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Rev Paul Pediatr.

2014;32(3)î

REVISTA PAULISTA
DE PEDIATRIA
www.spsp.org.br

ARTIGO DE REVISÃO

Instrumentos de avaliação do vínculo entre mãe e bebê☆


Jaqueline Galdino Albuquerque Perrelli*, Carla Fonseca Zambaldi, Amaury Cantilino,
Everton Botelho Sougey

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil

Recebido em 4 de dezembro de 2013; aceito em 23 de março de 2014

PALAVRAS-CHAVE Resumo
5HODo}HVPmHÀOKR Objetivo: Identificar os instrumentos utilizados na avaliação do vínculo entre mãe e bebê
Comportamento com até um ano de vida, descrevê-los e fornecer informações sobre suas medidas de
materno; confiabilidade, validade e adaptação para o contexto brasileiro.
Reprodutibilidade dos Fonte de dados: Trata-se de um estudo de revisão integrativa realizado com base nas
testes publicações contidas nas bases de dados PUBMED, LILACS, ScienceDirect, PsycINFO e
CINAHL. Utilizaram-se os descritores mother-child relations e mother infant relationship,
e as expressões validity, reliability e scale. Selecionaram-se 23 pesquisas, que foram lidas
em sua integralidade.
Síntese dos dados: Foram identificados 13 instrumentos de avaliação do apego entre mãe
e bebê: sete escalas, três questionários, dois inventários e um método de observação.
'R WRWDO GH IHUUDPHQWDV DQDOLVDGDV R 3UHQDWDO$WWDFKPHQW ,QYHQWRU\ DSUHVHQWRX PDLRU
validade e confiabilidade para analisar a relação entre a mãe e o feto durante a gestação.
4XDQWR DR SHUtRGR SXHUSHUDO IRUDP HQFRQWUDGRV PHOKRUHV FRHILFLHQWHV GH FRQVLVWrQFLD
LQWHUQDSDUDR0DWHUQDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\HR3RVWSDUWXP%RQGLQJ4XHVWLRQQDLUH$OpP
disso, esse último revelou elevada sensibilidade para identificar disfunções leves e graves
nas relações afetivas entre mãe e bebê.
Conclusões: Verificou-se que a maioria dos instrumentos é confiável para estudar o
fenômeno em questão. Contudo, foram evidenciadas limitações com relação à validade
de construto e de critério. Ademais, apenas dois estão traduzidos e adaptados para a
SRSXODomRGHPXOKHUHVHFULDQoDVEUDVLOHLUDVVHQGRSRUWDQWRXPDODFXQDHQFRQWUDGDQD
produção científica nessa área.
© 2014 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos
os direitos reservados.


Estudo conduzido na Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.
*Autor para correspondência.
E-mail: jaquelinealbuquerqueufpe@gmail.com

0103-0582 © 2014 Sociedade de Pediatria de São Paulo. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND
KWWSG[GRLRUJ
258 Perrelli JGA et al.

KEYWORDS Mother-child bonding assessment tools


0RWKHUFKLOGUHODWLRQV
0DWHUQDOEHKDYLRU Abstract
Reproducibility of Objective: 7R LGHQWLI\ DQG GHVFULEH UHVHDUFK WRROV XVHG WR HYDOXDWH ERQGLQJ EHWZHHQ
results PRWKHUDQGFKLOGXSWRRQH\HDURIDJHDVZHOODVWRSURYLGHLQIRUPDWLRQRQUHOLDELOLW\
DQGYDOLGLW\PHDVXUHVUHODWHGWRWKHVHWRROV
Data source: 5HVHDUFK VWXGLHV DYDLODEOH RQ 38%0(' /,/$&6 6FLHQFH'LUHFW 3V\F,1)2
DQG&,1$+/GDWDEDVHVZLWKWKHIROORZLQJGHVFULSWRUVmother-child relations and mother
infant relationshipDVZHOODVWKHH[SUHVVLRQVvalidity, reliability and scale.
Data synthesis:  UHVHDUFK VWXGLHV ZHUH VHOHFWHG DQG IXOO\ DQDO\]HG7KLUWHHQ HYDOX-
DWLRQ UHVHDUFK WRROV ZHUH LGHQWLILHG FRQFHUQLQJ PRWKHU DQG FKLOG DWWDFKPHQW VHYHQ
VFDOHV WKUHH TXHVWLRQQDLUHV WZR LQYHQWRULHV DQG RQH REVHUYDWLRQ PHWKRG )URP DOO
WRROVDQDO\]HGWKH3UHQDWDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\SUHVHQWHGWKHKLJKHUYDOLGLW\DQGUHOL-
DELOLW\PHDVXUHVWRDVVHVVPRWKHUDQGIHWXVUHODWLRQGXULQJSUHJQDQF\&RQFHUQLQJWKH
SXHUSHUDO SHULRG EHWWHU FRQVLVWHQF\ FRHIILFLHQWV ZHUH IRXQG IRU 0DWHUQDO$WWDFKPHQW
,QYHQWRU\DQG3RVWSDUWXP%RQGLQJ4XHVWLRQQDLUH%HVLGHVWKHODVWRQHUHYHDOHGDKLJKHU
VHQVLELOLW\WRLGHQWLI\DPHQDEOHDQGVHYHUHGLVRUGHUVLQWKHDIIHFWLYHUHODWLRQVEHWZHHQ
PRWKHUDQGFKLOG
Conclusions:7KHPDMRULW\RIUHVHDUFKWRROVDUHUHOLDEOHWRVWXG\WKHSKHQRPHQRQSUH-
VHQWHGDOWKRXJKWKHUHDUHVRPHOLPLWDWLRQVUHJDUGLQJWKHFRQVWUXFWDQGFULWHULRQUHODW-
HGWRYDOLGLW\,QDGGLWLRQWRWKLVRQO\WZRRIWKHPDUHWUDQVODWHGLQWR3RUWXJXHVHDQG
DGDSWHGWRZRPHQDQGFKLOGUHQSRSXODWLRQVLQ%UD]LOEHLQJDGHFLVLYHJDSWRVFLHQWLILF
SURGXFWLRQLQWKLVDUHD
‹6RFLHGDGHGH3HGLDWULDGH6mR3DXOR3XEOLVKHGE\(OVHYLHU(GLWRUD/WGD
Este é um artigo Open Access sob a licença de CC BY-NC-ND

