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13/06/2019 Rio de Janeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio de Janeiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rio  de  Janeiro  (frequentemente  referida
simplesmente  como  Rio[8])  é  um  município Município do Rio de Janeiro
brasileiro,  capital  do  estado  homônimo, "Cidade Maravilhosa"
situado  no  Sudeste  do  país.  Maior  destino "Rio"
turístico  internacional  no  Brasil, [9]  da
América Latina e de todo o Hemisfério Sul, [10]
a capital fluminense é a cidade brasileira mais
conhecida  no  exterior, [11]  funcionando  como
um  "espelho",  ou  "retrato"  nacional,  seja
positiva  ou  negativamente.  É  a  segunda
maior  metrópole  do  Brasil  (depois  de  São
Paulo), a sexta maior da América e a trigésima
quinta  do  mundo.  Sua  população  estimada
pelo  IBGE  para  1.º  de  julho  de  2018  era  de
6  688  927  habitantes. [4]  Tem  o  epíteto  de
Cidade Maravilhosa e aquele que nela nasce é
chamado  de  carioca.  Parte  da  cidade  foi
designada  Patrimônio  Cultural  da
Humanidade,  com  o  nome  "Rio  de  Janeiro:
Paisagem  Carioca  entre  a  Montanha  e  o
Mar",  classificada  pela  UNESCO  em  1  de
julho  de  2012  e  categorizada  como  uma
Paisagem Cultural. [12][13] Em 18 de janeiro de
2019, a cidade foi eleita pela UNESCO como a
primeira Capital Mundial da Arquitetura. [14]

É  um  dos  principais  centros  econômicos,


Do alto, em sentido horário: panorama dos edifícios do
culturais  e  financeiros  do  país,  sendo
Centro; estátua do Cristo Redentor no topo do Corcovado;
internacionalmente  conhecida  por  diversos
ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Pão de Açúcar com a Enseada de Botafogo; praia da Barra

Açúcar, o morro do Corcovado com a estátua da Tijuca com a Pedra da Gávea ao fundo; Museu do
do  Cristo  Redentor,  as  praias  dos  bairros  de Amanhã na Praça Mauá com a Ponte Rio­Niterói ao fundo e
Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, entre bonde de Santa Teresa.
outras;  os  estádios  do  Maracanã  e  Nilton
Santos; o bairro boêmio da Lapa e seus arcos;
o  Theatro  Municipal  do  Rio  de  Janeiro;  as
florestas  da  Tijuca  e  da  Pedra  Branca;  a

Bandeira Brasão
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Quinta da Boa Vista; a Biblioteca Nacional; a
Hino
ilha de Paquetá; o réveillon de Copacabana; o
carnaval carioca; a Bossa Nova e o samba. Aniversário 1° de março
Fundação 1 de março de 1565 (454 anos)
Representa o segundo maior PIB do país[15] (e
o  30º  maior  do  mundo[16]),  estimado  em Gentílico carioca
cerca de 329 bilhões de reais (IBGE/2016), [17] Padroeiro(a) São Sebastião
e é sede das duas maiores empresas brasileiras Marcelo Crivella (PRB)
Prefeito(a)
­  a  Petrobras  e  a  Vale,  e  das  principais (2017 – 2020)
companhias de petróleo e telefonia do Brasil,
Localização
além do maior conglomerado de empresas de
mídia  e  comunicações  da  América  Latina,  o
Grupo  Globo. [18]  Contemplado  por  grande
número  de  universidades  e  institutos,  é  o
segundo  maior  polo  de  pesquisa  e
desenvolvimento  do  Brasil,  responsável  por
19% da produção científica nacional, segundo
dados de 2005. Destaque para a Universidade
Federal do Rio de Janeiro que publicou 5 952
artigos entre 1998 e 2002. [19] Rio de Janeiro é
considerada  uma  cidade  global  beta  ­  pelo
inventário  de  2008  da  Universidade  de Localização do Rio de Janeiro no Rio de Janeiro
Loughborough (GaWC).

A  cidade  foi,  sucessivamente,  capital  da


colônia portuguesa do Estado do Brasil (1621­
1815),  depois  do  Reino  Unido  de  Portugal,
Brasil  e  Algarves  (1815­1822),  do  Império  do
Brasil  (1822­1889)  e  da  República  dos
Estados  Unidos  do  Brasil  (1889­1968)  até
1960,  quando  a  sede  do  governo  foi
transferida  para  a  então  recém  construída
Brasília. Rio de
Janeiro

Índice
Localização do Rio de Janeiro no Brasil
Etimologia
22° 54' 10" S 43° 12' 28" O
História
Colonização portuguesa e invasões Unidade Rio de Janeiro
estrangeiras
federativa
Vinda da corte portuguesa e período
imperial Região Rio de Janeiro IBGE/2017[1]
Período republicano
intermediária
Geografia
Região Rio de Janeiro IBGE/2017[1]
Litoral
Clima imediata
Parques, espaços públicos e meio Região Rio de Janeiro
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ambiente metropolitana
Demografia Municípios Duque de Caxias, Itaguaí, Seropédica,
Composição étnica Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova
limítrofes
Imigração e migração Iguaçu e São João de Meriti
Religião
Cristianismo
Distância até 1 148 km[2]
Problemas socioeconômicos a capital
Segurança, violência e criminalidade Características geográficas
Política Área 1 200,177 km² [3]
Governo municipal
Governo nacional População 6 688 927 hab. (BR: 2º; RJ: 1º) – 
Empresas públicas ou de economia estatísticas IBGE/2018[4]
mista
Autarquias municipais Densidade 5 573,28 hab./km²
Cidades­irmãs Altitude 2 m[5]
Subdivisões Clima tropical atlântico Aw
Economia
Fuso horário UTC−3
Indústrias
Turismo Indicadores
Estrutura urbana IDH­M 0,799 (RJ: 2º) – alto PNUD/2010[6]
Educação e ciência
PIB R$ 329 431 359,90 mil (BR: 2º) –
Saúde
 IBGE/2016[7]
Transportes
Rodoviário PIB per capita R$ 50 690,82 IBGE/2016[7]
Portuário
Página oficial
Aéreo
Ferroviário Prefeitura www.rio.rj.gov.br (http://www.rio.rj.go
v.br)
Cultura
Cinema, televisão e música Câmara www.camara.rj.gov.br (http://www.ca
Esportes mara.rj.gov.br)
Feriados
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Etimologia
A  Baía  de  Guanabara,  à  margem  da  qual  a  cidade  se  organizou,  foi  descoberta  pelo  explorador  português
Gaspar  de  Lemos  em  1  de  janeiro  de  1502. [20]  Embora  se  afirme  que  o  nome  "Rio  de  Janeiro"  tenha  sido
escolhido em virtude de os portugueses acreditarem tratar­se a baía da foz de um rio, na verdade, à época, não
havia  qualquer  distinção  de  nomenclatura  entre  rios,  sacos  e  baías  ­  motivo  pelo  qual  foi  o  corpo  d'água
corretamente designado como rio. Os franceses, que se aliaram aos tupinambás, estabeleceram­se na região em
1555 mas foram expulsos pelos portugueses em 1567. [livro 1]

História

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Colonização portuguesa e invasões estrangeiras
O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era habitado por índios
do tronco linguístico macro­jê há milhares de anos atrás. Por volta
do  ano  1000,  a  região  foi  conquistada  por  povos  de  língua  tupi
procedentes da Amazônia.  Um  destes  povos,  os  tamoios, também
conhecidos como tupinambás, ocupava a região ao redor da Baía de
Guanabara  no  século  XVI,  quando  os  portugueses  chegaram  à
região. [21]

Fundação da Cidade do Rio de
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade foi fundada, foi
Janeiro, por Antonio Firmino
descoberta  pelo  explorador  português  Gaspar  de  Lemos  em  1  de
Monteiro (1855­1888)
janeiro  de  1502[20]  No  entanto,  em  1  de  novembro  de  1555,  os
franceses,  capitaneados  por  Nicolas  Durand  de  Villegagnon,
apossaram­se  da  Baía  da  Guanabara,  estabelecendo  uma  colônia
na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). [livro 1] Lá, ergueram o
Forte  Coligny,  enquanto  consolidavam  alianças  com  os  índios
tupinambás locais. Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um
grupo  indígena  rival  dos  tupinambás,  os  temiminós  e  foi  com  o
auxílio  destes  que  atacaram  e  destruíram  a  colônia  francesa  em
1560. [livro  1]  Os  franceses  só  foram  completamente  expulsos  da
região pelos portugueses em 1567. [livro 1]

Persistindo  a  presença  francesa  na  região,  os  portugueses,  sob  o


comando  de  Estácio  de  Sá,  acompanhado  por  um  grupo  de
Mapa da Baía de Guanabara em fundadores  incluindo  também  D.  Antônio  de  Mariz,
1555.
desembarcaram num istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do
Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a cidade de "São
Sebastião do Rio de Janeiro". [livro  1] Uma vez conquistado o território, em uma pequena praia protegida pelo
Morro  do  Pão  de  Açúcar,  edificaram  uma  fortificação  de  faxina  e  terra,  o  embrião  da  Fortaleza  de  São
João. [livro 1]

A  expulsão  e  derrota  definitiva  dos  franceses  e  seus  aliados  indígenas,  no  entanto,  só  se  deu  em  janeiro  de
1567. [livro  1]A vitória de Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos
tamoios, dedicavam­se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do Brasil), garantiu a posse
do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de
guerras, seu domínio sobre as ilhas e o continente. [livro 1]A povoação foi refundada no alto do antigo Morro do
Castelo,  que  se  localizava  no  atual  Centro  da  cidade.  O  morro  foi  removido  em  1922  como  parte  de  uma
reforma urbanística. O novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade. [livro 1]

Durante  quase  todo  o  século  XVII,  a  cidade  acenou  com  um  desenvolvimento  lento. [livro  1]Uma  rede  de
pequenas  ruelas  conectava  entre  si  as  igrejas,  ligando­as  ao  Paço  e  ao  Mercado  do  Peixe,  à  beira  do  cais.  A
partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. [livro  1]Com cerca de 30 000 habitantes na segunda
metade  do  século  XVII,  o  Rio  de  Janeiro  tornara­se  a  cidade  mais  populosa  do  Brasil,  passando  a  ter
importância fundamental para o domínio colonial. [livro 1]

Essa  importância  tornou­se  ainda  maior  com  a  exploração  de  jazidas  de  ouro  em  Minas  Gerais,  no  século
XVIII:  a  proximidade  levou  à  consolidação  da  cidade  como  proeminente  centro  portuário  e  econômico.  Em
1763,  o  ministro  português  Marquês  de  Pombal  transferiu  a  sede  da  colônia  de  Salvador  para  o  Rio  de
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Cais do Valongo, um patrimônio mundial da UNESCO,[22] e o único vestígio material da chegada dos
africanos escravizados nas Américas.[23]

Desembarque da princesa Leopoldina em 1817 no Morro de São Bento, por Debret. A família real
portuguesa estabeleceu­se no Brasil para fugir da invasão das tropas de Napoleão.

Rio de Janeiro em 1865, então capital do Império do Brasil.

