Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
ILSI BRASIL
INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL
Rua Hungria, 664 — conj.113
01455-904 — São Paulo — SP — Brasil
Tel./Fax: 55 (11) 3035-5585 e-mail: ilsibr@ilsi.org.br
© 2018 ILSI Brasil International Life Sciences Institute do Brasil
Vários autores.
Bibliografia.
18-21120 CDD-613.2
Índices para catálogo sistemático:
4
Coordenação Geral:
Franco Maria Lajolo
Editores:
Bruna Zavarize Reis
Autores:
Iris de Hoogh
Marcelo Rogero
Graduado em Nutrição pela USP, é Mestre, Doutor em Ciências dos Alimentos pela
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Pós-doutor em Ciências dos Alimentos
pela USP e pela Faculdade de Medicina da Universidade de Southampton, Inglaterra.
Professor Doutor da Faculdade de Saúde Pública USP. Coordenador do Laboratório
de Genômica Nutricional e Inflamação – GENUIN. Tem experiência nas áreas de
genômica nutricional e inflamação; imunonutrição; e metabolismo de macronutrientes
e exercício físico.
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Thomas Ong
Marilia Seelaender
Francisco Tomás-Barberán
Elizabeth Johnson
Rubens Feferbaum
Graduado e, Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo; Mestre e Doutor em pediatria pela Universidade de São Paulo.
É professor livre docente em pediatria desde 2011. Tem experiência em Medicina
focada em pediatria, atuando principalmente nos assuntos: nutrição em pediatria e
cuidados intensivos neonatais. Tópicos em crianças criticamente doentes: nutrição
parenteral e enteral, nutrição para crianças de muito baixo peso, gasto energético,
imunonutrição, resposta inflamatória e avaliação nutricional. É Coordenador científico
da Força Tarefa de Nutrição da Criança do ILSI Brasil.
Dan Waitzberg
Susana Saad
George Paraskevakos
8
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
PREFÁCIO
“Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Avanços Científicos, Perspectivas e
Desafios” origina-se do XVI Evento da Série de Workshops Internacionais sobre
Alimentos com Alegações de Propriedades Funcionais e/ou de Saúde.
O evento reuniu, por dois dias, em São Paulo, cientistas nacionais e do exterior, de
diversas instituições, que são referência de pesquisa na área, buscando trazer para um
público mais amplo as informações científicas apresentadas.
Os títulos dos temas apresentados são sugestivos, como o leitor pode ver imediata-
mente pelo sumário: em busca das evidências e mecanismos, novos achados sobre
ações na saúde, progressos e perspectivas em pré e probióticos, desenvolvimentos e
regulação: uma perspectiva global.
Da ciência à regulação, o relatório informa, sugere o futuro e o que precisa ser feito, visi-
tando a nutrigenômica, a epigenética, o microbioma humano, as tecnologias ômicas e a
biologia de sistemas, ao lado das necessárias parcerias entre as esferas acadêmica, indus-
trial e governamental para avançar mais rapidamente no desenvolvimento da área.
Poucos textos sobre funcionais e bioativos conseguem, como este, de forma concisa,
colocar o leitor a par de como vai a fronteira da área. Certamente será uma leitura útil
e interessante para diversos públicos: pesquisadores, profissionais e leigos.
Franco M Lajolo
Coordenador Científico da Força-Tarefa Alimentos Funcionais
9
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
10
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
ÍNDICE
Prefácio 9
5. Referências bibliográficas 45
6. Diretoria/Conselho 57
11
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
12
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
1. EM BUSCA DE EVIDÊNCIAS E
MECANISMOS
1.1 Biologia de Sistema Aplicada a Alimentos Funcionais: Flexibilidade
Metabólica e Biomarcadores
13
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Dessa forma surgem novas abordagens científicas que buscam desenvolver e padroni-
zar métodos de pesquisa que possam mensurar efeitos sutis da alimentação e nutrição
na saúde. Estas abordagens priorizam a mensuração da saúde ao invés da doença,
baseadas no novo conceito de saúde, em diversos biomarcadores preditos pela biolo-
gia de sistemas e em testes de desafio para determinar a resiliência.
Dessa forma, além da escolha correta do teste de desafio, a escolha dos biomarcadores
de resposta associada a avaliação genética individualizada também consiste em parte
fundamental na avaliação das intervenções. Tendo em vista a grande variabilidade de
resposta individual frente a um mesmo teste, a interpretação cautelosa dos resultados,
com auxílio das ferramentas de biologia de sistemas, pode ajudar a compreender os
diferentes padrões de resposta.
14
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Tendo em vista essas definições, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimen-
tos (EFSA – The European Food Safety Authority) passou a recomendar a avaliação
da resiliência como um marcador de saúde, pois uma melhora no perfil de resposta
(conforme ilustra a Figura 1.1) já pode ser considerada um benefício à saúde, inde-
pendentemente da avaliação isolada do biomarcador, que dificilmente aponta alguma
diferença significativa (Hardy et al., 2017).
