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Pref e it ur a de G oi âni a

Se c re t ari a M uni c i pal de Educ aç ão


Departamento Pedagógico

Íris Rezende Machado


Prefeito de Goiânia

Márcia Pereira Carvalho


Secretária Municipal de Educação

Cynthia Regina da Cunha Rocha


Diretora do Departamento Pedagógico

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SUMÁRIO

Apresentação........................................................................................................................................................................................................................04

Direitos das Crianças............................................................................................................................................................................................................06

Relações Humanas...............................................................................................................................................................................................................10

Ação Educativa.....................................................................................................................................................................................................................12

Organização do Tempo e do Espaço....................................................................................................................................................................................14

Referências Bibliográficas...................................................................................................................................................................................................17

Anexo...................................................................................................................................................................................................................................18

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APRESENTAÇÃO

O documento “Indicadores de Qualidade da Ação Pedagógica na Educação Infantil do Município de Goiânia”, é um material de
apoio para o processo de avaliação institucional e da melhoria na qualidade do atendimento às crianças. Ele dá continuidade ao trabalho
iniciado em 2005, com a efetivação da proposta Saberes Sobre a Infância - A Construção de uma Política de Educação Infantil e, em 2006,
com as observações realizadas nas instituições de Educação Infantil, que culminaram na elaboração do documento Estudo nos CMEIs.
Os Indicadores orientam o que deve ser observado em cada um dos 24 itens que compõe o roteiro de observação (em anexo)
utilizado para fazer a avaliação institucional. Sendo assim, os Indicadores apontam, de forma objetiva, o que as instituições precisam
garantir às crianças para que o atendimento seja de qualidade. Por exemplo, para o primeiro item, Direito ao Contato com a Natureza,
foram elaborados 10 Indicadores que mostram como esse direito pode ser garantido, ou seja, a instituição tem como avaliar se está
conseguindo ou não oportunizar às crianças vivências que atendam ao respectivo item.
A referência para a avaliação institucional está presente no documento do MEC Parâmetros Nacionais de Qualidade para a
Educação Infantil de 2006, bem como na resolução 194 de 28/10/2007 do Conselho Municipal de Educação. O documento do MEC
mostra de forma ampla padrões de referência orientadores para organização e funcionamento dos sistemas educacionais, bem como
esclarece que os indicadores, de abrangência regional e local, são elaborados pelos municípios como instrumento para aferir a
aplicabilidade dos parâmetros. Já a resolução 194 de 28/10/2007 do Conselho Municipal de Educação, em seu artigo 14, afirma que
competem às instituições de Educação Infantil elaborar e executar sua Proposta Político Pedagógica e que esta deve considerar tanto o
processo de planejamento geral como de avaliação institucional.

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O processo de avaliação institucional depende do envolvimento de todos os profissionais que atuam na instituição de Educação
Infantil. É a partir do diálogo aberto e de um olhar profundo sobre seu próprio trabalho e sobre o trabalho de toda a equipe, que a
instituição terá a oportunidade de se reorganizar, traçando ações que visem transformar sua prática e se aproximar cada vez mais dos
padrões de qualidade estabelecidos. Dessa forma, todos poderão contribuir, analisando item por item, desvelando o trabalho da
instituição, de forma democrática e transparente, tendo como foco um atendimento de qualidade às crianças. Este é um trabalho que
requer de todos a capacidade de entender que os avanços acontecem mediante o reconhecimento da realidade, ainda que possamos
considerá-la distante do que almejamos, o que implica em reconhecer as conquistas e saber lidar com as tentativas mal-sucedidas, ouvindo
opiniões diversas, discutindo e refletindo, como parte do trabalho pedagógico que deve ser realizado por toda a equipe da instituição.
Os indicadores de qualidade visam favorecer a efetivação dos direitos das crianças; possibilitar que as relações humanas sejam
mediadoras do processo de desenvolvimento e aprendizagem; promover uma ação educativa profissional, organizada e intencional,
considerando para tanto, a organização do tempo e espaço institucional, priorizando a criança e a vivência da infância.

