a
Copa do Mundo Opinião
46
Santos
Ermenegildo P. Miranda - (13) 3234-4349
Sorocaba
22 Tendências
tecnológicas para a Nutrição
48
Edgar Delbem - (15) 3231-8459
Educação: Verde, rosa ou
MAIO DE 2014
Editor
É possível prever? amarelo
Adhemar Oricchio - MTB 8.171
Repórteres
Gisele Carmona Sociedade
Ygor Jegorow (estagiário)
Assessoria de Imprensa e
Produção Editorial
26 Sobrevida 50
Oficina
Arte de Celelê
Editor-chefe: Adhemar Oricchio
Editor gráfico: Balduino Ferreira Leite comemorada
Site: Gisele Carmona
Redes Sociais: Ygor Jegorow
Impressão: Companygraf
Colaboradores
• Ana Paula Saab • Antonio Higa
• Carlos Alberto Nonino 28
Reflexão
52 Obrigações
• Clemente de Sousa Lemes
• Ivaci de Oliveira • Jocelin de Oliveira
Problemas do não
• José Maria Tomazela • José Rodrigues
• Ulisses de Souza
aprender
www.sieeesp.org.br
Av. das Carinás, 525 - São Paulo - SP
CEP 04086-011 - (11) 5583-5500 54 Cursos
2 Escola Particular
Editorial
Benjamin
o Departamento
Sindicato dos Estabelacimentos de
Ensino no Estado de São Paulo
benjamin@einstein24h.com.br
Internacional
Queremos estimular
A diretoria do Sieeesp decidiu estrangeiras pelo telefone o intercâmbio
criar o Departamento de Relações (11) 5583-5518 ou pelo e-mail
Internacionais, com o objetivo internacional@sieeesp.com.br de experiências
de melhor potencializar as ações 2. VIAGENS EDUCACIONAIS:
que vêm sendo desenvolvidas estaremos participando e projetos
no exterior, e com isso prestar
importante serviço a nossos
efetivamente da realização
dessas viagens, desde sua educacionais, com a
associados, procurando estimular
o intercâmbio de experiências
concepção (locais e formato),
até o acompanhamento de seus
efetiva participação
e projetos educacionais, com a
efetiva participação de nossas
resultados, com um trabalho
de Relações Públicas junto a
de nossas escolas
escolas. organismos, autoridades e
De fato, por um lado, o Sindicato educadores contatados; celebração
vem desenvolvendo há muitos de convênios; criação de projetos
anos relações internacionais, seja envolvendo nossas escolas.
na organização de viagens de Como primeira ação concreta,
estudo realizadas anualmente, estamos firmando acordo com o 5. BANCO DE DADOS: o
seja convidando professores ou Governo da China, que inclui diversos Departamento iniciou a criação
palestrantes para nossos projetos e projetos, como intercâmbio de de uma pequena central de
eventos, notadamente para o Saber. professores, estudantes e trabalhos informações internacionais, a
De outro, como efeito multiplicador, interescolares. Nosso próximo passo serviço de nossos associados.
instituições do exterior têm será estreitar relações com Finlândia Evidentemente, trata-se de um
procurado sistematicamente o e Rússia. passo inicial, e o Departamento
Sieeesp, com o intuito de melhor 3. COORDENAÇÃO DE VISITAS trabalhará de forma integrada
conhecer o mercado brasileiro de INTERNACIONAIS: autoridades com as áreas de Comunicação,
educação e de estabelecer contatos e profissionais de educação Pedagógica, Cursos, Diretorias
com escolas ou fornecedores de têm procurado o Sieeesp para Regionais e outras para viabilização
produtos e serviços do setor. contatos e apresentação de de suas ações e prestando
Até a presente data, inexistia escolas em São Paulo e no Brasil. cooperação a elas. Pretendemos
internamente um setor que Precisaremos do interesse e desenvolver o projeto ESCOLAS
coordenasse esse trabalho , e apoio de nossos associados e dos IRMÃS, objetivando aproximar
perderam-se muitas chances de Sinepes para proporcionar a esses nossas escolas de instituições
fazer chegar ao mercado inovações, visitantes estrangeiros a mesma congêneres no exterior e
oportunidades e benefícios, hospitalidade que temos recebido gostaríamos de receber sugestões,
tanto para o Sieeesp como para no exterior. Estamos iniciando novas ideias e apoio para esta
seus associados. Evidentemente, um trabalho de aproximação importante iniciativa.
o Departamento estará sendo com o Itamaraty, embaixadas e Em um mundo globalizado,
progressivamente estruturado para consulados, com o objetivo de a área de educação precisa
prestar um número diversificado melhor coordenar essas ações. estar antenada com tudo que
de serviços, mas desde já, sob 4. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS: ocorre no exterior, como em
a direção de Oswaldo Tavares e temos dado apoio e participado qualquer atividade produtiva.
a assessoria de Daniela Rocha, de diversos eventos internacionais Especificamente, pela distância de
já estará à disposição para no Brasil. O Departamento terá países de melhor performance ou
desenvolver contatos ou viabilizar presença mais efetiva e comunicará de vanguarda na área de ensino,
ideias que venham a ser propostas. novidades e ideias de interesse queremos contribuir para uma
De forma mais concreta: para nossas escolas, convidando-as aproximação maior e para uma
1. ESTRUTURA: a Daniela estará inclusive a se juntarem ao Sieeesp valiosa troca de experiências que
atendendo associados e instituições nas ocasiões de maior interesse. venham beneficiar nossas escolas.
Escola Particular 3
Matéria de Capa
4 Escola Particular
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tado tanto da pauta de reivindicações das Reajuste salarial em 2014 Reajuste salarial em 2015
categorias profissionais, como da Feeesp, Em 1º de março de 2014, as esco- Em 1º de março de 2015, as es-
Sieeesp e Sinepes, os quais são signatários las deverão reajustar os salários colas deverão aplicar sobre os
da mesma. dos professores e dos auxiliares da ad- salários devidos em 1º de março de 2014
Com as mudanças que sempre ocorrem ministração escolar em 6,37% sobre os o porcentual definido pela média aritmé-
na legislação, jurisprudências e até mesmo salários devidos em 1º de março de 2013, tica dos índices inflacionários do período
nas relações cotidianas do trabalho, é o que representa 1% (um por cento) de compreendido entre 1º de março de 2014
importante a correspondente adequação. aumento real, adicionado à média aritmé- e 28 de fevereiro de 2015, apurados pelo
É certo, também, que, por mais que as tica dos índices inflacionários do período IBGE (INPC), FIPE (IPC) e Dieese (ICV),
partes tentem prever na norma coletiva compreendido entre março de 2013 e acrescido de 2,0% (dois por cento), a título
os seus direitos e suas obrigações, no de- fevereiro de 2014, apurados pelo IBGE de aumento real.
senrolar das relações entre empregados (INPC), Dieese (ICV) e FIPE (IPC). As escolas que deixarem de conceder
e empregadores, situações novas podem As escolas que deixarem de conceder a a PLR deverão acrescentar 2,5% ao reajuste
ocorrer. E esse é um dos objetivos da Con- Participação nos Lucros ou Resultados de- acima.
venção Coletiva de Trabalho: estabelecer verão reajustar os salários dos professores,
normas para que a relação jurídica traba- a partir de 1º de março de 2014 e deverão Pisos salariais
lhista se desenvolva dentro dos padrões acrescentar 2% (dois por cento) ao reajuste a) salário mensal de R$ 927,71,
legais, éticos e morais, sem prejuízos aos definido acima, totalizando 8,37%. neste valor já incluído o DSR, por
empregados e nem aos empregadores. As diferenças salariais resultantes da jornada de 22 horas semanais, para profes-
Assim, algumas cláusulas das Conven- não aplicação do reajuste acima referido sores que lecionam em escola que só tenha
ções Coletivas de Trabalho dos Professores nos meses de março e abril de 2014 poderão cursos de Educação Infantil.
e dos Auxiliares foram alteradas e outras ser pagas até o 5º dia útil de junho, junta- b) salário mensal de R$ 1.036,66, neste
inovadas da seguinte forma: mente com os salários de maio de 2014. valor já incluído o DSR, por jornada de 22
Escola Particular 5
Matéria de Capa
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horas semanais, para professores de Edu- mento de 30% de PLR ou Abono Especial do IBGE, no período compreendido entre 1º
cação Infantil e de Ensino Fundamental, até para o ano de 2015, não poderá ter mais de março de 2014 e 28 de fevereiro de 2015.
