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ESCOLA DE MUSICA BITENCOURT

Curso de Contrabaixo 1 e 2
NIVEL 1

Parte teórica

O Contra Baixo

É importante que se tenha em mente que o contrabaixo é um instrumento de acompanhamento, sua


principal característica e que não deve nunca ser esquecida. Deve-se sempre estar imbuído desse
“sentimento de acompanhamento” para que o contrabaixo exerça sua função, que é intermediária entre o
ritmo e a harmonia, sendo então um instrumento com uma função de equilíbrio dentro da música.

A função do contrabaixo “solista” é uma decorrência do tipo de música que se toque, mas para que se
atinja a condição de solista, é preciso conhecer a base do instrumento, conhecer sua técnica, para que
depois se desenvolvam outras aptidões. Considero que a base do estudo são a técnica e a leitura, pontos
fundamentais por onde se adquirirá uma base sólida para posteriormente, naturalmente, se desenvolverem
aptidões maiores e, principalmente, um estilo próprio de tocar.

Existe também um dado que considero importante é a parte psicológica do contrabaixo e do contra
baixista. Existe uma transferência de funções entre o contrabaixo e o contra baixista e vice-versa. Sendo o
contrabaixo um instrumento de equilíbrio dentro da música, esta é uma qualidade que se transfere para o
contrabaixista.

O contrabaixista há que ser uma pessoa equilibrada, assim ele transferirá para sua música esse traço do
seu caráter. Da mesma forma, uma pessoa desequilibrada emocionalmente assim tocará um estilo pessoal
agradável e seguro. Normalmente, a própria função de equilíbrio desempenhada pelo contrabaixo na
música, se transferirá para o contrabaixista, tornando-o mais seguro e equilibrado, e daí para diante se
formará um círculo vicioso em que o instrumento ajuda o músico, o músico se torna mais seguro,
tornando sua música mais equilibrada, e assim por diante.

A segurança se adquire primeiro através da educação de sua própria personalidade, depois através do
estudo e da prática musical, tocando todo e qualquer tipo de música com o mesmo amor e interesse. Tudo
é válido e necessário para o aperfeiçoamento próprio. Outra condição importante para o músico é o lado
profissional. É muito importante procurar ser um bom profissional em todos os momentos de sua carreira.
Sempre que estiver tocando, dê o máximo e o melhor de si, que só benefícios receberá em troca.

A origem do nome contrabaixo

A origem do nome contrabaixo vem da classificação do instrumento em sua família. Geralmente a palavra
contra e acrescentada ao nome do instrumento quando esse é o mais grave entre os membros de sua
família. O contrabaixo é o instrumento mais grave da família do violino: violino, viola, violoncelo e
contrabaixo.

O contrabaixo elétrico foi unia das modernizações tecnológicas, sonoras e de linguagem musical nos
meados do século XX. Depois da criação da guitarra elétrica e do amplificador na década de 40 os
músicos sentiram necessidade de um instrumento que pudesse ser facilmente amplificado e que além de
possibilitar um transporte mais cômodo, permitisse um aperfeiçoamento da linguagem e sonoridade, pois
o contrabaixo acústico era difícil de ser amplificado com os equipamentos da época e seu tamanho
dificultava o transporte e a modernização da linguagem c sonoridade musical que estavam a todo vapor.
Foi então que um lulhier (artesão, construtor de instrumentos musicais) chamado Léo Fender, lançou o
primeiro contrabaixo elétrico o “Fender precision”. O nome “precision” foi escolhido porque o
instrumento possuía trastes na escala ao contrario do contrabaixo acústico, permitindo assim, que as notas
fossem obtidas com "precisão". O contrabaixo é afinado em intervalos de quarta justa entre suas cordas,
seja ele de quatro cordas (mi, lá ré sol), cinco cordas (si, mi, lá ré e sol) ou seis cordas (si, mi lá ré sol e
do). Essa afinação se dá uma oitava abaixo da afinação da guitarra, ou seja, mais grave, por essa razão o
comprimento de sua escala é maior e seu corpo mais robusto.

Partes do Contra Baixo


Iremos nesse capítulo fazer uma breve explanação sobre componentes do baixo elétrico. Esse
conhecimento do instrumento é muito importante para seu aprendizado.

PONTE – Uma peça muito importante do baixo. Embora pareça que seja apenas um apoio para as cordas,
é ela quem faz a transferência das vibrações da corda para a madeira do corpo. Em alguns baixos, as
cordas não são presas na ponte, mas sim diretamente no corpo, visando um melhor aproveitamento dos
graves.

CAPTADORES – Tem a função de transformar a vibração das cordas em som. Através da indução
magnética, o som é captado e transmitido para a saída. Entre os vários modelos de captadores, os mais
comuns são o JAZZ (padrão Jazz Bass), precision e piezo.

CORPO – Responsável direto pelo timbre do instrumento. Assim como no violão existe a caixa acústica,
o corpo do baixo é quem vibra, dando sustain e grave necessário ao baixo,
MÃO – É a parte onde se prende as cordas as tarraxa. Além de servir para fixação das tarraxas, tem muita
influencia no equilíbrio do instrumento.

TARRACHAS – Responsável pela afinação do instrumento, merece cuidados especiais quanto à


manutenção e conservação.

BRAÇO – Parte fundamental do instrumento deve ser firme o suficiente e de madeira estável. Requer
cuidados quanto ao uso do tirante, que é interno ao braço. Recomenda-se apenas pessoas qualificadas faça
a regulagem deste.

TRASTES – São pequenas faixas de metal que se estendem ao longo do braço, são responsáveis pela
limitação e localização das notas

Parte técnica
Começando o Estudo do Contrabaixo

Ter organização e disciplina é a chave para aprender contrabaixo!. Se a tivermos, vamos ter Animo para
repetir incontáveis vezes todos os exercícios que melhoram a rapidez, sonoridade, intimidade com a
musica e com o instrumento.
Para ser bem prático no assunto de como tocar baixo, depois da teoria vista acima vamos começar o curso
na prática.

Primeiro, faça alongamento dos braços, dedos e pulso, porque você vai fazer muita repetição de
exercícios. Planeje seu tempo, quantas vezes na semana e quantas horas você para praticar o estudo do
baixo.

1 - Depois de alongar, tem que fazer a afinação do instrumento


2 - Depois é fazer exercícios diários de:

- tríade (maior, menor, maior com sétima maior, menor com sétima menor)
- escalas
- técnicas básicas (hammer on, pull off, slide)
- exercícios de movimentação no braço do instrumento para pegar agilidade, dentre outros que veremos
no decorrer do curso.

Postura para Tocar Contrabaixo

A posição do instrumento musical em relação ao corpo e a postura do corpo são muito


importantes. Hábitos inadequados de postura podem prejudicar a coluna cervical, os tendões, os músculos
etc, além de comprometerem o desempenho musical. O ideal é manter a coluna ereta o tempo todo e fazer
uso de uma correia, de preferência larga, para melhor distribuir o peso do Instrumento nas costas. Além
disso, é importante posicioná-lo na diagonal, com o corpo para baixo e o braço para cima. A tensão será
menor, pois o braço direito não estará tão dobrado. O braço do baixo para cima, mais próximo do rosto,
facilita a visão do braço e a posição da mão esquerda (Principalmente no Pizzicato, nas outras técnicas a
postura pode variar um pouco).
Enquanto estamos estudando, costumamos ficar sentados. Mas em shows ou ensaios permanecemos em
pé, o que altera muito a posição do instrumento em relação ao corpo. Esta mudança causa problemas de
execução, principalmente na parte “técnica”, para a maioria dos contrabaixistas. Por Isso, considero muito
importante o uso da correia também quando estamos sentados, estudando.
Assim, procure manter a mesma posição do instrumento estando sentado ou em pé. “Coincidentemente’
esta postura, que considero ideal para se tocar o contrabaixo se aproxima multo da usada pelos violonistas
clássicos.
A posição do instrumento é algo muito pessoal. Cada pessoa deve procurar a mais adequada. Mas lembre-
se: nem sempre a postura mais confortável é a melhor para seu corpo. Por isso, considere estas dicas.
Obs.: É aconselhável alongar e aquecer as mãos e os braços (músculos, tendões, etc) por meio de alguns
exercícios, seja antes de estudar, ensaiar, shows, enfim. O aquecimento pode ser feito com exercícios
técnicos, sempre iniciados lentamente, procure preservar seus músculos, tendões, etc.

Antes de começarmos a trabalhar a questão da posição correta e dos exercícios técnicos, iremos
fazer uma introdução a primeira e principal técnica usada no contrabaixo elétrico que é o pizzicato. Esta é
a técnica mais utilizada no instrumento.

"Pizzicato"

O pizzicato consiste em tocar com o dedo da mão direita, tocar as cordas com os dedos da mão direita
(esquerda para os canhotos), usando, a principio os dedos indicador e médio.