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DIREITOS DAS CRIANÇAS1
Item de observação Indicadores
 Nossa creche procura ter plantas e canteiros em espaços disponíveis;
 Nossas crianças têm direito ao sol;
 Nossas crianças têm direito de brincar com água;
 Nossas crianças têm oportunidade de brincar com areia, argila, pedrinha, gravetos e outros elementos da natureza;
Direito ao contato com a  Sempre que possível levamos os bebês e as crianças para passear ao ar livre;
natureza  Nossas crianças aprendem a observar, amar e preservar a natureza;
 Incentivamos nossas crianças a observar e respeitar os animais;
 Nossas crianças podem olhar para fora através de janelas mais baixas e com vidros transparentes;
 Nossas crianças têm oportunidade de visitar parques, jardins e zoológicos;
 Procuramos incluir as famílias na programação relativa a natureza.
 Os brinquedos estão disponíveis às crianças em todos os momentos;
 Os brinquedos são guardados em locais de livre acesso às crianças;
 As rotinas da creche são flexíveis e reservam períodos longos para as brincadeiras livres das crianças;
 As famílias recebem orientação sobre a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil;
 Ajudamos as crianças a aprender a guardar os brinquedos nos lugares apropriados;
 As salas onde as crianças ficam estão arrumadas de forma a facilitar brincadeiras espontâneas e interativas;
 Ajudamos as crianças a aprenderem a usar brinquedos novos;
 Os adultos também propõem brincadeiras às crianças;
Direito à brincadeira
 Os espaços externos permitem as brincadeiras das crianças;
 As crianças maiores podem organizar os seus jogos de bola, inclusive futebol;
 As meninas também participam de jogos que desenvolvem os movimentos amplos: correr, jogar, pular;
 Demonstramos o valor que damos às brincadeiras infantis participando delas sempre que as crianças pedem;
 Os adultos também acatam as brincadeiras propostas pelas crianças.
Direito ao movimento em  Nossas crianças têm direito de correr, pular e saltar em espaços amplos na creche ou nas suas proximidades;
espaços amplos  Nossos meninos e meninas têm oportunidade de jogar bola, inclusive futebol;
 Nossos meninos e meninas desenvolvem sua força, agilidade e equilíbrio físico em atividades realizadas em espaços

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Os indicadores de qualidade com relação aos direitos das crianças foram retirados literalmente do documento “Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os direitos
Fundamentais das Crianças”, Maria Malta Campos e Fúlvia Rosemberg – Brasília: MEC/SEF/COEDI, 1995. Daí o uso em vários locais do termo creche, ao invés de instituição de educação
infantil.

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amplos;
 Nossos meninos e meninas, desde bem pequenos, podem brincar e explorar espaços externos ao ar livre;
 Nossas crianças não são obrigadas a suportar longos períodos de espera;
 Os bebês não são esquecidos no berço;
 Os bebês têm direito de engatinhar;
 Os bebês têm oportunidade de explorar novos ambientes e interagir com outras crianças e adultos;
 As crianças pequenas têm direito de testar seus primeiros passos fora do berço;
 Reservamos espaços livres cobertos para atividades físicas em dias de chuva;
 Organizamos com as crianças aquelas brincadeiras de roda que aprendemos quando éramos pequenos;
 Procuramos criar ocasiões para as famílias participarem de atividades ao ar livre com as crianças.
 Nossas crianças sabem que são queridas quando percebem que suas famílias são bem-vindas e respeitadas na creche;
 Nossa creche respeita as amizades infantis;
 Nossa creche valoriza a cooperação e a ajuda entre adultos e crianças;
 Nossas crianças encontram conforto e apoio nos adultos sempre que precisam;
 Procuramos entender porque a criança está triste ou chorando;
 Procuramos ajudar as pessoas da equipe quando enfrentam problemas pessoais sérios;
 Procuramos não interrromper bruscamente as atividades das crianças;
 Evitamos situações em que as crianças se sintam excluídas;
Direito à proteção ao afeto e
 Evitamos comentar assuntos relacionados com as crianças e seus familiares na presença delas;
amizade
 Nossas crianças, mesmo quando brincam autonomamente, não ficam sem a proteção e o cuidado dos adultos;
 Conversamos e brincamos com os bebês quando estão acordados;
 Nossas crianças recebem atenção quando nos pedem ou perguntam alguma coisa;
 Procuramos proteger as crianças de eventuais agressões dos colegas;
 Ajudamos as crianças a desenvolver seu autocontrole e aprender a lidar com limites para seus impulsos e desejos;
 Explicamos às crianças os motivos para comportamentos e condutas que não são aceitos na creche;
 Nunca deixamos de procurar entender e tomar providências quando nossas crianças aparecem na creche machucadas
e amedrontadas.
Direito à atenção individual  Chamamos sempre as crianças por seu nome;
 Observamos as crianças com atenção para conhecermos melhor cada uma delas;
 O diálogo aberto e contínuo com os pais nos ajuda a responder às necessidades individuais da criança;
 A criança é ouvida;
 Sempre procuramos saber o motivo da tristeza ou do choro das crianças;
 Saudamos e nos despedimos individualmente das crianças na chegada e saída da creche;

