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ROTEIRO DE ESTUDOS - FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA

Unidade 1 - Como se Estabeleceu a Visão de Homem na Psicologia?


Período pré-socrático: os filósofos gregos romperam com o pensamento mítico e as
explicações divinas sobre a natureza, investigando racionalmente as origens do
mundo e as causas de suas transformações. Ainda que existam poucos vestígios das
obras dos primeiros filósofos, o que se sabe – por filósofos posteriores – é que nesse
período destacaram-se as ideias de mutualidade essencial do ser (que todas as coisas
mudam sem cessar), é um eterno “devir” (o ser como processo, como movimento, como
eterno vir a ser) elaborado por Heráclito; e de que o ser é imóvel, único, imutável e
infinito, por Parmênides (princípio da identidade que explica que cada ser é igual a si
mesmo).
Sócrates, com o pressuposto “só sei que nada sei’, reconhecia sua própria ignorância,
base para seu método chamado maiêutica. Este método consistia em “dar à luz” novas
ideias, conhecimentos advindos de cada interlocutor mediante um diálogo de confronto
sobre questões polêmicas, principalmente morais.
O pós-socrático (séculos IV e III a.C.), busca a verdade e a ciência pelas leis do
pensamento, desenvolvendo a teoria do conhecimento. Destaca-se o filósofo
Aristóteles, que elaborou o princípio da lógica e dos conceitos da metafísica,
denominada por ele de filosofia primeira, na tentativa de explicar o ser em geral.
Racionalismo: corrente filosófica preconizada Descartes (1596-1650), o “pai da
filosofia moderna”, que exaltou a capacidade do homem de construir o próprio
conhecimento. O filósofo propôs um método que conduzisse à verdade por meio de
cadeias de pensamento pela dedução, isso é, um pensamento conduz a outro, e
assim sucessivamente.
Empirismo: Enfatiza que o processo de conhecimento se dá pelos sentidos e pela
experiência sensível. Francis Bacon (1561-1626) é um dos representantes dessa
corrente filosófica Utiliza-se do pensamento indutivo, que corresponde ao processo de
enumerar exaustivamente as manifestações de um fenômeno, registrar suas variações e
testar os resultados por meio de experiências. John Locke contrapõe-se às ideias inatas
de Descartes e afirma que a mente humana, ao nascer, é uma página em branco.
O século XIX foi dominado pelo espírito mecanicista da época. Tanto a Fisiologia
quanto a Filosofia buscaram relacionar as disciplinas e lançaram um desafio: explicar
todos os fenômenos, inclusive pertinentes à matéria viva, em termos físicos. A ideia de
decomposição do fluxo comportamental deveria explicar o comportamento complexo
analisado mediante seus elementos, a sucessão de estímulos e respostas. Essa foi uma
das ideias que preconizou o behaviorismo americano.
O segundo estágio de evolução do behaviorismo, denominado radical, representado por
Burrhus Frederick Skinner, dedica-se ao estudo das respostas. Com foco no
comportamento observável, a investigação científica centrava-se no controle do
experimentador, das condições de estímulos e da resposta do organismo observado.
Seus estudos sobre a aprendizagem trouxeram conceitos do comportamento
respondente, referente à resposta do organismo a um estímulo externo observável; e de
comportamento operante, resposta do organismo sem estímulo externo aparente. Para
Skinner, o behaviorismo é uma filosofia da ciência que tem como foco os métodos e
objetos de estudo da Psicologia. Os fenômenos mentais, chamados por ele de fenômenos
privados, são de natureza física, material e, portanto, mensuráveis.
Jean Piaget foi um dos maiores representantes da matriz funcionalista e organicista
em Psicologia na Europa. Sua teoria sobre a aprendizagem utiliza conceitos da análise
genética e funcional ao falar da capacidade do organismo de se autorregular e mudar
suas estruturas para se adaptar ao meio. Piaget chamou de acomodação a busca pelo
equilíbrio do organismo em compensar as interferências do meio. Para ele, ser
inteligente é ser capaz de estabelecer com o meio uma interação equilibrada e
autorregulada. Autorregulação é um processo de reconstrução interna que age de
acordo com as respostas do ambiente.
As teorizações de Piaget e Freud surgem de teorizações semelhantes, uma vez que
ambas se partem do contexto teórico do funcionalismo europeu.
A psicanálise freudiana não surgiu no âmbito da Psicologia acadêmica e não tinha
características diretas com as escolas de pensamento do início do século XX. Porém,
para Schultz e Schultz (2009) a teoria apresenta características indiretas com as
ideias do funcionalismo e comportamentalismo, isto é, com a matriz mecanicista.
Essa influência mostra-se na ideia de Freud sobre as forças físicas e químicas que agem
nos seres vivos e inanimados, assim como sobre a natureza determinista do
comportamento humano, denominado pelo psicanalista alemão como determinismo
psíquico.
A Gestalt é representante da matriz estruturalista, e como a fenomenologia ajudou a
consolidar as psicologias existencialistas. A Psicologia da Gestalt, também conhecida
como Psicologia da forma, veio como alternativa à Psicologia elementarista,
associacionista e introspectiva. Mantendo-se atentos à motivação e ao comportamento, a
proposta da Gestalt era estudar a experiência imediata, ou consciente.
A fenomenologia preocupa-se com o rigor epistemológico (referente a conhecimento),
enfatizando o método de análise dos fundamentos do conhecimento. Tem como foco os
objetos da e para consciência, analisados pelo método da contemplação imediata, tais
como na experiência espontânea e pré-reflexiva.

