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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE SAÚDE E BIOCIÊNCIAS


CURSO DE PSICOLOGIA

Luccas Cechetto

A PERCEPÇÃO QUE O JOVEM UNIVERSITÁRIO TEM DAS


DROGAS

Projeto de Pesquisa apresentado ao PIBIC


do Curso de Graduação em Psicologia da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Orientadora: Prof.ª Ms. Célia Winter.

CURITIBA
2013
SUMÁRIO

1. ASSUNTO .................................................................................................................... 3
2. DELIMITAÇÃO ............................................................................................................. 3
3. PROBLEMA ................................................................................................................. 3
4. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 4
5. OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 5
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 6
i. Identidade e subjetividade ......................................................................................... 6
ii. O jovem universitário e a identidade social ............................................................... 7
iii. O universitário, o consumo de álcool e o grupo ....................................................... 9
iv. O capitalismo, o medo e o consumismo ................................................................. 10
v. A publicidade e a totemização das mercadorias ...................................................... 14
vi. O álcool como totem dos universitários.................................................................. 15
7. METODOLOGIA......................................................................................................... 17
7.1. CLIENTELA ......................................................................................................... 25
7.2. LOCAL ................................................................................................................. 26
7.3. CRONOGRAMA .................................................................................................. 26
7.4. ORÇAMENTO ..................................................................................................... 27
8. CONCLUSÃO............................................................................................................. 28
9. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 29
RESUMO

Introdução: o consumo substâncias químicas é tão antigo quanto a


humanidade, em especial o de bebidas alcóolicas. Ao longo de todo nosso
registro histórico podemos perceber que o uso, uso abusivo e dependência do
álcool são presentes em todas as culturas. Atualmente, entretanto, observa-se
constante crescimento no número de pessoas consumindo, e consumindo cada
vez mais; doenças relacionadas a este consumo; impacto micro e
macrossociais; além de assustadora queda na idade média de iniciação ao uso
e consequente dependência. Por ser uma droga lícita e de consumo
intensamente estimulado, além de, como já foi dito, estar presente em toda a
história da humanidade, entende-se que pode haver uma percepção distorcida
da sociedade acerca do álcool e de suas consequências. No presente estudo
pretende-se investigar a percepção do jovem universitário sobre o álcool como
droga com a finalidade de levantar dados para a pesquisa de fatores que
podem influenciar nesta percepção. Objetivo: o objetivo principal desta
pesquisa é investigar a percepção do jovem universitário acerca do álcool
como droga. Método: estudantes do 1º período (noturno e diurno) do curso de
graduação de Psicologia e de Publicidade e Propaganda da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, de ambos os gêneros, consumidores ou não
de bebidas alcóolicas. Os dados serão analisados estatisticamente
caracterizando um estudo quantitativo.
1. ASSUNTO

Drogadição na sociedade.

2. DELIMITAÇÃO

O jovem universitário e as drogas.

3. PROBLEMA

Investigar se o jovem universitário, em especial os calouros (noturno e


diurno) dos cursos de Psicologia e Publicidade e Propaganda, percebe o álcool
como uma droga e levam em consideração os efeitos negativos desta droga ao
buscá-la e ao consumi-la.
5

