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CAPÍTULO 2

DESENHOS DE AERONAVES

PLANTAS É a descrição de um objeto feito de duas ou


mais partes.
São feitas pela colocação dos traços do dese- Descreve o objeto dando de forma geral o ta-
nho sobre uma folha de papel quimicamente tratado, manho e o formato.
expondo-o a uma intensa luz por um curto período de Sua principal finalidade é mostrar o relaciona-
tempo. mento das várias partes.
A planta pode ter:
Desenhos de montagem
 Fundo branco com linhas coloridas
 Fundo colorido com linhas brancas São aqueles que incluem todas as informações
para a montagem de uma peça em sua posição final na
DESENHOS DE TRABALHO aeronave.

Tem que dar informações, como: BLOCO DE TITULOS

 Tamanho do objeto e todas as suas O bloco de títulos é aonde são providos os


partes meios de identificação da planta, constituído do nú-
 Seu formato e todas as suas partes mero do desenho e outras informações concernentes
ao objeto representado.
Tem que dar especificações como: Esta informação é normalmente agrupada no
canto inferior direito.
 Material a ser usado
Números de desenhos ou de plantas
 Acabamento
 Montagem As plantas são identificadas com um número
 Informações essenciais à manufa- que aparece no canto inferior direito do bloco de títu-
tura e montagem de objeto em par- los
ticular
Referencias e extensões
Pode ser divididos em três partes:
São usadas também para identificar peças di-
 Desenhos de detalhes reitas e esquerdas
 Desenhos de conjuntos
 Desenhos de montagens Sistema de numeração universal

Desenhos de detalhes Da os meios de identificação de desenhos do


tamanho padrão.
É a descrição de uma peça simples, que des- Nesse sistema, cada desenho consiste de 6 ou
creva através de: 7 dígitos; o primeiro digito é sempre 1, 2, 3, 4 ou 5 e
indica o tamanho do desenho.
 Linhas
 Notas LISTA DE MATERIAL
 Símbolos
Uma lista de materiais necessários à fabrica-
E usando especificações como: ção ou montagem de um componente ou sistema é fre-
quentemente incluída no desenho.
 Tamanho
 Formato OUTRAS INFORMAÇÕES
 Material
Bloco de revisão
 Método de manufatura
Quando um desenho contem correções, as mu-
danças são classificadas por letras ou números e lista-
Desenho de conjuntos das após esses símbolos em um bloco de revisão.
2-1
Zoneamento Mostra apenas parte de um objeto, porém bem
detalhado e em escala maior do que a da vista princi-
Servem para auxiliar a localização de um de- pal.
terminado ponto.
Os números de zoneamento são lidos da di- Vista seccionada
reita para a esquerda.
São usadas quando a construção interior ou
Números de estação componentes internos de um objeto não podem ser
mostrados claramente por vistas exteriores.
É um sistema de numeração usado em grandes
conjuntos de aeronaves para localizar estações como Meias secções
as cavernas da fuselagem.
Caverna da estação da fuselagem 185 indica Nas meias secções o plano do corte é feito so-
que a caverna está a 185 polegadas do plano de refe- mente seccionando o objeto pelo meio (uma metade
rência da aeronave. do objeto fica como vista exterior).

Marcas de acabamento Secção rebatida

São usadas para indicar as superfícies que de- Desenhada diretamente na vista exterior, mos-
vem ter um acabamento por máquina. tra a forma do corte transversal da parte, como o raio
da roda.
Tolerâncias
Secção removida
Quando uma dimensão dada em uma planta
tem uma variação permitida o sinal (+) indica o má- Secções removidas mostram particularidades
ximo, e o sinal (-) indica a mínima variação permitida; do objeto.
a soma dos sinais indica a tolerância.
Em dimensões precisas são usados números O SIGNIFICADO DAS LINHAS
decimais, polegadas são usadas quando não há neces-
sidade de dimensões precisas. Linhas de centro:

METODOS DE ILUSTRAÇÃO  São constituídas de traços longos e


curtos; elas indicam o centro do ob-
Desenhos pictoriais jeto ou de parte do objeto.

É similar a uma fotografia. Linhas de cota:


São uteis para mostrar a aparência de um ob-
jeto, são muito usados em projeções ortográficas.  É uma linha sólida interrompendo
São usados em manutenção, revisão geral e no ponto médio para a colocação de
números de partes (PN). medidas e tendo pontas de setas
opostas a cada final, para mostrar a
Desenhos de projeção ortográfica origem e o fim da medida.

Para mostrar o exato tamanho e forma de todas Linhas líderes:


as peças de objetos complexos é usada a projeção or-
tográfica.  São linhas sólidas com uma seta em
Em projeções ortográficas existem seis vistas uma das pontas e indicam uma
possíveis de um objeto, porque todos os objetos têm parte ou porção de uma:
seis lados:
1. Nota
 Frente 2. Número
 Cima 3. Outras referências
 Parte de baixo
 Traseira Linhas de ruptura:
 Lado direito
 Lado esquerdo  Indicam que uma porção do objeto
não é mostrada no desenho.

Vista de detalhes Linhas fantasmas:


2-2
São usados principalmente na solução de pro-
 Indicam a posição alternada de blemas.
partes do objeto, ou da posição re-
lativa de uma parte perdida. SIMBOLOS DE DESENHO

Linhas de hachuras: Símbolos de material

 Indicam superfícies expostas do ob- Símbolos de linhas de hachuras mostram o


jeto, na vista seccionada. tipo de material do qual o componente deverá ser cons-
truído.
Linhas ocultas:
Símbolos das formas
 Indicam margens invisíveis ou con-
Podem ser usados com excelente vantagem,
tornos.
quando se deseja mostrar a forma de um objeto.
Símbolos de formas são usualmente mostra-
Linhas de contorno ou de arestas visíveis:
dos em um desenho como uma seção rebatida ou re-
movida.
 São usadas em todas as linhas do
desenho, representando as linhas
TESTE DESENHO TÉCNICO DE AERONAVES
visíveis do objeto.
1) Quando houver mudanças de informa-
Linhas ponteadas ou interrompidas (pontos de ções, dimensões, materiais, modelos em
costura): desenhos, utilizamos:
 Consistem em uma série de peque- a) Notas
nos traços espaçados regularmente. b) Marcas de acabamento
c) Blocos de revisão
Linhas de corte e vista de corte: d) Tolerâncias
 Linhas de corte indicam o plano no 2) Nos desenhos técnicos os números de
qual uma vista seccional do objeto é zoneamento são lidos:
tomada.
a) De baixo para cima
DIAGRAMAS b) De cima para baixo
c) Da esquerda para a direita
Deve ser definido como uma representação d) Da direita para a esquerda
gráfica de um conjunto ou sistema, indicando as diver-
sas partes e expressamente os métodos e princípios de 3) Para localizar as estações como caver-
operação. nas da fuselagem, é usado:
Podem ser agrupados em duas classes ou ti-
pos: a) Bloco de revisão
b) Zoneamento
 Diagramas de instalação c) Sistema de numeração
 Diagramas esquemáticos d) Sistema de notas

4) Num desenho técnico tolerância em fra-


ção é usada/suficiente quando:
Diagramas de instalação
a) São necessárias dimensões precisas
É um diagrama do sistema de travas de co- b) Temos indicativa de máxima variação
mando de uma aeronave. c) Temos indicativa de mínima variação
Ele identifica cada componente no sistema e d) Não são necessárias dimensões preci-
mostra sua localização na aeronave. sas
Diagramas esquemáticos
5) No desenho técnico a seção rebatida,
mostra:
Não indicam a localização individual de com-
ponentes na aeronave, mas localizam os componentes
a) O corte horizontal do objeto
com respeito a cada um dentro do sistema.
2-3
b) O corte vertical do objeto
c) O corte longitudinal do objeto
d) O corte transversal do objeto

1 A B C D
2 A B C D
3 A B C D
4 A B C D
5 A B C D

2-4
CAPÍTULO 3

PESO E BALANCEAMENTO DE AERONAVES

INTRODUÇÃO DADOS DE PESO E BALANCEAMENTO

A finalidade principal do controle de peso e Os dados de peso e balanceamento são obtidos


balanceamento é a segurança, a finalidade secundaria nas seguintes fontes:
é a maior eficiência durante o voo.
Um carregamento inadequado reduz a eficiên-  Especificações da aeronave
cia da aeronave com respeito ao teto, manobrabilidade,  Limitações operacionais das aero-
razão de subida, velocidade e consumo de combustí- naves
vel; podendo ser motivo de interrupção ou cancela-  Manual de voo da aeronave
mento de um voo.  Registro de peso e balanceamento
O peso vazio e o correspondente centro de gra- da aeronave
vidade (cg.) de uma aeronave civil devem ser determi-
nados na época da homologação. TERMINOLOGIA
Aeronaves ganham peso devido ao acumulo
de sujeira, graxa e etc. o peso ganho depende do fun- Plano de referência (linha de datum)
cionamento, horas de voo, condições atmosféricas e
tipo de aeronave operado, por isso se faz necessário É um plano vertical imaginário; a partir dele
refazer a pesagem da aeronave periodicamente. todas as medidas são tomadas horizontalmente para
Embora uma aeronave não seja pesada ela fins de balanceamento com a aeronave em atitude de
deve ser carregada de modo que os limites máximos voo nivelado, este plano está em ângulo reto em rela-
de peso e cg. não sejam ultrapassados durante a opera- ção ao eixo longitudinal da aeronave.
ção de carregamento. Não existe regra fixa para a localização do
plano de referência, na maioria dos casos está locali-
TEORIA DO PESO E BALANCEAMENTO zado no nariz da aeronave, em outros casos está um
pouco adiante do nariz.
É a teoria da alavanca, que está em equilíbrio Braço
ou balanceada quando está em repouso sobre o fulcro,
em posição nivelada. O braço é a distância horizontal entre um equi-
A influência do peso depende diretamente de pamento e o plano de referência, seu comprimento é
sua distância do fulcro, para balancear a alavanca o sempre dado ou medido em polegadas.
peso deve ser distribuído a fim de que o efeito de rota- Exceto nos casos em que a localização do
ção seja o mesmo em ambos os lados do fulcro. equipamento seja exatamente sobre o plano de refe-
A distância entre o fulcro e qualquer objeto é rência (nesse caso o braço é igual à zero), o braço é
chamada braço da alavanca. precedido do sinal positivo (+) ou do sinal negativo (-
Uma aeronave está balanceada se ela perma- ); o sinal positivo indica uma posição para trás do
necer nivelada quando suspensa por um ponto imagi- plano de referência, o sinal negativo indica uma posi-
nário, este ponto é a localização ideal do cg. ção adiante do plano de referência.
A obtenção do balanceamento é uma questão
de se colocar as cargas de modo que o braço médio da Momento
aeronave carregada fique dentro do cg.
É o resultado da multiplicação de um peso
Comprovação matemática pelo seu braço; o momento de um item em relação ao
plano de referência é obtido pela multiplicação do
O controle do peso e balanceamento consiste peso do item pela distância horizontal entre o item e o
em comprovar matematicamente o peso, balancea- plano de referência.
mento e carregamento corretos dos limites especifica- O momento de um item em relação ao cg é ob-
dos, estes limites são apresentados nas especificações tido pela multiplicação do peso do item por usa distan-
das aeronaves. cia horizontal em relação ao cg.
Um peso de 20 libras localizado a 30 polega-
das de distância do plano de referência teria um mo-
mento de 𝟐𝟎𝒙𝟑𝟎 = 𝟔𝟎𝟎 𝒍𝒊𝒃./𝒑𝒐𝒍.
3-1
Centro de Gravidade Quando o CGPV da aeronave cai dentro dessa
faixa fica impossível exceder os limites do CGPV uti-
O centro de gravidade de uma aeronave é o lizando-se os arranjos de carregamento da especifica-
ponto sobre o qual os momentos de nariz pesado ou de ção padrão.
cauda pesada são exatamente iguais em magnitude.
Uma aeronave suspensa por este ponto não Passeio do Centro de Gravidade Operacional
deve ter tendência de rotação para qualquer dos lados
do nariz ou da cauda, este é o ponto no qual o peso da É a distância entre os limites dianteiro e tra-
aeronave ou de qualquer objeto está concentrado. seiro do cg. (indicado nas Especificação da Aeronave
ou nas Folhas de Dados de Certificação de Tipo), estes
Peso Máximo limites são posições extremas do cg. carregado per-
missíveis. Estes limites são apresentados em porcenta-
Peso máximo é o permitido para uma aero- gem da CAM (Corda Aerodinâmica Media) ou em po-
nave e seu conteúdo e está indicado nas especifica- legadas de distância do plano de referência.
ções. A localização do cg. da aeronave carregada
Aeronaves podem ter variações em seu peso deve permanecer dentro destes limites em qualquer
máximo permissível dependendo da finalidade e con- tempo.
dições em que serão operadas.
CORDA AERODINAMICA MEDIA
Peso Vazio
CAM é a corda media da asa.
Inclui todos os equipamentos operacionais Por causa da relação entre o cg e os momentos
que possuem localização fixa e que estejam realmente produzidos pelas forças aerodinâmicas; sendo a sus-
instalados na aeronave. tentação a maior delas, a localização do cg é normal-
Este peso inclui o peso da célula, grupo moto- mente expressa em relação à asa, isto é feito especifi-
propulsor, equipamentos necessários, lastro fixo, flu- cando o cg. em porcentagem da CAM da asa.
ido hidráulico, óleo e combustível residuais, ou seja, é
o peso máximo da aeronave sem nenhuma carga. Calculo de localização do cg. em porcentagem
da CAM
Carga Útil
1. Encontra-se a diferença existente entre o
É determinada pela subtração do peso vazio ponto de localização do cg. do peso vazio
do peso bruto máximo permissível. (CGPV) e o plano de referência e a distân-
Para aeronaves homologadas nas categorias cia entre o bordo de ataque da CAM e o
normal e utilitária deve haver duas cargas uteis nos re- plano de referencia
gistros de peso e balanceamento. 2. Divide-se a diferença pelo comprimento
Uma aeronave com peso vazio de 900 libras da CAM
terá uma carga útil de 850 libras se o peso máximo 3. Multiplica-se o resultado por 100
permissível para a categoria normal for 1750 libras. 4. O resultado final é expresso em porcenta-
A carga útil consiste do máximo de óleo, com- gem
bustível, bagagem piloto, copiloto e membros da tri-
pulação. Meios de nivelamento da aeronave
A redução no peso de um item quando possí-
vel poderá ser necessária para que a aeronave perma- Existem pontos de referência para o nivela-
neça dentro do peso máximo permitido para a catego- mento da aeronave no solo, eles são determinados pelo
ria em que estiver operando. A determinação destes fabricante e são indicados nas Especificações da Ae-
pesos é chamada de verificação do peso. ronave.
Podem ser usados níveis bolha ou escalas es-
Centro de Gravidade do Peso Vazio peciais construídas na célula, as escalas são usadas
como prumo para nivelar a aeronave longitudinal e la-
Abreviado CGPV, ele é o cg. de uma aeronave teralmente.
em sua condição de peso vazio.
Pontos de pesagem
Passeio do Centro de Gravidade do Peso Va-
zio Ao se fazer a pesagem de uma aeronave o
ponto sobre a balança em que o peso da aeronave está
O passeio do CGPV é uma variação permissí- concentrado é chamado ponto de pesagem.
vel dentro dos limites do cg.

3-2
Em aeronaves leves e médias as rodas são co-  Trem de nariz = 152,00 libras
locadas sobre a balança, em grandes aeronaves as ba-  Trem princ. Esq. = 617, 00 libras
lanças são colocadas nos macacos.  Trem princ. Dir. = 614, 00 libras
 𝟏𝟓𝟐 + 𝟔𝟏𝟕 + 𝟔𝟏𝟒 = 𝟏𝟑𝟖𝟑
Peso de combustível zero  Total = 1.383,00 libras
É o peso máximo da aeronave sem combustí-
vel. Cg. do Peso Vazio
É o peso máximo permitido para a aeronave
sem o combustível para a rota. É calculado através da divisão dos momentos
O peso que excede o peso de combustível zero totais pelo peso total da aeronave.
deve ser de combustível utilizável.
 Momento: é o resultado da multi-
Combustível mínimo plicação de peso de um objeto (equi-
pamento) pelo seu braço (distância
Não é a quantidade mínima de combustível
do ponto de referência).
para voar uma aeronave.
Combustível mínimo é a quantidade de com-
bustível que deve ser apresentada no relatório de peso MO-
PESO BRAÇO
e balanceamento quando a aeronave é carregada para MENTO
uma verificação de condição extrema.
Trem de na- 31.500
É obtido através da razão combustível x po- 50 g 630 mm
riz g/mm
tência do motor.
Trem princ. 80.000
 Combustível mínimo = ½ lib. Por ca- 500 g 160 mm
Esq. g/mm
valo de potência.
 HP = 1200 cavalos Trem princ. 80.000
500 g 160 mm
 1200 x ½ = 600 (600 libras de com- Dir. g/mm
bustível mínimo) 1050
Peso total
g
Nas grandes aeronaves o combustível mínimo
é determinado pelo fabricante (aeronaves com motor a Momento 191.500
reação). total g/mm

Óleo total

É a quantidade de óleo apresentada como a ca-  C.G. = momento total ÷ peso total =
pacidade de óleo nas especificações da aeronave. 191.500 ÷ 1050 = 189,39.
Ao fazer a pesagem de uma aeronave o tanque  O resultado mostra a posição do cg.
de óleo pode conter a quantidade de galões de óleo es- da aeronave em relação ao plano de
pecificada ou pode ser drenado. referência.
Ao se fazer a pesagem com o tanque de óleo
cheio, o peso do óleo deve ser subtraído da leitura ob-
tida para chegar ao peso vazio ideal. EQUIPAMENTO ELETRONICO DE PESAGEM

Tara
O equipamento eletrônico de pesagem simpli-
Inclui o peso de todos os itens extras como ficou muito o procedimento de pesagem de aeronaves
macacos e calços, sobre a plataforma da balança de pe- grandes e pesadas.
sagem, exceto o peso do item que estiver sendo pe- O “kit” completo de pesagem contém:
sado.
O peso desses itens deve ser subtraído para se  Uma trena
obter o peso real da aeronave.  Prumos
 Níveis de bolha
Computo do peso vazio  Escalas
 Hidrômetros (para especificação da
O peso vazio de uma aeronave é determinado gravidade especifica do combustí-
somando-se o peso liquido de cada ponto de pesagem: vel)

3-3
 Células de carga (são indicadores a) teoria da relatividade
de tensão que refletem a carga im- b) teoria da alavanca
posta sobre elas pela aeronave em c) teoria da balança
termos de variação de voltagem, a d) teoria da gravidade
variação é indicada em uma escala
calibrada para apresentar a leitura 5) O controle do peso e balanceamento consiste em
em libras; são colocadas entre o ma- comprovar___o peso e___e___corretos dos limites
caco e seu ponto de apoio (ponto de especificados
pesagem), cada célula dever ser “ze-
rada” (balanceada) antes de rece- a) matematicamente, balanceamento e carregamento.
ber peso). b) geometricamente, balanceamento e centrasse.
c) aritmeticamente, carregamento e balanceamento.
PESO E BALANCEAMENTO DE HELICOPTE- d) engrossamento
ROS
6) A instalação ou remoção de equipamento modi-
Um helicóptero pesado suporta menos os cho- fica o___e o___da aeronave, afetando consequente-
ques e cargas causados pelo ar turbulento, a maioria mente a___na mesma proporção.
dos helicópteros tem o passeio do cg. mais restrito que
o dos aviões, em alguns casos o passeio é de 3”. a) peso operacional, alcance, capacidade.
A localização do cg e o passeio do cg. se es- b) peso vazio, C.G, carga excedente.
tendem por uma distância curta para frente ou para trás c) pessoa vazio, C.G, carga útil
do rotor principal ou do centroide de um sistema de d) peso normal, agilidade, confiabilidade.
rotor duplo.
7) Os dados de peso e balanceamento não podem
ser obtidos em que fonte:
TESTE PESO E BALANCEAMENTO DE AERO-
NAVES a) especificações da aeronave
b) limitações operacionais da aeronave
c) registro de voo da tripulação da aeronave
1) A finalidade principal e secundaria do controle d) manual da aeronave
de peso e balanceamento respectivamente é:
8) O plano vertical imaginário a partir do qual to-
a) economia e segurança das as medidas são tomadas horizontalmente para
b) eficiência e economia fins de balanceamento com a aeronave em atitude
c) segurança e eficiência de voo nivelado denomina-se:
d) segurança e estabilidade
a) plano de transferência
2) Uma redução da eficiência da aeronave com res- b) plano de divergência
peito ao teto, manobrabilidade, razão de subida, c) plano de referencia
velocidade e consumo de combustível pode ser cau- d) plano de aderência
sada por:
9) O braço é a distância entre o equipamento:
a) pesagem inadequada
b) nivelamento inadequado a) e o nariz do avião
c) abastecimento inadequado b) e a cauda do avião
d) carregamento inadequado c) e o solo
d) e o plano de referencia
3) Em que situações se fazem necessário refazer a
pesagem de uma aeronave: 10) O braço é precedido do sinal (+) ou (-) respecti-
vamente quando:
a) toda vez que for carregada e quando for para revisão
b) quando for para revisão e quando atingir 1000 horas a) sua posição for para trás do plano de referência e
de voo adiante do plano de referencia
c) quando acumular muita sujeira, graxa e etc. Em lu- b) sua posição for adiante do plano de referência e para
gares pouco acessíveis e depois de grandes reparos. trás do plano de referencia
d) depois de grandes reparos e depois de inspeções c) sua posição for exatamente encima do plano de re-
ferencia
4) Qual a teoria do peso e balanceamento: d) sua posição for à esquerda do plano de referencia

3-4
11) O resultado da multiplicação de um peso pelo d) centro de gravidade descarregado
seu braço denomina-se:
18) Como é denominada a variação permissível en-
a) instante tre os limites máximo e mínimo do C.G:
b) momento
c) força a) deslocamento do C.G
d) trabalho b) passeio do C.G
c) trabalho do C.G
12) Um peso de 35 libras localizado para trás do d) distorção do C.G
plano de referência tem um braço de 40 polegadas,
isto significa que: 19) Devemos carregar o C.G de modo que o C.G
fique fora dos limites especificados pelo fabricante,
a) a força é de -1400 lib./pol. está afirmativa é:
b) o momento é de +1400 lib./pol.
c) o instante é de -1400 lib./pol. a) correta
d) o trabalho é de +1400 lib./pol. b) duvidosa
c) errada
13) O peso que está indicado nas especificações da d) correto dependendo do tipo de aeronave
aeronave e que consiste do peso da aeronave mais
o seu conteúdo (carga), denomina-se: 20) A seção transversal da asa, do bordo de ataque
ao bordo de fuga, denomina-se.
a) peso total
b) peso calculado a) plano de referencia
c) peso de trabalho b) corda aerodinâmica media
d) peso máximo c) eixo longitudinal
d) braço da asa
14) O peso da aeronave que é constituído pelo peso
da célula, grupo motopropulsor, equipamentos ne- 21) Ao pesar uma aeronave os pontos sobre a ba-
cessários, lastro fixo, fluido hidráulico e óleos resi- lança nos quais o peso está concentrado denomi-
duais denomina-se: nam-se:

a) peso mínimo a) pontos de apoio


b) peso vazio b) pontos de carga
c) peso estrutural c) pontos de pesagem
d) peso de estocagem d) pontos de concentração

15) Subtraindo do peso___o peso___obtemos 22) O peso de combustível zero é o peso de uma ae-
a___da aeronave. ronave carregada:

a) total, mínimo, tolerância. a) com combustível


b) máximo, vazio, carga útil. b) com 3⁄4 de capacidade de combustível
c) calculado, estrutural, carga inútil. c) com 1⁄2 de capacidade de combustível
d) de trabalho, de estocagem, carga útil. d) sem combustível

16) O máximo de óleo e combustível, bagagem, pi- 23) A quantidade de combustível que deve ser apre-
loto, copiloto, membros da tripulação e passageiros sentada no relatório de peso e balanceamento
constitui: quando a aeronave é carregada para uma verifica-
ção extrema é denominado:
a) lotação total
b) capacidade útil a) combustível útil
c) pés permitido b) combustível máximo
d) carga útil c) combustível residual
d) combustível mínimo
17) O centro de gravidade de uma aeronave em sua
condição de peso vazio denomina-se: 24) A capacidade de óleo apresentada nas especifi-
cações da aeronave como capacidade de óleo é de-
a) centro de gravidade do peso liquido nominada:
b) centro de gravidade do peso leve
c) centro de gravidade do peso vazio a) óleo total
3-5
b) óleo residual
c) óleo nominal 1 A B C D
d) óleo funcional 2 A B C D
3 A B C D
25) Ao fazer a pesagem de uma aeronave com o tan- 4 A B C D
que de óleo cheio o peso do óleo deve ser subtraído 5 A B C D
da leitura obtida para se chegar ao peso vazio real: 6 A B C D
7 A B C D
a) isto depende da densidade do óleo
8 A B C D
b) isto é correto
9 A B C D
c) isto depende da temperatura ambiente
10 A B C D
d) isto é errado
11 A B C D
26) Na pesagem da aeronave o peso de todos os 12 A B C D
itens extras tais como macacos e calços sobre a pla- 13 A B C D
taforma da balança de pesagem denomina-se: 14 A B C D
15 A B C D
a) excesso de peso 16 A B C D
b) tora 17 A B C D
c) excesso de peso 18 A B C D
d) tara 19 A B C D
20 A B C D
27) o peso máximo de uma aeronave: 21 A B C D
22 A B C D
a) é único 23 A B C D
b) depende da carga 24 A B C D
c) pode variar de acordo com a categoria que a aero- 25 A B C D
nave vai operar 26 A B C D
d) depende do C.G 27 A B C D
28 A B C D
28) Um equipamento na mesma posição do ponto
de referência tem o braço igual:

a) a distância do equipamento ao C.G


b) zero
c) ao abraço da C.G
d) ao abraço da aeronave

3-6
CAPÍTULO 4

COMBUSTIVEIS E SISTEMAS DE COMBUSTIVEL

INTRODUÇÃO CARACTERISTICAS E PROPRIEDADES DA


GASOLINA DE AVIAÇÃO
Os combustíveis devem ser classificados de
acordo com seu estado físico, como: Consistem quase inteiramente de hidro carbo-
nos.
 Sólidos Impurezas na forma de enxofre e agua dissol-
 Líquidos vida estarão presentes, a agua está presente, pois a ga-
 Gasosos solina está exposta à umidade atmosférica (transporte,
estocagem), e enxofre residual do petróleo cru na fa-
Combustíveis sólidos bricação.
A agua é admissível até 30 partes por milhão.
Usados em motores de combustão externa,
como motores a vapor. Aditivos
Exe.: madeira, carvão.
Possuem baixo valor de queima e baixo valor São colocados aditivos no avgas em quantida-
calorifico. des muito pequenas mensuráveis em partes por mi-
lhão, para fornecer qualidades especiais ou melhora-
Combustíveis gasosos das.