Janeiro. [livro 1]

Vinda da corte portuguesa e período imperial
A  vinda  da  corte  portuguesa,  em  1808,  marcaria  profundamente  a  cidade,  então  convertida  no  centro  de
decisão do Império Português, debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou­se
um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos estabelecimentos de ensino,
como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além
da Biblioteca Nacional ­ com o maior acervo da América Latina[24] ­ e o Jardim Botânico.  O  primeiro  jornal
impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, [25] entrou em circulação nesse período. Foi a única cidade no
mundo a sediar um império europeu fora da Europa. [livro 1]

Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu­se para Brasília. Atualmente é a segunda
maior cidade do país, depois de São Paulo. Entre 1808 e 1815, foi capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves, como era oficialmente designado Portugal na época. Entre 1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido
de Portugal, Brasil e Algarves, após elevação do Brasil à parte integrante do reino unido supracitado. [livro 1]

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Após  a  Independência  do  Brasil  (1822),  a  cidade  tornou­se  a  capital  do  Império  do  Brasil,  enquanto  a
província enriquecia com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo
do café no Vale do Paraíba. [livro 1]De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida,
no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital. [livro 1]

Como centro político do país, o "Rio" concentrava a vida político­partidária do Império. Foi palco principal dos
movimentos  abolicionista  e  republicano  na  metade  final  do  século  XIX. [livro  1]Durante  a  República  Velha
(1889­1930), com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado do Rio de Janeiro perdeu força política para
São Paulo e Minas Gerais. [livro 1]

Período republicano
Com  a  Proclamação  da  República,  nas  últimas
décadas  do  século  XIX  e  início  do  XX,  o  Rio  de
Janeiro  enfrentava  graves  problemas  sociais
advindos do crescimento rápido e desordenado.
Com  o  declínio  do  trabalho  escravo,  a  cidade
passara  a  receber  grandes  contingentes  de
imigrantes  europeus  e  de  ex­escravos,  atraídos
pelas  oportunidades  que  ali  se  abriam  ao
Vista panorâmica da Enseada de Botafogo em 1889. trabalho  assalariado. [livro  1]Entre  1872  e  1890,
sua  população  duplicou,  passando  de  274  mil
para 522 mil habitantes. [livro 1]

O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço constante na vida urbana do Rio desde meados do
século  XIX.  O  epicentro  dessa  crise  era  ainda,  e  cada  vez  mais,  o  miolo  central  ­  a  Cidade  Velha  e  suas
adjacências ­, onde se multiplicavam os Cortiços e eclodiam as violentas epidemias de febre amarela, varíola,
cólera­morbo, que conferiam à cidade fama internacional de porto sujo. [livro 1]

Muitas  campanhas  de  erradicação,  perpetradas  pelos  governos  da  época,  não  foram  bem  recebidas  pela
população carioca. Houve muitas revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também
teve  como  causa  a  tomada  de  medidas  impopulares,  como  as  reformas  urbanas  do  centro,  executadas  pelo
engenheiro  Pereira  Passos. [livro  1]  Vários  cortiços  foram  demolidos  e  a  população  pobre  da  região  central
deslocada  para  as  encostas  de  morros,  na  zona  portuária  e  no  Caju,  sobretudo  os  morros  da  Saúde  e  da
Providência. [livro 1]

Tais  povoamentos  cresceram  de  maneira  desordenada,  dando  início  ao  processo  de  favelização  (ainda  não
muito preocupante na época) ­ o que não impediu a adoção de várias outras reformas urbanas e sanitárias que
modificaram a imagem da então capital da República. Data desse período a abertura do Theatro Municipal e
da Avenida Rio Branco, com os edifícios inspirados em elementos da Belle Époque parisiense, e a inauguração,
em 1908, do Bondinho do Pão de Açúcar, um dos marcos da engenharia brasileira, em comemoração aos 100
anos da Abertura dos Portos. [26][27]

A ocupação da atual zona sul efetivou­se com a abertura do Túnel Velho, que fazia a conexão entre Botafogo e
Copacabana.  O  surgimento  do  Copacabana  Palace,  em  1923,  consagrou  definitivamente  o  processo  de
ocupação  e  o  turismo  na  região,  que  experimentou  uma  explosão  demográfica.  O  Cristo  Redentor  seria
inaugurado  em  1931,  tornando­se  um  dos  cartões­postais  do  Rio  e  do  Brasil. [28]  Após  a  transferência  da
Capital Federal para Brasília em 1960, o Rio foi transformado numa cidade­estado com o nome de Guanabara.

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Em  15  de
março  de
1975  ocorreu
a  fusão  com
o  antigo
estado  do
Rio  de
Janeiro  e,
em  23  de
Fotografia da Avenida Rio Branco na década de 1910.
julho,  foi
promulgada
a  sua

O Bondinho do Pão de Açúcar entre as décadas de 1940 e de 1950.

Blindados ocupam a Avenida Presidente Vargas em abril de 1968, durante a ditadura militar.

constituição. [livro 1]

Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), mais
conhecida  como  Rio­92,  ou  ECO­92  ­  a  primeira  conferência  internacional  de  peso  realizada  após  o  fim  da
Guerra Fria, com a presença de delegações de 175 países. [29][30]

Foi sede dos Jogos Pan­Americanos de 2007, ocasião à qual realizou investimentos em estruturas esportivas
(incluindo  a  construção  do  Estádio  Nilton  Santos)  e  nas  áreas  de  transportes,  segurança  pública  e
infraestrutura urbana;[31] e de sete jogos da Copa do Mundo de 2014. [32] Ainda no âmbito esportivo, a cidade
também sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. [33][34]

Entre  a  noite  de  sábado,  20  de  novembro,  até  o  dia  27  de  novembro  de  2010,  sucederam­se  na  Região
Metropolitana do Rio de Janeiro vários atos de violência organizada. Durante os ataques e depois, durante as
operações, registrou­se que pelo menos 181 veículos teriam sido incendiados pelos criminosos. Nesse período,
ocorreram ainda 39 mortes, cerca de duzentas detenções para averiguação e quase setenta prisões. [35][36]  No
dia  25  de  novembro,  deu­se  a  maior  ofensiva  da  Polícia  Militar  do  Rio  de  Janeiro,  com  seu  Batalhão  de
Operações  Policiais  Especiais  (BOPE)  atuando  ao  lado  da  Polícia  Civil  do  Rio  de  Janeiro,  encabeçada  pela
Coordenadoria  de  Recursos  Especiais  (CORE)  e  em  parceria  com  o  Corpo  de  Fuzileiros  Navais,  que

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disponibilizou seis blindados e um grupamento de fuzileiros navais da mesma unidade para apoio logístico da
operação, que resultou na ocupação do território da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, regiões da cidade
que até então estava em poder dos narcotraficantes do Comando Vermelho. [37]

Geografia

Fotografias parciais da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, registradas a partir da Estação Espacial
Internacional, de dia e à noite.

A  cidade  ocupa  a  margem  ocidental  da  baía  de  Guanabara  e  as  ilhas  (como  Governador  e  Paquetá),  e
desenvolveu­se  sobre  estreitas  planícies  aluviais  comprimidas  entre  montanhas  e  morros. [livro  2]  Está
assentada  sobre  três  grandes  maciços:[livro  2]  Pedra  Branca, [38]  Gericinó  e  o  da  Tijuca, [39]  com  picos  de
interesse turístico como o Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea, [40] Corcovado, o Dois Irmãos e o Pão de
Açúcar. [41]

Litoral
Seu litoral tem 197 quilômetros de extensão e inclui mais de cem ilhas que ocupam 37 km², e desdobra­se em
três  partes,  voltadas  à  baía  de  Sepetiba,  ao  oceano  Atlântico  e  à  baía  de  Guanabara.  O  litoral  da  baía  de
Sepetiba tem como único acidente geográfico de expressão a Restinga da Marambaia e é arenoso, baixo e pouco
recortado. O litoral da baía de Guanabara é recortado, baixo, abarca muitas ilhas (como a do Governador com
de 29 km²) e, em suas margens, situam­se o centro comercial e os subúrbios industriais. [livro 2]

O litoral Atlântico expressa alternâncias consideráveis, apresentando­se ora alto, quando em contato com as
ramificações  costeiras  dos  maciços  da  Pedra  Branca  e  da  Tijuca,  ora  baixo,  trecho  pelo  qual  se  estendem  as
praias integradas à paisagem urbana. Diversas lagoas, como as da Tijuca, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo
de  Freitas  formaram­se  nas  baixadas,  muitas  de  terreno  pantanoso  a  ainda  não  completamente
drenado. [livro 2]

Clima
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O  clima  do  Rio  de  Janeiro  é  o  tropical  atlântico,  com  variações


locais,  devido  às  diferenças  de  altitude,  à  vegetação  e  à
proximidade  com  o  oceano. [42]  Por  se  tratar  de  uma  cidade
litorânea, o efeito da maritimidade é perceptível, traduzindo­se em
amplitudes térmicas relativamente baixas. Os verões são quentes e
úmidos  e  ocasionalmente  com  temporais. [43]  Segundo  dados  do
Instituto  Nacional  de  Meteorologia  (INMET),  desde  1961  a
temperatura  mínima  absoluta  registrada  no  Rio  de  Janeiro  foi  de
Divisa entre Ipanema e Copacabana,
6,7 °C em 28 de junho de 1994 na estação meteorológica do bairro
com destaque para o Forte de
Alto  da  Boa  Vista, [44]  onde  também  foi  registrado  o  maior
Copacabana
acumulado  de  precipitação  do  município  em  24  horas,  de
327,2 mm em 12 de março de 1998. [45] Já a temperatura máxima
absoluta atingiu 43,2 °C em 26 de dezembro de 2012, na estação do bairro Santa Cruz, [46] superando os 43,1 °C
em  14  de  janeiro  de  1984  registrados  em  Bangu[47]  (cuja  estação  foi  desativada  em  março  de  2004),
considerado o bairro mais quente da cidade. [48]

Dados climatológicos para Rio de Janeiro (Alto da Boa Vista)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura
máxima 37,5 36,5 36,8 34,8 33 32,9 32,7 38,5 37,5 38,5 37,1 38,5 38,5
recorde (°C)
Temperatura
máxima 30,1 30,6 29,1 27,7 25,2 24,3 24,1 24,7 24,7 25,9 27,3 28,7 26,9
média (°C)
Temperatura
mínima 20,7 20,9 20,2 18,8 16,8 15,3 14,8 15,3 16,1 17,3 18,6 19,8 17,9
média (°C)
Temperatura
mínima 12 15,2 14,5 11,5 10,2 6,7 7,3 8,7 8,1 10,5 11,4 10,2 6,7
recorde (°C)
Precipitação
209,1 174,8 215,7 203,3 188,5 132,7 182,3 141,9 223 203,7 217 273,8 2 365,8
(mm)
Dias com
precipitação 11 8 11 9 10 7 8 9 12 12 12 13 122
(≥ 1 mm)
Fonte: INMET (normal climatológica de 1981­2010;[49]  recordes de temperatura: 01/06/1966­presente)[49][44][50]

Dados climatológicos para Rio de Janeiro (Bangu)[49][51][52]

Dados climatológicos para Rio de Janeiro (Realengo)[49][53][54]

Dados climatológicos para Rio de Janeiro (Santa Cruz)[49][55][46]

Parques, espaços públicos e meio ambiente
A cidade conta com parques e reservas ecológicas, como o Parque Nacional da Tijuca, considerado "Patrimônio
Ambiental e Reserva da Biosfera" pela UNESCO, o Parque Estadual da Pedra Branca, o Complexo da Quinta da
Boa Vista e o Jardim Botânico), [56] o Jardim Zoológico do Rio, [57] o Parque Estadual da Pedra Branca, [38]  o
Passeio Público. [58]

