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“Cristo não é Religião!

” –
De onde vem este grito
de guerra?
5 anos ago
0 comentários
by Católico Porque...
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“Cristo não é religião!” – Esta é a frase lançada muitas vezes na cara dos
católicos que se orgulham de pertencer à Igreja. Esta frase geralmente é
dita incluindo uma atitude inconsciente de ter atingido um nível espiritual
mais elevado, e que o pobre católico ainda não se deu conta desta “grande
verdade”. Mas isto é verdade? Para aprofundar, fz este breve estudo.

PEQUENOS EXEMPLOS DESSA IDEOLOGIA

Uma ideologia que vem progressivamente conquistando muitas igrejas


cristãs não-católicas é uma recente negação da religião. É surpreendente
ouvi-los dizer: “Cristo não é religião”, “Eu não pertenço a religião nenhuma;
possuo uma relação pessoal e verdadeira com Jesus Cristo” e outras frases
semelhantes.

Recentemente, conversava sobre isso por chat com uma amiga evangélica
desta mesma comunidade e ativei o registro automático da conversa. A
seguir, um pequeno extrato da mesma:

Kattvic: Você é cristão?

José: Sim, sou cristão católico.

Kattvic: Ah, tá.

José: E você?

Kattvic: Bem, eu era católica, mas agora sou convertida a Cristo.


José: Mas quando você era católica não era convertida a Cristo?

Kattvic: Sim, mas não era a mesma coisa. Quando alguém é católico
esquece muitas coisas.

José: Quando alguém é católico e não aprofunda sua fé, pode ser que
esqueça muitas coisas. Mas quando se aprofunda e possui verdadeira
relação com Cristo, isto não ocorre.

Kattvic: Bem, isso é verdade, mas também é verdade que, como católicos,
não nos aprofundamos na relação com Cristo. É certo que isso não vale
para todos, mas para a maioria.

José: Em todas as igrejas existem crentes “nominais”, se é que podem ser


chamados de “crentes”.

Kattvic: Bem, eu não estou falando de religião, porque se assim fosse, eu


não teria nenhuma. Meu amor para com o Todo-Poderoso supera a
barreira das religiões.

José: O que é religião para você?

Kattvic: Bem, religião é quando você diz que possui uma e vai até a sua
igreja rezar, cantar e tudo o mais; e quando você sai desse lugar, continua
sendo o mesmo.

José: Mas quem te disse que isso é religião? Já procurou o signifcado de


religião no dicionário?

Kattvic: Não, não procurei. Mas o digo por experiência pessoal.

José: Isso não é coisa de experiência, é coisa de saber o que signifca a


palavra. Eu te pergunto: a Bíblia diz que a religião é coisa boa ou má? O que
ela fala acerca da religião?

Kattvic: Bem, eu não conheço muito a Bíblia pois ainda estou começando a
lê-la… Eu não sei qual é a defnição dos outros; a minha é pessoal. Assim eu
sinto, assim eu creio.
O que me chamou a atenção nesta conversa é que a moça possuía uma
defnição totalmente sentimental da palavra “religião” e quando lhe pedi
para que me argumentasse racionalmente (pelo dicionário) ou biblicamente
(por alguma passagem bíblica), não soube me dizer o porquê da sua fé não
poder ser conceituada como religião; simplesmente concluiu com um
profundo e contundente:

“Assim eu sinto, assim eu creio”… E PONTO!!!

Certamente, ela era uma cristã com pouco conhecimento bíblico, mas o
curioso é que esta maneira de pensar pode ser vista em líderes e pastores
evangélicos, o que me surpreende por demais. Quando eu lhes peço para
que me fundamentem biblicamente tal afrmação, não encontro ninguém
que me possa dar uma resposta satisfatória.

Porém, esta nova ideologia possui fundamento? O que diz o senso comum?
O que diz a Bíblia?

CONCEITO DE RELIGIÃO

Para encontrarmos o real signifcado da palavra “religião ” devemos


procurar na fonte mais autorizada do mundo, no que se refere ao
signifcado das palavras em espanhol[*]: o dicionário da Real Academia
Espanhola; e, depois, em outra fonte para ser facilmente verifcada por
vocês, leitores.

O dicionário da Real Academia Espanhola nos dá como signifcado principal


e secundário da palavra “religião” os seguintes:

Dicionário da Real Academia Espanhola: Religião [Do lat. relig?o, -?nis] 1.


