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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição maio de 2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Copidesque:

Jussara Fonseca

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Junio Amaro
Apresentação

O que dizer às mães, mulheres tão especiais


que se doam para seus filhos com amor incon-
dicional? Todos os anos, no dia que lhes é dedi-
cado, elas são parabenizadas, recebem presentes
e a família para o almoço. Outras, infelizmente,
não têm nada disso, ao contrário, estão choran-
do pela falta dos filhos que não as consideram ou
pelos que estão perdidos em vícios e tão longe
de Deus. Mas todas elas merecem o nosso respei-
to, o nosso carinho e, principalmente, as nossas
orações.
Palavras seriam insuficientes para expressar
tudo que elas representam não somente para a
família, mas para toda a nação, pois todo país é

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constituído por famílias. Mas podemos fazer uma
linda e poderosa oração e, com ela, resumir todo
o nosso amor: “O Senhor te abençoe e te guarde;
o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha
misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto
e te dê a paz” (Números 6.24).
E foi com o objetivo de abençoar todas as
mães, que o Pr. Márcio Valadão escreveu este li-
vro. Inspirado pelo Espírito Santo, ele se baseou
em uma história muito bonita e tocante contada
pelo Pr. Peter Marshall. Ela se chama O guarda
das fontes.
A simplicidade da narrativa nos cativa e, no
decorrer da mensagem, somos tocados profun-
damente pela importância do trabalho de um
anônimo guardador de fontes. Com a autoridade
de quem conhece a Palavra de Deus, o autor traça
um paralelo entre esse homem e mães heroínas
da Bíblia. O Pr. Márcio descortina uma autêntica
galeria de retratos de mães que souberam guar-
dar, desde a nascente, as fontes que jorrariam
águas abundantes e preciosas para a glória de
Deus: seus filhos.
Que o exemplo destas mulheres bíblicas, mais
heroínas ainda por terem se conservado no ano-
nimato após cumprirem a sublime missão que
Deus lhes confiou, seja incentivo para você, mãe.

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Que esses exemplos possam inspirá-la, incentivá-
la e fortalecer a sua fé para que persevere com
fé e alegria nesta linda e grandiosa caminhada
como fiel guardadora dos seus filhos.
Se você é mãe biológica ou adotiva; se não
tem filhos, mas se doa cuidando dos filhos de
outras mulheres, saiba que você é agraciada por
Deus. Ele lhe confiou uma grande missão e está
com você todo o tempo para que possa cumprir
com êxito o que lhe foi designado realizar
Que você possa ver os filhos dos seus filhos
e que todos eles sejam homens e mulheres de
Deus, para a sua alegria e para a glória do próprio
Deus.
“O SENHOR te abençoe desde Sião, para que
vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias
de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre
Israel! (Salmo 128.5.)

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Uma
narrativa
bem a
propósito

O amor de mãe é algo tão grandioso que Deus


se referiu a ele em sua Palavra: “Acaso, pode uma
mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de
sorte que não se compadeça do filho do seu ventre?
Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, to-
davia, não me esquecerei de ti.” (Isaías 49.15.)
O pastor irlandês Peter Marshall morava nos
Estados Unidos e foi para a glória no ano de

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1949. Um de seus sermões, que se tornou muito
famoso, é o intitulado O guarda das fontes. Nessa
mensagem, o pastor Peter conta esta história:
Havia uma pequena cidade construída no
sopé de uma montanha muito verde, com muitas
árvores, flores e extensa folhagem. Aquela cida-
de era abastecida pela água das fontes da mon-
tanha.
A água que brotava das fontes ia para as casas
e provia os moradores da cidadezinha. Havia ali
muita prosperidade, alegria e comunhão. A água
era sempre muito limpa. Naquela montanha, mo-
rava um homem conhecido como o guardador
das fontes. Ele quase não era visto, mas tinha um
trabalho muito singular e de extrema importân-
cia naquelas montanhas. O guardador das fontes
cuidava de desobstruir qualquer impedimento
que existisse nas fontes. Tirava o lodo, a lama, as
folhas que caíam na água, enfim, ele era respon-
sável por conservar a qualidade daquelas águas.
O trabalho dele, aparentemente simples, era vital
para aquela cidadezinha.
Em uma das reuniões dos componentes da
Câmara Municipal da cidade, durante a qual era
verificado o orçamento do município, eles deci-
diram que o salário do guardador das fontes era
algo desnecessário. Então, decidiram demiti-lo.

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“Este homem não faz nada que seja de real im-
portância. Não tem qualquer sentido continuar
pagando um guardador de fontes. O trabalho dele
é totalmente sem importância. Estamos jogando
dinheiro fora”.
Chamaram o guardador das fontes e o demi-
tiram com a justificativa de que construiriam um
reservatório de água. De fato, construíram um
grande reservatório de concreto.
A água que abastecia o reservatório não era
pura, pois no percurso das fontes até eles, muitas
folhas e outros detritos iam sendo levados com
ela. Portanto, a água que ficava nos reservatórios
era suja, barrenta e cheia de lodo. Os moinhos da
cidade não mais podiam trabalhar como antes
por causa da água que estava cheia de detritos.
Houve grande epidemia naquele lugar, muitas
crianças adoeceram e algumas até morreram. Os
cisnes que antes moravam ali foram para outros
lugares em busca de água limpa.
Então, os administradores da cidade reconhe-
ceram o erro que haviam cometido. Chamaram
aquele homem e lhe disseram: “Queremos que o
senhor nos desculpe por considerar o seu trabalho
insignificante. Constatamos que ele é imprescindí-
vel para a saúde de nossa população. O senhor é
muito importante para todos nós. Por favor, aceite

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novamente o emprego.” Voltando à sua ativida-
de, ele cuidou das fontes, tirou o barro, o lodo,
as folhas velhas e os troncos apodrecidos. A água
ficou novamente límpida e voltou a correr pura
nos riachos, abastecendo aqueles grandes reser-
vatórios com água de boa qualidade. A epidemia
acabou, a situação da cidade melhorou, o verde
voltou e tudo ficou como antes por causa do tra-
balho do guarda das fontes.