o 5º ano, que lecionam nas demais escolas. que 6 faltas entre o 1º dia letivo e o último O valor da cesta básica substituída deverá
c) salário hora-aula de R$ 12,26, para dia do mês imediatamente anterior ao do ser comprovado pela escola às entidades
professores que lecionam no Ensino Fun- pagamento da PLR ou abono especial. sindicais signatárias da Convenção Cole-
damental, do 6º ao 9º ano, ou no período tiva, quando solicitado.
noturno, nos níveis Fundamental e Médio. A escola também poderá substituir a
d) salário hora-aula de R$ 13,65, para cesta básica por qualquer outro benefício,
professores que lecionam no Ensino Médio.
e) salário hora-aula de R$ 12,98, para
Caso o professor ainda não concedido e de valor unitário
superior ao da cesta básica acima referida,
professores que lecionam em cursos de lecione em duas obedecendo ao mesmo critério de reajuste
formação inicial e continuada de trabalha- anual. A substituição da cesta básica por
dores e em cursos de educação profissional ou mais escolas, a outro benefício deverá ser formalizada em
técnica de nível médio. Acordo Coletivo firmado pela escola, que
f) salário hora-aula de R$ 19,05 para complementação poderá ser assistida pela entidade sindical
professores que lecionam em cursos pré-
vestibulares. será paga pelos dois patronal e com o sindicato profissional.
6 Escola Particular
de agosto de 2014, o período de trabalho
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mínimo para usufruir do direito à Garantia
Semestral de Salários será o de 22 (vinte e
dois) meses, na data da comunicação da
dispensa.
Escola Particular 7
Entrevista
Entrevista com
José Antonio Figueiredo Antiório
Gisele Carmona
Durante esse
período, muitas
coisas mudam
em relação à
legislação, à
jurisprudência e
ao nascimento de
novas sumulas
do tribunal
8 Escola Particular
Escola Particular 9
Entrevista
Nós tratamos
muito o caso do
período integral
e firmamos um
compromisso de
estudar férias
parceladas
a partir do
próximo ano
isso é levado às categorias até que se que a média, é diferente do que acon-
obtenha um consenso. Nem sempre em tece em uma escola grande. Uma escola
um primeiro momento o que você coloca pequena tem uma tributação diferente,
para os trabalhadores é recebido com muitas vezes feita pelo sistema SIMPLES.
tranquilidade. Vagarosamente, e obser- Quando você trabalha com uma escola
vando o que está se passando dentro do maior, uma escola que tem todos os ciclos
nosso país, as ideias vão se aprimorando envolvidos – infantil, fundamental e o
e a situação vai ficando mais confortável médio –, ela com certeza terá muito mais
para todos. E aí chega uma hora que você funcionários e suas reivindicações serão
tem que resolver, afinal, todos precisam maiores também. Às vezes eu falo em um
da solução. aumento “x” que para a capital é interes-
sante, no entanto, ela não é interessante
EP – Qual a responsabilidade de uma para o interior. Ao mesmo tempo eu falo
entidade como o Sieeesp em elaborar e de um número para o interior, que não é
discutir uma convenção coletiva? compatível para as escolas de periferia
Antiório – A nossa responsabilidade da capital. Então, é muito complexo esse
é com as escolas. Temos uma quantidade trabalho junto a diversas instituições
de associados muito grande, uma média e trabalhadores com perfis completa-
de 10.000 escolas no Estado de São mente diferentes.
Paulo e representamos todas elas. Em
contrapartida, o sindicato dos profes- EP – O que ficou de bom para os man-
sores representa uma média de 600 mil tenedores de escolas particulares depois
professores e mais ou menos essa mesma da assinatura da convenção?
quantidade em termos de administra- Antiório – Essa foi uma das melhores
dores escolares. Do meu ponto de vista, convenções que nós conseguimos cele-
eu preciso ter o meu trabalhador ao meu brar. Houve um fator de compreensão por
lado, feliz, para que ele possa trabalhar parte dos trabalhadores no aspecto da
com excelência. Do outro lado, a catego- dinâmica das mudanças que tem aconte-
ria profissional precisa ter o seu associado cido no Brasil. Nós tratamos muito o caso
feliz com a sua representatividade. Essas do período integral e firmamos um com-
são as questões fundamentais que geram promisso de estudar férias parceladas
algumas das principais dificuldades na a partir do próximo ano. Conversamos
solução final. também a respeito da mudança da cesta
básica para outro tipo de benefício que
EP – Os resultados de uma conven- poderá ser acordado entre as partes. E,
ção como essa podem colocar em risco além disso, tratamos um aspecto funda-
a saúde financeira das instituições de mental hoje, que é a questão das faltas.
ensino, correto? Nós temos tido uma quantidade de faltas
Antiório – As escolas como um todo dentro dos estabelecimentos de ensino
não são de pensamento administrativo que é considerável e tivemos consenso
homogêneo, ou seja, nós representamos por parte da classe trabalhadora nesse
as grandes, médias e pequenas escolas. ponto. Nós estamos vivendo em um país
Então, aquilo que acontece em uma com um momento de transição. Temos
escola de número de alunos menor do um grande evento internacional – que
10 Escola Particular
não sabemos como vai funcionar diante colégios privados. Depois eu iniciei uma convenção. É um desafio muito impor-
das manifestações que estão acontecen- pequena escola que se tornou hoje uma tante que estou assumindo e quero estar
do – e temos o processo eleitoral que vai das maiores escolas da região. Graças à altura dos anseios de todos aqueles que
acontecer entre outubro e novembro, a um trabalho direcionado para quali- irão participar.
que pode mudar substancialmente o dade do ensino e boa estrutura física,
rumo do desenvolvimento do país, da nós temos tido sucesso. Aprendi muito EP – Qual a mensagem que o senhor
economia e da parte financeira de to- na minha vida, não só trabalhando em pode passar para os mantenedores de
dos, inclusive do próprio trabalhador educação, mas também em empresa escolas particulares.
brasileiro. E, para completar, temos um privada e pública. Com isso aprendi a ter Antiório – Procuramos desenvolver
aspecto mundial em diversas partes do bom senso, paciência e agir com justiça, tudo aquilo que eles realmente precisam
mundo, onde conflitos constantes estão o que, aliás, me gerou reconhecimento baseados na nossa experiência de admi-
causando o pensamento de uma possível por áreas do terceiro setor. Esse é o caso nistração. Eu tenho uma escola que não
guerra mundial. Esses são todos fatores da ACM (Associação Cristã de Moços), é pequena, graças a Deus, e eu participo
externos que podem influenciar e desen- que eu dirigi no Brasil e hoje sou parte da também do Colégio Rio Branco como
cadear um novo processo dentro das administração em nível latino americano, vice-presidente do conselho na unidade
negociações, tanto na parte econômica sendo ela das maiores organizações exis- Granja Viana. Então, são as dificuldades
quanto social. tentes no mundo. E, dentro do Rotary, que vemos nas escolas que procuramos
consegui galgar um excelente patamar levar para a mesa de negociação e acre-
EP – Gostaríamos de ter um perfil de nessa escalada. Atualmente eu sou dire- ditamos que fizemos o melhor para a
sua atuação à frente de uma entidade tor do Rotary Internacional. Para ter uma educação de São Paulo. Estamos sempre
sindical com o Sieeesp. São muitos anos ideia da responsabilidade, precisamos pensando que nossos alunos devem sair
de luta em prol de uma categoria tão administrar uma receita financeira de das instituições de ensino com capa-
importante para a vida do país. um bilhão de dólares, por ano. E recente- cidade intelectual e de qualidade para
Fale também um pouco de sua vida mente, fui premiado com uma grande enfrentar não só os desafios dos exames
como educador. Aliás, não só como edu- notícia. Fomos escolhidos para coordenar vestibulares, mas também os desafios da
cador, mas de uma atuação destacada um dos maiores eventos que acontece no vida. E com isso eu creio que o sindicato
em outros ramos de atividade, como o mundo: a convenção mundial do Rotary. das escolas, da qual nós fazemos parte,
Rotary, por exemplo. No Brasil, será realizada no próximo ano, e a federação dos estabelecimentos de
Antiório – Eu sou educador desde de 6 a 10 de junho, em São Paulo. Estamos ensino, que aglutina a toda parte de São
1966. Comecei dando aula antes de aguardando cerca de 40.000 pessoas do Paulo e interior, estão fazendo jus àquilo
ingressar na universidade. Posterior- Brasil e de várias partes do mundo. Eu fui que os mantenedores colocaram sob a
mente, dei aulas em cursinhos e em indicado para ser o coordenador dessa nossa responsabilidade. •
Escola Particular 11
Viagem
VIAGEM DO SIEEESP À
12 Escola Particular
Escola Particular 13
Drogas
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O cérebro do estudante
e as drogas
P ara dar início a leitura dessa nova série
à REVISTA ESCOLA PARTICULAR, gos-
taria de convidá-los a entender um pouco
mais sobre aspectos neurocientíficos que
envolve o problema das drogas, como
definições e conceitos que serão encontra-
dos no decorrer da leitura.