Conjunto de crenças ou dogmas acerca da divindade, dos sentimentos de
veneração e temor para com ela, das normas morais para a conduta
individual e social, e das práticas rituais, principalmente a oração e o
sacrifício para prestar-lhe culto. 2. Virtude que move a prestar a Deus o
culto devido.

Veja também Carta de um Pastor ao ler um dos meus livros


A enciclopédia Microsoft Encarta diz:

Enciclopedia Microsoft Encarta, Religião: Em termos gerais, forma de vida


ou crença baseada em uma relação essencial de uma pessoa com o
universo, ou com um ou vários deuses. Neste sentido, sistemas tão
diferentes como Budismo, Cristianismo, Hinduísmo, Judaísmo e Xintoísmo
podem ser considerados religiões. No entanto, em um sentido aceito de
uma forma corrente, o termo religião se refere à fé em uma ordem do
mundo criado pela vontade divina, o acordo com o qual constitui o caminho
de salvação de uma comunidade e, portanto, de cada um dos indivíduos
que desempenhem um papel nessa comunidade. Neste sentido, o termo se
aplica sobretudo a sistemas como Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, que
implicam fé em um credo, obediência a um código moral estabelecido nas
Escrituras Sagradas e participação em um culto. Em seu sentido mais
estrito, o termo alude ao sistema de vida de uma ordem monástica ou
religiosa.

Resumindo: dos signifcados que a Real Academia Espanhola e a


Enciclopédia [Encarta] nos oferece, podemos concluir que “religião” é a
forma que cada pessoa possui de se relacionar com Deus, prestando-lhe o
culto que Lhe é devido.

Sob este conceito, o Cristianismo é defnitivamente uma religião. O mesmo


dicionário da Real Academia o defne:

Dicionário da Real Academia Espanhola: Cristianismo 1. Religião cristã.

A enciclopédia Encarta nos apresenta uma defnição semelhante:

Enciclopédia Microsoft Encarta: Cristianismo: religião monoteísta baseada


nos ensinamentos de Jesus Cristo segundo se recolhem nos Evangelhos,
que marcou profundamente a cultura ocidental e é atualmente a maior do
mundo. Está amplamente presente em todos os continentes do globo e é
professada por mais de 1,7 bilhão de pessoas.

O Cristianismo não somente é mundialmente considerado como religião


como também é a maior do mundo. Afrmar-se cristão e dizer que seu
cristianismo “não é religião” é simplesmente rejeitar o signifcado da
palavra, viver em um universo imaginário onde as palavras signifcam para
si o que quer que signifquem, embora não o signifquem para “o resto do
mundo”.

Se você é cristão, o Cristianismo é a SUA RELIGIÃO; quanto a isso, não resta


dúvida. Não importa que alguém não goste dessa palavra, que tenha
desenvolvido antipatia por ela. O signifcado não será alterado em todos os
dicionários do mundo apenas porque tal pessoa “sinta ” ou “acredite ” que [a
sua fé] não é “religião”.

Muitos poderão querer dar à palavra o seu próprio signifcado, mas sua
posição terá fundamento para o senso comum?

A RELIGIÃO SEGUNDO A BÍBLIA

Passemos agora para o segundo ponto; vejamos o que diz a Palavra de


Deus sobre “religião”, já que se a posição de [alguns] irmãos [separados]
faz sentido, deverá haver alguma passagem bíblica apoiando tal posição.
Será que há?

NÃO, não há! Não há em toda a Bíblia nem uma só passagem que fale mal
da religião, ainda que seja só um pouquinho. Ao contrário, a palavra
“religião”, “religioso”, “religiosa” aparece 7 vezes e em nenhuma delas se
pode verifcar um signifcado negativo; muito pelo contrário.

João 9,31 – “Sabemos que Deus não ouve os pecadores; mas, se alguém é
religioso e cumpre a Sua vontade, será ouvido”.
A passagem acima narra a forma como o cego refuta os fariseus que não
explicavam como ele pôde ter sido curado por Jesus. Quando os fariseus O
insultam, ele lhes responde com estas sábias palavras, para dar-lhes a
entender que se Cristo o curou é porque Deus O escutava; muito
interessante, aliás, as palavras que emprega: “se alguém é religioso e
cumpre a Sua vontade, será ouvido”.