15
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
16
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Dentre os CBA mais estudados, a curcumina é um dos mais evidentes. Ela é o principal
antioxidante ativo da cúrcuma (Curcuma longa), comumente utilizado em preparações
culinárias indianas. Estudos em humanos demonstram que a suplementação com esse
composto está relacionada à redução da inflamação e do estresse oxidativo presentes
na síndrome metabólica e no diabetes (Panahi et al., 2015; Yang et al., 2015; Panahi et
al., 2016). Isto pode estar relacionado com a sua ação em diminuir a ativação do NF-kB
(Rashid et al., 2017) e aumentar a ativação do Nrf2 (Yang et al., 2015).
Foi estimado por várias autoridades que aproximadamente 30% da incidência de câncer
está relacionada ao excesso de peso, má alimentação e sedentarismo, sendo considera-
dos fatores de risco modificáveis e, portanto, passíveis de prevenção por modificações
no estilo de vida (Wiseman, 2008).
17
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
O longo período de latência para o desenvolvimento do câncer, bem como a sua pa-
togênese complexa, dificulta a identificação de associações específicas entre padrões
alimentares ou nutrientes específicos com o seu desenvolvimento. Entretanto, vários
compostos bioativos de alimentos (CBAs) foram identificados com potencial de pre-
venção do câncer. Entre eles destacam-se os doadores de grupos metil, polifenóis,
selênio, retinóides e ácidos graxos (Ong et al., 2011).
O selênio, por exemplo, em cultura de células de câncer de mama (MCF-7) foi capaz
de inibir a expressão de DNMT1 (DNA metiltransferase) e alterar modificações em his-
tonas, apresentando efeito epigenético anti-carcinogênico em células mamárias (De
Miranda et al., 2014).
Além disso, diversos estudos vêm demonstrando que a alimentação da mãe também
tem influência no risco de câncer dos filhos, por meio de programação epigenética
(Trichopoulos, 1990; Foley et al., 2009). Estudos em animais demonstram que a com-
posição da dieta da mãe modifica o risco de câncer de mama nas filhas. Andrade e
18
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
colaboradores demonstraram que ratas que consumiram uma dieta rica em banha de
porco tiveram filhas com menor predisposição a desenvolver câncer de mama quando
comparadas ao grupo que consumiu menos gordura na dieta (De Oliveira Andrade et
al., 2014). Os autores demonstraram, ainda, que na idade adulta das filhas observa-se
uma alteração na expressão gênica global, modulando o risco de desenvolvimento de
câncer (De Oliveira Andrade et al., 2015).
Dessa maneira, é possível inferir que existe uma janela de oportunidades no início da
vida intrauterina, na qual intervenções nutricionais podem ser eficazes na redução do
risco de câncer na idade adulta. Entretanto, não só a dieta da mãe pode modular esse
risco, a dieta do pai também tem efeito epigenético na programação fetal (Fontelles et
al., 2016). Um estudo em ratos demonstrou que o consumo elevado de banha de porco
pelos pais aumentou o risco de câncer de mama nas filhas na idade adulta. Os autores
sugerem um possível efeito da dieta dos pais na expressão global de microRNAs no
esperma, que contribui para alterações epigenéticas na prole (Fontelles et al., 2016).
Estes achados indicam que pode existir diferença na recomendação nutricional para
homens e mulheres em idade fértil, principalmente no tocante à prevenção do câncer
de mama nas filhas, salientando a importância da nutrição personalizada.
1.4 Ação de Aminoácidos e Proteínas na Manutenção da Massa Muscular no
Envelhecimento - Novas Evidências
Associado a este fator, observa-se que o envelhecimento tem sido associado a uma
redução da síntese proteica muscular em resposta à ingestão de proteínas, denomi-
nada “resistência anabólica”. Alguns autores sugerem que esse quadro de resistên-
19
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
20
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
21
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
22
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Os efeitos dos polifenóis na saúde vêm sendo estudados há muito tempo, em particu-
lar na saúde cardiometabólica. No entanto, há uma grande dificuldade em demonstrar
os efeitos relevantes desses compostos bioativos em virtude de fatores como a variabi-
lidade interindividual.
23
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
24
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Cepas de bactérias que catabolizam o ácido elágico, por exemplo, produzem três
metabotipos da urolitina: A, B e 0.
Grande parte dos estudos clínicos que avaliam os efeitos dos polifenóis na população
de forma geral não encontrou efeitos significativos. Desse modo, a estratificação da
população poderia ser uma forma de entender melhor os efeitos dos compostos bio-
ativos na saúde de forma especifica. Um exemplo neste caso é o das isoflavonas e de
seu metabólito, o equol, que é produzido por bactérias intestinais em apenas alguns
adultos. A partir dessa observação, surgiram as denominações produtores de equol
(Equol producers) e não-produtores de equol (Non Equol-producers). A primeira de-
nominação refere-se aos indivíduos que produzem o equol em resposta do consumo
das isoflavonas. Desse modo, para estes indivíduos, a presença da soja na dieta pro-
porciona maiores benefícios à saúde comparado com os indivíduos não-produtores do
equol (Setchell e Clerici, 2010; Espin et al., 2017). Quando os indivíduos foram avaliados
sem a estratificação mencionada anteriormente, não foram observados efeitos signifi-
cantes em relação à ingestão das isoflavonas.