Introdução desse vínculo, especialmente no primeiro ano de vida do


bebê, com o intuito de identificar possíveis transtornos
2HVWDEHOHFLPHQWRGRYtQFXORHQWUHDPmHHRILOKRpXPD nessa ligação e evitar consequências futuras para a saúde
QHFHVVLGDGH ItVLFD H SVLFROyJLFD GR EHEr TXH OKH SURSRU- mental da criança.
ciona conforto e proteção. Dessa forma, a mãe é conside- Uma revisão realizada em 2010, cujo objetivo foi des-
rada a base segura para o estabelecimento das primeiras crever os principais instrumentos utilizados para analisar
ligações emocionais da criança que repercutirão em todas D UHODomR HQWUH PmH H ILOKR HYLGHQFLRX XP WRWDO GH 
as suas relações sociais futuras.1 A Teoria do Apego desen- ferramentas. Embora exista uma diversidade de instrumen-
volvida por Bowlby2 SURS}HH[LVWLUXPDQHFHVVLGDGHKXPDQD tos para estudar esse fenômeno, observa-se a escassez de
de desenvolver vínculos afetivos íntimos, com função bioló- propostas adaptadas para o contexto de mães e bebês bra-
gica de sobrevivência da espécie, desde a fase fetal até a sileiros menores de um ano. Esse mesmo estudo encontrou
YHOKLFH1DLQIkQFLDHVVDVLQWHUDo}HVHPRFLRQDLVVHGHVHQ- apenas um inventário adequado para a população citada,
volvem primeiramente com os pais com o intuito de trazer mas esse instrumento não se aplica ao contexto de crianças
FRQIRUWRSURWHomRFDULQKRHDPRU1DDGROHVFrQFLDHQD menores de um ano.,VVRPRVWUDDLPSRUWkQFLDGHYHULILFDU
vida adulta, elas são aprimoradas, modificadas, e novos quais são os avanços nos últimos anos em termos de adap-
laços com outras pessoas importantes são construídos e tação transcultural de ferramentas para estudar o vínculo
agregados. HQWUHPmHHILOKRQRFRQWH[WREUDVLOHLUR
A qualidade do vínculo entre mãe e bebê exerce influên- A seleção do instrumento mais apropriado para determi-
cia direta na saúde mental da criança. Portanto, essa rela- nado estudo exige a verificação de suas propriedades psi-
omRGHYHVHUFDORURVDtQWLPDFDULQKRVDHFRQWtQXDDOpP cométricas: validade e confiabilidade. A primeira refere-se
de proporcionar prazer e conforto para ambos.2 Porém, o à capacidade do instrumento para verificar com precisão o
DSHJRGRVSDLVFRPVHXVILOKRVQmRpLQVWDQWkQHRHLQVWLQ- que se pretende medir, e a segunda trata da competência
tivo. Trata-se de um processo contínuo, iniciado na ges- em mensurar rigorosamente determinado evento.7,8 Utilizar
tação, em que o bebê imaginário passa a fazer parte do instrumentos imprecisos para medir a relação entre mãe e
cotidiano da gestante mais intensamente e é formado por ILOKR SURGX]LUi GDGRV FRQWURYHUVRV H TXHVWLRQiYHLV DFHUFD
IDQWDVLDV GHVHMRV VRQKRV H UHSUHVHQWDo}HV GRV PRGHORV GHVVH IHQ{PHQR )D]VH QHFHVViULR FRQKHFHU GHWDOKDGD-
de ser mãe.3,4$IRUPDGHFRPSUHHQVmRGDPXOKHUVREUHR mente as características dos diversos instrumentos e pos-
DSHJRFRPVHXILOKRUHSHUFXWHQDVKDELOLGDGHVGHHQWHQGHU sibilidades de utilização no contexto de mães e bebês bra-
e responder às necessidades da criança.2 Dessa forma, as sileiros, considerando as peculiaridades existentes nessa
LQWHUDo}HV HQWUH SDLV H ILOKRV LQIOXHQFLDP D HVWUXWXUD GH população. Diante disso, o objetivo deste artigo é iden-
vínculo afetivo desenvolvida pela criança desde o nasci- tificar os instrumentos utilizados na avaliação do vínculo
mento.5 Portanto, é importante que se avalie a qualidade entre mãe e bebê com até um ano de vida, descrevê-los e
,QVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHEr 

fornecer informações sobre suas medidas de confiabilidade FXORHQWUHPmHHILOKRFRPDWpXPDQRGHYLGDVmRSUHFLVRV


e validade. e confiáveis?
A busca dos estudos foi realizada no período de janeiro
D DEULO GH  SRU PHLR GRV GHVFULWRUHV   PRWKHUFKLOG
Método UHODWLRQV   PRWKHU LQIDQW UHODWLRQVKLS H GDV H[SUHVV}HV
  YDOLGLW\   UHOLDELOLW\ H   VFDOH 2 GHWDOKDPHQWR GD
Trata-se de um estudo de revisão integrativa realizada busca encontra-se na figura 1.
com base nas publicações presentes nas seguintes bases de 8P WRWDO GH  HVWXGRV UHODWRX D XWLOL]DomR GH DOJXPD
dados: PUBMED (U.S National Library of Medicine), LILACS ferramenta de avaliação do vínculo entre mãeHILOKR FULWp-
(Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde), rio de inclusão 1) e, portanto, foram analisados na segunda
ScienceDirect (Base de dados da Elsevier), PsycINFO e etapa para averiguação do segundo critério de inclusão:
&,1$+/ &XPXODWLYH ,QGH[ WR 1XUVLQJ DQG $OOLHG +HDOWK investigações com apresentação de resultados referentes às
Literature). propriedades psicométricas das ferramentas utilizadas. Após
A revisão foi elaborada para atender à seguinte pergunta verificação dos aspectos citados, 47 pesquisas não respon-
de pesquisa: os instrumentos utilizados para analisar o vín- deram à pergunta condutora do estudo. Assim, 23 artigos

Os instrumentos utilizados para analisar o vínculo entre mãe e


¿OKRFRPDWpXPDQRGHYLGDVmRSUHFLVRVHFRQ¿iYHLV"

(VWUDWpJLDVGHEXVFDQDVEDVHVGHGDGRVGHVFULWRUHV  PRWKHUFKLOGUHODWLRQV  
PRWKHULQIDQWUHODWLRQVKLSHGDVH[SUHVV}HV  YDOLGLW\  UHOLDELOLW\H  VFDOH

PUBMED LILACS ScienceDirect CINAHL PsycINFO

Descritores/expressões: Descritores/ Descritores/expressões: 'HVFULWRUHV  OR   'HVFULWRU  .


 OR  AND   expressões:  AND   )LOWURVSHVTXLVDVFRPPmHV )LOWURVSHVTXLVDVFRPPmHV
)LOWURVSHVTXLVDVFRPPmHV  AND  )LOWURV Filtros: publicações no GHEHErVUHFpPQDVFLGRV GHEHErVUHFpPQDVFLGRV
GHEHErVUHFpPQDVFLGRV publicações no período de SHUtRGRGHDMDQHLUR HRXFRPQRPi[LPR HRXFRPQRPi[LPR
HRXFRPQRPi[LPR MDQHLURGHDMDQHLUR GHSHVTXLVDVFRPRV PHVHVSXEOLFDo}HVQR PHVHVDUWLJRVSXEOLFDGRV
PHVHVSXEOLFDo}HV GHLGLRPDVLQJOrV VHJXLQWHVWHPDVFXLGDGRV SHUtRGRGHMDQHLURGHD QRSHUtRGRGHD
no período de janeiro de SRUWXJXrVHHVSDQKRO FRPDFULDQoDVD~GH MDQHLURGHQRLGLRPD TOTAL: 164
DMDQHLURGH 727$/ PHQWDOPmHHSDLV LQJOrVDUWLJRVFRPSOHWRVH
LGLRPDVLQJOrVSRUWXJXrVH 727$/ UHVXPRVGLVSRQtYHLV
HVSDQKRO TOTAL: 77
727$/

TOTAL: 914 publicações

Leitura dos títulos e resumos

&ULWpULRGHLQFOXVmRDSUHVHQWDUQRFRUSRGRUHVXPRDXWLOL]DomRGHDOJXPD
IHUUDPHQWDGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHH¿OKRFRPDWpXPDQRGHYLGD

SXEOLFDo}HVIRUDPLQFOXtGDVSDUDOHLWXUDGRWH[WRLQWHJUDO

&ULWpULRGHLQFOXVmRGHVFUHYHUGHWDOKDGDPHQWH
LQIRUPDo}HVVREUHDVPHGLGDVSVLFRPpWULFDV

DUWLJRVRULJLQDLVIRUDPUHYLVDGRVTXDQWRDRVLQVWUXPHQWRV
XWLOL]DGRVHVXDVSURSULHGDGHVSVLFRPpWULFDV

Figura 1 Fluxograma de seleção dos artigos incluídos na revisão


 Perrelli JGA et al.

