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SILVIO RONNY MELLO SILVEIRA – RA 21169

- Publicidade dos atos Processuais


- Dever de motivação das decisões judiciais
- Erro judiciário

1) Fundamento legal 2) abrangência e 3) conteúdo

A publicidade dos atos Processuais, com previsão no Art. 5º, LX da CRFB, encontra
fundamentação no Princípio da Publicidade, explicito no caput do Art. 37, que obriga todos os
poderes da República – Legislativo, Executivo e Judiciário, a dar conhecimento ao público em
geral sobre os seus atos, por meu da transparência. Além disso, há previsão também na
Convenção Americana de Direitos Humanos (Art. 25, § 1º), o Pacto de São José da Costa Rica.
Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

É uma garantia da defesa a publicidade dos atos. O Estado ditatorial, autoritário,


tem por hábito impor sigilo a processos. Quanto menos publicidade se dá aos atos processuais,
menos controle se tem contra eventuais abusos que podem ser praticados no âmbito dos
processos penal e cível.

Essa previsão constitucional é muito importante para manter a informação aos


processos, principalmente aos criminais. É muito importante que haja transparência e que os
atos processuais sejam públicos. Mesmo os processos penais, criminais, devem ter seus atos,
em princípio, submetidos à publicidade.

Ainda a respeito da publicidade dos atos processuais é importante estudar também


o Art. 93, inc. IX da CRFB que depois da Emenda Constitucional nº 45 da reforma do poder
judiciário traz uma informação importante: A restrição à publicidade só se justifica para a
defesa da intimidade e do interesse social.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá
sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar
a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Aqui é importante perceber que o Art. 93 da CRFB traz uma inovação que modifica
o instituto da preservação do direito à intimidade quando as colisões dos atos estiverem
colidindo com o interesse público relativos às informações que estão no processo. Neste ponto,
percebemos que prevaleceu o Princípio da Supremacia do interesse público sobre o privado,
implícito no texto constitucional.

A respeito do Princípio da Motivação das Decisões Judiciais, o mesmo também está


expresso no Art. 93, IX da CRFB em que obriga o Poder Judiciário a fundamentar todas as suas
decisões, sob pena de nulidade. Isso está em consonância com o Princípio da Publicidade dos
atos, pois oportuniza as partes a conhecerem os motivos da decisão tomada pelo magistrado.

Com a obrigatoriedade deste princípio, reduzimos possíveis desvios de condutas


por parte dos magistrados, uma vez que ele serve como controle popular e também por parte
dos demandantes de uma determinada ação contra arbitrariedades dos magistrados.

Se ainda assim o Magistrado cometer algum erro, há um último princípio que traz
segurança aos cidadãos quanto a responsabilização civil do Estado por erro judiciário previsto
na CRFB, em seu Art. 5º, inc. LXXV.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença.

Neste ponto, o constituinte acertadamente visou minimizar os danos causados pela


violação de valores inalienáveis ao ser humano, que geraria uma sensação de injustiça ao
ofendido, devendo o Estado a obrigação pela reparação do Dano.

Bibliografia

BARROSO, Carlos Eduardo Ferraz de Mattos, Teoria Geral do Processo e Processo de


Conhecimento. 13. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

COTRIM NETO, Alberto Bittencourt, Da responsabilidade do Estado por Atos de Juiz em Face
da Constituição de 1988 in Revista de Informação Legislativa. Vol 30 n.º 118 abril/junho 1983.
p. 86 e 87. In: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2114. Acesso em: 05 de junho de
2019.

D’URSO, Luiz Flávio Borges. Erro Judiciário. Revista Consultor Jurídico, São Paulo, mai. 1999.
P.1-4. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/1999-mai-13/erro_judiciario> Acessado
em: 05 de junho de 2019

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