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 Conversamos e somos carinhosos com as crianças no momento da troca de fraldas e do banho;
 Comemoramos os aniversários de nossas crianças;
 Crianças muito quietas, retraídas, com o olhar parado, motivam nossa atenção especial;
 Aprendemos a lidar com crianças mais agitadas e ativas sem discriminá-las ou puni-las;
 Aprendemos a lidar com preferências individuais das crianças por alimentos;
 Ficamos atentos às crianças que têm dificuldades para se integrar às brincadeiras dos grupos;
 Procuramos respeitar as variações de humor das crianças;
 Procuramos respeitar o ritmo fisiológico da criança: no sono, nas evacuações, nas sensações de frio e calor.
 Arrumamos com capricho e criatividade os lugares onde as crianças passam o dia;
 Nossas salas são claras, limpas e ventiladas;
 Não deixamos objetos e móveis quebrados nos espaços onde as crianças ficam;
 Mantemos fora do alcance das crianças produtos potencialmente perigosos;
 As crianças têm lugares agradáveis para se recostar e desenvolver atividades calmas;
 As crianças têm lugares adequados para seu descanso e sono;
Direito a um Ambiente  Nossa creche demonstra seu respeito às crianças pela forma como está arrumada e conservada;
aconchegante, seguro e  Nossa creche sempre tem trabalhos realizados pelas crianças em exposição;
estimulante.  Quando fazemos reformas na creche nossa primeira preocupação é melhorar os espaços usados pelas crianças;
 Quando fazemos reformas na creche tentamos adequar a altura das janelas, o equipamento e os espaços de circulação
às necessidades de visão e locomoção das crianças;
 Nossa equipe procura desenvolver relações de trabalho cordiais e afetivas;
 Procuramos tornar acolhedor o espaço que usamos para receber e conversar com as famílias;
 Procuramos garantir o acesso seguro das crianças à creche;
 Lutamos para melhorar as condições de segurança no trânsito nas proximidades da creche.
Direito à desenvolver sua  Nossas crianças têm direito de aprender coisas novas sobre seu bairro, sua cidade, seu país, o mundo e a natureza;
curiosidade, imaginação e  Valorizamos nossas crianças quando tentam expressar seus pensamentos, fantasias e lembranças;
capacidade de expressão.  Nossas crianças têm oportunidade de desenvolver brincadeiras e jogos simbólicos;
 Nossas crianças têm oportunidade de ouvir músicas e de assistir teatro de fantoches;
 Nossas crianças são incentivadas a se expressar através de desenhos, pinturas, colagens e modelagem em argila;
 Nossas crianças têm direito de ouvir e contar histórias;
 Nossas crianças têm direito de cantar e dançar;
 Nossas crianças têm livre acesso a livros de história, mesmo quando ainda não sabem ler;
 Procuramos não deixar as perguntas das crianças sem resposta;
 Quando não sabemos explicar alguma coisa para as crianças, sempre que possível procuramos buscar informações

