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Grupo I – Comente, fundamentado, as seguintes afirmações (6v):

a. A caducidade não constitui uma forma de extinção da obrigação fiscal.


b. Na hermenêutica das normas fiscais admite-se, em geral, a utilização de elementos não
previstos em sede de princípios gerais de interpretação e aplicação das leis.
c. A periocidade da obrigação fiscal de IRS impõe uma cuidadosa apreciação da
retroatividade e retrospetividade das leis.

Grupo II – Atente no seguinte caso de IRS (8v)


Álvaro e Bruna são casados no regime de comunhão de adquiridos e têm dois filhos, Carlos, de
14 anos, e Daniel, de 27, ambos estudantes e sem rendimentos.

Ambos os cônjuges são tradutores de profissão e resolveram constituir uma sociedade


profissional, com sede de Lisboa, que tem por objeto a tradução e retroversão de vários textos em
língua portuguesa, inglesa ou alemã. A sociedade apresentou no presente ano uma matéria
coletável de 200 000€.

A par da sua profissão, Bruna é uma aficionada por arte e profunda conhecedora de pintura
portuguesa do início do século XX. Os seus conhecimentos permitiram-lhe vender uma
importante obra de um pintor português por 100 000€, obra essa que tinha adquirido 2 anos antes
por 80 000€.

Por outro lado, o casal é ainda proprietário de uma casa no Algarve que lhe proporcionou 10 000€
em rendas.

O casal tem documentos comprovativos de despesas de saúde de 300€ com o seu filho Carlos e
de 200€ com o seu filho Daniel.

Quid iuris?

Grupo III – Atente nos seguintes casos de IRC e IVA (4v+2v)


A sociedade Alfa. Lda, tem sede no Porto e estima-se que apresentará no presente ano um RLE
de 600 000€ que incluirá, entre outros, os seguintes elementos contabilísticos:
a) Volume de vendas: 800 000€, do qual metade respeita a venda de bens para o Brasil;
b) Coimas pagas: 10 000€
c) Compra de matéria-prima, cujas faturas comprovativas têm o nome do vendedor ilegível: 200
000€;
d) Prejuízo fiscal do ano anterior: 50 000€.

Em face dos elementos apresentados, apure:


i) A incidência pessoal em sede de IRC e o imposto pagar;
ii) A incidência pessoal em sede de IVA e o IVA a pagar.

GRELHA SIMPLIFICADA DE CORREÇÃO

EXAME DE 2ª ÉPOCA 2016-2017

DIREITO FISCAL

Grupo I
a) Distinguir caducidade de prescrição. Caducidade aplicável às dívidas não
liquidadas. Artigos 48.º e 45.º da LGT.
b. Regra geral de aplicação dos princípios e resultados interpretativos previstos para a
generalidade das leis, incluindo interpretação restritiva e extensiva (artigo 9.º do CC).
Especialidade da consideração da substância económica como critério interpretativo
auxiliar e subsidiário e possibilidade de os conceitos previstos nas leis tributárias serem
distintos dos previstos nos outros ramos do Direito. Artigo 11.º
c. O princípio da segurança e a irretroatividade da lei fiscal ( artigo 2.º e 103.n.º 3 da CRP.
Distinção entre retroatividade e retrospetividade (situações jurídicas cujos efeitos se
projetam no futuro). A anualidade e a consolidação do facto tributário no último dia do
ano.

Grupo II – IRS

Incidência pessoal
Pressupondo a opção por tributação conjunta: “A” E “B” são sujeitos passivos ( 13.º n.sº1 a 3 e 4
a)). “C” é dependente (13.º n.º 4 a) e 5) a). “D” não integra o agregado por não previsto no artigo
13.º
São residentes nos termos do 15.º n.º 1. O regime de bens é indiferente.

Incidência real
Tradutores:
Estamos perante uma sociedade sob o regime de transparência fiscal ( 6.º e 12.º do IRC), pelo que
a sua MC é imputada aos sócios em igual percentagem ( por a hipótese não identificar outra
solução), em sede de RL da categoria B( artigo 20..º/2 IRS). Logo o RL de “A” é de 100 000 e
igual para “B”.

Arte:
Não está previsto como mais-valia, pelo que não é tributado em sede de IRS, dado o princípio da
legalidade e subprincípio da tipicidade. Pode ser equacionada a possibilidade de constituir um ato
isolado ao abrigo do artigo 30.º e tributado na categoria “B”.

Casa no Algarve:
Os rendimentos são tributados na categoria F (artigo 8.º). RB: 10 000€. Não existem deduções
especificas. Tributados nos termos do STE previsto no artigo 72.º/1 e) à taxa de 28%. Não há
lugar a englobamento, salvo opção (72/8). Equacionar a possibilidade ed tributação na categoria
“B”.
Apuramento da coleta e do imposto a pagar
Após englobamento é apurado o RC e aplicadas sucessivamente as normas do 68.º/1 , 69.º ( taxas
progressivas) e 68.º /3 e ainda a TAS prevista no artigo 68.º- A para apurar a coleta.
Há coleta são feitas as DC previstas nos artigos 78.º-A e 78.º-C. As despesas de “D” não podem
ser dedutíveis.

Grupo III –
IRC

Sociedade residente ( artigo 2.º /3), tributação de acordo com o princípio da universalidade ( 4.º
n.º1)
Base de imposto: LT ( artigo 3.º/1 a) e 17.º e seguintes).
Volume de vendas – ganho 20.º /1 a)
Coimas – CF a acrescer – 23.º /1 e)
Compras – não dedutível, logo a acrescer 23.º n.º4
Prejuízo – é dedutível na MC e não no LT ( 15.º n.º 1 a) ), logo acresce ao LT
Apuramento da MC ( 15.º n.º 1 a) )
Subtração do PF com os limites do artigo 52.º
Apuramento da Coleta e do imposto a pagar
Aplicação da taxa proporcional de 21% prevista no 87.º n.º1
Não há lugar a DC

IVA
Imposto geral sobre o consumo
A sociedade é sujeito passivo de IVA (2.º n.º1 a) )
As compras e vendas estão submetidas ao regime do IVA ( 1.º)

Método do CI para as vendas situadas no território nacional


400 000€ à taxa de 23% (16.º e 18.º 1c) )
IL-IS = IVA
Não é possível deduzir o imposto suportado em faturas sem identificação do vendedor.
Logo todo o IVA liquidado deve ser entregue ao Estado

Método da isenção completa para as vendas realizadas para Estados terceiros – Brasil (14.º)
Neste caso, não se liquida IVA na venda, mas também não é possível requerer o reembolso do
imposto suportado, por a fatura não identificar o vendedor (19.º/2)

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