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Em  razão  da  alta  concentração  de  indústrias  na  região  metropolitana,  a  cidade  tem  enfrentado  sérios
problemas  de  poluição  ambiental.  A  baía  de  Guanabara  perdeu  áreas  de  manguezal  e  sofre  com  resíduos
provenientes  de  esgotos  domiciliares  e  industriais,  óleos  e  metais  pesados.  Não  obstante  suas  águas  se
renovem ao confluírem para o mar, a baía é receptora final de todos os afluentes gerados nas suas margens e
nas bacias dos muitos rios e riachos que nela deságuam. Os níveis de material particulado no ar se encontram
duas vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, em parte devido à numerosa frota de
veículos em circulação. Em uma pesquisa divulgada pelo
jornal  Folha  de  S.  Paulo,  o  Rio  de  Janeiro  foi  apontado
como  a  quinta  capital  mais  poluída  do  Brasil,  atrás
apenas  de  São  Paulo,  Porto  Alegre,  Belo  Horizonte  e
Curitiba. [59][60]

As  águas  da  baía  de  Sepetiba  seguem  lentamente  o


caminho  traçado  pela  baía  de  Guanabara,  com  esgotos
domiciliares produzidos por uma população da ordem de
1,29  milhão  de  habitantes  sendo  lançados  sem Arcos do Jardim Botânico.
tratamento  em  valões,  córregos  ou  rios.  Com  relação  à
poluição  industrial,  rejeitos  de  grande  toxicidade,
dotados  de  altas  concentrações  de  metais  pesados  —
principalmente zinco e cádmio —, já foram despejados ao
longo  dos  anos  por  fábricas  dos  distritos  industriais  de
Santa  Cruz,  Itaguaí  e  Nova  Iguaçu,  implantados  sob
orientação de políticas estaduais. [61]
Palácio do Parque Lage.
A  lagoa  de  Marapendi  e  a  lagoa  Rodrigo  de  Freitas  têm
sofrido  com  a  leniência  das  autoridades  e  o  avanço  dos
condomínios  no  local.  O  despejo  de  esgoto  por  ligações
clandestinas  e  a  consequente  proliferação  de  algas
diminuem  a  oxigenação  das  águas,  ocasionando  a
mortandade de peixes. [62][63]

Algumas  praias  da  orla  carioca,  na  maior  parte  do  ano,
encontram­se  impróprias  para  o  banho  sendo  comum Marina da Glória, parte do Aterro do Flamengo.
após  fortes  chuvas  a  formação  de  "línguas  negras"  nas
areias  das  praias. [64]  Segundo  boletim  da  Secretaria
Municipal  do  Meio  Ambiente,  parte  de  Ipanema,  Arpoador  e  Praia  Vermelha,  além  de  Bica,  Guanabara  e
Central (Urca), são consideradas impróprias para o banho, haja vista que suas areias têm alta concentração de
coliformes e da bactéria Escherichia coli, que indica a presença de lixo e fezes. [65]

Há, por outro lado, sinais de despoluição na lagoa Rodrigo de Freitas feita através de uma parceria  público­
privada estabelecida em 2008 visa garantir que, até 2011, as águas da lagoa estejam próprias para o banho. As
ações  de  despoluição  envolvem  a  planificação  do  leito,  com  transferência  de  lodo  para  grandes  crateras
presentes na própria lagoa, e a criação de uma nova ligação direta e subterrânea com o mar, que contribuirá no
sentido de aumentar a troca diária de água entre os dois ambientes. [66][67]

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Panorama da cidade com destaque para as montanhas do Corcovado (esquerda), Pão de Açúcar 
(centro, ao fundo) e Dois Irmãos (direita). Fotografia tirada a partir da Vista Chinesa, no Parque Nacional da
Tijuca.

Demografia
Em  2010,  a  população  do  Rio  de  Janeiro  segundo Crescimento populacional
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era Censo Pop. %±
de  6  320  446  habitantes  (39,5%  da  população 1872 274 972
estadual), [69]  sendo  que  2  959  817  habitantes  eram 1890 522 651 90,1%
homens (46,83%) e 3 362 083 mulheres (53,17%). Ainda 1900 811 443 55,3%
segundo  o  mesmo  censo,  100%  da  população  era 1920 1 157 873 42,7%
urbana. [70]  Sua  região  metropolitana,  com  11  835  708 1940 1 764 141 52,4%
habitantes, [70] é a segunda maior conurbação do Brasil, 1950 2 377 451 34,8%
a  terceira  da  América  do  Sul  e  a  23ª  do  mundo. [71]  A 1960 3 307 163 39,1%
densidade populacional era 5 265,81 hab/km². [72] Desde 1970 4 315 746 30,5%
1960,  quando  foi  ultrapassada  por  São  Paulo,  a  cidade
1980 5 183 992 20,1%
do  Rio  de  Janeiro  mantém­se  no  posto  de  segundo
1991 5 473 909 5,6%
2000 5 851 914 6,9%
município mais populoso do país. [73]
2010 6 320 446 8,0%
As taxas de incremento médio anual da população foram Est. 2017 6 520 266 [4] 3,2%
de  0,8%  (2000­2006)  e  0,75%  (1991­2000)  na Censos demográficos do IBGE (1872­2010).[68]
cidade, [74] e 1,43% (2000­2006) e 1,18% (1991­2000) na
região  metropolitana  ­  o  que  indica,  de  modo  geral,  uma  aceleração  na  taxa  de  crescimento  dos  demais
municípios do Grande Rio, e um pequeno aumento na taxa da capital. [75]

Composição étnica
No  censo  de  2010,  a  população  do  Rio  de  Janeiro  era  formada  por  3  239  888  brancos  (51,26%),  2  318  675
pardos  (36,69%),  708  148  pretos  (11,2%),  45  913  amarelos  e  5  981  indígenas  (0,09%),  além  de  1  842  sem
declaração  (0,03%). [76]  De  acordo  com  estudos  genéticos  autossômicos  recentes,  a  herança  europeia  é  a
dominante  tanto  entre  "brancos"  quanto  entre  "pardos",  respondendo,  então,  pela  maior  parte  da
ancestralidade dos habitantes do Rio de Janeiro. A contribuição africana encontra­se presente, em alto grau,
sendo  maior  entre  os  "negros".  Também  a  ancestralidade  ameríndia  encontra­se  presente,  embora  em  grau
menor. [77][78][79][80]

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Também existem muitos afro­brasileiros desde o período colonial ­ a maioria descendente de escravos trazidos
de Benim, Angola e Moçambique. [81]  Com  importantes  contribuições  de  seu  sincretismo  religioso  e  musical,
elementos remanescentes da cultura africana encontram­se hoje emaranhados à cultura brasileira e da cidade.
No início do século XIX, o Rio de Janeiro tinha a maior população urbana de escravos nas Américas, superando
inclusive Salvador e Nova Orleães. Os africanos provinham de diferentes regiões do continente africano, mas
no Rio predominaram os oriundos de Cabinda, do Congo Norte, Benguela, Moçambique, Luanda e de Angola.
Os  afrodescendentes  nascidos  no  Brasil  se  diferenciavam  dos  africanos  e  poderiam  ser  divididos  em  três
grupos.  O  primeiro  era  de  crioulos,  negros  filhos  de  pais  africanos  nascidos  no  Brasil.  Os  pardos,  já
miscigenados,  sobretudo  com  portugueses.  Por  fim,  os  cabras,  resultado  de  outras  miscigenações,  inclusive
com  índios.  Em  1849,  43,51%  da  população  carioca  era  denominada  preta  e  80  mil  escravos  habitavam  a
cidade. [82]

Em 1859, o médico e explorador alemão Robert Christian Avé­Lallemant, após visitar o Rio de Janeiro, fez o
seguinte relato: "Se não soubesse que ela fica no Brasil poder­se­ia tomá­la sem muita imaginação como uma
capital  africana,  residência  de  poderoso  príncipe  negro,  no  qual  passa  inteiramente  despercebida  uma
população de forasteiros brancos puros. Tudo parece negro."[82]

Rio a partir do Pão de Açúcar. Os bairros de Copacabana (esquerda), Botafogo (centro, ao fundo), Urca
(centro, abaixo) e Flamengo podem ser vistos na imagem.

Imigração e migração
Dentre  os  fluxos  migratórios  mais  significativos,  destacam­se  os  de  portugueses  e  demais  povos  europeus,
nordestinos e afro­brasileiros. Tal fluxo migratório deflagrou­se no século XVI e atingiu seu auge no início do
século  XX,  constituindo  uma  das  maiores  massas  de  imigrantes  já  recebidas  pelo  país.  Entretanto,  foi
particularmente em 1808, com o estabelecimento da Família Real Portuguesa  no  Rio  de  Janeiro,  e  a  relativa
proximidade das jazidas mineiras (descobertas no século XVIII), que a cidade beneficiou­se da onda lusitana.
Somente naquele ano, aportaram em território brasileiro 15 mil nobres e pessoas da alta sociedade portuguesa ­
a grande maioria, na então capital da Colônia. [84] Após a Independência, os fluxos migratórios apresentaram
uma redução paulatina, em razão da lusofobia inerente à época. Porém, com o passar dos anos a carência de
mão­de­obra ocasionada pelo fim do tráfico negreiro e os frequentes revezes sócio­econômicos enfrentados por

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Portugal fariam a imigração portuguesa tornar a crescer no Rio e no
Brasil.  A  partir  de  1850,  a  imigração  portuguesa  tomou  caráter
quase  que  exclusivamente  urbano  e,  ao  contrário  de  alemães  e
italianos que vinham para trabalhar na agricultura, os portugueses
rumavam  a  dois  destinos  preferenciais:  as  cidades  do  Rio  de
Janeiro e de São Paulo.  Entre  1881  e  1991,  mais  de  1,5  milhão  de
pessoas  migraram  de  Portugal  para  o  Brasil.  Em  1906,  133  393
portugueses  viviam  no  Rio  de  Janeiro  ­  16%  da  população  da
O Real Gabinete Português de
época. [81]
Leitura é a maior biblioteca de
autores portugueses fora de Apesar de as taxas migratórias terem­se reduzido drasticamente a
Portugal.[83]
partir da década de 1930 (e, com maior ênfase, após 1960), ainda
hoje,  a  cidade  é  considerada  como  tendo  a  segunda  maior
população  portuguesa  do  mundo,  depois  de  Lisboa. [81][86]  Em
1920,  os  portugueses  compunham  15%  da  população  da  cidade  e
71% dos estrangeiros. Em 1950, os lusitanos se reduziram a 10% da
população, apesar da presença de 196 mil residentes portugueses,
sendo  então  a  terceira  cidade  do  mundo  com  mais  portugueses,
atrás  somente  de  Lisboa  e  do  Porto. [87]  Mais  recentemente,  a
presença  portuguesa  na  cidade  é  pouco  expressiva,  embora  ainda
Cristo Redentor. O catolicismo é um seja  notável:  no  censo  de  2000,  com  mais  de  5,8  milhões  de
legado europeu.[85] habitantes, em torno de 1% da população do Rio ainda era nascida
em Portugal. [88]

Alemães,  italianos,  russos,  suíços,  libaneses,  espanhóis,  franceses,  argentinos,  chineses  e  seus  respectivos
descendentes  compõem  uma  parcela  considerável  dos  povos  estrangeiros  radicados  na  cidade. [81][86]  Entre
1920 e 1935, aportaram na cidade dezenas de milhares de imigrantes judeus do Leste Europeu, sobretudo da
Ucrânia e da Polônia. [89]