compuseram esta revisão. Os relatos de casos, teses, disser- Resultados e discussão


tações, relatórios de pesquisas, editoriais, cartas ao editor,
comunicações breves e estudos de revisão foram excluídos. 2VHVWXGRVGHVFUHYHUDPRDSHJRHQWUHPmHHILOKRGXUDQWH
Avaliaram-se os atributos confiabilidade e validade dos a gestação e o puerpério. Foram identificados 13 instrumen-
instrumentos encontrados nos estudos incluídos. A confia- tos de avaliação dessa relação: sete escalas, três questioná-
bilidade, geralmente, é averiguada por meio de estabili- rios, dois inventários e um método de observação. Do total
GDGH FRQVLVWrQFLD LQWHUQD H FRQFRUGkQFLD HQWUH DYDOLD- de ferramentas averiguadas, nove podem ser utilizadas no
dores acerca dos escores do instrumento.7,8 A estabilidade primeiro ano após o parto e quatro durante a gestação. Um
refere-se ao grau de similaridade dos resultados adquiri- questionário é composto por duas versões apropriadas para
dos em duas medições realizadas em ocasiões diferentes. o período puerperal e o gestacional. Os dados obtidos estão
É mensurada com base no coeficiente de confiabilidade RUJDQL]DGRVHPGXDVFDWHJRULDV5HODomRPmHHILOKRGXUDQWH
teste-reteste. A consistência interna é examinada por meio DJHVWDomRH$SHJRHQWUHPmHHILOKRQRSHUtRGRSyVSDUWR
do índice DOID Ş  GH &URQEDFK 1XQQDOO\ VXJHUH TXH XP As propriedades psicométricas dos instrumentos utilizados
LQVWUXPHQWR p FRQILiYHO TXDQGR R YDORU DOID Ş  é de pelo no período gestacional estão apresentadas nas tabelas 1 e 2.
menos 0,70. Ademais, valores acima de 0,80 evidenciam
elevada consistência interna.10 Para avaliação da concor-
GkQFLD HQWUH DYDOLDGRUHV XWLOL]DVH R FRHILFLHQWH NDSSD 5HODomRPmHHÀOKRGXUDQWHDJHVWDomR
N• 11 Além dos aspectos acima, verificou-se conjun-
tamente a validade da ferramenta por meio dos seguintes )RUDP LGHQWLILFDGDV GXDV HVFDODV SDUD PXOKHUHV JUiYLGDV
aspectos: validade de conteúdo, critério e construto.7,8 MFAS12,13,17,18 e MAAS.14 A primeira é constituída por 23 indi-

Tabela 1 Dados sobre validade dos instrumentos de avaliação do vínculo entre mãe e bebê durante a gestação

Instrumentos Tipo Estudos Propriedades Psicométricas: Validade


MFAS/PFAS Escala Sjögren et al 12
Validade de construto: Análise fatorial (AF): modelo de cinco fatores
(preocupação com a saúde e o comportamento do feto; preparação mental
para cuidar da criança; experiência da gravidez; experiência com os
movimentos fetais; e nome do bebê).
6KLQ.LP13 Validade de critério – Validade concorrente: correlação com MFAS – MAI:
U  p<0,01).
MAAS Escala Gomez, Leal14 Validade de construto: Modelo de dois fatores. Versão ajustada mostrou
PHOKRUFRQÀDELOLGDGHPDWHUQDFRPLWHQVHSDWHUQDFRPLWHQV
PAI Inventário Gau, Lee15 Validade de construto: AF: modelo de 1 fator.
Damato Validade de critério – Validade concorrente: Correlação PAI – MAI
(r=0,38).
0$,0DWHUQDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\0)$60DWHUQDO)HWDO$WWDFKPHQW6FDOH0$$60DWHUQDO$QWHQDWDO$WWDFKPHQW6FDOH
3$,3UHQDWDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\3)$63DWHUQDO)HWDO$WWDFKPHQW6FDOH

Tabela 2'DGRVVREUHFRQÀDELOLGDGHGRVLQVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHErGXUDQWHDJHVWDomR

Instrumentos Tipo Estudos 3URSULHGDGHV3VLFRPpWULFDV&RQÀDELOLGDGH


MFAS/PFAS Escala 6KLQ.LP 13
&RQVLVWrQFLDLQWHUQD0)$6Ş 
Seimyr et al17 &RQVLVWrQFLDLQWHUQD0)$6WRWDOŞ VXEHVFDODV0)$6YDULDomRGHŞ 
DŞ 3)$6WRWDOŞ HVXEHVFDODV3)$6YDULDomRGHŞ DŞ 
Ustunsoz et al18 &RQVLVWrQFLDLQWHUQDGDYHUVmRWUDGX]LGDHDGDSWDGDSDUDDFXOWXUDWXUFD0)Ł6
Ş  H3)$6 Ş  
MAAS Escala Gomez, Leal14 &RQVLVWrQFLDLQWHUQDPDWHUQDŞ HSDWHUQDŞ 
(VWDELOLGDGH WHVWHUHWHVWH WHVWHU  PDWHUQD HU  SDWHUQD 
MAMA Questionário Figueiredo et al &RQVLVWrQFLD,QWHUQDH&RHÀFLHQWHGH%LSDUWLomR VSOLWKDOI 
com subescalas 0$0$7RWDOŞ HVSOLWKDOIU 6XEHVFDODLPDJHP&RUSRUDOŞ H
VSOLWKDOIU 
6XEHVFDODVLQWRPDVVRPiWLFRVŞ HVSOLWKDOIU 
6XEHVFDODUHODomRFRQMXJDOŞ HVSOLWKDOIU 
6XEHVFDODDWLWXGHVSHUDQWHRVH[RŞ HVSOLWKDOIU 
6XEHVFDODDWLWXGHVSDUDFRPDJUDYLGH]HREHErŞ HVSOLWKDOIU 
PAI Inventário Gau, Lee15 &RQVLVWrQFLDLQWHUQDŞ 
Damato &RQVLVWrQFLDLQWHUQD3$,WRWDOŞ 
0$,0DWHUQDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\0)$60DWHUQDO)HWDO$WWDFKPHQW6FDOH0$$60DWHUQDO$QWHQDWDO$WWDFKPHQW6FDOH
MAMA, Maternal Adjustment and Maternal Attitudes (PPMAMA, Postpartum Maternal Adjustment and Maternal Attitudes);
3$,3UHQDWDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\3)$63DWHUQDO)HWDO$WWDFKPHQW6FDOH
,QVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHEr 

