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INTRODUÇÃO
Boro - Até hoje não se conseguiu isolar um composto sequer vital para a planta
que contenha boro (B); do mesmo modo não se conseguiu identificar nenhuma
reação crucial para o metabolismo que somente ocorra na presença deste
elemento. Mesmo assim, o boro, pertence a lista dos elementos essenciais, por
satisfazer o critério indireto de essencialidade. Na ausência do boro, os pontos
de crescimento são afetados e podem morrer. Os tecidos parecem duros, secos e
quebradiços. As folhas podem tornar-se deformadas e o caule rachado. O
florescimento é afetado severamente e quando ocorre a frutificação estes
freqüentemente apresentam sintomas semelhantes aos encontrados no caule. O B
é essencial para a formação da parede celular, para a divisão e aumento no
tamanho das células, para o funcionamento da membrana citoplasmática. A
presença do boro facilita, ainda,o transporte dos carboidratos. Da mesma forma
que o Ca é praticamente imóvel no floema e por isso quando há deficiência a
gema terminal morre e as folhas mais novas se mostram menores, amareladas e
muitas vezes deformadas. A matéria orgânica constitui a fonte imediata de boro
para as plantas, libertando o elemento no processo de sua mineralização.
Cloro - O Cl não entra na constituição de nenhum composto orgânico tido como
essencial. É necessário para a fotólise da água. Os sintomas de sua deficiência
causa murchamento, bronzeamento e necrose em folhas de muitas espécies,
tendo sido pela primeira vez demonstrado os sintomas de sua de sua deficiência
em plantas de tomate. Não se conhece no campo a ocorrência da falta de cloro, o
que, pelo menos em parte, é devido à precipitação do “sal cíclico”, isto é, cloreto
de sódio que o vento traz do mar e a chuva deposita no solo em quantidade
suficiente para atender as necessidades da planta.
+
Cobre - É absorvido como Cu 2. Não é redistribuído apreciavelmente pelo
floema e por isso os sintomas de carência se mostram primeiramente nas folhas
novas: murchamento, cor verde-azulada, deformação do limbo e depois clorose
e necrose em manchas irregulares. É ativador de enzimas de óxido-redução que
oxidam fenóis e que participam do transporte de elétrons na respiração e
fotossíntese. Tem participação indireta na fixação do N2 .
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Ferro - As plantas absorvem o ferro do solo na forma bivalente, Fe 2. No
xilema o Fe encontra-se principalmente como quelato do ácido cítrico. Não se
distribui pelo floema: o sintoma típico de falta de ferro é uma clorose das folhas
novas cujas nervuras formam uma rede fina é verde contra o fundo verde-
amarelado do limbo. Além de ser componente estrutural de citocromos o ferro
ativa enzimas ou faz parte de coenzimas que entram em reações as mais diversas
da planta: formação da clorofila, transporte eletrônico na fotossíntese, fixação do
N2, desdobramento da H2O e síntese protéica.
Manganês - Além de ativar enzimas muito diversas, o manganês participa do
transporte eletrônico na fotossíntese e é essencial para a formação da clorofila e
para a formação, multiplicação e funcionamento dos cloroplastos.
Molibdênio - É o micronutriente menos abundante no solo e que na planta
aparece em menor concentração. O molibdênio está diretamente ligado ao
metabolismo do N. A carência de molibdênio se manifesta como
amarelecimento das folhas seguido do enrolamento do limbo.
Zinco - O zinco é necessário para a síntese de triptofana que depois de várias
reações, produz o ácido indolilacético (AIA), além disso o zinco regula a
atividade da ribonuclease que hidrolisando o RNA, causa diminuição na síntese
protéica. A carência de zinco provoca o encurtamento dos internós em algumas
plantas. O florescimento e a frutificação podem ser muito reduzidos e a planta
inteira pode se tornar anã e deformada.
Além dos elementos acima citados como essenciais, existem outros
elementos que são exigidos por certas plantas como elementos adicionais. Por
outro lado, algumas plantas podem não exigir um ou mais elementos. O sódio,
por exemplo, não é geralmente exigido pelas plantas verdes. Entretanto certas
halófitas, não somente toleram altas concentrações de sal no meio mas de fato
exigem sódio. O selênio é geralmente tóxico as plantas. Entretanto certas plantas
em solos ricos nesse elemento, não somente acumulam e toleram altas
concentrações mas podem até ter uma certa necessidade dele. Embora não tenha
sua essencialidade demonstrada, o silício desempenha um papel no
desenvolvimento normal de pelo menos algumas plantas que, quando crescendo
no solo, acumulam grandes quantidades do mesmo. Estudos realizados com o
arroz, demonstrou que o mesmo não cresce normalmente em soluções isentas de
silício.
Com relação a exigência de nutrientes por parte das algas, Epstein (1975),
refere que com exceção de alguns grupos, as algas verdes requerem os mesmos
macronutrientes exigidos pelas plantas verdes superiores. Muitas algas marinhas
e de pântanos tem exigências de sódio e para elas o cloro é freqüentemente um
macronutriente.
Analisando-se a concentração de um nutriente no tecido vegetal, verifica-
se que quando o tecido está deficiente em um elemento essencial mudanças de
longo alcance são causadas no metabolismo. Em primeiro lugar os processos
metabólicos de que o elemento normalmente participa são diminuídos em
velocidade. Quando suficientemente severas, as deficiências se manifestam
através do desenvolvimento de sintomas mais ou menos distintos. A
familiarização com estes sintomas ajuda os agricultores e os especialistas na
identificação de deficiências nutricionais no campo.