Drogas: Quando falo em drogas, estou
me referindo às substâncias que exercem
Abuso de
ações no cérebro humano capazes de drogas: é
provocar alterações comportamentais e
químicas no nosso organismo. o consumo
Abuso de drogas: é o consumo de qual-
quer substância que cause consequências de qualquer
adversas ao organismo.
Adicção: é o padrão de comportamen- substância
to de abuso da droga caracterizado pelo en-
volvimento irresistível pelo seu consumo, que cause
em que a pessoa não consegue resistir ao
impulso de utilizá-la repetidamente. consequências
Tolerância: é um fenômeno em que
após repetidas utilizações da droga, o
adversas ao
usuário necessita de doses maiores para
obter as sensações prazerosas que sentia
organismo
inicialmente com uma dosagem inferior.
Exemplo disso são as pessoas que anos
atrás necessitavam de apenas um copo
de cerveja para se sentirem embriagadas
e hoje necessitam de beber mais de uma
garrafa para sentir os efeitos do álcool.
14 Escola Particular
Dependência de drogas: consiste em
alterações comportamentais e químicas
no cérebro do usuário que causam desejo
e o levam à busca incessante pela utilização
da droga.
Síndrome de abstinência: está presente
nesses dependentes químicos e é caracte-
rizada pela experimentação de sintomas
e sensações de desconforto psicológico e
fisiológico, devido à ausência da substância
no organismo.
Fissura ou craving: compreende as criados nessa região a partir do uso da exemplo, praticar esportes, sair com ami-
sensações de forte desejo pela busca e uso droga de abuso e esses estímulos atingirão gos, namorar, comer em um restaurante,
da droga, normalmente acompanhado de o núcleo accumbens e, posteriormente, o ir ao cinema, assistir a um bom programa
sintomas ansiosos e presentes na síndrome córtex pré-frontal, região responsável pelo de televisão, a um show de rock ou na ex-
de abstinência. comportamento emocional. perimentação de um sorvete, por exemplo.
Os neurônios presentes nessa via são Diferentemente de quando a pessoa
Como as drogas agem no cérebro? chamados dopaminérgicos e o que basi- estimula naturalmente a liberação de
Diversos estudos se propõem a investi- camente ocorre é que as drogas de abuso dopamina, provocando um “alto natural”,
gar como as drogas agem no cérebro. Uma atuam no sistema de recompensa cerebral o uso de drogas provocará um “vício”
das hipóteses mais aceitas até hoje propõe estimulando a produção, a liberação de dos receptores de dopamina no cérebro,
que a droga ativa o chamado sistema de dopamina – substância relacionada com o fazendo com que o cérebro necessite de
recompensa cerebral. prazer – aumentando assim sua quantidade mais dopamina, forçando assim o jovem a
Esse sistema compreende algumas no cérebro e proporcionando as sensações buscar mais droga. •
regiões do cérebro, localizadas dentro do prazerosas da droga.
sistema límbico, que são responsáveis pelas Muito importante salientar que da
emoções, sensações de prazer e relaciona- mesma maneira que a droga é capaz de es- Dr. Gustavo Teixeira
Médico psiquiatra da
das também ao problema do uso de drogas. timular o sistema de recompensa cerebral, infância e adolescência.
Professor visitante
O sistema de recompensa cerebral, ou cir- aumentando a liberação de dopamina nas da Bridgewater State
cuito do prazer, começa na área tegumen- regiões cerebrais e provocar sensações de University. Mestre em
Educação, Framingham
tar ventral, localizada na região cinzenta prazer, outras atividades são também ca- State University.
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do tronco cerebral. Impulsos elétricos são pazes de estimular esse sistema, como, por
Escola Particular 15
Comportamento
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As empresas vêm enfrentando proble-
As empresas não transformações, a começar pelo debate
mas específicos e reincidentes com seus
funcionários, ou melhor, com seus colabo-
sabem o que fazer do papel da mulher, e a quebra de barreiras
políticas. Eles foram a juventude que saiu
radores entre 18 e 30 anos. Além de não
saberem mais o que fazer para que che-
para que respeitem de casa para morar sozinha, pregando a
paz, o amor e o sexo livre. Essa geração foi
guem na hora, igualmente não sabem o
que fazer para que respeitem a hierarquia,
a hierarquia e muito contestadora e isso catalisou uma
série de mudanças, muitas das quais se
preocupem-se quando erram, entendam
que é preciso fazer as mesmas coisas du-
preocupem-se vive até hoje. Embora libertários, os baby
boomers valorizam a família e as relações
rante um tempo e, o mais terrível para as quando erram afetivas. Defendem a paz acima de tudo e
empresas: não peçam demissão de três em não lidam bem com conflitos.
três meses! Estamos diante de alguns dos Consideramos como membros da
principais comportamentos da chamada geração X, aqueles nascidos entre a se-
Geração Y que estão deixando seus geren- lores, atitudes e crenças. Hoje, já temos, gunda metade da década de 60 e o início
tes, que geralmente são da geração X, de interagindo nas empresas, 3 gerações: os da década de 80. Estão hoje com idades
cabelos brancos antes da hora. É claro baby boomers, nascidos após a Segunda entre 30 e 45 anos e são uma geração que
que há muitas características positivas na Guerra Mundial, no final da década de 40 viveu as últimas grandes transformações
geração Y que precisam ser apresentadas, e na década de 50, a Geração X, nascida da sociedade, dentre elas, o fim do Socia-
sob pena de parecermos parciais. Eles são nas décadas de 60 e 70 e a recém chegada lismo e o fim da Ditadura Militar. Assistiram
altamente inovadores, encaram (e até Geração Y, nascida nas décadas de 80 e ao surgimento da AIDS, viveram as Diretas
pedem) desafios, são rápidos, quando 90. Podemos dizer que com o aumento Já, a hiperinflação e a mudança de moedas,
compram a ideia, são obsessivos com re- da expectativa de vida, em breve, teremos além da ascensão da tecnologia. Em razão
sultados. A questão é que para que essas convivendo no Mercado de Trabalho, 4 dessa trajetória, a geração X é uma geração
características se destaquem, os jovens gerações, com a maioridade da Geração caracterizada pela busca da segurança,
dessa geração precisam ser “atendidos” Z, que hoje está na faixa de 5 a 15 anos de principalmente através do trabalho, onde
em seu estilo peculiar de ser. As empresas idade. Sem tom de premonição, pergunta- valorizam ganhar mais e sentir-se seguros.
que conseguem compreender e superar mos: será que vem por aí uma guerra? A Geração X busca ser promovida no tra-
essa questão estão usufruindo do enorme Parece-nos óbvio que esse assunto diga balho através do esforço e da formação.
potencial produtivo e inovador dessa gera- respeito à Educação, à Escola e aos edu- São fiéis às empresas que lhe oferecem
ção. As que não conseguem, estão optando cadores. Vamos às descrições necessárias. oportunidades e sabem lidar com a hierar-
por colocar nas exigências do cargo, idade A expressão Baby boomers vem do quia (em nome disso, aprenderam a “engolir
superior a 30 anos. advento da explosão de nascimentos sapos”). Acredita-se que 60 a 70 por cento
É importante dizer que o conflito que ocorreu logo após o fim da Segunda dos professores brasileiros que atuam em
de gerações sempre existiu ao longo da Guerra Mundial, com a volta dos soldados sala de aula façam parte da geração X e,
história, porém nunca teve como carac- para casa. Essa geração que está hoje, em como tais, carregam os valores inerentes
terística, diferenças tão gritantes de va- média, acima dos 50, promoveu grandes a essa trajetória.