4. JUSTIFICATIVA

A adolescência é, basicamente, um fenômeno psicológico e social


notável pelo grande número de modificações, internas e externas, que
acontecem no indivíduo, marcadamente a partir da puberdade. Estas
alterações em maior ou menor nível tornam a adolescência um período de alto
risco para o surgimento de transtornos e comportamentos inadequados, como
o abuso de substâncias e a transtornos relacionados a estes abusos. No Brasil,
o álcool é responsável por mais de 90% das internações por dependência
química, e está associado a mais da metade dos acidentes de trânsito,
principal causa de morte na faixa etária de 16 a 20 anos. O álcool é,
seguramente, a droga que mais danos traz à sociedade como um todo. Além
disso, no caso particular de adolescentes e jovens, o consumo de álcool
também está diretamente relacionado a doenças sexualmente transmissíveis,
uso de outras drogas, abuso sexual, baixo desempenho escolar, danos ao
patrimônio, comportamento violento e confrontos entre gangues.
O álcool é uma droga legalizada e seu consumo não só é aceito pela
sociedade como incentivado por intensa propaganda. Ao se deparar com este
fato, é inevitável questionar quais são os valores que estão sendo construídos
ao decorrer da vida de um indivíduo e quais os dispositivos produtores de
subjetividade que mais contribuem na formação de noções referentes às
drogas. Várias são as crenças associadas ao consumo de álcool, em especial,
no ambiente universitário, ideias como ser facilitador de interações sociais e o
medo de não se enquadrar sendo algumas delas.
Perante estes dados, entende-se que existe a necessidade de se
investigar a percepção que a sociedade possui a respeito do álcool enquanto
droga para que se possa pensar uma intervenção preventiva a fim de promover
o questionamento da significação do álcool e de que valores estão atrelados à
busca e ao consumo desta droga. O ambiente universitário por sabidamente
enaltecer, estimular e promover o uso do álcool, foi escolhido como objeto de
estudo para esta coleta de dados, em especial, os calouros universitários dos
cursos de Psicologia, por lidarem direta (ao consumir) ou indiretamente (no
atendimento clínico, por exemplo) com os problemas causados em decorrência
do uso da droga e os calouros de Publicidade e Propaganda, também pelo
6

contato direto, como pelo fato de serem possíveis criadores de peças


publicitárias que estimulam o consumo de álcool e, portanto, alimentadores de
um dos mais importantes dispositivos produtores de subjetividade da
atualidade, a mídia.
Optou-se pelo uso da palavra drogas na elaboração do projeto e do
instrumento de coleta para evitar a contaminação da amostra investigada na
pergunta que se considera a mais relevante para o estudo: “Quais drogas você
consumiu nos últimos 12 meses?”. A explicitação da palavra álcool no título da
pesquisa e no esclarecimento do instrumento de pesquisa poderia contaminar
a resposta e prejudicar a verificação da percepção que o jovem universitário
tem acerca do álcool.
7

5. OBJETIVOS

5.1. Objetivo Geral


Investigar a percepção que o jovem universitário tem do álcool.

5.2. Objetivos Específicos


 Identificar se o jovem universitário interpreta o álcool como uma droga.
 Identificar a percepção do jovem universitário referente aos riscos do
consumo frequente/abusivo do álcool.
 Identificar as alterações na percepção do próprio comportamento
mediante o consumo abusivo de álcool.
8

6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Identidade e subjetividade.

Ao se falar em valores e crenças é inevitável abordar dois conceitos


fundamentais diretamente ligados à construção de valores e crenças, a
identidade e a subjetividade. Não é tarefa simples tentar definir a complexidade
desses termos e tampouco é o objetivo deste projeto fazê-lo. Partiremos,
essencialmente, da interpretação da Psicologia Social para esses dois
conceitos, haja vista o cunho deste trabalho.
A identidade se estabelece através das relações sociais que
desenvolvemos, se constitui na presença do outro, que desempenhando seu
papel nos identifica no nosso papel. Nosso nome torna-se nossa
representação, e através dele, nos diferenciamos do primeiro grupo social – a
família – mas também nos igualamos a ele, uma vez que nosso sobrenome
assegura que fazemos parte do grupo familiar. Somos deste modo, a diferença
e a igualdade. Um aspecto relevante é a questão temporal da identidade, que
por vezes fica restrito a um momento originário, quando nos “tornamos” algo.
Assim, temos uma idéia de posição posta que tanto identifica, quanto
discrimina a presença ou ausência de certos atributos que construiriam uma
identidade considerada atemporal. Entretanto, a identidade é “re-posta” durante
toda vida ocorrendo representações do desempenho de papéis sociais que se
vive a cada momento, ratificando a plasticidade da identidade (CIAMPA, 2001).
Portanto, a identidade se constitui da ação humana enquanto
externalização do seu psiquismo que volta a se interiorizar transformado, num
processo contínuo de articulação entre o individual e o social. Segundo
Jacques (1998), é do contexto histórico e social em que o homem vive que
decorrem as possibilidades, os modos e alternativas de sua identidade. Assim
ela se determina, se configura, pois o individuo tem um papel ativo quer na
construção desse contexto, a partir da inserção, quer na sua apropriação.
Devemos então, tentar compreender a identidade através da sua atividade que
se substantiva e se presentifica como atributo do eu.
A subjetividade, por sua vez, é produzida pela cultura em que um
indivíduo está inserido e dita, de um modo ou de outro, a maneira como os
9