Gás natural e gás liquefeito de petróleo são os Chumbo tetraetil (TEL):


tipos mais comuns.
Usados em motores a combustão interna ape- Adicionado para melhorar o desempenho da
nas quando um grande suprimento está disponível. gasolina no motor.
Desconsiderados para aviação devido ao Se adicionado separadamente queima, for-
grande espaço que ocupam. mando óxido sólido de chumbo que permanece no in-
terior do cilindro.
Combustíveis líquidos
Inibidores
São os ideais para uso em motores de combus-
tão interna, são classificados como: São adicionados a gasolina para inibir a for-
mação de substancias que seriam deixadas como sóli-
 Voláteis das.
 Não voláteis
Brometos orgânicos e cloretos
Não voláteis:
São misturados com o TEL para que durante a
 São os óleos pesados, usados em combustão partículas voláteis de chumbo sejam for-
motores a diesel. madas e expelidas como produtos da combustão.

Voláteis: Antidetonantes

Reduzem a tendência de detonação da gaso-


 Inclui aqueles combustíveis comu-
lina, evitam o risco de explosão do combustível dentro
mente usados com um dispositivo
da tubulação de transporte e dentro da aeronave.
de medição e são levados ao cilindro
do motor ou câmara de combustão
Antioxidantes
em condição vaporizada ou parcial-
mente vaporizada. Entre eles o ál- Previne a formação de alguns depósitos no sis-
cool, o benzol, o querosene e a gaso- tema de alimentação de combustível inibindo também
lina. a formação de produtos peróxidos.
Previne a formação de borras (gomas) que ten-
dem a se formar nos combustíveis.
Mantem os combustíveis frescos, o que pro-
duz uma queima mais limpa.
4-1
Alguns possuem agentes detergentes e dispen- para o motor; casos severos resultam na parada do mo-
sáveis que permitem limpar o conjunto de peças en- tor, fenômeno conhecido como calço vapor.
volvidas na combustão, sobretudo alimentação. Uma medida da tendência da gasolina para o
calço vapor é obtida através do teste REID de pressão
Dissipador eletrostático de vapor.

No voo a aeronave sofre fricção com o ar oca- Formação de gelo no carburador


sionando o acumulo de eletricidade estática, para ame-
nizar a detonação do combustível devido às cargas é Ao passar do estado liquido para vapor a ga-
adicionado um dissipador eletrostático. solina extrai calor das redondezas.
Um exemplo é o STADIS 450. Quando a gasolina sai do bico de descarga do
carburador e vaporiza-se, ela pode congelar o vapor de
Anticorrosivo agua contido no ar admitido, quando mais volátil o
combustível mais rápida é a extração de calor.
Inibe a corrosão da parte metálica do sistema A formação de gelo restringe a passagem de ar
de alimentação e de armazenamento de combustível. e combustível no carburador, causando perda de po-
tência e se não eliminada a parada do motor.
Anticongelante Uma condição extrema de gelo é mais severa
na faixa de -1°C a +4°C de temperatura exterior.
O ponto de congelamento não deve ser maior
que -60°C. Combustíveis aromáticos
Aeronaves voam em altas altitudes com tem-
peraturas muitos graus abaixo de zero, ante – conge- Alguns combustíveis poderão conter conside-
lantes evitam a formação de cristais nos tubos e filtros ráveis quantidades de hidrocarbonetos aromáticos que
de alimentação. são adicionados para melhorar o desempenho da mis-
“Volatilidade e valor de aquecimento são pro- tura rica.
priedades do combustível que afetam o desempenho Estes combustíveis, conhecidos como aromá-
do motor. Também são importantes a corrosividade e ticos tem um solvente forte e ação deformadora sobre
a tendência de formar depósitos no motor durante o alguns tipos de mangueiras e outras partes de borracha
uso”. do sistema de combustível; por isso foram desenvolvi-
das mangueiras e partes para uso com combustíveis
Volatilidade aromáticos.

É a medida da tendência de uma substancia liquida em Detonação


se tornar vapor sob dada condição.
Deve ser bem controlada, pois o combustível Em um motor operando normalmente, a
deve queimar em forma de vapor. Se a volatilidade for chama frontal atravessa a carga em uma velocidade
baixa o combustível produzira dificuldades no arran- constante de 10 pés por segundo até que a carga seja
que e diluirá o óleo lubrificante do motor da aeronave. consumida.
Volatilidade baixa pode resultar em aqueci- Em uma combustão normal a expansão dos
mento lento, aceleração pobre e distribuição desigual gases comprime a cabeça do pistão para baixo suave-
de combustível no cilindro. mente, quando a gasolina não é apropriada acontece
Volatilidade alta o combustível vaporiza antes uma explosão violenta. A gasolina originando tempe-
da entrada do motor dificultando o bombeamento, raturas elevadas faz detonar partes da mistura antes da
além do risco de explosão. mistura ser atingida pela chama, este tipo anormal de
combustão chama-se detonação.
Poder calorifico O aumento excessivo na velocidade da queima
causa o aumento da temperatura na cabeça do cilindro.
Esta é a característica responsável pela obten- A pressão aumentada da detonação exercida
ção da máxima potência por quilo/litro de combustí- em curto período de tempo produz uma pesada carga
vel. de impacto nas paredes da câmara de combustão e do
Um mesmo volume de dois combustíveis di- pistão.
ferentes expostos à mesma temperatura produzem Em condições severas a velocidade de queima
quantidades de calor diferentes. irá diminuir a eficiência do motor, e poderá causar
dano estrutural a cabeça do cilindro ou do pistão; re-
Calço vapor petidas detonações podem provocar sobreaquecimento
e perfurar o pistão.
Muito vapor de gasolina nas linhas de com- Geralmente depende-se de instrumentos para
bustível acaba reduzindo o suprimento de gasolina se detectar a detonação em um motor de avião.
4-2
Uma pequena quantidade de contaminação é
retida nos filtros do sistema de combustível; geral-
Ignição de superfície mente isso não é fonte de grande perigo desde que os
filtros sejam drenados e limpos em intervalos frequen-
A ignição da mistura causada por pontos tes.
quentes ou superfícies na câmara de combustão é cha-
mada de ignição de superfície; entretanto se ocorrer Identificação
antes do evento de uma ignição normal é chamado de
pré – ignição. As gasolinas contendo TEL deverão ser colo-
A pré – ignição é geralmente atribuída ao su- ridas de acordo com as normas, ou seja, a gasolina po-
peraquecimento de partes como: derá ser colorida para identificação.
Exe.
 Eletrodos de velas
 Válvulas de escapamento  Gasolina grau 115/145 (cor pur-
 Depósitos de carbono pura)
 Gasolina grau 100/130 (cor verde)
Quando a pré – ignição está presente, um mo-  Gasolina grau 91/96 (cor azul)
tor poderá continuar a operar mesmo que a ignição es-
teja desligada. A mudança de cor na gasolina de aviação usu-
almente indica a contaminação com outro produto ou
Avaliação de octana e performance perda de qualidade do combustível; também pode ser
causada por uma reação que tenha enfraquecido para
Número de octanas e composição designam o mais leve o componente de coloração.
valor antidetonante da mistura de combustível no ci- A mudança de cor também pode ser causada
lindro do motor. pelo preservativo usado em uma mangueira nova, ga-
Octanagem ou índice de octano é o índice de solina 115/145 bloqueada por um curto período de
resistência à detonação (ignição espontânea) de com- tempo em uma mangueira nova poderá aparecer na cor
bustíveis usados em motores ciclo de Otto. verde.
O uso desses combustíveis tem permitido au-
mentos na razão de compressão e pressão de admissão Marcas de identificação
resultando em melhora de potência e eficiência do mo-
tor. Os métodos mais positivos de identificação do
As qualidades antidetonantes do combustível tipo ou grau de combustível são:
de aviação são designadas por graus; quanto mais alto
o grau maior compressão o combustível poderá supor- Marcação nas tubulações:
tar sem detonar.
Para os combustíveis que possuem dois núme-  Faixa colorida de 1 pés de largura
ros, o primeiro indica o grau para mistura pobre e o próxima à conexão
segundo o grau para mistura rica, assim o combustível
100/130 tem grau 100 para mistura pobre e grau 130 Marcação de carros, tanques e pontos de abas-
para mistura rica. O grau indica somente a classifica- tecimento:
ção da gasolina para motores de aviação.
Pode – se melhorar as características de um  Placas identificando nome e grau
combustível adicionando um inibidor de detonação, o do produto
fluido deve ter o mínimo grau de corrosividade entre
outras qualidades, o melhor inibidor disponível para
uso geral é o TEL; na maior parte dos combustíveis COMBUSTIVEIS PARA MOTORES A TUR-
não é permitida a adição de mais que 6 ml por galão. BINA

Pureza As aeronaves com turbina a gás operam com


um combustível destilado, comumente chamado de
O combustível deve estar livre de impurezas combustível de jato.
que possam interferir na operação do motor, ou nas Os combustíveis de jato são compostos de hi-
unidades dos sistemas de combustível e admissão. dro carbonos com um pouco mais de carbono e nor-
Mesmo com as precauções tomadas no arma- malmente contém mais enxofre que a gasolina.
zenamento e serviços de gasolina, é comum encontrar Inibidores poderão ser adicionados para redu-
pequena quantidade de agua e sedimentos no sistema zir corrosão e oxidação, aditivos antigelo são mistura-
de combustível. dos para evitar o congelamento.

4-3
Dois combustíveis de jato estão em uso atual- qualquer material que o combustível entre em contato
mente: sendo os tipos mais comuns:

 JET A: querosene de grau de com-  Ferrugem


bustível para turbina (querosene).  Areia
 JET B: mistura de gasolina e fra-  Compostos de alumínio e magnésio
ções de querosene.  Partículas de latão e borracha
 JET A1: operação em temperaturas
extremamente baixas. Ferrugem:

É encontrada em forma de pó vermelho ou


Volatilidade preto ou em forma de granulação:

É umas das características mais importantes a) Ferrugem vermelha que não é mag-
dos combustíveis de jato. Um combustível altamente nética
volátil facilita a partida em tempo frio e torna mais fá- b) Ferrugem preta que é magnética
ceis e seguras as partidas em voo, um combustível com
baixa volatilidade reduz a possibilidade de calço vapor Areia e poeira:
e reduz as perdas de combustível por evaporação.
O JET A é de uma volatilidade muito baixa em  Aparecem na forma cristalina, gra-
temperaturas normais produz tão pouco vapor que não nular ou semelhante a vidro.
forma uma mistura combustível/ar inflamável ou ex-
plosiva. Compostos de alumínio e magnésio:
Identificação  Aparecem na forma de pó ou pasta
branca ou pasta cinza.
Os combustíveis de jato não são coloridos,
logo não há identificação visual para os mesmos; va- Latão:
riam de um liquido incolor ao âmbar dependendo da
idade e origem do petróleo.
 É encontrado na forma de partícu-
las ou pó de cor dourado brilhante.
CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA DE COMBUS-
TIVEL
Borracha:
Existem diversas formas de contaminação;
quanto mais alta a viscosidade maior a capacidade de  Aparece em pedaços razoavelmente
manter contaminantes em suspensão. grandes e irregulares.
Os combustíveis de jato sendo mais viscosos
que a gasolina são mais suscetíveis à contaminação. Todas as formas de contaminação poderão
Os principais contaminantes que reduzem as causar o engripamento ou mau funcionamento dos dis-
qualidades do combustível de aviação são: positivos de medição de combustível, divisores de
fluxo, bombas e injetores.
 Água
Contaminação com outros tipos e graus de
 Oxidação
combustível
 Ferrugem
 Sujeira A mistura não intencional de produtos de pe-
tróleo poderá resultar em combustível que dão perfor-
Água mance inaceitável a aeronave.
A água pode estar presente em duas formas: Desenvolvimento microbial
 Dissolvida no combustível É produzido por várias formas de micro-orga-
 Entranhada ou em suspensão no nismos que vivem e se multiplicam nas interfaces de
combustível agua dos combustíveis para jato.
Esses organismos poderão formar um fungo
Partículas estranhas parecido com os encontrados em agua parada.
A cor desse fungo pode ser:
Muitas partículas estranhas são encontradas
como sedimentos no combustível, são formadas por  Vermelha
4-4
 Marrom Partículas de 10 mícron ou maiores são consi-
 Cinza deradas sedimento grosseiro.
 Preta Partículas grossas bloqueiam orifícios e obs-
truem as folgas e ressaltos de válvulas deslizantes cau-
Se não for controlado através da remoção de sando problemas de desgaste dos controles de com-
agua livre, o desenvolvimento desses organismos pode bustível e do equipamento de medição.
tornar-se extensivo.
O desenvolvimento de micro-organismos Sedimento fino
pode interferir na indicação de fluxo e quantidade de
combustível e mais importante, eles podem iniciar São partículas menores que 10 mícron.
uma ação eletrônica corrosiva. As partículas finas não são visíveis a olho nu
como partículas separadas ou distintas; no entanto dis-
Sedimentos persas na claridade podem aparecer como pontos lu-
minosos ou como uma leve nebulosidade no combus-
Apresentam-se como: tível; 98% podem ser removidos por assentamento, fil-
tragem ou centrifugação.
 Poeira,
 Material fibroso Detecção de contaminação
 Grãos
A contaminação grosseira pode ser detectada
 Flocos
visualmente.
 Ferrugem O melhor critério a usar é o de que o combus-
tível esteja limpo, brilhante e não contenha agua per-
Partículas ou grãos de sedimentos devem ter ceptível.
aproximadamente quatro mícron de tamanho para se- Existem vários métodos de detecção de agua
rem visíveis. no combustível em pista:
A presença em grandes quantidades de partí-
culas indica mal funcionamento do filtro/separador, ou
 Adicionar elemento corante solúvel
uma fonte de contaminação ao longo da linha do filtro
na agua, porém não solúvel em
separador ou um reservatório inadequadamente limpo.
combustível, assim, amostras de
Os sedimentos frequentemente são encontra-
combustível incolor adquirem colo-
dos como:
ração definida se a agua estiver pre-
sente.
 Pó fino
 Pó químico cinza que vai ao rosa
 Lama passando pelo purpura no caso de
30 p.p.m. ou mais de agua na amos-
Os principais componentes desse sedimento tra de combustível.
fino são normalmente:
 Agulha hipodérmica tira combustí-
vel passando através de um filtro, se
 Areia o combustível mudar a cor do filtro
 Ferrugem de amarelo para azul, o combustível
terá ao menos 30 p.p.m. de agua; é
Os sedimentos podem ser tanto: o método mais usado atualmente,
pois evita o desperdício de combus-
 Orgânicos tível.
 Inorgânicos
SISTEMAS DE COMBUSTIVEL
Sedimentos ou contaminação sólida são de
duas categorias: Um sistema de combustível de avião arma-
zena e distribui uma quantidade apropriada de com-
 Sedimento grosseiro bustível limpo a uma pressão correta para satisfazer a
 Sedimento fino demanda do motor.
Um sistema bem projetado assegura um fluxo
positivo e eficiente durante todas as fases do voo que
Sedimento grosseiro inclui mudanças de altitude, manobras violentas, ace-
lerações e desacelerações súbitas.
É o sedimento que pode ser visto e separado Indicadores como o manômetro de pressão de
ou filtrado do combustível. combustível, sinais de advertência e indicadores de

4-5
quantidade são instalados para dar continua indicação Depende inteiramente da estrutura da cavi-
de como o sistema está funcionando. dade na qual é assentada para suportar o peso do com-
A fonte básica para pressão é uma bomba de bustível nela contido.
combustível acionada pelo motor; porém bombas au-
xiliares (ou bombas de reforço) são necessárias em Célula integral de combustível
cada sistema de alimentação por pressão por vários
motivos: São construídas dentro da estrutura da asa do
avião e não são removíveis.
 Suprir a pressão de combustível Uma célula integral é parte da estrutura da ae-
para a partida do motor ronave, que é montada de tal forma, que, quando as
 Suprir combustível para o sistema costuras, fixadores estruturais e portas de acesso são
injetor devidamente vedados e a célula suporta o combustível
 Servir como uma bomba de emer- sem vazamentos.
gência
Linhas de combustível e acoplamentos
COMPONENTES DO SISTEMA DE COMBUS-
TIVEL No sistema de combustível, válvulas e outros
componentes são normalmente unidos por tubos me-
Componentes básicos incluem: tálicos e mangueiras flexíveis.
Os tubos metálicos são normalmente feitos de
 Tanques (reservatórios) alumínio.
 Linhas As mangueiras normalmente são feitas de bor-
racha sintética ou teflon.
 Válvulas
O diâmetro é definido pela demanda de fluxo.
 Bombas
 Unidades de filtragem Filtros de combustível
 Indicadores
 Sinais de advertência Normalmente são instalados nas saídas dos
tanques e nos bocais de abastecimento, possuem ma-
Tanques de combustível lha grossa e filtram apenas partículas maiores.
Filtros de malha fina são instalados na entrada
Localização, tamanho, forma e construção dos do carburador e nas linhas de combustível.
tanques de combustível variam conforme o tipo e a uti- Além de filtrar, o filtro também é usado para
lização. drenar agua do combustível devido a sua localização
Em alguns aviões os tanques são integrais com ser a mais baixa do sistema.
a asa ou outras partes estruturais da aeronave. É necessário que se tenha um filtro para cada
Os tanques são feitos de material que não re- motor.
age quimicamente com nenhum combustível de avia-
ção; a liga de alumínio é amplamente usada, e a borra- Bombas auxiliares de combustível
cha sintética é para o tipo de células de combustível
que são usadas em alguns tipos de aviões. Bombas de recalque centrifugas de aciona-
A parte superior dos tanques é ventilada para mento elétrico alimentam o combustível sob pressão
o ar externo para manter a pressão atmosférica dentro para a admissão da bomba acionada pelo motor, bom-
do tanque; os “vents” (suspiros) são projetados para bas auxiliares são parte essencial do sistema de com-
diminuir a possibilidade de seu bloqueio por sujeira ou bustível, particularmente em grandes altitudes para
formação de gelo. manter a pressão no lado de sucção da bomba acionada
pelo motor, evitando que a pressão se torne baixa a
Células de combustível ponto de permitir a ebulição do combustível.
A bomba de recalque é também usada para:
Aviões atuais podem estar equipados com um
ou mais dos seguintes tipos de célula de combustível:  Transmitir o combustível de um
tanque para o outro.
 Célula de borracha  Para alimentar sob pressão com-
 Célula integral de combustível. bustível para a partida do motor.
 Como uma unidade de emergência
Célula do tipo câmara de borracha alimentar combustível ao carbura-
dor no caso de falha da bomba aci-
É uma célula não auto vedante, que é usada
onada pelo motor.
para reduzir o peso.

4-6
Bomba auxiliar, bomba elétrica e bomba de
recalque são a mesma coisa.  São instaladas para prevenir perda
de combustível quando um compo-
Bomba manual nente está sendo removido ou
quando uma parte do sistema está
Frequentemente usada em aviões leves, geral- danificada
mente localizada próxima a outro componente do sis-
tema de combustível é operada da cabine por meio de
controles adequados. INDICADORES DO SISTEMA DE COMBUSTI-
VEL
Bomba de combustível acionada pelo motor
(bomba mecânica) Quatro tipos de indicadores gerais são:

A bomba de combustível acionada pelo motor  Visor de vidro


tem por finalidade:  Mecânico
 Elétrico
 Fornecer combustível na pressão  Eletrônico
adequada pelo tempo de operação
do motor. Visor de vidro:
A bomba mais usada atualmente é a de aletas  É a forma mais simples de indicar a
rotativas e fluxo positivo. quantidade de combustível
É geralmente instalada na seção de acessórios
 É composto de um tubo de vidro ou
do motor.
plástico posicionado no nível do
O combustível fornece lubrificação suficiente
tanque
para a bomba, logo, nenhuma lubrificação especial é
necessária.
Mecânico:
Válvulas
 Usualmente localizado no tanque.
As válvulas seletoras:  Conhecido como indicador de lei-
tura direta
 São instaladas no sistema de com-  Possui um indicador conectado a
bustível para prover um meio de uma boia flutuando no combustível,
cortar o fluxo de combustível na se- com as trocas de nível de combustí-
leção do tanque e motor, na alimen- vel a boia opera mecanicamente o
tação cruzada e na transferência de indicador, mostrando o nível de
combustível. combustível no tanque.
 Poderão ser operadas:
Elétrico:
a) Manualmente
b) Eletricamente  Um indicador na cabine de co-
mando e um transmissor operado
 Um tubo, haste ou cabo é ligado à por boia na cabine de comando
válvula operada manualmente para  Com as trocas de nível o transmis-
que ela possa ser operada da cabine sor envia um sinal elétrico para o
de comando. indicador que mostra as trocas de
combustível.
As válvulas de corte:
Eletrônico (capacitância):
 Possuem duas posições:
 Difere-se por não possuir dispositi-
a) Aberta vos moveis no tanque de combustí-
b) Fechada vel
 O transmissor do tanque é um sim-
 São operadas: ples condensador elétrico; o dielé-
trico (ou material não condutor) do
a) Manualmente condensador é o combustível e o ar
b) Eletricamente (vapor) acima do combustível.
4-7
Medidores de fluxo de combustível É necessário em aviões da categoria de trans-
porte, quando o peso máximo de decolagem for maior
Normalmente usados somente em aeronaves que o peso máximo de pouso, assim, o combustível
multi - motoras, o sistema consiste de um transmissor pode ser alijado e o peso do avião diminuído.
e um indicador.
O transmissor é instalado na linha de entrada ANALISE E PESQUISA DE FALHAS DO SIS-
do combustível para o motor onde é medida a razão do TEMA DE COMBUSTIVEL
fluxo de combustível.
Localização de vazamentos e defeitos
Indicador de pressão do combustível
Usualmente depende da observação do indica-
É um indicador de pressão diferencial, é um dor de pressão e da operação de válvulas seletoras para
instrumento que indica a pressão do combustível que determinar aonde a pane existe.
entra no carburador. Usualmente vazamentos são evidenciados por
manchas ou pontos molhados (se eles forem recente-
Luzes indicadoras de válvula de transito mente desenvolvidos) e pela presença de odor de com-
bustível.
Em grandes aeronaves multi motoras as vál-
vulas de cada linha de combustível e de alimentação REPAROS NOS TANQUES DE COMBUSTIVEL
cruzada podem ter uma luz indicadora de válvula em
transito. A luz estará acesa durante o tempo em que a Existem três tipos básicos de tanques de com-
válvula estiver em movimento apagara quando o mo- bustível:
vimento for completado.
 De chapa de metal soldada
Indicador de temperatura do combustível  Integral
 Célula de borracha
Indica a temperatura do combustível nos tan-
ques e no motor. Uma parte importante da inspeção antes do
Em baixas temperaturas é checado para verifi- voo é a inspeção do alojamento dos tanques de com-
car temperaturas próximas ao congelamento do com- bustível e da estrutura da aeronave quanto a evidencia
bustível. de vazamentos de combustível.
SISTEMAS DE COMBUSTIVEL PARA MULTI- Tanques de aço soldado
MOTORES
São mais comuns nas pequenas aeronaves mo-
Sistema de alimentação cruzada nomotoras ou bimotoras.
Se os painéis de acesso ao compartimento do
No sistema de alimentação cruzada as válvu- tanque estiverem descoloridos, o tanque deverá ser
las seletoras do tanque são as que suprem alimentação inspecionado quanto a vazamentos.
do combustível dos tanques principais aos motores. A pressão do ar para detectar a área do vaza-
A válvula de alimentação cruzada (“cross mento, não deve ser superior a ½ libra por polegada
feed”) pode ser ajustada para alimentar combustível do quadrada.
tanque a um ou ao outro ou a ambos os motores em
alimentação cruzada. Tanques de células de borracha
Sistema de distribuição de combustível Os vazamentos nas células de combustível,
normalmente aparecem na parte inferior do revesti-
É uma variação da alimentação cruzada. mento das aeronaves.
A principal vantagem desse sistema é sua fle-
xibilidade de seleção, se o motor falhar, o combustível Tanques integrais
destinado a ele estará imediatamente disponível para
os outros motores. Devido às características do tanque (combus-
Outra vantagem é que todos os tanques de tível vaza direto para a atmosfera), é possível conside-
combustível podem ser reabastecidos ao mesmo rar desprezível um pequeno vazamento que não repre-
tempo, através de uma conexão simples da linha de sente perigo de fogo nem uma grande perda de com-
distribuição. bustível.
Sistema de alijamento de combustível Classificação dos vazamentos de combustível