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Paralelo
oportuno

O pastor Peter Marshall compara o traba-


lho das mães com o do guardador das fontes. O
serviço que as mães executam é de fundamen-
tal importância, mas assim como o trabalho do
guardador de fontes, muitas vezes ele não é reco-
nhecido como deveria. E, muitos filhos e maridos,
assim como os componentes da Câmara Munici-
pal daquela cidadezinha, menosprezam as mães
e o trabalho delas. Suponhamos que, a exemplo
da Câmara daquela cidade, também resolvês-
semos dispensar o trabalho das mães alegando
que o trabalho delas é insignificante. Então, de-

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cidíssemos que já não precisávamos delas e não
justificaria tê-las em nosso lar. Com certeza, assim
também como todos aqueles moradores, nós te-
ríamos um grande problema. São as mães que ti-
ram a sujeira dos filhos, e eu não estou falando de
dar um bom banho neles, mas de lhes ensinar a
amar a Deus, a discernir o bem e o mal, a fazer as
escolhas certas, a perdoar, a não prejudicar os ou-
tros e tantas outras coisas que as mães ensinam
aos filhos durante toda a vida. Relevar o trabalho
das mães seria um grande desastre, como o que
aconteceu na cidadezinha das montanhas quan-
do o guardador das fontes foi demitido.
A poetisa e escritora Zulmira Braga disse que
“a mão que embala o berço é a mão que rege o
mundo”. Isso significa que a missão de uma mãe
tem relevância muito mais abrangente do que se
costuma pensar. Ao educar os filhos, as mães es-
tão preparando homens e mulheres para Deus,
para a família, para a nação e o mundo. Quantos
missionários estão espalhados por este mundo
afora? Quantos homens e mulheres estão de-
sempenhando funções fora do seu país? Quan-
tos filhos e filhas estão sendo bênçãos em sua
família e na sua igreja, levando o nome de Jesus
por onde passam? E esta educação, que abran-
ge as coisas naturais e as espirituais, vem de ber-

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ço. Desde quando as mães começaram a cantar
louvores para seus filhos dormirem; e depois
contar-lhes histórias bíblicas, e levá-los à escola
dominical, ao culto, ao repreendê-los pela disci-
plina de Deus... Enfim, esta educação não é algo
que se obtém em escolas e universidades secu-
lares, mas no convívio diário entre mães e filhos.
Podemos dizer que tudo isso começa quando as
mães oram por seus filhos ainda no ventre. E os
pais não podem se omitir de estarem junto com
a esposa nesta caminhada de formação do cará-
ter dos seus filhos. A Bíblia declara que os filhos
são como flechas nas mãos do guerreiro (Salmo
127.4). Que grande responsabilidade têm os pais!
E também está escrito:
A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a
criança entregue a si mesma vem a envergonhar
a sua mãe. A estultícia está ligada ao coração da
criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.
– “É natural que as crianças façam tolices, mas a
correção as ensinará a se comportarem” ( NLTH –
Provérbios 29.15; 22.15). Mãe, o seu ministério é
uma missão que interfere não apenas na existên-
cia dos seus filhos, mas na vida de muitas e mui-
tas gerações: filhos, netos, bisnetos...
Muitas mulheres dizem não ter ministério
algum apenas porque não trabalham na igreja.

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Embora chamemos o templo onde nos reunimos
de igreja, temos de entender que nós somos a
Igreja de Cristo. Assim, a Igreja deve ser também
a sua família. A sua casa, um templo do Senhor.
Você, querida mãe, tem o ministério fundamen-
tal de levar seus filhos a ser fontes límpidas para
o Senhor e conservá-las limpas, desobstruídas de
toda impureza. E, para a glória de Deus, você faz
isso de coração, com a sua própria vida. Ao agir
assim, todo o curso desta água que se tornou
abundante no Senhor fica ainda mais belo, cheio
de sorrisos, de poesia e de bênçãos. O seu traba-
lho como guardadora das fontes é fundamental!
Veja-se como uma guardadora de fontes! Olhe
para si mesma e reconheça-se como uma pessoa
muito especial a quem Deus confiou este traba-
lho tão importante. É você quem dá o amor, o ca-
rinho, a compreensão, os cuidados e tudo o mais
de que seus filhos precisam para crescerem feli-
zes. É você que lhes oferece o suporte para serem
pessoas de bom caráter, bons filhos e bons cris-
tãos, cuja vida honra seus pais e glorifica a Deus,
nosso Senhor. Se você não se vê assim, considere
as palavras do Senhor:
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor
muito excede o de finas jóias [...] A força e a digni-
dade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de ama-

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nhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e
a instrução da bondade está na sua língua. Atende
ao bom andamento da sua casa e não come o pão
da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam
ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulhe-
res procedem virtuosamente, mas tu a todas sobre-
pujas. Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a
mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-
lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão
as suas obras.” (Provérbios 31.10, 25-31.)
Muitas mulheres se julgam “apenas uma dona-
de-casa”, como se essa função fosse algo medío-
cre. Uma dona-de-casa acumula várias funções
como a arrumação da casa, a economia do lar,
o cuidado com as roupas e a alimentação diária
dos membros da família entre outras. Contudo, a
mais importante é a educação dos filhos. Não que
os pais estejam isentos de serem atuantes neste
trabalho, ao contrário, eles são parte fundamen-
tal nesse processo, mas como as mães terminam
por ficarem mais tempo com os filhos, elas assu-
mem mais integralmente a criação deles.
Você pode ter uma empregada doméstica,
mas ninguém cuida melhor da sua casa do que
você mesma e é você quem vai orientá-la nos
serviços a ser desenvolvidos. E, se trabalha fora
de casa, você, mãe, estará acumulando funções,