Origem

A técnica surgiu no inicio do século 17 e era utilizada nas orquestras apenas em algumas passagens,
atuando como um efeito alternativo ao arco, devido à sua característica percussiva. Passou a ser usada de
maneira
diferente no contrabaixo acústico, que fazia o papel antes ocupado pela tuba - durante o período do swing
e do bebop, na primeira metade do século 20. Sem amplificadores e usando cordas de tripa, os baixistas
tinham que tocar com muita energia para serem ouvidos nas big bands ao lado de vários instrumentos de
sopro, piano, bateria, etc. Com o surgimento do baixo elétrico, houve a necessidade de se criar um novo
sistema de execução que pudesse se adaptar ao novo instrumento. No inicio, usou-se apenas o polegar
para tocar as cordas, sendo que os demais dedos ficavam apoiados em uma pequena peça colocada na
parte inferior do corpo chamada finger rest. Posteriormente, com o surgimento de uma nova geração de
músicos (Stanley Clarke, por exemplo), passou-se a usar a técnica similar a usada no “gigante”, ou seja, o
polegar passou a ser apoiado sobre o captador.

Como Tocar?

O pizzicato tradicional é feito com os dedos indicador (i) e médio (m). O ideal é sempre alterná-los,
permitindo maior agilidade e um som mais uniforme. Procure apoiar o polegar no captador, ou na corda
acima da qual você está tocando.

Posição Correta das Mãos

Mão Direita (Pizzicato)

Procure manter a mão direita curvada e o polegar apoiado no corpo do baixo, no captador, ou na corda
mais grave ao se tocar as demais, o que já ajuda no abafamento.
O local mais indicado para se tocar as cordas seria próximo à ponte, onde a definição do som é melhor.
Evite apoiar o antebraço no corpo do baixo, o apoio fica mesmo no polegar. O pizzicato é, em geral,
tocado com dois dedos (mão direita): dedo nº 1 = I = indicador e dedo nº 2= M = médio. Alguns baixistas
o tocam com três dedos, acrescentando o anelar.
O movimento para se tocar as cordas é pincelado (levemente com a ponta dos dedos), evitando puxá-las.

Mão Esquerda

O polegar fica apoiado na parte detrás do braço do baixo. Procure manter a mão curvada, para os dedos
ficarem na mesma altura e na vertical.
O local onde se coloca os dedos dentro das casas para se prender as cordas, dando assim a nota desejada,
deve ser bem próximo ao traste. Assim você fará menos pressão e evita trastejamentos.
Não se deve colocar o dedo sobre o traste, pois abafará a nota.

Abafamento das Cordas Para um Melhor Som

O abafamento é muito importante no contrabaixo elétrico, pois evita vários tipos de “ruídos”, Deve ser
aplicado para todas as técnicas, usando as duas mãos.

Mão Direita (Pizzicato)

O abafamento pode ser obtido de várias formas. Uma delas é usar o polegar na vertical, encostando-o nas
cordas. Entretanto, nesta técnica, o polegar deixa de ser o apoio da mão direita, Outra maneira de se obter
o abafamento é apoiar o polegar na corda mais grave, o dedo mínimo na corda seguinte e o anelar na
próxima corda, deixando os dedos médio e indicador livres.

Mão Esquerda

A mão esquerda auxilia a mão direita no abafamento, principalmente das cordas agudas. O dedo indicador
ajuda muito, usado na posição de pestana, tocando a nota desejada com a ponta do dedo apenas
encostando-o nas demais. Quando não estiverem sendo usados para tocar, os outros dedos e o próprio
indicador também auxiliam no abafamento, encostando-os nas cordas.
Depois que você praticar bem os exercícios do curso de baixo, pode treinar as técnicas de contra baixo
como hammer on, pull off, slide. Técnicas como tap e slap é melhor deixar para quando estiver
dominando essas técnicas mais básicas.··.
Para continuar o curso serão apresentados exercícios que são muito importantes para o estudo do
baixo.
Antes, falaremos de questões técnicas, específicas para a mão esquerda. Lembre-se sempre de manter os
dedos perpendiculares (formando um ângulo de 90º com o braço do instrumento) ao braço do baixo, pois
o caminho aos diversos pontos da escala será mais fácil. Experimente tocar uma linha de baixo qualquer
ou uma frase que você conheça, ou ainda "caminhar" no braço do instrumento com os dedos deitados, e
logo em seguida faça a mesma coisa com os dedos perpendiculares ao braço. Notou a diferença?
Agora tente atingir o máximo de casas com o indicador (dedo um) na primeira casa, e o mínimo (dedo
quatro), estando os dois dedos inclinados. Agora repita o processo com os dedos na posição correta. Ficou
muito mais fácil não é?
Vamos a alguns exercícios para independência dos dedos da mão esquerda. Antes de começar, vamos a
algumas explicações sobre os exercícios: Os exercícios são para independência dos dedos, não para
velocidade.
Portanto, execute-os de forma lenta e constante, para que a sua mente se "acostume" a eles e
consequentemente fiquem mais familiares aos seus dedos.
Se você errar, volte do princípio.
Caso não tenha um metrônomo, providencie um o mais rápido possível, e enquanto você espera chegar
bata o pé em ritmo constante enquanto faz os exercícios.
Lembre-se de alternar os dedos da mão direita para cada nota tocada com a mão esquerda. Por enquanto
utilize apenas o dedo indicador e médio (dedos um e dois) da mão direita.

Use um dedo da mão esquerda para cada casa.


Exercícios:

Exemplo

1234
1 = dedo indicador da mão esquerda,
2 = dedo médio da mão esquerda,
3 = dedo anelar da mão esquerda e,
4 = dedo mínimo da mão esquerda.

Mais exercícios - fazer lentamente para depois aumentar a velocidade!

Casas
1234
1243
1324
1342
1423
1432

2341
2314
2431
2413
2134
2143

3124
3142
3214
3241
3412
3421

4123
4132
4231
4213
4312
4321

Faça o exercício preferencialmente começando na casa um.


Faça a sequência quantas vezes quiser.
Altere as casas, começando na casa cinco, por exemplo.
Preste atenção à mão direita.
Durante o exercício, e também para tocar normalmente, convém prestar muita atenção à altura da alça
utilizada. Sim, ela deve estar regulada de forma a que você possa manter seu antebraço esquerdo a
noventa graus em rela cão ao braço. Isso é muito importante!!!
Caso contrário, sua técnica vai se perder. Sim é muito mais difícil tocar com o instrumento lá embaixo.
.mais isso não é mérito algum para que o faça muito pelo contrário, denota total conhecimento técnico, e,
em minha opinião, não deve ser seguido.
Agora vamos fazer um exercício muito parecido com o primeiro, para independência dos dedos também,
mas com alternância de cordas.

Casas:

Descendo
1234
2345
3456
4567

Subindo
7 – 8 - 9 - 10
8 - 9 - 10 - 11
9 - 10 - 11 - 12
10 - 11 - 12 - 13
Esses são exercícios fundamentais tanto para iniciantes quanto para profissionais. Servem também para
"esquentar" os dedos antes de apresentações.
Não desista, com três dias de execução regular dos exercícios você já notará a diferença. Quanto mais
vezes você fizer, melhor ficará sua execução.

Exercícios Técnicos

Neste parte, colocamos alguns exercícios que irão te ajudar tecnicamente falando. São técnicas
psicomotoras, de aquecimento, improvisação de agilidade nos dedos. Confira abaixo:

Psicomotor

Esses exercícios melhoram, e bastante, a parte Psicomotora.


Assim como os demais, deve ser feito bem devagar e ir aumentando a velocidade.

Psicomotor 1

------------------------------------4--3--2----------------------------------------------
-------------------------1--2--3---------------1--2--3-----------------------------------
-------------4--3--2--------------------------------------4--3--2------------------------
--1--2--3------------------------------------------------------------1--2--3--4----------

Psicomotor 2

1--2---------------------------------------------------------3--4--1--2---
--------3--4---------------------------------------1--2-------------------
----------------1--2-----------------------3--4---------------------------
-------------------------3--4--1--2---------------------------------------

Movimentação

-------------------------------------------------------------4---5---6---7----
-----------------------------------------3---4---5---6------------------------
----------------------2---3---4---5-------------------------------------------
1---2---3---4-----------------------------------------------------------------

Obs.: Ao terminar a escala, fazer o mesmo exercício decrescente

Escada de Braço

1---------------------------------8-----7------------------------1-----
----2-----------------------7----------------6---------------2---------
--------3-------------6--------------------------5-------3-------------
------------4----5-----------------------------------4-----------------

Exercícios para aquecimento e maior agilidade dos dedos.


Aconselho que se faça esses exercícios durante 15 dias, uma hora por dia. O resultado é muito bom.
Depois dos 15 dias os dedos vão deslizar no braço.
Deve ser feito bem devagar e ir aumentando a velocidade. De preferência, use um metrônomo.