É  possível  notar  também  um  respeitável  contingente  de  pessoas  de  outros  estados,  sobretudo  nordestinos.
Paraibanos e pernambucanos fazem­se bastante presentes. No auge da industrialização, entre as décadas de
1960  e  1980,  passaram  a  migrar  para  a  região  Sudeste  em  busca  de  melhores  condições  de  vida  e  trabalho.
Com  a  melhoria  estrutural  de  outras  regiões  do  país,  e  os  problemas  resultantes  da  superpopulação  nas
grandes  cidades,  a  migração  nordestina  diminuiu  consideravelmente.  Embora  Rio  de  Janeiro  e  São  Paulo
continuem  sendo  importantes  polos  de  atração,  a  migração  "polinucleada"  ganhou  contornos  mais
acentuados. [90]

Religião
São  diversas  as  doutrinas  religiosas  manifestas
Religião no Rio de Janeiro[91]
na  cidade. [92]  Tendo­se  expandido  sobre  uma Religião Porcentagem
matriz  social  de  predominância  católica  ­  em Catolicismo romano    60,71%
virtude  do  processo  colonizador  e  imigratório  e Protestantismo    17,65%
da  ausência  de  um  estado  laico  que,  à  época,
Sem religião    13,33%
Espiritismo    3,44%
preconizava  o  catolicismo  ­  a  maioria  dos
Umbanda    1,25%
cariocas  ainda  hoje  se  declara  como  tal.  No Outros    1,83%
entanto,  é  substancial  a  presença  de  dezenas  de

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denominações  protestantes  (cerca  de  18%  da  população  residente[92]),  além  do  Espiritismo,  que  apresenta
uma  penetração  considerável,  com  mais  de  200  mil  adeptos. [92]  As  religiões  afro­brasileiras  (Umbanda  e
Candomblé)  encontram  respaldo  em  vários  segmentos  sociais,  embora  professadas  por  menos  de  2%  da
população. [92]

Segundo o último Censo demográfico do IBGE, o percentual dos que não possuem filiação religiosa alguma é
expressivo  ­  superior  à  média  nacional,  de  7,3%  ­,  sobrestando,  inclusive,  ao  das  comunidades  espírita  e
umbandista. [92] Santos dos Últimos Dias, Testemunhas de Jeová, judeus, muçulmanos e budistas são grupos
minoritários, mas em ascensão.

Cristianismo
A Arquidiocese  de  São  Sebastião  do  Rio  de  Janeiro,
Sé  Metropolitana  da  respectiva  Província
Eclesiástica,  pertence  ao  Conselho  Episcopal
Regional Leste I da Conferência Nacional dos Bispos
do  Brasil  (CNBB)  (instalada  no  Rio  até  1977).
Fundada  em  1676,  abrange  um  território  de
1 721 km², organizado em 252 paróquias. [93]

A Catedral  de  São  Sebastião  do  Rio  de  Janeiro,  ou


Catedral  Metropolitana,  foi  inaugurada  em  1979,
na  região  central  da  cidade.  Suas  instalações
guarnecem  um  acervo  de  grande  valor  histórico  e
Igreja Presbiteriana do Igreja de Nossa Senhora
religioso: o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra e o
Rio de Janeiro da Candelária
Arquivo Arquidiocesano. Lá também estão sediados
o  Banco  da  Providência  e  a  Cáritas
Arquidiocesana. [94] Em estilo contemporâneo, apresenta formato cônico, com 96 metros de diâmetro interno e
capacidade  para  receber  até  20  mil  fiéis.  O  esplendor  da  edificação,  de  linhas  retas  e  sóbrias,  deve­se  aos
cambiantes  vitrais  talhados  nas  paredes  até  à  cúpula.  Seu  projeto  e  execução  foram  coordenados  pelo
Monsenhor  Ivo  Antônio  Calliari  (1918­2005). [94]  São  Sebastião  é  reconhecido  como  o  padroeiro  da  cidade,
razão pela qual esta recebeu o nome canônico de "São Sebastião do Rio de Janeiro". [95]

Na  cidade  coexistem  vários  credos  protestantes  ou  reformados,  exemplificados  pelas  Igrejas  Presbiteriana,
Congregacional, Luterana e Anglicana. Além de Igrejas de cunho evangélico como a Igreja Batista, Metodista,
Adventista  do  Sétimo  Dia  e  pelas  de  origem  pentecostal:  Universal  do  Reino  de  Deus,  Assembleia  de  Deus,
Congregação  Cristã  no  Brasil,  Evangelho  Quadrangular,  Casa  da  Bênção,  Deus  é  Amor,  Cristã  Maranata  e
Nova Vida. [92]

Problemas socioeconômicos
O Rio de Janeiro é uma cidade de fortes contrastes econômicos e sociais, apresentando grandes disparidades
entre  ricos  e  pobres.  Enquanto  muitos  bairros  ostentam  um  Índice  de  Desenvolvimento  Humano
correspondente  ao  de  países  nórdicos  (Gávea:  0,970;  Leblon:  0,967;  Jardim  Guanabara:  0,963;  Ipanema:
0,962;  Barra  da  Tijuca:  0,959,  dados  de  2000),  em  outros,  observam­se  níveis  bem  inferiores  à  média
municipal, como é o caso do Complexo do Alemão (0,711) ou da Rocinha (0,732). [96]

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Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH­M) do Rio de Janeiro era considerado "alto"
pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento  (PNUD),  cujo  valor,  de
0,799,  era  o  segundo  maior  a  nível
estadual  (depois  de  Niterói)  e  o  45°  a
nível  federal.  Considerando  apenas  a
longevidade o índice é de 0,845, o índice
de  renda  é  de  0,840  e  o  de  educação  de
0,719. [6]

A favela da Rocinha, com cerca de 70 mil habitantes,[97] fica Embora  classificada  como  uma  das


ao lado de edifícios residenciais do bairro nobre de São principais  metrópoles  do  mundo,
Conrado. segundo o censo de 2010 feito pelo IBGE,
1,39  milhão  dos  6,29  milhões  de
habitantes da cidade ­ o que corresponde a aproximadamente 22% de sua população ­ vivem em aglomerados
subnormais. [98] Essas favelas se instalam principalmente sobre os morros, devido ao relevo mamelonar do Rio
de  Janeiro,  ou  em  mangues  aterrados  como  no  Complexo  do  Manguinhos,  onde  as  condições  de  moradia,
saúde, educação e segurança são extremamente precárias. [99]

Um aspecto original das favelas do Rio é a proximidade aos distritos mais valorizados da cidade, simbolizando
a forte desigualdade social, característica do Brasil. Alguns bairros de luxo, como São Conrado, onde se localiza
a  favela  da  Rocinha,  encontram­se  "espremidos"  entre  a  praia  e  os  morros.  Nas  favelas,  ensino  público  e
sistema  de  saúde  deficitários  ou  inexistentes,  aliados  à  saturação  do  sistema  prisional,  contribuem  com  a
intensificação da injustiça social e da pobreza. [99]

Vista panorâmica do conjunto de favelas chamado Complexo do Alemão, com cerca de 70 mil habitantes
(2010).[100] A imagem mostra as linhas do sistema de teleférico entre as estações (da esquerda para a
direita) Palmeiras, Itararé, Alemão, Baiana e Adeus, de onde a foto foi registrada. De acordo com dados do
Censo de 2010, aproximadamente 22% da população da cidade vive em favelas.[98] Ao fundo, à direita, é
possível observar a Igreja de Nossa Senhora da Penha.

Segurança, violência e criminalidade
Desde  meados  dos  anos  1990,  em  decorrência  da  violência  urbana,  o  Rio  vem  conquistando  espaço  na
imprensa nacional e (nos últimos anos) internacional. A cidade apresenta índices elevados de criminalidade,
em especial, o homicídio. [101] Até o ano de 2007, na região metropolitana contabilizavam­se quase 80 mortos

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por  semana  ­  a  maioria  vítimas  de  assaltos,  balas  perdidas  e  do  narcotráfico. [102][103]  Entre  1978  e  2000,
49 900 pessoas foram mortas no Rio, mais do que em toda a Colômbia no mesmo período. [104][105]

A  polícia  do  Rio  de  Janeiro  também  é  demasiadamente  violenta;  em  2006  matou  1  063  pessoas  no  estado,
sendo 1 195 apenas em 2003. Até abril de 2007, a média era de 3,7 por dia. A título de comparação, a polícia
dos Estados Unidos matou apenas 347 pessoas em todo o território
estadunidense ao longo de 2006. [106][107] Os policiais recebem em
média  R$  874  por  mês,  ou  o  equivalente  R$  10  488  em  um
ano. [108]  Baixos  salários  e  equipamentos  insuficientes  fazem  com
que  a  polícia  carioca  consiga  resolver  apenas  3%  de  todos  os
assassinatos ocorridos na cidade. [109]

Entretanto,  pesquisas  recentes


demonstram  que  a  violência UPP da Favela Santa Marta
urbana  vem  caindo  na  cidade,
sobretudo  nos  últimos  anos.  O  "Mapa  da  Violência  dos  Municípios
Brasileiros 2008", estudo realizado conjuntamente pela Rede de Informação
Tecnológica Latino Americana (RITLA) e pelo Instituto Sangari, com o aval
do Ministério da Saúde e do Ministério da Justiça, divulgado em janeiro de
2008, revela que no Rio de Janeiro a taxa geral de homicídios por 100 mil
habitantes retrocedeu 40% entre 2002 e 2006, levando­o da 4ª para a 14ª
posição no ranking das capitais mais violentas do Brasil. [110]

Em  2002,  a  capital  fluminense  registrava  62,8  casos  de  homicídio  para
Policiais do BOPE em uma cada 100 mil pessoas. Em 2006, após quedas anuais sucessivas, esta taxa
favela carioca. chegou a 37,7 ­ abaixo da aferida para cidades menores como Recife (90,9),
Vitória  (88,6),  Curitiba  (49,3),  Belo  Horizonte  (49,2),  Salvador  (41,8)  e
Florianópolis (40,7). [110]

No entanto, apesar da salutar redução dos índices de criminalidade, o Rio ainda ocupa o segundo lugar com
relação  ao  total  de  homicídios  ocorridos  em  2006,  atrás  apenas  de  São  Paulo. [110]  Um  relatório  anterior,
divulgado em outubro de 2007, também com a chancela dos Ministérios da Saúde e da Justiça, apontava uma
redução inferior (17,5%) nos índices de homicídio entre 2003 e 2006, período no qual a capital respectivamente
teria oscilado da 3ª a 5ª colocação entre as mais violentas do Brasil. [111]

Política

Governo municipal
No Rio de Janeiro, o poder executivo é representado pelo prefeito e gabinete de secretários, em conformidade ao
modelo  proposto  pela  Constituição  Federal.  A  Lei  Orgânica  do  Município  e  o  atual  Plano  Diretor,  porém,
preceituam  que  a  administração  pública  deve  conferir  à  população  ferramentas  efetivas  ao  exercício  da
democracia participativa. Deste modo, a cidade é dividida em subprefeituras, cada uma delas dirigida por um
submandatário nomeado diretamente pelo prefeito. [112]

O poder legislativo é constituído à câmara municipal, composta por 51 vereadores[113] eleitos para mandatos
de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo
de 42 e máximo de 55 para municípios com mais de cinco milhões de habitantes). [114] Cabe à casa elaborar e
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votar  leis  fundamentais  à  administração  e  ao  Executivo,


especialmente  o  orçamento  participativo  (Lei  de  Diretrizes
Orçamentárias).  Conquanto  seja  o  poder  de  veto  assegurado  ao
prefeito, o processo de votação das leis que se lhe opõem costuma
gerar conflitos entre Executivo e Legislativo. [115]