Apesar dos avanços nos estudos relacionados aos mecanismos de ação destes com-
postos e sua eficácia na promoção da saúde, poucas são as informações sobre o con-
sumo de flavonoides pela população. A estimativa de ingestão diária de flavonoides
pela população brasileira é difícil de ser calculada uma vez que não dispomos de uma
tabela de composição de flavonoides para alimentos brasileiros. Atualmente, utilizam-
se tabelas internacionais como a disponibilizada pela U.S. Department of Agriculture
(USDA) e a europeia Phenol-Explorer database. A partir da base de dados da Pesquisa
de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, a ingestão de flavonoides diária foi estima-
da em 22 mg/dia, valor inferior ao encontrado por Arabbi e colaboradores calculado
a partir da POF de 1998-1999 (Arabbi et al., 2004). Na POF de 2008-2009, compara-
tivamente ao anterior, foi observado que o brasileiro fez menos refeições em casa e
opta por serviços de alimentação fora da sua residência o que pode explicar em parte
25
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
26
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Assim, através da dieta é possível auxiliar a promoção e manutenção da saúde por di-
versos mecanismos, contudo para avaliar o potencial biológicos dos flavonoides e de
outros compostos bioativos é necessário conhecer sua biodisponibilidade, consideran-
do a variabilidade interindividual e a influência da microbiota intestinal. Estes fatores
são importantes para que se possa estabelecer uma recomendação de ingestão diária
de flavonoides.
2.3 Alimentos com Fitoesteróis e Controle de Colesterol
27
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
A partícula de LDL no seu estado nativo não é aterogênica. Ela necessita estar modi-
ficada para servir como ligante do receptor ScR. Essas modificações envolvem a ação
de espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio, formando a LDL-ox (Insull, 2009).
A aterosclerose envolve, portanto, o acúmulo de colesterol na parede das artérias, o
estreitamento destas e a formação de superfícies anormais em suas paredes luminais
(Libby P, 2009). Contudo, não é o acúmulo de lipídios ou o agrupamento de lipoproteí-
nas per se que está envolvido na aterogênese, mas a peroxidação lipídica na parede
vascular, pois esse evento levará à produção local de espécies reativas, que irão mediar
o recrutamento de monócitos, a proliferação e a ativação celular endotelial (Mandu-
teanu e Simionescu, 2012).
28
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
expressão dos LDL-R nos hepatócitos é a principal responsável pelo nível de coles-
terol no sangue e depende da atividade da enzima hidroximetilglutaril (HMG) CoA
redutase, enzima-chave para a síntese intracelular do colesterol hepático. A inibição da
HMG-CoA redutase e, portanto, da síntese intracelular do colesterol, é importante alvo
terapêutico no tratamento da hipercolesterolemia (Xavier et al., 2013).
29
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Embora os efeitos fisiológicos dos compostos bioativos sejam clinicamente mais baix-
os do que os esperados pelo uso de medicamentos, estes podem ser incorporados
à dieta habitual e não apresentam efeitos adversos. Por esta razão, alimentos adicio-
nados de fitoesteróis já estão no mercado brasileiro há mais de uma década com a
alegação de redução do colesterol.
São necessários estudos que investiguem, a longo prazo, os desfechos clínicos e sua
associação com o uso de fitoesteróis, bem como os biomarcadores mais adequados
e as possíveis interações como medicamentos. Ainda, é importante considerar a res-
posta individual ao uso de fitoesteróis, polimorfismos, condições basais e característi-
cas de absorção e síntese do composto, além de os aspectos referentes à viabilidade
econômica, estabilidade dos fitoesteróis nos produtos alimentícios e vida de prateleira.
30
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Evidências indicam que existe uma relação entre a DOPM e a cognição visto que esta
medida é considerada um biomarcador dos níveis destas xantofilas no cérebro. O
aumento do consumo de alimentos ricos em luteína como folhas escuras (espinafre,
agrião, brócolis) e vegetais crucíferos foi relacionado com a diminuição do declínio
cognitivo em idosos. Outros trabalhos mostram que idosos com declínio cognitivo leve
e portadores da doença de Alzheimer apresentam baixas concentrações plasmáticas
de luteína e zeaxantina. Vishwanathan e colaboradores em um estudo realizado com
109 idosos verificaram que os níveis de DOPM foram associados significativamente
com uma melhora da cognição global, velocidade de processamento e percepção,
aprendizado verbal e fluência e recordação. Já as concentrações séricas de luteína e
zeaxantina foram relacionadas apenas à fluência verbal (Vishwanathan, Iannaccone, et
al., 2014). Desse modo, visto que as concentrações de luteína no cérebro são maiores
do que as encontradas no soro, a melhora da performance cognitiva em idosos pode
ser atribuída a esta xantofila (Johnson et al., 2013). Evidências também mostram que ao
avaliar a concentração de carotenoides no cérebro de bebês doados voluntariamente,
foram encontradas altas concentrações de luteína (Vishwanathan, Kuchan, et al., 2014).
Dados de um estudo clínico demonstraram que a suplementação de luteína + DHA em
mulheres saudáveis promoveu uma melhora nos escores de fluência verbal, memória e
taxa de aprendizado (Johnson et al., 2008).