--------------------------------------------------------------1---2---3---4--------------------------------------------------
--
------------------------------------------1---2---3---4-------------------------1---2---3---4------------------------------
---------
----------------------1---2---3---4-----------------------------------------------------------------1---2---3---4----------
---------
--1---2---3---4------------------------------------------------------------------------------------------------------1---2--
-3---4--

--------------------------------------------------------------1---2---4---3--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------1---2---4---3-------------------------1---2---4---3------------------------------
---------
----------------------1---2---4---3-----------------------------------------------------------------1---2---4---3----------
---------
--1---2---4---3------------------------------------------------------------------------------------------------------1---2--
-4---3--

--------------------------------------------------------------2---3---4---1--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------2---3---4---1-------------------------2---3---4---1------------------------------
---------
----------------------2---3---4---1-----------------------------------------------------------------2---3---4---1----------
---------
--2---3---4---1------------------------------------------------------------------------------------------------------2---3--
-4---1--

--------------------------------------------------------------3---4---2---1--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------3---4---2---1-------------------------3---4---2---1------------------------------
---------
----------------------3---4---2---1-----------------------------------------------------------------3---4---2---1----------
---------
--3---4---2---1------------------------------------------------------------------------------------------------------3---4--
-2---1--

--------------------------------------------------------------4---3---2---1--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------4---3---2---1-------------------------4---3---2---1------------------------------
---------
----------------------4---3---2---1-----------------------------------------------------------------4---3---2---1----------
---------
--4---3---2---1------------------------------------------------------------------------------------------------------4---3--
-2---1--

--------------------------------------------------------------1---3---2---4--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------1---3---2---4-------------------------1---3---2---4------------------------------
---------
----------------------1---3---2---4-----------------------------------------------------------------1---3---2---4----------
---------
--1---3---2---4------------------------------------------------------------------------------------------------------1---3--
-2---4--

--------------------------------------------------------------2---4---1---3--------------------------------------------------
---------
------------------------------------------2---4---1---3-------------------------2---4---1---3------------------------------
---------
----------------------2---4---1---3-----------------------------------------------------------------2---4---1---3----------
---------
--2---4---1---3------------------------------------------------------------------------------------------------------2---4--
-1---3--

Para o estudo do contrabaixo a postura correta para tocar e o abafamento das cordas são muito
importantes, principalmente ao executar exercícios.
O braço do contrabaixo e as notas musicais
Obviamente você conhece a escala musical convencional, certo? Bom, por via das dúvidas aí vai:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
É usual que se repita a primeira nota da escala, neste caso o Dó, de tal sorte que do ponto de vista prático
temos uma escala com 8 notas, sendo a oitava uma repetição da primeira. Você deve também saber que
cada uma das notas musicais é usualmente representada por uma única letra. Aliás, esta é a notação que
iremos usar durante a maior parte do tempo. Neste caso a escala musical comum pode ser:
CDEFGABC
Esta escala de 8 notas é conhecida por escala diatônica.
Em resumo:
C = Dó
D = Ré
E = Mi
F = Fá
G = Sol
A = Lá
B = Si
Passemos à prática. Observe o braço do baixo. Se você prender a 3ª corda no 3º traste terá um C (convém
lembrar que a primeira corda é a mais fininha, e a 4ª a mais grossa). A sequência da escala musical você
obterá se seguir o esquema a seguir:

Observe a distância (comumente denominada de intervalo) que separa cada uma das notas no braço do
instrumento. Cada 2 trastes equivalem a 1 tom. Portanto, o intervalo entre C e D é de 1 tom, o mesmo
ocorrendo entre D e E. Porém, entre E e F este intervalo é de apenas 1/2 tom, ou seja, de apenas 1 traste.
Isto se repete entre a 7ª. e a 8ª. nota da escala, ou seja, entre B e C. Uma das perguntas lógicas que pode
se seguir a esta explicação é a seguinte: se existem apenas 7 notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si), que
notas então são estas que ficam entre o C e o D, entre o D e o E e assim por diante ? Estas notas
equivalem a 1/2 tom (apenas 1 traste) e, cada uma delas recebe o nome da nota que a antecede mais o
sufixo sustenido (#) ou, o da nota que vem a seguir mais o sufixo bemol (b). Apenas para ilustrar vale
dizer que num piano estas mesmas notas são tocadas nas teclas pretas, enquanto a escala convencional se
obtém nas teclas brancas.
Parece complicado mas não é. A nota entre o C e o D (a do segundo traste) é então um C# ou Db, a do
quarto traste um D# ou Eb. As notas seguintes são: F# ou Gb, G# ou Ab e A# ou Bb. Observe que, não há
notas entre o E e o F, não existindo, portanto, o E# ou Fb. O mesmo ocorrendo entre o B e o C, ou seja,
não existe B# ou Cb. Assim, do ponto de vista prático, existem na verdade 12 notas musicais, que são:
C C# (ou Db) D D# (ou Eb) E F F# (ou Gb) G G# (ou Ab) A A# (ou Bb) B
Esta escala completa com 12 notas musicais é conhecida como escala cromática. Baseados nisto e,
conhecendo a nota que corresponde a cada uma das cordas soltas de uma guitarra com afinação
tradicional, é possível deduzir a posição de cada uma das notas ao longo de toda a extensão do braço.
Veja o esquema abaixo:

A partir do 12º. traste o padrão de notas repete-se integralmente. Observe que neste traste as notas são
exatamente as mesmas obtidas com as cordas soltas.
Decorar todas estas sequências é um bocado chato (para não dizer outra coisa). Entretanto, isto é
fundamental para a compreensão dos princípios de formação de acordes, bem como para o
desenvolvimento de solos e improvisações. Não precisa, porém, tentar decorar tudo de uma vez só. Isto
virá de forma mais ou menos natural, na medida em que o estudo do instrumento for avançando. Por outro
lado, uma olhadinha periódica neste esquema não vai fazer mal nenhum.
Parte de musicalidade
Vibrato
O vibrato é o efeito de variação de tom conseguido com a alavanca ou mesmo através de pressão variável
do dedo sobre a corda no braço do instrumento (vide músicos de blues).
G---------------------------------------------------|
D-------2--5~~------------------------------------|
A---3----------------------------------------------|
E---------------------------------------------------|
Neste caso a última nota deve sofrer vibrato. É necessário conhecer a música em questão para saber como
este vibrato deve ser efetuado.
Nota Ghost
Também recebe os nomes de nota morta, nota abafada!. Para fazer a técnica somente encoste o dedo
levemente na corda, abafando a nota, o som saíra meio "abafado" diferente de quando você toca a nota
pressionado o dedo.

G---------------------------------------------------|
D---------------------------------------------------|
A--------66776-6-x-7-x-4-----------------------|
E---------------------------------------------------|

x - tocar a nota abafada (som percussivo)


Nota Ghost com Hammer On
G----------------------------------------------------|
D----------------------------------------------------|
A--------6-x-7-x-444H6--------------------------|
E----------------------------------------------------|

Bend no Baixo

Um bend consiste em empurrar uma corda para cima aumentando a tensão e consequentemente gerando
uma nota mais aguda. Quanto mais empurrada for a corda maior será o efeito. Um número é usado para
indicar o quanto a nota deve ser aumentada.

G-----------------------------------------------------|
D---------7b9----------------------------------------|
A------------------------------------------------------|
E------------------------------------------------------|
No exemplo acima a corda (ré) deve ser tocada no sétimo traste e empurrada para cima até que soe mais
aguda como se estivesse apertada no nono traste (um tom acima). Note que o dedo do musico continuara
na sétima casa. O bend pode também ser indicado entre parênteses como 7b(9).

G------------------------------------------------------
D----------7b9--9r7----------------------------------
A------------------------------------------------------
E------------------------------------------------------

No exemplo acima é indicado depois do bend inicial que ele deve ser solto. O músico deve ferir a corda
na sétima casa, fazer um bend de um tom inteiro (equivalente a subir duas casas), ferir novamente a corda
e soltar o bend (de forma que a corda volte a sua posição e nota originais).
Outros exemplos: bends podem ser de meio tom (7r8, equivalente a uma casa), de um quarto de tom
(7r7.5, equivalente a meia casa) e assim por diante. É comum não ser indicado o valor (7b por exemplo) e
nestes casos é preciso ouvir a música para saber o valor do bend.

Como Fazer Slide


Um slide consiste em fazer deslizar um dedo da mão esquerda pelo braço enquanto uma corda soa
gerando uma variação do tom.

G------------------------------------------------------
D------------------------------------------------------
A------7/9------------------------------------------------
E------------------------------------------------------

O exemplo acima indica que a corda deve ser ferida na sétima casa e imediatamente o dedo que aperta a
corda nesta casa deve deslizar para a nona casa enquanto a nota continua soando (aumentando portanto
um tom). Não necessariamente o início e o fim de um slide precisam ser indicados:

G------------------------------------------------------
D------------------------------------------------------
A-------/7--7\-----------------------------------------
E------------------------------------------------------

Neste caso a nota deve inicialmente ser ferida em alguma das primeiras casas e deslizada até a sétima
casa, posteriormente sendo deslizada de volta para as primeiras casas. Novamente é necessário conhecer a
música que se deseja tocar de forma a saber o tamanho do slide.
Vários slides podem ser usados seguidos como indicado abaixo. Apenas a primeira nota precisa ser ferida.

G-----------7/9/11\9\7\6\7-----------------------------
D-------------------------------------------------------
A-------------------------------------------------------
E-------------------------------------------------------
Hammer-On
Um hammer-on consiste em martelar com um dedo da mão esquerda uma corda em um traste fazendo
soar a nota sem o auxílio da mão direita.