4-8
A medida da área que um vazamento de com- d) hidro carbonos
bustível umedece em 30 minutos é usada como classi-
ficação padrão. 7) O que é a volatilidade?
Após 30 minutos cada vazamento pode ser
classificado em quatro classes: a) é a medida da tendência de uma substancia viscosa
em evaporar-se sob dada condição
 Infiltração lenta (3/4”) b) é a medida da tendência de uma substancia liquida
 Infiltração (3/4” a 1 ½”) em evaporar-se sob dada condição
 Infiltração pesada (1 ½ “a 3”) c) é a medida da tendência de uma substancia em va-
 Vazamento corrido porizar-se no cilindro
d) é a medida da tendência de uma substancia liquida
TESTE COMBUSTIVEIS E SISTEMAS DE em não vaporizar-se sob dada condição
COMBUSTIVEL
8) Uma medida da tendência da gasolina para o
1) Os combustíveis são classificados de acordo com calço vapor é obtida através de qual teste?
seu estado físico em:
a) teste de pressão vapor DIREI
a) sólidos e líquidos b) teste de pressão vapor REDI
b) sólidos, líquidos e gasosos c) teste de pressão vapor REID
c) voláteis e não voláteis d) teste de pressão vapor REIDY
d) voláteis, não voláteis, sólidos e líquidos.
9) A formação de gelo no carburador está relacio-
2) São exemplos de combustíveis sólidos: nada com qual fenômeno?

a) madeira e carvão a) volatilidade


b) gasolina e madeira b) densidade
c) GLP e gás natural c) pressão
d) querosene e diesel d) viscosidade

3) São exemplos de combustíveis gasosos: 10) O que a formação de gelo no carburador pode
ocasionar?
a) GLP e gasolina
b) gás natural e álcool a) perda de potência e ruído
c) gás natural e gás liquefeito de petróleo b) parada do motor e ruído
d) nitrogênio e CO² c) não afeta o sistema
d) perda de potência e a eventual parada do motor
4) Os combustíveis líquidos são classificados como:
11) As condições de formação de gelo no carbura-
a) líquidos comuns e compostos dor são mais comuns em que faixa de temperatura?
b) voláteis e sem voláteis
c) inflamáveis e não inflamáveis a) -1°F e 4°F
d) voláteis e não voláteis b) 1°C e 4°C
c) -1°K e 4°K
5) O combustível de aviação é um ___contendo d) 1°C e 4°C
energia___, que através da____, é desprendida
como energia térmica e, então, convertida em ener- 12) Quais as desvantagens dos combustíveis aromá-
gia____. ticos?

a) liquido, química, combustão, mecânica a) ter um solvente forte e uma ação deformadora em
b) hidro carbono, térmica, combustão, química. mangueiras e borrachas apropriadas
c) liquido química, queima, química b) não há desvantagens
d) liquido, térmica, fusão, motora c) ter um solvente forte e uma ação deformadora em
mangueiras e borrachas não apropriadas
6) A gasolina de aviação consiste quase que inteira- d) nenhuma das anteriores
mente em:
13) Dar-se-á uma explosão violenta quando a gaso-
a) nitro carbonos lina, não sendo apropriada, origina temperaturas
b) tetra carbonos
c) chumbo tetraetil
4-9
elevadas, que fazem detonar partes da mistura an- 20) O desenvolvimento microbial é produzido por
tes de essa ser atingida pela chama. Este trecho re- várias formas de micro-organismos que vivem e
fere-se a: multiplicam-se nas interfaces de____ dos combus-
tíveis para____.
a) detonação
b) explosão a) água, motores convencionais.
c) calço vapor b) água, motores alternativos.
d) nenhuma das anteriores c) hidrocarbonetos, jato
d) água, jato
14) A ignição da mistura ar/combustível, causada
por pontos quentes ou superfícies, na câmara de 21) Os combustíveis de jato variam de um li-
combustão é chamada: quido____, a uma cor____.

a) combustão a) incolor, escura


b) ignição na superfície b) incolor, palha
c) ignição c) âmbar, transparente
d) ignição de superfície d) transparente, clara

15) A pré-ignição é geralmente atribuída ao supe- 22) As partículas de 10 mícron de tamanho ou mai-
raquecimento de partes como: ores são consideradas como:

a) virabrequim, bielas e anéis. a) sedimentos grosseiros


b) pistão, anéis e biela. b) sedimentos pequenos
c) pistão, anéis e vedadores. c) sedimentos leves
d) eletrodos de velas, válvulas e depósitos de carbono. d) sedimentos pastosos

16) O combustível 100/130 tem o grau 100 para 23) As partículas menores que 10 mícron de tama-
mistura___ e o grau 130 para mistura___. nho são consideradas como:

a) pobre, rica a) sedimentos grosseiros


b) demasiada, rica b) sedimentos pequenos
c) fraca, estequiométrica c) sedimentos finos
d) rica, pobre d) sedimentos pastosos

17) O combustível JET A-1 foi desenvolvido para a 24) O sistema de combustível de aero-
operação de aeronaves equipadas com ___ e que nave___e___numa quantidade apropriada,
operam em temperaturas extremamente___. o___limpo a uma____ correta para suprir a de-
manda do motor.
a) turbina a gás, altas.
b) turbina a gás, baixas. a) armazena, distribui, combustível, pressão
c) turbina a gás, elevadas. b) armazena, divide, gasolina, força
d) nenhuma das anteriores c) comporta, divide, querosene, altura
d) armazena, divide, JETA1, altura
18) A ferrugem de cor vermelha encontrada nos
sistemas de combustíveis são do tipo: 25) Quais são os componentes básicos de um sis-
tema de combustível?
a) magnéticas
b) não magnéticas a) tanques, linhas, seletoras.
c) não metálicas b) tanques, linhas, seletoras e indicadores.
d) nenhuma das anteriores c) tanques, linhas, válvulas, bombas, filtros, indicado-
res e sinais de advertência.
19) A ferrugem de cor preta encontrada nos siste- d) tanques, linhas, seletoras, bombas, indicadores e si-
mas de combustíveis são do tipo: nais de advertência.

a) magnéticas 26) A parte superior de cada tanque de combustível


b) não magnéticas é ventilada para o ar externo através de qual dispo-
c) não metálicas sitivo?
d) nenhuma das anteriores
a) suspiros
4-10
b) dreno de transbordamento
c) bocais de abastecimento a) elétrica, bimotoras, cabine de comando.
d) drenos b) elétrica, monomotoras, cabine de comando.
c) Manuel, leves, cabine de comando.
27) Qual a finalidade dos defletores nos tanques de d) manual, pesadas, cabine de comando.
combustível?
34) Qual a finalidade da bomba de combustível aci-
a) resistir às expansões do combustível onada pelo motor?
b) resistir às flutuações do combustível
c) resistir às expansões do fluido a) fornece um combustível na quantidade adequada
d) resistir ao congelamento do combustível para o motor
b) fornece um combustível na quantidade adequada
28) As aeronaves podem ser equipadas com quais para a válvula seletora
tipos de células de combustíveis? c) controlar o combustível para o motor
d) fornece um combustível na pressão adequada para
a) células procariontes e eucariontes o motor
b) células de borracha e inox
c) células de borracha e células integrais de combustí- 35) A bomba de combustível é lubrificada por qual
vel substancia?
d) nenhuma das anteriores
a) combustível
29) As células de combustível tipo___, é uma cé- b) óleo do motor
lula___auto vedante e é utilizada para reduzir o c) óleo da seção de engrenagens
peso. d) não é lubrificada

a) câmara de borracha, com. 36) As válvulas seletoras pode ser operadas de


b) câmara integral, com. quais formas?
c) câmara integral, não.
d) câmara de borracha, não. a) manualmente ou mecanicamente
b) mecanicamente ou eletricamente
30) Uma___é parte da estrutura da aeronave. c) manualmente ou eletricamente
d) mecanicamente
a) célula integral
b) célula integra 37) As válvulas de corte de combustível podem ser
c) célula de borracha operadas de quais formas?
d) célula de combustível
a) manualmente ou mecanicamente
31) Em um sistema de combustível de aeronaves, os b) mecanicamente ou eletricamente
vários tanques e outros componentes são unidos c) manualmente ou eletricamente
por: d) mecanicamente

a) linhas de combustível 38) Quais os tipos de indicadores de combustível?


b) tubulações
c) acoplamentos a) visor de acrílico, mecânico, elétrico e digital.
d) válvulas b) visor de vidro, mecânico, elétrico e digital.
c) visor, mecânico, elétrico e digital.
32) Qual a função das bombas de recalque? d) visor de vidro, mecânico, elétrico e eletrônico.

a) Fornecer combustível sob pressão para a admissão 39) Qual instrumento que tem a finalidade de indi-
da bomba acionada pelo motor car a razão de consumo de combustível
b) Fornecer combustível sob pressão para a admissão
da bomba acionada eletricamente a) medidor de fluxo de combustível
c) Fornecer combustível com baixa pressão para a ad- b) medidores de pressão de combustível
missão da bomba acionada pelo motor c) medidor de alijamento
d) Fornecer combustível sem pressão para a admissão d) nenhuma das anteriores
da bomba acionada pelo motor
40) O sistema de ___de combustível é necessário
33) A bomba de combustível___é frequentemente para aeronaves ao qual o peso___de decolagem
usada em aeronaves___e é aperada da___. for____que o peso____de pouso.
4-11
a) alijamento, máximo, menor, mínimo.
b) alijamento, mínimo, maior, máximo.
c) alijamento, máximo, maior, mínimo.
d) alijamento, máximo, maior, máximo. 1 A B C D
2 A B C D
3 A B C D
4 A B C D
5 A B C D
6 A B C D
7 A B C D
8 A B C D
9 A B C D
10 A B C D
11 A B C D
12 A B C D
13 A B C D
14 A B C D
15 A B C D
16 A B C D
17 A B C D
18 A B C D
19 A B C D
20 A B C D
21 A B C D
22 A B C D
23 A B C D
24 A B C D
25 A B C D
26 A B C D
27 A B C D
28 A B C D
29 A B C D
30 A B C D
31 A B C D
32 A B C D
33 A B C D
34 A B C D
35 A B C D
36 A B C D
37 A B C D
38 A B C D
39 A B C D
40 A B C D

4-12
CAPÍTULO 5

TUBULAÇÕES E CONEXÕES

INTRODUÇÃO óleo, esses materiais também podem ser usados em li-


nhas de 3000 p.s.i.
A substituição de uma tubulação deverá ser As ligas 2024 – T e a 5052 – O resistem à pres-
feita por outra do mesmo formato e material, tubula- são moderada antes do rompimento e são macias o
ções são designadas para suportar muitas vezes a pres- bastante para serem flangiáveis com ferramenta ma-
são normal de operação a qual são submetidas e todas nual.
são testadas quanto à pressão antes da instalação ini- Tubulação de aço resistente à corrosão, reco-
cial; estouros e rachaduras geralmente é resultado de zido ou de ¼ de dureza é usada em sistemas hidráuli-
severa vibração, instalação impropria ou dano pela co- cos de alta pressão como alimentação de trem de
lisão ou atrito com outro objeto. pouso, flaps, freios e semelhantes.
Linhas de freio externo são de aço resistente à
TUBULAÇÕES corrosão para proteger de pedras atiradas pelos pneus
durante decolagens e pousos.
Linhas de tubulações usualmente são feitas de A identificação em tubulações de aço inclui:
tubos de metal, conexões ou tubos flexíveis (manguei-
ras).  Nome do fabricante
Tubulações de metal são usadas para:  Número SAE e condição física do mate-
rial
 Linhas de combustível
 Linhas de óleo Tubulações de metal são medidas pelo diâme-
 Linhas de fluido refrigerante tro externo, indicados em 16 avos de polegada, logo, o
 Linhas de oxigênio tubo número seis mede 6/16” (ou 3/8”), e o tubo oito
 Instrumentos mede 8/16” (ou 1/2”), durante a troca da tubulação
 Tubulações hidráulicas deve-se conhecer o material, o diâmetro externo e es-
pessura da parede do tubo.
Tubulações flexíveis são usadas para:
TUBULAÇÕES FLEXIVEIS
 Partes móveis
 Onde a tubulação esteja sujeita a vibra- É usada nos sistemas de tubos, para conectar
ção considerável partes móveis com partes estacionárias em locais su-
jeitos a vibração ou onde grande flexibilidade for ne-
Nas instalações hidráulicas especiais de alta cessária; também podem atuar como um conector em
pressão (3.000 p.s.i.) são usadas tubulações de aço re- sistemas de tubulações metálicas.
sistente à corrosão, as recozidas ou as de ¼ de dureza.
Mangueiras sintéticas
IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
Os materiais sintéticos mais usados na fabri-
O teste do imã é o método mais simples para cação de tubos flexíveis são:
distinguir entre o aço inoxidável austenítico e o ferrí-
ticio.  Buna – N
A designação da liga é estampada na superfí-  Neoprene
cie de grandes tubulações de liga de alumínio, en-  Butyl
quanto nas pequenas ela é mostrada por um código de  Teflon
cores. Faixas com o código de cores com largura de 4”
são pintadas nas extremidades e no meio das tubula- Buna – N
ções. As tubulações de alumínio 1100 (1/2 duro) ou
3003 (1/2 duro) são utilizadas em linhas com fluidos  Composto de borracha sintética
sob desprezível ou baixa pressão, como linhas de ins-  Resistência aos produtos de petró-
trumentos e condutos de ventilação; as ligas 2024 – T leo.
e 5052 – O são usadas em tubulações com pressão  Não usar com Skydrol
baixa ou média como sistema hidráulico ou pneumá-
tico entre 1000 e 1500 p.s.i. e linhas de combustível e Neoprene:
5-1
 Composto de borracha sintética  Fabricante
com base de acetileno.  Data de fabricação
 Melhor resistência abrasiva  Limites de pressão
 Não usar com Skydrol  Limites de temperatura

Butyl: A mangueira apropriada para o uso com fluido


a base de fosfato éster é marcada com “Skydrol use”.
 Composto de borracha sintética
feito de materiais do petróleo bruto Mangueiras de Teflon
 Uso com fluidos hidráulicos com
base em fosfato éster (Skydrol) São projetadas para satisfazer as condições de
 Não usar com derivados de petróleo altas temperaturas e pressões encontradas nos sistemas
de aeronaves, não são afetadas por qualquer combus-
Teflon: tível, petróleo ou óleos de base sintética, álcoois, líqui-
dos de refrigeração ou os solventes normalmente usa-
 Resina de tetra fluoroetileno dos em aeronaves.
 Extensa gama de temperatura de Embora tenha uma alta resistência à vibração
operação (-54°C a +230°C ou -65°F e fadiga sua principal vantagem é a resistência de ope-
a +450°F) ração.
 Compatível com quase todas as
substancias ou agentes usados e ofe- Designação de tamanho
rece pequena resistência ao fluxo,
materiais viscosos e pegajosos não A medida das mangueiras flexíveis é determi-
aderem ao Teflon que tem menos nada pelo seu diâmetro interno, variações de tamanho
expansão volumétrica do que a bor- são de 1/16” e são idênticos aos tamanhos correspon-
racha e o período de estocagem e dentes das tubulações com as quais elas podem ser
serviço são praticamente ilimita- usadas.
dos.
Identificação das linhas de fluido
Mangueiras de Borracha
As linhas são muitas vezes identificadas por
A mangueira de borracha flexível consiste de marcações em códigos de cores, palavras e símbolos
um tubo interno de borracha sintética sem costura, co- geométricos, as marcações identificam a função, o
berto com camadas de algodão trançado e malha de conteúdo e o principal perigo de cada linha, tão bem
arame e outra camada de borracha com malha de algo- quanto à direção do fluido.
dão. Na maioria das vezes as linhas são marcadas
Este tipo de tubulação é adequada para uso com decalques ou tiras de 1” de largura; em linhas com
com combustível, óleo, refrigerante do motor e siste- 4” de diâmetro, linhas em ambientes gordurosos, li-
mas hidráulicos. Os tipos de mangueira são classifica- nhas quentes e frias, etiquetas de aço podem ser usa-
dos pela quantidade de pressão a que resistem sob as das; pintura é usada em locais aonde os decalques e
condições normais de operação: etiquetas de aço podem ser sugadas pelo sistema de
indução do motor.
 Baixa pressão: pressões abaixo de
250 p.s.i. (reforço de tecido tran- CONEXÕES
çado)
Conectores de tubulações ou conexões unem
 Média pressão: pressões até 3000
um pedaço de tubo ao outro, ou a uma unidade do sis-
p.s.i. (reforço de uma malha de
tema, são de quatro tipos:
arame), menores medidas supor-
tam até 1500 p.s.i.
 Conexões flangeadas (todas as pres-
 Alta pressão: todas as medidas até
sões)
3000 p.s.i. de pressões de operação
 Conexões sem flange (todas as pres-
sões)
Marcas de identificação consistindo de linhas,
letras e números são impressas nas mangueiras flexí-  Friso e braçadeira (baixa ou média
veis, essas marcações em códigos fornecem informa- pressão)
ções como:  Estampadas (todas as pressões)

 Medida da mangueira Quantidade de pressão utilizada pelo sistema


é normalmente um fator de decisão na seleção de um
5-2
conector; o tipo de junta frisada é usado somente em Conectores flexíveis
sistemas de baixa ou média pressão como sistemas de
vácuo e refrigeração do motor; os tipos flangeados, Conectores flexíveis podem ser equipados
sem flange e estampados podem ser usados como co- com terminais estampados ou com terminais destacá-
nectores em todos os sistemas independente da pres- veis ou podem ser usados com tubos frisados e braça-
são. deiras.
O conector formado por tubos frisados, durites
Conexões flangeadas e braçadeiras é muito usado para conectar:

Consistem de uma luva e uma porca; a porca  Tubulações de óleo


é ajustada sobre a luva e quando apertada puxa a luva  Refrigerante
e o tubo, ajustando-os de encontro à conexão e for-  Sistemas de combustível de baixa
mando um selo, a tubulação usada nesse tipo de cone- pressão
xão deve ser flangeada antes da instalação.
A conexão padrão AN (Army Navy) é a mais O friso, pequena elevação ao redor do tubo ou
comum no uso de tubos flangeados para unir tubula- da conexão da uma boa retenção na borda do tubo que
ções para as varias conexões nos sistemas de aerona- auxilia a manter a durite e a braçadeira em seus luga-
ves. res. O friso próximo ao final de um tubo de metal ou
Todas as conexões NA (Army Navy) são pre- na extremidade de um terminal.
tas e todas as conexões NA (Army Navy) de liga de
alumínio são azuis. As luvas AN (Army Navy) são ba- Processos de formação de tubulações
nhadas de cadmio e não são coloridas.
Conexões flangeadas possuem extremidades A formação de tubos consiste de quatro pro-
macho e fêmea, a extremidade macho é rosqueada ex- cessos:
ternamente e a extremidade fêmea é rosqueada inter-
namente.  Corte
 Dobragem
 Flangeamento
Conexões sem flange  Confecção de frisos
Conexões sem flange MS (military Standard)
Se uma tubulação for pequena e de material
são de ampla aplicação nos sistemas de tubulações de
mole o conjunto pode ser formado com a mão; se tu-
aeronaves, ela elimina todo o flangeamento em tubos
bulação tiver ¼ “ de diâmetro ou mais, o dobramento
além de serem seguras, fortes e confiáveis. Essa cone-
com a mão sem auxilio de ferramentas é impraticável.
xão consiste de três partes:
Corte de tubos
 Corpo
 Luva O corte da tubulação deve produzir uma extre-
 Porca midade livre de esquadros e rebarbas, as tubulações
podem ser cortadas com o cortador de tubos ou um
arco de serra.
Acoplamento de desconexão rápida O cortador pode ser usado em qualquer tubo
de metal macio como cobre alumínio ou liga de alumí-
Acoplamentos de desconexão rápida do tipo nio.
auto selante são usados em várias extremidades de sis- A peça de tubulação devera ser cortada 10%
temas de fluido, são instalados em locais aonde é fre- maior que o tubo a ser substituído para evitar uma va-
quente o desacoplamento de linhas para inspeção e riação a menos durante as dobras.
manutenção; acoplamentos de desconexão rápida per-
mitem que a linha seja desconectada rapidamente sem Dobragem do tubo
que haja perda de fluido ou entrada de ar no sistema.
Cada conjunto consiste de duas metades, man- O objetivo da dobragem é obter uma curva su-
tidas unidas por uma porca união, cada metade contém ave sem achatamento do tubo, uma tubulação com di-
uma válvula que é mantida aberta quando o acopla- âmetro inferior a ¼ “ pode ser dobrada sem uso de fer-
mento está conectado; quando o acoplamento está des- ramentas, para tamanhos maiores um dobrador de tubo
conectado uma mola em cada metade fecha a válvula manual é usado.
evitando a perda de fluido e a entrada de ar. Um pequeno achatamento em uma curvatura é
Alguns acoplamentos requerem chave para aceitável, porém o menor diâmetro de uma porção
aperto final outros são conectados e desconectados achatada não pode ser menor do que 75% do diâmetro
apenas com a mão.
5-3
externo original, tubulações com curvas achatadas, Tubulações devem ser frisadas com ferra-
pregueadas ou irregulares não deverão ser instaladas. menta frisadora manual, maquina frisadora de rolos ou
As maquinas dobradoras de tubos para todo com “grip – dies”; o método a ser usado depende do
tipo de tubulação são usadas em oficinas e parques de diâmetro, da espessura e do material que ele é feito.
manutenção, um exemplo é a dobradora de tubos por A ferramenta frisadora manual é usada em tu-
produção ela pode acomodar tubulações com o diâme- bulações de ¼ “ até 1” de diâmetro externo; a ferra-
tro externo de ½ “ a 1 ½ “. menta frisadora manual é o método usado com mais
Na ausência de uma ferramenta de dobragem, frequência, as maquinas de frisar tem seu uso limitado
um material de enchimento de composição metálica a tubulações de grandes diâmetros acima 1 15/16”, o
ou areia seca pode ser utilizado para facilitar a dobra- método “grip – die” de frisamento é relativo apenas
gem. aos pequenos tubos.

Flangeamento de tubos REPAROS NAS LINHAS COM TUBO DE ME-


TAL
Duas espécies de flange são usadas:
Arranhões ou cortes com menos de 10% da es-
 Flange simples pessura da parede de tubos de liga de alumínio podem
 Duplo flange ser reparados se eles não estiverem na curva de uma
dobradura.
Flanges são frequentemente expostos a pres- Tubulações dever ser substituídas se tiverem
sões altas, portanto devem ser corretamente formados marcas profundas, rugas ou cortes; qualquer rachadura
ou a conexão vazara ou apresentara falhas; um flange ou deformação no flange é inaceitável e é causa de re-
muito curto produzira uma junta deficiente que poderá jeição, uma mossa menor do que 20% do diâmetro do
vazar ou desligar-se; se for muito longo o flange ira tubo não causa problema a menos que esteja na curva
intervir com a devida ligação da rosca da conexão e de uma dobradura; mossas podem ser removidas pu-
causara vazamento. xando-se uma peça com a medida do tubo através dele
A ferramenta de flangear possui matrizes ma- usando um cabo.
cho e fêmea para produzir flanges de 35° a 37°. Linhas severamente danificadas devem ser
Não deve nunca ser usada ferramenta de flan- substituída, quando a linha puder ser reparada isto
gear tipo automotiva. deve ser feito cortando-se a seção danificada e inse-
rindo-se uma seção de tubo do mesmo tamanho e
Flange simples mesmo material. Se a porção danificada for muito
curta descartamos o tubo e fazemos o reparo usando
Uma ferramenta manual é usada para flangear uma união de dois conjuntos de conexões.
tubulações, ela consiste de um bloco flangeador (ou Linha aberta que for ficar muito tempo sem
matriz de aperto), uma forquilha e um pino flangeador. utilização deve ser selada com plugues de metal, ma-
O bloco é formado por duas barras unidas com deira, borracha ou plástico ou com tampões.
dobradiça e orifícios escariados de vários tamanhos
para tubulações, a forquilha é usada para centralizar o Formato das linhas
pino flangeador sobre o tubo a ser flangeado além de
unir as duas barras fixando a tubulação. As dobras são necessárias para permitir a ex-
pansão e contração da tubulação quando exposta a va-
Flange duplo riações de temperatura e para absorver vibração.
Se o tubo for muito fino (abaixo de ¼ de pole-
Flange duplo deve ser usado nas tubulações de gada de diâmetro externo) e puder ser formado com as
liga de alumínio 5052 – O e 6061 – T, para todos os mãos, curvas podem ser feitas para permitir os traba-
tamanhos de 1/8” a 3/8” de diâmetro externo, isso é lhos de vibração e expansão térmica.
feito para evitar o corte do flange e a falha do conjunto Se o tubo for formado na maquina curvas exa-
sob as pressões de operação. tas podem ser feitas para permitir um conjunto per-
O duplo flange não é necessário em tubula- feito.
ções de aço. O conjunto de tubos deve ser formado antes da
O flange duplo é mais liso e concêntrico do instalação para que não seja necessário puxar ou torcer
que o simples e por isso veda melhor, também é mais o conjunto para conseguir o alinhamento por meio de
resistente ao cisalhamento causado pelo torque. esforço nas porcas de conexão.