31
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Outro aspecto a ser considerado nos estudos clínicos que envolvem a biodisponibi-
lidade de carotenoides é a variabilidade interindividual que pode estar relacionada
às variações genéticas que codificam proteínas envolvidas no metabolismo e no sta-
tus dos carotenoides. Em relação à luteína, a presença de polimorfismos de nucleo-
tídeos único (SNPs) nos genes da BCMO1 (carotene oxygenases β,β-carotene-15,15’-
monooxygenase) e ABCG5 (ATP binding cassette G5) foi associada com o status deste
carotenoide. No caso do SNP Q640E no gene ABCG5, o alelo G foi associado a baixas
concentrações de luteína. O mesmo foi observado para as variações R267S+A379V,
rs7501331 e rs7501331 no gene da BCMO1(Borel, 2012).
32
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
33
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
No leite humano existem três principais categorias de HMOs: os fucosilados, que cor-
respondem de 35 a 50% do total de oligossacarídeos; os siliados, perfazendo de 12 a
14% e, por fim, os não-fucosilados neutros, com uma proporção de 42 a 55% destes
compostos (Donovan e Comstock, 2016). A importância biológica dos HMOs prove-
nientes do leite humano para o lactente está relacionada com a sua ação prebiótica,
na modulação do tecido linfoide intestinal (GALT), na permeabilidade intestinal, na
redução de patógenos (efeito antiadesivo) e na formação de ácidos graxos de cadeia
curta (Bode e Jantscher-Krenn, 2012).
Várias abordagens para prevenção da EN estão sendo estudadas dentre elas, o uso
de probióticos e prebióticos. Os HMOs, por exemplo, seriam uma alternativa aos pre-
bióticos à base de plantas e aos sintéticos (Neu e Walker, 2011). Um estudo realizado
em animais mostrou que o uso dos HMOs pode ocasionar diminuição da reação in-
flamatória intestinal em prematuros. Extrapolando os resultados para humanos, estes
34
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
A investigação do papel dos HMOs como prebióticos é bastante relevante visto que
muitas evidências vêm demonstrando um efeito benéfico destes compostos na saúde
infantil em termos de microbiota intestinal e sistema imune, o que pode levar ainda à
prevenção de doenças do trato digestório como as alergias e doenças inflamatórias
intestinais.
3.2 Probióticos e Psicobióticos: Novos Funcionais? Ação Recíproca Cérebro–In-
testino e Modulação por Probióticos e Outros Compostos Bioativos
O estresse pode ser definido como elemento de resposta a toda doença que produza
alguma modificação na estrutura e composição química do corpo, que possam ser
observadas e mensuradas (Selye, 1959). Reconhecida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) como “o mal do século 20”, esta condição pode ser influenciada por
fatores externos e internos. Os diversos sintomas do estresse podem estar associados
a manifestações orgânicas, como por exemplo nervosismo, angústia e ansiedade, que
podem ser refletidos em dor abdominal e problemas gastrointestinais como diarreia
ou constipação. Outros sintomas podem estar relacionados com a baixa imunidade
como irritação, medo, impaciência e tontura. Este conjunto de sintomas pode ser de-
nominados de psicossomático, estabelecendo relação entre estes sinais e as relações
entre o intestino e o cérebro.
O intestino pode ser considerado como o “segundo cérebro” visto que este órgão
contém 70% das células neurais do corpo (sistema nervoso entérico) e, por outro
lado, é também o maior repositório da microbiota. O eixo cérebro-intestino pode ser
compreendido como o conjunto de complexas vias neurais e gânglios, envolvendo o
sistema nervoso central (SNC), o sistema nervoso entérico (SNE), o sistema nervoso
autônomo (SNA) e o sistema de comunicação de vias neurais aferentes e eferentes,
bem como a comunicação intercelular entre os sistemas imune e endócrino. Estudos
recentes mostram que a relação entre o microbioma e o sistema nervoso entérico pode
influenciar o funcionamento do eixo cérebro-intestino. Desse modo, considera-se que
se o indivíduo guarda uma dieta saudável terá, consequentemente, uma microbiota
35
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
saudável, e o seu SNC poderá estar funcionando de forma adequada. Por outro lado,
dieta inadequada, presença de disbiose intestinal e ainda uma situação de estresse,
podem levar a comportamentos distintos e outras complicações que, poderiam, fu-
turamente, ser tratadas com psicobióticos, ou seja, probióticos que atuariam nesse
contexto.
O cérebro pode modular uma variedade de funções no intestino, bem como a per-
cepção dos estímulos intestinais. Em uma condição de estresse, o SNC desencadeia
uma resposta por meio do eixo HPA e do SNA, resultando em aumento do cortisol e
de fatores de liberação de corticotropina (CRF) que resultarão, no intestino, em dor ab-
dominal, contrações e aumento da permeabilidade intestinal. Nesta mesma situação,
a microbiota intestinal alterada pode atuar ao promover inflamação gastrintestinal que
desencadeia disparo intenso de neurônios sensoriais no intestino ocasionando hipera-
tividade sensorial. Ocorre simultaneamente aumento da permeabilidade intestinal, e
bactérias enteropatogênicas podem atravessar a barreira epitelial e ativar a resposta
imune local e sistêmica (Rhee et al., 2009).