Exemplo 01

G-----------------------------------------------------|
D-----------------------------------------------------|
A---------5h7-----------5h7-------------------------|
E---0--0----------0--0-------------------------------|

Exemplo 02

G------1H2----2H3---3H4-------------------------|
D----------------------------------------------------|
A----------------------------------------------------|
E----------------------------------------------------|
No exemplo acima após ferir a corda grossa solta duas vezes o músico deverá ferir a segunda corda na
quinta casa e imediata e vigorosamente apertar a mesma corda (segunda) duas casas a frente (sétimo
traste), fazendo a corda soar apenas com a martelada e sem auxílio da mão direita. Depois repita a
sequência.

Pull-Off
Pull-Offs são de certa forma o inverso de um hammer-on e consistem em soltar rapidamente uma corda
fazendo com que a mesma soe solta (ou apertada em um traste anterior).

Exemplo 01

G--------2p1----3p1----4p1-----3p2-------4p2--------|
D----------------------------------------------------------|
A----------------------------------------------------------|
E----------------------------------------------------------|

No exemplo acima o primeiro pull-off na corda mais fina consiste em ferir a corda apertada no terceiro
traste e soltá-la rapidamente para que soe solta. Posteriormente um pull-off idêntico é feito uma corda
acima e assim por diante. Note que o terceiro pull off é feito a partir do segundo traste.

Hammer-ons e pull-off costumam ser usados em conjunto como indicado abaixo:

G---2h4p2h4p2h4p2h4p2h4p2-----------------
D------------------------------------------------------
A------------------------------------------------------ E--------
----------------------------------------------

Neste caso a corda deve ser ferida na segunda casa, imediatamente apertada na quarta casa (hammer-on),
imediatamente solta da quarta casa (soando novamente na segunda, pull-off), novamente apertada na
quarta e assim por diante. Note que a mão direita do música só irá ferir a primeira nota... todas as outras
são tocadas apenas com os hammers-ons e pull-offs da mão esquerda no braço.
Exercícios de tríades também devem fazer parte diariamente de seu estudo! Você pode explorar outras
notas do braço para fazer esses exercícios tomando a atenção de sempre seguir a ordem de começar no
grave, agudo, agudo.

Escalas Musicais

Se pedirmos, à praticamente qualquer pessoa, para repetir a escala musical, as chances são de que 11 em
cada 10 indivíduos dirá: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó (ou C, D, E, F, G, A, B, C - lembra da lição I ?).
Esta noção, embora possa ser útil para se iniciar um processo de aprendizagem de teoria musical é, ao
mesmo tempo, uma crença da qual devemos nos afastar com a máxima urgência. Existem, na verdade,
inúmeras escalas musicais, das quais pelo menos dois tipos básicos devem ser familiares àqueles que
pretendem fazer alguma coisa "decente". Não pretendemos, nem vamos, esgotar aqui o assunto de escalas
musicais, uma vez que o número de escalas possíveis de serem construídas no braço do instrumento é
praticamente ilimitado, vamos apenas, como já mencionado, abordar os dois grandes tipos de escalas, a
partir das quais na verdade se derivam todas as demais.

Podemos, em principio, dizer que as escalas podem ser maiores ou menores. A escala acima mencionada
é a de Dó Maior (ou simplesmente de C). Note que a mesma não apresenta qualquer nota "sustenida" (#)
ou "bemolizada" (b) e, por isto, é considerada uma escala sem acidentes.

Em qualquer escala pode-se sempre identificar as notas por uma sequência numerada (ou graus),
normalmente em algarismos romanos, como abaixo discriminado para a escala de C:

I II III IV V VI VII VIII

C D E F G A B C

Assim, a primeira nota (ou grau) da escala de C é o próprio C, a segunda é D, a terceira é E, e assim
sucessivamente até a oitava que, obviamente, é novamente o próprio C. A nota correspondente ao I grau é
também denominada de tônica (a que dá o tom, é claro). Observe o intervalo (ou distância) que separa
cada uma destas notas. Da primeira (I), que é C, para a segunda (II), que é D, este intervalo é de 1 tom.
Da segunda (II) para a terceira (III) que é E, esta distancia é também de 1 tom. Lembre-se, como visto na
lição I, que 1 tom equivale a 2 trastes no braço da guitarra. Nesta escala a distancia só não é de 1 tom da
III para a IV nota (de E para F), bem como da VII para a VIII nota (de B para C), nas quais esta
distancia é de 1/2 tom ou, 1 traste no braço da guitarra. Se precisar volte e dê uma olhada na lição I.
Reveja com especial atenção a questão dos intervalos entre as notas.

Em resumo as notas na escala de dó maior (C), e os intervalos que as separam, são as seguintes:

C tom D tom E semitom F tom G tom A tom B semitom C.

Neste momento o mais importante nisto tudo não são as notas desta escala de dó maior, que muito
provavelmente você já conhece há bastante tempo, mas sim os intervalos que as separam. Por quê? Muito
simples: as distancias que separam as notas nas escalas maiores são sempre as mesmas. Com esta
informação, juntamente com aquelas constantes da lição I, você deve então estar apto à construir qualquer
escala maior. Como veremos mais adiante, o conhecimento de escalas é fundamental para o processo de
solo e improvisação, isto para não falar na formação de acordes.

Pode-se, então, generalizar que a sequência de notas numa escala maior, qualquer que seja ela, é sempre
a seguinte:

I tom II tom III semitom IV tom V tom VI tom VII semitom VIII

Para chegarmos às escalas menores é inicialmente importante mencionar que estas são sempre derivadas
do VI grau de uma escala maior. Como o VI grau da escala de C é A, então a escala de Am (lá menor) é
a seguinte:

I II III IV V VI VII VIII

A B C D E F G A
Existem várias coisas importantes à se observar nestas duas escalas (C e Am). Calma, tudo isto tem uma
grande aplicação prática, sim. Mas, vamos primeiro passar pelos aspectos teóricos (pelo menos 2 deles).
Observe primeiro que a escala de Am é também uma escala sem acidentes, ou seja, sem sustenidos ou
bemóis. Ela é na verdade uma sequência da escala de C, ou seja:

(-------------Escala de Am---------------)
C D E F G A B C D E F G A
(--------------Escala de C---------------)

Por isto a escala de Am é considerada a relativa de C. Isto, do ponto de vista prático, significa que
improvisações e solos podem ser feitos indiscriminadamente em qualquer uma das 2 escalas (veremos os
desenhos ou formas destas escalas no braço Do baixo na lição III). Ou seja, se você estiver tocando uma
música em C, pode improvisar em qualquer uma das duas escalas, ou seja, na de C ou na de Am sem
qualquer problema (é provável que não saia nada muito agradável ao ouvido, pelo menos no princípio,
mas não custa nada tentar).

Outra coisa importante é observar a distancia que separa cada uma das notas na escala de Am. Note que a
sequência não é a mesma das escalas maiores. Os graus separam-se da seguinte forma:

I tom II semitom III tom IV tom V semitom VI tom VII tom VIII

O importante aqui é também que esta sequência é a mesma em todas as escalas menores. Não posso,
entretanto, deixar de mencionar que esta escala que está sendo chamada de menor é, na verdade, a escala
menor natural. Existem outros tipos de escalas menores mas, isto é uma história um pouco mais longa.

Para que você se torne capaz de, sozinho, construir todas as escalas maiores e menores basta apenas mais
uma informação, qual seja, a de que a forma mais adequada (e também fácil) de construir novas escalas
maiores é a partir do V grau da escala maior anterior. Ou seja, partindo da escala C e, considerando que o
V grau desta escala é G, a próxima escala maior deve ser a de G (sol maior). Isto tem um motivo que se
tornará óbvio um pouco mais tarde. A escala de G poderia então ter a seguinte configuração:

G A B C D E F G

Digo poderia porque, na verdade não tem. Se não, então vejamos. Lembra que os intervalos que separam
as notas nas escalas maiores são sempre os mesmos? Lembra quais são? Ok, lá vão outra vez: tom, tom,
semitom, tom, tom, tom, semitom. Agora olhe a escala acima. A distancia que separa o I (G) do II grau
(A) é de 1 tom; aqui tudo certo. A que separa o II grau (A) do III (B) é também 1 tom, logo não há
problema. Também não há problema na separação entre o III (B) e o IV grau (C), que é de meio-tom, do
IV (C) para o V (D), que é de 1 tom, ou do V (D) para o VI (E), que também é de 1 tom. Porém, pela
sequência de distancias das escalas maiores o VI grau deveria se separar do VII por 1 tom e o VII do
VIII por 1/2 tom. Observe que na escala acima esta distancia é de 1/2 tom do V para o VI (de E para F) e
de 1 tom do VI para o VII grau (de F para G). Isto é mais fácil de perceber se você estiver com uma
guitarra nas mãos e olhar os esquemas da lição I. A conclusão é mais ou menos óbvia: se a sequência de
intervalos é a mesmo em todas as escalas maiores então, é preciso fazer com que as distancias da escala
de G, acima apresentada, sigam esta sequência. Como? Experimente aumentar o VI grau em 1/2 tom, ou
seja, transformar o F em F# (fá em fá sustenido). A escala então ficaria assim:
I II III IV V VI VII VIII

G A B C D E F# G

Observe que, agora sim, os intervalos se mantém constantes e iguais aos estabelecidos para a escala de C.
Em consequência disto surge porém 1 acidente na escala, que é um F#.