Unidade 2 – Como entender o ser humano a partir do seu ciclo de vida


Desde a Grécia antiga filósofos discutem ideias sobre o desenvolvimento humano. Com
Platão, surgiu o conceito de inatismo, crença de que nascemos com conhecimentos,
conteúdos internos. John Locke, filósofo empirista, se opôs ao inatismo e anunciou que
o “ser humano é uma tábula rasa”, apontando que o homem não tem nenhum
conhecimento prévio e é passivo às influências do meio.
Para facilitar o estudo das mudanças relacionadas à idade, os psicólogos do
desenvolvimento utilizam três domínios:
 Domínio físico: pressupõe as mudanças no tamanho (corpo e cérebro), o
desenvolvimento das capacidades sensoriais e das habilidades motoras, assim
como a saúde.
 Domínio cognitivo: corresponde ao estudo das mudanças das habilidades
mentais e intelectuais, da memória, das mudanças no pensamento e da resolução
de problemas.
 Domínio sócio emocional ou psicossocial: considera as mudanças relacionadas
ao indivíduo consigo mesmo e com os outros.
Todas as pessoas carregam características herdadas de seus pais biológicos, isto
significa hereditariedade, um tipo de influência que afeta o desenvolvimento. Também
recebemos influências do ambiente e da cultura que nos cerca, do nascimento a vida
adulta e estamos constantemente aprendendo com as experiências. Na busca de ampliar
o debate hereditariedade versus ambiente, os atuais cientistas do desenvolvimento
buscam compreender como estes fatores operam juntos no desenvolvimento do ser
humano.
A maturação fator que influencia os processos biológicos, é o amadurecimento de
órgãos e funções das estruturas biológicas, fisiológicas, cognitivas e sexuais e ocorre
diferentemente para cada pessoa. Estudos apontam que a maturação pode ser analisada
por dois componentes:
timing: momento que ocorre o evento maturacional, é possível classificar se a
maturação é precoce, no tempo adequado ou é tardio.
tempo: segundo componente de análise da maturação que significa o ritmo que o evento
se manifesta, o quão lentas ou rápidas as alterações ocorrem. Devido a estas
características da maturação não se estabelece idades cronológicas para este processo.
Além da questão hereditariedade e ambiente, é preciso avaliar a maturidade e o
momento de vida das pessoas para compreender seus impactos no desenvolvimento
humano.
Psicanálise: Freud num primeiro momento de suas investigações propõe uma primeira
concepção do sistema psíquico, conhecido como a primeira tópica:
 inconsciente
 pré-consciente
 consciente: zona das ideias, dos sentimentos e pensamentos que estão acessíveis
a consciência.
As teorias cognitivas-desenvolvimentais dão ênfase ao desenvolvimento cognitivo
destacando as ações da criança no ambiente e como esta vivencia cognitivamente suas
experiências. Piaget compreende que a própria criança é a chave para o entendimento do
pensamento infantil, considerou que o conhecimento não está no sujeito, nem no meio,
mas na interação entre estes dois elementos. O pensamento se origina na ação e para
saber qual é a gênese da inteligência é preciso observar a experiência do sujeito com o
objeto.
Um fator importante para o desenvolvimento das estruturas mentais destacado por
Piaget é a equilibração: processo ativo de compensação e de autorregulação. A busca
de equilíbrio ocorre pela adaptação dos esquemas existente no mundo exterior. A
adaptação como processo ocorre pela assimilação e acomodação. A assimilação é a
internalização de informações do meio exterior à estrutura cognitiva, enquanto que a
acomodação é a adequação das estruturas cognitivas as informações assimiladas.
As teorias psicanalíticas e cognitivas contribuíram para compreender o processo de
desenvolvimento do ser humano. Centradas no desenvolvimento da personalidade, ou
no desenvolvimento cognitivo fragmentaram a visão do ser humano.
Na busca por esta integração nasce a teoria Bioecológica do Desenvolvimento:
 Aspecto pessoa: considera as características pessoais que emergem em situações
sociais.
 Aspecto processo: o desenvolvimento humano ocorre por meio de processos de
interação recíproca, entre um organismo humano biopsicológico em atividade, e
as pessoas, objetos e símbolos existentes no seu ambiente externo imediato.
 Aspecto contexto: é caracterizado por qualquer evento que aconteça no ambiente
que pode influenciar e ser influenciado pelo sujeito. Formado por cinco níveis de
influência ambiental
o microssistema: acontecem as relações face a face, é o contexto primário
do desenvolvimento humano, nele se encontram as pessoas que dão
auxílio direto e que mantém uma relação afetiva.
o mesossistema: compreende a interação entre dois microssistemas, como
a família e a escola.
o exossistema: interação entre dois ou mais sistemas, independentemente
onde o sujeito esteja inserido.
o macrossistema: composto por todos os sistemas, micro, meso e
exossistema que formam a cultura, valores, costumes sociais, sistema
socioeconômico do país, etc, e podem afetar transversalmente todos os
sistemas.
o cronossistema: dimensão tempo.