16 Escola Particular
Escola Particular 17
Comportamento
Os YZ gostam de desafios
e quebram paradigmas
com facilidade
A chamada geração Y está hoje, aproxi- negativos de atitudes que podem originar
madamente, na faixa entre 16 e 29 anos. conflitos relacionais. Para isso, precisamos
Essa geração nasceu e cresceu na De- ver o mundo através dos olhos dessas
mocracia, junto com a internet. É voltada novas gerações. As gerações Y e Z pos-
para si mesma e para o prazer. É a geração suem crenças e atitudes que precisam
videogame e por isso desenvolveu atitudes ser trabalhadas. A primeira delas é serem
como: estar no comando, poder ser quem conectados. Nós professores precisamos
quiser, trabalhar com metas e objetivos, vencer as resistências e nos conectar de
buscar soluções, ser adepta da tentativa vez. Os YZ gostam de desafios e quebram
e erro, encarar o erro como parte do jogo paradigmas com facilidade. É preciso que,
(acham que sempre podem tentar outra ao entender isso, intensifiquemos o uso
vez), necessitar de feedback constante e de técnicas de ensino que potencializem
rápido, acreditar mais nos pares do que nos a inovação e a criatividade. A necessidade
mais velhos, analisar rapidamente as situa- de receberem feedbacks rápidos é outra
ções e imediatamente tirar conclusões. A marca registrada dessas gerações. Isso nos
maioria dos alunos do Ensino Médio são leva a rever nosso processo de avaliação,
membros representativos dessa geração. no sentido de tornar os resultados os mais
Gosto, particularmente, da analogia entre o imediatos possíveis. Programas que viabili-
comportamento da Geração Y e o contexto zam avaliação via computador se adequam
dos videogames. Sua concepção de erro, bastante a essa necessidade. Desenvolver
por exemplo, é claramente influenciada rotineiramente técnicas de concentração e
pela concepção de erro nos videojogos. foco vai ajudá-los a não perder o foco com
Errar não é o fim, é uma oportunidade para tanta facilidade e, por fim, atividades que
aprender uma nova jogada, sem contar que exijam grande poder de análise e decisão
quase sempre temos uma “vida” guardada prestam-se a “amansar” o elevado padrão
que nos permite jogar de novo. Por um lado de impulsividade que os caracterizam.
isso é bom porque retirou deles o peso que A essência do processo educacional é
tem o ato de errar para nós (geração X e a transformação do outro no melhor ser
baby boomers) humano possível. Ajuda-nos a avaliar se
A geração Z encontra-se na faixa entre estamos sendo bem sucedidos na tarefa,
5 e 15 anos e se caracteriza por alguns uma rápida análise das atitudes gerais de
comportamentos da geração Y levados nossas crianças, adolescentes e jovens
ao exagero, como por exemplo o uso da com relação ao mundo, às pessoas e aos
tecnologia. As características específicas desafios que se apresentam ao longo do
dessa geração são “zapear” através do caminho. Precisamos superar de vez o
controle remoto (vem daí o “Z”). Fazer milenar conflito de gerações. •
várias tarefas ao mesmo tempo. Já nasce-
ram num mundo tecnológico, por isso, são
menos deslumbrados que os da Geração Y
com chips e joysticks. Pensam tecnologica- Júlio Furtado é educador e
palestrante
mente desde o berço. Esses são os alunos juliofurtado.com.br
do Ensino Fundamental.
Alguns caminhos podem ser segui-
dos para que cumpramos nossa função
educadora e minimizemos os impactos
18 Escola Particular
Escola Particular 19
Motivação
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O ANO ESCOLAR E A
COPA DO MUNDO
C omo a escola pode tornar um grande
evento esportivo em um grande mo- É necessário E, se não existe futebol sem chute, qual
professor de Biologia não ficaria honrado
tivador da aprendizagem?
Desde o início do ano passado, as
pensar a Copa do por poder explicar os músculos em ação da
perna do Neymar, comentando aquele gol
escolas por todo o Brasil têm discutido o
calendário escolar em virtude da Copa do
Mundo como uma espetacular que, mesmo sem fazer um exer-
cício de futurologia, acreditamos que virá
Mundo. Entretanto, passada essa fase, uma
vez que os calendários de 2014 de cada colé-
oportunidade de para a alegria geral da nação verde-amarela?
A distante, e de nome estranho, Bósnia-
gio já estão prontos e divulgados, e o ano
letivo já corre a pleno vapor, é necessário
aprendizado Herzegovina, cuja seleção tem presença
confirmada nos estádios brasileiros, com
pensar a Copa do Mundo, no Brasil, como A Brazuca, a bola oficial do torneio, por certeza tem muito a ensinar aos nossos
uma oportunidade de aprendizado para exemplo, poderá sair rolando do gramado alunos sobre a região dos Bálcãs. Os pro-
os nossos alunos. Como? As possibilidades diretamente para uma aula de Química. fessores de Geografia finalmente poderão
são inúmeras. Qual o material utilizado em sua fabricação? aproximar as fronteiras longínquas e
Mais que um tema transversal que Como se chegou a esse material? Por que muitas vezes geladas de tantos países ao
pode abarcar várias disciplinas escolares, 437 gramas, nem mais nem menos? Ao ensolarado Brasil.
a Copa aproxima o cotidiano que estará que os nossos professores de física podem A temida Matemática ficará muito mais
em todos os meios de comunicação ao colaborar ajudando os alunos a pensar e cal- simpática aos olhares escolares se fizer
estudo teórico tantas vezes distante do cular trajetórias da Brazuca, força do chute o cálculo da probabilidade do Brasil ser
alunado. Com a proximidade do torneio as dos jogadores e tantos outros aspectos campeão, ou vice, pelo menos. O cálculo
discussões ganham as casas, os escritórios, físicos que uma atividade como o futebol do custo da construção de um estádio e
e, por que não, as escolas? proporciona. da renda que cada jogo proporcionará
20 Escola Particular
ajudará nossos jovens a entender o tempo
Que Brasil é esse
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que será necessário para se pagar uma
construção desse porte. Por que também
não se ensinar juros, tomando por base
que gasta milhões
o salário astronômico de um jogador de
futebol em qualquer aplicação financeira?
em uma Copa do
As oportunidades de ensinar Matemática
a partir da Copa do Mundo são quase tão
Mundo de Futebol,
infinitas quanto são os próprios números. mas tem deficiências
Enfim, não há componente curricular
que não possa ganhar outro brilho com algo gravíssimas na saúde
que é tão caro ao brasileiro como o futebol,
sempre nossa paixão nacional. e na educação?
Consciência crítica e valores conteúdos que não se renovam. Os compo- gigantescas. O que resta, principalmente
Se acontecem tantas manifestações nentes curriculares não podem ser caixas a nós educadores, é explorar todos os
em várias cidades brasileiras justamente estanques que não conversam entre si aspectos possíveis de serem abordados
contra a Copa, em que contexto elas apa- e, principalmente, não conversam com a em sala de aula e fazermos a nossa parte.
recem? Que Brasil é esse que gasta milhões realidade que os cerca. Se a Copa do Mundo trará um grande
em uma Copa do Mundo de Futebol, mas O docente tem a obrigação de buscar prejuízo aos cofres públicos e à sociedade
tem deficiências gravíssimas na saúde, na oportunidades de sempre relacionar o em geral, pelo menos nossos alunos têm
educação e em tantas outras áreas? Uma conteúdo de sua disciplina ao mundo que de sair ganhando, e isso não depende de
aula interdisciplinar de História, Sociolo- está à volta do aluno e de todos nós. Com nenhum juiz, e pode ser feito em muito
gia, Filosofia, poderia discutir profunda- certeza, fazendo relações relevantes, o mais do que 90 minutos. •
mente a questão. aluno não mais perguntará em sala de aula
E a Copa do Mundo pode ser apenas “Para que eu aprendo isso?”
o pontapé inicial. Aulas de atualidades ou Se somos contra ou a favor da Copa
Miriam Bevilacqua é
pelo menos as atualidades devem permear, do Mundo em nosso país é uma discussão diretora geral do Colégio
Marista Nossa Senhora
sempre que possível, o trabalho de sala de que deveria ter sido feita previamente, da Glória, da Rede de
aula. Temos de criar o hábito de discutir com a participação da sociedade. Não foi Colégios do Grupo
Marista.
o jornal impresso, ou virtual, em sala de isso o que aconteceu. E não adianta, nesse colegiosmaristas.com.br/
aula semanalmente. A escola não pode momento, querermos impedir um evento
ser uma ilha isolada do mundo, ensinando mundial de proporções e implicações
Escola Particular 21
Educação Digital
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pertinentes aos assuntos abordados, os
quais poderão ser disponibilizados por
aplicativos específicos (Apps), via “LMS”
(Learning Management System, sistemas
de gestão da aprendizagem), por acesso
direto a Mediaware de acesso livre, com
conteúdo disponibilizado na Internet por
bases de conhecimento produzidas por
sistemas de Knowledge Management
System (CARVALHO NETO, 2014), abrevia-
damente, KMS®.