indivíduos devem agir, pensar, perceber, sentir, se relacionar, etc. De acordo


com Souza (2008), no processo de subjetividade, o sujeito se desfaz em
multiplicidades. Pela heterogeneidade dos seus suportes físicos, biológicos,
psíquicos, verbais, econômicos, estéticos, éticos, políticos, a subjetividade é
um produto cultural como qualquer outro. Como processo, a subjetividade
emergente se relaciona com o mundo pelo limite, pela vizinhança: individua-se
nas relações de alteridade e coletiva nas multiplicidades, para “além do
individuo” e para “aquém da pessoa”.
Para Maheirie (2002), a identidade aparece como produto das relações
do corpo e da consciência com o mundo, consequência da relação entre
objetividade e subjetividade no contexto social, enquanto que a subjetividade é
compreendida como uma dimensão interna do sujeito, em uma relação
dialética com a objetividade (externo) no contexto social, produzindo o sujeito.
O processo de construção deste sujeito é realizado no coletivo. Ele realiza sua
história e a dos outros, embora não ocorra como bem entende, podendo se
realizar de uma forma mais ou menos alienada, sempre em função de um
projeto. Todo esse contexto vale para a constituição do sujeito, para a
identidade singular e coletiva. Pode-se dizer então que a identidade é
construída por oposições, conflitos e negociações, constantemente inventada
por sujeitos em um processo nunca acabado.

O jovem universitário e a identidade social.

Aberastury e Knobel (1981), afirmam que a adolescência é um período


de crescimento no qual o indivíduo precisa realizar diversas tarefas para
efetuar a passagem da infância à vida adulta. A principal tarefa da adolescência
é a busca pela identidade sexual, social e psíquica. Para os autores, a
identidade social e psíquica se constitui através dos conflitos entre a
necessidade de independência dos pais, por um lado, e a aproximação e
dependência do grupo de amigos, por outro. Pais e amigos têm uma grande
importância para a formação de um código de valores próprios do adolescente.
Esse será constituído a partir da interação social e da escolha de elementos
adquiridos na infância, tornando-se parte de sua identidade adulta. Numa visão
contemporânea de adolescência, diversos autores têm enfatizado que esse
10

processo do desenvolvimento não é único e ultrapassa a visão de uma fase de


transição. Senna e Dessen (2012) destacam que é fundamental buscar os
antecedentes geradores das mudanças na adolescência e tratá-la como um
período de intensa exploração e de oportunidades para muitos jovens. As
novidades, as expectativas e as idealizações deixam o jovem, em grande parte
das vezes, confuso e perdido. É comum o adolescente procurar outras pessoas
que estejam passando por conflitos semelhantes aos dele, alguém com quem
ele se identifique, ou que possa servir como um amparo e companhia para si.
Surgem assim, os grupos, pelos quais a adolescente busca consolidar sua
identidade, encontrar pessoas para dividir e compartilhar seus pensamentos e
sentimentos.
Para Erikson (1987), o desenvolvimento na infância e na adolescência
passa por seis etapas, havendo uma sétima para a fase adulta e uma última
correspondente à fase final do ciclo psicossocial. Cada uma destas etapas
envolverá o surgimento e resolução de uma crise, ou um dilema particular, com
duas soluções antagônicas, uma negativa e outra positiva para o
desenvolvimento do indivíduo. A adolescência é marcada pela crise identidade
versus confusão de identidade e a resolução positiva desta fase implicará em
uma identidade bem definida e um ego fortalecido, possibilitando ao sujeito
passar para a etapa seguinte, que marca a mudança de status de adolescente
para jovem adulto: intimidade versus isolamento. Rabello (2007) aponta que
além do isolamento como desfecho negativo – ou seja, uma tentativa de
preservação do ego frágil em consequência de desfechos indesejados dos
conflitos anteriores – pode haver também o elitismo como resolução negativa
desta etapa. Em outras palavras, a formação de grupos fechados de pessoas
com egos semelhantes, caracterizando a incapacidade de conviver com outros
egos e, portanto, não superando esta crise.
Na idade universitária, portanto, o adolescente, agora já considerado um
jovem adulto, estará em processo de definir e estabilizar esta identidade que
trará em si muito da convivência com os pares, mas não isto tão somente.
Como afirmam Dias e Fontaine (2001), “no fim da adolescência, a identidade
construída não se reduz às identificações com os indivíduos do passado;
engloba todas as identificações significativas, mas transforma-as de modo a
constituir um todo coerente e específico”. Freud (1996) defende que a pessoa
11