Existem  também  os  conselhos  municipais,  que  atuam  em


complementação ao processo legislativo e ao trabalho engendrado
nas  secretarias.  Obrigatoriamente  formados  por  representantes  de
vários  setores  da  sociedade  civil  organizada,  acenam  em  frentes Centro Administrativo São
distintas  ­  embora  sua  representatividade  efetiva  seja  por  vezes Sebastião, prédio da prefeitura do
Rio de Janeiro.
questionada.  Encontram­se  atualmente  em  atividade:  Conselho
Municipal  de  Proteção  do  Patrimônio  Cultural  (CMPC), [116]  de
Defesa do Meio Ambiente (CONDEMAM), [117] de Saúde (CMS), [118]
dos  Direitos  da  Criança  e  do  Adolescente  (CMDCA), [119]  de
Educação  (CME), [120]  de  Assistência  Social  (CMAS)[121]  e
Antidrogas. [122]

Por  ser  a  capital  do  estado,  a  cidade  também  é  sede  do  Palácio
Guanabara  (sede  do  governo  estadual)[123]  e  da  Assembleia
Legislativa  do  Rio  de  Janeiro  (ALERJ),  localizada  no  Palácio
Tiradentes  ­  edifício  que  já  foi  ocupado  pelo  Congresso  Nacional,
Palácio Pedro Ernesto, na
entre 1926 e 1960. [124] Cinelândia, onde está instalada a
Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Governo nacional
A cidade do Rio de Janeiro foi, sucessivamente, capital da colônia
portuguesa  do  Estado  do  Brasil  (1621­1815),  depois  do  Reino
Unido  de  Portugal,  Brasil  e  Algarves  (1815­1822),  do  Império  do
Brasil  (1822­1889)  e  da  República  dos  Estados  Unidos  do  Brasil
(1889­1968)  até  1960,  quando  a  sede  do  governo  foi  transferida
para a então recém­construída Brasília. [125]

Apesar da mudança da capital federal, 59% dos servidores civis do
Palácio Guanabara, sede do governo
Poder  Executivo  de  órgãos  federais  e  empresas  públicas
estadual.
permaneceram  na  cidade.  O  Rio  de  Janeiro  é  também  o  único
estado  brasileiro  onde  o  número  de  servidores  federais  supera  o
número dos servidores estaduais. Cerca de um terço de todos os órgãos e empresas públicas federais continua
na ex­capital, sendo 50 repartições públicas, entre agências, autarquias, fundações e empresas públicas, como
a Biblioteca Nacional, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, a Fiocruz, o BNDES, a Petrobras, a Eletrobras,
o IBGE, a Casa da Moeda, o Arquivo Nacional, entre outros. [125]

O professor Christian Lynch, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ), tem proposto que a cidade do Rio e a sua região metropolitana sejam federalizadas,
formando uma segunda cidade federal no Brasil. [125] De acordo com Lynch, a mudança da capital teria criado
um ciclo de crises no Rio, que não poderia ser solucionado de outra forma, dada a marcada presença da União
na cidade. [126] A ideia se inspira em São Petersburgo, que depois de ser capital da Rússia por 200 anos, entrou
em decadência com a mudança da capital para Moscou, até ser novamente federalizada em 1997. A proposta
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incluí também a possibilidade de transferência da sede de algumas
funções  do  governo  federal  de  volta  ao  Rio,  como  o  Congresso
Nacional ou Supremo Tribunal Federal. [127][128]

Empresas públicas ou de economia mista
Pertencem  à  prefeitura  ­  ou,  é  esta  sócia  (majoritária  ou  não)  em
seus capitais sociais ­ diversas empresas responsáveis por serviços
públicos ou aspectos econômicos do município:
Palácio Tiradentes, sede da
Centro de Feiras, Exposição e Congressos (Riocentro): sob Assembleia Legislativa do Rio de
administração da multinacional de origem francesa GL Events Janeiro.
desde 2006, organiza tradicionalmente eventos de grandes
proporções, tendo em seu histórico a ECO­92 e os Jogos Pan­
americanos de 2007. Maior centro de convenções da América
Latina,[130] com uma área total de 571 mil metros quadrados e
cinco pavilhões para feiras, exposições e congressos,[129] foi
eleito em 2006 e 2007 o melhor da América do Sul pelo World
Travel Awards.[131][132]
Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz):
vinculada à Secretaria de Obras, gerencia a iluminação pública
no município. Entre suas principais atribuições estão a
elaboração de projetos e a execução de obras de instalação de
novos pontos de luz nos logradouros públicos e em
monumentos e prédios que fazem parte do patrimônio natural, Riocentro, maior centro de
histórico, arquitetônico e cultural da cidade. Também coordena convenções da América Latina.[129]
a iluminação do carnaval carioca.[133]
Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb): tendo a prefeitura como acionista majoritária, é uma
sociedade anônima de economia mista e a maior organização de limpeza pública na América Latina.[134]
Atua nos serviços de coleta domiciliar, na limpeza dos logradouros públicos, praias e mobiliário urbano e na
higienização dos hospitais municipais.[134] A empresa também dispõe de um centro de pesquisas
aplicadas, em Jacarepaguá.[134]
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET­RIO): sociedade anônima de economia mista controlada pela
prefeitura e vinculada à Secretaria Municipal de Transportes, é responsável pela fiscalização do trânsito,
aplicação de multas e manutenção do sistema viário e de circulação da cidade. Elabora e divulga relatórios
periódicos sobre acidentes e a fluidez nas vias urbanas.[135]
Empresa Distribuidora de Filmes (Riofilme): criada em novembro de 1992, tem contribuído para a
revitalização do cinema nacional ao correr dos anos, carreando verbas à produção e distribuição de filmes
de Curta­metragem, média e longa­metragem e à expansão dos liames do mercado exibidor.[136] Situa­se
no bairro das Laranjeiras, em um casarão do final do século XIX conhecido como "Casas Rosadas".[136]
Empresa Municipal de Artes Gráficas (Imprensa Oficial): primeira imprensa oficial de nível municipal,
atende a todas as necessidades de serviços gráficos de 54 órgãos municipais de administração direta,
indireta e fundacional, e edita o Diário Oficial do Município e seus suplementos.[137] Ademais, confecciona
livros, panfletos, boletins, cartazes e impressos destinados a escolas e hospitais municipais e ao
funcionamento de todos os serviços do Rio de Janeiro.[137]
Empresa Municipal de Informática (IplanRio): fundada em 1979, administra os recursos de tecnologia da
informação da Prefeitura.[138]

Empresa Municipal de Multimeios Ltda. (MultiRio): parte integrante da Secretaria Municipal de Educação
(SME), concebe e produz mídias para crianças e adolescentes, alunos de escolas municipais e seus
professores e familiares, além de promover vinhetas, |séries e programas educativos para a TV.[139]
Empresa Municipal de Urbanização (Riourbe): encarrega­se do desenvolvimento de projetos e obras
públicas de infraestrutura, urbanização, reformas, construções, conservação e manutenção preventiva de
prédios públicos. Também elabora orçamentos, projetos de arquitetura e realiza licitações.[140] É uma
empresa pública de capital fechado, tendo a Prefeitura do Rio de Janeiro como único acionista.
Empresa Municipal de Vigilância (Guarda Municipal): como força de segurança comunitária da prefeitura,
tem por missão asseverar a integridade de bens, serviços e instalações municipais. Foi instituída a 27 de

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setembro de 1992, e oficialmente implantada pelo Decreto Municipal n.º 12.000, de 30 de março de
1993.[141]
Empresa de Turismo (Riotur): é o órgão executivo da Secretaria Especial de Turismo que atua na
organização de grandes eventos e na promoção turística da cidade, observando a superveniência das
diretrizes e programas da Administração Municipal.[142]

Autarquias municipais
Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP):
vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo, encarrega­se
das atividades correlatas ao planejamento urbano, à produção
de informações geográficas, cartográficas e estatísticas e ao
desenvolvimento de projetos estratégicos que subsidiam
estudos sócio­econômicos e políticas setoriais.[143] Tem sua
origem na Fundação RioPlan, da qual se desmembrou em 1998.
Criada em 1979 e convertida posteriormente em Empresa
Municipal de Informática e Planejamento, a IplanRio conduzia
projetos urbanísticos e a produção de estatísticas gerenciais,
além de ser responsável pela base cartográfica do Rio de
Janeiro.[143]
Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de
Janeiro: autarquia voltada ao gerenciamento do Regime Próprio
de Previdência do Município ­ Fundo Especial de Previdência
do Município do Rio de Janeiro (FUNPREVI) ­ e à concessão
de benefícios assistenciais e prestação de serviços a seus
segurados.[144]
Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM­Rio): é considerada a
maior guarda desarmada do país e é responsável pela atuação
no patrulhamento diário do município, especialmente no Avenida Rio Branco, no centro do
trânsito, nas escolas, em praias, no meio ambiente, no turismo,
Rio de Janeiro, onde funcionam
no ordenamento urbano e em grandes eventos.[145]
alguns dos principais órgãos
públicos da cidade.
Cidades­irmãs
A  política  das  cidades­irmãs  tem  como  objetivo  a  criação  de  relações  e  protocolos,  notadamente  na  esfera
econômica  e  cultural,  aonde  cidades  estabelecem  entre  si  laços  de  cooperação. [146]  Rio  de  Janeiro  possui  33
cidades­irmãs, que são:

 Bagé, Rio Grande do Sul, Brasil (Lei nº 877/2011)[147]
 Manaus, Amazonas, Brasil (Lei nº 980/2006)[148]
 São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil (Lei nº 4.158/2005)[149]
 Buenos Aires, Argentina (1996)[150]
 Seul, Coreia do Sul (Lei nº 4.023/2005)[151]
 São José, San José, Costa Rica (Lei nº 4.173/2005)[152]
 Barcelona, Catalunha, Espanha (1972)[153]
 Atlanta, Geórgia, EUA (1972)[154]
 Newark, Nova Jersey, EUA (Lei nº 4.351/2006)[155]
 Nantes, Loire­Atlantique, França (Lei nº 2.127/1994)[156]
 Saint­Tropez, Var, França (Lei nº 4.366/2006)[157]
 Jerusalém, Jerusalém, Israel (Lei nº 4.315/2006)[158]
 Kobe, Hyōgo, Japão (1969)[159]
 Ramala, Palestina (Lei nº 3.464/2002)[160]