cadores distribuídos em cinco subescalas: diferenciação Ainda com relação à avaliação do apego entre mãe e
própria e do feto, interação com o feto, atribuição de ILOKRGXUDQWHDJHVWDomRIRUDPLGHQWLILFDGRVXPTXHVWLR-
características ao feto, doação própria e assumir responsa- nário (MAMA) e um inventário (PAI). O MAMA tem o objetivo
bilidade. Pode ser utilizada para mães (MFAS) e pais (PFAS) de avaliar o ajuste e as atitudes maternas durante a gra-
e tem o objetivo de medir o apego entre os genitores e o YLGH]eDXWRDSOLFiYHOFRPSRVWRSRULWHQVGLVWULEXtGRV
feto.20(QFRQWUDVHDGDSWDGDSDUDDSRSXODomRGHPXOKHUHV em cinco aspectos: imagem corporal, sintomas somáticos,
suecas12 e turcas.18 relação marital, atitudes referentes ao sexo e atitudes
$ FRQVLVWrQFLD LQWHUQD GD 0)$6 YDULRX GH Ş  D referentes à gravidez e ao bebê. Os itens são respondidos
Ş 13,17,18 Com relação à versão paterna, essa variabi- numa escala de quatro pontos: 1) nunca/de forma alguma;
OLGDGH IRL GH Ş  D Ş 17,18 Esses resultados corro- 2) raramente/um pouco; 3) muito; 4) muitíssimo. Há duas
ERUDPRVDFKDGRVGDYHUVmRRULJLQDOFXMDFRQILDELOLGDGHGD versões: pré-natal e pós-parto.25
HVFDOD WRWDO IRL Ş 20 Sobre os coeficientes das subes- O MAMA encontra-se disponível para o contexto de mães
calas, a variação encontrada nos estudos revisados17,18 foi portuguesas com índice de confiabilidade da escala–total
VHPHOKDQWH j HQFRQWUDGD QD YDOLGDomR GD YHUVmR RULJLQDO SUy[LPR GD YHUVmR RULJLQDO Ş   VHQGR FRQVLGHUDGR
Ş ²Ş  20 Isso mostra que o instrumento é confi- confiável.25 Porém, a consistência interna das subescalas
ável para avaliar a relação entre os pais e o feto, ainda que portuguesas mostrou-se inferior à encontrada no MAMA
apresente limitações em suas subescalas. original, conforme descrição a seguir: imagem corporal:
Quanto à validade de construto, uma pesquisa sobre Ş  VLQWRPDV VRPiWLFRV Ş  UHODomR FRQMXJDO
os sentimentos dos pais e das mães com relação ao bebê Ş  DWLWXGHV FRP UHODomR DR VH[R Ş  H DWLWXGHV
evidenciou, por meio da análise fatorial (AF), um modelo UHIHUHQWHVjJUDYLGH]HDREHErŞ 25
de cinco fatores para essa escala.12 Outro estudo com dois Outro estudo utilizando o PAI e o MAMA, em suas ver-
JUXSRVGHPXOKHUHVHYLGHQFLRXPRGHORVGLVWLQWRVFRPGRLV sões originais, também revelou maior consistência interna
e três fatores. As soluções resultantes dessa análise não nas subescalas citadas em comparação com a versão por-
corresponderam às subescalas originais da MFAS e foram WXJXHVD LPDJHP FRUSRUDO Ş  VLQWRPDV VRPiWLFRV
diferentes nos dois grupos.21 A AF tem o propósito de dimi- Ş UHODomRFRQMXJDOŞ DWLWXGHVFRPUHODomRDR
nuir o número de dimensões necessárias para descrever VH[RŞ HDWLWXGHVUHIHUHQWHVjJUDYLGH]HDREHEr
dados derivados de um grande número de medidas. Essas Ş  Isso mostra que as subescalas da versão adaptada
dimensões são definidas por uma matriz de correlação SDUDPXOKHUHVSRUWXJXHVDVQHFHVVLWDPGHUHILQDPHQWR
cujos coeficientes devem apresentar valores acima de 6REUH R FRHILFLHQWH GH FRUUHODomR VSOLWKDOI do MAMA,
0,30.222VDFKDGRVUHIHUHQWHVj$)GD0)$6PRVWUDUDPVH observaram-se que as atitudes referentes à gravidez e
divergentes entre os estudos revisados e a versão original. ao bebê, e os sintomas somáticos, apresentaram, nesta
Tais resultados sugerem problemas referentes à validade RUGHP U  H U  Esse último aspecto mostrou
de construto. resultado ainda menor na versão original (r=0,58). 25 O
Observou-se validade concorrente moderada entre a FRHILFLHQWH VSOLWKDOI RX HVWLPDWLYD GH ILGHGLJQLGDGH GH
MFAS e o MAI, mas o índice de correlação foi inferior ao Spearman-Brown, refere-se à correlação entre os itens
DGHTXDGR U• 8 componentes das duas metades de uma escala. Valores
Essa escala encontra-se adaptada e validada para a popu- próximos a 1,0 conferem elevada consistência entre as
ODomRGHPXOKHUHVEUDVLOHLUDV&RQWXGRDSHQDVVHXUHVXPR metades do instrumento e o teste em sua totalidade.27,28
encontra-se disponível para leitura, portanto a pesquisa Observou-se que as subescalas da versão portuguesa do
não foi incluída nesta revisão. O estudo foi desenvolvido MAMA que representaram adequadamente o construto
FRPPXOKHUHVFRPLGDGHJHVWDFLRQDOGHDPHVHV2 relativo a atitudes e ajustamentos da mãe na gravidez
autor destaca que a versão brasileira da MFAS apresentou FRUUHODomR VSOLWKDOI U•  IRUDP ,PDJHP &RUSRUDO
consistência interna aceitável, mas também apresentou Relação Conjugal e Atitudes relacionadas ao sexo. 
OLPLWDo}HV HP VHX FRQWH~GR VHPkQWLFR PRVWUDQGR UHVWUL- (VVHV DFKDGRV FRUURERUDP RV UHVXOWDGRV HQFRQWUDGRV QR
ções quanto à validade.23 estudo original, cuja correlação foi r=0,72 (imagem cor-
$0$$6pFRPSRVWDSRUGXDVYHUV}HVPDWHUQDFRP poral), r=0,74 (relação conjugal), r=0,82 (atitudes refe-
LWHQV H SDWHUQD FRP $ HVFDOD SRVVXL GRLV FRPSRQHQ- rentes ao sexo) e r=0,73 (atitudes relacionadas à gesta-
tes: qualidade e tempo de duração do vínculo. Os itens são ção e ao feto).25 Contudo, observa-se que, no estudo de
respondidos por meio de uma escala de cinco pontos. Altos Figueiredo, essa última dimensão apresentou medida de
escores indicam um apego positivo e maior preocupação correlação abaixo do mínimo esperado. Isso sugere que,
dos pais com o feto.24 na versão portuguesa, as atitudes referentes à gravidez
Sobre as propriedades psicométricas, a MAAS encontra- e ao feto (r=0,48), juntamente com os sintomas somáti-
VHYDOLGDGDSDUDDSRSXODomRGHPXOKHUHVSRUWXJXHVDVFRP FRV U   parecem apresentar problemas quanto à
consistência interna aceitável. Ademais, a confiabilidade verificação do mesmo construto das demais subescalas e,
teste-reteste da versão paterna mostrou-se maior do que portanto, necessitam de revisão.
a materna, mas ambas foram abaixo da considerada ade- Quanto ao PAI, esse inventário mensura os sentimentos
TXDGD U• $OpPGLVVRIRLHYLGHQFLDGRXPPRGHORGH afetuosos da mãe com relação ao feto. Tem 21 itens que
dois fatores.14 Originalmente, essa escala também revelou VmRUHVSRQGLGRVFRPEDVHHPXPDHVFDOD/LNHUWGHTXDWUR
duas dimensões e mostrou índices de confiabilidade supe- pontos. Pontuações elevadas indicam maior apego dos pais
ULRUHVŞ HŞ SDUDDVYHUV}HVPDWHUQDHSDWHUQD com o feto.Esse inventário apresentou maiores índices de
respectivamente.24 FRQVLVWrQFLDLQWHUQDQRVGRLVHVWXGRVUHYLVDGRV Ş  
 Perrelli JGA et al.