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adequadas e trazê-las posteriormente para elas;
 Sempre ajudamos as crianças em suas tentativas de compreender as coisas e os acontecimentos à sua volta;
 Não reprimimos a curiosidade das crianças pelo seu corpo;
 Não reprimimos a curiosidade sexual das crianças;
 Bebês e crianças bem pequenas aproveitam a companhia de crianças maiores para desenvolver novas habilidades e
competências.
 Nossas crianças têm direito a desenvolver sua auto-estima;
 Meninos e meninas têm os mesmos direitos e deveres;
 Nossas crianças, negras e brancas, aprendem a gostar de seu corpo e de sua aparência;
 Respeitamos crenças e costumes religiosos diversos dos nossos;
Direito à desenvolver sua  Nossas crianças não são discriminadas devido ao estado civil ou à profissão de seus pais;
identidade cultural, racial e  A creche é um espaço de criação e expressão cultural das nossas crianças, das famílias e da comunidade;
religiosa.  Nossas crianças, de todas as idades, participam de comemorações e festas tradicionais da cultura brasileira: carnaval,
festas juninas, natal, datas especiais de nossa história;
 Nossas crianças visitam locais significativos de nossa cidade, sempre que possível: a padaria, uma oficina, a praça, o
corpo de bombeiros, um quintal;
 Estimulamos os pais a participar ativamente de eventos e atividades na creche.
 Nossas crianças têm direito de manter seu corpo cuidado, limpo e saudável;
 Nossas crianças aprendem a cuidar de si próprias e assumir responsabilidades em relação à sua higiene e saúde;
 Nossas crianças têm direito a banheiros limpos e em bom funcionamento;
 O espaço externo da creche e o tanque de areia são limpos e conservados periodicamente de forma a prevenir
contaminações;
 Nossas crianças têm direito à prevenção de contágio e doenças;
 Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças da creche;
 Acompanhamos com as famílias o calendário de vacinação das crianças;
Direito à higiene e à saúde
 Acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das crianças;
 Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente e não pode freqüentar a creche;
 Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção de doenças contagiosas existentes no bairro;
 Procuramos orientação especializada para o caso de crianças com dificuldades físicas, psico-afetivas ou problemas de
desenvolvimento;
 Sempre que necessário encaminhamos as crianças ao atendimento de saúde disponível ou orientamos as famílias para
fazê-lo;
 O cuidado com a higiene não impede a criança de brincar e se divertir;

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 Damos o exemplo para as crianças, cuidando de nossa aparência e nossa higiene pessoal.
 Preparamos os alimentos com capricho e carinho;
 Nossas crianças têm direito a um ambiente tranqüilo e agradável para suas refeições;
 Planejamos alimentos apropriados para as crianças de diferentes idades;
 Permitimos que meninos e meninas participem de algumas atividades na cozinha, sempre que possível;
 Procuramos respeitar preferências, ritmos e hábitos alimentares individuais das crianças;
 Procuramos diversificar a alimentação das crianças, educando-as para uma dieta equilibrada e variada;
 Incentivamos as crianças maiorzinhas a se alimentarem sozinhas;
 A água filtrada está sempre acessível às crianças;
Direito à alimentação sadia
 Incentivamos a participação das crianças na arrumação das mesas e dos utensílios, antes e após as refeições;
 Nossa cozinha é limpa e asseada;
 Nossa despensa é limpa, arejada e organizada;
 Valorizamos o momento da mamadeira, segurando no colo os bebês e demonstrando carinho para com eles;
 Ajudamos os pequenos na transição da mamadeira para a colher e o copo;
 Procuramos sempre incluir alimentos frescos nos cardápios;
 Procuramos manter uma horta, mesmo pequena, para que as crianças aprendam a plantar e cuidar das verduras;
 As famílias são informadas sobre a alimentação da criança e suas sugestões são bem recebidas.

RELAÇÕES HUMANAS
Item de observação Indicadores
 As crianças se integram, buscam contatos afetivos e trocam idéias entre si e com as crianças de outros agrupamentos,
em momentos livres e planejados;
 As crianças têm a possibilidade de auxiliar umas as outras nas diferentes situações de aprendizagem;
 As crianças se comunicam umas com as outras através de falas, gestos, expressões como sorrisos, choros, birras,
Criança – criança
mordidas, olhares etc.;
 As crianças respeitam e cuidam umas das outras;
 As crianças são incentivadas a resolver seus conflitos interpessoais sozinhas;
 As crianças se agrupam e criam sozinhas jogos e brincadeiras de faz-de-conta, inventando e negociando regras
 As crianças têm oportunidade de escolher seus parceiros em momentos variados.
 Os adultos demonstram respeito pelas crianças ao acolherem suas idéias, ouvirem e aceitarem suas opiniões na
organização do espaço e no planejamento das situações de aprendizagem, expressos por falas, gestos e movimentos