22 Escola Particular
Escola Particular 23
Educação Digital
Quando tomamos um livro nas mãos, tância, consegue atender a 100% das
esteja ele sobre a mesa ou numa estante de expectativas dos docentes, pelas mais
biblioteca, temos uma mídia que disponibi- variadas razões.
liza informação por processo gráfico de Com isso, o que se apresenta são con-
impressão mecânico-química. Esta pre- textos em que os próprios professores
ciosidade é, normalmente, vinculada a um passam a produzir conteúdo, ao menos
gesto individual e isolado já que a leitura, complementar aos que já são disponibiliza-
por razões ópticas principalmente, se faz dos comercialmente ou de forma gratuita
de modo frontal e por uma única pessoa pela Internet. Segundo a pesquisa, cada
por vez (exceto em livros pensados e pro- vez mais os próprios professores vão
duzidos para permitir socialização durante produzir conteúdo de conhecimento, por
a leitura, em casos muito específicos). Já a via digital, disponibilizando-o a seus alunos
mídia digital, por sua acessibilidade e pelas por via digital.
variadas características e performance Segundo o pesquisador Stravos P. Xan-
dos dispositivos opto-eletrônicos, permite thopoylos (UNIVERSIA, 2014) “No futuro
que um mesmo conteúdo de informações haverá instituições de ensino que só vão
possa ser compartilhado por muitos, seja certificar, instituições de ensino que só
através de dispositivos móveis com acesso vão avaliar e instituições de ensino que
à Internet, residentes ou, ainda, via pro- só vão disponibilizar o conteúdo.” Estas
jeção por projetores multimídia em telas, considerações ecoam com aquelas que
ou diretamente por lousa digital. apresentamos a respeito da tendência de
Como vemos, o compartilhamento professores especialistas, capacitados,
digital se dá com sensível otimização atuarem em curva crescente como autores
econômica além de ampliar, de forma es- em ecossistemas digitais.
petacular, as possibilidades oferecidas por
modalidades de mídias digitais (‘multime- Aulas multimídia: objetos educacio-
dia’) tais como simuladores e animadores, nais digitais (OED)
jogos digitais, infográficos, áudio e audio- Objeto de Aprendizagem (OA), com
visuais, complexmedia, hipermídia etc. frequência também chamado Objeto Edu-
Outro aspecto que destacamos é a cacional Digital - OED (CARVALHO NETO,
crescente tendência, ainda que restrita 2011), pode ser compreendido como “qual-
no momento a determinadas instituições quer recurso que possa ser reutilizado
em função de perfil, de se contar com para suporte ao ensino” (WILEY, 2000, p.
professores-autores. São conhecidas 3). Objetos educacionais podem ser veicu-
pesquisas nas quais se evidenciam os lados em qualquer mídia ou formato, com-
graus de insatisfação com que os profes- preendendo desde um documento, como
sores lidam com conteúdo educacional um texto, passando por uma simulação,
publicado o qual, em nenhuma circuns- animação, áudio, audiovisual, hipertexto,
Objetos
educacionais
podem ser
veiculados em
qualquer mídia
ou formato
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24 Escola Particular
complexmedia, hipermídia, hipermídia em um OED. Dentro de variados cenários ao cotidiano de estudantes e professores.
complexa etc. educacionais esta produção artesanal Com isso vão se alterando os cenários
Os objetos educacionais foram se con- poderá contribuir, de alguma forma, com pedagógicos da atualidade, projetando-os
solidando de forma emergente como um o processo educacional, incorporada a um para um futuro onde o acesso à informa-
meio de organizar e estruturar recursos processo pedagógico. ção e às bases de conhecimento digital
dedicados à educação tendo em vista seu Por esta linha, a produção multimídia tendem a se democratizar, um direito que
caráter essencial de serem reutilizáveis, tende a crescer rapidamente e, impor- todo cidadão tem à educação. •
diante das possibilidades oferecidas pelas tante, passar a ser incorporada mais e mais (Continua no próximo número)
tecnologias digitais.
Para Wiley (2000), portanto, OED
são entendidos como entidades digitais REFERÊNCIAS
entregues via Internet, significando que • Artigo na revista Exame: 5 tendências de tecnologia para educação até 2028. Disponível em:
qualquer pessoa pode ter acesso e uso, http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cinco-tendencias-de-tecnologia-para-educacao-
ate-2028. Acesso em 16/04/2014.
simultaneamente a outros usuários. Ainda
segundo Wiley, essas são as diferenças • CARVALHO NETO, C. Z. Knowledge Management System (KMS): engenharia editorial e gestão
do conhecimento a serviço da educação digital. São Paulo: Laborciencia editora, 2014.
fundamentais entre a mídia instrucional
tradicional e os OED. • Educação digital: Paradigmas, tecnologias e complexmedia dedicada à gestão do conheci-
mento. Tese de doutoramento defendida perante o Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Como vimos no artigo passado, no e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2011.
Brasil e produção de objetos educacionais Disponível em: http://www.carvalhonetocz.com/artigos/. Acesso em 16/04/2014.
digitais já se incorporou, inclusive, aos Pro- • UNIVERSIA: disponível em http://noticias.universia.com.br/tag/educa%C3%A7%C3%A3o-2028/.
grama Nacional do Livro Didático (PNLD). Acesso em 16/04/2014.
Para a produção de OED é necessário • WILEY, D. A. The instructional use of learning objects. On-line version. 2000. Disponível em:
se contar com uma equipe altamente http://reusability.org/read/.2000. Acesso em 20 fev. 2007.
especializada, quando os objetos são
profissionalmente concebidos e forneci-
dos, já que a complexidade envolvida no
processo é deveras elevada. No entanto é
possível se produzir objetos educacionais Cassiano Zeferino de Carvalho Neto é pós-doutorado em educação digital pelo ITA e
doutorado em engenharia e gestão do conhecimento pela UFSC; é mestre em educação
digitais de forma artesanal, para não se científica e tecnológica (UFSC) e especialista em qualidade na educação básica (INEAM/OEA/
USA). Tem licenciaturas em Física e Pedagogia (PUCSP). É fundador e atual presidente do
dizer caseira. Um audiovisual produzido Instituto Galileo Galilei para a Educação (IGGE), e também fundador e diretor executivo da
Laborciencia editora. www.carvalhonetocz.com. Contato: carvalhonetocz@gmail.com.
por estudantes que registram o processo
continuado de poluição de um córrego, Esta coluna conta com o apoio do Instituto Galileo Galilei para a Educação (www.igge.org.br)
no bairro onde moram, pode se constituir
Escola Particular 25
Sociedade
SOBREVIDA COMEMORADA
sxc.hu
office.microsoft.com
sxc.hu
N ão são poucas, nem desacreditadas,
as previsões que anunciam o fim dos O advento da mídia virtual
jornais impressos.