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 Arganil, Distrito de Coimbra, Portugal (Lei nº 2.831/1999)[161]
 Cabeceiras de Basto, Distrito de Braga, Portugal (Lei nº 2.927/1999)[162]
 Coimbra, Distrito de Coimbra, Portugal (Lei nº 4.817/2008)[163]
 Espinho, Distrito de Aveiro, Portugal (Lei nº 2.653/1998)[164]
 Guimarães, Distrito de Braga, Portugal (Lei nº 2.643/1998)[165]
 Olhão, Distrito de Faro, Portugal (Lei nº 4.912/2008)[166]
 Santo Tirso, Distrito do Porto, Portugal (Lei nº 3.062/2000)[167]
 Vila Nova de Gaia, Distrito do Porto, Portugal (Lei nº 4.397/2006)[168]
 Liverpool, Merseyside, Reino Unido (Lei nº 3.793/2004)[169]
 Bucareste, Romênia (Lei nº 3.467/2002)[170]
 Rufisque, Rufisque, Senegal (Lei nº 3.152/2000)[171]
 Túnis, Túnis, Tunísia (Lei nº 2.003/1993)[172]
 Istambul, Istambul, Turquia (1965)[173]
 Quieve, Ucrânia (Lei nº 4.917/2008)[174]
 Caracas, Distrito Capital, Venezuela (Lei nº 4.260/2006)[175]
 Santa Cruz de Tenerife, Canárias, Espanha (1984)[176]
 Varsóvia, Mazóvia Polônia (2005)[177]
 Casablanca, Grande Casablanca, Marrocos (2010)[178]
 Colônia, Renânia do Norte­Vestfália, Alemanha (2011)[179]
 Luanda, Província de Luanda, Angola (2011)[180]
 Montpellier, Hérault, França (2011)[181]
 Baku, Azerbaijão (2013)[182]
 Lahore, Província do Punjab, Paquistão (2015)[183]
 Adelaide, Austrália Meridional, Austrália[184]
 Kaohsiung, Taiwan[185]
 Udaipur, Rajastão, Índia (2015)[186]

São também consideradas cidades parceiras:

 Natal, Rio Grande do Norte, Brasil (2008)[187]
 Salvador, Bahia, Brasil (2008)[187]
 Oklahoma City, Oklahoma, Estados Unidos (2007)[188]
 Vancouver, Colúmbia Britânica, Canadá (2010)[189]
 Miami Beach, Flórida, Estados Unidos (2007)[190]

Subdivisões
O  município  do  Rio  de  Janeiro  é  dividido  em  160  bairros,  agrupados  em  33  regiões  administrativas  e  sete
subprefeituras.  Segundo  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e  Estatística,  o  mais  populoso  da  capital
fluminense é Campo Grande, com 328 370 habitantes. A região oeste concentra grande parte dos bairros mais
populosos  do  município,  tendo  um  alto  crescimento  populacional,  mas  não  um  desenvolvimento  similar,
causando  indevidas  aglomerações  e  segregações.  Outros  bairros  com  população  igual  ou  superior  a  cem  mil
habitantes  são  Bangu  (243  125),  Santa  Cruz  (217  333),  Realengo  (180  123),  Tijuca  (163  805),  Jacarepaguá

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(157 326), Copacabana (146 392), Barra de Tijuca (135 924), Maré  (129  770),  Guaratiba  (110  049),  Senador


Camará (105 515) e Taquara (102 126). [191]  Nos  bairros  da  região  sul,  há  alta  concentração  de  idosos,  como
Copacabana, que possui quase 25% de seus moradores nesta faixa. [192]

Município do Rio de Janeiro e sua divisão em zonas e bairros.
   Zona Oeste    Zona Norte    Zona Sul    Zona Central

Economia
O Rio de Janeiro é a cidade com o segundo maior
PIB  no  Brasil,  superada  apenas  por  São
Paulo. [15]  Detém  também  o  30º  maior  PIB  do
planeta, [16] o qual, segundo dados do IBGE, foi
de  cerca  de  R$  139  559  354  000  em  2007[17]  ­
equivalente a 5,4% do total nacional. [15]

Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o
O centro da cidade. custo  de  vida  para  funcionários  estrangeiros,  o
Rio  de  Janeiro  está  entre  as  cidades  mais  caras
do mundo, colocada na posição 13 em 2012, 18 postos acima de sua classificação de 2010, e superada por São
Paulo (posição 12), mas na frente de cidades como Londres, Paris, Milão e Nova Iorque. [193]

O setor de serviços abarca a maior parcela do PIB (65,52%), seguido pela arrecadação de impostos  (23,38%),
pela atividade industrial (11,06%) e pelo agronegócio (0,04%). [194]

Beneficiando­se  da  posição  de  capital  federal  ocupada  por  um  longo  período  (1763­1960),  a  cidade
transformou­se  em  um  dinâmico  centro  administrativo,  financeiro,  comercial  e  cultural.  A  Região
Metropolitana  do  Rio  de  Janeiro,  tal  como  considerada  pelo  IBGE, [195]  ostenta  um  PIB  de  R$
187.374.116.000,  constituindo  o  segundo  maior  polo  de  riqueza  nacional. [196]  Concentra  68%  da  força
econômica do estado e 7,91% de todos os bens e serviços produzidos no país. [17]

Levando­se  em  consideração  a  rede  de  influência  urbana  exercida  pela  metrópole  (e  que  abrange  11,3%  da
população brasileira), esta participação no PIB sobe para 14,4%, segundo o estudo divulgado em outubro de
2008 pelo IBGE. [197] Há muitos anos congrega o segundo maior polo industrial do Brasil, [198] contando com
refinarias  de  petróleo,  indústrias  navais,  siderúrgicas,  metalúrgicas,  petroquímicas,  gás­químicas,  têxteis,

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gráficas,  editoriais,  farmacêuticas,  de  bebidas,  cimenteiras  e


moveleiras. No entanto, as últimas décadas atestaram uma nítida
transformação em seu perfil econômico, que vem adquirindo, cada
vez  mais,  matizes  de  um  grande  polo  nacional  de  serviços  e
negócios. [199][200]

A  Bolsa  de  Valores  do  Rio  de  Janeiro  (BVRJ),  que  atualmente
negocia  apenas  títulos  públicos,  foi  a  primeira  Bolsa  de  valores
fundada no Brasil, em 1845, e localiza­se na região central. [201]
Barra da Tijuca, um importante bairro
nobre da cidade, com o Parque
Indústrias Nacional da Tijuca e a Pedra da
Gávea ao fundo.
Na  cidade  do  Rio  de  Janeiro
estão  sediados  uma  boa  parte
dos maiores conglomerados empresariais do Brasil. Entre eles estão as três
maiores multinacionais dos setores de energia e de mineração do Brasil ­ a
Petrobras,  a  Vale  S.A.  e  o  Grupo  EBX  ­,  o  maior  grupo  de  mídia  e  de
comunicações  da  América  Latina  ­  o  Grupo  Globo[18]  ­  além  de  grandes
empresas do setor de telecomunicações, tais como: a CorpCo (proprietária
da  Oi  e  da  Portugal  Telecom),  a  TIM  Brasil,  a  Embratel,  a  Intelig,  a  Net
(maior  empresa  multisserviços  via  cabo  da  América  Latina[202])  e  a  Star
One (maior empresa latino­americana de gerenciamento de satélites). [203]
O edifício sede da Petrobras
Na  Petroquímica,  verifica­se  um  arranjo  consentâneo  de  mais  de  700
empresas,  dentre  as  quais  as  maiores  do  Brasil  (Shell,  Esso,  Ipiranga,
Chevron Texaco, El Paso, Repsol YPF). A maioria mantém centros de pesquisa espalhados por todo o estado e,
juntas, produzem mais de 4/5 do petróleo e dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do território
nacional. [9] A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), [204] a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA)[205]
(maior siderúrgica da América Latina[206]) e a filial brasileira da BHP Billiton[207] exercem papel de destaque
no setor de mineração. A cidade também reúne os principais grupos nacionais e internacionais da indústria
naval e os maiores estaleiros do estado e de todo o Brasil ­ o qual detém cerca de 90% da produção de navios e
de equipamentos offshore no Brasil. [9][208]

Coca­Cola Brasil, Michelin, PSA Peugeot Citroën, Xerox do Brasil, GE Oil & Gás, Light, Chemtech, Transpetro,
Souza Cruz (British American Tobacco), Previ, Grupo SulAmérica, Ponto Frio e Lojas Americanas compõem a
lista  das  grandes  companhias  sediadas  na  cidade.  É  expressiva  a  quantidade  de  indústrias  do  ramo
farmacêutico instaladas na cidade, com ênfase para Schering­Plough, [209] GlaxoSmithKline, [210] Roche[211] e
Merck. [212]

O Rio de Janeiro herdou de seu passado uma forte vocação cultural. Atualmente, aglutina os principais centros
de  produção  da  TV  brasileira:  o  Projac  da  Rede  Globo  de  Televisão,  o  RecNov  da  Rede  Record  e  o  Polo  de
Cinema de Jacarepaguá ­ responsáveis pela geração de cerca de 10 mil empregos diretos e 30 mil indiretos.
Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada exclusivamente por estúdios cariocas, captando
R$ 91 milhões em recursos federais através de leis de incentivo fiscal. [9] Uma parcela significativa do parque
gráfico­editorial  brasileiro  também  faz­se  presente.  Quanto  à  indústria  fonográfica,  figuram  gigantes  como
EMI, [214] Universal Music, [215] Sony Music, [216] Warner Music[217] e Som Livre. [218]

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Muitas empresas estatais, fundações públicas e autarquias federais
possuem suas sedes estabelecidas na cidade, com destaque o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), [219]  a
Eletrobrás  (maior  companhia  do  setor  de  energia  elétrica  da
América Latina), [220] a Casa da Moeda do Brasil, [221] as Indústrias
Nucleares  do  Brasil  (INB), [222]  a  Financiadora  de  Estudos  e
Projetos  (FINEP), [223]  o  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e
Estatística  (IBGE), [224]  o  Instituto  Nacional  de  Metrologia,
Normalização  e  Qualidade  Industrial  (Inmetro), [225]  o  Instituto
Reprodução do rio Ganges na cidade
Nacional  da  Propriedade  Industrial  (INPI), [226]  a  Comissão  de
cenográfica do Projac, o segundo
Valores Mobiliários (CVM), [227] e a Comissão Nacional de Energia maior complexo televisivo da
Nuclear (CNEN). [228] América Latina.[213]

Turismo
O turismo confere mais do que um mero adendo à economia local,
uma  vez  que  muitos  turistas  são  atraídos  por  uma  miríade  de
ícones  culturais  e  paisagísticos  ­  o  que  leva  à  criação  de  diversos
postos  de  trabalho,  robustecendo  os  setores  comercial  e  de
hotelaria. De acordo com um levantamento recente da Associação
Brasileira  de  Shopping  Centers  (Abrasce)  para  2008,  existem  30
estabelecimentos da categoria (segundo lugar no ranking), ou 8,2%
do  total  nacional). [229]  É  a  primeira  cidade  do  Brasil  a  ter  um
Museu do Amanhã, ao fundo a Ponte
Rio–Niterói, com o VLT Carioca domínio web próprio, o .rio[230]
passando na Praça Mauá, parte do
A  cidade  é  o  maior  destino turístico  internacional  no  Brasil, [9]  da
Porto Maravilha.
América  Latina  e  de  todo  o  Hemisfério  Sul, [10]  sendo  a  cidade
brasileira  mais  conhecida  no  exterior, [231]  que  serve  como  um
"espelho", ou "retrato" nacional, seja positiva ou negativamente. Tem o epíteto de Cidade Maravilhosa e parte
da cidade foi designada Patrimônio Cultural da Humanidade, com o nome "Rio de Janeiro: Paisagem Carioca
entre a Montanha e o Mar", classificada pela UNESCO em 1 de julho de 2012. [12]

O  Rio  de  Janeiro  também  tem  as  diárias  de  hotel  mais  caras  do  Brasil.  Com  o  mesmo  valor  pago  por  uma
diária em hotéis de duas estrelas na cidade, é possível se hospedar em hotéis quatro estrelas em cidades como
Pequim, Buenos Aires, Amsterdã e Barcelona, ou em um hotel da categoria de três estrelas na cidade de São
Paulo. [232]

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Panorama da Zona Sul, a principal região turística da cidade. O turismo representa uma importante parcela
da economia carioca.