só pertence a um grupo quando entra num processo de identificação com os


outros, ou seja, quando constrói laços emocionais com base em objetos reais
ou simbólicos compartilhados. Isso quer dizer que toda coletividade tem um
código em comum que abarca desde ideias sobre o mundo até regras de
comportamento que passam por hábitos e vestuário.

O universitário, o consumo de álcool e o grupo.

De acordo com o I Levantamento Nacional Sobre o Uso de Álcool,


Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras (2010),
86,2% dos universitários brasileiros referiram uso do álcool em algum momento
da vida. A alta prevalência de consumo de álcool nos últimos 30 dias, tanto
entre homens como em mulheres (67% e 56%, respectivamente), demonstra
que grande parte destes estudantes faz uso recorrente desta substância. Na
população até 18 anos, apesar de a idade mínima legal para compra de
bebidas alcóolicas ser de 18 anos, 79,2% haviam relatado uso na vida e
50,7%, nos últimos 30 dias. Houve pouca diferença entre os dados referentes
às instituições privadas e públicas, embora o padrão de consumo seja na vida,
nos últimos 12 meses ou nos últimos 30 dias tenha sido sempre maior nas
instituições públicas. No que concerne às áreas do conhecimento (Biológicas,
Exatas e Humanas), todas apresentaram índices elevados de consumo nas
três categorias (acima de 85% na vida, acima de 70% nos últimos 12 meses e
acima de 59% nos últimos 30 dias), havendo pouca ou nenhuma diferença
entre as áreas.
É sabido que o ambiente universitário é altamente favorável para o
consumo de álcool, maconha entre outras drogas devido à vulnerabilidade dos
universitários para o início e manutenção do uso de drogas, sendo o álcool a
mais utilizada, cujos efeitos negativos são frequentemente subestimados ou
ignorados. O álcool como símbolo do rito de passagem para a entrada na
faculdade (trotes) é incorporado à vida dos calouros e torna-se símbolo de
socialização ao longo do curso. Entre os jovens de 18 e 24 anos de idade
(período que compreende grande parte ou totalidade da vida universitária) a
taxa de dependência alcóolica atingiu os 19,2% de acordo com o II
12