E a relativa menor da escala de G então, qual seria? Isto mesmo, constrói-se a partir do VI grau. A escala
menor relativa de G é, portanto, a de Em (mi menor), que possui a seguinte forma:

I II III IV V VI VII VIII

E F# G A B C D E

Colocando as duas lado a lado teremos:

(------------Escala de Em--------------)
G A B C D E F# G A B C D E
(--------------Escala de G-------------)

Da mesma forma que para a escala de C e sua relativa menor (Am), solos e improvisações podem ser
feitos indiscriminadamente nas escalas de G ou Em, estando a melodia em qualquer um destes 2 tons.

E a próxima escala maior, qual seria? Certíssimo, a de D, que é o V grau da escala maior anterior, ou seja,
o V grau da escala de G. Observe que para manter a sequência de intervalos das escalas maiores (tom,
tom, semitom, tom, tom, tom, semitom) é preciso incluir mais 1 acidente na escala de D (agora são
portanto 2 acidentes), que é a seguinte:

I II III IV V VI VII VIII

D E F# G A B C# D

A relativa menor da escala de D, construída a partir do VI grau, é portanto Bm (si menor) que, também
tem os mesmos 2 acidentes e mantem as distancias características das escalas menores separando cada
nota. Ela tem, portanto, a seguinte forma:

I II III IV V VI VII VIII

B C# D E F# G A B

A próxima escala maior seria construída a partir do V grau da escala de D, ou seja, A (lá maior). Que tal
tentar construi-la sozinho? E sua relativa menor? Lembre-se sempre de que a relativa menor deverá
derivar-se a partir do VI grau da escala maior e, que os intervalos que separam as notas de uma escala
devem seguir as sequências padronizadas, que são: tom, tom, semitom, tom, tom, tom e semitom para as
escalas maiores e tom, semitom, tom, tom, semitom, tom e tom para as escalas menores. Procure
observar também que, construindo escalas maiores a partir do V grau da escala maior anterior os
acidentes vão aparecendo de forma gradual.
Escalas - Alguns desenhos básicos no Braço do Baixo

Agora que já vimos diversos aspectos teóricos relativos às principais escalas musicais, vamos nos
concentrar em alguns pontos práticos, ou seja, em como localizar cada uma destas escalas no braço do
instrumento. Felizmente existem alguns "desenhos" básicos de escalas. Por "desenhos" entendemos a
sequência de notas no braço do baixo que contem todas as notas que compõem a escala em questão. É
importante lembrar que é esta escala (ou sua relativa) que deve ser utilizada para tocar uma música no
tom desejado, ou seja, utiliza-se a escala de C (e/ou a de Am) para tocar uma música em C.

Eu diria que, de forma geral, 3 desenhos básicos devem atender a necessidade da maioria de nós
principiantes. Na verdade a medida que nos aprimoramos no uso do instrumento parece que o número cai,
ao invés de aumentar. Alguns bons músicos já me disseram que baseiam todos, ou quase todos, os seus
solos e improvisações em um único desenho, mais especificamente em um desenho menor semelhante ao
que veremos abaixo como "segundo desenho".

Vamos, nos esquemas abaixo, assim como em todos os subsequentes neste livro, utilizar a seguinte
convenção (estou supondo que você seja destro e toque baixo na posição convencional):

1 = dedo indicador da mão esquerda,


2 = dedo médio da mão esquerda,
3 = dedo anelar da mão esquerda e,
4 = dedo mínimo da mão esquerda.

Para o primeiro desenho básico, que é um desenho maior, siga os seguintes passos:

1o. - localize, na 4a. corda (E), a nota correspondente a escala desejada - Enquanto você não souber todas
as notas da 4a. corda utilize o esquema apresentado na lição I;

2o. - coloque o dedo 2 sobre o traste em questão;

3o. - siga a sequência apresentada no esquema abaixo.

Se você der uma conferida no esquema apresentado na lição anterior vai descobrir que o dedo 2 na
4a.corda foi colocado sobre a nota C (8o. traste). Esta é, portanto, a escala de C. Se você mover este
desenho como um todo para o inicio do braço da guitarra colocando, por exemplo, o 2o. dedo no 3o.
traste, terá então a escala de G. E se o 2o. dedo for colocado sobre o 6o. traste e o mesmo desenho então
repetido, que escala será obtida? Se você respondeu A# então, acertou. Caso contrário, sinto muito mas,
leia tudo outra vez.

Para o segundo desenho básico, que é um desenho menor, siga a sequência abaixo:
1o. - localize, na 4a. corda (E), a nota correspondente a escala desejada - Enquanto você não souber todas
as notas da 4a. corda utilize o esquema apresentado na lição I;

2o. - coloque o dedo 1 sobre o traste em questão;

3o. - siga a sequência apresentada no esquema abaixo.

Dê outra conferida nas lições anteriores e você verá que esta sequência corresponde exatamente a escala
de Am. Ou seja, estas duas escalas apresentadas anteriormente no braço da guitarra correspondem a uma
escala maior e sua relativa menor.

E se eu desejasse solar ou improvisar uma música cujo tom é Bm (ou D, lembre-se de que estas duas
escalas são relativas)? Isto mesmo, basta repetir o desenho colocando o dedo 1 no 7o. traste e teremos a
escala de Bm. E se o dedo 1 fosse colocado no 8o. traste e a sequência repetida? Exatamente. Teríamos a
escala de Cm. Acertou? Ótimo. Caso contrário, repita tudo outra vez.

Muito bem. Se você lembrar o esquema contendo a escala cromática visto na lição I deverá notar que as
mesmas notas repetem-se, porém em posições diferentes obviamente, também nas demais cordas. Desta
forma, é possível também construir escalas a partir de qualquer uma delas. É interessante porém que
vejamos um dos desenhos bastante comum de escalas maiores a partir da 3a. corda (A). Para construir
estas escalas você deve seguir a sequência abaixo:

1o. - localize, na 3a. corda (A), a nota correspondente a escala desejada - Enquanto você não souber todas
as notas da 5a. corda utilize o esquema apresentado na lição I;

2o. - coloque o dedo 1 sobre o traste em questão;

3o. - siga a sequência apresentada no esquema abaixo.


Se você conferir as notas correspondentes a cada um dos trastes indicados verá que esta escala é também
de C. E se você desejasse a escala de Eb, por exemplo, a partir de que traste, na 3a. corda, repetiria o
padrão acima? Se respondeu a partir do 6o. traste acertou, caso contrário é melhor começar tudo outra
vez.

Evidentemente estes padrões, como já mencionado, são apenas alguns com os quais você pode iniciar o
estudo de escalas. Alguns outros vão inclusive aparecer em lições subsequentes.

ANEXO 1: COMO LER TABLATURA

O que são tablaturas?


Tablatura é uma maneira mais fácil e mais completa que a cifra usado para transcrever músicas
que podem ser tocadas em instrumentos de corda como violões, guitarras e baixos, ao contrário
das partituras que exigem maior conhecimento de música e bastante treino.
Como Ler tablaturas?
Visualiza um conjunto de linhas que representam as cordas do instrumento. Sendo assim para
uma guitarra ou violão comum você terá seis linhas, para um baixo de quatro cordas terá quatro
linhas, para um baixo de cinco cordas cinco linhas.
Uma tablatura padrão de baixo (quatro cordas) sem notas apresenta-se da seguinte forma:

G-------------------------------------------------|
D-------------------------------------------------|
A-------------------------------------------------|
E-------------------------------------------------|

A linha de baixo representa a corda mais grossa E "mi" e a linha de cima representa a corda mais
fina G "sol". De cima para baixo as linhas representam as cordas sol, ré, lá, mi.
Números escritos nas linhas indicam em que traste as respectivas cordas devem ser apertadas ao
serem tocadas. Número 0 indica corda solta. As notas devem ser lidas da esquerda para a direita.

G--------------------------------------------------|
D--------------------------------------------------|
A--------------------------------------------------|
E--0-1-2-3----------------------------------------|

O exemplo acima indica as seguinte notas (uma de cada vez) na ordem:

- corda mais grossa deve ser tocada solta (0)


- depois a mesma corda deve ser tocada no primeiro traste (1)
- depois a mesma corda deve ser tocada no segundo traste (2)
- depois a mesma corda deve ser tocada no terceiro traste (3)
todas na mesma corda mi.