Estrutura urbana

Educação e ciência
Com  1  718  estabelecimentos  de  ensino  fundamental,  1  492
unidades  pré­escolares,  566  escolas  de  nível  médio  e  66
instituições de nível superior, a rede de ensino carioca é a segunda
mais  extensa  do  país. [194]  Ao  total,  são  1  414  048  matrículas  e
73 508 docentes registrados. [194]
O Palácio Universitário, edificação
O fator "educação" do IDH no município atingiu em 2000 a marca em estilo neoclássico do século XIX,
de  0,933  ­  patamar  consideravelmente  elevado,  em  conformidade sedia o campus Praia Vermelha da
aos  padrões  do  Programa  das  Nações  Unidas  para  o UFRJ.
Desenvolvimento (PNUD)  ­  ao  passo  que  a  taxa  de  analfabetismo
indicada  pelo  último  censo  demográfico  do  IBGE  foi  de  4,4%
(superior apenas às das capitais da região Sul). [233]

Tomando­se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da
Educação  Básica  (IDEB)  de  2007,  o  Rio  obteve  a  terceira  melhor
colocação dentre as capitais brasileiras. [234]  Na  classificação  geral
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2005, três escolas
cariocas ocuparam os primeiros lugares: o Colégio de São Bento, o
Colégio Santo Agostinho e o Colégio PH. [235] A Escola Politécnica
de  Saúde  Joaquim  Venâncio,  da  Fundação  Oswaldo  Cruz,  foi  a Sede do Instituto Militar de
Engenharia (IME).
instituição pública de nível médio a alçar a maior nota no quadro
nacional,  conquistando  a  quinta  posição. [235]  Em  2007,  oito
escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios São Bento e Santo Agostinho
os respectivos primeiro e segundo colocados. [236] Em 2008, sete escolas apareceram na lista. [237]

Entre as muitas instituições de ensino superior podem­se destacar a Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Universidade  Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). [238]

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Na  capital  fluminense  também  se  encontra  a  sede  da  União  Nacional  dos  Estudantes  (UNE),  fundada  em
1937. [239]

Saúde
Segundo  informações  do  Instituto  Brasileiro  de  Geografia  e
Estatística,  o  Rio  de  Janeiro  dispunha  de  um  total  de  2087
estabelecimentos  de  saúde  em  2009,  sendo  189  públicos  e  1898
privados,  os  quais  dispunham  no  seu  conjunto  de  20  756  leitos
para internação, sendo que mais da metade são privados. A cidade
também  conta  com  atendimento  médico  ambulatorial  em
especialidades  básicas,  atendimento  odontológico  com  dentista  e
presta serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS). [240]
Santa Casa de Misericórdia do Rio
Em abril de 2010 existiam 1 912 582 mulheres em idade fértil (entre
de Janeiro.
10 e 49 anos). A capital fluminense contava em dezembro de 2009
com  1  834  anestesistas,  17  485  auxiliares  de  enfermagem,  1  662
cirurgiões  gerais,  2  983  cirurgiões  dentistas,  5  635  clínicos  gerais,  8  228  enfermeiros,  1  204  farmacêuticos,
1  646  fisioterapeutas,  558  fonoaudiólogos,  2  714  gineco­obstetras,  199  médicos  de  família,  1  274
nutricionistas,  3  667  pediatras,  1  168  psicólogos,  760  psiquiatras,  1  926  radiologistas  e  9  032  técnicos  de
enfermagem. Em 2008 foram registrados 82 306 nascidos vivos, sendo que 9% nasceram prematuros, 53,6%
foram de partos cesáreos e 16,9% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,9% entre 10 e 14 anos). A taxa bruta de
natalidade era de 13,4 por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil era de 13,6 por
mil nascidos vivos e a taxa de óbitos era de 8,4 por mil habitantes. [241]

Transportes

Rodoviário
A cidade do Rio de Janeiro é um dos mais importantes entrepostos
rodoviários do Brasil. Dentre as autoestradas e vias expressas  que
dão  acesso  à  cidade,  destacam­se  sobretudo  a  BR­116  (também
chamada  localmente  de  Rodovia  Presidente  Dutra  e  de  Rodovia
Rio­Teresópolis),  a  BR­040,  a  BR­101,  a  RJ­071  (mais  conhecida
como Linha Vermelha) e a Avenida Brasil. Estas cinco vias formam
o  grande  complexo  rodoviário  que  dá  acesso  à  cidade  do  Rio  de
Janeiro, sendo utilizadas diariamente por milhares de pessoas que
Mapa do transporte público do Rio
entram  e  saem  da  cidade. [242][243]  Além  destas,  também  existem
de Janeiro
outras  vias  de  menor  importância  que  ligam  a  cidade  aos
municípios vizinhos da Baixada Fluminense,  tais  como  a  BR­465
(antiga Estrada Rio­São Paulo). [244]

O transporte público por ônibus é o mais utilizado no Rio de Janeiro. Nos últimos dez anos, houve perda de
usuários para demais meios, especialmente o transporte alternativo. Ainda assim, são cerca de 2,5 milhões de
usuários/dia apenas nas linhas municipais, cujo número fica em torno de 440, distribuídas entre 4 consórcios
de  empresas. [245][246][247]  Na  cidade  e  nas  viagens  intermunicipais,  as  empresas  de  ônibus  encontram­se
interligadas ao metrô, visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais deste, mas ainda
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necessitam  de  um  ônibus  para  chegar  ao  seu  destino.  Tais  passageiros  podem  utilizar  o  chamado  "bilhete
único",  através  do  qual  pagam  pelo  metrô  e  ainda  têm  direito  a  utilizar  ônibus,  barcas,  trens,  metrô  e  vans
(regularizadas). [248] A frota do Rio de Janeiro é a segunda maior do país, composta por 1 396 083 automóveis,
123 612 motocicletas, 17 216 motonetas, 51 884 caminhonetes, 12 515 ônibus, 11 943 micro­ônibus  e  27  190
caminhões (IBGE/2007). [194]

O Rio de Janeiro detém 140 km de ciclovias, a maior metragem do país e a segunda maior da América Latina,
perdendo  apenas  para  Bogotá,  com  250  km.  Segundo  estimativas
do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), cerca de
320  mil  pessoas  utilizam  bicicletas  na  cidade. [249]  A  malha  está
espalhada por toda a orla, do Leme à praia do Pontal, na Lagoa, no
centro, e em outras áreas das zonas Sul e Oeste. [250]

Portuário
O  Porto  do  Rio  de  Janeiro  localiza­se  na  costa  oeste  da  baía  de
Guanabara, próximo à região central, e atende aos estados do Rio
de  Janeiro,  São  Paulo,  Minas  Gerais,  Espírito  Santo,  Bahia  e
sudoeste de Goiás, entre outros. [251]
A Ponte Rio­Niterói, parte da BR­
É  um  dos  mais  movimentados  do  país  quanto  ao  valor  das 101.
mercadorias e à tonelagem. Peças e partes de veículos, trigo,  café,
produtos siderúrgicos e produtos têxteis são os principais produtos
escoados.  O  porto  movimenta  grande  volume  de  cargas
conteinerizadas. [252]

Administrado  pela  Companhia  Docas  do  Rio  de  Janeiro  (CDRJ),


conta com 6 740 metros de cais contínuo e um pier de 883 metros
de  perímetro,  que  compõem  os  seguintes  trechos:  Cais  Mauá
(35 000 m² de pátios descobertos), Cais da Gamboa (60 000 m² de
área  coberta  em  18  armazéns  e  pátios  com  áreas  descobertas  de
aproximadamente  16  000  m²),  Cais  de  São  Cristóvão  (12  100  m² O navio de cruzeiro Costa Serena
em dois armazéns cobertos e uma área de pátios com 23 000 m²), atracado no Porto do Rio de Janeiro.

Cais  do  Caju  e  Terminal  de  Manguinhos. [251]  Existem  ainda  dez
armazéns  externos,  totalizando  65  367  m²,  e  oito  pátios  cobertos
(11 027 m²), com capacidade de estocagem para 13 100 toneladas,
além  de  outros  terminais  de  uso  privativo  na  ilha  do  Governador
(exclusivo  de  Shell  e  Esso),  na  baía  de  Guanabara  (Refinaria  de
Manguinhos) e nas ilhas d’Água e Redonda (Petrobras). [251]

Aéreo
Um dos navios da CCR Barcas.
A cidade conta com três aeroportos comerciais. O Aeroporto Santos
Dumont,  localizado  em  pleno  centro  da  cidade,  serve
principalmente à ponte aérea Rio­São Paulo e a voos estaduais e regionais. Foi o primeiro aeroporto civil do
país, [253]  construído  na  década  de  1930.  Projetado  pelos  irmãos  Roberto,  o  terminal  de  passageiros  é

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considerado  um  ícone  da  arquitetura modernista  brasileira,  e  entrou  na  lista  de  construções  tombadas  pelo
Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inpac) em agosto de 1998. Recentemente passou por
uma grande reforma que incluiu a ampliação e remodelagem do terminal de embarque. [254]

O Aeroporto Internacional do Galeão, ou Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim ­ em homenagem ao
renomado  maestro,  compositor  e  cantor  brasileiro  falecido  em
1994. Situado na ilha do Governador, zona norte, é um importante
portão  de  entrada  para  o  Brasil. [255][256]  Com  capacidade  para
atender  até  17,3  milhões  de  usuários  ao  ano,  o  complexo
aeroportuário é servido por dois terminais de passageiros e oferece
conexões  para  dezenove  países. [257]  Conta  também  com  um  dos
maiores, mais modernos e bem aparelhados Terminais de Logística
de  Carga  do  Continente,  além  da  maior  pista  de  aterrissagem  do
Brasil,  com  quatro  mil  metros  de  extensão. [255]  É  o  segundo
Aeroporto Internacional do Rio de
aeroporto  mais  movimentado  do  país  em  voos  internacionais  em
Janeiro­Galeão, na Ilha do
número de passageiros e o terceiro em voos domésticos e conta com Governador.
o quarto maior terminal de cargas. [258]

O  Aeroporto  de  Jacarepaguá  também  nomeado  como  Aeroporto


Roberto Marinho, instalado na zona oeste,  destina­se  sobretudo  a
voos  particulares  e  regionais  com  aeronaves  de  pequeno  porte.  O
aeroporto atende a voos não regulares das empresas de táxi aéreo, e
conta com infraestrutura de atendimento. [259]

Além  destes,  há  os  aeroportos  militares:  a  Base  Aérea  do  Galeão,
em  espaço  contíguo  ao  aeroporto  internacional,  a  Base  Aérea  dos
Vista aérea do Aeroporto Santos
Afonsos  (conhecida  como  Campo  dos  Afonsos)  e  a  Base  Aérea  de
Dumont, com a Ponte Rio­Niterói ao
Santa  Cruz,  importante  centro  de  defesa  da  Aeronáutica  e  maior fundo.
complexo de combate da Força Aérea Brasileira. [260]

Também  existe  no  Rio  um  aeroporto  reservado  à  operação  de  ultraleves,  o  Clube  Ceu  (Clube  Esportivo  de
Ultraleves), [261]  situado  ao  sul  do  Autódromo  Internacional  Nelson  Piquet.  Trata­se  de  um  dos  mais  bem
aparelhados  clubes  dentre  as  agremiações  esportivas  do  mundo  todo,  considerado  pelas  autoridades
aeronáuticas brasileiras um padrão na aviação esportiva. [262]