Levantamento Domiciliar Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil


(2007).
Dessa forma, o uso de álcool pode assumir inicialmente um caráter
recreativo e acontecer em ocasiões de convívio social (Suls e Green, 2003).
Entretanto, isso não significa que esse consumo não possa se tornar ou
mesmo já ser abusivo e prejudicial aos estudantes. Aliás, é muito comum em
festas universitárias a grande disponibilidade de bebidas alcóolicas e o
consumo exagerado típico de um padrão binge drinking (cinco ou mais doses
em uma única ocasião), conhecido como “porre alcoólico” ou “beber se
embriagando” (PILLON & CORRADI-WEBSTER, 2006).
Entre estudantes universitários, expectativas parecem predizer o
comportamento de beber de forma mais efetiva do que variáveis sócio-
demográficas, que reconhecidamente apresentam um substancial poder
preditivo (BROWN, 1985). Além disso, segundo Carey (1995), expectativas
estão fortemente associadas, em especial, com a quantidade do uso de álcool
mais do que com a frequência de consumo na população de jovens
universitários. Este aspecto pode ter implicações importantes para o
desenvolvimento de padrões de uso problemático e binge drinking,
aumentando a exposição desses jovens a problemas decorrentes do uso de
álcool.
No início da fase adulta, as relações sociais ganham especial
importância e o grupo de pares assume uma influência peculiar sobre o
comportamento dos jovens, inclusive no que se refere ao uso de álcool
(BAUMAN & ENNETT, 1994). Estudantes que se envolvem com grupo de pares
usuários de álcool têm maior probabilidade de consumirem a droga e de
apresentarem problemas relacionados a esse uso (Jessor, 1995 e Swadi,
1999), processo este que é mediado pelas expectativas dos efeitos da droga
sobre o comportamento social.
13

7. METODOLOGIA

7.1. SUJEITOS DA PESQUISA

Alunos do 1º Período dos Cursos da PUC-PR, em um primeiro


momento, dos cursos de Psicologia e de Publicidade e Propaganda (diurno e
noturno).

7.2. SITUAÇÃO E AMBIENTE

Os questionários (anexos 1, 2, 3 e 4) serão aplicados aos calouros


universitários nas salas de aula em horário cedido pelos professores dos
primeiros períodos dos cursos de Psicologia e Publicidade e Propaganda.
Este procedimento só terá início após o devido consentimento das
instituições envolvidas (PUCPR – Anexo 5 e Comitê de Ética) e após o
preenchimento do TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – Anexo
6).

7.3. INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS


 Questionário para informações a respeito da idade e do curso,
verificação do uso de drogas e quais substâncias foram utilizadas (4
questões) – Anexo 1.
 Questionário sobre os efeitos abrangentes do álcool (Comprehensive
Effects of Alcohol – CEA1 – 38 questões) – Anexo 2.
 Questionário de frequência-quantidade (Frequency-Quantity
Questionnaire2 – 3 questões) – Anexo 3.
 Avaliação da percepção de riscos do álcool (Alcohol Perceived Risks
Assessment2 – Apra – 16 questões) – Anexo 4.

1
Fonte: Comprehensive Effects of Alcohol: Development and Psychometric Asessment of a
New Expectancy Questionnaire. K. Fromme, E. A. Stroot & D. Kaplan, Psychological
Assessment, v.5, pp.19-26, 1993. Copyright 1993 da American Psychological Association.
Reprodução Autorizada.
2
Fonte: Brief Alcohol Screening and Intervention for College Students (basics): a Harm
reduction Apporach, de Linda A. Dimeef, John S. baer, Daniel R. Kivlahan e G. Alan Marlatt.
Copyright 1999 de The Guilford Press. Os compradores do basics ficam autorizados a fotocpiar
este folheto apenas para uso pessoal (ver pormenores na página do Copyright).
14

7.4. PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Como a pesquisa será realizada com os alunos dos cursos de Psicologia


e Publicidade e Propaganda da PUC-PR – Câmpus Curitiba, faz-se necessário
o envio de um pedido de autorização aos Coordenadores dos respectivos
cursos. Somente após o recebimento do consentimento dos Coordenadores e
do Comitê de Ética é que se dará início ao procedimento de coleta de dados.
A coleta se iniciará com o levantamento da lista, acompanhado por
funcionário especializado com acesso a mesma, de todos os alunos do
primeiro período (diurno e noturno) dos cursos de Psicologia e Publicidade e
Propaganda da PUC-PR – Câmpus Curitiba. Destes, todos que concordarem
em participar e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo 6) estarão selecionados para responder o questionário.
Cada questionário somente será entregue após a conclusão do anterior.
Portanto, o CEA só será entregue após conclusão do questionário inicial; o
Frequency-Quantity Questionnaire após conclusão do CEA e o Apra após
conclusão do Frequency-Quantity Questionnaire, podendo o respondente optar
por cessar as respostas a qualquer momento, como previsto no TCLE.