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corporais etc.;
 Todas as crianças são respeitadas em sua individualidade, independente de sua postura/atitude;
 Os adultos levam em consideração os questionamentos, curiosidades e dúvidas das crianças dando-lhes respostas
fundamentadas em conhecimentos científicos e não dando-lhes falsas explicações como forma de controle ou
distração das crianças;
Criança-adulto
 Crianças e adultos se comunicam através de escritas, falas, gestos, olhares, sorrisos, choros etc.;
 As crianças demonstram respeito pelos adultos, estão atentas às suas falas e propostas de ação;
 Existem vínculos afetivos entre as crianças e os adultos, percebidos através do contato físico (toques, abraços, mãos
dadas);
 As crianças demonstram ter confiança nos adultos para os quais se voltam quando precisam de ajuda, quando querem
fazer perguntas, quando querem solicitar algo.
 Os adultos procuram fazer o trabalho em equipe, com o objetivo de garantir o processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança, assim como seu bem estar;
 A relação entre os adultos é de respeito e profissionalismo, todos no grupo têm possibilidade de expor suas idéias,
tirar dúvidas;
Adultos - adultos  Os adultos compreendem sua função na instituição e cumprem suas atribuições satisfatoriamente, garantindo que uns
não fiquem mais sobrecarregados do que outros na realização do trabalho;
 Os adultos têm uma boa comunicação; informações importantes sobre o trabalho são comunicadas e socializadas no
grupo com tranqüilidade;
 Existe um clima de satisfação na instituição, os adultos trabalham com uma expressão de alegria e tranqüilidade;
 Os conflitos que surgem no grupo se resolvem com um diálogo aberto e franco.
Relação com as famílias  As famílias são recebidas com respeito e atenção por parte dos funcionários da instituição;
 As famílias têm liberdade de freqüentar a instituição para além dos horários de entrada e saída das crianças;
 Os pais têm confiança no trabalho da instituição e demonstram isso em suas falas e expressões e em avaliações
sistematizadas;
 A instituição proporciona espaços de participação das famílias em reuniões, palestras educativas, confraternizações,
projetos de trabalho realizados com as crianças e outros;
 As famílias têm garantida sua participação na proposta político pedagógica da instituição. Nela estão explicitadas suas
expectativas com relação ao trabalho da instituição e suas sugestões;
 Todas as famílias são tratadas da mesma forma, com acolhimento, independente de sua condição social, econômica,
cultural e religiosa;
 As famílias conhecem e colaboram com a instituição no que diz respeito às deliberações legais ou, coletivamente
acordadas;
 Os conflitos entre as famílias e a instituição são resolvidos através de diálogo aberto e franco;

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 A instituição proporciona situações em que é possível trocar informações com as famílias sobre as crianças,
compartilharem emoções, saberes e conhecimentos, levando a um maior vínculo e comprometimento de ambos com
sua educação;
 A instituição esclarece as famílias e as mantém informada sobre sua proposta pedagógica e ações desenvolvidas com
as crianças, bem como seu processo de aprendizagem e desenvolvimento.

AÇÃO EDUCATIVA
Item de observação Indicadores
 Às crianças é garantido expressar suas idéias e pensamentos através de múltiplas linguagens (desenho, dramatização,
linguagem oral, escrita, plástica, visual, movimentos corporais, jogos, brincadeiras etc.) fazendo com que estes se
constituam em momentos de produção de cultura infantil;
 Nos projetos, planejamentos e na rotina há manifestação de múltiplas linguagens;
 Às crianças são proporcionadas situações em que o faz-de-conta, o imaginário, a fantasia estão presentes;
 Os profissionais da educação estão sempre atentos aos conhecimentos expressos pelas crianças, suas idéias,
pensamentos, hipóteses, questionamentos, produções e fazem importantes mediações, baseadas nos conhecimentos
científicos que possuem e que possibilitam às crianças ampliar os seus conhecimentos;
Articulação entre a cultura
 São trabalhados com as crianças inúmeros conhecimentos, que partem de seus interesses e curiosidades;
infantil e os conhecimentos
científicos e não científicos  Os profissionais da educação propiciam às crianças conhecer e vivenciar diversas experiências com a cultura na
instituição e em diversos espaços da cidade (roda de capoeira, teatro, cinema, música, dança, contação de histórias etc.);
 O brinquedo e a brincadeira fazem parte do cotidiano da instituição, por compreenderem que através deles a criança
conhece, significa, reproduz e transforma o mundo;
 Os adultos instigam a curiosidade das crianças e as incentivam a querer conhecer o mundo ao lhes proporcionar
situações surpreendentes e desafiadoras;
 Os adultos estão sempre elaborando perguntas e questionamentos sobre as situações de aprendizagem vivenciadas pelas
crianças, o que as fazem pensar, lembrar, elaborar hipóteses, propor soluções que levam à produção de conhecimentos e
ao desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
Ação pedagógica  A instituição realiza os planejamentos semanais e mensais;
intencional/planejamento  A coordenação pedagógica oportuniza ao coletivo sugerir/definir temáticas relevantes, atuais para o trabalho;
semanal e coletivo  A coordenação pedagógica organiza, define, orienta, apóia e acompanha planos diários e o planejamento, que é
acordado e do conhecimento de todos;
 Nos momentos de planejamento a equipe pedagógica tem a oportunidade de discutir e repensar as ações realizadas com
as crianças;