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porque ainda terá de manter o funcionamento
da casa e cuidar da educação dos seus filhos. Está
vendo como jamais pode se considerar “apenas
uma dona-de-casa? O seu ministério de mãe é tão
importante quanto o de um pastor. Deus a honrou
com esta missão sublime.
Esse ministério deve dominar sua vida, seu
coração para que a fonte seja conservada lim-
pa. E, desta forma, não apenas a cidade, mas o
mundo inteiro será impactado por pessoas que
comunicam a glória, a graça e o amor de Deus,
nosso Pai.
Na Bíblia existem algumas guardadoras de
fontes e vamos conhecê-las, fazendo um passeio
pelas páginas do Livro Sagrado.

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Agar e
a fonte
rejeitada

Encontramos a primeira destas grandes mu-


lheres no livro de Gênesis, capítulo 21, versos 15
e 16: “Tendo-se acabado a água do odre, colocou
ela o menino debaixo de um dos arbustos e, afas-
tando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um
tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer
o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou
a voz e chorou”.
A primeira mãe que será focalizada chama-se
Agar. Ela teve um filho com Abraão. Esse filho foi

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chamado Ismael. Houve uma série de conflitos
porque Ismael não nascera segundo a vontade de
Deus no seu sentido pleno, mas apenas por sua
vontade permissiva. A essência da fé que Abraão
e Sara tinham naquele momento era deficiente,
não no que se referia à promessa, mas no modo
como ela seria cumprida. Sara providenciou sua
serva Agar para seu marido, Abraão, para que ela
lhe desse um filho. Contudo, depois que conce-
bera, Agar passou a humilhar Sara.
Depois disso, Sara ficou grávida e deu à luz
um filho a Abraão, que já tinha cem anos. Isso
aconteceu no tempo determinado sobre o qual
Deus lhe falara. E a ele chamaram Isaque. No dia
em que Isaque foi desmamado, Abraão deu um
banquete, mas Ismael caçoava de Isaque. Sara
pediu que seu marido expulsasse Agar e Ismael
de sua casa:
“Levantou-se, pois, Abraão de madrugada, to-
mou pão e um odre de água, pô-los às costas de
Agar, deu-lhe o menino e a despediu. Ela saiu, an-
dando errante pelo deserto de Berseba.” (Gênesis
21.14.) Tendo acabado a água do odre, Agar
deixou Ismael debaixo de um dos arbustos e se
afastou porque não tinha coragem de vê-lo mor-
rer de fome e de sede. Situação dramática aquela!
Vemos, hoje, muitas mães, guardadoras de fonte,

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que tiveram um filho incompreendido, não acei-
to, não programado. Um filho que não nascera
segundo a vontade diretiva de Deus, que viera no
momento em que o casal não se via em condições
de cuidar de um filho. E, exatamente naquele mo-
mento, o filho veio e, com ele, as circunstâncias,
as opressões, as confusões, as dificuldades. Pare-
ce que ele não nascera para usufruir um jardim,
mas para morrer num deserto. Talvez, se estives-
se como Agar, num lugar seco e ermo, vendo seu
filho naquela situação, você também pensasse:
“Não tem jeito!” E quantas vezes você quis fazer
o mesmo que Agar: colocar seu filho debaixo de
um arbusto e se afastar para chorar e dizer: “Assim
não verei morrer o menino...” e sentar-se em frente
dele, levantar a voz e chorar. E levantar a voz sig-
nifica orar e chorar.
É interessante como a maioria quase absolu-
ta das mulheres tem o coração muito mais que-
brantado diante de Deus do que normalmente
os homens possuem. Existem momentos duran-
te os quais não se consegue dialogar com o es-
poso, com o filho rebelde, com a sogra... Tempo
em que a única opção é o quebrantar-se diante
do Pai. Então, você abre o coração diante de Deus
e clama por sua intervenção, clama por seu po-
der e sua misericórdia.E, quando abrimos o cora-

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ção diante de Deus e clamamos, algo poderoso
acontece: “Deus, porém, ouviu a voz do menino, e o
Anjo de Deus chamou do céu a Agar” (v.17) A Bíblia
não diz que Deus ouviu a voz da mãe, mas sim a
voz do menino. Podemos entender que, naquela
hora, mãe e filho se identificavam. Aquele rapaz
e a mãe eram um só. E isto, a unidade da família,
é algo que você precisa sempre entender. Quan-
do a família é unida, quando marido e esposa se
tornam um, seus filhos também são um com eles,
não há separação, não existe divergência, confli-
tos, desarmonia e desunião. A dor do filho é a dor
da mãe; a alegria do filho é a alegria da mãe. A Pa-
lavra de Deus diz que “Deus ouviu a voz do menino
e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e disse-lhe:
Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a
voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o
rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um
grande povo” (v.17-18).
Quantas vezes você tem ouvido esta voz de-
pois de olhar à sua volta e dizer que não há mais
esperança? Se você vir apenas tristeza e dor, se
considerar que não tem mais jeito para a sua
vida, lembre-se de que Deus é aquele que a cha-
ma pelo nome no deserto. Ele é o Deus que faz e
cumpre suas promessas (Jeremias 1.12). Revigo-
re suas esperanças no Deus todo-poderoso para

