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EPISTEMOLOGIAS DAS PESQUISAS EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS:

O espaço das posições epistemológicas do Campo Brasileiro de Pesquisa em Educação CTS


(Ciência, Tecnologia e Sociedade)

Thiago Vasconcelos Ribeiro¹, Luiz Gonzaga Roversi Genovese¹.

¹​ ​Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal de Goiás, Goiânia,


Goiás, Brasil.

Existe hoje um espaço de produção de conhecimento acerca da educação CTS


(Ciência-Tecnologia- Sociedade), aqui denominado de Campo Brasileiro de Pesquisa em
Educação CTS: um subcampo científico da pesquisa em educação em ciências no contexto
nacional que ocupa-se das lutas simbólicas por (re)conhecimento no universo científico e
universitário do país. Ao invocar a noção de campo, desenvolvida Pierre Bourdieu, afirma-se que
tal espaço é responsável por estruturar as práticas de seus agentes – moldar seus ​habitus​, orientar
as suas tomadas de posição e direcionar suas estratégias conscientes e inconscientes pelo
acúmulo de capital científico – na medida em que é permanentemente construído e renegociado
por embates sucessivos pela verdade legítima e reconhecida. Como todo espaço de lutas, a posse
de e disputa por capitais determina as hierarquias num dado momento, sendo esse o motor das
mudanças ali observadas. Juntamente com essas hierarquias, a dinâmica de funcionamento do
campo, produz também um espaço dos possíveis: aquilo que surge como uma possibilidade (ou
impossibilidade) num determinado espaço e tempo está associada à posição ocupada pelos
agentes e por suas trajetórias até aquele momento. Todas as orientações e afinidades teóricas, as
apostas e os investimentos que se traduzem na lógica das lutas simbólicas como “escolhas”
epistemológicas e metodológicas, são produto das posições ocupadas e pelas lutas travadas pelos
agentes no interior do campo. Desse modo, o presente projeto consiste em mais um passo na
construção desse objeto de pesquisa que é o Campo Brasileiro de Pesquisa em Educação CTS: a
construção do espaço das posições epistemológicas da pesquisa em educação CTS no Brasil. A
aposta que a teoria do campo permite fazer aqui é a de que, o que se está chamando de posições
epistemológicas (ou tomadas de posição epistemológicas) dos agentes do campo são homólogas
às suas posições sociais nas lutas simbólicas pela pesquisa em educação CTS. Para tanto,
pretende-se responder às seguintes perguntas: “Quais são os atuais objetos de disputa no interior
do Campo Brasileiro de Pesquisa em Educação CTS? Quais são os pontos de convergência
(verdade legitimada) e de divergência (controvérsias) existentes sobre esses objetos disputados?
Existe relação entre as opções epistemológicas – as escolhas realizadas na construção do objeto
de pesquisa; as escolhas metodológicas; os referenciais mobilizados; as estratégias de construção
de verdades particulares que pretendem se tornar universais (legitimadas como a verdade do
subcampo) – e as posições sociais ocupadas pelos pesquisadores no subcampo em estudo, isto é,
pode-se falar em um espaço das posições epistemológicas?” Para se ter condições de responder a
essas perguntas, será realizada uma abordagem quali-quantitativa. Os dados a serem analisados
serão construídos a partir das informações disponibilizadas pelos pesquisadores em educação
CTS em seus currículos na Plataforma Lattes, e das suas publicações em periódicos reconhecidos
na área. Devido a grande quantidade de dados a serem analisados, a pesquisa recorrerá a métodos
estatísticos, como a análise de correspondência múltipla, e a softwares específicos para este fim,
como o R, o Iramuteq e o Gephi. Com essa pesquisa pretende-se lançar luz sobre as formas com
que os objetos de pesquisa são construídos na pesquisa em educação CTS e as verdades do
campo são estabelecidas e legitimadas, construindo assim uma verdadeira epistemologia da
pesquisa em educação em ciências.

Palavras-chave:​ Ciência-Tecnologia-Sociedade; educação em ciências; epistemologia.

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