7.5. TIPO DE PESQUISA

Devido a ser uma coleta de dados realizada em um dado momento e


não ao longo da história de um indivíduo, esta pesquisa caracteriza-se como
transversal, pois visa “obter informação de uma única vez a partir de pessoas
em uma série de diferentes condições que, espera-se, são significativas para a
mudança” (BREAKWELL; HAMMOND; FIFE-SCHAW & SMITH, 2010, p.37).
Pretende-se com esta pesquisa verificar o uso de drogas, quais drogas
foram utilizadas, além de avaliar a frequência de consumo de álcool. Pretende-
se também verificar a percepção dos riscos do consumo de álcool e do próprio
comportamento mediante o uso de álcool. Estas variáveis requerem uma
abordagem quantitativa de dados por estarem relacionadas “à quantificação,
análise e interpretação de dados obtidos mediante pesquisa. O enfoque da
15

pesquisa, neste caso, está voltado para a análise e a interpretação dos


resultados, utilizando-se da estatística” (RODRIGUES, 2007).
16

7.6. RECURSOS

7.6.1. Recursos Humanos


 Pesquisador
 Orientadora
 Estatístico

7.6.2. Recursos Físicos


 Sala de aula dos calouros universitários para aplicação do
questionário.

7.6.3. Recursos Materiais


 Folhas de papel A4
 Canetas
 Tinta para impressora
 Pen Drives para armazenamento de dados
 Notebook

7.7. ORÇAMENTO

Canetas
Folhas de Papel
Tinta para a impressão
Fotocópias
TOTAL
17

7.8. CRONOGRAMA

Ano 2013 2014


Meses/
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev
Etapas
Apresentação
ao Comitê de X X
Ética
Contato com
X
Coordenadores
Coleta de
X X X
Dados
Organização
X X
dos Dados
Análise dos
X X
Dados
Relatório
X
Parcial
Redação da
X X
Pesquisa
Apresentação
X
da Pesquisa
18

8. REFERÊNCIAS

ABERASTURY, A. & KNOBEL, M. Adolescência Normal. Porto Alegre: Ed.


Artes Médicas, 1981.

ANDRADE, A. G.; DUARTE, P. C. A. V. & OLIVEIRA, L. G. (org.). I


Levantamento Nacional Sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas
Entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras. Brasília: SENAD, 2010.

BAUMAN, K. E. & ENNETT, S. T. Peer influence on adolescente drug use. In


American Psychologist, v.49, pp.820-822, 1994.

BROWN, S. A. Expectancies versus background in the prediction of college


drinking patterns. In Journal of Consulting and Clinical Psychology, v.53,
pp.123-130, 1985.

BREAKWELL, G. M.; HAMMOND, S.; FIFE-SCHAW, C. & SMITH, J. A.


Métodos de Pesquisa em Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2010.

CAREY, K. B. Alcohol-related expectancies predict quantity and frequency of


heavy drinking among college students. In Psychology of Addictive
Behaviors, v.9, pp.236-241, 1995.

CARLINI, E. A.; CARLINI-COTRIM, B.; FILHO, A. R. S. e BARBOSA, M. T. II


Levantamento Nacional Sobre o Uso de Psicotrópicos em Estudantes de
1º e 2º graus – 1989. São Paulo: CEBRID – Escola Paulista de Medicina,
1990.

CIAMPA, A. C. Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense, 2001.

DIAS, M. G. F. e FONTAINE, A. M. Tarefas desenvolvimentais e bem-estar


de jovens universitários. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

DIMEFF, L. A.; BAER, J. S.; KIVLAHAN, D. R. & MARLATT, G. A. Alcoolismo


entre estudantes universitários: uma abordagem de redução de danos –
BASICS (Brief Alcohol Screening and Intervention for College Students).
São Paulo: Editora UNESP, 2002.

ERIKSON, E. Identidade: juventude e crise. Rio de Janeiro: Guanabara,


1987.