Ferroviário
O Rio de Janeiro é servido por uma rede metroviária que integra bairros e municípios distantes, conectando
desde o bairro da Pavuna, na zona norte, até Ipanema. Estes são então integrados por ônibus especiais, que
passam por, Leblon, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado  e  vão  até  a  Barra  da  Tijuca.
Também há integrações específicas da Pavuna para cidades da Baixada Fluminense como Duque de Caxias,
Mesquita, Nilópolis e Nova Iguaçu. Futuramente também serão implantadas conexões para Belford Roxo. Ao
longo  da  rede  metroviária  há  outras  pequenas  integrações.  Recentemente,  foi  aberta  a  terceira  estação  de
Copacabana, Cantagalo. Em 2008/2009, segundo o cronograma, entrará em funcionamento a estação General
Osório, no bairro de Ipanema. [263]

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Possui 40,9 quilômetros de extensão distribuídos em duas linhas e
35 estações. [264] Em 2012 nos dias úteis o Metrô do Rio de Janeiro
transportou  em  média  645  mil  passageiros/dia. [265]  Além  do
metrô,  o  Rio  de  Janeiro  conta  com  um  sistema  de  trens  urbanos.
Sob direção da concessionária SuperVia, constitui, juntamente com
os  ônibus,  um  amplo  conjunto  de  transporte  popular.  As
composições  partem  da  Estação  Ferroviária  Central  do  Brasil  em
direção aos subúrbios por cinco ramais, percorrendo 270 km de via
A Central do Brasil é uma importante
férrea. [266] Além do metrô e da SuperVia, o Rio de Janeiro também
estação metro­ferroviária da cidade e
é  servido  por  linhas  menores  tais  como  o  Bonde  de  Santa
um dos principais cartões postais da
região central do Rio de Janeiro. Teresa[267] e o Trem do Corcovado, [268] além das linhas cargueiras
da  MRS  Logística  e  da  Ferrovia  Centro­Atlântica  (FCA)  que  se
destinam à zona portuária da cidade e ao Porto de Itaguaí. [269]

Boa  parte  dos  ramais  ferroviários  existentes  nos  subúrbios  da  cidade  estão  entre  as  mais  antigas  linhas
ferroviárias existentes no Brasil, já tendo pertencido a importantes companhias férreas brasileiras, tais como: a
Estrada de Ferro Central do Brasil, a Estrada de Ferro Leopoldina, a Estrada de Ferro Rio d'Ouro, a Estrada de
Ferro Melhoramentos do Brasil, a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos
(CBTU) e a Flumitrens.

Cultura
O Rio de Janeiro herdou de seu passado uma forte vocação
cultural.  Na  Literatura  do  Brasil,  efetivamente,  aos Rio de Janeiro:
primeiros  decênios  do  século  XVIII,  quando  da  instalação Paisagem Carioca
das "academias" e "associações" com finalidades eruditas, a entre as Montanhas e
cidade  ­  como  centro  colonial  mais  expressivo  ­ o Mar *
testemunhou,  desde  então,  a  gênese  e  consolidação  de Património Mundial da UNESCO
diversas  escolas  e  movimentos. [livro  3]Escritores  como
Machado  de  Assis,  Olavo  Bilac,  Carlos  Drummond  de
Andrade,  Clarice  Lispector,  Guimarães  Rosa,  Cecília
Meireles,  Graciliano  Ramos,  Nélida  Piñon  ­  entre  outros  ­
conduziram  parte  significativa  de  suas  carreiras  no  Rio  de
Janeiro.  A  Academia  Brasileira  de  Letras  (ABL),  fundada
em 1896, segundo o modelo da Academia Francesa, [livro  3]
teve,  em  sua  concepção,  a  atuação  de  Medeiros  e
Albuquerque,  Lúcio  de  Mendonça  e  Machado  de Vista aérea do Cristo Redentor, do
Assis. [livro 3] Corcovado e da Baía de Botafogo.

Quanto  aos  pontos  de  referência  do  turismo  cultural,


podem­se  elencar,  entre  tantos,  o  Museu  do  Amanhã,  o País  Brasil
Museu  Histórico  Nacional,  o  Museu  Nacional  da Tipo Cultural
Universidade  Federal  do  Rio  de  Janeiro, o Museu  Casa  do Critérios vi
Pontal, [270] o Museu  Nacional  de  Belas  Artes, a Biblioteca
Referência 1100 (http://whc.unesco.org/e
Nacional,  o  Museu  de  Arte  Moderna  (MAM),  o  Real
n/list/1100)
Região** Brasil

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Gabinete  Português  de  Leitura,  o  Palácio  do  Catete,  o Histórico de inscrição


Riocentro,  o  Canecão,  o  Cais  do  Valongo  e  o  Theatro Inscrição 2012  (36ª sessão)
Municipal. [271]
* Nome como inscrito na lista do Património
Entre  os  principais  eventos,  destacam­se  o  Carnaval,  o Mundial. (http://whc.unesco.org/en/list)
Festival Internacional de Cinema, a Mostra do Filme Livre, ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. (h
ttp://whc.unesco.org/en/list/?search=&search_by_cou
a  Bienal  do  Livro,  o  Fashion  Rio,  o  Rock  in  Rio,  o  Anima
ntry=&type=&media=&region=&order=region)
Munsi e a festa do réveillon em Copacabana. [272]

Em 1 de julho de 2012, a paisagem urbana da cidade do Rio de Janeiro foi elevada à categoria de Patrimônio
Cultural da Humanidade pela UNESCO. O conceito de paisagem cultural foi criado pela agência da ONU em
1992. A cidade teve sua candidatura aprovada na 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em
São Petersburgo, na Rússia, tendo a candidatura sido representada pela ministra da Cultura do Brasil, Ana de
Hollanda. [12] Em 18 de janeiro de 2019, a cidade foi eleita pela UNESCO como a primeira Capital Mundial da
Arquitetura. [273]

Cinema, televisão e música
No  final  do  século  XIX,  foram  ali  realizadas  as  primeiras  sessões  de  cinema  tupiniquins[livro  3][274]  e,  desde
então, descortinaram­se vários ciclos de produção, os quais acabaram por inserir a produção cinematográfica
carioca na vanguarda experimental e na liderança do cinema nacional. [9]

Atualmente,  o  Rio  aglutina  os  principais  centros  de  produção  da  TV  brasileira:  o  Projac  da  Rede  Globo,  o
RecNov  da  Rede  Record  e  o  "Polo  de  Cinema  de  Jacarepaguá". [9]  Em  2006,  65%  da  produção  do  cinema
nacional  foi  realizada  exclusivamente  por  produtoras  sediadas  na  cidade,  captando  91  milhões  de  reais  em
recursos federais através da Lei Rouanet. [9]

O  samba  e  a  Marchinha  de  Carnaval  que  incorporaram  com  graça  e  verve,  elementos  do  cotidiano  carioca,
floresceram e perpetuaram­se através de compositores como Noel Rosa e Ary Barroso. [livro 3] O samba de morro
alçou  voos  maiores  nas  composições  de  Cartola  e  Ataulfo  Alves. [livro  3]  Há  de  se  notar  a  influência  de  Luiz
Gonzaga  e  Humberto  Teixeira  na  popularização  do  baião  e  do  xaxado,  e  Dorival  Caymmi,  em  cuja  obra
elementos do folclore baiano coadunavam­se à cultura brasileira em geral. [livro 3] Todavia, foi no final dos anos
1950, quando irrompeu o movimento da bossa nova, que a música brasileira projetou­se, definitivamente, no
exterior, tornando­se conhecida em diversas partes do mundo. [livro 3] À época, na condição de centro político e
cultural  do  Brasil,  circulavam  pela  cidade  músicos  como  Tom Jobim,  Vinicius  de  Moraes,  Ronaldo  Bôscoli,
Nara Leão, Roberto Menescal, Maysa, Luís Bonfá, entre outros. [livro 3]

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Carnaval do Rio de Janeiro, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Esportes
Dentre as modalidades esportivas mais praticadas estão o futebol
de areia, o vôlei de praia, o surfe, o kitesurf, o voo livre, o jiu­jítsu e
o  remo.  A  capoeira,  mistura  de  dança,  esporte  e  arte  marcial,
também aparece com alguma frequência. Outro esporte altamente
popular  nas  areias  do  Rio  é  o  "frescobol",  espécie  de  tênis  de
praia. [275] O voo livre começou a ser exercitado em meados de 1974,
e  adequou­se  rapidamente  ao  gosto  de  inúmeros  praticantes  e  às
características  da  cidade,  em  razão  de  suas  peculiaridades
Parque Olímpico do Rio de Janeiro,
construído para os Jogos Olímpicos geográficas:  no  encontro  das  montanhas  com  o  oceano  Atlântico,
de Verão de 2016. surgem  excelentes  posições  para  decolagem,  podendo­se  contar
com vastas porções desocupadas de areia para aterrissar. De início
majoritariamente encenada por amadores, a atividade verteu­se em
uma lucrativa indústria. [276]

O futebol é o mais popular dos esportes praticados na cidade. [277] O Rio abriga cinco clubes brasileiros bastante
tradicionais: America[278], Botafogo[279], Flamengo[280], Fluminense[281] e Vasco[282] A cidade conta com três
grandes estádios: Estádio  Jornalista  Mário  Filho,  conhecido  como  Maracanã  e  com  o  epíteto  de  "templo  do
futebol brasileiro", [283] é o maior estádio do Brasil;[284] o Estádio Olímpico João Havelange, conhecido como
"Engenhão", foi planejado para sediar as provas de atletismo e futebol dos Jogos Pan­americanos de 2007 e o
Estádio Vasco da Gama, conhecido como "São Januário", de propriedade do Club de Regatas Vasco da Gama, é
o maior estádio privado carioca. [284]

Os eventos esportivos mais conhecidos do Rio de Janeiro são a etapa brasileira de MotoGP e as finais mundiais
de vôlei de praia. Jacarepaguá era o local onde se realizava a etapa brasileira do Grande Prêmio de Fórmula 1,
entre os anos de 1978 e 1990, e Champ Car (1996­1999). Os circuitos WCT e WQS de Surf foram disputados
em praias cariocas  entre  1985  e  2001. [285]  A  cidade  foi  uma  doze  sedes  da  Copa  do  Mundo  de  2014,  tendo
recebido  sete  jogos,  incluindo  a  final, [32]  e  também  palco  dos  Jogos  Olímpicos  e  Paralímpicos  de  Verão  de
2016. [34]

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Panorama do interior do Estádio Jornalista Mário Filho (popularmente conhecido como Maracanã), um dos
maiores estádios do mundo e palco das Copas do Mundo FIFA de 1950 e 2014, além da Copa das
Confederações FIFA de 2013.

Feriados
No Rio de Janeiro, há quatro feriados municipais, que são: o dia de São Jorge, que ocorre sempre em 23 de abril;
o dia de Zumbi dos Palmares, que sempre é realizado no dia 20 de novembro, quando também é comemorado o
dia  da  Consciência  Negra;  o  dia  do  padroeiro  do  Rio  de  Janeiro,  São  Sebastião,  comemorado  em  20  de
janeiro. [286][287]

Ver também
Antigo Distrito Federal
Carioca (gentílico)
Centros Culturais e Museus do Rio de Janeiro
Cidade Maravilhosa
Estado da Guanabara
Fluminenses da cidade do Rio de Janeiro
Imperial Cidade
Megalópole Rio­São Paulo
Planejamento estratégico do Rio de Janeiro
Prefeitos do Rio de Janeiro
Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Rio 2007
Consulados no Rio de Janeiro

Referências
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