HPFRPSDUDomRjVXDYHUVmRRULJLQDO Ş   Isso mostra bebê e 4) abuso iminente/risco de abuso.42 Possui tradução
que o instrumento é confiável. H DGDSWDomR SDUD DV FXOWXUDV DOHPm KRODQGHVD H FKLQHVD
Quanto à validade de construto, a AF revelou que um É uma ferramenta confiável para identificar disfunções nas
IDWRU IRL UHVSRQViYHO SRU  GD YDULkQFLD WRWDO15 O UHODo}HV FRP RV ILOKRV GH DFRUGR FRP RV FRHILFLHQWHV DOID
estudo sobre a versão original apresentou modelo de cinco das versões alemãHKRODQGHVD31 Esses valores sustentam
dimensões, e o fator 1 – composto por 11 itens que abordam RVDFKDGRVGRHVWXGRRULJLQDOFXMRVFRHILFLHQWHVGHFRQILD-
os conteúdos preparação para o parto, fantasia, afeição e ELOLGDGHYDULDUDPGHŞ DŞ 42 Portanto, observa-se
LQWHUDomR ² IRL UHVSRQViYHO SRU  GD YDULkQFLD$OpP que o PBQ detém consistência interna adequada.
disso, essa pesquisa mostrou adequada validade concor- 4XDQWRjYDOLGDGHSUHGLWLYDDDGDSWDomRSDUDPXOKHUHV
rente entre PAI e MFAS, cujo coeficiente de correlação foi FKLQHVDVDSUHVHQWRXVHQVLELOLGDGHDGHTXDGDSDUDLGHQWLILFDU
de r=0,72. danos nas relações com seu bebê.33 Ademais, viu-se que as
subescalas 1 e 2 apresentaram sensibilidade elevada para
UDVWUHDUSUREOHPDVQDOLJDomRHQWUHPmHHILOKRHUHMHLomR
$SHJRHQWUHPmHHÀOKRDSyVRSDUWR 2VUHVXOWDGRVDFLPDFRUURURERUDPRVDFKDGRVUHIHUHQWHVj
validação do instrumento original, em que o componente 1,
A avaliação da resposta emocional da mãe com relação ao laço enfraquecido, mostrou-se sensível para identificar mães
bebê, no período pós-parto, foi o objetivo da maior parte FRPGLVIXQo}HVOHYHVQDOLJDomRFRPVHXILOKRHDVXEHVFDOD
dos instrumentos. Serão discutidos os utilizados com maior 2, rejeição e raiva patológica, apresentou sensibilidade ele-
frequência: PBQ, MIBS, PAQ, MAI. As YDGDSDUDYHULILFDUPXOKHUHVFRPJUDYHVSUREOHPDVUHODFLR-
tabelas 3 e 4 contêm informações sobre validade e confia- nados à rejeição ao seu bebê. Os demais componentes do
bilidade das ferramentas identificadas. PBQ não apresentaram elevada sensibilidade.42
O PBQ foi o questionário mais utilizado nos estudos revi- Outros autores utilizaram a versão original e verificaram
sados. Esse instrumento tem o objetivo de rastrear proble- UHVXOWDGRVVHPHOKDQWHVKDMDYLVWDTXHRVFRPSRQHQWHVH
mas na relação mãe-bebê com base em quatro componen- 2 foram, respectivamente, sensíveis para identificar mães
tes: 1) laço enfraquecido, 2) rejeição e raiva patológica, 3) FRPDOJXPWLSRGHGHVRUGHPQDOLJDomRFRPRILOKRHSDUD
ansiedade sobre o bebê/ansiedade acerca do cuidado com o UDVWUHDUPXOKHUHVFRPUHMHLomRDRVHXEHEr2VGHPDLVIDWR-

Tabela 3 Dados sobre validade dos instrumentos de avaliação do vínculo entre mãe e bebê durante o período pós-parto.

Instrumentos Estudos Propriedades Psicométricas: Medidas de validade


PBQ 5HFNet al 
9&3%4H(3'6U  LWHQV HU  LWHQV FRPp<0,001. AF: modelo de
IDWRU1RYHLWHQVDSUHVHQWDUDPFDUJDIDWRULDOQmRVLJQLÀFDWLYDHIRUDPSRUWDQWR
retirados da versão em alemão.
%URQFNLQJWRQet al30 93/( ( 6  55 ( 6  $ ( 6  $,DSUHVHQWRXEDL[D
sensibilidade.
Van Bussel et al31 9&3%4²3$4WRWDOVHPDQDDSyVRSDUWR Ŭ  VHPDQD Ŭ  
3%4WRWDO²0,%6VHPDQD Ŭ  HVHPDQD Ŭ 
:LWWNRZVNLet al32 Validade de construto: AF: modelo de três fatores.
Siu et al33 933%47RWDO6 H( (6 H( (TXDOTXHUUHMHLomRGDPmHSDUD
FRPREHEr6 H( HUDLYDSDWROyJLFD6 H( (6 H( 
(UDLYDHPTXDOTXHULQWHQVLGDGH6 H( HUDLYDPRGHUDGDDJUDYH6 
H( 
MIBS Van Bussel et al31 9&0,%6WRWDO²03$6 LPHGLDWDPHQWHDSyVRSDUWR ²Ŭ H DGLDVDSyVRSDUWR 
²Ŭ 
:LWWNRZVNLet al34 VC: MIBS – PBQ imediatamente após o nascimento e 2 a 4 dias após o parto.
Taylor et al Validade de construto: AF: estrutura de dois fatores.
Bienfait M et al37 936 SDUDGHWHFWDUDOWHUDo}HVQRYtQFXORPmHEHErH( 
PAQ Van Bussel et al31 9&3$4²3%4 Ŭ HŬ  3$4²0,%6WRWDO Ŭ HŬ  
Scapesi et al $)²YHUVmRLWDOLDQDPRGHORGHIDWRUHVWHPSRFRPREHErFRPSHWrQFLDDQVLHGDGH
carga de atividades, indiferença e prazer com a proximidade.
Feldstein et al40 9&3$4²$46 U  
Condon et al41 $)PRGHORGHWUrVIDWRUHVSDUDSDLVGHEHErVFRPHPHVHV
MAI 6KLQ.LP13 9&0$,²0)$6U  p< 066U  p<0,01).
AF: modelo de três fatores. Correlação do MAI total com os três fatores variou de r=0,52
DU 
Damato VC: PAI – MAI (r=0,38).
VC, Validade concorrente; VP, Validade preditiva; AF, Análise fatorial; LE, Laço Enfraquecido; RR, Rejeição e raiva patológica;
$$QVLHGDGH$,$EXVRLPLQHQWH((VFDOD((VFDOD((VFDOD((VFDOD66HQVLELOLGDGH((VSHFLÀFLGDGH
(3'6(GLQEXUJK3RVWQDWDO'HSUHVVLRQ6FDOH0$,0DWHUQDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\0,%60RWKHU,QIDQW%RQGLQJ6FDOH0)$60DWHUQDO
)HWDO$WWDFKPHQW6FDOH03$60DWHUQDO3RVWSDUWXP$WWDFKPHQW6FDOH3$,3UHQDWDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\3$43DUHQWWRLQIDQW
$WWDFKPHQW4XHVWLRQQDLUH 03$4YHUVmRPDWHUQDH33$4YHUVmRSDWHUQD 3%43RVWSDUWXP%RQGLQJ4XHVWLRQQDLUH
,QVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHEr 

Tabela 4'DGRVVREUHFRQÀDELOLGDGHGRVLQVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHErGXUDQWHRSHUtRGRSyVSDUWR