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 Os planos diários são registrados em formulário/formato próprio, elaborado e definido pela coordenação em acordo
com a equipe pedagógica da instituição, inclusive contemplando as reflexões do trabalho realizado;
 Os planos diários são elaborados com antecedência, tornando possível à coordenação apreciá-los, discuti-los com os
profissionais e fazer proposições antes que sejam colocados em prática;
 O planejamento é realizado conforme cronograma previsto, colaborando para uma ação pedagógica intencional;
 O que é proposto nos planejamentos e planos diários, se efetiva na prática e pode ser percebido na organização dos
espaços, nas situações de aprendizagem vivenciadas pelas crianças, nas falas de crianças e adultos;
 Os educadores possuem clareza dos objetivos propostos nos projetos e planejamentos, pois esses evidenciam o porquê,
para quê, para quem, o como e onde devem acontecer;
 Há consonância entre a proposta político pedagógica, os projetos, planejamento, planos diários e as situações de
aprendizagem desenvolvidas no dia-a-dia;
 A intencionalidade pedagógica fica evidente quando os planos diários abrangem todas as ações da instituição (cuidar,
educar e brincar) fazendo com que elas aconteçam de forma equilibrada durante a rotina do dia, da semana, do mês;
 A elaboração de um novo planejamento leva em consideração uma reflexão sobre os planejamentos anteriores, sua
efetividade/dificuldades, os interesse e as necessidades das crianças, da instituição, do grupo de profissionais e
comunidade.
 Os planejamentos são embasados em estudos e reflexões e têm como perspectivas ressignificar e transformar a ação
educativa e a própria realidade e não apenas com o objetivo de ocupar o tempo das crianças na instituição.
 A instituição promove formações que possibilitam aos educadores rever o seu trabalho e propor novos
encaminhamentos;
 O grupo se mostra aberto para críticas e sugestões referente ao seu trabalho;
Processo reflexivo sobre o  A instituição proporciona momentos de discussão entre os educadores sobre o processo de aprendizagem e
próprio trabalho e sobre o desenvolvimento das crianças;
desenvolvimento e  Os educadores têm o hábito de registrar diariamente situações ou fatos do seu trabalho e do desenvolvimento e
aprendizagem das crianças aprendizagem das crianças para análise de sua prática educativa e elaboração dos relatórios avaliativos.
 Os educadores têm o hábito de analisar todos os dias as ações planejadas, verificando e registrando as adequações que
se fizerem necessárias durante o desenvolvimento das atividades propostas.

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ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO
Item de observação Indicadores
 Há adequação entre o espaço da instituição que está sendo utilizado e a proposta de atividade desenvolvida com as
crianças;
 Os espaços são organizados de forma a tornarem-se funcionais para crianças e adultos;
 Os espaços são reestruturados de forma diversificada e desafiadora, motivando experiências novas e enriquecedoras.
 Os locais utilizados por crianças e adultos proporcionam sensações e experiências diversificadas;
Estruturação do espaço:
 Espaços alternativos e que transcendem os limites da instituição, são também utilizados pelas crianças e adultos (praça,
pátio, refeitório, chácaras, parques);
 Todos os espaços da instituição são utilizados pelas crianças de forma intencional e livre, permitindo a elas conhecê-los
e explorá-los.
 A utilização de diferentes espaços é planejada como forma de dinamizar, criar movimento no cotidiano da instituição e
promover aprendizagens.
 A instituição possui delimitações fixas e móveis, pensadas e organizadas pela equipe pedagógica, de forma a criar um
ambiente confortável e seguro, que favoreça as trocas e atenda às necessidades do grupo de crianças;
 Os arranjos espaciais móveis são modificados sempre que necessário para atender ao planejamento e situações de
aprendizagens proporcionadas às crianças;
 Armários, colchonetes, mesas, pneus, biombos, tapetes, caixas, berços, outros objetos e mobiliários são utilizados pela
instituição de forma planejada e intencional, para facilitar a circulação e criar delimitações que visam oferecer
Delimitações:
privacidade, autonomia, orientação nas ações das crianças (áreas temáticas) e promover suas aprendizagens;
 Água, copos, calendários, nomes, cabideiros, livros, brinquedos, exposição de trabalhos, estão organizados de forma a
permitir o acesso e a manipulação dos mesmos pelas crianças;
 Os arranjos espaciais são organizados de forma que a passagem de uma atividade para outra aconteça de forma
tranqüila, já que as crianças podem ir de uma ação dirigida para uma de livre escolha, de forma que os momentos em
que as crianças precisam de atenção individual não se configurem como tempo de espera para as outras crianças.