FREUD, S. Psicologia de Grupo e a Análise do Ego. In Obras Completas de


Sigmund Freud (23 v.), v.18. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

JACQUES, M. G. C. Psicologia Social e Contemporânea. Rio de Janeiro:


Vozes, 1998.

MAHEIRIE, K. Constituição do sujeito, subjetividade e identidade. Interações,


v. VII, n.13, pp.31-44, 2002.
19

PILLON, S. C. & CORRADI-WEBSTER, C. M. Teste de identificação de


problemas relacionados ao uso de álcool entre estudantes universitários. In
Revista de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, v.14,
n.3. Rio de Janeiro, 2006.

RODRIGUES, R. M. Pesquisa Acadêmica. São Paulo: Atlas, 2007.


RABELLO, E. T. & PASSOS, J. S. Erikson e a teoria psicossocial do
desenvolvimento, 2007. Disponível em:
<http://www.josesilveira.com/artigos/erikson.pdf>. Acesso em 01/11/2012.

SENNA, S. R. C. M. & DESSEN, M. A. Contribuições das teorias do


desenvolvimento humano para a concepção contemporânea da adolescência.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.28, pp.101-108, 2012.

SOUZA, D. B. A subjetividade maquínica em Guattari. Dissertação


Apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Psicologia da Universidade
Federal do Ceará, 2008.

SULS, J & GREEN, P. Pluralistic ignorance and college student perceptions of


genderspecific alcohol norms. Health Psychology, v.22, n.5, pp.479-486,
2003.

SWADI, H. Individual risk factors for adolescent substance abuse. In Drug and
Alcohol Dependence, v.55, pp.209-224, 1999.
20

ANEXOS
21

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO INICIAL – IDADE, CURSO, USO DE DROGAS


E QUAIS DROGAS FEZ USO.
22

1. Qual a sua idade?

2. Qual curso está frequentando?


( ) Psicologia Diurno
( ) Psicologia Noturno
( ) Publicidade e Propaganda Diurno
( ) Publicidade e Propaganda Noturno

3. Fez uso de drogas no último ano?


( ) Sim
( ) Não

4. Quais drogas fez uso?

_
23

ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO SOBRE OS EFEITOS ABRANGENTES DO


ÁLCOOL (COMPREHENSIVE EFFECTS OF ALCOHOL – CEA)
24

Este questionário avalia duas coisas:


I. O que você esperaria que acontecesse se tomasse bebidas alcóolicas, e
II. Se você acha que o efeito é bom ou mau.

Instruções
a. Escolha uma das respostas, de concordo a discordo, dependendo do
efeito provável que você sofreria, caso tomasse bebidas alcóolicas.
Esses efeitos podem variar, dependendo da quantidade de álcool
consumida. Faça um círculo em torno de um dos algarismos do primeiro
conjunto depois de cada afirmação.
b. Escolha de bom a mau, dependendo de como você vê cada efeito.
Gostaríamos de saber se você acha o efeito bom ou mau,
independentemente do que espera que lhe aconteça. Faça um círculo
em torno de um dos algarismos do úlimto conjunto depois de cada
afirmação.
25
26
27

ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA-QUANTIDADE


(FREQUENCY-QUANTITY QUESTIONNAIRE)
28
29

ANEXO 4 – AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE RISCOS DO ÁLCOOL


(ALCOHOL PERCEIVED RISKS ASSESSMENT – APRA)
30
31

ANEXO 5 – PEDIDO DE CONSENTIMENTO ENVIADO AOS


COORDENADORES DOS CURSOS DE PSICOLOGIA E PUBLICIDADE E
PROPAGANDA
32

Curitiba, de de 2013.