Frisamento

5-4
FABRICAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TUBOS INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÕES RIGIDAS
FLEXIVEIS
Antes da instalação das linhas as tubulações
Mangueiras ou conjuntos de tubos flexíveis devem ser inspecionadas cuidadosamente.
devem ser checados a cada período de inspeção, vaza-
mento, separação da camada externa ou da malha da Conexão e torque
camada interna do tubo, rachaduras, endurecimento,
perda de flexibilidade, excessivas e profundas marcas Selantes e outros compostos não devem ser
deixadas pela braçadeira ou pelos suportes são sinais aplicados nas faces de conexões ou flanges eles des-
de deterioração e razões para a substituição. troem o contato metal com metal entre a conexão e o
Quando ocorrem falhas em tubulações flexí- flange, esse contato é necessário para produzir a veda-
veis (mangueiras) equipadas com terminais estampa- ção.
dos, o conjunto todo deverá ser substituído. A instalação de uma tubulação não deve ser
forçada para o seu lugar com o torque na porca.
Montagem de terminais tipo luva Quando a conexão está corretamente fixada
existe uma folga de apenas 0,025” entre o flange e o
Terminais tipo luva são removíveis, sendo re- batente antes do aperto.
aproveitados se estiverem em boas condições de ser-
viço, o diâmetro interno do terminal é igual o diâmetro Precauções na montagem de tubulações
interno da mangueira na qual será instalado.
Conexões de latão banhadas em cadmio po-
Teste após a montagem dem ser usadas com tubulações de liga de alumínio.
Como prevenção na corrosão as linhas e cone-
Tubulações flexíveis devem ser testadas após xões usualmente são anodizadas
a montagem, isso é feito bloqueando uma das extremi- As linhas e conexões de aço e de latão são usu-
dades da mangueira e aplicando pressão no seu inte- almente banhadas em cadmio, também podem ser en-
rior, o teste pode ser feito com um liquido ou com um contradas as com banho de níquel, cromo ou estanha-
gás. das.
Linhas de sistema hidráulico, combustível e
óleo são testadas usando fluido hidráulico ou agua e as SUPORTES DE FIXAÇÃO
linhas de ar ou de instrumentos são testadas a seco, li-
vres de óleo ou nitrogênio. Braçadeiras de fixação são usadas para supor-
Teste usando gás são feitos embaixo da agua tar linhas dos sistemas da célula e do conjunto do mo-
aonde é observado se há vazamento, o teste deve ser tor, as braçadeiras mais usadas são:
realizado por 30 segundos no mínimo.
 Protegida com borracha (usada
Instalação de conjuntos de tubos flexíveis para fixar linhas em áreas sujeitas
à vibração, evitando o desgaste do
Tubos flexíveis não devem estar torcidos na tubo pelo atrito).
instalação porque isso reduz o seu comprimento e  Plana (usada para fixar linhas em
pode também causar o afrouxamento das conexões, a áreas não sujeitas à vibração)
torção do tubo flexível é reconhecida pela posição da
linha de identificação existente ao longo do seu com- Uma braçadeira protegida com teflon é usada
primento, essa linha não pode formar um espiral ao em áreas sujeitas à deterioração causada pelo Skydrol
longo da mangueira. 500, fluido hidráulico (MIL – 0 – 5606), ou combustí-
Quando uma mangueira encontra-se sob pres- vel, devido a sua pouca flexibilidade teflon não evita
são ela se contrai no comprimento e se dilata no diâ- o efeito da vibração como outros materiais.
metro. Para a fixação de tubulações metálicas e linhas
Curvas que são muito agudas reduzirão a pres- do sistema hidráulico, de combustível e de óleo, usa-
são de ruptura das tubulações flexíveis abaixo do valor mos braçadeiras sem isolamento para o efeito de con-
previsto; tubulações flexíveis devem ser instaladas de tinuidade da “massa”. Braçadeiras isoladas só são usa-
forma que sofram um mínimo de flexão durante a ope- das para a fixação de fio.
ração. Braçadeiras e suportes menores do que o diâ-
Uma mangueira nunca deve esticada entre metro externo dos tubos flexíveis podem restringir o
duas conexões, quando sob pressão, de 5% a 8% do fluxo do fluido através dele
total do seu comprimento deve ter liberdade de movi-
mento.

5-5
c) Alumínio
d) Aço resistente à corrosão
TESTE TUBULAÇÕES E CONEXÕES
8) Um tubo de metal com diâmetro de 3/8”
nós estamos nos referindo ao seu:
1) Linhas e conexões de aeronaves são fei-
tas de tubos: a) Diâmetro interno
b) Diâmetro externo
a) Nylon c) Comprimento
b) Plástico d) Espessura da parede
c) Fibra de vidro
d) Metálico e mangueira 9) Assinale dentro das alternativas abaixo
o material sintético usado para a fabri-
2) As tubulações podem ser encontradas cação de tubo flexível (mangueira) para
com as seguintes formas: aeronaves:

a) Tubos a) Teflon
b) Mangueiras b) Fibra de vidro
c) Tubos, mangueiras e conexões. c) Plástico comum
d) NDA d) Fibra de carbono

3) As tubulações de aeronaves podem ser 10) Assinale entre as alternativas a man-


feitas com os seguintes materiais: gueira mais usada no setor aeronáutico:

a) Aço a) Butyl
b) Cobre b) Bunan-N
c) Alumínio c) Teflon
d) Todas alternativas d) Neoprene

4) Em uma parte móvel de uma aeronave 11) Uma mangueira com o diâmetro 9/16”
usamos a tubulação: nos estamos nos referindo ao seu:

a) Rígida a) Diâmetro interno


b) Flexível b) Diâmetro externo
c) Plástica c) Comprimento
d) Fibra de carbono d) Espessura da parede

5) Qual a cor que caracteriza uma cone- 12) Os conectores de tubulações ou cone-
xão do tipo NA? xões que unem um pedaço de tubo ao
outro em uma unidade do sistema, eles
a) Azul podem ser:
b) Preta
c) Amarela a) Friso e braçadeira
d) Violeta b) Conexão flangeada
c) Conexão sem flange
6) Em um sistema hidráulico de alta pres- d) Todas anteriores
são (3000 p.s.i.) usamos uma tubulação
de: 13) A conexão que possui uma gola entre o
final da rosca e o cone do flange é a co-
a) Aço nexão:
b) Cobre
c) Plástico a) AN
d) Alumínio b) DA
c) AC
7) Para tubulações externas de freio são d) MS
usadas tubulações de:
14) As conexões flexíveis podem ser equipa-
a) Cobre das com os seguintes tipos de terminais:
b) Bronze
5-6
a) Isolado
b) Estampado
c) Destacável
d) Estampado e destacável

15) A ferramenta de flangear usada na con- 1 A B C D


fecção de tubulação flangeada possui
2 A B C D
matrizes macho e fêmea para flanges
de: 3 A B C D
4 A B C D
a) 45° 5 A B C D
b) 75° 6 A B C D
c) 90° 7 A B C D
d) 35° a 37° 8 A B C D
9 A B C D
16) Antes de instalar uma conexão flexível
devemos: 10 A B C D
11 A B C D
a) Testar 12 A B C D
b) Pintar 13 A B C D
c) Instalar/testar 14 A B C D
d) NDA 15 A B C D
16 A B C D
17) Ao realizarmos pressão em uma man-
17 A B C D
gueira ela:
18 A B C D
a) Permanece inalterada 19 A B C D
b) Contrai-se no diâmetro 20 A B C D
c) Dilata-se no comprimento
d) Contrai-se no comprimento e se dilata
no diâmetro

18) Assinale qual alternativa se refere a


uma conexão sem flange:

a) AN
b) NDA
c) AC
d) MS

19) Arranhões ou cortes podem ser repara-


dos observando a sua particularidade
de não estarem próximos de uma curva
e desde que não ultrapassem a seguinte
porcentagem da espessura (para tubos
de alumínio):

a) 10%
b) 15%
c) 20%
d) 30%

20) Uma tubulação NA possui ____, en-


quanto uma tubulação MS____.

a) Friso, possui flange


b) Friso, não possui friso.
c) Flange, não possui flange.
d) Não possui flange, possui flange
5-7
CAPÍTULO 6

MATERIAIS DE AVIAÇÃO E PROCESSOS

INTRODUÇÃO  Um conjunto parafuso/porca é ge-


ralmente apertado pela porca e a
A segurança e a eficiência de operação de uma cabeça do parafuso poderá ou não
aeronave dependem de uma correta seleção e uso ade- ser utilizada para fixar o conjunto.
quado do material de aviação, assim como o conheci-
mento e utilização dos processos adequados a esse ma- Screws:
terial.
 Pode ter a ponta com rosca rom-
IDENTIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE AVIA- buda ou pontuda
ÇÃO  Pode ser introduzido em um orifício
próprio para ele ou diretamente no
A maioria dos itens é identificada por números material a ser fixado
de especificação ou nome do fabricante.  Tem a parte rosqueada relativa-
Peças com fios de rosca e rebites são usual- mente longa e não tem parte lisa
mente identificadas pelas letras: (gola) claramente definida
 É sempre apertado pela cabeça.
 NA (Air Force – Navy)
 NAS (National Aircraft Standard) Quando um dispositivo de fixação tiver que
 MS (Military Standard) ser substituído deverá sê-lo por uma duplicata do ori-
ginal, sempre que possível.
Os prendedores de desconexão rápida são usu-
almente identificados por nomes dados pelo fabricante Classificação dos fios de rosca
e pela designação dos tamanhos.
Parafusos bolts ou screws, além de porcas são
Prendedores rosqueados fabricados em um dos seguintes tipos de fios de rosca:
Entende-se por parafusos:  NC (American National Coarse):
série de filetes grossos destinados ao
 Dispositivos de fixação que permi- uso em metais
tem segurança e rigidez na união de  NF (American National Fine): série
peças. de filetes finos destinados ao uso ge-
ral em aeronaves e motores
Existem dois tipos de parafusos:  UNC (American Standard Unified
Coarse)
 Utilizados em mecânica (bolts), ge-  UNF (American Standard Unified
ralmente quando se necessita Fine)
grande firmeza.
 Rosca soberba (screws), quando a Um parafuso 4-28 indica que um parafuso de
firmeza não é um fator importante. ¼ de polegada de diâmetro possui 28 fios de rosca em
cada polegada da parte rosqueada.
Ambos possuem em uma das extremidades As roscas também são especificadas em clas-
uma cabeça e na outra, fios de rosca. ses de acabamento, que indicam a tolerância permitida
As diferenças entre eles são: pelo fabricante com referência a sua instalação nos fu-
ros do material a ser preso ou fixado:
Bolts:
Classe 1. “Loose Fit” – ajuste com folga ou en-
 A ponta com fios de rosca de um pa- caixe deslizante – usado onde o es-
rafuso para mecânica é sempre paço entre as partes conjugadas é es-
rombuda (faces paralelas) sencial para uma rápida montagem,
 Geralmente possui uma porca atar- podendo ser girado com os dedos.
raxada pra completar o conjunto. Classe 2. “Free Fit” – ajuste livre - destinado a
 Parte rosqueada relativamente partes que são unidas com parafusos e
curta

6-1
porcas, tipos comerciais onde um pe-  Hexagonal
queno jogo tem uma relativa margem  Com encaixe para ferramentas
de tolerância.
Classe 3. “Medium Fit” – ajuste médio – desti-
nado a partes onde é desejado um va-
lor mínimo de folga ou de jogo entre
as partes rosqueadas, este ajuste é ge-
ralmente empregado na construção
aeronáutica.
Classe 4. “Close Fit” – forte ajuste ou ajuste sob
pressão – destinado a requisitos espe-
ciais. Os parafusos de ajuste sob pres-
são são instalados com ferramentas ou
maquinas.

Os parafusos de rosca direita são os que têm o


seu aperto no sentido do relógio, os de rosca esquerda
devem ser girados no sentido anti-horário para recebe-
rem aperto. Roscas direita e esquerda são denomina-
das RH e LH.

PARAFUSOS DE AVIAÇÃO

São fabricados em:

 Aço resistente à corrosão com ba-


nho de cadmio ou de zinco
Figura 6-0-1 Identificação de parafusos de aeronaves
 Aço resistente à corrosão sem ba-
nho
Parafusos de uso geral
 Liga de alumínio anodizado
Parafusos de cabeça hexagonal (AN-3 até AN-
A maioria dos parafusos utilizados em estru- 20) são usados em:
turas de aeronaves pode ser do tipo:
 Estruturas
 AN (padrão)
 Aplicações gerais que envolvam
 NAS (com encaixe na cabeça para cargas de tensão e de cisalhamento
ferramentas)
 Tolerância mínima Os parafusos de ligas de aço menores que o nº
 MS 10-32, e os de liga de alumínio menores do que ¼ “de
diâmetro nunca devem ser usados em peças estrutu-
Parafusos especiais são estampados com uma rais.
letra “S” na cabeça. Parafusos e porcas de liga de alumínio não são
Parafusos AN são encontrados em três estilos usados quando tiverem que ser removidos repetida-
de cabeça: mente para serviços de manutenção e inspeção. As
porcas de liga de alumínio podem ser usadas com pa-
 Hexagonal rafusos de aço banhado em cadmio que sofram cargas
 Clévis de cisalhamento em aeronaves terrestres, mas não po-
 Com olhal derão ser usados em aeronaves marítimas devido à
corrosão entre metais diferentes.
Parafusos NAS são encontrados com: O parafuso AN-73 é semelhante ao de cabeça
hexagonal padrão, porém, possui uma depressão na
 Cabeça hexagonal cabeça e um furo para passagem do arame de freno.
 Encaixe na cabeça para ferramen- O AN-3 e o AN-73 são intercambiáveis para
tas todas as aplicações práticas do ponto de vista de tensão
 Cabeça escareada e resistência ao cisalhamento.

Parafusos MS tem cabeça: Parafusos de tolerância mínima

6-2
São fabricados com mais cuidado do que os de As marcas do tipo de material dos NAS são as
uso geral, podem ter cabeça: mesmas para os AN exceto quando elas são riscadas
ou rebaixadas.
 Hexagonal (AN-173 até AN-186) Os parafusos que receberam inspeção Magna
 Cabeça chanfrada a 100º (NAS-80 flux ou Zyglo são identificados por uma tinta colorida,
até NAS-86) ou uma marca tipo distintivo na cabeça.

São usados em aplicações aonde uma ajusta- Parafusos para fins especiais
gem forte é requerida (o parafuso somente será mo-
vido de sua posição quando for aplicada uma pancada São fabricados para uma particular aplicação,
com um martelo de 12 ou 14 onças). por exemplo:

Parafusos com encaixe na cabeça para adap-  Parafuso Clévis


tação de chave  Parafuso Olhal
 Jobolts
Estes parafusos (MS-20004 até MS-20024 ou  Lockbolts
NAS-495) são fabricados de um aço de alta resistência
e são adequados para o uso em locais onde são exigi-
dos esforços de tensão e cisalhamento. Parafuso clévis
Quando usados em partes de aço os furos para
os parafusos devem ser escareados para assentar o A cabeça de um clévis é redonda e possui ra-
grande raio do ângulo formado entre o corpo e a ca- nhuras para receber uma chave de fenda comum ou
beça, quando usado em ligas de alumínio uma arruela cruz.
especial tratada a quente deve ser usada para permitir É usado somente onde ocorrem cargas de ci-
o adequado ponto de apoio para a cabeça. salhamento e nunca de tensão; é muitas vezes colo-
O encaixe na cabeça é para inserir uma chave cado como um pino mecânico em um sistema de con-
para a remoção e instalação do parafuso. trole.

Identificação e códigos Parafuso de olhal

Não existe um método direto de classificação, É usado onde cargas de tensão são aplicadas.
parafusos podem ser identificados: O olhal tem por finalidade permitir a fixação
de peças como o garfo de um esticador, um pino clévis
 Pelo formato da cabeça ou o terminal de cabo.
 Pelo método de fixação A parte com rosca pode ou não ter o orifício
 Pelo material usado na fabricação para contra pino.
 Pelo emprego determinado
Jobolts
Os parafusos tipo AN podem ser identificados
pelo código marcado nas cabeças que geralmente in- É um rebite com rosca interna composto de
dica o fabricante, o material e se é um tipo AN padrão três partes:
ou um parafuso para fim especial.
Um parafuso AN padrão é marcado na cabeça  Um parafuso de liga de aço
com riscos em relevo ou um asterisco, o de aço resis-  Uma porca de aço com rosca
tente à corrosão é indicado por um simples risco e o de  Uma luva expansível de aço inoxi-
liga de alumínio AN é marcado com dois riscos opos- dável
tos, informações adicionais são obtidas no número de
parte (part number). A alta resistência ao cisalhamento e a tensão
No parafuso cujo part number seja tornam o jobolt adequado ao uso em casos de grandes
AN3DD5A, as letras AN indicam ser um parafuso pa- esforços onde outros tipos de prendedores são impra-
drão Air Force – Navy, o número três indica o diâme- ticáveis; são muitas vezes utilizados em partes perma-
tro em dezesseis avos de polegada (3/16”), o DD in- nentes da estrutura de aeronaves mais antigas, são usa-
dica o material liga de alumínio, C indicaria aço resis- dos em áreas que não são sujeitas a constantes substi-
tente à corrosão e ausência de letras indicaria banho de tuições e serviços.
cadmio, o número cinco indica o comprimento em oi- Outra vantagem é sua excelente resistência à
tavos de polegada (5/8”) e A indica a presença ou não vibração, pouco peso e rápida instalação por apenas
de contra pino. uma pessoa.
Os parafusos NAS de tolerância mínima são Jobolts são encontrados em três tipos de ca-
marcados com um triangulo riscado ou rebaixado. beça:
6-3
Uma rebitadeira pneumática padrão e uma
 F (flush) barra encontradora são as ferramentas para a instala-
 P (hexagonal) ção de um lockbolt tipo curto.
 FA (millable)
Tipo cego (blind)

Parafusos de retenção (Lockbolts) São fornecidos como conjuntos montados tem


excepcional resistência e a características de forçar a
Combinam as características de um parafuso e união das chapas.
de um rebite de grande resistência, mas possuem van- O tipo cego é usado aonde somente um lado
tagens sobre ambos. do trabalho é acessível e aonde for difícil a cravação
Geralmente é usado: de um rebite convencional.
Este tipo de prendedor é instalado da mesma
 Na junção de asas maneira que o tipo convencional.
 Ferragens de células de combustível
 Longarinas Características comuns
 Vigas
Os três tipos de lockbolt tem em comum:
 União do revestimento
 E outras importantes uniões da es-  As ranhuras de travamento no pino
trutura.
 Colar de travamento que é estam-
pado dentro das ranhuras da trava
É mais rapidamente e facilmente instalado do
do pino, travando – o sob pressão.
que um rebite ou parafuso convencional e elimina o
 Os pinos do tipo convencional e
uso de arruelas-freno, contra pinos e porcas especiais.
cego são compridos para a instala-
Assim como um rebite o lockbolt requer uma
ção por tração.
ferramenta pneumática para instalação, quando insta-
lado permanecera rígido e permanentemente fixo no  A extensão da haste é provida de ra-
local. nhuras para permitir a tração e
uma ranhura maior para a ruptura
Tipo convencional (Pull) sob tensão da parte excedente da
haste
Os três tipos de parafusos de retenção lockbolt
mais usados são:

 Convencional (pull)
 Cego (blind)
 Curto (stump)

São usados principalmente:

 Em estruturas primarias e secunda-


rias de aeronaves

São instalados muito rapidamente e tem me-


tade do peso dos parafusos e porcas AN equivalentes.
Uma ferramenta pneumática especial (pull Figura 6-0-2 Parafusos de retenção (Lockbolt)
gun) é necessária para instalação deste tipo de lock-
bolt, a instalação pode ser feita por uma pessoa, pois Composição
não é necessário o uso de barra encontradora.
Os pinos dos parafusos de retenção do tipo
Tipo curto (stump) convencional e do tipo curto são feitos de:

Não possui a haste tão comprida como o con-  Liga de aço com tratamento tér-
vencional, mas é de semelhante utilização; são usados mico
principalmente quando o espaço não permite a instala-  Liga de alumínio de alta resistência
ção do tipo convencional.
Os colares dos conjuntos são feitos de:

6-4
 Liga de alumínio Porcas podem ser identificadas por:
 Aço macio
 Características metálicas
O tipo cego (blind) consiste de:  Brilho ou cor de alumínio ou bronze
 Pelo encaixe quando a porca for do
 Pino de liga de aço com tratamento tipo auto freno
térmico  Pela sua construção
 Luva cega (blind sleeve)
 Luva cônica (filler sleeve) Porcas podem ser divididas em dois grupos
 Colar de aço macio gerais:
 Arruela de aço carbono
 Comuns (são as que devem ser fre-
Substituição nadas por um dispositivo externo
como contra pino, arame freno ou
Os parafusos de retenção de liga de aço podem contra porcas).
ser usados como:  Auto freno (contem características
de frenagem como parte integral)
 Substitutos dos rebites de aço HI –
SHEAR Porcas comuns
 Rebites sólidos de aço
 Parafusos AN de mesmo diâmetro e São os tipos mais comuns de porca, inclui:
mesmo tipo de cabeça
 Lisa
Parafusos de retenção de aço e de liga de alu-  Castelo
mínio podem ser usados para substituir:  Castelada de cisalhamento
 Sextavada lisa
 Parafusos de aço de mesmo diâme-  Hexagonal leve
tro  Lisa leve
 Parafusos de liga de alumínio
2024T de mesmo diâmetro A porca castelo AN310 é razoavelmente ro-
busta e resiste a grandes cargas tensionais; ranhuras na
ESPESSURA DO MATERIAL porca (chamadas castelo) servem para acomodar um
contra pino ou arame de freno, ela é usada com os pa-
O tamanho do parafuso requerido deve estar rafusos:
de acordo com a espessura do material, medida com
uma régua em gancho através do orifício aonde ele  AN de cabeça hexagonal, com furo
será colocado. para contra pino.
Quando instalado o parafuso de retenção de-  Clévis de olhal, de cabeça com furo
verá ser estampado em toda a extensão do colar. para freno.
Quando um parafuso de retenção tiver que ser  Prisioneiros
removido o colar deve ser cortado com uma pequena
talhadeira evitando danificar ou deformar o orifício, A castelada de cisalhamento AN320 também
pode ser usada uma barra de encontro o lado oposto ao é castelada para frenagem, porém ela não é tão forte
que está sendo cortado, então o pino poderá ser reti- ou profunda quando a castelo, é usada com dispositi-
rado com um punção. vos como:

 Parafusos clévis com furo


PORCAS DE AERONAVES
 Pinos cônicos com rosca
São feitas em diversos formatos e tamanhos,  Ambos normalmente sujeitos so-
são fabricadas com: mente a esforços de cisalhamento

A porca sextavada lisa AN315 e AN335


 Aço carbono banhado em cadmio
(rosca fina e rosca grossa):
 Aço inoxidável
 Liga de alumínio 2024T anodizado
 É de construção robusta, adequada
para suportar grandes cargas ten-
Podem ser fabricadas com rosca esquerda ou
sionais, porém, requer um disposi-
rosca direita.
tivo auxiliar de travamento com
6-5
uma contra porca ou arruela de 3. Fixação de tampas de caixas de balan-
freno e seu uso em estruturas é um cins
pouco limitado.
Porca auto freno são usadas para proporcionar
A porca sextavada leve AN340 e AN345 ligações firmes sob severa vibração.
(rosca fina e rosca grossa) Quando ficadas a estrutura devem ser presos
de maneira positiva para eliminar rotação ou desali-
 É uma porca mais fina do que a nhamento quando apertando os parafusos.
plana hexagonal e deve ser frenada Os dois tipos de uso mais comum são:
por dispositivo auxiliar, é usada em
situações diversas em que haja  Tipo de metal
pouca exigência de tensão.  Tipo de freno de fibra

A porca plana leve AN316:


Porca auto freno Boot
 É usada como um dispositivo de
frenagem (contra porca), para as É construída de uma só peça, inteiramente me-
porcas planas, parafusos de reten- tálica destinada a manter a fixação mesmo sob severa
ção, terminais com rosca e outros vibração.
dispositivos. Essa porca pode ser removida e reutilizada
sem perder a eficiência.
A porca borboleta AN350: As porcas tipo boot mais comuns são:

 É aplicada onde desejada firmeza  Tipo borboleta (fabricadas com liga


pode ser obtida com os dedos e em de alumínio anodizado, aço car-
conjuntos que são frequentemente bono banhado em cadmio ou aço
removidos inoxidável).
 Tipo rol – top (aço banhado em cad-
mio)
 Tipo Belows (feitas somente em liga
de alumínio)

Porcas auto freno de aço inoxidável

Podem ser colocadas ou retiradas com os de-


dos, pois sua ação de frenagem só é efetiva quando a
porca estiver apertada contra uma superfície solida.
A porca consiste de duas partes:

 Corpo (com ressalto chanfrado


para frenagem com chaveta e uma
peça de rosca, um ressalto de frena-
gem).
 Ranhura para encaixe da chaveta
Figura 6-0-3 Porcas comuns de aeronaves
Porcas elastic stop
Porcas auto freno
É uma porca padrão com altura aumentada
Essas porcas não necessitam de meios auxili- para acomodar um colar de fibras para a frenagem,
ares para a frenagem, pois já possuem dispositivos de este colar é bastante duro e resistente, não sendo afe-
frenagem como parte integral. tado quando imerso em:
As aplicações mais comuns das auto freno
são:  Agua fria ou quente
 Éter
1. Fixação de mancais anti fricção e po-
 Tetracloreto de carbono
lias de controle
 Óleos
2. Fixação de acessórios, aberturas de
instalação, janelas de inspeção.  Gasolina

6-6
O colar de fibra não tem fios de rosca e seu  Lisa: AN315 e AN335
diâmetro interno é menor que o maior diâmetro da  Castelo: AN310
parte roscada ou diâmetro externo do parafuso corres-  Castelada fina: AN320
pondente à porca.  Hexagonal fina: AN430
As porcas elastic stop de liga de alumínio pos-
suem acabamento anodizado e as de aço, banho de Os tipos patenteados de porcas auto freno tem
cadmio, se uma porca desse tipo puder ser girada até o part number de MS 20363 até MS20367, às porcas bo-
final com os dedos ela deve ser substituída. ots e flexloc, a auto freno de fibra e a elastic stop per-
Depois que a porca tiver sido apertada a ponta tencem a esse grupo.
do parafuso ou do prisioneiro deve ter ultrapassado A porca tipo borboleta possui o part number
completamente a margem superior da porca no mí- AN350.
nimo 1/32”. Letras e números após o número de parte indi-
Parafusos com diâmetro de 1/16” ou mais, cam itens como:
com orifício para contra pino podem ser usados se es-
tiverem livres de limalhas ou arestas nas margens dos  Material
furos, parafusos com fios de rosca danificados ou pon-  Tamanho
tas ásperas não são aceitáveis. A ação de frenagem da
 Fios de rosca por polegada
elastic stop é resultado do próprio parafuso ter aberto
 Rosca esquerda ou rosca direita
a rosca no colar de fibra.
Essas porcas não devem ser instaladas em lo-
A letra B após o número de parte indica que o
cais com temperatura maior do que 110º C (250ºF),
material da porca é o latão, a letra D indica liga de alu-
pois a ação de frenagem da fibra perde eficiência a par-
mínio 2024T, um C indica aço inoxidável e um traço
tir desse ponto, o uso em motores e acessórios deve ser
no lugar da letra indica aço carbono banhado em cad-
especificado pelo fabricante do motor.
mio.
Algarismos após o traço ou após o código de
Porcas de chapa
números e letras da porca indica o tamanho do corpo e
Assim como as porcas rápidas são usadas em o número de fios de rosca por polegada do parafuso
parafusos de rosca soberba em locais não estruturais. para aquela porca.
Possuem várias utilizações: O número de código para as porcas auto freno
é formado por três ou quatro dígitos, os últimos dois
dígitos referem-se ao número de fios de rosca por po-
 Suportam braçadeiras de tubula-
legada e os dígitos anteriores indicam o tamanho da
ções e conduites
porca em 16 avos de polegada.
 Equipamento elétrico
Um exemplo:
 Portas de acesso
Código AN310D5R:
São encontradas em vários tipos e são fabrica-
das em aço de mola e arqueadas antes do endureci-
 AN310 = porca castelo para aerona-
mento; esse arqueamento funciona como trava impe-
ves
dindo a perda do aperto do parafuso, essas porcas so-
 D = liga de alumínio 2024T
mente devem ser usadas quando tiverem sido instala-
das durante a fabricação da aeronave.  5 – diâmetros de 5/16”
 R = rosca direita (usualmente 24
Porcas com encaixe interno e externo fios por polegada)