 Um mesmo local da instituição é utilizado de diversas formas e com diferentes objetivos, sempre que o grupo de
crianças necessita;
Transformação/polivalência:
 Os espaços da instituição são flexíveis e utilizados para diferentes finalidades, propiciando a efetivação de uma rotina
diversificada, quebrando a rigidez e monotonia do espaço;

Autonomia:  Todos os objetos pessoais e coletivos estão ao alcance das crianças;


 As portas permanecem abertas permitindo a circulação das crianças pela instituição;

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 As crianças têm possibilidade de escolha em diferentes momentos da rotina, incluindo o trabalho com conhecimentos
científicos e com pesquisa;
 A organização dos objetos e mobiliários permite que as crianças tenham controle sobre eles, sem necessitar
constantemente, da ajuda dos adultos para beber água, pegar um brinquedo, ir ao banheiro, manusear seus objetos
pessoais, servir sua própria refeição, comer, tomar banho, se arrumar, brincar etc.;
 As crianças são incentivadas a fazer escolhas, superar desafios, resolver conflitos nas diferentes situações de
aprendizagens que fazem parte da rotina.
 As crianças participam da organização e ornamentação dos espaços tendo suas produções valorizadas;
 A instituição expõe fotos, imagens, obras de arte (gravuras, esculturas etc.) nos agrupamentos;
 A instituição se preocupa com cores, iluminação e ventilação (cortinas, móbiles, arranjos aéreos);
 A decoração está ao alcance do campo visual da criança;
 Não há excesso de desenhos/gravuras estereotipadas (compradas prontas, comerciais, sem significado para o grupo);
 Os espaços são organizados, de forma que a criança tenha clareza sobre onde fica cada objeto (livros, papéis, lápis,
tintas, brinquedos, mochilas etc.);
Estética:  Há equilíbrio na ornamentação/decoração, que abrange chão, paredes e teto, sem exageros de cores e formas;
 As áreas externas são limpas, bem cuidadas, com plantas e elementos lúdicos coloridos (pinturas no chão ou nas
paredes, brinquedos, flores, árvores frutíferas, horta, grama);
 As paredes são limpas e bem conservadas;
 O ambiente é acolhedor e tem características do grupo de crianças ao qual pertence e da proposta de trabalho que está
em andamento;
 O espaço é atrativo;
 Periodicamente, a decoração do ambiente é renovada, acompanhando os projetos e mantendo a vivacidade do espaço,
garantindo também que não fiquem materiais desgastados, estragados ou sujos em exposição.
 A criança tem acesso à diferentes materiais (giz de cera, telha, carvão, terra, água, jornais, revistas, tintas, papéis, argila,
areia, gesso);
Diversidade e pluralidade:
 À criança é oportunizado realizar atividades com faixas etárias diferentes e posturas variadas (de pé, sentadas em
cadeiras, na grama, no chão, em tapetes, ajoelhadas, deitadas, em grandes ou pequenos grupos, independente da faixa
etária, em roda, dispersas, se movimentando, paradas/concentradas etc.).
Rotina:
 A rotina da instituição é conhecida pelas crianças e essas podem opinar sobre ela e definir alguns desses momentos;
 A rotina da instituição é clara e de conhecimento de todo coletivo e comunidade, ficando fixada em cada agrupamento;
 A rotina é flexível, sendo alterada para atender ás necessidades das crianças, para concretizar programações como
passeios, apresentações culturais, momentos especiais e inovadores (elemento surpresa) etc.;