Instrumentos Estudos 3URSULHGDGHV3VLFRPpWULFDV0HGLGDVGH&RQÀDELOLGDGH


PBQ 5HFNet al 
&,YHUVmRFRPLWHQVŞ /(Ş 55Ş $Ş H5$Ş 
&,YHUVmRFRPLWHQVŞ /(Ş 55Ş $Ş 5$Ş 
Van Bussel et al31 &,3%4WRWDO VHPDQD Ş HŞ   
:LWWNRZVNLet al32 &,²3%4IDWRUŞ IDWRUŞ HIDWRUŞ 
:LWWNRZVNLet al34 &,GR3%4WRWDOŞ HŞ 6Ş 6H6²Ş 
0RHKOHUet al35 &,GR3%4Ş 
MIBS Van Bussel et al31 &,0,%6WRWDO LPHGLDWDPHQWHDSyVRSDUWR Ş HŞ  DGLDVDSyVRSDUWR 
:LWWNRZVNL et al34 &,Ş  LPHGLDWDPHQWHDSyVRSDUWR HŞ  DGLDVDSyVRSDUWR 
Taylor et al 9HUVmRFRPRLWRLWHQV Ş  
Figueiredo et al38 &,HVFDODWRWDOŞ 6Ş 6Ş H6Ş (VFDODWRWDO²VSOLWKDOI
(r)=0,52; S1 r=0,52; S2 r=0,45; e S3 r=0,28. Correlação Teste-reteste (Spearman):
Ŭ 
PAQ Van Bussel et al31 &,3$4WRWDO VHPDQDDSyVRSDUWR Ş H VHPDQDDSyVRSDUWR 
Ş 
Scapesi et al &,3$4WRWDOŞ 
Feldstein et al40 &,03$4²Ş 33$4²Ş 
Condon et al41 &,*OREDOPHVHVGREHEr²Ş PHVHV²Ş 
MAI 6KLQ.LP13 &,0$,WRWDOŞ )DWRU 0$, Ş )DWRU 0$, Ş H)DWRU 0$, 
Ş 
Damato &, 0$, Ş HŞ 
0$,0DWHUQDO$WWDFKPHQW,QYHQWRU\0,%60RWKHU,QIDQW%RQGLQJ6FDOH3$43DUHQWWRLQIDQW$WWDFKPHQW4XHVWLRQQDLUH
(MPAQ, versão materna; e PPAQ, versão paterna); PBQ, Postpartum Bonding Questionnaire; CI, Consistência Interna;
LE, Laço enfraquecido; RR, Rejeição e raiva patológica; A, Ansiedade sobre o bebê; RA, Risco de Abuso; CM, Componentes materno;
CB, Componentes do bebê; CD, Componentes da díade; S1, Subescala 1; S2, Subescala 2; S3, Subescala 3.

res do PBQ não apresentaram validade preditiva suficiente vados escores denotam dificuldades no vínculo entre mãe
para verificar outros problemas na relação.30 HILOKR(VVHVDFKDGRVVXJHUHPTXHDVYHUV}HVSDUDRXWUDV
Esse instrumento pode ser uma ferramenta importante culturas apresentam limitações quanto à confiabilidade,
para o profissional da atenção primária, pois uma de suas mas demonstram validade preditiva e concorrente, ainda
peculiaridades é a aplicação em serviços de saúde localiza- que de forma moderada.
dos na comunidade.42 As Unidades Básicas de Saúde (UBS) As disfunções do apego detectadas pela MIBS estão rela-
possuem algumas fragilidades no que concerne à abordagem FLRQDGDV DR IDWR GH TXH QR SHUtRGR SXHUSHUDO D PXOKHU
dos aspectos psicossociais envolvendo a relação entre mãe DSUHVHQWD PDLRUHV DOWHUDo}HV GH KXPRU TXH SRGHP FRP-
e bebê. Autores sugerem ser imprescindível a capacitação SURPHWHU R HVWDEHOHFLPHQWR GR YtQFXOR FRP R ILOKR $
GHVVHVSURILVVLRQDLVSDUDDWXDUHPQRkPELWRGDVD~GHPHQ- depressão se apresenta como preditora de problemas na
WDO GD PXOKHU GXUDQWH D JHVWDomR H R SHUtRGR SXHUSHUDO relação emocional entre a mãe e o bebê.43 Na presença
SURPRYHQGRTXDOLGDGHGHYLGDGRVSDLVHGHVHXVILOKRV43 GHVVD GRHQoD D PXOKHU WHQGH D QmR UHVSRQGHU VDWLVIDWR-
A MIBS pode ser utilizada nas primeiras semanas após ULDPHQWHjVQHFHVVLGDGHVGRILOKRVHMDPHODVGHQDWXUH]D
o nascimento da criança até quatro meses pós-parto para física, como alimentação, manutenção da temperatura
identificar dificuldades vivenciadas pela mãe para esta- corporal e promoção do conforto da criança, sejam emo-
belecer relação com o bebê. É composta por oito adje- FLRQDLV FRPR DV QHFHVVLGDGHV GH FRPXQLFDomR FDULQKR H
tivos distribuídos em três aspectos: apego positivo, DPRUGRILOKRSDUDFRPVXDSURJHQLWRUD44-45
negativo e confuso. Adjetivos negativos têm pontuação 2 3$4 p XP TXHVWLRQiULR FRPSRVWR SRU  LWHQV RUJD-
invertida. Elevadas pontuações indicam problemas no vínculo nizados em três subescalas: qualidade do vínculo (QV),
mãe-bebê. DXVrQFLD GH KRVWLOLGDGH $+  H SUD]HU QD LQWHUDomR 3, 
Com relação às propriedades psicométricas, os estudos Esse instrumento tem o objetivo de avaliar a resposta emo-
que utilizaram a MIBS encontraram consistência interna cional da mãe com relação ao bebê, especificamente no
LQIHULRU DR LGHDO Ş•  &RQWXGR D SHVTXLVD GH YDOLGD- primeiro ano de vida. Foi utilizado em quatro investiga-
ção da versão original da MIBS mostrou consistência interna ções, das quais duas estão relacionadas à adaptação e à
DFHLWiYHO Ş  e um modelo de dois fatores. YDOLGDomR SDUD DV FXOWXUDV KRODQGHVD31 e italiana. Todas
Quanto à validade de critério, a referida escala apre- as publicações que utilizaram esse instrumento evidencia-
sentou elevada sensibilidade para detectar mães com alte- ram índices de confiabilidade aceitáveis. Porém, a versão
rações no vínculo com seus bebê37 e validade concorrente KRODQGHVD TXDQGR XWLOL]DGD SDUD PmHV GH EHErV FRP  D
moderada com PBQ34 e MPAS.31 Contudo, neste último caso, 12 semanas, mostrou problemas quanto à confiabilidade. O
a correlação foi negativa, de modo que elevados escores de uso dessa versão é apropriada para bebês com idade entre
apego na MIBS estão correlacionados com pequenas pontu- 4 e 5 meses.31
ações na MPAS.31 Essa escala tem pontuação invertida para Quanto à versão original, o PAQ apresentou consistência
os aspectos negativos relacionados ao apego, portanto ele- LQWHUQDVXSHULRUjHQFRQWUDGDQDVYHUV}HVFLWDGDV Ş 
 Perrelli JGA et al.

²EHErVFRPVHPDQDVHPHVHVHŞ ²PHVHV  com graves problemas relacionados à rejeição ao bebê. As