Existem vários mecanismos pelos quais a microbiota intestinal pode enviar sinais
para o cérebro, como por exemplo ativação do nervo vago, produção de antígenos
microbianos que recrutam respostas de células B imunes, produção de metabólitos
microbianos como os ácidos graxos de cadeia curta e sinalização enteroendócrina a
partir de células epiteliais do intestino. A partir destes mecanismos o eixo microbiota-
intestino-cérebro é capaz de controlar processos fisiológicos como neurotransmissão,
neurogênese, neuroinflamação e sinalização neuroendócrina, que estão envolvidos na
resposta relacionada ao estresse (Foster et al., 2017).
36
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
O uso de probióticos no estresse é uma estratégia vantajosa visto que uma microbiota
intestinal saudável é capaz de favorecer um melhor equilíbrio do eixo intestino-cére-
bro. A ingestão destes compostos ajuda na redução de complicações gastrointesti-
nais relacionadas ao estresse leve e moderado e há relatos de melhora também nos
sinais de ansiedade e de depressão. Estes resultados abrem caminho para uma nova
classe de psicotrópicos, denominados psicobióticos, ou seja, organismos vivos que
em quantidades adequadas produziriam efeitos benéficos em pacientes com doenças
psiquiátricas atuando neste eixo intestino-cérebro.
É importante que mais estudos sejam realizados para que seja possível uma melhor
compreensão dos mecanismos de atuação destes compostos no eixo intestino-cére-
bro. Para tanto, recomenda-se uma alimentação saudável associada a um estilo de vida
saudável que certamente promoverá uma melhor saúde intestinal e mental.
37
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
Nos últimos anos, os conhecimentos atuais sobre a microbiota intestinal humana foram
possíveis devido aos avanços da tecnologia e, consequentemente, o desenvolvimento
de novas metodologias de avaliação, como por exemplo na área de biologia molecu-
lar. Atualmente, na era pós-metagenômica, é possível estabelecer alvos terapêuticos
com base em conhecimentos mais detalhados sobre a interação da microbiota e a fis-
iologia do hospedeiro. Além disso, também há um interesse na questão do tratamento
personalizado no qual a microbiota seria um fator importante a ser considerado e,
deste modo, seria possível tratar uma determinada doença de um indivíduo de forma
mais eficiente e direcionada (Marchesi et al., 2016).
38
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
39
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
40
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
4. DESENVOLVIMENTOS, PERSPECTIVAS
E REGULAÇÃO - UM PANORAMA
GLOBAL
A economia da saúde busca alocar recursos para áreas prioritárias com base em indica-
dores de relação entre custo e benefício. Há um conjunto de ferramentas de auxílio
no processo de decisão para seleção das melhores alternativas, dentro do contexto
da área denominada avaliação econômica em saúde, que inclui abordagens de avalia-
ção de tecnologias em saúde e farmacoeconomia. As principais técnicas de avaliação
econômica em saúde são baseadas em comparação de indicadores de desfechos e
uso de recursos de uma intervenção em saúde com um determinado padrão (situação
inicial, padrão ouro, grupo controle ou prognóstico).
41
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
No âmbito dos alimentos funcionais, há escassez de estudos que buscam avaliar im-
pactos em saúde pública associados à dimensão econômica. As principais barreiras à
avaliação econômica apropriada residem na baixa disponibilidade de dados popula-
cionais, dificuldades de mensuração dos impactos em saúde, delineamento temporal
do modelo de avaliação econômica, identificação de causalidade, estimativa dos cus-
tos atribuíveis às intervenções e teste de parâmetros causadores de incerteza.
42
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
A ANVISA vem debatendo uma proposta de unificar em uma única categoria de suple-
mentos alimentares quaisquer produtos atualmente enquadrados em seis categorias
de alimentos e uma categoria de medicamento. É uma abordagem que poderia aux-
iliar na gestão do estoque regulatório, na uniformização dos critérios sanitários e na
redução das lacunas de informação do setor.
Nesse sentido, após ampla discussão sobre o tema, a ANVISA em outubro/2018, cerca
de 1 ano após a apresentação deste tema no presente evento cientifico, publicou a
nova regulamentação para suplementos alimentares. As principais mudanças visam
garantir ao consumidor um produto seguro e de qualidade por meio da padronização
das informações, retirando de circulação aqueles com alegações sem comprovação
cientifica. As informações mais detalhadas sobre estas mudanças estão disponíveis no
site da ANVISA (http://portal.anvisa.gov.br).
Assim, a abordagem proposta para tratamento dos componentes bioativos visa fa-
vorecer o acesso e, ao mesmo tempo, coibir práticas enganosas, estabelecendo-se
como patamar inicial a comprovação da segurança de uso e a demonstração do po-
tencial efeito benéfico.
43
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
44
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AIT-BELGNAOUI, A. et al. Prevention of gut leakiness by a probiotic treatment
leads to attenuated HPA response to an acute psychological stress in rats. Psychoneu-
roendocrinology, v. 37, n. 11, p. 1885-95, Nov 2012. ISSN 0306-4530.