Legenda Usada em Tablatura

----------------
h - hammer-on - Toca a nota e "liga outra nota sem palhetar ou dedilhar(dedos)”.
p - pull-off - Toca a nota e "martela a nota anterior”.
b - fazer um bend - Toca a nota e levanta a corda mudando 1 tom
br - bend release - Toca a nota levanta a corda e desce a corda
/ - slide para cima (pode ser usado s) - Toca uma nota e escorrega para uma casa "outra nota".
\ - slide para baixo (pode ser usado s)
~ - vibrato (pode ser usado v)
t - tapping - toca a nota e toca com a mão direita
x - nota morta
PM - palm muting - Toca a nota abafando a corda
( ) - nota fantasma
| - divisão de compasso
Legenda Slap
P - puxada
T - marteda com polegar

OBS: Você pode pegar tablaturas prontas de músicas em sites da internet e acompanhar junto.
Note que as tablaturas encontradas podem estar em outra afinação, diferente da afinação padrão
EAGD. Tem programas para criar tablaturas e abrir tablaturas prontas
Guitar Pro
Power Tab Editor
Exemplos de Tablaturas
As tablaturas podem ser simples possuindo apenas uma frase como no exemplo abaixo.
Legião Urbana - Que País é Esse
Riff:
G|---------------------------------------------------
D|---------------------------------------------------
A|-7-7-5-7-7-5-7-3-3-3-3-5-5-5-----------------
E|---------------------------------------------------
Essa parte repete a música toda.
Geralmente nas tablaturas tem: intro, refrão, versos, brigde, solo, etc. Encontram-se divididas por
compassos "|".
Nirvana - About a Girl
Intro
G-----------------------------------|
D-----------------------------------|
A-----------------------------------|
E---0-00-3-33---0-0-0-3-3-3-3-|

Versos
E G7M E G
G|----------|----------|----------|----------|
D|----------|----------|----------|----------|
A|----------|----------|----------|---2---2--|
E|-0-00-----|-3-23-----|-0-0-0----|-3---3----|
Refrao part 1:

C# G# F# F#
G|----------|----------|----------|----------|
D|----------|----------|----------|----------|
A|-4-44-----|----------|----------|----------|
E|----------|-4-44-----|-2-2-4----|-2-4-2-4--|
Refrao part 2:

E G A C
G|----------|----------|----------|----------|
D|----------|----------|----------|----------|
A|----------|----------|-0-0-0----|-3-333----|
E|-0-00-----|-3-33-----|----------|----------|
Skank – Vou deixar
Intro
G|-----------------|
D|-----------------|
A|--10h121212121212| essa parte tem um hammer on "h"
E|-----------------|
Verso
Vou deixar....
G|-------------------------------|
D|-------------------------------| x2 essa parte repete 2 vezes
A|-5-55-----------------55----55-|
E|-------2-22--3-33--33----55----|

Pré-refrão
Não, não, não quero hora pra voltar, não
G|---------------------| |-----------------------------|
D|---------------------| |-----------------------------|
A|--555--222-----------| x3 |--555--222-------\1212121212-|
E|------------333--555-| |------------333--------------|sinal de \ quer
dizer slide

Vou me esquecer de mim...


G|------------------------------------|
D|------------------------------------|
A|-7---5-7---5-7--9---7-9---7-9-------|
E|---7-----7--------9-----9------5~~~-| essa parte tem vibrato
Muitas vezes nas tablaturas são mostradas as partes, depois é so repetir!.
Obs: Não esqueça que não é só tocar as notas que aparecem na tablatura, vc tem que tocar
dentro do ritmo e tempo da música!

NIVEL 2

Termos Musicais

A Condução e a Execução

Condução

Condução e Execução são duas das funções mais importantes do contra-baixo dentro da música.

Vale lembrar que o baixo se caracteriza na música com a função de conduzir a harmonia e a rítmica,
tornando-se o instrumento chave em uma banda.
A condução se dá com a criação de uma linha constituída de notas interrelacionadas com os acordes da
harmonia e com uma linha rítmica casada com a percussão.
Os norte-americanos denominam esta condução como Groove; uma linha que permanece igual a cada
acorde ou a um grupo de acordes.
A seguir veremos alguns exemplos em estilos variados, introduzindo estilos musicais variados.

Execução

Na execução é sempre bom atenta-se ao fato da dinâmica, da pulsação, do andamento e da harmonia que
você precisa manter firme durante a execução.
Nunca sole durante as frases da melodia e mesmo quando sobe, nos intervalos da música e não se esqueça
de contar o tempo para voltar ao peso.

O peso é fundamental combinado com a mudança do timbre (botão grave e agudo); Se a música exigir um
acompanhamento com peso durante 100 compassos, não mude o timbre para agudo. Sempre haverá uma
oportunidade para mostrar o seu domínio, por isso não se arrisque a solar (improviso) sem saber.

A teoria deve estar junto com a prática e primeiro toque o que a música pede, e se houver espaço coloque
a sua interpretação. No baixo só existe sentimento quando está solando, ou seja, o teclado, a guitarra, ou
qualquer outro instrumento vai estar fazendo o que os músicos chamam de "Cama", mas quando acabar o
solo, o baixo deve voltar a sua posição que é de peso na música

Outra dica importante que forneço é procurar estar junto com a bateria. A peça de referência é o bumbo
que basicamente tem a mesma linha de acompanhamento.
Evite usar todas as técnicas que sabe durante o acompanhamento, para não enjoar os ouvidos e lembre-se
que a função de qualquer instrumento é de acompanhar algo (instrumento ou voz). Não fique tentando se
destacar sozinho. Pense no conjunto!

• Teoria Musical

Nesta seção nós temos o início da teoria musical em termo de formação de acordes. Preste bastante
atenção, pois pode parecer moleza, mas você iniciante precisa estar a par dos conceitos abaixo, pois eles
serão fundamentais em nosso aprendizado. Então vamos a eles:

Música = Arte científica de combinar os sons de modo agradável ao ouvido, obedecendo aos critérios do
ritmo, melodia e harmonia.

Ritmo = São movimentos em tempos fracos e fortes com intervalos regulares. O ritmo faz a música
andar.

Melodia = Sucessão rítmica, ascendente ou descendente de sons simples, a intervalos diferentes e que
encerram certo sentido musical. A melodia faz a música ter vida.

Harmonia = São notas diferentes executadas juntas em conformidade ou em harmonia entre si formando
uma coNssonância lógica. Sua função é dar vida a música.

Intensidade - propriedade do som de ser mais fraco ou mais forte.

Altura - propriedade do som de ser mais agudo ou mais grave.

Timbre - propriedade do som que permite reconhecer a sua origem.

Pauta ou Pentagrama - conjunto de cinco linhas horizontais e quatro espaços onde se escrevem as notas
musicais.

Clave - símbolo que indica a altura da nota na escala musical, dando nomes às notas.

Compasso - divisão da música em pequenas partes de duração iguais ou variáveis.

Andamento - velocidade da música.

Duração - tempo de emissão do som.

Intervalo - diferença de altura entre dois sons.

Semitom (ou meio tom) - menor intervalo usado na música ocidental.

Tom - (medida que indica a relação entre sons de alturas diferentes), soma de dois semitons.

Sustenido (#) - acidente que eleva em meio tom a altura da nota.

Bemol (b) - acidente que abaixa em meio tom a altura da nota


Em síntese, a música é feita pela execução de acordes diferentes, mas que tenham coerência entre elas.

Os Acordes

Antes de tudo, quero deixar uma coisa bem definida: Nota é diferente de Acorde pois:

Nota: É a menor divisão de um acorde, ou seja qualquer barulho é uma nota.

As notas, por sua vez, estão contidas dentro de uma série de oito notas musicais mais conhecida como
"escala cromática" com intervalos de tom e semitons entre uma nota e outra, começando e terminando
com a mesma nota, Ex.: Dó, Ré, Mí, Fá, Sol, Lá, Sí,Dó.

Acorde: É a união de várias notas, em harmonia, formando assim um único som.

Os acordes podem ser classificados em:

Maiores - São as notas puras, sem nenhuma distorção ou mistura com outras notas, ex.: C, D, E, F, G...

Menores - É a união de três tons e um semitom.

Dissonantes - É uma nota que causa uma dissonância e produz uma distorção e não condiz com o real
absoluto, deixando o iniciante confuso e ao iniciante fascinado! ex.: A4, B5+, etc...

Conssonantes - São notas que se misturam à outras, ex.: C/G, G/F, etc....

Tom - É a distância entre dois tons, ex.: C-D,F-G, etc...

Semitom - É a menor distância entre dois tons, ex.:C-C#, D-D#, etc...

Tríades

Tríade Maior

Formulas
2 ton e 1ton e meio

Formação do acorde: I III e V grau da escala ou T(tônica) 3 e 5.

I II III IV V VI VII
Ex: formação nota C: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

TRÍADE MAIOR DE C (Dó)

|--------|-----0--|
|---2-5--|---2----|
|-3------|-3------|
|--------|--------|
OBS: Comece usando o dedo anelar da mão esquerda

TRÍADE MAIOR DE D (Ré)

|--------|-----2--|
|---4-7--|---4----|
|-5------|-5------|
|--------|--------|

TRÍADE MAIOR DE E (Mi)

|--------|---1—4----|
|---6-9--|-2--------|
|-7------|----------|
|--------|----------|

TRÍADE MAIOR DE F (Fa)

|----------|---2--5---|
|---7-10---|-3--------|
|-8--------|----------|
|----------|----------|

TRÍADE MAIOR DE G (Sol)

|---------|---4—7---|
|---9-12--|-5-------|
|-10------|---------|
|---------|---------|

TRÍADE MAIOR DE A (La)

|-----------|---2--6--|
|-----11-14-|-2-------|
|-12--------|---------|
|-----------|---------|

TRÍADE MAIOR DE B (Si)

|-----------|---4--8---|
|-----13-16-|-4--------|
|-14--------|----------|
|-----------|----------|

Tríade Menor

Formulas

1ton e meio e 2 ton

Formação do acorde: I IIIb e V grau da escala ou T(tônica) 3b(bemol) e 5.