São encontrados dois tipos: ARRUELAS DE AVIAÇÃO

 Tipo elastic stop Arruelas de aviação podem ser do tipo:


 Tipo umbrako
 Planas
Ambas são do tipo auto freno com tratamento  Freno
térmico capazes de oferecer uma alta resistência à  Especiais
carga de tensão do parafuso.
Arruelas planas
Identificação e códigos
São usadas sob porcas sextavadas, as arruelas:
As porcas são designadas pelo part number, os
mais comuns são:  AN960

6-7
 AN970 (proporciona uma área uma porca ou da cabeça de um parafuso sextavado,
maior de apoio e é usada em estru- travando na posição.
turas de madeira tanto sob a cabeça As arruelas freno com aba podem suportar
do parafuso como sob a porca para maiores temperaturas do que outros métodos de segu-
evitar o esmagamento da superfí- rança, e podem ser usadas sob condições de severa vi-
cie) bração sem perder a segurança.
Não devem ser reutilizadas.
Elas:
Arruelas especiais
 Proporcionam uma superfície
plana de apoio As arruelas:
 Atuam como calço para obter uma
correta distância para um con-  AC950 – Ball socket
junto porca e parafuso  AC955 – Ball seat
 São usadas para ajustar a posição
do entalhe das porcas casteladas São arruelas especiais usadas quando:
com o orifício do parafuso para o
contra pino.  Um parafuso precisa ser instalado
em um ângulo com a superfície ou
Arruelas planas devem ser usadas sob as arru- quando for necessário um perfeito
elas freno para evitar danos à superfície do material. alinhamento entre o parafuso e a
superfície
Arruelas freno
Essas arruelas tanto podem ser planas para se-
As arruelas freno usadas com parafusos de rem usadas sob a porca com escareadas para parafusos
máquina ou parafusos de aviação onde as porcas auto com cabeça em ângulo.
freno ou a castelada não devem ser instaladas, são:
INSTALAÇÃO DE PARAFUSOS E PORCAS
 AN935 (também conhecida como
arruela de pressão, possui ação de Parafusos e medidas dos parafusos
mola que proporciona fricção sufi-
ciente para evitar o afrouxamento Pequenas folgas nos furos para parafusos são
da porca devido à vibração). aceitáveis, onde quer que sejam usadas sobtensão e
 AN936 não estejam sujeitas a inversão de carga, algumas apli-
cações nas quais a folga nos furos é permitida:
As arruelas freno nunca devem ser usadas nas
seguintes condições:  Suportes de polias
 Caixas de conduites
A. Com prendedores em estruturas pri-  Revestimento
marias e secundarias  Diversos suportes
B. Com prendedores em qualquer parte
da aeronave onde falha pode resultar Os furos para parafusos devem ser adequados
em dano à superfície envolvida para proporcionar total apoio a
C. Quando a falha provocar uma aber- cabeça do parafuso e a porca, não devendo ser maior
tura deum junção para o fluxo de ar do que o necessário nem ovalizado, em peças de me-
D. Quando o parafuso estiver sujeito a nor importância furos ovalizados são alargados para a
constantes remoções maior medida mais próxima, em peças críticas deve se
E. Quando a arruela estiver exposta ao consultar o manual do fabricante antes de alargar os
fluxo de ar furos.
F. Quando a arruela estiver sujeita a cor- Furos ajustados para parafusos com folga má-
rosão xima de 0,0015” entre o parafuso e o furo são requeri-
G. Quando a arruela estiver de encontro dos em locais onde os parafusos são usados em reparos
a materiais macios, sem uma arruela ou aonde são colocados na estrutura original.
plana por baixo. A fixação de um parafuso não é definida em
termos de diâmetro ente o parafuso e o furo, ela é de-
Arruelas freno a prova de vibração finida em termos de fricção entre o parafuso e o furo
quando o parafuso é introduzido no lugar.
São arruelas circulares com uma pequena aba
que é dobrada de encontro a umas das faces laterais de Práticas de instalação
6-8
Deve-se examinar as marcações das cabeças corrosão ou quando houver instrução
dos parafusos para determinar o material correto de especifica
cada parafuso, esteja certo que as arruelas estão colo- C. Sempre aperte girando a porca em pri-
cadas sob a cabeça de parafusos e porcas. meiro lugar se possível, caso contrário
Uma arruela de liga de alumínio deverá ser aperte pela cabeça do parafuso até
usada sob a cabeça e a porca de um parafuso de aço uma medida próxima do torque indi-
fixando peças de liga de alumínio ou liga de magnésio, cado, nunca exceda o valor máximo.
ocorrendo corrosão a arruela será atacada antes das pe- D. O valor máximo de torque deve ser
ças. usado somente quando os materiais e
O pescoço do parafuso (parte do corpo sem superfícies a serem unidos forem su-
fios de rosca) tem o comprimento correto, ele deve ser ficientes em espessura, área e capaci-
igual à espessura do material que está sendo aparafu- dade que resistam à torção, quebra e
sado; parafusos com pescoço ligeiramente maior de- outros danos.
vem receber arruelas. E. Para porcas de aço resistentes a corro-
são, devem ser usados os valores de
Frenagem de parafusos e porcas torque para as porcas de cisalha-
mento.
Todos os parafusos e porcas devem ser frena- F. O uso de algum tipo de extensão mo-
dos caso não sejam auto freno. difica a leitura do mostrados e a equa-
ção deve ser usada
TORQUES E TORQUÍMETROS
Alinhamento do furo para contra pino
É importante que cada parte da aeronave su-
porte nem mais nem menos carga para a qual foi de- Quando apertando porcas casteladas em para-
signada, para distribuir a carga com segurança através fusos, o furo para contra pino pode estar desalinhado
da estrutura cada parafuso, porca e prisioneiro deve re- com a ranhura da porca ao atingir o valor de torque
ceber o torque adequado. O torque apropriado permite recomendado, exceto em partes do motor altamente fa-
que a estrutura desenvolva a resistência designada e tigadas, a porca pode ser super apertada para permitir
reduz a possibilidade de falha por fadiga. o alinhamento da próxima ranhura com o furo do con-
tra pino.
Torquimetros
OUTROS TIPOS DE PARAFUSOS DE AVIA-
Os mais utilizados são: ÇÃO (SCREWS)

 Barra flexível (valor do torque é Estes parafusos são os prendedores rosquea-


lido visualmente no mostrador ou dos mais usados nas aeronaves, eles diferem dos bolts
escala no punho do torquimetro) por serem fabricados de materiais menos resistentes.
 Estrutura rígida (valor do torque é Podem ser instalados com uma rosca com
lido visualmente no mostrador ou folga e o formato da cabeça permite o encaixe de cha-
escala no punho do torquimetro) ves de fenda ou de boca; alguns dos screws têm a parte
 Estrutura de catraca do corpo sem rosca claramente definida enquanto ou-
tros possuem fios de rosca em todo seu comprimento.
O uso de extensão em qualquer tipo de torqui- Os parafusos mais usados desta classe estão
metro de ser feito de acordo com uma equação: divididos em três grupos:

 𝑭𝒙𝑳 = 𝑻 1. Parafusos para estruturas – pos-


suem a mesma resistência e medidas
iguais às dos parafusos comuns
Tabelas de torque (BOLTS).
2. Parafusos de máquina – a maioria
A tabela padrão deve ser usada sempre que os dos parafusos usados em reparos ge-
valores de torque não estejam especificados nos pro- rais são desse tipo
cedimentos de manutenção. 3. Parafusos de rosca soberba – aque-
As seguintes regras são aplicáveis para o uso les utilizados para fixar pequenas par-
correto da tabela: tes

A. Libras/pé dívida libras/pol. Por 12. Um quarto grupo, parafusos de encaixe não
B. Não lubrifique as porcas ou parafusos são realmente parafusos, são pinos; eles são colocados
exceto as partes de aço resistente a
6-9
nas peças metálicas com um martelo ou macete e suas  Liga de alumínio
cabeças não possuem fendas ou encaixes.
Os parafusos de cabeça redonda AN 515 e 520
Parafusos para estrutura tem a cabeça com fenda ou cruz, o 515 possui rosca
grossa e o 520 rosca fina.
São feitos de: Os parafusos de máquina escareados são rela-
cionados como:
 Liga de aço, termicamente tratados
e podem ser usados como um para-  AN 505 e 510 com o ângulo de ca-
fuso padrão. beça a 82º
 AN 507 de 100º
Pertencem as series:
Os AN 505 e 510 são semelhantes em material
 NAS 204 até NAS 235; NA 509 e AN e uso ao de cabeça redonda AN 515 e 520.
525. Os parafusos de cabeça cilíndrica AN 500 até
503:
Possuem um aperto definido e uma resistência
ao cisalhamento semelhante à dos parafusos comuns  São de uso geral e utilizado em
da mesma medida. tampas de mecanismos leves como
Os parafusos para estrutura tem cabeça: coberturas de alumínio de caixas
de engrenagens.
 Redonda
 Chata Os parafusos AN 500 e 501:
 Escareada
 Fornecidos em aço de baixo car-
Os parafusos com encaixe na cabeça são gira- bono, aço resistente à corrosão e la-
dos por chaves: tão; o AN 500 possui rosca grossa
enquanto o AN 501 possui rosca
 Phillips fina. Eles não têm definida a parte
 Reed and Prince do corpo sem rosca (pescoço), os
parafusos acima do nº 6 possuem
O parafuso AN 509 (100º) de cabeça plana é furo na cabeça para frenagem.
usado:
Os parafusos AN 502 e 503 de cabeça cilín-
 Em orifícios escareados, quando for drica:
necessária uma cabeça plana.
 São de liga de aço com tratamento
O parafuso AN 525 de arruela fixa é usado: térmico, tem o pescoço curto e são
fornecidos com rosca fina e rosca
 Onde as cabeças protuberantes não grossa; estes parafusos são usados
causam problemas, este é um para- onde é requerida grande resistên-
fuso que oferece uma grande área cia. Os de rosca grossa são usados
de contato. como parafusos de fixação de tam-
pas de liga de alumínio e magnésio
Parafusos de maquina fundidos, em virtude da fragilidade
do metal.
São fornecidos com cabeça:
Parafusos de rosca soberba
 Redonda
 Escareada Parafusos de máquina de rosca soberba são re-
 De arruela fixa lacionados como:

Esses parafusos são para uso geral e são fabri-  AN 504 (de cabeça redonda)
cados de:  AN 506 (cabeça escareada a 82º)

 Aço de baixo carbono Estes parafusos são usados para fixar peças re-
 Latão movíveis, como chapas de inscrição, peças fundidas e
 Aço resistente à corrosão
6-10
partes nas quais o próprio parafuso corta os fios de  NAS = National Aircraft Standard
rosca.  144 = Tipo de cabeça, diâmetro e
Os parafusos AN 530 e 531 de rosca soberba rosca.
para chapas metálicas, tais como os parafusos Parker-  DH = cabeça com furo para frenagem.
Kalon tipo Z para chapas metálicas:  22 = comprimento em 16 avos de po-
22 3
legada ( “ = 1 ” ).
 Não possuem ponta fina e são usa- 16 8
dos em fixações temporárias de
chapas metálicas a serem rebita- O número básico NAS identifica parte, as le-
das, e em fixações permanentes de tras em sufixo e os números separados por traços iden-
conjuntos não estruturais. tificam os diferentes tamanhos, camada protetora do
material, especificações da furação e etc. os números
Parafusos de rosca soberba não devem ser usa- após os traços e as letras em sufixo não obedecem a
dos como substitutos de parafusos padrão, porcas ou um padrão; algumas vezes é necessário consultar os
rebites. manuais específicos com as legendas.

Parafusos de encaixe (drive screws) REPAROS EM ROSCAS INTERNAS

São parafusos AN 535 correspondente ao Par- Cabeças de parafusos e porcas são instaladas
ker-Kalon tipo U: externamente, enquanto que prisioneiros são instala-
dos em roscas internas.
 Possuem cabeça lisa, rosca soberba Roscas danificadas em parafusos ou porcas
e são usados para fixação de cha- são facilmente identificadas e só requerem a substitui-
pas de inscrição em peças; na veda- ção da parte danificada. Quando roscas internas se da-
ção de furos de dreno e em estrutu- nificam existem duas alternativas:
ras tubulares a prova de corrosão.
 Substituição da peça e reparo
Não é prevista a remoção destes parafusos  Substituição da rosca
após a instalação.
O reparo da rosca danificada é mais barato e
Identificação e códigos conveniente, existem dois métodos de reparo:

Os do tipo NAS são parafusos para estrutura.  Substituição de buchas


Os números de parte 510, 515, 520 e assim por diante  Instalação de roscas postiças Heli-
classificam os parafusos em classes como, cabeça re- Coil
donda, cabeça plana, cabeça com arruela fixa e etc. le-
tras e números indicam o material de sua composição,
comprimento e diâmetro. Substituição de buchas
Exemplos de códigos AN e NAS são dados a
seguir: As buchas são materiais de uso especial (bu-
chas de aço ou latão na cabeça dos cilindros para a co-
AN501B – 417-7 locação de velas); são materiais resistentes ao desgaste
do uso onde é frequente a substituição. A rosca externa
 NA = Padrão Air Force – Navy é normalmente de filetes grossos. Quando a bucha é
 501 = Cabeça cilíndrica, rosca fina. instalada um produto de vedação pode ser usado ou
 B = Latão não para evitar perdas. Muitas buchas têm rosca es-
4 querda na parte externa e rosca direita na parte interna,
 416 = 16 " de diâmetro
graças a isso a remoção do parafuso ou prisioneiro
7
 7 = 16 " de comprimento (com rosca direita) tende a apertar o embuchamentos.
Buchas para instalações comuns como velas
Uma letra D em lugar do B indicaria o mate- de ignição podem ser super medidas acima de .040
rial como sendo liga de alumínio 2017-T; uma letra C (em incrementos de .005).
indicaria aço resistente à corrosão. A instalação original e a substituição em ofi-
Uma letra A colocada antes do código do ma- cinas de revisão geral são efetuadas com tratamento
terial indica que a cabeça do parafuso é furada para antagônico de temperatura, ou seja, a cabeça do cilin-
frenagem. dro é aquecida e a bucha é congelada.

NAS144DH – 22 Rosca postiça heli – coil

6-11
É um arame de aço inoxidável de seção rôm- 5. Instalação do conjunto heli – coil –
bica, enrolado com rigorosa precisão em forma de deve ser instalado até uma profundi-
mola helicoidal. dade que permita que o final superior
da espiral fique de ¼ a ½ espira
abaixo da superfície do furo
6. Remoção do pino de arrasto – os pi-
nos devem ser removidos em todos os
furos passantes; nos furos cegos os pi-
nos podem ser removidos quando ne-
cessário se o furo tiver profundidade
bastante por baixo do pino do con-
junto instalado.

Figura 6-0-4 Rosca postiça Heli – Coil

Depois de inserida em um furo rosqueado e


preparado, a rosca postiça heli – coil constitui uma
rosca fêmea calibrada (unified coarse ou unified fine,
classes 2- 3 B) correspondente ao diâmetro nominal da Figura 6-0-5 - Instalação de rosca postiça
rosca desejada.
O conjunto instalado acomoda peças com
rosca externa; cada rosca postiça tem um pino de ar- As roscas postiças heli – coil são fornecidas
rasto com um entalhe, para facilitar a remoção do pino com os seguintes tipos de rosca:
depois que a rosca postiça estiver instalada no furo ros-
cado.  Grossa
Roscas postiças são usadas:  Fina
 Métrica
 Como bucha  De vela de ignição
 Restauração de roscas danificadas  National Taper Pipe
 Proteção e fortalecimento do ros-
queamento interno de materiais REPARO COM LUVAS ACRES
frágeis, metais ou plásticos.
 Locais que requerem frequente Luvas prendedoras acres são:
montagem e desmontagem
 Onde uma ação de frenagem do pa-  Elementos tubulares de parede
rafuso é desejada. fina, com a cabeça em ângulo para
parafusos escareados.
Instalação da rosca postiça  São instaladas em furos destinados
a parafusos padrão e rebites.
1. Determinar quais roscas estão danifi-
cadas O furo existente deve ser super medido em
2. a) em novas instalações broquear a 1/16 “para a instalação da luva, o orifício superme-
rosca danificada para a profundidade dido permite o uso de um prendedor de diâmetro ori-
desejada ginal no orifício já preparado.
b) com a heli – coil previamente ins- Ranhuras proporcionam locais de corte para a
talada deve-se retirar o conjunto com medida exata do comprimento, além de ser um espaço
lamina a 90º e martelo. para manter o adesivo ou selante quando a luva for co-
3. Abridor de rosca – usar abridor de lada no furo.
rosca macho, o comprimento da parte
rosqueada deve ser igual ou maior que Vantagens e limitações
o requerido.
4. Medidor – verificar os fios de rosca Os orifícios devem ser super medidos em
com medidor de rosca heli – coil 1/64” para remoção de corrosão e outros danos. As lu-

6-12
vas podem ser instaladas em áreas de corrosão galvâ- Remoção da luva
nica, desde que a corrosão possa esteja em uma parte
em que possa ser removida. Luvas acre podem ser removidas usando um
pino com a medida externa da luva, ou deformando a
Identificação luva e removendo-a com uma ferramenta pontiaguda.

Luvas são identificadas por códigos de núme- PRENDEDORES DE ABERTURA RÁPIDA


ros que representam o tipo, o formato, o código do ma-
terial, o diâmetro do corpo, a letra código do acaba- São prendedores usados para fixar:
mento e o aperto da espiga da luva. O tipo e o material
da luva são representados pelo número básico do có-  Janelas de inspeção
digo.  Portas
O primeiro número após o traço representa o  Painéis removíveis da aeronave
diâmetro da luva para o prendedor a ser instalado (pa-
rafuso, rebite e etc.), o número após o segundo traço O objetivo principal destes prendedores é per-
representa o comprimento da luva. mitir a rápida remoção de painéis de acesso, para ins-
O comprimento da luva é determinado na ins- peção e serviços.
talação e o resto é cortado. Os prendedores mais comuns são:
Uma luva JK5512A – 05N – 10 tem a cabeça
com perfil baixo ângulo, ângulo de 100º e o material é  Dzus
de liga de alumínio; o diâmetro é para um parafuso ou  Camloc
rebite de 5/32”, a superfície não tem acabamento e o  Airloc
seu comprimento é de 5/8”.
Prendedores Dzus
Preparação do furo
Consistem de:
Assegurar-se que a corrosão foi removida, o
furo deve estar como contorno perfeito e sem rebarbas. A. Um pino prisioneiro – fabricados de
O escareador deve ser aumentado para receber a parte aço e banhados em cadmio e possuem
chanfrada da luva de modo que ela fique no mesmo três tipos de cabeça: borboleta, plana
plano da superfície. e oval.
B. Um ilhós – feito de alumínio ou liga,
Instalação atua como dispositivo de fixação do
prisioneiro.
Depois que o tipo correto e o diâmetro da luva
C. Um receptáculo
forem selecionados, a ferramenta 6501 deve ser usada
para cortar o excesso de luva no final da instalação; a Dzus são travados e destravados com chave de
luva pode ser instalada com ou sem selante, se usado fenda comum ou chave especial Dzus.
o selante deve ser o MIL – S – 8802A1/2. Reinstale o
prendedor (parafuso, rebite, etc.) na medida original e
aplique o torque previsto.

Figura 6-0-7 Prendedores Dzus

Prendedores camloc
Figura 6-0-6 - Instalação de luvas acres
O prendedor camloc é usado para:

6-13
 Prender coberturas e carenagens
da aeronave

Consiste de três partes:

 Conjunto prisioneiro
 Ilhós
 Receptáculo (dois tipos são forneci-
dos: rígido e flutuante)

Um quarto de volta trava o prendedor que só é


destravado quando girado em sentido anti-horário.

Figura 6-0-9 Prendedores Airloc

CABOS DE COMANDO

São os meios mais utilizados para o aciona-


mento das superfícies de controle de voo, cabos tam-
bém são utilizados nos controles de motores, sistemas
de extensão, emergência do trem de pouso e vários ou-
tros sistemas.
Um cabo de comando tem alta eficiência e
pode ser acionado sem folga, tornando-o de muita pre-
cisão nos controles. É vantajoso por ser forte, leve e
Figura 6-0-8 Prendedor Camloc flexível.
Os cabos possuem algumas desvantagens:
Prendedores airloc
 A tensão deve ser ajustada frequen-
Esses prendedores consistem de três partes: temente com o esforço e as varia-
ções de temperatura.
A. Prisioneiro – feito de aço cimentado
para evitar desgaste e feitos em três ti- Cabos de controle de aço são fabricados em:
pos de cabeça: lisa, oval e borboleta.
B. Pino – feito de aço cormo vanádio  Aço carbono ou aço inoxidável
com tratamento térmico, nunca de-
vem ser usados mais de uma vez. Construção de cabos
C. Receptáculo – feitos de aço de alto
índice de carbono, os tamanhos são O componente básico do cabo é o arame, o di-
classificados em números e são fabri- âmetro do arame determina o diâmetro total do cabo,
cados em dois tipos: rígidos e flutuan- As designações de um cabo são baseadas no
tes. número de pernas do cabo e no número de fio em cada
perna.
Os cabos mais comuns são os:

 7x7 – consiste de sete pernas de sete


fios cada uma, usado para comando
de compensadores, controle dos mo-
tores e comando dos sistemas de indi-
cação.
 7x19 – consiste de sete pernas de 19
fios cada uma, usado em sistemas pri-
mários de comando, e em locais

6-14
aonde a ação sobre roldanas é fre- Após a introdução dos terminais na parte cen-
quente. tral, devem ficar expostos no máximo três fios de
rosca.
Cabos de comando variam em um diâmetro de Após a regulagem o esticador deve ser fre-
1/16 a 3/8 de polegada. nado.

Terminais de cabos CONEXÕES RIGIDAS DE CONTROLE

Os cabos são conectados através de terminais, São tubos utilizados como ligação em vários
sendo os mais comuns: sistemas operados mecanicamente.
Este tipo de ligação elimina o problema da
A. Prensado tensão e permite a transferência de compressão e tra-
B. Sapatilha “bushing e schakle” – ção por meio de um simples tubo.
usados para substituir outros termi- Um conjunto de conexão rígida consiste de:
nais quando em falta.
C. Terminal em esfera – usado para co-  Tubo de liga de alumínio ou aço
nectar cabos em quadrantes e liga- com um terminal ajustável e uma
ções especiais aonde o espaço é limi- contra porca em cada extremidade.
tado
D. Garfo – usado para conectar o cabo a PINOS
um esticador, articulação ou outra li-
gação do sistema. Os três pinos mais usados em estruturas são:
E. Rosqueado – usado para conectar o
cabo a um esticador, articulação ou  Pino cônico
outra ligação do sistema.  Pino de cabeça chata
F. Olhal – usado para conectar o cabo a  Contra pino
um esticador, articulação ou outra li-
gação do sistema. Pinos são usados em aplicações cisalháveis e
por segurança

Pino cônico

Liso ou com rosca, é usado em juntas que so-


frem cargas de cisalhamento e quando a ausência de
folga é essencial.

Pino de cabeça chata

Chamado de pino Clévis, é usado em termi-


nais de tirantes e controles secundários, os quais não
estejam sujeitos a continuas operações.

Contra pino

São usados na frenagem de parafusos, porcas,


Figura 6-0-10 Tipos de terminais de cabos de comando outros pinos e em várias aplicações quando a segu-
rança se faz necessária.
Esticadores O AN381 é um contra pino de aço resistente a
corrosão e é usado em locais aonde é requerido mate-
rial não magnético ou aonde a resistência à corrosão é
necessária.

Rollpins

Figura 6-0-11 Conjunto típico de esticador Pino colocado sob pressão e com as pontas
chanfradas, a pressão exercida pelo pino nas paredes
Um dos terminais possui rosca esquerda e o do orifício o mantem fixo.
outro possui rosca direita, sendo ambas internas.

6-15
METODOS DE SEGURANÇA

São processos empregados em parafusos, por-


cas, pinos e outros elementos de fixação que não po-
dem trabalhar frouxos devido à vibração.
Os métodos de segurança mais utilizados são:

 Arame de freno
 Contra pinos
 Arruelas freno
 Contra porca
Figura 6-0-13 Frenagem com arame de bujões, drenos e vál-
Frenagem com arame vulas.

É o mais positivo e satisfatório meio de segu- Conectores elétricos


rança para dispositivos que não podem ser frenados
por outros métodos mais prático. A frenagem deve ser a mais curta possível e a
tensão do arame deverá atuar no sentido do aperto de
Porcas e parafusos porca no plugue.

Podem ser frenados com arame simples ou du-


plo torcido, o fio duplo torcido é o método mais usado
em frenagem com arame.
O fio simples de arame é usado em pequenos
parafusos ou em espaços reduzidos e próximos geo-
metricamente.
A frenagem em série é mais segura que a fre-
nagem individual, o número de itens máximos em sé-
rie é medido pelo espaço de 24 polegadas de arame.