2. ANKER, S. D.; MORLEY, J. E.; HAEHLING, S. Welcome to the ICD‐10 code for sar-
copenia. Journal of cachexia, sarcopenia and muscle, v. 7, n. 5, p. 512-514, 2016. ISSN
2190-6009.
5. BARILLARO, C. et al. The new metabolic treatments for sarcopenia. Aging clinical
and experimental research, v. 25, n. 2, p. 119-127, 2013. ISSN 1720-8319.
45
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
12. BOGDANSKI, P. et al. Green tea extract reduces blood pressure, inflammatory
biomarkers, and oxidative stress and improves parameters associated with insulin re-
sistance in obese, hypertensive patients. Nutr Res, v. 32, n. 6, p. 421-7, Jun 2012. ISSN
0271-5317.
15. BOTELHO, P. B. et al. Effect of echium oil combined with phytosterols on biomark-
ers of atherosclerosis in LDLr‐knockout mice: echium oil is a potential alternative to
marine oils for use in functional foods. European journal of lipid science and technol-
ogy, v. 117, n. 10, p. 1561-1568, 2015. ISSN 1438-7697. Disponível em: < https://pubag.
nal.usda.gov/catalog/4359311 >.
16. BRON, P. A. et al. Can probiotics modulate human disease by impacting intestinal
barrier function? Br J Nutr, v. 117, n. 1, p. 93-107, 2017.
17. BURD, N. A.; GORISSEN, S. H.; VAN LOON, L. J. C. Anabolic resistance of muscle
protein synthesis with aging. Exercise and sport sciences reviews, v. 41, n. 3, p. 169-
173, 2013. ISSN 0091-6331.
19. CHUN, O. K.; CHUNG, S. J.; SONG, W. O. Estimated dietary flavonoid intake and
major food sources of US adults. The Journal of nutrition, v. 137, n. 5, p. 1244-1252,
2007. ISSN 0022-3166.
20. COPPA, G. V. et al. The first prebiotics in humans: human milk oligosaccharides.
Journal of clinical gastroenterology, v. 38, p. S80-S83, 2004. ISSN 0192-0790.
46
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
22. CRYAN, J. F.; DINAN, T. G. Mind-altering microorganisms: the impact of the gut
microbiota on brain and behaviour. Nat Rev Neurosci, v. 13, n. 10, p. 701-12, Oct 2012.
24. DE OLIVEIRA ANDRADE, F. et al. Lipidomic fatty acid profile and global gene
expression pattern in mammary gland of rats that were exposed to lard-based high fat
diet during fetal and lactation periods associated to breast cancer risk in adulthood.
Chemico-biological interactions, v. 239, p. 118-128, 2015. ISSN 0009-2797.
25. Exposure to lard-based high-fat diet during fetal and lactation periods modifies
breast cancer susceptibility in adulthood in rats. The Journal of nutritional biochemis-
try, v. 25, n. 6, p. 613-622, 2014. ISSN 0955-2863.
27. DERRIEN, M.; VAN HYLCKAMA VLIEG, J. E. Fate, activity, and impact of ingested
bacteria within the human gut microbiota. Trends Microbiol, v. 23, n. 6, p. 354-66, Jun
2015. ISSN 0966-842x.
28. DINAN, T. G. et al. Collective unconscious: how gut microbes shape human
behavior. J Psychiatr Res, v. 63, p. 1-9, Apr 2015. Disponível em: < http://dx.doi.
org/10.1016/j.jpsychires.2015.02.021 >.
47
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
34. FOGACCI, F. et al. Effect of resveratrol on blood pressure: A systematic review and
meta-analysis of randomized, controlled, clinical trials. Crit Rev Food Sci Nutr, p. 1-14,
Jan 23 2018. ISSN 1040-8398.
37. FOSTER, J. A.; RINAMAN, L.; CRYAN, J. F. Stress & the gut-brain axis: Regulation
by the microbiome. Neurobiol Stress, v. 7, p. 124-136, Dec 2017.
40. GOOD, M. et al. The human milk oligosaccharide 2-fucosyllactose attenuates the
severity of experimental necrotising enterocolitis by enhancing mesenteric perfusion
in the neonatal intestine. Br J Nutr, v. 116, n. 7, p. 1175-87, Oct 2016. ISSN 0007-1145
(Print)1475-2662 (Electronic).
42. GYLLING, H. et al. Plant sterols and plant stanols in the management of dyslipi-
daemia and prevention of cardiovascular disease. Atherosclerosis, v. 232, n. 2, p. 346-
60, Feb 2014. ISSN 0021-9150.
44. HARDY, A. et al. Guidance on the assessment of the biological relevance of data in
scientific assessments. EFSA Journal, v. 15, n. 8, 2017. ISSN 1831-4732.
48
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
46. HILL, C. et al. Expert consensus document: The International Scientific Association
for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use
of the term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 11, n. 8, p.
506, 2014-06-10 2014.
50. HUBER, M. et al. How should we define health? BMJ: British Medical Journal (On-
line), v. 343, 2011. ISSN 1756-1833.
51. INSULL, W. The pathology of atherosclerosis: plaque development and plaque re-
sponses to medical treatment. The American journal of medicine. 122: S3-S14 p. 2009.