Excelentíssimo Coordenador do Curso de Psicologia


Professor Naim Akel Filho, e
Excelentíssimo Coordenador do Curso de Publicidade e Propaganda
Professor Fábio Henrique Feltrin

Através desta venho solicitar realização da coleta de dados da minha


pesquisa sobre a percepção do jovem universitário acerca das drogas para o
PIBIC da PUCPR – Câmpus Curitiba.
Sou graduando do 5º período do curso de Psicologia, período noturno e
estou realizando esta pesquisa sob orientação da Profª Ms. Célia Winter. Minha
pesquisa tem como objetivo investigar a percepção que o jovem universitário
tem acerca das drogas, em especial do álcool, com a finalidade de oferecer
uma nova variável a ser considerada nas políticas de intervenção e de
prevenção ao uso de álcool, em especial, dentro das universidades. Para tanto
pretendo aplicar 4 questionários, que somam 61 perguntas, divididos nas
seguintes etapas: questionário inicial – idade, curso, uso de drogas e quais
drogas fez uso; questionário sobre os efeitos abrangentes do álcool
(comprehensive effects of alcohol – CEA); questionário de frequência-
quantidade (frequency-quantity questionnaire) e avaliação da percepção de
riscos do álcool (alcohol perceived risks assessment – Apra).
A opção pela totalidade dos alunos dos primeiros períodos dos cursos de
Psicologia e de Publicidade e Propaganda deve-se ao fato de o projeto ter
como interesse a percepção dos calouros universitários acerca do álcool e, em
um primeiro momento, os de Psicologia, por lidarem direta (ao consumir) ou
indiretamente (no atendimento clínico, por exemplo) com os problemas
causados em decorrência do uso da droga e os calouros de Publicidade e
Propaganda, tanto, também, pelo contato direto, como pelo fato de serem
possíveis criadores de peças publicitárias que estimulam o consumo de álcool
e, portanto, alimentadores de um dos mais importantes dispositivos produtores
de subjetividade da atualidade, a mídia.
Fico no aguardo do seu parecer e coloco-me à disposição para maiores
informações que se fizerem necessárias.
33

Atenciosamente
Luccas Cechetto – Graduando do 5º Período (Noturno) do Curso de
Psicologia.
34

ANEXO 6 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


35

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA


PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA E INFORMADA
De acordo com a resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996, Comitê
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde

TÍTULO DA PESQUISA: A Percepção que o Jovem Universitário tem das


Drogas.
INVESTIGADORES NESTA PESQUISA: Profª Ms. Celia Winter e Luccas
Cechetto.

Convidamos o(a) Sr (a) para participar da Pesquisa “A Percepção que o


Jovem Universitário tem das drogas”, sob a responsabilidade dos
pesquisadores Celia Winter e Luccas Cechetto, a qual pretende investigar a
percepção do jovem universitário acerca das drogas. Acreditamos que ela seja
importante para verificarmos de que maneira as drogas são percebidas pelos
jovens universitários para que se possam elaborar instrumentos mais eficazes
na intervenção e prevenção ao uso.
Sua participação é voluntária e se dará por meio da resposta de 4
questionários que irão verificar sua idade e curso de graduação, além de
investigar se e quais drogas utilizou no passado (4 perguntas); sua percepção
do próprio comportamento mediante o uso de uma delas (38 perguntas); a
frequência de uso de uma delas (3 perguntas) e sua percepção dos riscos (16
perguntas) do uso de uma delas, totalizando 61 perguntas.
Se depois de consentir em sua participação o Sr(a) desistir de continuar
participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em
qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados,
independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O(a) Sr(a) não
terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os
resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não
será divulgada, sendo guardada em sigilo. Se for do seu interesse, você pode
receber uma cópia dos resultados deste estudo, ligando para o pesquisador
Luccas Cechetto no telefone (41) 92039869. Para qualquer outra informação,
o(a) Sr(a) poderá entrar em contato com o pesquisador no endereço Rua
36

Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho – CEP: 80215-901 – Bloco Verde,


pelo telefone (41)92039869, ou, em caso de dúvidas sobre seus direitos como
participante da pesquisa poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos pelo ramal 2292 e falar com o Profº Naim Akel
Filho, que é o coordenador do referido Comitê.

Consentimento Pós-Informação

Eu, , fui
informado(a) sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha
colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do
projeto, sabendo que não vou ganhar nada e que posso sair quando quiser.
Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por mim e
pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós.

Data: / / .
Assinatura do participante

Assinatura do pesquisador responsável

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