Unidade 3 – O que Constitui a Subjetividade no Mundo Contemporâneo?


A noção de subjetividade privada nasceu há três séculos, da passagem do
Renascimento para a Idade Moderna. Alguns fatores históricos contribuíram para isso
como: o término da Idade Medieval, a abertura do Ocidente para o mundo e a
introdução de uma nova concepção de ser humano - como centro do mundo, livre para
fazer escolhas, movimento este conhecido como humanismo moderno. No século XVII,
o surgimento das doutrinas do racionalismo e empirismo minimizam o forte ceticismo
da era medieval, culminando no século XVIII, pelos filósofos iluministas, na
supremacia do “eu” como protagonista do conhecimento.
A Psicologia se constituiu como uma ciência que estuda de forma particular a
subjetividade para compreensão da totalidade da vida humana. Sendo o ser
humano a matéria prima “em todas as suas expressões, as visíveis (nosso
comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque somos o que
somos) e as genéricas (porque somos todos assim) – é o homem-corpo, homem-
pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado no termo
subjetividade.
A construção da subjetividade acontece quando experimenta-se internamente o
mundo social e cultural, a partir das relações sociais, vivências e constituição
biológica. Ao atribuir sentidos às experiências, constitui-se um mundo interno de forma
muito singular. O seu modo de ser, de sentir, de pensar, de fantasiar, de sonhar,
constitui a sua subjetividade. No entanto, a subjetividade é ativa e a partir do momento
que você apropria-se do mundo social e cultural também está agindo sobre ele. Por isso
a subjetividade é automoldável, está sujeita a fatores externos como as mudanças
impostas pela sociedade e seu tempo na história.
Atualmente vive-se em um mundo contemporâneo caracterizado pela globalização da
economia, o individualismo extremo, o aumento da violência, as novas formas de
comunicação, entre outros; afetam profundamente a constituição do sujeito. Estudar a
subjetividade atualmente é compreender os novos modos de ser, as emergentes
subjetividades que se constituíram social e culturalmente de acordo com o seu ambiente
histórico.
Ou seja, a subjetividade na contemporaneidade está no ser humano, é constituída pela
cultura que se constrói pelo ser humano, e vice-versa num processo dialético e
permanente. O seu corpo, a sua linguagem, o seu pensamento e toda a sua produção
(intelectual, artística, material, relacional) são expressões deste subjetivo que mostram
os limites do mundo interno e do mundo externo. A invenção das tecnologias (tevê,
rádio, telefonia, computador, internet etc.) é um bom exemplo, nasceram de uma
necessidade humana que transformou a vida do homem e continua a transformá-lo.
A Psicologia Sócio-Histórica se pauta por seis categorias principais:
 Atividade: transformação da natureza pelo homem através da sua atividade, dos
seus instrumentos, transformando-se a si próprio. A atividade profissional
constrói nossa identidade, o modo como nos vemos e nos posicionamos na
sociedade.
 Consciência: constitui um sistema integrado determinado a partir das condições
sociais e históricas dos indivíduos. Está em permanente processo, convertendo e
transformando informações em produções simbólicas, singulares.
 Identidade: expressa uma combinação de fatores biológico, psicológico e social,
