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Manifestações mucocutâneas na AIDS

sábado, 8 de junho de 2019 23:44

HIV: vírus da imunodeficiência adquirida - infecta macrófagos e células T


Depressão da imunidade celular
Infecções oportunistas, neoplasias malignas e manifestações da própria ação patogênica do HIV
(AIDS)

MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS
São frequentes: mais de 90% dos doentes em alguma fase da evolução - marcadores da doença; via
de Dx
Infecção primária do vírus
Condições de deficiência imunológica - linfopenia de CD4
Recuperação imune pós-terapia anti-HIV
Infecção sintomática: níveis de CD4 abaixo de 20%

Estádios
I: Síndrome retroviral aguda
Infecção subclínica, assintomática
Manifestações clínicas inespecíficas (quadro febril, gripal)
Pele: exantema maculoso ou maculopapuloso
Mucosas: enantema, erosões e ulcerações
Duração: 1 a 2 semanas
CD4: entre 500 e 1000 céls/mm3
II: Doença assintomática
Exceto linfadenopatia generalizada persistente
Duração: em torno de 10 anos
CD4: entre 500 e 750 céls/mm3
III: Doença sintomática recente
Febre, sudorese noturna, diarreia crônica, cefaleia, candidose oral e leucoplasia pilosa
CD4: entre 100 e 500 céls/mm3
Duração: até 5 anos
IV: Doença sintomática tardia
CD4: entre 50 a 200 céls/mm3
Infecções oportunistas: herpes simples ulcerado crônico, candidose esofágia e
neoplasias como Sarcoma de Kaposi
V: Doença avançada
CD4: abaixo de 50 céls/mm3

AIDS
As manifestações mucocutâneas podem ser classificadas em:
Exantema agudo
Quando surge, é no estágio I da infecção
Maculoso ou maculopapuloso
Pode evoluir com escamação (simulando sífilis)
Porção superior do tronco e regiões palmo-plantares
Mucosas: enantemas, erosões e ulcerações
Pior prognóstico
Infecções
Virais
Herpes simples (reativação do vírus latente)
Região perineal, perianal, genital, orofacial e digital
Curam-se em 1-2 semanas
Com o progredir da imunodeficiência, surgem as ulcerações perianais
crônicas características
Lesões ulcerosas crônicas - lábios, cavidade oral, orofaringe e genitais, leito
ungueal, conjuntiva, mucosa esofágica, traqueia, brônquios e SNC, erupção

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ungueal, conjuntiva, mucosa esofágica, traqueia, brônquios e SNC, erupção
variceliforeme de Kaposi
Dx: citologia de Tzanck, Bx, microscopia eletrônica, cultura
Tratamento:
Aciclovir oral 400 mg 5x/dia, 14-21 dias
Aciclovir EV (formas disseminadas) 5 mg/kg/dia, 8/8h, 7d
Foscarnet EV (refratários) 40 mg 12/12h, 2-3 semanas
Varicela-zóster
Varicela formas graves: primoinfecção pelo vírus varicela-zoster - PNM,
hepatite, encefalite e mortalidade alta
Herpes-zóster: mais grave - lesões bolhosas, hemorrágicas, necróticas e
ultrapassam o dermátomo
Tratamento: aciclovir VO 800mg 5x/dia ou 10mg/kg 8/8h 7-10 dias
Molusco contagioso
Grande quantidade de lesões
Face, pálpebras, pescoço, axilas, regiões inguinais e glúteos
Tratamento: crioterapia (NI), TCA, interferon intralesional
HPV
Maior associação com cepas oncogênicas: 6, 11, 16, 18, 31 e 33
Bacterianas
Staphylococcus aureus: impetigo, ectima, foliculites, furúnculos etc
Pseudomonas aeruginosa: celulite ou lesões ulcero-necrotizantes
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium avium intracellulare: mais frequentes
Sífilis: reações sorológicas específicas negativas (alteração da resposta
imunológica ou efeito prosona decorrente de altos títulos de Ac); manifestações
clínicas mais intensas, sinais de acometimento nervoso mais precoce
(neurossífilis), recidivas frequentes
Riquetsioses: angiomatose bacilar
Bartonella henselae
CD4 < 100 céls/mm3
Pápulas ou nódulos eritemato-violáceos de aspecto angiomatoso
Linfadenopatia e HEmegalia
Dx: clínico e histopatológico (demonstração do bacilo pela coloração de
prata), Ac fluorescente e ELISA
Tratamento: eritromicina 500 mg 6/6h, doxaciclina 100 mg 12/12h,
ciprofloxacina, rifampicina, isoniazida, tetraciclina e azitromicina até o
desaparecimento das lesões (cerca de 30 dias)
Fúngicas
Candidose: orofaríngea (placas eritematosas no palato e áreas despapiladas na
língua, formas pseudomembranosas, formas hiperplásicas e queilites angulares),
esofágica, traqueal, vulvovaginite
Tratamento: nistatina tópica, fluconazol 100 mg/dia por 2 semanas,
itraconazol, anfotericina B 0,5-1 mg/kg EV
Dermatofitoses
Mais exuberantes
Onicose subungueal proximal - comum
Onicomicose branca superficial
Micoses profundas
Criptococose - papulo-nodulares, ulcerosas, celulites, paniculites,
vegetações e abscessos
Dx diferencial: molusco contagioso disseminado, herpes simples
(formas ulcerocrostosas)
Histoplasmose - lesões polimorfas, psoriasiformas, acneiformas, pustulosas,
ulcerosas, vegetações na cavidade oral, orofaringe, tronco e extremidades
Paracoccidioidomicose
Parasitoses
Sarna norueguesa

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Sarna norueguesa
Neoplasias
Sarcoma de Kaposi
Clássico: idosos
Endêmico: África
Transplantados
Epidêmico: HIV+
Tratamento: crioterapia, vimblastina intralesional, interferon
CBC
CEC ano-retais
Linfomas
Outras (dermatite seborreica, psoríase, foliculite eosinofílica associada ao HIV, erupção
papular prurítica do HIV, xerose cutânea, leucoplasia pilosa oral, alteração dos fâneros)

Alterações dermatológicas na era HAART (terapia antirretroviral altamente ativa)


Impacto na morbidade e letalidade
Aumento nas reações alérigcas (aos antirretrovirais nevirapina, efavirenz e abacavir)
Pele seca e prurido
Lipodistrofia: pelos inibidores de proteases (indinavir) - efeito retinoide-simile (perda periférica de
gordura da face, glúteos e extremidades e distribuição anormal de gordura com aumento de gordura
visceral)
Baixa dermatite seborreica e baixo Piturosporum ovale (??)

Síndrome inflamatória da reconstituição imune (IRIS)


Respostas inflamatórias patológicas - estímulo antigênico?
Desmascaramento de uma infecção clinicamente silenciosa caracterizada por inflamação atípica,
exuberante e sugere a restauração da resposta imune - há aumento das céls CD4 de memória que
reconhecem estímulos antigêncos prévios
Reativação de doenças virais, bacterianas e fúngicas em pacientes em uso de HAART

Céls tronco como "cura" da AIDS - transfusão de células tronco de pessoas que possuem duas cópias
mutadas do receptor CCR5 (que o HIV usa para entrar nas células) - resistente ao HIV

PEP: profilaxia pós exposição


Deve ser iniciada o mais precocemente possível, preferencialmente nas 1as 2h após a
exposição de risco, ou em até no máximo 72h subsequentes
Tomar medicamentos por 28 dias ininterruptos com acompanhamento do SAE

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