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quem não existem impossíveis (Lucas 1.37).
Você pode estar hoje com o coração apertado
por causa de um filho ou de todos os seus filhos
que ainda estão longe do Senhor, frustrados nos
desertos deste mundo, sem Deus, sem esperan-
ça... Quem sabe estão no mundo das drogas, do
alcoolismo, da prostituição... Mas a Palavra do
Senhor lhe diz, “Mãe, ergue-te, não fiques frustra-
da; ergue-te, ergue-te! Levanta o teu filho! Levanta
aquele que está caído, segura-o pela mão, porque
Eu farei dele um grande povo”. Aleluia! Porque Je-
sus veio buscar e salvar os perdidos e os doentes!
(Lucas 5.32-33) Deus deseja fazer algo maravilho-
so na vida dos seus filhos e por intermédio deles.
O Senhor quer que eles sejam grandes homens
e mulheres para o bem deles e para sua própria
glória, para que o nome de Jesus seja exaltado.
Agar foi uma guardadora da sua fonte. Ela não
entregou os pontos até mesmo quando pensou
que tudo estava perdido. Agar clamou, chorou
diante do Senhor e o seu clamor foi ouvido. No
momento em que você acreditar que não tem
jeito e pensar em cruzar os braços, dizendo que
nada mais pode fazer, que nada mais poderá dar
certo, lembre-se de que para Deus não existem
impossíveis, que todos os impossíveis dos ho-
mens são possíveis para Deus (Lucas 1.37; 18.27).

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Você se lembra de quando estava grávida?
Quantos sonhos, planos, esperanças, alegrias...
Ainda que seu filho não tenha sido programado,
mesmo que ele não esteja no caminho do Senhor,
acredite que tudo é possível para Deus, que tudo
é possível ao que crê (Marcos 9.23). Seja uma
guardadora da fonte e, com suas orações, retire
todos os detritos da água. Clame a Deus, porque
Ele, pela sua fidelidade e misericórdia, suprirá em
Cristo Jesus cada uma das suas necessidades (Fi-
lipenses 4.19). Se seus filhos são águas limpas, se
eles estão no caminho perfeito de Deus, continue
sendo esta guardadora da fonte para que do inte-
rior deles continuem jorrando rios de água viva,
porque Jesus disse: “Quem crer em mim, como diz
a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”
(João 7.38).

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A
guardadora
do menino
salvo das
águas

No Egito, a situação era muito difícil. Faraó ha-


via baixado uma lei segundo a qual toda criança
do sexo masculino que nascesse teria de ser mor-
ta. Por isso, o fato de uma mulher estar grávida
não gerava nela alegria, mas medo e apreensão.

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“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com
uma descendente de Levi. E a mulher concebeu e
deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escon-
deu-o por três meses.” (Êxodo 2.1-2.)
A esse menino foi dado o nome de Moisés.
Quando ele nasceu, Joquebede deveria tomar
seu filhinho nos braços, acariciá-lo e amamentá-
lo com alegria. Entretanto, tolhida desse prazer
porque havia a lei de Faraó, ela pôde ficar com
seu bebê por apenas três meses, foi o tempo que
conseguiu escondê-lo. Então, o que fez Joque-
bede? Ela teceu um cesto de junco, calafetou-o
com betume e piche, colocou Moisés ali dentro
e o largou nas águas do rio Nilo. Podemos imagi-
nar como estava o coração daquela mãe ao pegar
seu filhinho tão amado e abandoná-lo, dentro de
um cesto, nas águas do rio Nilo. Mas Deus tinha
um plano para vida de Moises.
Não existe uma pessoa sequer que nasça nes-
te mundo por acidente. Ninguém nasce sem o
consentimento de Deus. Todos os seres humanos
são alvo da graça de Deus, do seu amor e da sua
vontade. Algumas pessoas se revoltam com cer-
tas situações e lamentam: “Meu Deus, por que isto
está acontecendo?” Joquebede também deve ter
se inquietado e sofrido muito por ser obrigada a
viver aquela situação. Contudo, em vez de se re-

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voltar, ela acreditou que Deus tomaria conta do
seu filho e certamente orou: “Senhor Deus, meu
filho está inteiramente em tuas mãos”. E colocou
o menino no rio. O Espírito do Senhor iria guiar
aquele pequeno cesto.
Há muitos pais e mães que não querem sol-
tar seus filhos e, assim, deixam-nos morrer. Como
isso acontece? Deus é um Deus criativo e usa
situações paradoxais para nos ensinar e até para
salvar pessoas. Quando os pais querem que seus
filhos sejam salvos, que sejam libertos, mas não
permitem que Deus aja de acordo com a sua
perfeita vontade, é como se dissessem: “Os filhos
são meus. Eu não os largo de jeito nenhum. Se eles
tiverem de sofrer, prefiro que Deus não trate com
eles.” Esses pais, até mesmo sem terem consciên-
cia disso, estão dedicando seus filhos a falsos de-
uses. Por isso, eles vão crescendo com a maldição
advinda daqueles deuses. Desse modo, haverá
morte ao invés de vida (Provérbios 14.12).
Se a mãe de Moisés quisesse ficar com o
neném em casa, teria de abafar seu choro. Daí
a pouco, ele cresceria mais e não seria fácil es-
condê-lo. Moisés, inevitavelmente, seria morto.
Mas, no momento em que ela abriu mão de seu
filho, quando ela o colocou no rio e orou “Pai, em
tuas mãos está a vida do meu filho, em tuas mãos