Figura 6-0-14 Frenagem de plugues conectores

Esticadores

Existem dois métodos de frenagem para esti-


cadores:

Figura 6-0-12 Método de frenagem com arame  Clip de travamento (mais recente)
 Arame de freno (mais antigo)
Bujões de óleo, torneira dreno e válvulas.
Regras gerais para frenagem com arame
Estas unidades são frenadas como mostrado
na figura 14. As seguintes regras devem ser seguidas du-
rante a frenagem:

1. A frenagem deve terminar com uma


ponta de arame torcido de ¼ a ½ da
polegada.
2. Todas as frenagens de arame devem
ser apertadas após serem efetuadas,
mas nunca excessivamente.
3. A tensão exercida pelo arame deve ser
no sentido de aperto da porca

Frenagem com contra pino

6-16
Porcas castelo são usadas com parafusos que  Tipo especial – usado em locais que
devem ter orifício para contra pino. não permitem o uso da barra encontra-
As regras para a frenagem com contra pino são dora.
as seguintes:
Rebites sólidos
1. A ponta que circunda a parte final do
parafuso deve ser cortada se ultra- Geralmente usados em reparos, identificados
passá-la pela espécie de material da fabricação, tipo de cabeça,
2. A ponta dobrada para baixo não deve tamanho da espiga e condições de tempera.
atingir a arruela As cabeças são designadas como:
3. As pernas do contra pino devem ser
dobradas em ângulo razoável  Universal
 Redonda
Anel de pressão  Chata
 Escareada
Anel de metal de seção circular ou chata, e  Lentilha (brazier)
temperado para ter ação de mola que o mantem firme-
mente assentado a ranhura. O material usado na maioria dos rebites sóli-
Os do tipo externo contornam a parte externa dos é feita de liga de alumínio.
de eixos e cilindros assentados em ranhuras, os do tipo O rebite de campo (Field rivet, 2117T) é usado
interno são fixados em ranhuras na parte interna de ci- na rebitagem de estruturas de alumínio.
lindros. Rebites 2017T e 2024T são usados quando é
Os internos nunca são frenados e os externos requerida maior resistência.
podem ser frenados. O rebite 5056 é usado para rebitar estruturas
de liga de magnésio.
REBITES Rebites de aço macio são usados para rebitar
peças de aço.
Vários métodos são usados para manter partes
Rebites de aço resistente à corrosão são usa-
de metal unidas:
dos para rebitar paredes de fogo, braçadeiras de esca-
pamento e estruturas semelhantes.
 Rebites Rebites de Monel são usados para rebitar aço-
 Parafusos níquel.
 Solda
 Solda forte Identificação

A rebitagem é mais satisfatória no ponto de Marcações são feitas na cabeça do rebite para
vista de acabamento e firmeza, além de ser mais facil- classificar suas características. Essas marcações po-
mente feita que a solda; a rebitagem é o método mais dem ser:
usado na junção e união das ligas de alumínio, na cons-
trução e no reparo de aeronaves.  Um ponto em relevo
O rebite é:  Dois pontos em relevo
 Um ponto em depressão
 Um pino metálico usado para man-  Par de traços em relevo
tes duas ou mais peças de metal uni-  Cruz em relevo
das.
 Triangulo ou traço em relevo
Sua cabeça é formada em uma das pontas du- Rebites de cabeça redonda são usados no inte-
rante a fabricação, a segunda cabeça pode ser formada
rior da aeronave; rebites de cabeça chata são usados no
manualmente ou por meio de equipamento pneumá-
interior da aeronave quando o máximo de resistência é
tico e é conhecida como “cabeça de oficina” ou "con-
necessária. O rebite de cabeça de lentilha é frequente-
tra cabeça” cuja função é a mesma de uma porca ou
mente usado na rebitagem de revestimento externo; o
um parafuso. rebite de cabeça universal é uma combinação do de ca-
Rebites também são usados para unir seções
beça redonda, chata e lentilha e é usado na construção
de nervuras, manter cantoneiras no lugar, prender ti-
e reparo tanto no exterior quanto no interior da aero-
rantes, conexões e inúmeras partes unidas.
nave.
Os dois tipos principais de rebites, são:
O rebite de cabeça escareada quando introdu-
zido em um orifício chanfrado ou escareado sua ca-
 Rebite sólido – é rebatido usando
uma barra encontradora.
6-17
beça fica nivelada com a superfície, o ângulo de ca- Rebites cegos Pull-Thru são fabricados em
beça mais usado é o de 100°, rebites de cabeça chan- duas partes:
frada são usados nas superfícies externas da aeronave
por oferecerem pouca resistência ao deslocamento do  Rebite com cabeça, corpo oco (ou
ar, diminuindo também a turbulência. luva)
Os números mais comuns e os tipos de cabeça  Haste
que representam, são:
São fabricados em dois tipos de cabeça:

 Cabeça redonda ou universal


 Cabeça escareada a 100°

Rebites Cherry-Lock com bulbo


Um exemplo de identificação de um rebite é:
A palavra bulbo na terminologia se deve a sua
grande e cega cabeça, tem comprovada resistência a
fadiga o que o torna o único rebite intercambiável com
os rebites sólidos.

Rebites Cherry-Lock wiredraw

Este prendedor é especialmente escolhido


para aplicações de selagem e funções que requerem
uma excessiva quantidade de chapas.
REBITES ESPECIAIS
Rebites travados mecanicamente
Auto cravação
Possuem todas as características de um rebite
Os rebites cegos de auto cravação (travados solido e na maioria dos casos são intercambiáveis.
por atrito) são fabricados em duas partes: São fabricados em duas seções:

 Cabeça; corpo oco (ou luva)  Corpo com cabeça


 Haste  Haste serrilhada

São fabricados em dois tipos de cabeça: Rebites de auto cravação travados mecanica-
mente são fabricados com luvas de liga de alumínio
 Cabeça redonda 2017 e 5056, monel ou aço inoxidável.
 Cabeça escareada a 100° A instalação desse rebite é recomendada em
áreas sujeitas a considerável vibração.
Os fatores a serem considerados na seleção
correta dos rebites para instalação, são: Diâmetros

1. Localização da instalação Os diâmetros do corpo do rebite são medidos


2. Composição do material a ser rebi- em incrementos de 1/32 de polegada, sendo indicados
tado pelo primeiro número.
3. Espessura do material a ser rebitado
4. Resistência desejada Espessura do material

Rebites de aço são usados para rebitar conjun- A espessura do material a ser rebitado é me-
tos de aço, rebites de liga de alumínio 5056 são usados dida em 1/16 de polegada, identificada pelo segundo
quando o material for magnésio, rebites de liga de alu- número após o traço.
mínio 2117 são usados na maior parte das ligas de alu-
mínio. Porca – rebite (Rivnut)
O corpo do rebite deve se estender 3/64 a 1/8
de polegada além da espessura do material. Usada principalmente como porca fixa, na fi-
xação do revestimento de borracha do sistema de de-
Rebites Pull-Thru gelo do bordo de ataque, pode ser usada como rebite
em estruturas secundarias, fixação de acessórios e
como braçadeiras.
6-18
As porcas rebites com chaveta são usadas  Buna – N – boa resistência em altas
como porca fixa, e as sem chaveta são usadas em re- temperaturas, usada para tubulações
paros como sequência de rebites cegos. de óleo e gasolina, forro de tanques,
gaxetas e selos.
Rebites Dill
AMORTECEDORES DE ELASTICO
São usados na fixação cega de acessórios
(como carenagens, coberturas de porta de acesso, mol- São amortecedores feitos de borracha natural
duras de janelas e portas, etc.) encaixados em uma capa de algodão tratado para re-
sistir a oxidação e desgaste.
Rebites Deutsch
VEDADORES (SEALS)
Rebite cego de alta resistência usado em aero-
naves antigas. São usados para evitar a passagem de líquidos
em determinados pontos, também são usados para
Rebite Hi-Shear manter o ar e a poeira fora do sistema.
Os vedadores então divididos em três classes:
Possui a mesma resistência ao cisalhamento
de um parafuso de igual diâmetro e possui apenas 40% 1. Gaxetas
do peso. São três vezes mais resistentes que os rebites 2. Juntas de vedação
solido. São usados somente em aplicações de cisalha- 3. Limpadores
mento.
Gaxetas (packings)
PLASTICOS
Feitas de borracha sintética ou natural e usa-
São classificados de acordo com sua reação ao das como vedadores dinâmicos (unidades que conte-
calor: nham partes móveis como cilindros e etc.).
Gaxetas são feitas em formato de anel com a
 Termoplásticos (thermoplastic) seção em O (O-rings), em V (V-rings), em U (U-
 Termo endurecidos (termo-setting) rings).

Plástico reforçado

É um material termo endurecido, usado na


construção de radomes, acabamento de antenas e de
ponta de asa; e como isolante de peças do equipamento
elétrico e células de combustível.

BORRACHA

Borracha natural

De aplicação limitada em aeronaves devido a


sua pouca resistência.
Figura 6-15 Anéis de vedação
Borracha sintética

Os tipos mais amplamente usados são: Gaxetas de seção circular (O-Rings)

São usados para evitar tanto vazamento inter-


 Butyl – usada com fluidos hidráulicos
nos quanto externos, veda efetivamente em ambas as
com o skydrol, fluidos de silicone, ga-
direções e é o tipo usado com mais frequência.
ses e acetonas
 Buna –S – normalmente usada para Anéis auxiliares de impacto (Backup rings)
pneus e câmaras de ar em substituição
a borracha natural Não deterioram com a idade, não são afetados
 Neopreno – usada em vedação de ja- por qualquer sistema de liquido ou vapor e toleram al-
nelas, batentes de borracha, tubula- tas temperaturas.
ções de óleo e diafragma de carbura-
dores Anéis de vedação com seção em V
6-19
Devem ser instalado com adaptadores macho FORMAS DE CORROSÃO
e fêmea para serem mantidos na posição correta depois
da instalação. Corrosão superficial

Anéis de vedação com seção em U Aparece como rugosidade generalizada, uma


mancha, ou cavidades minúsculas na superfície do me-
São usada em conjunto de freios e nos cilin- tal, acompanhada de resíduos dos produtos da corro-
dros mestres de freios. são.
Só vedam a pressão em uma direção.
Corrosão entre metais diferentes
JUNTAS DE VEDAÇÃO (GASKETS)
Dano extensivo com formação de cavidades
São usadas como selos elásticos entre duas su- minúsculas pode resultar do contato entre metais dife-
perfícies planas. rentes na presença de um condutor.

LIMPADORES (WIPERS) Corrosão Inter granular

Usados para limpar e lubrificar a porção ex- É um ataque em torno dos grãos de uma liga e
posta dos eixos de cilindros; evitam a entrada de poeira resulta na perda da uniformidade na estrutura da liga.
no sistema e auxiliam na proteção do eixo do cilindro
de atuação. Podem ser feitos no tipo metálico ou de Corrosão sob tensão fraturante (stress)
feltro.
Ocorre como resultado do efeito combinado
CONTROLE DA CORROSÃO de cargas de tensão residual e meio ambiente corro-
sivo.
A corrosão do metal é:
Corrosão por atrito (FRETTING)
 A deterioração pelo ataque químico
ou eletroquímico e pode ter lugar Ocorre quando duas superfícies estão em con-
tanto internamente quanto na su- tato havendo pressão entre as duas que as tornem su-
perfície. jeitas a algum movimento relativo, é caracterizada
pela rugosidade das superfícies e pelo acumulo de li-
Tipos de corrosão malha fria.

Existem duas classificações para a corrosão: FATORES QUE AFETAM A CORROSÃO

1. Ataque químico direto Clima


2. Ataque eletroquímico
Um ar carregado de umidade é considerável
A corrosão envolve dois processos; o metal mais danoso para uma aeronave do que se todas as
que é atacado sofre anodização e o agente corrosivo operações fossem conduzidas em clima seco.
sofre uma redução sofrendo transformação catódica.
Tamanho e tipo de metal
Ataque químico direto
Seções estruturais com paredes grossas são
Chamado de corrosão química pura é causado mais suscetíveis ao ataque corrosivo que as paredes fi-
pela exposição direta de uma superfície a um liquido nas, porque as variações nas características físicas são
ou agente gasoso. A ação direta difere o ataque quí- maiores.
mico do eletroquímico, pois no segundo as transfor-
mações ocorrem a distância. Presença de material estranho

Ataque eletroquímico Materiais que se aderem à superfície da aero-


nave dão início e prosseguimento ao ataque corrosivo,
Pode ser considerado similar a ação de galva- é importante que a aeronave seja mantida limpa.
noplastia.
A reação deste ataque corrosivo requer um in- AREAS PROPENSAS A CORROSÃO
termediário, geralmente a agua, que é capaz de condu-
zir uma fraca corrente elétrica. Áreas posteriores aos dutos de escapamento.
Compartimento das baterias e orifícios de ven-
tilação da bateria.
6-20
Partes inferiores, que se tornam depósitos na-  Elasticidade: é a propriedade que
turais de óleos, agua e sujeira. permite ao metal voltar ao seu estado
Alojamento do trem de pouso e das rodas. original, assim que a força deformante
Áreas de acumulação de agua. é removida
Área frontal dos motores e tomadas de ar de  Resistência: um metal com resistên-
ventilação. cia se opõe ao corte e a ruptura, além
Alojamento dos flaps de asa e “spoilers”. de poder ser esticado e deformado
Áreas do revestimento externo. sem romper-se.
Além dessas áreas as cabeças dos rotores de  Densidade: é a massa por unidade de
helicópteros e suas caixas de redução, também são volume de um dado material.
áreas propensas a corrosão.  Fusibilidade: é a capacidade do me-
tal de tornar-se liquido quando sub-
REMOÇÃO DA CORROSÃO metido ao calor.
 Condutividade: é a propriedade que
Qualquer tratamento completo de corrosão en- permite ao metal conduzir eletrici-
volve o seguinte: dade ou calor.
 Contração e expansão: são as rea-
 Exposição e limpeza da área corro- ções produzidas nos metais como re-
ída sultado de aquecimento ou resfria-
 Remoção da maior parte possível mento.
dos resíduos da corrosão
 Neutralização de material de lim- Fatores de seleção
peza residual em orifícios e frestas
 Restauração do revestimento de Há cinco esforços básicos em aeronaves que
proteção das superfícies os metais devem ser capazes de atender:
 Aplicação de revestimentos, tempo-
rários ou definitivos, ou de pintura  Tração: é a resistência a força que
de acabamento. tende a separar o metal.
 Compressão: resistência a força de
CORROSÃO DE METAIS FERROSOS esmagamento, contraria em sentido a
força de tração
A corrosão por oxido de ferro é um dos tipos  Cisalhamento: é a ação de duas for-
mais familiares de corrosão, geralmente é resultado da ças paralelas muito próximas e em
oxidação atmosférica das superfícies de aço. sentidos opostos.
 Flexão: é a resistência a deflexão
ESTRUTURA DOS METAIS
(curvatura) do metal.
 Torção: deflexão devido a atuação de
Propriedade dos metais
um binário.
Os metais e suas ligas possuem propriedades
gerais como:

 Dureza: refere-se a capacidade de um


metal de resistir a abrasão, penetração
corte e distorção permanente
 Fragilidade: é a propriedade que im-
pede os metais de flexionar ou defor-
mar sem que estilhacem, um metal
frágil quebra ou trinca sem mudar a
sua forma.
 Maleabilidade: um metal que pode
ser laminado, martelado, prensado de
várias maneiras sem que trinque ou
quebre é considerado um metal ma-
leável.
 Ductibilidade: é a propriedade que
permite ao metal ser esticado, flexio-
nado ou torcido, sem quebrar

6-21
CAPÍTULO 8

ELETRICIDADE BÁSICA

MATÉRIA  Estática (significa estacionaria ou


em repouso e se refere à deficiência
Existem três estados da matéria: de elétrons)
 Dinâmica
 Sólido
 Liquido A eletricidade estática tem pouca utilidade
 Gasoso pratica e causa problemas; é difícil de controlar e des-
carrega rapidamente.
A menor partícula da matéria que ainda possui Ao contrário, a corrente elétrica (ou dinâmica)
a identidade da matéria é a: é gerada e controlada facilmente.
A teoria dos elétrons ajuda a explicar a eletri-
 Molécula cidade estática:

O átomo  Os elétrons possuem cargas iguais e


por isso repelem-se entre si, o
É a parte constitutiva básica de toda matéria, é mesmo ocorre com os prótons, elé-
a menor partícula possível em que um elemento pode trons e prótons possuem cargas di-
ser dividido conservando ainda suas propriedades quí- ferentes e por isso se atraem, logo,
micas. temos a lei fundamental da eletrici-
Um átomo consiste de: dade, cargas iguais se repelem e
cargas diferentes se atraem.
 Um ou mais elétrons (que possuem
carga negativa e não podem ser di- Produção de eletricidade estática
vididos) orbitando em camadas em
torno do centro de um núcleo. Pode ser produzida por:

O núcleo do átomo é formado por:  Contato


 Fricção
 Prótons (possuem carga positiva)  Indução
 Nêutrons (possuem carga neutra)
Alguns materiais que produzem eletricidade
Quando as cargas de elétrons se equivalem às estática facilmente são:
cargas de prótons o átomo é neutro, se a carga de elé-
trons é maior que a de prótons o átomo é um íon nega-  Flanela
tivo, se o inverso ocorre o átomo é um íon positivo.  Seda
 Rayon (seda artificial)
Transferência de elétrons  Âmbar
 Borracha rígida
Todos os átomos procuram tornarem-se áto-
 Vidro
mos neutros, dessa forma os de carga maior negativa
trocam elétrons com átomos que possuem carga maior
Quando dois materiais são friccionados entre
positiva buscando tornarem-se neutros; isso acontece
si algumas órbitas de elétrons dos átomos de cada ma-
porque os elétrons das últimas camadas chamados de
terial podem se cruzar, ocasionando transferência de
elétrons livres conseguem ficar livres com facilidade
elétrons, a transferência de elétrons se dá nas camadas
da atração positiva dos prótons no núcleo formando
externas dos átomos e são chamados de elétrons livres.
um fluxo de elétrons entre átomos. Constituindo assim
uma corrente elétrica.
Campo eletrostático
ELETRICIDADE ESTATICA É um campo de força em torno de um corpo
carregado, também chamado de dielétrico e é repre-
A eletricidade é normalmente definida como
sentado por linhas estendendo-se em todas as direções
sendo:
a partir do corpo carregado até onde houver uma carga
oposta e com a mesma intensidade.

8-1
um condutor, por exemplo, se um ponto possui poten-
cial de 48 volts e o outro ponto conectado ao condutor
possui potencial de 24 volts, a diferença de potencial
entre os dois pontos é de 24 volts.

Fluxo de corrente

A corrente elétrica é formada por elétrons em


movimento.
Essa corrente é normalmente referida como
8-2 Campo em torno de dois corpos “corrente” ou “fluxo de corrente” não importando a
carregados positivamente quantidade de elétrons em deslocamento, quando o
fluxo ocorre somente em uma direção ele é chamado
de corrente continua; é importante saber a quantidade
de elétrons fluindo por um circuito em determinado
tempo, a carga acumulada de 6,28 bilhões de bilhões
de elétrons é chamada de:

 Um Coulomb

Quando essa esta quantidade de elétrons fluis através


de um determinado ponto do circuito é dito que um
8-2 Direção de um campo elétrico em
torno de cargas positivas e negativas
ampere de corrente passa por ele; o fluxo de elétrons é
medido em amperes através de um instrumento cha-
Os efeitos da eletricidade estática devem ser mado amperímetro.
considerados na aviação, a interferência estática nos
sistemas de comunicação e a carga estática criada pelo RESISTÊNCIA
movimento da aeronave na massa de ar são exemplos
de problemas ocasionados pela eletricidade estática. É a propriedade que um condutor de eletrici-
Peças da aeronave precisam ser unidas ou li- dade possui de restringir o fluxo da corrente elétrica e
gadas entre si para prover um caminho de baixa resis- é necessária pressão elétrica para superar essa resistên-
tência para a descarga estática e o equipamento de rá- cia.
dio deve ser blindado. Condutor é uma palavra que normalmente re-
fere-se a materiais que oferecem baixa resistência ao
FORÇA ELETROMOTRIZ fluxo de corrente.
Semicondutores são materiais que oferecem
O fluxo de elétrons de um ponto negativo para alguma resistência para o fluxo de corrente, intercala-
um ponto positivo é chamado de corrente elétrica, essa dos com os melhores condutores e os piores (isolado-
corrente flui por causa de uma diferença na pressão res), eles são mais bem aplicados no campo dos tran-
elétrica entre dois pontos. Se um excesso de elétrons sistores.
ocorre no final de um condutor e uma deficiência de Os melhores condutores são materiais que
elétrons no outro final ocorre um campo eletrostático possuem uma grande quantidade de elétrons livres, ao
entre as duas cargas; os elétrons são repelidos do ponto contrário os melhores isoladores são materiais que
com excesso de carga e são atraídos pelo ponto com possuem pouca quantidade de elétrons livres.
deficiência de carga. Os melhores condutores são:
A força que provoca esse movimento é a dife-
rença potencial em entrega elétrica entre dois pontos.  Prata
A força eletromotriz (ou fem.) provoca uma  Cobre
corrente de elétrons em um caminho ou circuito elé-  Ouro
trico. A unidade de medida da fem. ou diferença po-  Alumínio
tencial é o VOLT e o símbolo para a fem. é a letra
maiúscula E. Materiais não metálicos como o carbono e a
Como a diferença de potencial é medida em agua também podem ser usados como condutores.
volts a palavra “voltagem” também pode ser usada pra Materiais normalmente usados como isolado-
nomear a diferença de potencial, assim, é correto dizer res (por serem mus condutores):
que a voltagem da bateria de certa aeronave é 24 volts,
ou seja, uma maneira de indicar que diferença poten-  Borracha
cial de 24 volts existe entre dois pontos conectados por  Vidro
 Cerâmica
8-2
através da resistência retornando
A resistência de um condutor e a voltagem para o lado positivo).
aplicada a ele determina a quantidade de amperes (cor-
rente) fluindo através desse condutor. Assim um Ohm
de resistência limitara o fluxo de corrente a um ampere
num condutor ao qual seja aplicada a voltagem de um
volt.

Fatores que afetam a resistência

Quatro fatores afetam a resistência de um con-


dutor:

1. Tipo do material – o cobre é o me-


lhor material condutor disponível, o
mesmo diâmetro de cobre oferece me-
nos resistência que o mesmo diâmetro 8-3 Circuito elétrico simples
de alumínio.
2. Comprimento do condutor – quanto Sem qualquer resistência no circuito à dife-
mais comprido maior a sua resistência rença de potencial seria neutralizada ou o fluxo de elé-
3. Área de seção transversal – se área trons tornar-se-ia tão violento que o condutor ficaria
da seção transversal é dobrada sua re- superaquecido e se queimaria.
sistência ao fluxo de corrente é redu-
zida à metade, isso implica no au- Fonte de força
mento da área em que um elétron pode
Muitas fontes comuns são usadas como fonte
se deslocar, desse modo, a resistência
de força ou força aplicada para um circuito:
varia inversamente em relação à área
da seção transversal de um condutor.
Os diâmetros dos fios se tornam me-  Fonte mecânica – Gerador
nores quando os números da espes-  Fonte química – Bateria
sura aumentam.  Fonte fotoelétrica – Luz
4. Temperatura – a maior parte dos  Fonte térmica – Calor
condutores tem sua resistência au-
mentada conforme aumenta a tempe- Existem diversos símbolos para representar as
ratura; o constantam e o manganin diversas fontes de força:
mudam muito pouco a sua resistência
com as mudanças de temperatura e o
carbono tem sua resistência diminuída
quando é elevada a temperatura.

O diâmetro dos fios é medido em MIL e o


comprimento dos fios é medido em PÉ, os fios são fa-
bricados de acordo com uma tabela conhecida como:
“American Wire Gage” (AWG).
8-4 Símbolos para um gerador CC
COMPONENTES E SIMBOLOS DE CIRCUITO
BÁSICO

Um circuito elétrico consiste de:

 Uma fonte de pressão elétrica 8-5 Símbolos para baterias de uma e três células
(F.E.M.)
 Resistencia na forma de um dispo- Quanto aos símbolos para baterias pode-se di-
sitivo de consumo elétrico zer:
 Condutores, normalmente fios de
cobre ou alumínio (representam o 1. A linha vertical mais curta representa
caminho para o fluxo de elétrons do o terminal negativo
lado negativo da fonte de força 2. A linha vertical mais longa é o termi-
nal positivo
8-3
3. As linhas horizontais representam
condutores conectados aos terminais
4. Cada célula de uma bateria possui um
terminal negativo e um positivo

8-6 Símbolo esquemático de uma pilha seca

Pilhas secas são chamadas de pilhas primárias, 8-9 Arranjo série-paralelo


baterias de acumuladores maiores contendo várias pi-
lhas primárias são chamadas de pilhas secundarias. A Quando há necessidade de mais de 1,5V são
bola central é o terminal positivo e o círculo que a en- conectadas células em série, ou seja, o terminal nega-
volve é o terminal negativo. tivo de cada uma é ligado ao positivo da célula se-
guinte, a voltagem fica então igual à soma das volta-
gens de cada uma das células. Como a mesma corrente
flui através das sucessivas células a corrente que a ba-
teria pode suprir é igual à capacidade de corrente de
uma única célula, assim, uma bateria composta por cé-
lulas em série proporciona uma voltagem maior, mas
não uma capacidade maior de corrente.
Para obter um maior fluxo de corrente do que
uma única célula pode produzir, as células são ligadas
em paralelo. Assim, a corrente total disponível é igual
à soma das correntes individuais de cada célula, entre-
tanto a voltagem é a mesma de uma única célula. Para
ligar as células em paralelo todos os terminais positi-
vos são conectados ente si, o mesmo acontecendo com
8-7 Diagrama esquemático e símbolos de pilhas conectadas todos os terminais negativos.
em série Outro modo de combinar células é conecta-las
em série – paralelo, dessa maneira dois grupos de cé-
lulas em série são conectados em paralelo; essa arru-
mação fornece maior voltagem bem como maior saída
de corrente.