A mídia virtual, noticiando em tempo
obrigou os jornais em papel ao trato
real, atinge um número cada vez maior
de leitores, democratizando o acesso à
diferenciado da notícia
informação e permitindo a popularização
do direito de manifestação. Sua estrutura e contextos. Grande parte dos órgãos de amansar ou censurar conteúdos é o sonho
é menos onerosa e mais ágil. imprensa cuidou de estruturar versões de criança de déspotas e ditadores, pouco
Contudo, a mídia impressa resiste, virtuais e físicas do mesmo veículo, facul- habituados à diversidade de opiniões e
como que sorrindo da anunciada aposen- tando ou não o acesso irrestrito. manifestações.
tadoria. Tratou de operar mudanças em Refletindo a incipiência do hábito da Mídias mal intencionadas e tendencio-
suas rotinas, e transformar a internet, de leitura e busca de informações, a tira- sas são combatidas e responsabilizadas
concorrente, em colaboradora. gem dos grandes veículos de imprensa por vias judiciais, e tendem ao descrédito,
Jornais impressos possuem peculiar é pequena, se comparada ao número de na exata medida da formação cultural do
encanto, integrando hábitos e culturas leitores potenciais. São universalmente li- público alvo. São, quase sempre, financia-
que habitam sucessivas gerações. Clicar das as manchetes dos jornais expostos em das pelos que tiram proveitos políticos,
teclas, até no banheiro, não tem o mesmo bancas, e seletivamente lidos os editoriais sociais e econômicos do desvirtuamento.
sabor e satisfação que folhear páginas. e artigos de outros colunistas. É salutar a sobrevivência da mídia
É sólida a imagem de confiabilidade Jornais impressos constituem vítimas impressa, que ocupa espaço não suprido
da imprensa escrita, que documenta in- preferenciais de regimes autoritários, pelas novas modalidades de informação.
formações e responsabilidades. Leitores pela simples e nefasta censura ou pelo dis- Jornais em papel, que atravessam sufocos
assíduos chegam a recortar e arquivar simulado sufocamento financeiro. Diversos e penúrias, cumprem missão de utilidade
notícias e análises. analistas, com plena razão, costumam pública, até quando, vez ou outra, desin-
Jornais impressos documentam e per- medir a intensidade da democracia pela formam. •
petuam a publicidade de atos, providên- sobrevivência e desenvoltura dos jornais,
cias e escritos com efeitos judiciais, a quando pouco ou nada alinhados.
exemplo de editais os mais diversos. Em Do jornal no canto da sala ao rádio de Pedro Israel Novaes
tal característica, de perpetuidade da pilha, sobre o muro, passando pela TV e de Almeida
Engenheiro agrônomo e
informação, são imbatíveis. computador, a informação e entreteni- advogado, aposentado.
pedroinovaes@uol.com.br
O advento da mídia virtual obrigou os mento habitam os ambientes humanos, in-
jornais em papel ao trato diferenciado da formando ou desinformando, construindo
notícia, agora acompanhada de análises ou demolindo culturas. Tentar domesticar,
26 Escola Particular
Escola Particular 27
Reflexão
Eu adoro cavalo!
Sei montar desde
pequeno, monto
muito bem em
pelo! Eu tenho um
cavalo só meu!
André Luiz
André Luiz entrou no consultório, prati-
camente arrastado pela mãe, escondendo-
se atrás dela. De soslaio, perguntou:
PROBLEMAS DO
Eu vou ficar internado?
Internado, por que?
Por causa que eu não sei ler e escrever.
NÃO APRENDER
Eu não aprendia porque ela me batia.
Eu não sou inteligente, não. Só um
pouquinho. Porque eu não sei ler.
Eu adoro cavalo! Sei montar desde
28 Escola Particular
Escola Particular 29
Educação Sexual
Inclusão Escolar e a
sexualidade nos alunos com
deficiência intelectual
30 Escola Particular
já estão formados e os hormônios agindo
a todo o vapor. Na infância, a excitação se É preciso ter profissionais habilitados
dispersa bem rápido. Já na adolescência,
envolve a liberação de hormônios, o que
para lidar com os alunos portadores de
requer um tempo maior para a dispersão
ou uma atuação mais direta, como a mas-
necessidades especiais
turbação.
O erro foi lidar com o comportamento • Deixar claro, numa linguagem que suas dúvidas sexuais e, principalmente, ser
sexual do aluno como se fosse o de uma ele é capaz de entender, as normas da reconhecidos no ambiente escolar por suas
pessoa adulta sem comprometimentos escola em relação ao comportamento habilidades pessoais, como tocar um instru-
intelectuais. Esse garoto não estava pre- sexual. É importante para a adequação mento musical, participar de um esporte,
cisando fazer sexo com outra pessoa, ele social desse rapaz que ele tenha limites, desempenhar uma atividade artística.
precisava aprender a lidar com o estímulo e os compreenda. Se esses limites não A inclusão escolar pressupõe acolher
sexual no ambiente escolar, para conse- forem colocados claramente, o deficiente, todas as pessoas na escola. Isso foi uma
guir respeitar as normas de convivência por si só, não vai descobrir que está sendo grande conquista! Mas, não basta estar na
social. inconveniente; lei, é preciso ter profissionais habilitados
Algumas sugestões de encaminha- • Buscar identificar, junto ao aluno para lidar com os alunos portadores de
mento que a escola poderia ter adotado: e à família, se há algum tipo de estímulo necessidades especiais: tanto para ensinar
• Conversar individualmente com o recorrente, e ajudar a neutralizar este fato. os conteúdos letivos como para lidar com
garoto para descobrir se ele sabe o que Por exemplo, a dificuldade nas atividades suas limitações. Devemos entender que
está acontecendo com o seu corpo e que escolares ou a descriminação dos colegas mesmo sendo diferentes, essas pessoas
a masturbação não é uma atividade per- pode impedi-lo de buscar prazer em outras possuem os mesmos direitos que qualquer
mitida na escola – a interpretação do que atividades e fazê-lo centrar esta gratifica- pessoa, inclusive na sua função sexual e
está acontecendo com ele é fundamental ção no sexo, no caso, a masturbação; reprodutiva. •
para uma abordagem adequada; • Preparar o corpo docente e até
• Ensinar de forma clara e sem subter- outros funcionários da escola para lidar
fúgios as mudanças na puberdade e o que com a sexualidade, principalmente, nas
o estímulo sexual pode promover em seu pessoas com deficiência intelectual, em Maria Helena Vilela é
educadora sexual e
corpo. A desinformação tende a piorar o que a linguagem precisa fazer sentido para diretora do Instituto Kaplan
kaplan.com.br
quadro. Ele, mais do que os demais, precisa ele e o vocabulário empregado ser do seu
de alguém que o ajude a decifrar aquelas conhecimento.
“coisas absurdas” que ele acha que estão É muito importante que eles possam
ocorrendo com ele; ter um espaço com quem compartilhar
Escola Particular 31
Social
COMBATE À
PEDOFILIA:
uma responsabilidade social
A prática de ato sexual ou libidinoso
contra crianças é crime. A pedofilia é
um transtorno do comportamento sexual
que se caracteriza pela “preferência em
realizar, ativamente ou na fantasia, práticas
sexuais com crianças” (DALGALARRONDO,
2008: 260). A participação da sociedade
na prevenção deste crime é fundamental, DISTRIBUIÇÃO ANUAL DOS CASOS NOVOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL POR FAIXA ETÁRIA
pois, apesar de violento e perturbador para
as vítimas, ele se esconde no silêncio resul-
tante da percepção de que os adultos são
donos das crianças. Em razão do caráter
sorrateiro, perverso e oculto desse crime, é
importante que a sociedade entenda o que
é pedofilia, como prevenir, como identificar
sinais de que alguma criança esteja sendo
vítima, além de conhecer os canais de
denúncia e atuar ativamente para mitigar
e proteger as crianças desses criminosos.
Os pedófilos possuem um transtorno
do comportamento sexual e suas ações
podem incluir a observação da criança
despida, despir-se em frente à criança,
masturbação ou relação sexual completa.
Há dois perfis de pedófilos: o abusador,
que se caracteriza por ser um indivíduo
imaturo que usa carícias discretas, a ponto Fonte: Centro de Referência da Mulher in Drezet, J. 2009
da própria criança e quem está ao redor não
perceberem que estão sendo agredidos e o Em São Paulo, a partir da criação da 4ª Delegacia de Polícia de Repressão à Pedofilia,
molestador, que possui comportamento in- em Dezembro de 2011, iniciou-se a criação de um banco de dados com fotos de estupra-
vasivo e violento. Este pedófilo pode ser um dores e pedófilos.
molestador situacional ou preferencial, que
só alcança gratificação sexual se a vítima INDICADORES DE PEDOFILIA EM SÃO PAULO
for uma criança. Já o abusador não tem a Quantidade de Denúncias no Estado de São Paulo
criança como objeto central de suas fanta-
sias, pode ser casado e viver com a família
e, em situações de estresse, sente-se mais
confortável com crianças (SERAFIM; SAFFI;
RIGONATTI; CASOY & BARROS, 2008).
Os pedófilos podem ter acesso às
crianças através da internet (redes sociais,
e-mails, chats públicos, quartos, salas de
bate papo, msns etc.) ou nos seus locais
de vivência (residência, escola, escotismo,
parques etc.).