mediados pelo contexto que vivem as pessoas. É a consciência que o sujeito tem
de si mesmo, o que ele é.
 Linguagem: é entendida como expressão da consciência, por meio da qual nos
comunicamos. Representa a síntese entre objetividade e subjetividade porque é
tanto signo como produto social da realidade objetiva.
 Sentido: representa a soma das experiências psicológicas versus os significados
sociais elaborados historicamente pela humanidade.
 Relações sociais: relaciona-se com a compreensão da forma e da dinâmica das
relações sociais num contexto sócio-histórico, a partir de uma dada realidade.
São os registros afetivos e emocionais das relações que construímos ao longo da
nossa vida.
Quando Freud aponta que o inconsciente é determinante para a subjetividade,
fragmenta o aparelho psíquico colocando a consciência, que até então governava a
subjetividade, atrelada ao inconsciente, que possui leis próprias antagônicas e diferentes
entre si. Há uma cisão da subjetividade que resulta em dois modos de funcionamento do
psiquismo: o inconsciente e o pré-consciente/consciente. A psicanálise considera que o
sujeito e a subjetividade são a essência do campo psicanalítico, lugar composto por duas
regiões indissociáveis: o aparelho psíquico e o campo pulsional. O aparelho psíquico é
formado pelo pré-consciente/consciente e o inconsciente, que compreende a própria
subjetividade. O campo pulsional é um articulador do registro simbólico – que é a
linguagem e está implicado ao aparelho psíquico, portanto, constituinte dele.
O inconsciente que genuinamente constitui a subjetividade se manifesta pelos sonhos,
chistes, lapsos e atos falhos, encontra sua articulação essencial pela palavra. Numa
perspectiva psicanalítica a linguagem é uma das mais importantes expressões da
subjetividade. A linguagem é o resultado da capacidade simbólica do ser humano, e é
por ela, que o ser humano se constitui sujeito, ela é a subjetividade e a consciência de
si alcançada na relação com o outro. É a aquisição que o sujeito faz do mundo e da
inteligência. É impossível separar a linguagem do discurso, e é pelo discurso que o
inconsciente aparece. Na terapia psicanalítica o método utilizado é a associação livre
que orienta ao paciente falar tudo o que lhe vier a mente, sem controle ou restrições.
Skinner considera que a natureza dos eventos privados é igual à natureza dos eventos
públicos considerando que o mundo interior é tão físico quanto o mundo exterior.
Como tanto o mundo interno como externo são físicos, o que diferencia-os é a
acessibilidade. Eventos públicos afetam mais de uma pessoa, eventos privados afetam
apenas uma pessoa, e somente ela deve ter acesso ao seu mundo interno porque ela é
que o vivenciou. Questionando o grau de autoconhecimento dos indivíduos Skinner
declara que o evento encoberto é produto social porque tem origem no ambiente.
Para o autor, é pela exposição às práticas sociais de uma comunidade verbal que um
indivíduo aprende aspectos do mundo externo.
A linguagem tem um espaço especial no behaviorismo radical. A linguagem é
comportamento verbal; os significados estão no reforço, isto é, continuidade da
aprendizagem proporcionada pela comunidade; aprendemos com a comunidade a relatar
e descrever os eventos que vivenciamos possibilitando identificar estes eventos quando
ocorrem de forma encoberta.