O próprio Paulo, quando foi perseguido pelos judeus, foi perseguido em


razão da “sua religião”, como nos ensina a Bíblia:

Atos 25,19 – “Apenas tinham contra ele algumas discussões acerca de sua
própria religião e sobre um tal Jesus, já morto, o qual Paulo afrmava que
vivia”.
Muitos podem dizer que possuem religião, porém, Paulo não era cristão? E
a Bíblia diz que Paulo possuía religião! Se Paulo tinha religião e era
perseguido em razão dela, porque esses não têm religião? Paulo
posteriormente explica que ele havia sido fariseu e alega que o Judaísmo
era a “sua religião”:

Veja também Frases de líderes protestantes

Atos 26,5 – “Eles me conhecem há muito tempo e se quiserem podem


testemunhar que tenho vivido como fariseu conforme a seita mais estrita
da nossa religião”.

Importante observar que ele não diz que essa já não é mais a sua religião.
Notemos que quando Paulo diz “nossa religião” implica que a considera
“sua também”. O Judaísmo era a verdadeira religião, mas agora alcançava
sua plenitude com Cristo. Paulo não trocou de Deus, mas O conheceu em
plenitude através da revelação de Jesus Cristo.

Uma das passagens mais contundentes que menciona a palavra “religião ” é


a seguinte:

Tiago 1,26-27 – “Se alguém se crê religioso mas não coloca freio em sua
língua, engana seu próprio coração e sua religião é vã. A religião pura e
intocável diante de Deus Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas em sua
tribulação e conservar-se incontaminado pelo mundo”.

Esta passagem é muito, mas muito ilustrativa para o assunto que estamos
tratando. Esta passagem nos explica “como se deve viver a religião” e
começa dizendo que nossa religião é vã se não colocamos freio em nossa
língua e continua descrevendo-nos as características da verdadeira religião.

Essa passagem não diz que a religião é coisa má ou que o cristão não tem
religião, mas existe “uma religião pura e intocável diante de Deus Pai ”; uma
religião cuja característica é que se viva a partir do interior, não como um
mero cumprimento de preceitos, mas impregnada de uma fé viva que se
manifesta em obras, em caridade para com os necessitados e por manter
uma vida isenta de pecado.
O problema nunca foi a religião, pois a religião é indispensável. O problema
para muitos de nós pode ter sido viver a religião exteriormente e não a
partir do interior. Não possuir uma religião baseada sobre uma fé viva, ativa
– uma “fé sem obras”, no dizer de São Tiago – é uma fé morta.

Tiago 2,26 – “Porque assim como o corpo sem espírito está morto, assim
também a fé sem obras é morta”.

DE ONDE VEM ESTA REJEIÇÃO À RELIGIÃO POR PARTE DOS IRMÃOS?

Muitos irmãos separados, ao tentarem se desligar de normas e dogmas,


além de possuir fortes sentimentos anticatólicos, têm tratado de redefnir a
palavra “religião”, associando-a com um simples e mero “cumprimento de
preceitos”. Pois bem: após terem feito tal associação e redefnição da
palavra, para que não se vejam afetados pela mudança, “desfazem o nó ”
dizendo que o que praticam não é “religião” (mas o que os outros fazem,
sim). É uma forma inovadora de se distinguirem como um “verdadeiro
crente livre de dogmas e religiões”, oferecendo-lhes uma sensação de
liberdade, permitindo-lhes não estar sujeito a nenhuma espécie de
autoridade, exceto naquilo que entendem da Bíblia e sob suas próprias
interpretações. Se não gostam do que alguma igreja diz, mudam para
outra; e se forem carismáticos, talvez fundem uma nova. Como já existem
milhares [de igrejas] e já foras empregados quase todos os nomes
conhecidos, talvez acabem chamando de “Pare de Sofrer” ou “Testemunhas
de Deus”. E, por fm, o que resta?

Eu a chamaria de “apenas mais uma religião”, mas “sob medida ”. Isto não
está de acordo com o que exige a Palavra de Deus:

1Coríntios 1,10 – “Vos conjuro, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus
Cristo: tenham todos um mesmo pensar e não haja divisões entre vós; ao
contrário, estejais unidos em uma mesma mentalidade e juízo”

A passagem acima não é uma “sugestão”, mas uma “ordem ” em nome de


Cristo, que exige dos cristãos UNIDADE; não uma unidade aparente, mas
uma unidade que implica coesão de fé, quer em mentalidade, quer em
juízo.