O Centro de Referência da Saúde da
Mulher, no Hospital Perola Byington já iden-
tificava, em 2008, um aumento significativo
de crianças vítimas de violência sexual. Fonte: Dados da 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia, DHPP - Período compreendido entre 2012 e março de 2014.
32 Escola Particular
Tendo em vista os dados computados
freeimages.com
até março, pode-se observar uma tendên-
cia de aumento nas denúncias em relação
aos anos anteriores e consideramos impor-
tante todas as ações para prevenção à ação
dos pedófilos e abusadores e, quando do
conhecimento de vítimas, que as denúncias
sejam feitas.
A maior parte dos abusadores está con-
centrada na faixa etária de 18 a 40 anos e A participação
40% deles são parentes da vítima, conforme
gráficos abaixo: da sociedade
FAIXA ETÁRIA DOS ABUSADORES na prevenção
deste crime é
fundamental
Escola Particular 33
Social
ança. Não basta conversar uma única vez. cologia, educação, saúde, ética, justiça,
A criança precisa de orientação constante. segurança, usos e costumes e religião. A
Dentre as orientações relacionadas ao uso participação da mídia e a intensa participa-
da internet é importante reforço constante ção dos grupos de proteção e de toda a so-
para que a criança 1) nunca marque um en- ciedade são fundamentais neste processo.
contro pessoal com alguém que conheceu Vamos fazer nossa parte e, em casos de
on-line; 2) nunca faça upload (post) com pedofilia, vamos denunciar – através dos
fotos de si mesma para a internet ou ser- canais abaixo:
viço on line para pessoas que não conhece São Paulo
pessoalmente; 3) nunca baixe imagens de DHPP – Departamento Estadual de
fontes desconhecidas, pois há chances de Homicídios e de Proteção à Pessoa
haver imagens sexualmente explícitas; 4) • Rua Brig.Tobias, 527 – 3º Andar –
nunca responda mensagens ou postagens 4ª Delegacia de Polícia de Repressão à
de boletins sugestivos, obscenos, agres- Pedofilia
sivos ou ofensivos e 5) não divulgue dados • dhpp.pedofilia@policiacivil.sp.gov.br
de identificação como nome, endereço de • Disque: (11) 3311-3535 / 3311-3536
casa, nome da escola ou número de tele-
fone. Outro item importante é que nem Polícia Federal
tudo que é dito on line pode ser verdadeiro. • denuncia.ddh@dpf.gov.br
Importante frisar o cuidado extremo • Disque 100
nas denúncias e apurações que cada su-
posto caso de pedofilia requer, pois uma Sensibilizado com a importância do
denúncia equivocada pode destruir uma tema, o Sieeesp promove, no dia 30 de
vida ou uma carreira. maio, em São Paulo, o Seminário “A preven-
Na CPI contra pedofilia realizada em ção do abuso sexual e o pós-abuso – Como
São Paulo, a Dra. Dalka Ferrari (2010) orientar alunos e lidar com as vítimas”.
reportou que a pedofilia é um fenômeno Inscrições pelos telefones (11) 5583-5555 e
multicausal e para obter uma intervenção (11) 5583-5523 ou ainda pelo site cursos@
eficaz e precisa, necessita de um trabalho sieeesp.com.br (código 4092).
de equipe multidisciplinar envolvendo psi- Veja a programação na página 36. •
BIBLIOGRAFIA
• DALGALARRONDO, Paulo. 2008. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed: 2a
edição. Pág. 260
• DREZETT, Jéfferson, Programa Bem me Quer do Hospital Perola Byington in Relatório Final dos
Trabalhos da CPI da Pedofilia – São Paulo, 18/12/2010.
• FERRARI, Dalka Chaves de Almeida, CNRVV – Centro de Referência às Vítimas da Violência do Instituto
Sedes Sapientiae in Relatório Final dos Trabalhos da CPI da Pedofilia – São Paulo, 18/12/2010.
• PORTILHO, Gabriela. Entenda melhor os casos de abuso sexual e saiba como prevenir, reconhecer e
proceder diante dos primeiros sinais dentro e fora da escola in www.revistaescola.abril.com.br, Maio 2011.
• SERAFIM, A.P.; SAFFI, F.; RIGONATTI, S.P.; CASOY, I; BARROS, D.M. 2008. Perfil psicológico e compor-
tamental de agressores sexuais de crianças.
• Site: http://www.fbi.gov/news/stories/2011/may/predators_051711
Andrea Freitas
Especialista em Segurança. Diretora da Alesco – Gestão de Riscos e Prevenção à Perdas.
Especialista em recuperação de crédito; controle de riscos, gestão de segurança, análise de
prevenção à fraude, análise de behavior, fatos delituosos, suas circunstâncias e comportamento
dos agentes fraudadores.
Silvana Meneses
Economista e Especialista em Segurança. Consultora da Alesco – Gestão de Riscos e Prevenção
à Perdas. Especialista em prevenção a fraude, criminalística, cruzamento e análise de bases de
dados, auditoria, gestão de processos e qualidade.
34 Escola Particular
Escola Particular 35
Social
36 Escola Particular
Escola Particular 37
Cidadania
38 Escola Particular
Escola Particular 39
Sociedade
OK. Mas você não participou da es- Se essa situação toda lhe parece co-
colha. Você preferiu colocar a responsabi- mum, você não está sozinho, e não é à toa
lidade na mão dos outros e até se sente que temos o país que temos hoje. A culpa
orgulhoso por isso quando recomeçam é nossa, a culpa é sua!
os absurdos de leis “sem pé nem cabeça” Você é brasileiro, de verdade, ou ape-
aprovadas (e você, como todos os outros nas no efêmero período da Copa do Mun-
brasileiros, terá de obedecer a todas elas!). do, na ilusão de que o Brasil deve ser feito
Agora indignado, você participa das pela responsabilidade de outros, de que
manifestações nas ruas convidado por você “faz a sua parte em não fazer nada”?
amigos. Você grita contra os políticos que Protestar nas manifestações do re-
você não quis se dar ao trabalho de esco- sultado do voto burro também não é um
lher e acha que isso é o certo. Um pensa- comportamento inteligente. Basta pensar
mento estranho invade sua mente: “quem um pouco.
sabe se eu tivesse prestado um pouco mais Pense na raiz do problema, no que
de atenção e votado em alguém sério e pode ser feito para mudar a cara da
competente... Talvez o meu voto faria política no Brasil.
diferença e ele ou ela seria eleito(a)”. E se você se achar insignificante nesse
Logo o ego o consola: “que nada! O processo todo de mudança política do
que um voto, ou uma pessoa, podem fazer Brasil, lembre-se de Gandhi: “Qualquer
de diferença nessa bagunça?”. coisa que você fizer será insignificante,
E você se ilude que tomou a decisão mas é muito importante que você faça a
correta na preguiça de pesquisar candi- sua parte”. Use o seu voto, compartilhe ci-
datos e em se acovardar de participar da dadania. Agora é a hora de “agir”. Pesquise
escolha. fatos. Existem opções inteligentes! •
Marcos Pontes
Embaixador da ONU para o Desenvolvimento Industrial
www.marcospontes.com.br
Nascido em Bauru, SP, em 1963, Marcos Pontes atualmente é Astronauta à disposição do
Brasil, aguardando a escalação pelo governo para seu segundo voo espacial, é Palestrante
Motivacional, Coach Especialista em Desempenho Pessoal e Desenvolvimento Profissional,
Mestre em Engenharia de Sistemas, Engenheiro Aeronáutico pelo ITA, Diretor Técnico do
Instituto Nacional para o Desenvolvimento Espacial e Aeronáutico,Empresário, Consultor
Técnico, Embaixador das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Presidente da
Fundação Astronauta Marcos Pontes e Autor de três livros: “Missão Cumprida. A historia
completa da primeira missão espacial brasileira”, “É Possível! Como transformar seus sonhos
em realidade” e “O Menino do Espaço”, todos publicados pela editora Chris McHilliard do Brasil.