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entrego o meu filho”, o que aconteceu? Ela deu
liberdade para o Senhor agir. E Deus agiu. Ele nos
deu o livre arbítrio, por isso, porque temos o dire-
ito de dizer: “Senhor, não quero sua interferência”,
muitas pessoas não recebem as bênçãos que
Deus tem para elas.
Quando retemos nossos filhos como se fôsse-
mos donos deles, pensamos que os temos, mas
na verdade nós os perdemos a cada dia. Quando,
porém, abrimos mão deles para o Senhor, aí é
que os temos realmente, porque Deus trata com
cada um e permite que convivamos com eles e
desfrutemos uma linda vida em família.
Foi a própria mãe de Moisés quem cuidou dele
até a fase adulta, porque a filha de Faraó se ban-
hava no rio quando viu o cesto. Então, mandou
sua criada buscá-lo e viu que era uma criança:
“Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e
as suas donzelas passeavam pela beira do rio; ven-
do ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o
tomou. Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino
chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino
dos hebreus. Então, disse sua irmã à filha de Faraó:
Queres que eu vá chamar uma das hebréias que sir-
va de ama e te crie a criança? Respondeu-lhe a filha
de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe
do menino. Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva

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este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A
mulher tomou o menino e o criou. Sendo o menino
já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual pas-
sou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse:
Porque das águas o tirei.” (Êxodo 2.5-10)
Joquebede, mãe de Moisés, cuidou dele e,
mais do que isso, recebia salário da parte da fil-
ha de Faraó. Nada faltava para Moisés. A criança
cresceu como filho de Faraó. Que bênção Deus
preparou para aquela família! Moisés foi coloca-
do em um cesto, nas águas do rio Nilo; e aquelas
águas o levaram ao cumprimento da vontade de
Deus para ele.
Hoje, você não vai pôr seu filho em um cesto
e colocá-lo em um rio. Há dois mil anos, o Filho
de Deus foi colocado em um madeiro, numa rude
cruz – este é o lugar onde você deve colocar seu
filho diariamente.
Aquele cesto simboliza a cruz; as águas do
rio Nilo, a presença do Espírito Santo. É quando
navegamos nas águas do Espírito que a perfeita
vontade de Deus se cumpre em nossa vida.
Quantos pais agem assim na certeza de que,
consagrados ao Senhor, seus filhos crescerão
para honra e glória de Deus, nosso Pai, para a fe-
licidade deles e da família. Consagre seus filhos
ao Senhor!

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Ana, a
tecedeira de
túnicas

Vamos falar agora de outra guardadora de


fontes. Esta se chamava Ana. Ela era estéril e sof-
ria muito por não poder ter filhos. Deus, porém,
por seu poder, sua bondade e misericórdia, con-
cedeu a Ana engravidar e dar à luz um menino.
A ele, Ana deu o nome de Samuel e o consagrou
ao Senhor. Era o único filho que possuía, mas ela
fez um voto:
“Levantou-se Ana, e, com amargura de alma,
orou ao Senhor, e chorou abundantemente. E fez

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um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benig-
namente atentares para a aflição da tua serva, e de
mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres,
e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por to-
dos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não
passará navalha. Levantaram-se de madrugada,
e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e cheg-
aram a sua casa, a Ramá. Elcana coabitou com
Ana, sua mulher, e, lembrando-se dela o Senhor,
ela concebeu e, passado o devido tempo, teve um
filho, a que chamou Samuel, pois dizia: Do Senhor
o pedi. Subiu Elcana, seu marido, com toda a sua
casa, a oferecer ao Senhor o sacrifício anual e a
cumprir o seu voto. Ana, porém, não subiu e disse
a seu marido: Quando for o menino desmamado,
levá-lo-ei para ser apresentado perante o Senhor
e para lá ficar para sempre. Respondeu-lhe Elcana,
seu marido: Faze o que melhor te agrade; fica até
que o desmames; tão-somente confirme o Senhor a
sua palavra. Assim, ficou a mulher e criou o filho ao
peito, até que o desmamou. Havendo-o desmama-
do, levou-o consigo, com um novilho de três anos,
um efa de farinha e um odre de vinho, e o apresen-
tou à Casa do Senhor, a Siló. Era o menino ainda
muito criança. Imolaram o novilho e trouxeram o
menino a Eli. E disse ela: Ah! Meu senhor, tão certo
como vives, eu sou aquela mulher que aqui esteve

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contigo, orando ao Senhor. Por este menino orava
eu; e o Senhor me concedeu a petição que eu lhe
fizera. Pelo que também o trago como devolvido
ao Senhor, por todos os dias que viver; pois do Sen-
hor o pedi. E eles adoraram ali o Senhor.” (1 Samuel
1.10-11; 19-28.)
Ana cumprira a sua promessa e Deus a aben-
çoava. Ela era uma boa guardadora da fonte que
o Senhor lhe confiara.
Samuel ministrava perante o Senhor, sendo
ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal
de linho. Sua mãe lhe fazia uma túnica pequena e,
de ano em ano, lha trazia quando, com seu mari-
do, subia a oferecer o sacrifício anual. Eli aben-
çoava a Elcana e a sua mulher e dizia: O Senhor
te dê filhos desta mulher, em lugar do filho que
devolveu ao Senhor. E voltavam para a sua casa.
Abençoou, pois, o Senhor a Ana, e ela concebeu
e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel
crescia diante do Senhor.” (1 Samuel 2.18-21.)
Ana não podia ter filhos, mas Deus a abençoou
dando-lhe um filho. Ana o consagrou a Deus, deu
a Ele o seu filho único. Aparentemente, Ana perd-
era o que mais queria, o que tanto buscara diante
de Deus. A casa ficara vazia, não mais se ouvia o
choro da criança, tudo estava como era antes do
nascimento de Samuel. Mas Ana persistiu, todos