Unidade 4 – Emoção e motivação no mundo do trabalho


Em 1927, o pesquisador Elton Mayo conduziu um estudo na Western Electric Company
para determinar o impacto das condições de trabalho na produtividade dos funcionários.
Os pesquisadores não conseguiram provar a existência de qualquer relação simples
entre a intensidade da iluminação e o ritmo da produção. A conclusão, que ficou
conhecida como Experiência de Hawthorne, foi que o aumento da produtividade não
estava relacionado com a intensidade da luz, mas com a atenção que as funcionárias
estavam recebendo ao participar do experimento.
Desde a Experiência de Hawthorne, estudos sobre os estados afetivos presentes nas
interações humanas nas organizações tem se intensificado. As descobertas concluem
que não é possível atingir um nível de racionalidade sem levar em conta os estados
afetivos e emocionais envolvidos. Alcançar níveis técnicos elevados, isto é, privilegiar
aspectos racionais e tecnológicos nas organizações repercute em maior interação
humana, ao mesmo tempo em que aumentar a qualidade das interações humanas
repercute na racionalidade organizacional. Para se alcançar a efetividade
organizacional precisa-se tanto da racionalidade quanto da emoção.
Em relação à saúde, considera-se como um subcomponente do bem-estar e indica
estados psicológicos, afetivos, frustração, ansiedade e condições físicas em geral.
Os estudos voltados à saúde mental no trabalho têm-se interessado sobre o estresse
ocupacional e a Síndrome de Burnout. O estresse ocupacional é entendido como uma
reação tensional experimentada pelo trabalhador diante de agentes estressores que
surgem no contexto de trabalho e são percebidos como ameaças à sua integridade
(GONDIM; SIQUEIRA, 2004). Fatores intrínsecos do trabalho (riscos, qualidade do
ambiente, superposição de tarefas), a definição do papel do trabalhador na organização,
o estabelecimento das relações de trabalho, os processos de desenvolvimento de
carreira, a estrutura e o clima organizacional, inclusive a interface lar e trabalho podem
ser geradoras do estresse ocupacional. Já a Síndrome de Burnout decorre da exposição
prolongada de agentes estressores do contexto de trabalho, entre as quais a exaustão, ou
seja, o sentimento do trabalhador de ter suas energias exauridas pelo trabalho.
Para Gil (2006) motivação é a força que estimula as pessoas a agir e tem origem em
uma necessidade, que pode ser emocional, de valores, de metas e/ou expectativas. Logo,
a motivação seria a consequência de necessidades não satisfeitas. É autorregulada
biológica e cognitivamente, persiste no tempo e tem como unidade básica a atividade,
ou seja, a ação.
As quatro principais teorias motivacionais
1. A hierarquia das necessidades
O psicólogo Abraham Maslow (1943) identificou que as necessidades humanas
apresentavam diferentes níveis de força, estabelecendo-as em uma hierarquia
classificada em cinco grupos: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto
realização.
A teoria de Maslow (1943) traz o conceito antropológico de que o ser humano tem
propensão para o autodesenvolvimento, mas aponta que as necessidades devem ser
satisfeitas hierarquicamente. Esta abordagem é importante para ressaltar que, para
motivar as pessoas, não bastam apenas incentivos financeiros – é preciso considerar as
demais necessidades.
2. Teorias X e Y
3. Teoria dos fatores higiênicos e motivadores, ou teoria bifatorial
4. Teoria do estabelecimento de metas
O trabalho é um meio de produção da vida que é rico de sentido individual e social e
contribui na estruturação da personalidade e da identidade das pessoas. Logo, o
significado que o trabalho tem para cada um está diretamente ligado às experiências e
percepções que se tem sobre ele.
O sistema de punições tem como objetivo suprimir comportamentos considerados
indesejáveis ou contraproducentes, comportamentos que não são produtivos, como
abandono, absenteísmo ou baixo desempenho, para o nível da organização. O sistema
de recompensa para que seja eficaz deve atender três elementos: quando trabalhador
puder aumentar o seu limite de capacidade laborativa, isto é, aumentar sua
produtividade, quando as recompensas devem convergir com as expectativas do
trabalhador, o que a empresa oferece é o que o trabalho deseja, e quando não houver
limitações físicas ou psicológicas para o desempenho do trabalhador.
Proporcionar que a equipe alcance alto desempenho requer atuações de uma gestão
participativa, aberta e flexível que facilitem a satisfação das necessidades e expectativas
dos participantes em relação à tarefa e os fatores sócio emocionais envolvidos nos
processos de interação social. O líder participa da tomada de decisões e divisão do
trabalho, mas é a equipe que as sugere; e mesmo a avaliação dos subordinados (elogios
e críticas) são compartilhados com a equipe.
Além da postura do líder, a forma como as tarefas e políticas são repassadas
contribuem para que a equipe compreenda os valores e habilidades como motivadores,
inclusive o nível de participação na relação liderança e liderados é fundamental para
gerar vínculo e aumentar a disposição do trabalhador para contribuir aos objetivos
organizacionais.

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