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A Psicologia Institucional é o termo usado para designar a abordagem da psicologia

nas instituições, fundamentada no referencial psicanalítico. Surgiu na Argentina na


década de 60 e difundiu-se no Brasil através do estado de Rio Grande do Sul.

José Bleger contribuiu de maneira fundamental para o desenvolvimento de métodos de


trabalho a nível institucional, ampliando seus estudos sobre grupos e entendendo que a
instituição é um grupo que resulta de acordos que se fazem entre a organização e as
pessoas a quem a organização confia às atribuições contidas nas funções.

Entendendo a dinâmica institucional, este teórico, enfatiza a importância dos objetivos


do psicólogo e os objetivos da instituição, e propõe que a Psicologia Institucional é
constituída por um processo de investigação e ação, onde o método clínico de indagação
operativa é um instrumento básico de pesquisa.

O criador da Psicologia Institucional afirma ainda que ocorreu uma mudança de


paradigma em relação aos campos de atuação do psicólogo, no âmbito individual e
privado, relacionados somente a problemas psicopatológicos e no campo de promoção
a saúde, abriu assim amplas possibilidades para atuação em grupos, empresas e
instituições.

Segundo Bleger, a psicologia institucional constitui-se num capítulo novo no


desenvolvimento da ciência psicológica, e isto requer um olhar mais demorado quanto
aos aspectos implicados neste contexto.

Segundo o autor a psicologia institucional constitui-se num capítulo novo no


desenvolvimento da ciência psicológica, e isto requer um olhar mais demorado quanto
aos aspectos implicados neste contexto.

Fica clara, neste texto, a importância do equilíbrio na relação teoria-prática, quando se


afirma que a prática não é um desmembramento sujeitado à ciência, mas, ao contrário, o
seu núcleo vital; bem como a investigação científica não está acima ou para além da
prática, porém inserida no curso da mesma. Ambos devem estar interligados
inseparavelmente.

O autor vai mais além quando ressalta que a psicologia institucional não representa uma
extensão da psicologia aplicada, e sim um campo psicológico de extraordinário avanço
tanto no aspecto investigativo quanto no desenvolvimento da prática profissional da
psicologia.

Progressivamente, a psicologia institucional pode ser assim desenhada quanto à sua


atuação: a) âmbito psicossocial [indivíduos]; b) âmbito sócio-dinâmico [grupos]; c)
âmbito institucional [instituições]; e, d) âmbito comunitário [comunidades].

Com relação ao estudo das instituições, ele diz respeito a três fundamentos: o estudo da
estrutura e dinâmica das instituições, estudo da psicologia das instituições e a estratégia
do trabalho em psicologia institucional.
Burgess cita quatro principais tipos de instituições, a saber: instituições culturais
básicas, instituições comerciais, instituições recreativas e instituições de controle social
formal. Além disso, Young acrescente as instituições sanitárias e as instituições de
comunicação.

Há dois princípios essencialmente interligados: a) toda tarefa precisa ser empreendida e


entendida em função da unidade e da totalidade institucional; e, b) cabe ao psicólogo
considerar a diferenciação entre psicologia institucional e o trabalho psicológico dentro
de uma instituição.

É de vital importância à observância que "a dependência econômica do psicólogo


institucional tem que ser fixada em termos tais que não comprometem sua total
independência profissional" (p. 40).

Quanto aos objetivos da instituição e do psicólogo, o texto ressalta que ambos têm que
ser perfeitamente conhecidos como prerrogativa de um ponto de partida para um
trabalho profissional. Salienta ainda o autor que o psicólogo precisa ter em mente
sempre que o motivo de uma consulta não é o problema de fato, mas sim um sintoma do
mesmo. Mais especificamente, os objetivos do psicólogo devem focar:

a) demarcação geral da sua tarefa;

b) aceitação ou não dos objetivos da instituição;

c) diagnóstico dos objetivos particulares.

A propósito, o objetivo final do psicólogo institucional configura-se num objetivo de


psico-higiene, ou seja, a obtenção da melhor organização e condições as quais possam
promover saúde e bem-estar dos integrantes da instituição. Ainda com relação aos
objetivos do psicólogo, Bleger afirma que o profissional não se deve aceitar jamais um
trabalho em uma determinada instituição cujos objetivos conflitam com os dele. Em
psicologia, a ética precisa coincidir com a técnica. Finalmente, é enfatizado
textualmente que, aceitando o psicólogo os objetivos de uma instituição, significam
apenas uma condição para o enquadramento de sua tarefa, mas os objetivos da
instituição não são seus objetivos profissionais.

Bleger define "grau de dinâmica" não como a ausência de conflitos, e sim pela
possibilidade da explicitação, manejamento e resolução dentro dos limites
institucionais. Ou seja, a patologia do conflito se refere não apenas à existência do
conflito, mas com a ausência dos recursos necessários para a sua resolução. Destaca o
texto que a estereotipia constitui numa das defesas institucionais mais comuns frente ao
conflito. Desta forma, cabe ao profissional em psicologia institucional verdadeiro agente
de mudança e catalisador de conflitos reconhecer os mecanismos e não agir em função
deles, mas sobre eles, modificando-os.

Finalmente, toda empresa tem como objetivo fundamental, de uma ou de outra maneira,
um incremento de sua produtividade melhor dito, de suas utilidades e do psicólogo se
espera, explícita ou implicitamente, uma condução das relações humanas que leve a esta
finalidade. Em nenhum caso o psicólogo deve se situar como agente ou promotor da
produtividade, porque não é esta a sua função profissional; seu objetivo é a saúde e o
bem-estar dos seres humanos, o estabelecimento ou criação de vínculos saudáveis e
dignificantes. Seus objetivos podem levar tanto a um aumento da produtividade ou dos
benefícios como a uma diminuição da mesma, de maneira passageira, transitória ou
estável, mas em nenhum caso é isto o que mede a eficácia de sua tarefa (p. 63).

Atuar no viés da psicologia institucional requer conhecimento prévio e especificado


uma vez que a instituição é muito mais do que um lugar de interações trabalhistas; é um
ponto de convergência das diversas personalidades que ali se interagem.

Promover a saúde destes indivíduos é procurar a sanidade institucional seja qual for o
contexto no qual o psicólogo esteja situado. Portanto, podemos entender que para o
psicólogo, atuar em uma instituição esta lhe interessará como organismo concreto, mas
sem deixar de lado que seu principal objetivo é o de estudar os fenômenos humanos que
se dão em relação com a estrutura, a dinâmica e os objetivos da instituição.

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