Contudo, outros autores evidenciaram consistência interna YHUV}HVSRUWXJXHVDHKRODQGHVDGD0,%6DSUHVHQWDUDPFRQ-
superior à versão original.41 (VVHV DFKDGRV VXVWHQWDP D sistência interna insuficiente.
confiabilidade desse instrumento. Com relação à validade Finalmente, observou-se que a maior parte dos instru-
de construto, verificou-se um modelo de seis fatores na mentos possui elevada precisão para mensurar o apego
versão italiana. Em contrapartida, para mães de bebês materno-infantil, porém alguns apresentam limitações
KRODQGHVHV RXWURV DXWRUHV UHYHODUDP XP PRGHOR GH WUrV quanto à sua validade. Ademais, a maioria não se encontra
dimensões.41(VVHV~OWLPRVDFKDGRVFRUURERUDPRVUHVXOWD- traduzido e adaptado para a população brasileira. Assim,
dos da versão original do instrumento, cuja AF resultou num observa-se a necessidade de se adaptar e validar instru-
modelo de três fatores. mentos, considerando as especificidades de mães e bebês
O MAI é utilizado para mensurar o apego entre mãe brasileiros no primeiro ano de vida.
H ILOKR 7UDWDVH GH XP LQYHQWiULR FRPSRVWR SRU 
LWHQV RUJDQL]DGRV QXPD HVFDOD /LNHUW GH TXDWUR SRQWRV
Elevadas pontuações indicam maior apego entre mãe e &RQÁLWRVGHLQWHUHVVH
bebê.47 Encontra-se traduzido e adaptado para a popula-
omRGHPXOKHUHVFRUHDQDV13 e brasileiras.48 Neste último 2VDXWRUHVGHFODUDPQmRKDYHUFRQIOLWRVGHLQWHUHVVH
caso, realizou-se a validação para mães de crianças com
idade entre seis e treze anos e demonstrou elevada con-
ILDELOLGDGH Ş  48 A consistência interna da versão Referências
RULJLQDO Ş ²EHErVFRPVHPDQDVŞ ²EHErV
FRP  PHVHV H Ş  ² EHErV FRP  PHVHV 47 apresen- 1. Biaggio AM. Psicologia do desenvolvimento. 15WK ed. Petrópolis:
tou valores inferiores aos encontrados em duas outras Vozes; 2001.
SHVTXLVDV FXMR Ş! Assim, observa-se que o MAI 2. Bowlby J. Apego: a natureza do vínculo. 3rd ed. São Paulo:
é uma ferramenta robusta para mensurar o apego entre Martins Fontes; 2002.
a mãe e o bebê. 3. &DUPRQD (9 GR 9DOH ,1 2KDUD &9 $EUmR $& 'LDJQyVWLFR GH
HQIHUPDJHP ´FRQÁLWR QR GHVHPSHQKR GR SDSHO GH PmHµ HP
Outros instrumentos foram citados, com menor fre-
PmHV GH UHFpPQDVFLGRV KRVSLWDOL]DGRV 5HY /DWLQR$P
quência, nos estudos sobre a relação entre mãe e bebê Enfermagem 2013;21:1-8.
no período pós-parto. São eles: Global Rating Scales 4. Bowlby J. Uma base segura: Aplicações clínicas da teoria do
(GRS), %DUNLQ ,QGH[ RI 0DWHUQDO )XQFWLRQLQJ %,0)  50 DSHJR3RUWR$OHJUH$UWHV0pGLFDV
3DUHQW&KLOG (DUO\ 5HODWLRQDO $VVHVVPHQW 3&(5$  51 5. 3RYHGDQR 0& 1RWR ,6 3LQKHLUR 06 *XLQVEXUJ 5 0RWKHU·V
3RVWSDUWXP0DWHUQDO$WWDFKPHQW6FDOH 30$6 52 e Escala SHUFHSWLRQVDQGH[SHFWDWLRQVUHJDUGLQJWKHLUQHZERUQLQIDQWV
de interações de Brown.53 Todos mostraram elevada con- WKHXVHRI%URXVVDUG·VQHRQDWDOSHUFHSWLRQLQYHQWRU\5HY3DXO
sistência interna, exceto a ferramenta GRS, cujo estudo 3HGLDWU
QmR GHVFUHYHX QHQKXPD PHGLGD GH FRQILDELOLGDGH  A  Lago VM, Amaral CE, Bosa CA, Bandeira DR. Measures to assess
maior parte dos itens da Escala de Brown apresentou WKH UHODWLRQVKLS EHWZHHQ SDUHQWV DQG FKLOGUHQ 5HY %UDV
Crescimento Desenvolvimento Hum 2010;20:330-41.
HOHYDGD FRQFRUGkQFLD HQWUH REVHUYDGRUHV FRHILFLHQWH
7. Pasquali L. Instrumentação Psicológica: fundamentos e práticas.
.DSSD DFLPD GH  53 Quanto às medidas de validade Porto Alegre: Artmed; 2010.
concorrente, o GRS mostrou correlação com o Infant- 8. 3ROLW ') %HFN &7 )XQGDPHQWRV GH SHVTXLVD HP HQIHUPDJHP
Toddler Home Inventory, e o BMIF revelou correlação avaliação de evidências para a prática da enfermagem. Porto
FRP *UDWLILFDWLRQ &KHFN /LVW 6KRUW)RUP +HDOWK 6XUYH\ Alegre: Artmed; 2011.
Mental Functioning component e com a Escala de  1XQQDOO\ -& ,QWURGXFWLRQ WR SV\FKRORJLFDO PHDVXUHPHQW 1HZ
Depressão de Hamilton.50 <RUN0F*UDZ+LOO
10. &URQEDFK / &RHIÀFLHQW DOSKD DQG WKH LQWHUQDO VWUXFWXUH RI
WHVWV3V\FKRPHWULND
&RQVLGHUDo}HVÀQDLV 11. /DQGLV-5.RFK**7KHPHDVXUHPHQWRIREVHUYHUDJUHHPHQW
IRUFDWHJRULFDOGDWD%LRPHWULFV
12. 6M|JUHQ%(GPDQ*:LGVWU|P$00DWKLHVHQ$68YQlV0REHUJ
As subescalas atitudes referentes à gravidez e ao feto e sin- . 0DWHUQDO IRHWDO DWWDFKPHQW DQG SHUVRQDOLW\ GXULQJ ÀUVW
tomas somáticos (MAMA) apresentaram problemas quanto SUHJQDQF\-5HSURG,QIDQW3V\FKRO
à verificação do mesmo construto das demais dimensões 13. 6KLQ+.LP<+0DWHUQDODWWDFKPHQWLQYHQWRU\SV\FKRPHWULF
desse questionário. HYDOXDWLRQRIWKH.RUHDQYHUVLRQ-$GY1XUV
O PAI mostrou validade de critério e de construto, além 14. Gomez R, Leal I. Vinculação parental durante a gravidez: versão
de elevado índice de confiabilidade. Em contrapartida, a portuguesa da forma materna e paterna da antenatal emotional
MFAS apresentou limitações quanto à validade de cons- DWWDFKPHQWVFDOH3VLF6DXGH 'RHQoDV
truto. Há tradução e adaptação para a população de mães 15. *DX0//HH7<&RQVWUXFWYDOLGLW\RIWKHSUHQDWDODWWDFKPHQW
e bebês brasileiros, porém esse estudo encontra-se indispo- LQYHQWRU\DFRQÀUPDWRU\IDFWRUDQDO\VLVDSSURDFK-1XUV5HV
2003;11:177-87.
nível para acesso eletrônico.
 'DPDWR (* 3UHQDWDO DWWDFKPHQW DQG RWKHU FRUUHODWHV RI
4XDQWRDRSHUtRGRSXHUSHUDOR0$,GHPRQVWURXPHOKR- SRVWQDWDO PDWHUQDO DWWDFKPHQW WR WZLQV $GY 1HRQDWDO &DUH
res coeficientes de confiabilidade, mas sua versão brasileira 
não se encontra validada para mães de crianças menores de 17. Seimyr L, Sjögren B, Welles-Nyström B, Nissen E. Antenatal
um ano. O PBQ mostrou-se sensível para identificar mães PDWHUQDOGHSUHVVLYHPRRGDQGSDWHUQDOIHWDODWWDFKPHQWDWWKH
FRPGLVIXQo}HVOHYHVQDOLJDomRFRPVHXILOKRHPXOKHUHV HQGRISUHJQDQF\$UFK:RPHQV0HQW+HDOWK
,QVWUXPHQWRVGHDYDOLDomRGRYtQFXORHQWUHPmHHEHEr 

