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O autor vai mais além quando ressalta que a psicologia institucional não representa uma
extensão da psicologia aplicada, e sim um campo psicológico de extraordinário avanço
tanto no aspecto investigativo quanto no desenvolvimento da prática profissional da
psicologia.
Com relação ao estudo das instituições, ele diz respeito a três fundamentos: o estudo da
estrutura e dinâmica das instituições, estudo da psicologia das instituições e a estratégia
do trabalho em psicologia institucional.
Burgess cita quatro principais tipos de instituições, a saber: instituições culturais
básicas, instituições comerciais, instituições recreativas e instituições de controle social
formal. Além disso, Young acrescente as instituições sanitárias e as instituições de
comunicação.
Quanto aos objetivos da instituição e do psicólogo, o texto ressalta que ambos têm que
ser perfeitamente conhecidos como prerrogativa de um ponto de partida para um
trabalho profissional. Salienta ainda o autor que o psicólogo precisa ter em mente
sempre que o motivo de uma consulta não é o problema de fato, mas sim um sintoma do
mesmo. Mais especificamente, os objetivos do psicólogo devem focar:
Bleger define "grau de dinâmica" não como a ausência de conflitos, e sim pela
possibilidade da explicitação, manejamento e resolução dentro dos limites
institucionais. Ou seja, a patologia do conflito se refere não apenas à existência do
conflito, mas com a ausência dos recursos necessários para a sua resolução. Destaca o
texto que a estereotipia constitui numa das defesas institucionais mais comuns frente ao
conflito. Desta forma, cabe ao profissional em psicologia institucional verdadeiro agente
de mudança e catalisador de conflitos reconhecer os mecanismos e não agir em função
deles, mas sobre eles, modificando-os.
Finalmente, toda empresa tem como objetivo fundamental, de uma ou de outra maneira,
um incremento de sua produtividade melhor dito, de suas utilidades e do psicólogo se
espera, explícita ou implicitamente, uma condução das relações humanas que leve a esta
finalidade. Em nenhum caso o psicólogo deve se situar como agente ou promotor da
produtividade, porque não é esta a sua função profissional; seu objetivo é a saúde e o
bem-estar dos seres humanos, o estabelecimento ou criação de vínculos saudáveis e
dignificantes. Seus objetivos podem levar tanto a um aumento da produtividade ou dos
benefícios como a uma diminuição da mesma, de maneira passageira, transitória ou
estável, mas em nenhum caso é isto o que mede a eficácia de sua tarefa (p. 63).
Promover a saúde destes indivíduos é procurar a sanidade institucional seja qual for o
contexto no qual o psicólogo esteja situado. Portanto, podemos entender que para o
psicólogo, atuar em uma instituição esta lhe interessará como organismo concreto, mas
sem deixar de lado que seu principal objetivo é o de estudar os fenômenos humanos que
se dão em relação com a estrutura, a dinâmica e os objetivos da instituição.