40 Escola Particular
Escola Particular 41
Intercâmbio
CONVÊNIO BRASIL-CHINA
SIEEESP / CEAIE
Adhemar Oricchio
A finalidade da
visita foi conhecer
o sistema
D esde a visita da delegação brasileira à
China, em maio de 2013, numa viagem
efetivo e produzindo resultados a curto e
médio prazos.
educacional de
promovida pelo Sieeesp, o Departamento
Internacional do Sindicato vem mantendo
Os principais itens do convênio, que
está sendo finalizado e deverá ser firmado
nosso país e
regular contato com o Ministério da Educa-
ção e Ciências daquele país, com o objetivo
ainda neste semestre, são os seguintes:
1. Intercâmbio de professores – de
visitar escolas
de estreitar relações na área educacional. um lado, de Português ou outra matéria,
desde que o docente domine o inglês, para
interessadas num
CEAIE NO BRASIL trabalho de seis meses a um ano na China, amplo intercâmbio
Como contrapartida de nossa missão, recebendo alojamento e ajuda de custos.
estiveram no Brasil, nos dias 2,3, 4 e 5 de De outro, a vinda nas mesmas condições,
abril, o Sr. Shao Wei, secretário Geral do de professores chineses, principalmente Outra área importante de intercâmbio
CEAIE, órgão do Ministério da Educação para ensino da língua. é o programa de “high school”, envolvendo
responsável pelas relações internacionais, 2. Projeto ESCOLAS IRMÃS – ambos os escolas e famílias interessadas no Brasil e
e o Sr. Yu Yougen, diretor para as Américas países, através do Sieeesp e do CEAIE, sele- na China.
e Oceania. Foram recebidos e monitorados cionarão escolas que desejam estabelecer
pelo Sieeesp, em São Paulo e no Rio de Ja- mútuas relações, desenvolvendo troca de Como participar
neiro, participaram de uma apresentação experiências pedagógicas, de docentes ou As escolas interessadas neste projeto
no Sindicato e visitaram escolas e universi- alunos. Foram discutidos alguns projetos devem contatar o Departamento Interna-
dades em ambas as cidades. que podem ser de interesse comum: cional do Sieeesp, que organizará uma rela-
Trata-se de uma viagem preliminar • pela Internet: trabalhos ligados ao ção preliminar de instituições e promoverá
à vinda ao Brasil, no mês de setembro meio ambiente, cultura, dança, BRICS etc. o 1º Encontro Escolar Brasil-China, durante
próximo, de uma delegação de escolas e de • intercâmbio: de alunos e professores a visita da delegação daquele país, em
colégios técnicos chineses, cuja finalidade 3. Intercâmbio de estudantes – O CEAIE setembro. Para mais informações, procurar
é conhecer o sistema educacional de nosso irá promover em diversos Estados da China por Daniela, internacional@sieeesp.com.br
país e visitar escolas interessadas num a vinda ao Brasil de alunos interessados em ou pelo telefone (011) 5583-5500.
amplo intercâmbio. aprender Português com futebol, dança ou O presente projeto não está restrito ao
outra atividade, num programa promovido Estado de São Paulo.
CONVÊNIO SIEEESP – CEAIE por escolas brasileiras. Este intercâmbio
Como principal resultado desta visita, está previsto para os mês de agosto. Em Educadores chineses visitam o Rio
foram definidos os princípios de um con- contra-partida, o Sieeesp divulgará junto No dia 5 de abril, o professor Bruno
vênio entre ambas as entidades, com o aos Sinepes e escolas associadas, programa Castro, diretor do Departamento de Co-
intuito de estimular o intercâmbio bilateral elaborado pelo CEAIE, cujo conteúdo en- municação, Marketing, Esporte e Cultura
entre Brasil e China. O acordo prevê a par- volve o idioma chinês, ginástica olímpica, cul- do Colégio Santa Mônica, recebeu no
ticipação de nossas escolas para torná-lo tura chinesa, tecnologia e outras atividades. Rio de Janeiro representantes do órgão
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Intercâmbio
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Opinião
O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
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A presidente
afirmou que
A o discursar na sessão plenária do
Fórum Econômico Mundial, realiza-
do no mês de janeiro, em Davos, na Suíça,
Mas tal atitude não se vê na prática,
como, por exemplo, a Conferência Na-
cional de Educação (Conae), programada “nós vamos
a presidente Dilma Rousseff destacou que
a educação cumprirá dupla função estraté-
para ocorrer entre 17 e 21 de fevereiro, com
a participação de quatro mil educadores, transformar
gica ao contribuir para erradicar a miséria
e alicerçar o crescimento econômico do
foi adiada para novembro, ou seja, depois
das eleições majoritárias. É de se lamentar, a riqueza
país. Observou ainda que a educação
Brasileira prioriza a inclusão e a qualidade.
pois o Sindicato das Escolas Particulares de
São Paulo, entidade que represento, par-
finita do
Mas, ao observarmos o Relatório de De-
senvolvimento 2012, do Programa das
ticipou de todas as etapas desenvolvidas
no âmbito municipal, intermunicipal e no
petróleo em
Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), constatamos que mais de 50 mi-
estadual e, por uma decisão unilateral do
Ministério da Educação (MEC), o encontro
um patrimônio
perene para
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lhões de alunos matriculados na educação foi adiado. É frustrante, para aqueles que
básica do país deveriam ter voltado a se interessam em melhorar a qualidade
estudar neste início de ano, porém, um do ensino e têm muito a acrescentar e a nossa
a cada quatro alunos que inicia o Ensino colaborar para isso.
Fundamental no Brasil abandona a escola Ainda em Davos, a presidente Dil- população”
antes de completar a última série. ma Rousseff completou que a decisão
O estudo comprova que a necessidade histórica de destinar 75% dos royalties
de trocar os estudos pelo trabalho, a dis- do petróleo, no pré e pós-sal, e 50% do
torção de idade e série, a falta de acesso fundo social do pré-sal para a educação, execução do projeto e, acima de tudo,
e o desinteresse são os principais motivos vai permitir que o país avance ainda mais aprimorar a gestão dos nossos estabeleci-
para que 25,3% das crianças e adolescen- na política educacional. Afirmou que mentos públicos de ensino. Não podemos
tes abandonem a escola. A pesquisa da “nós vamos transformar a riqueza finita perder de vista que o Plano Nacional de
Organização das Nações Unidas torna o do petróleo em um patrimônio perene Educação, previsto para ser executado de
Brasil o terceiro em taxa de evasão escolar para a nossa população, a educação. Essa 2011 a 2020, ainda não saiu do papel, pois
entre os 100 países com maior IDH (Índice alquimia, que é transformar petróleo está à espera de aprovação no Congresso
de Desenvolvimento Humano) e sugere em conhecimento, beneficiará nossa Nacional. •
que o país adote políticas educacionais estrutura produtiva. Trabalhadores bem
ambiciosas. formados, gerando maior produtividade
Como se vê, ainda falta muito para na economia, conseguem aplicar conhe- Benjamin Ribeiro da Silva
Presidente do Sieeesp
o governo brasileiro alcançar as metas cimento e inovação”. – Sindicato dos
Estabelecimentos de Ensino
ditadas pelos discursos. Temos muito Só que é bom lembrar que educação no Estado de São Paulo
a avançar, o caminho é árduo e carece não se faz só com promessas de verbas. benjamin@einstein24h.
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de mais seriedade dos formuladores da É necessário, antes de tudo, fazer um
política educacional do país. excelente planejamento e se esmerar na
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Nutrição
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Oficina
20 anos
O espetáculo
educativo e
interativo acontece
em ritmo de
clipes musicais,
com histórias e
canções educativas
interpretadas
ao vivo
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O livro também tem
partituras e dicas para brincar
e educar com música
Dia:
15 de maio
quinta-feira
às 16h
Telefone para inscrição:
(11) 5583-5555
Local:
Avenida das Carinás, 525
Indianópolis – São Paulo – SP
à escola, ajudar as pessoas, manter a paz em Milão, e em outras cidades como Recentemente, na Feira Reatech Bra-
e a união, ter uma alimentação saudável Assis, Cascia e Roma. Nelas apresentou sil, em São Paulo, apresentou o espetácu-
e o valor de uma amizade sincera. O livro a palestra-show “L’Importanza Della lo “A Inclusão com Celelê e convidados”,
também tem partituras e dicas para brin- Musica”, com versões em italiano e inglês que enfatiza a amizade, a importância
car e educar com música. de suas canções ao vivo. Cantou também de ajudar as pessoas e, principalmente,
Celelê também já participou de feiras para pessoas com deficiência na cidade de aquelas que possuem deficiência e os
internacionais como a Reatech Itália, Jerusalém, em Israel. excluídos pela sociedade. •
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