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 Existe equilíbrio na rotina com relação à utilização dos espaços; as crianças não permanecem por longos períodos
fechadas nos agrupamentos;
 A passagem de uma atividade para outra acontece de forma processual, com tranqüilidade e leva em consideração a
motivação das crianças, sem interrupções abruptas que visam cumprir rigidamente horários pré-estabelecidos;
 As crianças não vivenciam “tempo de espera” para realizar alguma atividade como na entrada, esperar até que se inicie
o café da manhã, na saída até que os pais busquem, no banho até que os colegas tomem o seu, etc.;
 O banho acontece quando este tem por objetivo manter a higiene e a saúde das crianças, o seu bem estar, o
conhecimento do próprio corpo e a troca afetiva e não para o cumprimento de uma organização inflexível da rotina.
 A instituição esclarece e orienta os pais quanto ao seu funcionamento e quanto à organização da rotina, inclusive sobre
questões polêmicas como é o caso do banho;
 Os horários das refeições atendem às necessidades das crianças e não dos adultos, acontecendo nem muito cedo, nem
muito próximas umas das outras;
 Durante as refeições, os alimentos são servidos em mesas limpas, colocados em vasilhames apropriados para cada uma
das crianças e os profissionais da educação estão à disposição delas, apoiando e orientando, quanto à manutenção da
limpeza do espaço, o local correto para colocar restos de alimentos, a maneira correta de se servir, de comer, a
importância dos alimentos etc.;
 O horário do repouso é planejado para acontecer de forma agradável para as crianças que querem descansar (com
diminuição da luz, do ruído, colocação de som ambiente, contação de uma história, higiene do ambiente etc.) e com
alternativas de atividades para as crianças que não querem dormir ou acordam primeiro;
 Há equilíbrio no tempo dispensado para atividades como refeições, banho, escovação, descanso e as atividades como
brincadeiras, contação de histórias, rodas de conversa, banho de sol, trabalho com as múltiplas linguagens, com
conhecimentos científicos e não-científicos etc.;

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Referências Bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação. Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças.
Secretaria de Educação Fundamental/COEDI. Brasília/DF, 1995.
_______, Ministério da Educação. Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Básica.
Brasília/DF, 2006.
GOIÂNIA, Secretaria Municipal de Educação. Estudo nos CMEIs. Goiânia/GO, 2006.
________, Secretaria Municipal de Educação. Saberes Sobre a Infância: a Construção de uma Política de Educação Infantil.
Goiânia/GO, 2004.
________, Conselho Municipal de Educação. Resolução 194 de 29 de outubro de 2007. Goiânia/GO, 2007.

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO/DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL/UNIDADES REGIONAIS DE EDUCAÇÃO

INSTRUMENTO PARA REALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL


- ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO –

CMEI:______________________________________________________________________________________________________

DIREITOS DAS CRIANÇAS


Direito ao contato com a natureza. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à brincadeira VERDE AMARELO VERMELHO

Direito ao movimento em espaços amplos. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à proteção, ao afeto e a amizade. VERDE AMARELO VERMELHO

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Direito à atenção individual. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à um ambiente aconchegante, seguro e estimulante. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à desenvolver sua identidade cultural, racial e religiosa. VERDE AMARELO VERMELHO

Direito à higiene e a saúde VERDE AMARELO VERMELHO

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Direito à alimentação sadia VERDE AMARELO VERMELHO

RELAÇÕES HUMANAS
Relação criança-criança VERDE AMARELO VERMELHO

Relação criança-adulto VERDE AMARELO VERMELHO

Relação adulto-adulto VERDE AMARELO VERMELHO

Relação com as famílias VERDE AMARELO VERMELHO

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AÇÃO EDUCATIVA
Articulação entre a cultura infantil e os conhecimentos científicos e não científicos VERDE AMARELO VERMELHO

Ação pedagógica intencional/Planejamento semanal e coletivo VERDE AMARELO VERMELHO

Processo reflexivo sobre o próprio trabalho e o desenvolvimento e aprendizagem das crianças VERDE AMARELO VERMELHO

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO


Estruturação dos espaços VERDE AMARELO VERMELHO

Delimitações do espaço VERDE AMARELO VERMELHO

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Transformação e polivalência VERDE AMARELO VERMELHO

Autonomia VERDE AMARELO VERMELHO

Estética VERDE AMARELO VERMELHO

Diversidade e pluralidade VERDE AMARELO VERMELHO

Rotina VERDE AMARELO VERMELHO

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DATA: _______/_______ /________

EQUIPE RESPONSÁVEL:
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