I II III IV V VI VII
Ex: formação nota C: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

TRÍADE MENOR DE Cm (DÓ)

|--------|--------|
|-----5--|-----5--|
|-3-6----|---6----|
|--------|-8------|
OBS: Comece usando o dedo indicador da mão esquerda

TRÍADE MENOR DE Dm (Ré)

|------2-|-----------|
|---3----|-------7---|
|-5------|----8------|
|--------|-10--------|

TRÍADE MENOR DE Em (Mi)

|-------4---|------------|
|-2--5------|------------|
|-----------|-------2----|
|-----------|-0--3-------|

TRÍADE MENOR DE Fm (Fa)


|---------|----------|
|---------|---6--10--|
|------3--|-8--------|
|-1--4----|----------|

TRÍADE MENOR DE Gm (Sol)

|----3--7--|---------|
|-5--------|---------|
|----------|---1--5--|
|----------|-3-------|

TRÍADE MENOR DE Am (La)

|-----------|---5--9--|
|--------2--|-7-------|
|-0---3-----|---------|
|-----------|---------|

TRÍADE MENOR DE Bm (Si)

|-----------|---7--11---|
|--------4--|-9---------|
|-2---5-----|-----------|
|-----------|-----------|

Parte técnica

Tocar com Palheta

Como o próprio nome já diz, trata-se de usar um artefato para tocar as cordas do instrumento, conforme
ilustrado na foto A

Origem

Confeccionadas em osso, os primeiros registros apontam para o uso da palheta na execução de quase
todos os tipos de instrumentos antigos (alaúde, citara, etc). No baixo elétrico, a palheta é considerada um
recurso adicional, ao contrário da guitarra.
Como Tocar ?

No exemplo 1 ternos um trecho de “Dança dos Dedos”, de autoria de WilIy Verdaguer. As quatro
primeiras notas devem ser tocadas com palhetadas alternadas, de baixo (foto 5) para cima (foto C)
(primeira nota – up, segunda - down; terceira - up; quarta - down), mas a quinta nota, que salta da 3ª para
a 2ª corda, também deve ser tocada em down, assim como a anterior, seguindo de modo alternado. Você
verá que quando o groove recomeçar, a palheta irá automaticamente para cima (up). Resolvendo a
passagem da 4ª para a 5ª nota, a técnica flui naturalmente.
No exemplo 2 temos uma poderosa levada de ”Heart of Sunrise”, do Yes, na qual a palheta é fundamental
para a sonoridade forte e contínua de todas as notas, e para a velocidade exigida. As primeiras 11 notas
são tocadas alternadamente (down e up) até o Lá bemol (11ª), quando então está e as próximas seis notas
são tocadas para em down, para dar a mesma intensidade e uniformidade. Já na cabeça do segundo
compasso, a técnica se repete: 11 notas alternadas e seis para baixo. Repita o processo no terceiro e quarto
compassos.
O exemplo 3 traz a complexa levada de “Amor” dos Secos & Molhados. As três primeiras notas são
tocadas alternadamente (down/up/down). O segundo grupo de três notas é igual, mas a sétima nota (Mi) é
tocada como a sexta (down) em mudança de corda. Depois, segue alternada, chegando ao Dó da 1ª corda
no down e voltando na descendente, alternadamente, passando pela cabeça do terceiro compasso. Da 3ª
para a 4ª nota deste compasso, temos a mesma situação do começo. De Si bemol para Ré, muda-se de
corda, toca-se as duas notas para baixo (down) e segue até o Final alternadamente. Isso acontece por
causa da velocidade do groove.
Técnica do SLAP

Bom vamos falar de uma técnica bastante usada no contra-baixo e que muitos usuários gostariam de
saber: o SLAP.

Retirei as dicas abaixo, de um texto bastante completo da Revista Cover Guitarra de 1997.

``Muitos baixistas associam o slap, suas técnicas e aplicações apenas com ritmos "swingados" (como o
funk,etc...) não aproveitando-o para bases mais simples e "retas" de rock. Adiante será dado três exemplos
em cima de uma base com os acordes: Am/G (beats 1 e 3 do primeiro compasso) e Dm7/C (beats 1 e 3 do
segundo compasso). No primeiro são usados intervalos de oitavas e quintas, no segundo, terças e no
terceiro ambos com algumas notas abafadas em cima do "thumb".

Tentem usar essas idéias com outras bases atentando sempre ao tom e ao tempo delas.

T : Thumb (polegar)

P : Pop (puxada com o indicador ou médio)

X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)


Já nesses exemplos vão algumas dicas de uma aplicação que uso muito que é a mistura de notas ligadas
com cordas soltas demonstradas abaixo em três diferentes exemplos todos no tom de MI menor

No exemplo 1 foi usado o ligado da corda solta para certas notas tocando em seguida as mesmas em
thumb e depois alternando com suas oitavas , experimentem com outros intervalos.

No exemplo 2 foi ligado cordas soltas com notas da escala pentatônica de mi alternando sempre com a
corda solta sol., tentem com outras escalas ou em outros tons.

No exemplo 3 foi pensado no "bordão" ou "power chord" que são os acordes básicos sem terças
em vários lugares alternando cada nota com sua respectiva corda solta, usem outros desenhos de acordes e
procurem deixar soar o som de cada nota para dar uma maior consistência na soma delas.

T : Thumb (polegar)
P : Pop (puxada com o indicador ou médio)

X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)

Seguindo a linha das idéias passadas anteriormente será dado mais exemplos só que numa divisão de
tempo mais difícil de executar que são as sextinas (pela velocidade e porque realmente soam diferente
nestes casos).

No exemplo 1 em mi menor apenas desce as notas dos "bordões" alternando com cordas soltas, já no
exemplo 2 faço o mesmo só que subindo notas dos acordes Em , D e C7M sempre alternando com cordas
soltas.

No exemplo 3 foi trasncrito um trecho da música SLAPJACK de meu disco EXPRESS que exemplifica
muito bem esse tipo de aplicação pensando nesse caso no acorde E7 e ao invés de alternando com corda
solta, usando o ligado da sexta para sétima e da terça menor para terça maior (intenção blues) em pop.

Procurem fazer frases também pensando em outros intervalos.

T : Thumb (polegar)

P : Pop (puxada com o indicador ou médio)

X : nota abafada (apenas encostando a mão esquerda no braço)


Anexo 2 : COMO LER PARTITURA

Propriedades do Som

NOTA MUSICAL

É o termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de
vibração do ar. A cada nota, está associada uma frequência — normalmente medida por hertz (Hz), que
descreve em termos físicos sua altura (grave ou aguda).

O som, por sua vez, é um conjunto de ondas que se propagam no ar a uma determinada frequência: se
estiverem na faixa de 20Hz a 20.000Hz, o ouvido humano vibra à mesma proporção, captando esta
informação e produzindo as sensações neurais que representam a assimilação cerebral ao estímulo
correspondente. As ondas de frequência bem baixa, aproximadamente entre 20Hz e 100Hz, soam em
nossos ouvidos de forma grave. Em frequência elevada (por exemplo, acima de 400Hz), são agudas.

As notas podem se combinar quando tocadas simultaneamente, definindo uma harmonia, ou em


sequência, formando uma melodia. Caso estes fatores, aliados a mais alguns outros, resultarem em uma
sensação agradável, dá-se a essa sequência o nome de música.

O estudo musical aborda, especificamente, quatro propriedades relativas a um som:

DURAÇÃO:

Representa o tempo em que uma nota é tocada ou o intervalo entre duas notas (pausa). As durações são os
elementos que determinam o ritmo. Na música, esta noção é relativa: é mais importante para uma
estrutura rítmica a relação entre os tempos das notas do que sua duração absoluta. É representada pelas
figuras rítmicas, que são influenciadas pela fórmula de compasso e pelo andamento;

INTENSIDADE:

É a percepção do volume ou pressão sonora;

ALTURA:

Refere-se à forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons. Como já foi dito anteriormente,
as baixas frequências são percebidas como sons graves e as mais altas, como agudos.

Curiosamente, a maioria dos seres humanos tem percepção das alturas em relação a outras notas em uma
melodia ou a um acorde. Algumas pessoas, entretanto, possuem a capacidade de perceber cada frequência
de modo independente — a esta habilidade, dá-se o nome de ouvido absoluto.

Embora a altura esteja intimamente relacionada à frequência, é mais comum, quando se fala em música,
que se utilizem nomenclaturas especificas para as notas, que são definidas de acordo com sua disposição
dentro de uma escala musical. A distância entre duas alturas é chamada de,intervalo: o trecho entre duas
notas Dó de frequências consecutivas, considerando-se uma sequência completa das sete notas que
servem de matéria-prima para a música ocidental, é chamado de oitava — o termo se justifica pelo fato de
o segundo Dó, neste caso, ser a oitava nota a partir do Dó anterior. A estrutura padrão de composição
musical utiliza oito ou nove oitavas.