18. 8VWXQVR] $ *XYHQF * $N\X] $ 2ÁD] ) &RPSDULVRQ RI  7D\ORU$$WNLQV5.XPDU5$GDPV'*ORYHU9$QHZPRWKHU
PDWHUQDO²DQG SDWHUQDO²IHWDO DWWDFKPHQW LQ 7XUNLVK FRXSOHV WRLQIDQWERQGLQJVFDOHOLQNVZLWKHDUO\PDWHUQDOPRRG$UFK
0LGZLIHU\ :RPHQV0HQW+HDOWK
 Figueiredo B, Mendonça M, Sousa R. Versão portuguesa do 37. Bienfait M, Maury M, Haquet A, Faillie JL, Franc N, Combes C
maternal adjustment and maternal attitudes (MAMA). Psic et al3HUWLQHQFHRIWKHVHOIUHSRUWPRWKHUWRLQIDQWERQGLQJ
6DXGH 'RHQoDV VFDOHLQWKHQHRQDWDOXQLWRIDPDWHUQLW\ZDUG(DUO\+XP'HY
20. &UDQOH\ 06 'HYHORSPHQW RI D WRRO IRU WKH PHDVXUHPHQW RI 2011;87:281-7.
PDWHUQDODWWDFKPHQWGXULQJSUHJQDQF\1XUV5HV 38. )LJXHLUHGR%0DUTXHV$&RVWD53DFKHFR$3DLV$%RQGLQJ
4. VFDOH WR HYDOXDWH SDUHQWV· HPRWLRQDO LQYROYHPHQW ZLWK WKHLU
21. 0OOHU 0( )HUNHWLFK 6 )DFWRU DQDO\VLV RI WKH PDWHUQDO IHWDO LQIDQW3V\FKRORJLFD
DWWDFKPHQWVFDOH1XUV5HV  6FDSHVL$9LWHUERUL36SRQ]D6=XFKLQHWWL3$VVHVVLQJPRWKHU
22. )LJXHLUHGR)LOKR'%GD6LOYD-~QLRU-$9LVmRDOpPGRDOFDQFH WRLQIDQW DWWDFKPHQW WKH ,WDOLDQ$GDSWDWLRQ RI D VHOIUHSRUW
XPD LQWURGXomR j DQiOLVH IDWRULDO 2SLQ 3XEOLFD  TXHVWLRQQDLUH-5HSURG,QIDQW3V\FKRO
85. 40. )HOGVWHLQ6+DQH$$0RUULVRQ%0+XDQJL.<5HODWLRQRIWKH
23. )HLMy0&%UDVLOLDQYDOLGDWLRQRIWKHPDWHUQDOIHWDODWWDFKPHQW 3RVWQDWDODWWDFKPHQWTXHVWLRQQDLUHWRWKHDWWDFKPHQW46HW
VFDOH$UT%UDV3VLFRO 5LR-  -5HSURG,QIDQW3V\FKRO
24. &RQGRQ-77KHDVVHVVPHQWRIDQWHQDWDOHPRWLRQDODWWDFKPHQW 41. &RQGRQ -7 &RUNLQGDOH &- %R\FH 3 $VVHVVPHQW RI SRVWQDWDO
GHYHORSPHQWRIDTXHVWLRQQDLUHLQVWUXPHQW%U-0HG3V\FKRO SDWHUQLQIDQW DWWDFKPHQW GHYHORSPHQW RI D TXHVWLRQQDLUH
 LQVWUXPHQW-5HSURG,QIDQW3V\FKRO
25. .XPDU 5 5REVRQ .0 6PLWK $0 'HYHORSPHQW  RI  D  VHOI 42. %URFNLQJWRQ)2DWHV-*HRUJH67XUQHU'9RVWDQLV36XOOLYDQ
administered questionnaire to measure maternal adjustment M et al$ VFUHHQLQJ TXHVWLRQQDLUH IRU PRWKHULQIDQW ERQGLQJ
and maternal attitudes during pregnancy and after delivery. GLVRUGHUV$UFK:RPHQV0HQW+HDOWK
-3V\FKRVRP5HV 43. )LJXHLUHGR % &RVWD 5 3DFKHFR $ 3DLV $ 0RWKHUWRLQIDQW
 0OOHU0(0HUFHU57'HYHORSPHQWRIWKHSUHQDWDODWWDFKPHQW HPRWLRQDO LQYROYHPHQW DW ELUWK 0DWHUQ &KLOG +HDOWK -
LQYHQWRU\:HVW-1XUV5HV 
27. Spearman C. Correlation calculated from faulty data. Br J 44. Cantilino A, Zambaldi CF, Sougey EB, Rennó Júnior J. Postpartum
3V\FKRO SV\FKLDWULFGLVRUGHUV5HY3VLT&OLQ
28. %URZQ : 6RPH H[SHULPHQWDO UHVXOWV LQ WKH FRUUHODWLRQ RI 45. )LJXHLUHGR % &RVWD 5 0RWKHU·V VWUHVV PRRG DQG HPRWLRQDO
PHQWDODELOLWLHV%U-3V\FKRO LQYROYHPHQW ZLWK WKH LQIDQW  PRQWKV EHIRUH DQG  PRQWKV
 5HFN&.OLHU&03DEVW.6WHKOH(6WHIIHQHOOL86WUXEHQ.et DIWHUFKLOGELUWK$UFK:RPHQV0HQW+HDOWK
al7KHJHUPDQYHUVLRQRIWKHSRVWSDUWXPERQGLQJLQVWUXPHQW  &RQGRQ-7&RUNLQGDOH&-7KHDVVHVVPHQWRISDUHQWWRLQIDQW
SV\FKRPHWULF SURSHUWLHV DQG DVVRFLDWLRQ ZLWK SRVWSDUWXP DWWDFKPHQW GHYHORSPHQW RI D VHOIUHSRUW TXHVWLRQQDLUH -
GHSUHVVLRQ$UFK:RPHQV0HQW+HDOWK 5HSURG,QIDQW3V\FKRO
30. %URQFNLQJWRQ ,) )UDVHU & :LOVRQ '7KH SRVWSDUWXP ERQGLQJ 47. 0OOHU 0( $ TXHVWLRQQDLUH WR PHDVXUH PRWKHUWRLQIDQW
TXHVWLRQQDLUH D YDOLGDWLRQ $UFK :RPHQV 0HQW +HDOWK DWWDFKPHQW-1XUV0HDV
 48. %RHFNHO 0* :DJQHU $ 5LWWHU ) 6RKQH / 6FKHLQ 6 *UDVVL
31. 9DQ %XVVHO -& 6SLW] % 'HP\WWHQDUH . 7KUHH VHOIUHSRUW Oliveira R. Análise fatorial do inventário percepção de
TXHVWLRQQDLUHV RIWKH HDUO\ PRWKHUWRLQIDQW ERQG UHOLDELOLW\ YLQFXODomRPDWHUQD5,3
DQGYDOLGLW\RIWKH'XWFKYHUVLRQRIWKH03$63%4DQG0,%6  *XQQLQJ0&RQUR\69DORULDQL9)LJXHLUHGR%.DPPHUHU0+
$UFK:RPHQV0HQW+HDOWK 0X]LN0et al0HDVXUHPHQWRIPRWKHULQIDQWLQWHUDFWLRQVDQG
32. :LWWNRZVNL $ :LOOLDPV - :LHFN $ $Q H[DPLQDWLRQ RI WKH WKH KRPH HQYLURQPHQW LQ D (XURSHDQ VHWWLQJ SUHOLPLQDU\
SV\FKRPHWULFSURSHUWLHVDQGIDFWRUVWUXFWXUHRIWKHSRVWSDUWXP UHVXOWV IURP D FURVVFXOWXUDO VWXG\ %U - 3V\FKLDWU\ 6XSSO
bonding questionnaire in a clinical inpatient sample. Br J Clin V
3V\FKRO 50. %DUNLQ -/ :LVQHU ./ %URPEHUJHU -7 %HDFK 65 7HUU\ 0$
33. 6LX%:&KRZ+0.ZRN66/L2/.RR0/&KHXQJ() et al. :LVQLHZVNL65GHYHORSPHQWRIWKHEDUNLQLQGH[RIPDWHUQDO-
,PSDLUPHQW RI PRWKHULQIDQW UHODWLRQVKLS YDOLGDWLRQ RI WKH :RPHQ·V+HDOWK
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