54. Relationship between Serum and Brain Carotenoids, alpha-Tocopherol, and Reti-
nol Concentrations and Cognitive Performance in the Oldest Old from the Georgia
Centenarian Study. J Aging Res, v. 2013, p. 951786, 2013.
55. JUN, S.; SHIN, S.; JOUNG, H. Estimation of dietary flavonoid intake and major
food sources of Korean adults. British Journal of Nutrition, v. 115, n. 3, p. 480-489,
2016. ISSN 0007-1145.
49
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
56. KELLY, J. R. et al. Breaking down the barriers: the gut microbiome, intestinal
permeability and stress-related psychiatric disorders. Front Cell Neurosci, v. 9, p. 392,
2015.
58. KOPLAN, J. P. et al. Towards a common definition of global health. The Lancet, v.
373, n. 9679, p. 1993-1995, 2009. ISSN 0140-6736.
59. KRINSKY, N. I.; LANDRUM, J. T.; BONE, R. A. Biologic mechanisms of the protec-
tive role of lutein and zeaxanthin in the eye. Annu Rev Nutr, v. 23, p. 171-201, 2003.
ISSN 0199-9885 (Print)0199-9885.
61. LANCON, A. et al. Control of MicroRNA expression as a new way for resveratrol to
deliver its beneficial effects. Journal of agricultural and food chemistry, v. 60, n. 36, p.
8783-8789, 2012. ISSN 0021-8561.
62. LEUNG, I. Y. et al. Nutritional manipulation of primate retinas, II: effects of age, n-3
fatty acids, lutein, and zeaxanthin on retinal pigment epithelium. Invest Ophthalmol
Vis Sci, v. 45, n. 9, p. 3244-56, Sep 2004.
64. LIN, S., GREGORY, R. I. MicroRNA biogenesis pathways in cancer. Nature Reviews.
15: 321-333 p. 2015.
65. LU, C. et al. Green tea polyphenols reduce body weight in rats by modulating
obesity-related genes. PloS one, v. 7, n. 6, p. e38332, 2012. ISSN 1932-6203.
66. LUPTON, J. R. et al. Exploring the benefits and challenges of establishing a DRI-
like process for bioactives. European journal of nutrition, v. 53, n. 1, p. 1-9, 2014. ISSN
1436-6207.
67. MAHLEY, R. W.; JI, Z. S. Remnant lipoprotein metabolism: key pathways involving
cell-surface heparan sulfate proteoglycans and apolipoprotein E. J Lipid Res, v. 40, n.
1, p. 1-16, Jan 1999. ISSN 0022-2275 (Print)0022-2275.
50
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
70. MARCHESI, J. R. et al. The gut microbiota and host health: a new clinical frontier.
Gut, v. 65, n. 2, p. 330-9, 2016.
72. MARTINEZ, R. C.; BEDANI, R.; SAAD, S. M. Scientific evidence for health effects
attributed to the consumption of probiotics and prebiotics: an update for current per-
spectives and future challenges. Br J Nutr, v. 114, n. 12, p. 1993-2015, Dec 28 2015.
77. NEWBURG, D. S. Innate immunity and human milk. The Journal of nutrition, v. 135,
n. 5, p. 1308-1312, 2005. ISSN 0022-3166.
51
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
79. ONG, T. P.; MORENO, F. S.; ROSS, S. A. Targeting the Epigenome with Bioactive
Food Components for Cancer Prevention. Journal of Nutrigenetics and Nutrigenom-
ics, v. 4, n. 5, p. 275-292, 2011. ISSN 1661-6499. Disponível em: < https://www.karger.
com/DOI/10.1159/000334585 >.
81. PADDON-JONES, D.; LEIDY, H. Dietary protein and muscle in older persons. Cur-
rent opinion in clinical nutrition and metabolic care, v. 17, n. 1, p. 5, 2014.
86. PATEL, P. S.; BURAS, E. D.; BALASUBRAMANYAM, A. The role of the immune sys-
tem in obesity and insulin resistance. Journal of obesity, v. 2013, 2013. ISSN 2090-0708.
88. RANILLA, L. G.; GENOVESE, M. I.; LAJOLO, F. M. Effect of different cooking con-
ditions on phenolic compounds and antioxidant capacity of some selected Brazilian
bean (Phaseolus vulgaris L.) cultivars. J Agric Food Chem, v. 57, n. 13, p. 5734-42, Jul 8
2009. ISSN 0021-8561.
89. RASHID, K. et al. Curcumin attenuates oxidative stress induced NFkappaB medi-
ated inflammation and endoplasmic reticulum dependent apoptosis of splenocytes in
diabetes. Biochem Pharmacol, v. 143, p. 140-155, Nov 1 2017. ISSN 0006-2952.
52
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
90. RHEE, S. H.; POTHOULAKIS, C.; MAYER, E. A. Principles and clinical implications
of the brain-gut-enteric microbiota axis. Nat Rev Gastroenterol Hepatol, v. 6, n. 5, p.
306-14, May 2009.
91. RIJKERS, G. T. et al. Guidance for substantiating the evidence for beneficial effects
of probiotics: current status and recommendations for future research. J Nutr, v. 140,
n. 3, p. 671s-6s, Mar 2010.