TIMBRE

É a característica que nos permite distinguir se os sons foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e
diferenciar suas origens. Por exemplo, quando ouvimos notas de mesma altura emitidas, respectivamente,
por um piano e um violino, temos a capacidade de identificar os dois sons como de igual frequência, mas
com características sonoras muito distintas.

De forma simplificada, o timbre pode ser tido como a marca sonora de um instrumento ou a qualidade de
vibração vocal. Embora as características físicas responsáveis pela diferenciação das fontes sonoras sejam
bem conhecidas, a forma como ouvimos os sons também influencia na percepção do timbre.
PERCEPÇÃO

Normalmente, os compositores utilizam a faixa de frequências cuja percepção é mais sensível ao ouvido
humano. Esta medida permite que as variações de intensidade sejam facilmente captadas, tornando o ato
de ouvir música uma experiência sensorial mais rica e dinâmica.

Dentre os factores considerados no estudo da percepção auditiva,estão:

• Percepção de timbres;

• Percepção de alturas ou frequências;

• Percepção de intensidade sonora ou volume;

• Percepção rítmica: distinção de durações, ritmos, ordem temporal e simultaneidade.

Em razão destes aspectos, pode ser considerada uma forma de percepção temporal;

• Localização auditiva: aspecto da percepção espacial que nos permite distinguir o local de origem de um
som.
Por meio destes fatores, é possível cantar os intervalos musicais anotados em uma partitura — no
conceito ocidental, este exercício é chamado de solfejo. Para a realização desta prática, são usadas
algumas técnicas, destacadamente duas: de Dó móvel na escala diatônica e a cromática.

PAUTA E CLAVE

Uma pauta, também denominada de pentagrama, é constituída por um conjunto de quatro espaços
delimitados por cinco linhas, que têm como função a identificação visual das notas (sons). Veja o desenho
1 na figura 1.
Neste esquema, cada espaço ou linha corresponde a uma nota, seja natural ou com acidentes (sustenido e
bemol). (desenho 2 na figura 1.)
Além desta parte principal, também existem as linhas suplementares, usualmente utilizadas para notas
cuja altura seja localizada acima ou abaixo das principais. Não são totalmente desenhadas: basta apenas
um pequeno risco, perceptível o suficiente para determinar o ponto exato da,notação.
A pauta, por si só, não tem qualquer significado. Para que as notas sejam estabelecidas, é necessária a
definição de uma linha ou espaço como referência. É este o papel da clave, que indica a localização de
uma nota, e por relatividade, das restantes. Normalmente, utiliza-se para o baixo a clave de Fá (na quarta
linha). Nela, os dois pontos indicam a linha que corresponde a uma nota Fá. (desenho 3 figura1).
Além do contrabaixo, a clave de Fá também é usada para outros instrumentos graves, como o violoncelo,
o fagote e o trombone. Instrumentos mais agudos e médios, casos do violino, da flauta, do trompete e do
violão, têm suas notas determinadas a partir da clave de Sol. (desenho 4 figura 1)
No desenho 5 na figura 1, as notas musicais estão representadas por cada uma das linhas e espaços da
pauta com a clave de Fá, incluindo linhas suplementares. (desenho 5).

O diagrama mostra a localização no pentagrama de todas as notas, até a 16ª casa, das cordas E, A, D e G
do contrabaixo.
Para se ler música, é essencial reconhecer rapidamente a nota que deve ser associada a cada espaço e
linha da pauta. Este objetivo pode ser alcançado com muita prática e paciência. Há dicas que ajudam
bastante, como memorizar a ordem das notas nos espaços e nas linhas: na clave de Fá, as notas sobre as
linhas são, de baixo para cima, Sol, Si, Ré, Fá e Lá; sobre os espaços, Lá, Dó, Mi e Sol.

A afinação corresponde ao processo de produzir um som equivalente a outro — embora sejam,


provavelmente, de timbres diferentes — por comparação. O contrabaixo é afinado pelo aumento ou
diminuição da tensão das cordas, apertando-se ou dando folga às tarraxas.

Este processo envolve o ajuste, por uníssonos ou intervalos, da altura das notas de dois instrumentos
diferentes ou, por exemplo, de uma corda de baixo a outra. Se o intervalo não estiver ajustado de forma
correta, ouve-se uma dissonância produzida pelos harmônicos desafinados, que se mostra na prática como
uma vibração ondulante.

Pode-se utilizar, ou até mesmo criar, inúmeras alternativas de afinação em um instrumento. No que diz
respeito ao baixo, as mais comuns são as seguintes:

• Padrão, idealizado originalmente por Leo Fender, com quatro cordas afinadas em EADG (ou em
DADG, costumeiramente chamado de Drop D).

• Cinco cordas: BEADG. Embora não seja tão usual, o formato EADGC também vem sendo utilizado.

• Seis cordas: BEADGC ou, em um modelo não muito comum, EADGBE.

•Mais de seis cordas, com uso de encordoamento semelhante ao de uma guitarra.

• Baixo tenor: ADGC

• Baixo piccolo: EADG (uma oitava acima da afinação padrão).

Notas Musicais Simbolos


Na teoria musical, o estudo das figuras rítmicas é de extrema importância para que se compreenda as
divisões e as dobras de uma música. Atualmente, costuma-se utilizar um total de sete figuras, cujo valor
numérico é correspondente ao número divisor em relação à semibreve — que, por ter a maior duração,
vale um: a mínima equivale à metade e tem valor igual a dois; a semínima possui metade da duração da
mínima e vale quatro. O mesmo raciocínio deve ser aplicado para a colcheia, semicolcheia, fusa e
semifusa.
A pausa representa o silêncio na música e também tem valores que correspondem às suas respectivas
figuras. Neste caso, a regra das divisões é a mesma e a semibreve também serve como referência.
Ao lado e acima, hà dois diagramas: um com as figuras rítmicas e outro com as pausas, ambas indicadas
por seus valores.
Adic
Figura 01: Notas Musicais Simbolos - Como Ler Partitura

FÓRMULA DE COMPASSO

O compasso é a divisão da música em partes iguais ou variáveis, indicada por barras verticais que cortam
o pentagrama. A fórmula de compasso, por sua vez, tem a função de estabelecer a referência de marcação
dos tempos.
Na partitura, a fórmula de compasso aparece logo após a armadura de clave. É simbolizada por dois
números, situados um sobre. Há diversos casos em que estes valores se alteram uma ou mais vezes em
uma mesma música.
O numeral de cima a quantidade de marcações existentes dentro de um único compasso. O número abaixo
revela valor da figura que será igual a um tempo, ou seja, a referência de andamento na música ou em um
trecho específico.
Os compassos podem ser simples ou compostos. O primeiro tipo tem valores comuns por unidade de
tempo, são indicados na parte superior pelos números 2, 3, 4, 5 e 7 e resultam em uma divisão binária. O
segundo tem valores pontuados por unidade de tempo, são indicados na parte superior pelos números 6, 9,
12, 15 e 21 e resultam em divisões ternárias.
Em muitos casos, os compassos se iniciam com uma antecipação de meio tempo na mensuração interior.
Nestes casos, são chamados de anacrústicos.
O desenho ao lado mostra alguns tipos de compasso.
ARMADURA DE CLAVE

Um dos artifícios para se ter uma leitura mais fluente e segura do pentagrama é conhecer todas as
tonalidades musicais. Para identificarmos instantaneamente o tom de uma música, basta olhar, no início
da partitura, para a armadura de clave.
A armadura de clave é a visualização dos acidentes fixos, isto é, que serão obedecidos - até segunda
ordem - durante todos os compassos da música ou trecho transcrito. Quando ocorrem as modulações
(mudanças no tom ao longo de uma música), a alteração é indicada por meio de uma nova armadura, que
deve ser a única levada em conta a partir do ponto em que surge na partitura.
Pode-se encontrar também acidentes dentro de um único compasso. São chamados de ocorrentes e,
normalmente, representam notas de passagens ou empréstimo. Têm duração restrita apenas ao compasso
em que estão presentes, ou seja, a nota acidentada volta imediatamente à sua função inicial na mensuração
seguinte. Para se anular um acidente ocorrente dentro de um mesmo compasso, usa-se o bequadro (ou
sustenido ou bemol, em casos de inclusão de uma nota natural).
No total, as partituras podem conter 12 armaduras de clave diferentes, que estão dispostas na tabela a
seguir.
Veja no desenho como estas indicações são mostradas em uma partitura. (exibido abaixo).
QUIÁLTERAS

As quiálteras são alterações em grupos de notas que fazem parte de um mesmo compasso ou na
subdivisão normal de seus tempos. São indicadas por um número, que representa a quantidade de notas
que as compõem. Constituem-se de valores iguais, desiguais ou pausas. Em alguns casos, podemos até
nos deparar com subgrupos em uma mesma quiáltera.

Dentre os vários tipos existentes na música, são mais comuns de três (tercinas), cinco (quintinas) e seis
notas (sextinas). As tercinas aparecem frequentemente em grupos de colcheias, mas também podem ser
encontradas em semínimas. As sextinas, mais populares, e as quiálteras são normalmente empregadas em
semicolcheias. Há também quiálteras de nove notas em grupos de fusas.
REFERENCIAS

Blog do Raul Junior

http://contrabaixoweb.blogspot.com.br

Curso Contrabaixo para todos

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