Veja também O Cânon 28 de Calcedônia e a “história alternativa”


QUAL A CONSEQUÊNCIA DESSA IDEOLOGIA?

Sem que percebam, estão apoiando o lema marxista sob o qual milhares de
cristãos foram perseguidos e submetidos. Ei-lo:

“A religião é o ópio dos povos” (Karl Marx).

E prepara o cristão pouco instruído a tornar-se vítima do enganoso


[movimento de] Nova Era, que prega exatamente o mesmo, mas que
todavia segue adiante, afrmando que todas as religiões são iguais (inclusive
o Cristianismo). Para eles, Cristo é apenas um ser iluminado, rebaixado ao
nível de Maomé, Sai Baba, Dalai Lama e tantos outros.

E QUAL É A VERDADE?

Nós, cristãos, temos uma verdade clara:

João 14,6 – “Disse Jesus: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém
vai ao Pai senão por Mim”.
Cristo é o único caminho para o Pai. Portanto, Cristo não é religião, mas “a
verdadeira religião”, “a religião em plenitude”, “a forma perfeita de se
relacionar com o Pai”. Não há outro nome pelo qual os homens possam ser
salvos. Porém, estar unido a Cristo é estar unido à Igreja, que é o seu
Corpo.

CONCLUSÃO

Quando um irmão tornar a vir com a “profunda” frase: “Cristo não é


religião”, tente fazê-lo entender que está repetindo um lema novo e sem
sentido; um lema que nem sequer os protestantes pregavam no século
passado e que tampouco pregam hoje as igrejas protestantes tradicionais.
Peça para que ele argumente biblicamente o que afrma, que analise o que
está dizendo, que perceba que só está repetindo “o lema do pastor ”, mas
que é algo que realmente não possui o menor fundamento bíblico. Tente
fazê-lo entender o real signifcado da palavra… Talvez você consiga fazê-lo
refetir e, assim, perceber que está repetindo algo “sem fundamento”.
_________
NOTA: [*] Definições semelhantes podem ser facilmente encontradas em
dicionários da língua portuguesa; p.ex: “Moderno Dicionário da Língua
Portuguesa – Michaelis”, um dos mais extensos em significados: religião –
re.li.gião – sf (lat religione) [1] Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade
qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera
mandamento divino. [2] Sentimento consciente de dependência ou submissão
que liga a criatura humana ao Criador. [3] Culto externo ou interno prestado à
divindade. [4] Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. [5]
Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. [6] Prática dos
preceitos divinos ou revelados. [7] Temor de Deus. [8] Tudo que é considerado
obrigação moral ou dever sagrado e indeclinável. [9] Ordem ou congregação
religiosa. [10] Ordem de cavalaria. [11] Caráter sagrado ou virtude especial que
se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverência. [12]
Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a
manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. [13] Filos=
Reconhecimento prático de nossa dependência de Deus. [14] Filos= Instituição
social com crenças e ritos. [15] Filos= Respeito a uma regra. [16] Sociol=
Instituição social criada em torno da ideia de um ou vários seres sobrenaturais
e de sua relação com os homens. [17] Mística ou ascese. R. do caboclo, Reg (Rio
de Janeiro): prática feiticista negra a que se misturam entidades da mística
ameríndia. R. do Estado: a professada oficialmente por um Estado sem que,
com isso, seja proibida ou impedida a prática das outras. R. natural: a que se
baseia somente nas inspirações do coração e da razão, sem dogmas revelados;
a religião dos povos primitivos. R. naturalista: veneração ou adoração religiosa
da natureza nos animais, nos astros etc.; panteísmo. R. reformada: o mesmo
que igreja reformada. R. revelada: a que, como o cristianismo, se baseia numa
revelação divina conservada pelas Escrituras Sagradas e pela tradição. Ciência
das religiões: estudo das religiões como fenômeno humano universal; pode-se
considerar seu aspecto histórico (história das religiões), psíquico (psicologia da
religião) e social (sociologia da religião). Filosofia da religião: tratado das
questões relativas à sua essência e verdade (N.doT.).

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