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São diversas as razões que levam ao baixo desempenho do IPTU como, por
exemplo, características econômicas e fundiárias locais, dificuldades de gestão,
excesso de isenções ou plantas de valores desatualizadas.
Legislação aplicável
Os tributos são regulados por normas jurídicas tributárias (leis, decretos, e
instruções normativas), que disciplinam a incidência tributária, considerando
critérios de natureza material, espacial, temporal, pessoal e quantitativa.
Legislação estruturadora
► Constituição Federal de 1988;
► Lei 5.172/1966: Código Tributário Nacional (CTN);
► Lei 10.257/2001: Estatuto da Cidade;
► Leis, decretos e instruções normativas municipais pertinentes.
Disposições complementares
► Lei Complementar 101/2000: Lei de Responsabilidade Fiscal;
► Lei 10.406/2002: Código Civil;
► Decreto-lei 57/1966: Lançamento e cobrança do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural e arrecadação da dívida ativa;
► Lei 5.868/1972: Sistema Nacional de Cadastro Rural, regulamentada pelo
Decreto 72.106/1973;
► Lei 6.830/1980: Lei de Execução Fiscal.
A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel (CTN, art. 33), entendido
como o valor provável pelo qual o imóvel seria transacionado em condições
normais de mercado.
É, portanto, por intermédio das alíquotas que resultará a decisão política de ter
imposto capaz de arcar de forma substancial com a manutenção dos serviços e
equipamentos públicos ou cobrar valores simbólicos visando apenas a cumprir
formalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Definição de alíquotas
Como mencionado anteriormente, a alíquota – percentual a ser multiplicado
pela base de cálculo para determinar a quantia devida de imposto – é o
elemento que determina a sua magnitude.
1. O que é o IPTU?
O IPTU é um imposto de caráter recorrente, que incide sobre propriedade,
posse ou domínio útil de bens imóveis urbanos e é baseado no valor do imóvel.
Trata-se de faculdade assegurada ao município de, por lei própria, definir como
urbana uma área classificada como rural.
A base de cálculo do IPTU é valor venal dos imóveis, ou seja, o preço provável
pelo qual o imóvel seria comercializado, que é medido em função do seu
potencial urbanístico.
O fato da base de cálculo do IPTU ser o valor dos imóveis propicia que
indivíduos mais ricos contribuam mais com o financiamento municipal, gerando,
portanto, progressividade no custeio das despesas públicas.
A forte variabilidade no valor dos imóveis propicia que estas diferenças sejam
significativas.
É, portanto, pela via das alíquotas que será tomada a decisão política de ter um
IPTU expressivo, capaz de arcar com a manutenção dos serviços e
equipamentos públicos ou cobrar valores simbólicos, visando apenas o
cumprimento formal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Por natureza, o valor do IPTU tende a ser pequeno para imóveis de baixo valor.
A realidade é que áreas nas quais não se cobra o tributo tendem a apresentar
carência de serviços públicos, nas quais as famílias arcam com custos
adicionais, privados e desordenados pela ausência de investimentos públicos,
tais como: pagamento de vizinhos ou familiares para cuidar das crianças devido
à ausência de creches, custos elevados em transporte público para acesso à
escola, centros de saúde ou de assistência social, recolhimento de lixo por
carroceiros com destinação inadequada ou mesmo a provisão de água por meio
de caminhões pipas.
Nesta situação específica, o IPTU atua como uma espécie de penalidade à falta
de aproveitamento ou aproveitamento inadequado do imóvel.