33
os anos, ela ia ao Templo. Aquela mulher forte,
guardadora de fonte, não ia resmungando nem
reclamando. Ia alegremente, levando uma veste
nova que seu filho usaria quando fosse ministrar
ao Senhor. E Deus a abençoou dando-lhe três fil-
hos e duas filhas. Deus é aquele que pode fazer
infinitamente mais do que pedimos ou pensa-
mos, conforme o seu poder que opera em nós
(Efésios 3.20).
Deus não fica devedor de ninguém. O que
você precisa fazer é entregar seus filhos a Ele, é
dedicá-los ao Senhor. Talvez o Senhor leve sua
filha jovem e bonita para trabalhar no meio dos
índios lá na Amazônia. Ela aprenderá costumes
diferentes e viverá outro modo de vida. Vocês es-
tarão vivendo geograficamente separadas, mas
unidas no Senhor. Ela estará levando a luz de Cris-
to, o amor e a Salvação que somente Ele pode dar.
Sua filha estará servindo ao Senhor. Quem sabe,
trabalhando em hospitais, cuidando de pessoas
feridas no corpo e na alma. Pode ser que seu filho
venha a ser um enfermeiro e tratará de pessoas
com doenças contagiosas. Você, mãe, que tanto
sonhou outra profissão para ele, lembre-se sem-
pre de que onde quer que seu filho esteja, seja
qual for a sua ocupação, se ele estiver a serviço
de Deus, estará levando o amor do Senhor, sendo

34
luz, sendo o sal da terra e, por isso, estará feliz e
realizado.
Samuel foi um homem de Deus, foi a boca de
Deus, aqui na Terra. Entregue-se e à sua família
nas mãos de Deus e Ele agirá poderosamente.
E você, mãe, será muito feliz por ver seus filhos
honrando o Senhor e sendo felizes por isso.
Rispa, a que enfrentou feras e intempéries
A história de Rispa é uma das histórias mais co-
moventes que encontramos na Bíblia sobre o
amor de mãe.
Muitas são as mães que, conscientes do valor
de orar em favor da nação, sofrem porque não
veem essa disposição no coração de seus filhos.
Elas se entristecem porque seus filhos não se cur-
vam para buscar a vontade de Deus para a nação!
Quantas mães sofrem pela ausência de um filho
que morreu numa guerra estúpida e imoral! Mas,
também, existem mães que não gastam tempo
algum para buscar a orientação de Deus para os
nossos governantes! E um dos ministérios que
as mães devem exercer é o de orar pelo nosso
governo porque se a situação do país, aliás, do
mundo, continuar não andando bem, nossos fil-
hos também sofrerão as consequências. Como
sabemos que a nossa luta não é contra homens,
contra as autoridades estabelecidas por Deus,

35
mas sim espiritual, contra as potestades que re-
gem as nações, temos de usar armas espirituais.
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para
poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
porque a nossa luta não é contra o sangue e a car-
ne, e sim contra os principados e potestades, contra
os dominadores deste mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para
que possais resistir no dia mau e, depois de terdes
vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois,
firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos
da couraça da justiça. Calçai os pés com a prepa-
ração do evangelho da paz; embraçando sempre o
escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os
dardos inflamados do Maligno. Tomai também o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando
em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com
toda perseverança e súplica por todos os santos.”
(Efésios 6.11-18.)
No capítulo 21 do livro de 2 Samuel, versos
de 1 a 14, encontramos um relato que descreve
bem essa responsabilidade. Em Provérbios 26.2,
está escrito que “como o pássaro que foge, como a
andorinha no seu voo, assim, a maldição sem cau-
sa não se cumpre”, mas pesava sobre Israel uma

36
maldição de fome e de seca. Existia, no entanto,
uma razão oculta para isso e que o povo não
conhecia. Durante o tempo em que Saul fora rei,
ele havia matado um gibeonita. Anteriormente,
o Senhor havia feito um pacto com os gibeoni-
tas por intermédio de Josué: eles seriam sempre
preservados por Israel, nunca haveriam de ser as-
sassinados pelo povo de Deus. Entretanto, Saul
quebrou aquele pacto, matando o gibeonita.
Depois de tantos anos, veio a consequência:
três anos de fome.
“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos
consecutivos. Davi consultou ao Senhor, e o Senhor
lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a
sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” (2 Sam-
uel 21.1) Davi agiu certo ao consultar a Deus, bus-
cando nele a causa daquela maldição. Mas Davi
cometeu um terrível erro. Em vez de perguntar ao
Senhor o que Ele queria que fosse feito, Davi per-
guntou a homens: “Perguntou Davi aos gibeoni-
tas: Que quereis que eu vos faça? E que resgate vos
darei, para que abençoeis a herança do Senhor?”
(v.3). Isso é loucura! Daí surgiu o sofrimento
para muitos em Israel. Se nós não estivermos
sustentando os nossos governantes em oração,
eles errarão muito, tomarão decisões impensa-
das que poderão comprometer toda a nação. E

37
nós, todos os cidadãos, vamos sofrer as conse-
quências. Repito que nossa batalha é espiritual e
que por isso temos de sempre abençoar nossos
governantes, sustentando-os com orações. As-
sim, eles poderão governar mais justa e acerta-
damente. Davi deu um passo certo ao buscar do
Senhor a causa da maldição, mas errou por recor-
rer aos gibeonitas para encontrar a solução para
o problema. Os gibeonitas lhe deram uma res-
posta absurda: “Então, os gibeonitas lhe disseram:
Não é por prata nem ouro que temos questão com
Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos
matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é,
pois, que quereis que vos faça? Responderam ao rei:
Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que
fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir
em limite algum de Israel, de seus filhos se nos deem
sete homens, para que os enforquemos ao Senhor,
em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor. Disse o rei: Eu
os darei.” (vv.4-6)
A Bíblia conta que quando os filhos de Saul
foram enforcados nos primeiros dias da ceifa e
os seus corpos ficaram insepultos, uma mulher
entrou em ação: “Então, Rispa, filha de Aiá, tomou
um pano de saco e o estendeu para si sobre uma
penha, desde o princípio da ceifa até que sobre eles
caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu

38
se aproximassem deles de dia, nem os animais do
campo, de noite” (v.10). Rispa era uma das mul-
heres que teve filhos com Saul. Ela tivera dois fil-
hos com ele. Agora, naquela circunstância, emb-
ora experimentasse frio, chuva e calor, ela estava
ali junto aos cadáveres de seus filhos. Este é um
quadro muito tocante e que nos retrata o amor
de mãe. Os filhos estavam mortos, mas a mãe
ainda cuidava deles. Ela não permitia que as aves
e os animais selvagens devorassem seus corpos.
Aquela cena tocou o coração do rei, que ficou to-
talmente quebrantado diante da atitude daque-
la mãe. Então, ele deu ordem para que aqueles
corpos fossem sepultados junto com os ossos
de Saul e do filho Jônatas, que também estavam
insepultos até então. Querida mãe, se seus filhos
ainda não têm Jesus, eles estão mortos espiritual-
mente. Poderão ser os jovens mais belos ou as
moças mais formosas, mas, se não tiverem Cristo
na vida, estarão mortos (Efésios 2.1). E qual é o
seu dever de mãe? Seria simplesmente “sepultar”
seu filho e falar: “Acabou, morreu. Meu filho não se
converte, nunca vai ser salvo, não tem jeito?” Então,
cruzar os braços e deixar que as aves venham e o
devorem? Essas aves são símbolos de Satanás. Je-
sus disse que a ave vem e arranca a semente que
é lançada (Mateus 13.4). Você não pode descui-

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dar. Terá de ser como Rispa, que durante o dia e
a noite vigiava para que as aves e os animais não
devorassem seus filhos mortos. O rei mandou
sepultar os filhos de Rispa, mas os seus filhos não
serão sepultados sob a terra. Eles serão sepulta-
dos com Cristo, vida de pecados, para ressurgir
com Ele em uma nova vida, santa e sem pecados
(2 Coríntios 5.17). Não será a terra a cobrir seus
filhos, mas o sangue de Jesus que vai purificá-los
de todo pecado (Tito 2.13-14; 1 João 1.7).
Para algumas famílias a conversão dos filhos é
tão fácil! Todos recebem a Jesus, é tudo tão boni-
to! Mas para tantas outras é muito difícil. Se essa
for a sua situação, não desista, esteja na brecha!
Não adianta você ter vitória em todas as outras
áreas da vida, e permitir que as aves de rapina
devorem seus filhos. Se seu filho está morto em
seus delitos e pecados, clame por eles, vigie em
oração e apóie-se na Rocha, que é Jesus. Você ob-
terá a vitória, porque está escrito que a nossa fé é
a vitória que vence o mundo (1 João 5.4).
Existem na Bíblia vários outros exemplos de
mulheres que souberam guardar sabiamente os
filhos que o Senhor lhes confiou. Entre elas, cita-
remos apenas mais três modelos de mães segun-
do o coração de Deus.
No livro de 1 Reis, temos a história das duas

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mães cuja causa Salomão julgou. E vemos que a
vencedora foi aquela que abriu mão de estar com
o filho para que ele pudesse viver.
“Então, vieram duas prostitutas ao rei e se puser-
am perante ele. Disse-lhe uma das mulheres: Ah!
Senhor meu, eu e esta mulher moramos na mesma
casa, onde dei à luz um filho. No terceiro dia, depois
do meu parto, também esta mulher teve um filho.
Estávamos juntas; nenhuma outra pessoa se acha-
va conosco na casa; somente nós ambas estávamos
ali. De noite, morreu o filho desta mulher, porquan-
to se deitara sobre ele. Levantou-se à meia-noite, e,
enquanto dormia a tua serva, tirou-me a meu filho
do meu lado, e o deitou nos seus braços; e a seu
filho morto deitou-o nos meus. Levantando-me de
madrugada para dar de mamar a meu filho, eis que
estava morto; mas, reparando nele pela manhã, eis
que não era o filho que eu dera à luz. Então, disse a
outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho; o teu é
o morto. Porém esta disse: Não, o morto é teu filho;
o meu é o vivo. Assim falaram perante o rei. Então,
disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu
filho é o morto; e esta outra diz: Não, o morto é teu
filho, e o meu filho é o vivo. Disse mais o rei: Trazei-
me uma espada. Trouxeram uma espada diante do
rei. Disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo
e dai metade a uma e metade a outra. Então, a mul-

41
her cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o amor
materno se aguçou por seu filho) e disse: Ah! Senhor
meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o
mateis. Porém a outra dizia: Nem meu nem teu; seja
dividido. Então, respondeu o rei: Dai à primeira o
menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe.”
(1 Reis 3.16-27).
Que fantástica demonstração de amor! Esta
grande guardadora de fontes estava preser-
vando a água para que não fosse impedida de
prosseguir o seu curso. E o resultado foi que o rei
reconheceu o amor dessa mãe e lhe devolveu o
filho que a outra queria não apenas roubar, mas
iria permitir ser morto, partido ao meio. Mãe, o di-
abo quer roubar, matar e destruir seu filho (João
10.10), mas se o entregar ao rei Jesus, você não o
perderá, e ele viverá.
Conhecemos outra guardadora de fonte,
aquela mulher cananéia que se humilhou aos pés
de Jesus para conseguir a libertação da sua filha
que estava possessa.
“E eis que uma mulher cananéia, que viera
daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi,
tem compaixão de mim! Minha filha está horrivel-
mente endemoninhada. Ele, porém, não lhe respon-
deu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se,
rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás

42
de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão
às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém,
veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! En-
tão, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o
pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, con-
tudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos
comem das migalhas que caem da mesa dos seus
donos. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a
tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aque-
le momento, sua filha ficou sã” (Mateus 15.22-28).
A guardadora de fonte não tem vergonha de
se expor, de se humilhar para garantir a pureza
das águas. Ela tem uma única preocupação: a
fonte, que é seu filho. Ela paga o preço para ver o
filho salvo, investe em oração e jejuns. Ela enfren-
ta o caminho por mais árduo que seja, porque
confia no Senhor. Tudo para ver o filho bem, salvo
e feliz.
Mãe, adore o Senhor, coloque seus filhos di-
ante dele em oração, com súplica e ações de gra-
ças e seja perseverante. E Deus lhe concederá a
Salvação deles: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo,
tu e tua casa” (Atos 16.31).

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44
Maria, a que
guardou a
Fonte da vida

Como último exemplo de guardadora de


fonte, citaremos Maria, a mãe de Jesus. Desde a
gestação de Jesus, passando pelo nascimento
dele, seu ministério terreno e sua morte, ela esta-
va ali, junto dele, guardando a fonte que o Deus
Altíssimo lhe confiara: a Fonte das águas vivas.
Durante toda a vida terrena de Jesus, Maria
estava sempre solícita, atendendo-o, orando por
aquele que o Pai enviara para morrer pelo mun-
do. E Maria tinha consciência de tudo o que iria

45
acontecer, pois fora profetizado que uma espada
de dor traspassaria a sua alma (Lucas 2.35).
“Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do
menino: Eis que este menino está destinado tanto
para ruína como para levantamento de muitos em
Israel e para ser alvo de contradição (também uma
espada traspassará a tua própria alma), para que
se manifestem os pensamentos de muitos cora-
ções.” (Lucas 2.34-35.)
Maria enfrentou preconceitos e correu o risco
de ser rejeitada pela sociedade e abandonada por
José, seu noivo, para cumprir a missão de guarda-
dora de uma Fonte muito especial. Ela seria a mãe
de Jesus, a mãe do Filho de Deus. Você consegue
imaginar quantas situações difíceis Maria enfren-
tou como mãe de Jesus? O quanto ela sofreu ao
ver o sofrimento do seu filho a caminho da cru-
cificação e toda a dor que Ele enfrentou na cru-
cificação? No Calvário, o Filho querido, seminu,
pendurado no madeiro, feito maldição em nosso
lugar (João 19.16-35). Maria estava ao pé da cruz
guardando-o, mas também aguardando a vitória,
que viria três dias após, com a ressurreição de Je-
sus, glorioso, imbatível, soberano, Rei dos reis e
Senhor dos senhores:
“Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito.
Vinde ver onde ele jazia. A este ressuscitou Deus no

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terceiro dia e concedeu que fosse manifesto.” (Ma-
teus 28.6; Atos 10.40.)
Que belo perfil de guardadora de fonte! Um
lindo exemplo de mãe, digno de ser seguido:
zelosa, solícita, disponível e amorosa. Acima de
tudo, Maria confiava na promessa de Deus que
dizia que o fruto do seu ventre viria para salvar
o mundo e perpetuar o trono de Davi, seu pai. E
para Deus não há impossíveis em todas as suas
promessas.
Mãe, vale a pena guardar a fonte que o Sen-
hor lhe confiou. Vale a pena consagrar seus filhos
a Deus e investir tempo em orações, ministrando
bênçãos à vida deles. Seja você também mais
uma guardadora de fontes, companheira e ami-
ga fiel, que fala com sabedoria e em cuja língua
está a instrução da bondade (Provérbios 31.26).
Ensine seu filho, ainda pequeno, no caminho em
que deva andar para que, mesmo velho, não se
desvie dele (Provérbios 22.6).
Que Deus tenha acesso ao seu coração para
que permaneça como autêntica guardadora de
fontes para o seu bem, o bem da sua família e
para a glória de Deus.
“Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não
temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o
meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós,

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com alegria, tirareis água das fontes da salvação.
Direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o
seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os
povos, relembrai que é excelso o seu nome. Cantai
louvores ao Senhor, porque fez coisas grandiosas;
saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habi-
tante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no
meio de ti.” (Isaías 12.2-6.)

Mãe, sê tu uma bênção, e que Deus a abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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JESUS TE
AMA E QUER
VOCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano


maravilhoso para sua vida. “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Fi-
lho unigênito, para que todo o que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está


separado de Deus. “Pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

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3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus,
para o conflito do homem. “Respondeu-
lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“
(Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus


em nosso coração. “Mas, a todos quan-
tos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem
no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca,
confessares Jesus como Senhor e, em teu co-
ração, creres que Deus o ressuscitou dentre
os mortos, será salvo. Porque com o coração
se crê para justiça e com a boca se confessa a
respeito da salvação.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a


Cristo em seu coração? Faça essa oração
de decisão em voz alta:
“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-
te o meu pecado de estar longe dos teus ca-
minhos. Abro a porta do meu coração e te re-
cebo como meu único Salvador e Senhor. Te
agradeço porque me aceita assim como eu

50
sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar
sempre dentro dos teus planos para minha
vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evan-


gélica próxima à sua casa.
Nós estamos reunidos na Igreja Batista
da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360,
bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.
Nossa igreja está pronta para lhe acom-
panhar neste momento tão importante da
sua vida.
Nossos principais cultos são realizados
aos domingos, nos horários de 10h, 15h e
18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

51
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

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