93. SAAD, S. M. I.; BEDANI, R.; MAMIZUKA, E. M. Beneficios à saúde dos probióticos
e prebióticos. In: SAAD, S. M. I.;CRUZ, A. G., et al (Ed.). Probióticos e prébioticos em
alimentos: fundamentos e aplicações tecnológicas. São Paulo, 2011. cap. 2, p.51-84.
95. SCOLARO, B. et al. Statin dose reduction with complementary diet therapy: A
pilot study of personalized medicine. Mol Metab, Feb 20 2018. ISSN 2212-8778.
99. SIMAO, A. F. et al. [I Brazilian Guidelines for cardiovascular prevention]. Arq Bras
Cardiol, v. 101, n. 6 Suppl 2, p. 1-63, Dec 2013. ISSN 0066-782x.
53
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
103. SU, Z.; XIA, J.; ZHAO, Z. Functional complementation between transcriptional
methylation regulation and post-transcriptional microRNA regulation in the human
genome. BMC genomics, v. 12, n. 5, p. S15, 2011. ISSN 1471-2164.
105. THIMMULAPPA, R. K. et al. Nrf2 is a critical regulator of the innate immune re-
sponse and survival during experimental sepsis. The Journal of clinical investigation, v.
116, n. 4, p. 984-995, 2006. ISSN 0021-9738.
106. TOLEA, M. I.; GALVIN, J. E. Sarcopenia and impairment in cognitive and physical
performance. Clinical interventions in aging, v. 10, p. 663, 2015.
107. TRICHOPOULOS, D. Hypothesis: does breast cancer originate in utero? The Lan-
cet, v. 335, n. 8695, p. 939-940, 1990. ISSN 0140-6736.
108. UNLU, N. Z. et al. Carotenoid Absorption from Salad and Salsa by Humans Is En-
hanced by the Addition of Avocado or Avocado Oil. The Journal of Nutrition, v. 135,
n. 3, p. 431-436, 2018. ISSN 0022-3166.
109. VALLEJO, M. J.; SALAZAR, L.; GRIJALVA, M. Oxidative Stress Modulation and
ROS-Mediated Toxicity in Cancer: A Review on In Vitro Models for Plant-Derived Com-
pounds. Oxid Med Cell Longev, v. 2017, p. 4586068, 2017. ISSN 1942-0994.
110. VAN DER WULP, M. Y.; VERKADE, H. J.; GROEN, A. K. Regulation of cholesterol
homeostasis. Mol Cell Endocrinol, v. 368, n. 1-2, p. 1-16, Apr 10 2013. ISSN 0303-7207.
112. Lutein and preterm infants with decreased concentrations of brain carotenoids. J
Pediatr Gastroenterol Nutr, v. 59, n. 5, p. 659-65, Nov 2014. ISSN 0277-2116.
54
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
116. WILSON, J. M. et al. International society of sports nutrition position stand: beta-
hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB). Journal of the International Society of Sports
Nutrition, v. 10, n. 1, p. 6, 2013. ISSN 1550-2783.
117. WISEMAN, M. The Second World Cancer Research Fund/American Institute for
Cancer Research Expert Report. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention
of Cancer: A Global Perspective: Nutrition Society and BAPEN Medical Symposium
on ‘Nutrition support in cancer therapy’. Proceedings of the Nutrition Society, v. 67, n.
3, p. 253-256, 2008. ISSN 1475-2719.
119. YANG, C. S.; WANG, H. Cancer Preventive Activities of Tea Catechins. Molecules,
v. 21, n. 12, Dec 9 2016. ISSN 1420-3049.
120. YANG, H. et al. Curcumin attenuates urinary excretion of albumin in type II dia-
betic patients with enhancing nuclear factor erythroid-derived 2-like 2 (Nrf2) system
and repressing inflammatory signaling efficacies. Exp Clin Endocrinol Diabetes, v. 123,
n. 6, p. 360-7, Jun 2015. ISSN 0947-7349.
122. YUBA, T. Y. et al. Evolução dos preços relativos de grupos alimentares entre 1939
e 2010, em São Paulo, SP. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 3, p. 549-559, 2013. ISSN
0034-8910.
55
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
124. ÖZCAN, U. et al. Endoplasmic reticulum stress links obesity, insulin action, and
type 2 diabetes. Science, v. 306, n. 5695, p. 457-461, 2004. ISSN 0036-8075.
56
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
6. DIRETORIA/CONSELHO
Diretoria e Conselho Científico e de Administração do ILSI Brasil
Presidente Vice-Presidente
- Ary Bucione (DuPont) - Alexandre Novachi – Reckitt Benckiser
Diretoria Financeira
Mariela Weingarten Berezovsky – Danone Ltda
57
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
58
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
7. EMPRESAS MANTENEDORAS
DA FORÇA-TAREFA ALIMENTOS
FUNCIONAIS 2018
ABBOTT
ACHÉ
AMWAY
BASF
DANONE
DSM
DU PONT
HERBALIFE
KELLOGG
MONDELEZ
NESTLÉ
PFIZER
TATE & LYLE
YAKULT
59
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos - Avanços Científicos, Perspectivas e Desafios / ILSI Brasil
60