Condutor

Um condutor é um fio ligando os diversos


componentes elétricos. É representado nos diagramas
como uma linha.

8-8 Pilhas conectadas em paralelo

8-10 Cruzamento de fios não conectados

8-11Cruzamento de fios conectados

8-4
Resistores
Outro componente encontrado em circuitos
práticos é o fusível, ele é uma segurança ou dispositivo A resistência em um circuito aparece sob a
de proteção usado para prevenir danos aos condutores forma de qualquer dispositivo elétrico como um motor
e componentes do circuito, sob fluxo excessivo de cor- ou uma lâmpada que utiliza energia elétrica e tenha al-
rente. guma função utilitária, por outro lado a resistência de
um circuito pode surgir na forma de resistores cuja fi-
nalidade é limitar o fluxo de corrente.
Existe uma grande variedade de resistores, al-
guns de valor fixo em OHMS e outros têm valor vari-
ável, são fabricados com:
8-12 Símbolo esquemático do fusível
 Fios especiais
Outro símbolo representa uma chave (inter-  Grafite
ruptor), em “A” a chave está aberta, em “B” a chave  Carvão
está fechada.  Membrana metálica

Resistores revestidos de fios controlam cor-


rentes elevadas, resistores de carvão controlam corren-
tes relativamente pequenas.
Resistores revestidos de fio:

 São fabricados com fio de resistên-


cia enrolado em base de porcelana,
com as extremidades dos fios fixas
em terminais metálicos, cobrindo a
resistência com material protetor
que permita dissipação do calor,
8-13 Interruptores abertos e fechados existem resistores de tomadas fixas
ou com cursores que podem modifi-
O símbolo para terra (massa) ou ponto de re- car o valor de ohms em uma fração
ferência comum em um circuito, representa o ponto de da resistência total.
referência do qual a maior parte das voltagens são me-  Existem resistores revestidos com
didas. fio de alta precisão feito com fio de
manganin para valores precisos de
resistência

Resistores de carbono:

8-14 Ponto de referência de massa, terra ou comum.  São fabricados de uma haste de gra-
fite comprido, material aglutinante
e com um terminal de fio chamado
Medidores de fluxo de corrente ou de volta- “pig tail.” fixado em cada extremi-
gem podem ser temporariamente ou permanentemente dade do resistor.
conectados ao circuito, e é importante que eles sejam
corretamente conectados. Resistores variáveis são usados para variar a
O amperímetro que mede o fluxo de corrente resistência enquanto o equipamento está em operação,
em relação à fonte de força e as resistências é sempre resistores variáveis revestidos de fio ou de fio enrolado
ligado em: controlam altas correntes enquanto resistores variáveis
de carbono controlam pequenas correntes.
 Série Em resistores variáveis um contato sobre um
braço móvel varia a resistência conforme o eixo do
O voltímetro que mede a voltagem através de braço é girado.
um componente do circuito é sempre ligado em:

 Paralelo

8-5
O código de cores é constituído de:

 Um grupo de cores
 Um grupo de números
 Um grupo de valores de tolerância
8-15 Símbolos para resistores variáveis
Quando é utilizado o sistema end.-to-center-
Na figura B abaixo é mostrado um resistor band o resistor será marcado através de três ou quatro
que tem valor fixo, mas é provido de tomadas através faixas, a primeira faixa (mais próxima da extremidade
das quais valores selecionados de resistência podem do resistor) de cor indica:
ser obtidos.
 O primeiro dígito no valor numé-
rico da resistência, esta faixa ja-
mais será da cor dourada ou prate-
ada.

A segunda faixa de cor indica:


8-16 Símbolos para resistores fixos
 O segundo dígito do valor ôhmico e
Código de cores de resistores nunca será dourada ou prateada.
O valor resistivo de qualquer resistor pode ser A terceira faixa de cor indica:
lido com o ohmímetro, porém, a maioria dos resistores
de fio enrolado tem seu valor de resistência impresso
 O número de zeros a serem adicio-
no corpo do resistor, muitos resistores de carvão tam-
nados ao primeiro e segundo dígi-
bém têm.
tos, exceto nos seguintes casos:
Existem dois sistemas ou métodos para pintar
o código de cores em resistores:

 Sistema extremidade para o centro


(end. – to – Center – band)
 Extremidade e ponto (body – end. –
dot)

Em cada sistema, três cores são usadas para


indicar o valor da resistência em ohms, uma quarta cor
pode ser usada para indicar a tolerância (um resistor
codificado para tolerância de 5% não pode ser maior 8-18 Marcação da ponta para o centro
ou menor que 5% do valor indicado pelo código de
cores) do resistor; através da leitura das cores na or-
dem correta e substituindo-as por algarismos é possí-
vel determinar o valor do resistor.

8-19 Marcação "ponto e cor na ponta"

8-17 Código de cores de resistores


8-20 Exemplo de código de cores de resistor

8-6
Se houver uma quarta faixa colorida ela é uti-
lizada como um multiplicador do percentual de tole-
rância, se houver a quarta faixa a tolerância fica sendo
entendida como sendo de 20%.
Quando a terceira faixa é dourada ela indica
que os dois primeiros dígitos tem que ser multiplica-
dos por 10%, quando a terceira faixa é prateada os dois
primeiros dígitos devem ser multiplicados por 1%.

Sistema “body – end. – dot”

Hoje esse sistema é raramente utilizado, a lo-


calização das cores tem o seguinte significado:

 Cor do corpo – 1º dígito do valor ôh-


mico
 Cor da extremidade – 2º dígito do 8-21 Equações para a Lei de Ohm
valor ôhmico
 Cor do ponto – nº de zeros a adicio- Potência elétrica
nar
A unidade usada para medir potência em cir-
Se apenas uma das extremidades é colorida à cuitos de corrente continua é o watt.
tolerância será de 20%, cor dourada representa 5% e Potência é definida como a razão em que um
cor prateada representa 10%, a extremidade oposta do trabalho é efetuado, e é igual ao produto da voltagem
resistor será colorida para indicar valores diferentes de e corrente em um circuito de corrente continua.
20%. Quando a corrente em amperes (I) é multipli-
cada pela fem. em volts (E), o resultado é a potência
LEI DE OHM medida em watts (P).
Isso indica que a potência atribuída a um cir-
Essa é a lei mais importante no estudo da ele- cuito varia diretamente com a voltagem aplicada e a
tricidade, ela explica o relacionamento entre voltagem, corrente fluindo no circuito.
corrente e resistência em um circuito elétrico; e se Essa relação expressa em uma equação ficaria
aplica a todos os circuitos de corrente continua (de assim:
forma modificada também se aplica aos circuitos de
corrente alternada). A lei de Ohm mostra que o fluxo 𝑷 = 𝑰. 𝑬
da corrente em um circuito elétrico é diretamente pro-
porcional a intensidade da voltagem aplicada ao cir- Essa equação pode ser transposta algebrica-
cuito, ou seja, o aumento da voltagem corresponde a mente para determinar qualquer dos três elementos no
um aumento na corrente e vice-versa. Essa relação é circuito.
verdadeira somente se a resistência no circuito perma- Para encontrar I:
nece constante, se a resistência muda a corrente tam-
bém muda. 𝑷
A lei de Ohm pode ser expressa através da se- 𝑰=
𝑬
guinte equação:
Para encontrar E:
𝑬
𝑰=
𝑹 𝑷
𝑬=
𝑰
Onde I é a corrente em amperes, E é a dife-
rença de potencial medida em volts (V) e R é resistên- Encontrar P sem conhecer o valor de I:
cia medida em ohms (Ω).
Conhecendo duas das três variáveis é possível 𝑬𝟐
através de transposição algébrica usar a mesma equa- 𝑷=
𝑹
ção para encontrar os valores de I, E, R.
As transposições na equação ficam conforme
a seguinte tabela abaixo:

8-7
𝑬𝟐
Essa equação, 𝑷 = ·, ilustra que a potência
𝑹
elétrica em watts, distribuída por um circuito varia di-
retamente com o quadrado da voltagem aplicada, e in-
versamente com a resistência do circuito.
Sabendo-se que um cavalo-vapor é necessário
para mover 33.000 libras, num espaço de um pé em
um minuto, conclui-se então que potência é a razão do
trabalho realizado, e é equivalente ao trabalho dividido
pelo tempo, daí a formula:

𝒍𝒊𝒃
𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎
𝒑é𝒔
𝑷=
𝟔𝟎𝒔
𝒍𝒊𝒃
𝒍𝒐𝒈𝒐, 𝑷 = 𝟓𝟓𝟎 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐
𝒑é𝒔
Figura 8-22 Resumo das equações básicas usando volts, am-
A potência elétrica que é perdida na forma de pères, ohms e watts.
calor quando a corrente flui através de algum disposi-
tivo elétrico é chamada de potência dissipada (per- CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA EM
dida). SÉRIE
Todos os condutores possuem alguma resis-
tência e por isso os circuitos elétricos são projetados Este é o mais elementar dos circuitos elétricos,
para reduzir essas perdas. todos os demais tipos de circuito são elaborações ou
A equação: combinações de circuito em série.

𝑷 = 𝑰𝟐 . 𝑹

Demonstra que a potência em watts de um cir-


cuito varia de acordo com o quadrado da corrente (I),
e diretamente com a resistência do circuito (Ω). A po-
tência distribuída por um circuito pode ser expressa
como uma junção de corrente e resistência, por trans- Figura 8-23 Circuito em série
posição da equação de potência, 𝑃 = 𝐼 2 ·. 𝑅, logo:
𝑷 O circuito da figura 23 é um circuito em série
𝑰𝟐 =
𝑹 simples, é um circuito, pois proporciona um caminho
completo para o fluxo do terminal negativo para o po-
E extraindo a raiz da equação temos: sitivo da bateria; é um circuito em série, pois existe um
único caminho para a corrente fluir e ela deve passar
𝑷 pelos componentes (bateria, resistor) um após o outro
𝑰=√ em “série”.
𝑹

Assim, a corrente relativa a 500 watts, com


carga (resistência) de 100 ohms é a seguinte:

𝑷 𝟓𝟎𝟎
𝑰=√ = = 𝟐, 𝟐𝟒 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔
𝑹 𝟏𝟎𝟎

Figura 8-24 Circuito DC em série

O circuito da figura 24 contém os componen-


tes básicos requeridos por qualquer circuito:

 Fonte de energia (bateria)


 Carga ou resistência limitadora de
corrente (resistor)
8-8
 Condutor (fio)

A maioria dos circuitos práticos contem ainda


dois outros itens:

 Dispositivo de controle (interrup-


tor)
 Dispositivo de segurança (fusível)

Num circuito de corrente contínua a corrente


Figura 8-26 Circuito em série com dois resistores
flui em uma direção, do terminal negativo da bateria
através do interruptor (que deve estar fechado), per-
correndo a resistência de carga e o fusível chegando à
Para determinar a quantidade do fluxo de cor-
bateria novamente através do terminal positivo.
rente no circuito na figura 26 é necessário saber o va-
lor da resistência, assim a segunda característica dos
circuitos em série é:

 A resistência total em um circuito


em série é a soma de cada uma das
resistências do circuito. A equação
é a seguinte:

𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐

Figura 8-25 Fluxo de corrente em um circuito em série


Na figura 26 temos:
Na figura 25 foram incluídos dois resistores e 𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 (𝟓Ω) + 𝑹𝟐 (𝟏𝟎Ω), 𝒐𝒖
três amperímetros para medição de corrente em pontos 𝑹𝒕 = 𝟓 + 𝟏𝟎 = 𝟏𝟓Ω
distintos.
Com o interruptor fechado para completar o Logo, a resistência total no circuito é de 15
circuito, todos os três amperímetros indicarão a ohms, não importa quantos resistores são adicionados
mesma intensidade de corrente; esta é uma importante ao circuito à resistência total ainda seria a soma de to-
característica dos circuitos em série: das as resistências separadas.
Existe também certa resistência interna na
 Não importando quantos compo- própria bateria, bem como no fusível e na chave (in-
nentes estão inclusos em um cir- terruptor), estes pequenos valores de resistência não
cuito em série, a corrente será a são considerados na determinação dos valores de fluxo
mesma em qualquer ponto do cir- de corrente num contínuo.
cuito. A fórmula da lei de Ohm para encontrar a cor-
rente é:
Na figura 25 a corrente através do resistor
𝑹𝟏 é chamada de 𝑰𝟏 e a corrente através do resistor 𝑹𝟐 𝑬
é chamada de 𝑰𝟐 , se a corrente total no circuito é 𝑰𝒕 a 𝑰=
𝑹
formula que demonstra o fluxo de corrente é:
Sendo a voltagem da bateria de 30 volts e a
𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 = 𝑰𝟐 resistência total do circuito de 15 ohms a equação fica:

Sem indicar a quantidade de corrente fluindo 𝟑𝟎𝑽


será sempre verdadeiro que a corrente através de qual- 𝑰= = 𝟐 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔
𝟏𝟓Ω
quer resistor será sempre a mesma que fluirá através
de qualquer dos outros resistores. O fluxo da corrente é de dois ampères e o valor
da corrente é o mesmo em toda parte do circuito.
Para avaliar o efeito da mudança da resistência
no fluxo de corrente quando a voltagem se mantem
constante a resistência é duplicada para 30 ohms; pode
ser visto que a corrente é reduzida pela metade quando
a resistência é dobrada, por outro lado, permanecendo
8-9
a voltagem constante e a resistência sendo reduzida à É importante distinguir “voltagem” de “queda
metade do seu valor, a corrente dobrara de valor. de voltagem”:

𝑬  Queda de voltagem refere-se à


𝑰=
𝑹 perda de pressão elétrica causada
pelo forçamento de elétrons através
𝟑𝟎𝑽 da resistência (na figura 27 a volta-
𝑰= = 𝟒 𝒂𝒎𝒑.
𝟕, 𝟓Ω gem aplicada é de 30 volts e é cha-
mada 𝑬𝒕 )
Desta forma:
Havendo duas resistências no circuito haverá
 Se a voltagem permanece constante duas diferentes quedas de voltagem, que serão a perda
e a resistência aumenta a corrente na pressão elétrica empregada para forçar elétrons
diminui, se a resistência diminui a através das resistências.
corrente aumenta. A quantidade de pressão elétrica necessária
 Se a resistência é considerada cons- para forçar um dado número de elétrons através da re-
tante e a voltagem é duplicada o sistência é proporcional à quantidade de resistência.
fluxo de corrente dobrara de valor Assim, a queda de voltagem cruzando 𝑹𝟏 será
o dobro da observada em 𝑹𝟐 já que 𝑹𝟏 tem duas vezes
o valor de resistência de 𝑹𝟐 . A queda através de 𝑹𝟏 é
chamada de 𝑬 e através de 𝑹𝟐 é chamada de 𝑬𝟐 . A
corrente 𝑰 é a mesma através de todo o circuito.
Usando:

𝑬 = 𝑰. 𝑹

𝑬𝟏 = 𝑰. 𝑹𝟏
𝑬𝟏 = 𝟐. 𝟏𝟎
Figura 8-27 - Queda de voltagem em um circuito 𝑬𝟏 = 𝟐𝟎𝑽

Se a voltagem aplicada ao circuito da figura 𝑬𝟐 = 𝑰. 𝑹𝟐


27 for dobrada para 60 volts e o valor da resistência 𝑬𝟐 = 𝟐. 𝟓
for mantido em 15 ohms: 𝑬𝟐 = 𝟏𝟎𝑽

𝑬
𝑰=
𝑹
Se as quedas de voltagem através dos dois re-
𝟔𝟎𝑽 sistores são somadas (𝟏𝟎𝑽 + 𝟐𝟎𝑽) um valor igual à
𝑰= = 𝟒 𝒂𝒎𝒑.
𝟏𝟓Ω voltagem aplicada 𝟑𝟎𝑽 é obtido. Isto confirma a fór-
mula básica para circuitos em série:
No entanto se a voltagem for reduzida para a
metade do valor e a resistência permanecer constante 𝑬𝒕 = 𝑬𝟏 + 𝑬𝟐
a corrente diminuirá para metade do seu valor:
Em qualquer circuito em série uma incógnita
𝑬 (resistência, corrente ou voltagem) pode ser calculada
𝑰=
𝑹 através da lei de ohm se as outras duas incógnitas fo-
rem conhecidas.
𝟏𝟓𝑽
𝑰= = 𝟏 𝒂𝒎𝒑.
𝟏𝟓Ω

Assim:

 Se a resistência permanece cons-


tante e a voltagem aumenta a cor-
rente também aumenta
 Se a voltagem diminui a corrente
também diminui Figura 8-28 - Aplicação da Lei de Ohm

8-10
Lei da corrente – a soma algébrica das cor-
Na figura 28 m circuito em série contém três rentes em qualquer conexão de condutores em um cir-
valores de resistência conhecidos e uma voltagem cuito é zero, isto significa que a quantidade de corrente
aplicada de 150 volts, usando estes valores as quanti- fluindo de um ponto num circuito é igual à quantidade
dades desconhecidas podem ser determinadas apli- fluindo para o mesmo ponto.
cando a lei de Ohm, da seguinte forma: Lei da voltagem – a soma algébrica da volta-
gem aplicada e a queda de voltagem ao longo de qual-
 Resistencia total: quer circuito fechado são iguais à voltagem aplicada.

𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 = 𝟑𝟎 + 𝟔𝟎 + 𝟏𝟎 = 𝟏𝟎𝟎Ω Nos circuitos elétricos a queda de voltagem


ocorre quando a corrente flui através de um resistor, a
 Corrente total magnitude da voltagem é determinada pelo valor do
resistor e a quantidade de fluxo de corrente.
𝑬𝑻 𝟏𝟓𝟎𝑽
𝑰𝒕 = = = 𝟏, 𝟓 𝒂𝒎𝒑.
𝑹𝑻 𝟏𝟎𝟎Ω

 Quedas de voltagem:

𝑬 = 𝑰. 𝑹

𝑬𝑹𝟏 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟏
𝑬𝑹𝟏 = 𝟏, 𝟓. 𝟑𝟎
𝑬𝑹𝟏 = 𝟒, 𝟓𝑽

𝑬𝑹𝟐 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟐
𝑬𝑹𝟐 = 𝟏, 𝟓. 𝟔𝟎
𝑬𝑹𝟐 = 𝟗𝟎𝑽

𝑬𝑹𝟑 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟑
𝑬𝑹𝟑 = 𝟏, 𝟓. 𝟏𝟎
𝑬𝑹𝟑 = 𝟏𝟓𝑽

Estes valores de quedas de voltagem seriam


iguais à voltagem aplicada? Figura 8-29 - Circuito demonstrando a Lei de kirchoff: (A) lei
da corrente e (B) lei da voltagem

𝑬𝒕 = 𝑬𝑹𝟏 + 𝑬𝑹𝟐 + 𝑬𝑹𝟑 Na figura 29 (A) a corrente fluindo através de


𝑹𝟏 é de quatro ampères a corrente através de 𝑹𝟑 possui
𝑬𝒕 = 𝟏𝟓𝟎𝑽 um ampère e está fluindo através da mesma junção que
a corrente através de 𝑹𝟏 . É possível determinar usando
𝟏𝟓𝟎𝑽 = 𝟒𝟓𝑽 + 𝟗𝟎𝑽 + 𝟏𝟓𝑽 a lei da corrente de Kirchoff quanta corrente está flu-
indo através de, e se está fluindo para ou da junção co-
A soma das quedas de voltagem é igual à vol- mum. Isto é expresso através da seguinte formula:
tagem aplicada.
𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 = 𝟎
Leis de kirchoff
Substituindo os valores para a equação, temos:
São as leis da corrente e da voltagem, conhe-
cendo essas leis é possível encontrar:
𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 = 𝟎
𝟒 + 𝒙 + (−𝟏) = 𝟎
 A corrente em cada parte do cir-
𝒙= 𝟏+𝟒
cuito quando a resistência e a força
𝒙=𝟓
eletromotriz são conhecidas
−𝟒 + (−𝟏) + 𝟓 = 𝟎
 A força eletromotriz quando a re-
sistência e a corrente em cada parte
Na figura 29 (B) um circuito de corrente con-
do circuito são conhecidas
tínua em série é usado para demonstrar a lei da volta-
gem de Kirchoff. A resistência total é a soma de
Essas leis são estabelecidas da seguinte forma:
𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 𝒆 𝑹𝟑 sendo igual a 30 ohms, sendo a voltagem
aplicada 30 volts a corrente fluindo no circuito é de1

8-11
ampère; então, as quedas de voltagem através de Na figura 30 é mostrado um circuito em para-
𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 𝒆 𝑹𝟑 são cinco volts, 10 volts e 15 volts res- lelo contendo três caminhos para o fluxo de corrente;
pectivamente, logo, a soma das quedas de voltagem é os pontos A, B, C e D são conectados ao mesmo con-
igual à voltagem aplicada de trinta volts. dutor e ao mesmo potencial elétrico, similarmente os
O circuito também pode ser resolvido usando pontos E, F, G e H estão ligados à mesma fonte, desde
as polaridades das voltagens e mostrando que a soma que a voltagem aplicada apareça entre os pontos "A" e
algébrica das voltagens é igual à zero. "E" a mesma voltagem estaria aplicada entre os pontos
Quando trocando o fluxo da corrente se o sinal B e F, C e G, D e H; então quando os resistores são
(+) for encontrado primeiro, considerar as voltagens conectados em paralelo através da mesma fonte de
positivas, se o sinal (-) for encontrado primeiro devem- voltagem cada resistor tem a mesma voltagem apli-
se considerar as voltagens negativas; partindo da bate- cada, entretanto as correntes através dos resistores po-
ria e seguindo o sentido das setas (fluxo da corrente) dem variar entre si, dependendo dos valores dos resis-
pode-se formular a seguinte equação: tores.
A voltagem em um circuito em paralelo pode
 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 (𝑬𝒕 ): ser expressão da seguinte forma:

(𝑬𝒕 ) = +𝟑𝟎 − 𝟓 − 𝟏𝟎 − 𝟏𝟓 𝑬𝒕 = 𝑬𝟏 = 𝑬𝟐 = 𝑬𝟑
(𝑬𝒕 ) = 𝟎
Onde 𝑬𝒕 é a voltagem aplicada 𝑬𝟏 é a volta-
gem através de 𝑹𝟏 , 𝑬𝟐 é a voltagem através de 𝑹𝟐 e
𝑬𝟑 é a voltagem através de 𝑹𝟑 .
O ponto de início e a polaridade no circuito A corrente em um circuito paralelo divide-se
são arbitrários, e podem ser escolhidos para cada cir- entre as várias derivações de modo que dependa da re-
cuito. sistência encontrada em cada uma delas.
A ramificação contendo um menor valor de
CIRCUITO DE CORRENTE CONTÍNUA EM resistência terá maior fluxo de corrente do que outra
PARALELO ramificação onde se encontre uma resistência maior. A
lei da corrente de Kirchoff estabelece que a corrente
Um circuito em que duas ou mais resistências fluindo em direção a um ponto é igual a corrente flu-
elétricas (ou cargas) são conectadas através da mesma indo deste mesmo ponto em diante, então, o fluxo de
fonte de voltagem é um circuito em paralelo, desde corrente num circuito pode ser expresso matematica-
que exista mais de um caminho para o fluxo da cor- mente assim:
rente (quanto maior a quantidade de caminhos parale-
los, menor será a oposição ao fluxo de elétrons da 𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑
fonte; em um circuito em série a adição de resistências
aumenta a oposição ao fluxo da corrente). Onde 𝑰𝒕 é a corrente total e 𝑰𝟏 , 𝑰𝟐 , 𝑰𝟑 são as
Os requisitos mínimos para um circuito em correntes através de 𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 , 𝑹𝟑 respectivamente.
paralelo são os seguintes: As leis de Kirchoff e de Ohm podem ser apli-
cadas para achar o fluxo total de corrente no circuito
 Fonte de força mostrado na figura 31.
 Condutores
 Uma resistência (ou carga) para
cada caminho da corrente
 Dois ou mais caminhos para o fluxo
de corrente

Figura 8-31 - Fluxo de corrente no circuito em paralelo

O fluxo de corrente através do braço contendo


a resistência 𝑹𝟏 é:

𝑬 𝟔
𝑰𝟏 = = = 𝟎, 𝟒 𝒂𝒎𝒑.
Figura 8-30 - Circuito em paralelo 𝑹𝟏 𝟏𝟓
8-12
𝟏 𝟏 𝟏
= +
A corrente através de 𝑹𝟐 é: 𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐

𝑬 𝟔 Simplificando, temos:
𝑰𝟐 = = = 𝟎, 𝟐𝟒 𝒂𝒎𝒑.
𝑹𝟐 𝟐𝟓
𝑹𝟏 . 𝑹𝟐
𝑹𝒕 =
A corrente através de 𝑹𝟑 é: 𝑹𝟏+ 𝑹𝟐

𝑬 𝟔 Quando duas resistências estão em paralelo e


𝑰𝟑 = = = 𝟎, 𝟓 𝒂𝒎𝒑.
𝑹𝟑 𝟏𝟐 seus valores são iguais entre si; o valor de um resistor
é dividido pela quantidade de resistores em paralelo
A corrente total 𝑰𝒕 é: para determinar a resistência total, matematicamente,
temos:

𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 𝑹
𝑹𝒕 =
𝑰𝒕 = 𝟎, 𝟒 + 𝒐, 𝟐𝟒 + 𝟎, 𝟓 𝑵

𝑰𝒕 = 𝟏, 𝟏𝟒 𝒂𝒎𝒑. Onde 𝑹𝒕 é a resistência total, R é a resistência


de um resistor e N é o número de resistores.
Num circuito em paralelo 𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑
pela lei de Ohm as seguintes equações podem ser ob- CIRCUITOS EM SÉRIE-PARALELO
tidas:
A maior parte dos circuitos em equipamentos
𝑬 𝑬 𝑬 𝑬 elétricos são circuitos normalmente combinados, isto
𝑰𝒕 = 𝑹𝒕 𝑰𝟏 = 𝑹𝟏 𝑰𝟐 = 𝑹𝟐 𝑰𝟑 = 𝑹𝟑 é, em série-paralelo, o que consiste em grupos de re-
𝒕 𝟏 𝟐 𝟑
sistores em paralelo conectados em série com outros
Substituindo esses valores na equação para resistores.
corrente total:

𝑬𝒕 𝑬𝟏 𝑬𝟐 𝑬𝟑
= + +
𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑

Num circuito em paralelo 𝑬𝒕 = 𝑬𝟏 + 𝑬𝟐 +


𝑬𝟑 , consequentemente:

𝑬 𝑬 𝑬 𝑬 Figura 8-32 - Circuito em série-paralelo


= + +
𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑
Os requisitos para um circuito serie-paralelo
Dividindo tudo por E temos: são os seguintes:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + +  Fonte de força (bateria)
𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑  Condutores (fios)
 Cargas (resistências)
Agora dividimos por 𝑹𝒕 e derivamos a equa-
 Mais de um caminho para o fluxo
ção:
da corrente
𝟏 𝟏 𝟏
𝑹𝒕 = + +  Um controle (interruptor)
𝟏 𝟏 𝟏
𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑  Dispositivo de segurança (fusível)

Embora parecendo complexos, a mesma regra


Uma análise da equação mostra que, 𝑹𝒕 é sem-
usada para circuitos em serie e em paralelo pode ser
pre menor do que a menor resistência num circuito em
empregada para simplificar e resolver circuitos serie-
paralelo, assim, um resistor de 10 ohms, um de 20
paralelo.
ohms e um de 40 ohms conectados em paralelo tem a
O método mais fácil é separa-lo redesenhando
resistência total inferior a 10 ohms. Se existirem ape-
as partes como circuitos equivalentes.
nas dois resistores num circuito em paralelo a formula
reciproca é:

8-13
Figura 8-33 - Circuito série-paralelo simples

Nesse circuito a mesma voltagem é aplicada


em, 𝑹𝟐 e 𝑹𝟑 , logo, elas estão em paralelo, à resistência
equivalente desses dois resistores é igual à resistência
de um resistor dividida pelo número de resistores em
paralelo, isto só é verdadeiro quando os resistores em Figura 8-35 - Circuito em série-paralelo mais complexo
paralelo tem o mesmo valor ôhmico, se esta regra é
aplicada o circuito pode ser redesenhado: O primeiro passo, para simplificar o circuito
na figura 35 é reduzir cada grupo de resistores em pa-
ralelo a um único resistor equivalente.
O primeiro grupo a ser usado é a combinação
em paralelo de 𝑹𝟐 e 𝑹𝟑 . Como esses dois resistores
têm valores desiguais de resistência a formula para
dois resistores em paralelo é usada:

𝑹𝟏 . 𝑹𝟐 𝟏𝟐𝟎. 𝟒𝟎 𝟒𝟖𝟎𝟎
𝑹𝒂 = = = = 𝟑𝟎Ω
𝑹𝟏+ 𝑹𝟐 𝟏𝟐𝟎 + 𝟒𝟎 𝟏𝟔𝟎

Assim a combinação em paralelo de 𝑹𝟐 e 𝑹𝟑


pode ser representada por um único resistor de 30Ω:

Figura 8-34 - Circuito em série-paralelo redesenhado

O circuito em série-paralelo original foi con-


vertido em um circuito em série contendo duas resis-
tências, para simplificar mais ainda podemos somar as
resistências em série no circuito e redesenha-lo mais
uma vez:

Figura 8-36 - Circuito com resistor equivalente

Em seguida a resistência equivalente à combi-


nação em paralelo de 𝑹𝟒 , 𝑹𝟓 e 𝑹𝟔 pode ser determi-
Esse circuito ilustra claramente que um resis- nada usando a formula:
tor de 25 ohms é equivalente aos três resistores do cir-
cuito original. 𝑹
𝑹𝒃 =
𝑵

Onde 𝑹𝒃 é a resistência equivalente a 𝑹𝟒 , 𝑹𝟓


e 𝑹𝟔 , R é o valor de um dos resistores e N é o numero
de resistores em paralelo:

𝑹 𝟔𝟎
𝑹𝒃 = = = 𝟐𝟎Ω
𝑵 𝟑

A combinação em paralelo de 𝑹𝟒 , 𝑹𝟓 e 𝑹𝟔
pode então ser redesenhada como um simples resistor
de 20Ω conforme a figura abaixo:
8-14
𝑹𝒕 = 𝟐𝟖Ω

Usando a lei de Ohm a corrente total é:

𝑬𝒕 𝟐𝟖𝑽
𝑰𝒕 = = = 𝟏 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆
𝑹𝒕 𝟐𝟖Ω

A corrente total de um ampère flui através de


𝑹𝟏 e divide-se no ponto A com parte da corrente flu-
indo através de 𝑹𝟐 e outra parte através de 𝑹𝟑 .
Como 𝑹𝟐 e 𝑹𝟑 tem tamanhos iguais é obvio
que a metade da corrente total ou 0,5 ampères fluirá
através de cada ramificação.
Figura 8-37 - Circuito equivalente série-paralelo As quedas de voltagem no circuito são deter-
minadas por meio da lei de ohm:
O circuito original foi então substituído por
um circuito equivalente; esse circuito pode ser redese-
𝑬 = 𝑰. 𝑹
nhado novamente substituindo os cinco resistores em
𝑬𝑹𝟏 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟏 = 𝟏. 𝟐𝟏 = 𝟐𝟏𝑽
série restantes por um único resistor de 330 ohms.
𝑬𝑹𝟐 = 𝑰𝟏 . 𝑹𝟐 = 𝟎, 𝟓. 𝟏𝟒 = 𝟕𝑽
Demonstramos isso usando a formula de resis-
𝑬𝑹𝟑 = 𝑰𝟐 . 𝑹𝟑 = 𝟎, 𝟓. 𝟏𝟒 = 𝟕𝑽
tência total para circuitos em série:
As quedas de voltagem em resistores em para-
𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝒂 + 𝑹𝒃 + 𝑹𝟕 + 𝑹𝟖
lelo são sempre iguais.
𝑹𝒕 = 𝟏𝟎𝟎 + 𝟑𝟎 + 𝟐𝟎 + 𝟖𝟎 + 𝟏𝟎𝟎 = 𝟑𝟑𝟎Ω
Quando a voltagem é mantida constante e a re-
sistência de qualquer circuito série-paralelo é aumen-
tada a corrente diminuirá, não se deve confundir isso
com a adição de um novo resistor numa combinação
em paralelo o que reduziria a resistência total e aumen-
taria o fluxo total de corrente.

DIVISORES DE VOLTAGEM

São dispositivos que conseguem obter mais de


uma voltagem de uma única fonte de força, normal-
mente consiste de:

 Um resistor, ou resistores ligados


em série, com contatos móveis ou fi-
Figura 8-38 - Fluxo de corrente em circuito série-paralelo xos.
 Dois terminais fixos
O circuito da figura 38 é usado para o com-
portamento do fluxo da corrente, ao contrário do cir- Como a corrente flui através do resistor dife-
cuito em paralelo os braços de corrente, 𝑰𝟏 e 𝑰𝟐 não rentes voltagens podem ser obtidas entre os contatos.
podem ser estabelecidos usando a voltagem aplicada. Uma carga é qualquer dispositivo que con-
Como, 𝑹𝟏 está em serie com a combinação de 𝑹𝟐 e some corrente, uma carga alta significa um grande
𝑹𝟑 , houve queda parcial da voltagem aplicada através dreno de corrente. Juntamente com a corrente consu-
de 𝑹𝟏 . mida por várias cargas existe certa quantidade consu-
Para obter as correntes dos braços a resistência mida pelo próprio divisor de voltagem, isso é conhe-
total e a corrente total precisam ser encontradas antes. cida como corrente “drenada”.
Como 𝑹𝟐 e 𝑹𝟑 resistências iguais:

𝑹 𝟏𝟒
𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗 = = = 𝟕Ω
𝑵 𝟐

A resistência total é:

𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗
𝑹𝒕 = 𝟐𝟏 + 𝟕

8-15
a queda de voltagem é negativa em re-
lação ao ponto de referencia
2. Se a corrente flui de uma resistência
em direção ao ponto de referência à
queda de voltagem através da resis-
tência é negativa em relação ao ponto
de referencia

É a localização do ponto de referência que de-


termina se uma voltagem é negativa ou positiva.
Figura 8-39 - Circuito divisor de tensão Traçar o fluxo da corrente é um meio de deter-
minar a polaridade da voltagem.

REOSTATOS E POTENCIÔMENTROS

Os reostatos e potenciômetros são resistores


variáveis que às vezes são usados em conexão com os
divisores de voltagem.
Um reostato é:

 Um resistor variável usado para va-


riar a quantidade de corrente flu-
indo em um circuito

Figura 8-40 - Típico divisor de voltagem

Cada carga consome uma dada quantidade de


corrente 𝑰𝟏 , 𝑰𝟐 , 𝑰𝟑 em adição as correntes de carga, al-
guma corrente drenada (𝑰𝑩 ) flui.
A corrente 𝑰𝒕 é tirada da fonte de força e é
igual à soma de todas as correntes.
A voltagem em cada ponto é medida com base
em um ponto comum, este ponto comum é o ponto no
qual a corrente total (𝑰𝒕 ) divide-se em correntes sepa-
radas (𝑰𝟏 , 𝑰𝟐 , 𝑰𝟑 ).
Cada parte do divisor de voltagem tem uma
diferente corrente fluindo em si, a distribuição de cor- Figura 8-41 Reostato
rente é a seguinte:
Na figura 41(A) vemos o esquemático de um
Através de 𝑅1 − 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑎 (𝐼𝐵 ) circuito simples com um reostato, conforme o braço
Através de 𝑅2 − 𝐼𝐵 + 𝐼1 deslizante se move do ponto A para o ponto B a quan-
Através de 𝑅3 − 𝐼𝐵 + 𝐼1 + 𝐼2 tidade de resistência do reostato (AB) é aumentada,
como a resistência do reostato e a resistência fixa estão
A voltagem através de cada resistor do divisor em série à resistência total no circuito também au-
de voltagem é: menta e a corrente diminui, se o braço deslizante for
movido na direção do ponto "A" a resistência total di-
 90 volts em 𝑹𝟏 minui e a corrente no circuito aumenta.
 60 volts em 𝑹𝟐 O potenciômetro é:
 50 volts em 𝑹𝟑
 Um resistor variável que possui três
Um método simples para determinar volta- terminais, as duas extremidades e o
gens negativas e positivas é conseguido por meio das braço corrediço são ligados em um
seguintes regras: circuito; ele é usado para variar a
quantidade de voltagem em um cir-
1. Se a corrente entra numa resistência
fluindo a partir do ponto de referência
8-16
cuito, e é um dos controles mais co-
muns usados em equipamentos elé-
tricos e eletrônicos.

Figura 8-42 Potenciômetro

O potenciômetro torna possível a aplicação de


qualquer voltagem entre zero e a voltagem total à
carga.
Na escolha da resistência de um potenciôme-
tro é preciso considerar a quantidade de corrente de-
mandada pela carga e a corrente fluindo através do po-
tenciômetro em todos os ajustes do braço deslizante.
Figura 8-43 Prefixos e símbolos para os múltiplos de quanti-
A energia da corrente através do potenciôme- dades básicas
tro é dissipada pelo calor, é importante tornar essa dis-
sipação a menor possível, na maioria dos casos a re-
sistência do potenciômetro pode ser muito superior à
resistência da carga.
Reostatos e potenciômetro são construídos:

 Com uma resistência circular, so-


bre a qual se movimenta um braço
movediço.

A resistência pode ser distribuída de um modo


variado e o método empregado determina a classifica-
ção linear ou logarítmica.
O tipo linear:

 Proporciona uma resistência nor-


malmente distribuída sobre sua ex-
tensão

O tipo logarítmico:

 Varia a razão entre o aumento da


resistência e o espaço percorrido Figura 8-44 Tabela de conversão
pelo braço deslizante.

Prefixos para unidades de medidas elétricas


8-17
MAGNETISMO mais possível indução ou introdu-
ção de nenhuma linha de força
O mais primitivo magnetismo conhecido é um magnética a mais, diz-se que o ma-
mineral natural magnético conhecido como magnetita terial está saturado
ou oxido magnético de ferro.
O magnetismo é definido como: Não existe nenhum isolador conhecido para o
fluxo magnético (linhas de força), no entanto, o fluxo
 A propriedade que um objeto pos- magnético flui com mais facilidades em alguns mate-
sui de atrair algumas substâncias riais do que em outros. Assim é possível blindar certas
metálicas (em geral materiais ferro- áreas como instrumentos, dos efeitos do fluxo magné-
sos ou ligas de ferro, como, ferro- tico, circundando-as com um material que ofereça
doce, aço e alnico). maior resistência ao fluxo.

Esses metais às vezes chamados de materiais


magnéticos incluem também no mínimo três materiais
não ferrosos:

 Níquel
 Cobalto
 Gadolínio

Substancias diamagnéticas são:

 Substancias que são repelidas por


ambos os polos de um imã

Se um imã for suspenso para pender livre- Figura 8-46 Escudo magnético
mente ele irá se alinhar com os polos magnéticos da
terra. Uma extremidade é chamada N significando a A figura 8-46 mostra um instrumento prote-
ponta orientada para o polo norte magnético, ou seja, gido por um revestimento de ferro doce, que oferece
o polo norte do imã; de forma similar a outra extremi- pouca resistência ao fluxo magnético, às linhas de
dade é chamada S. força seguem o caminho de maior permeabilidade e
Os polos magnéticos não tem a mesma locali- são guiadas externamente em relação ao instrumento.
zação dos polos geográficos. Permeabilidade:
A força de um imã depende do campo magné-
tico que o envolve, este campo sempre existe entre os  É o grau de facilidade com que o
polos do imã e sua forma será de acordo com a forma fluxo magnético consegue penetrar
do imã. em um metal (a escala de permeabi-
lidade é baseada no vácuo perfeito
considerando-se a razão de um)

Os metais não ferrosos que possuem permea-


bilidade maior que um (níquel, cobalto e etc.) são cha-
mados:

 Paramagnéticos

O ferro e suas ligas que possuem a mais alta


permeabilidade são chamados:

 Ferromagnéticos
Figura 8-45 Campo magnético em torno de imãs
Qualquer substancia (ex.: bismuto) que pos-
Saturação: suem permeabilidade maior que um chama-se:

 Todo o imã possui um limite de  Diamagnéticas


força magnetizadora, quando ele
atinge uma situação em que não é

8-18
A Medida da oposição para as linhas de força
atravessar um material e que pode ser comparada a re-
sistência em um circuito elétrico é chamada de:

 Relutância

Um circuito magnético pode ser comparado a


um circuito elétrico. A força magneto motriz (medida
em Gilberts e simbolizada pela letra F) é análoga à
força eletromotriz. O símbolo para a intensidade das
linhas de força ou fluxo é letra grega PHI (∅), e a uni-
dade de intensidade do campo é o Gauss. Uma linha Figura 8-47 Campo magnético formado em torno de um con-
de força individual chamada de um Maxwell numa dutor de fluxo de corrente
área de um centímetro quadrado produz uma intensi-
dade de campo de um Gauss. A expansão do campo de força magnético é
Usando-se a relutância ao invés de permeabi- proporcional à intensidade da corrente.
lidade a lei dos circuitos magnéticos pode ser estabe-
lecida:

 Uma força magneto motriz de um


Gilbert proporcionará um Maxwell
(ou linha de força), atuando em um
material quando a relutância do
material for igual a um.

Tipo de imãs

Existem imãs naturais e imãs artificiais.


Os imãs artificiais são classificados como: Figura 8-48 Regra da mão esquerda

 Imãs permanentes (conservam o Um método para determinar a direção das li-


magnetismo muito tempo após ser nhas de força, quando a direção do fluxo de corrente é
removida a fonte magnetizadora) conhecida é a regra da mão esquerda.
 Imãs temporários (rapidamente Quando um fio é enrolado, uma corrente elé-
perdem a maior parte do magne- trica flui através dele e a regra da mão esquerda ainda
tismo quando a fonte magnetiza- é válida, se o fio é enrolado com duas voltas muitas
dora é removida) linhas de força se tornam largas o suficiente para co-
brir as duas voltas.
Um pedaço de metal colocado em contato ou Quando um fio tem muitas voltas é chamado
próximo de um imã irá se tornar magnetizado por in- de bobina, as linhas de força formam um modelo atra-
dução, esse processo pode ser acelerado aquecendo o vés de todas as voltas ocasionando alta concentração
metal e colocando-o para esfriar dentro de um campo de linhas de fluxo no centro da bobina.
magnético. Colocando-se uma barra de ferro-doce no in-
A capacidade de um imã absorver seu magne- terior da bobina as linhas de força irão se concentrar
tismo varia enormemente conforme o metal e é conhe- em seu centro já que o ferro-doce tem maior permea-
cida como: bilidade do que o ar, esta combinação de um núcleo de
ferro e uma bobina é chamada de:
 Retentividade
 Eletroímã
Quando a fonte magnetizadora é removida,
uma pequena quantidade de magnetismo restante e A adição do núcleo de ferro-doce produz dois
que é de grande importância em aplicações elétricas e resultados:
operação de geradores é chamada de:
 Aumenta o fluxo magnético
 Magnetismo residual  As linhas de fluxo são altamente
concentradas
Eletromagnetismo
A polaridade do eletroímã também é determi-
nada pela regra da mão esquerda.
8-19
A intensidade do campo magnético de um em uma armadura de ferro articulada localizada pró-
eletroímã pode ser aumentada tanto pelo fluxo da cor- xima ao eletroímã, estes imãs são usados em campai-
rente, quanto pelas voltas de fio. nhas, relés, “circuit breakers” e etc.
Dobrando-se o fluxo da corrente:
BATERIAS E ACUMULADORES
 Dobra-se a intensidade do campo
magnético. Existem duas fontes de energia elétrica em
uma aeronave:
Dobrando-se o número de voltas no fio:
O gerador – que converte energia mecânica
 Dobra-se a força do campo magné- em energia elétrica
tico A bateria – que converte energia química em
energia elétrica
Alguns dispositivos eletromagnéticos funcio-
nam sob o princípio de que um núcleo de ferro, con- Durante a operação normal do motor a energia
servado fora do centro de uma bobina será puxado para é obtida do gerador que está acoplado ao eixo do mo-
o centro da bobina assim que a bobina for energizada. tor, a bateria de acumuladores é usada como fonte au-
Esse é o princípio é usado no: xiliar quando o gerador está inativo, assim, quando os
geradores estão operando em baixa velocidade o su-
 Solenoide (também conhecido primento de energia elétrica para a aeronave é mantido
como, chave-solenoide ou relé, no pela bateria, que perde parte de sua energia estocada,
qual o núcleo de ferro é mantido durante o voo o gerador carrega a bateria.
fora do centro por pressão de mola Os tipos de baterias de acumuladores geral-
e é atraído quando a bobina é ener- mente em uso são:
gizada).
 Chumbo-ácido
 Níquel-cadmio

BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO

Nestas baterias as células ou elementos são


conectados em série, cada célula possui placas positi-
vas de:

 Peroxido de chumbo

Placas negativas de:

Figura 8-49 Uso do solenoide em um circuito  Chumbo esponjoso

A figura – 49 ilustra a atuação de um sole- E um eletrólito:


noide, quando o interruptor da cabine é ligado o enro-
lamento puxa o núcleo (chave) para baixo, comple-  Água e ácido sulfúrico
tando o circuito do motor.
Como o relé solenoide aciona um circuito de Quando descarregando, a energia química es-
baixa corrente ele elimina fiação de alta amperagem tocada na bateria transforma-se em energia elétrica, e
na cabine da aeronave. no processo reverso a energia elétrica que é fornecida
O imã tipo “solenoid-and-plunger” é utili- a bateria é transformada em energia química e esto-
zado para abrir circuitos de segurança (circuit brea- cada, é possível recarregar muitas vezes uma bateria
kers) automaticamente quando a carga da corrente se antes que ela estrague definitivamente.
torna excessiva, além de operar válvulas “magnetic
breakers” e muitos outros dispositivos. Constituição da célula de chumbo-ácido
O eletroímã tipo armadura também é de ampla
utilização, neste este tipo de imã a bobina é enrolada
sobre o núcleo de ferro e isolada do núcleo que não se
movimenta, quando a corrente flui através da bobina o
núcleo de ferro se torna magnetizado e causa atração

8-20
 2,2 volts

A voltagem de uma célula com carga diminui


gradualmente conforme a célula é descarregada, esse
decréscimo é devido ao aumento da resistência interna
da célula causado pela sulfatação das placas; ao final
de uma descarga normal a resistência de uma célula é
duas vezes maior do que quando ela está carregada.
A diferença entre uma bateria com ou sem
carga é devida a queda de voltagem no interior da cé-
lula, assim, a voltagem que a célula pode suprir em
condições de circuito fechado (com carga) é igual à
voltagem de circuito aberto (com carga) menos a que
dá RI da célula.

Classificação das baterias de chumbo -ácido


Figura 8-50 Construção de uma célula chumbo-ácido
A voltagem de uma bateria é determinada:
Na figura – 50 são mostrados os componentes
típicos de uma célula chumbo-ácido, cada placa con- Pelo número de células conectadas em série
siste de:
O valor nominal de uma célula carregada é de:
 Uma armação chamada grade feita
de chumbo e antimônio, na qual o  Dois volts
material ativo (chumbo esponjoso
ou peroxido de chumbo) é fixado. Uma bateria de 12 volts consiste em seis célu-
las de chumbo-ácido ligadas em série e uma de 24
As placas são montadas de forma que cada volts logicamente terá o dobro de células em série.
placa positiva fique entre duas negativas, assim, a úl- A capacidade de armazenamento da bateria é
tima placa em cada célula é negativa. Separadores po- referida em ampères-hora, e a capacidade de ampères-
rosos evitam o contato entre as placas positivas e ne- hora da bateria depende da área total da placa.
gativas o que significaria um curto-circuito, a forma Conectando-se baterias em paralelo aumenta
de construção dos separadores permite que o eletrólito sua capacidade de amperagem-hora, conectando-as
circule livremente em torno das placas e proporciona em série obtêm-se o aumento da voltagem total, mas a
também um caminho para que os sedimentos se aco- capacidade de amperagem permanece a mesma.
modem no fundo da célula. Em aeronaves multimotoras aonde mais de
Cada célula é selada com um revestimento de uma bateria é usada elas são geralmente conectadas
borracha dura, com terminais na parte superior e sus- em paralelo, a voltagem será a mesma de uma só bate-
piros também destinados a evitar derramamento do ria, no entanto a capacidade de ampère-hora é aumen-
eletrólito. tada, e a capacidade total será a soma das especifica-
As células individuais da bateria são conecta- ções em ampère-hora de cada bateria.
das em série por meio de hastes e o conjunto completo
é embutido em uma caixa resistente ao ácido que serve Fatores agindo sobre a vida das baterias
como protetora elétrica e mecânica.
Dentre os fatores que causam a deterioração
Funcionamento das células de chumbo-ácido de uma bateria podemos citar:

A célula de chumbo-ácido contém:  Sobrecarga que provoca excesso de


sulfatação
 Placas positivas cobertas com pe-  Cargas e descargas muito rápidas
roxido de chumbo (Pbo2) resultando em aquecimento das
 Placas negativas feitas de chumbo placas e desprendimento do mate-
(Pb) rial ativo
 Um eletrólito composto de ácido  Acumulo de material liberado
sulfúrico (H2SO4) e agua (H2O). causa curto-circuito entre as placas
resultando em descarga interna
A voltagem de uma célula sem carga é de  Uma bateria que permaneça com
aproximadamente: pouca carga ou descarregada por

8-21
muito tempo pode ficar permanen- Na aeronave a bateria de acumuladores é car-
temente danificada regada:

Métodos de teste para baterias de chumbo -  Através de corrente contínua do sis-


ácido tema do gerador, este método cor-
responde ao de voltagem constante
A situação da carga de uma bateria de acumu- já que a voltagem do gerador é
ladores depende: mantida constante pelo regulador
de voltagem.
 Das condições de seus materiais ati-
vos, basicamente das placas. BATERIAS DE NÍQUEL-CÁDMIO

Entretanto, a condição de carga de uma bateria Este tipo de bateria requer pequeno tempo de
é: recarga, é de excelente confiabilidade e de boa capaci-
dade de partida.
 Indicada pela densidade do eletró-
lito, que é verificada pelo uso do Constituição da célula de níquel -cádmio
densímetro.
A célula consiste em:
Em uma bateria nova, totalmente carregada, o
eletrólito é aproximadamente:  Placas positivas (feitas de uma
chapa porosa sobra a qual é deposi-
 30% de ácido e 70% de água e é tado hidróxido de níquel)
1300 vezes mais pesado que a agua  Placas negativas (feitas de chapas
pura. semelhantes às chapas das placas
positivas, no entanto, nas placas ne-
Durante o processo de descarga a solução (ele- gativas é depositado o hidróxido de
trólito) torna-se menos densa e seu peso especifico en- cadmio).
tre:  Separadores
 1200 e 1240 indica baixa condição  Eletrólito (solução de 30% de hi-
de carga dróxido de potássio (KOH) em água
 1240 e 1275 indica condição média destilada)
de carga  Suspiros
 1275 e 1300 indica boa condição de  Reservatório (“container”)
carga
Nos casos das placas negativas e positivas a
chapa porosa é obtida pela fusão de pequenos grãos de
Uma bateria de aeronave com 50% da carga é níquel formando uma fina malha (tela).
considerada com necessidade imediata de carga, de-
vido à alta demanda de energia. Funcionamento da célula de níquel -cadmio

Métodos de carga em baterias de chumbo- As placas positivas lentamente liberam oxigê-


ácido nio que é reabsorvido pelas placas negativas, esse pro-
cesso resulta na conversão de energia química em
Uma bateria de acumuladores pode ser recar- energia elétrica.
regada: Baterias de chumbo-ácido e de níquel-cadmio
são normalmente intercambiáveis.
 Pela aplicação de corrente continua
através da bateria na direção DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE
oposta à de descarga da corrente. DE CIRCUITOS

A voltagem usada precisa ser superior a da ba- Dispositivos de proteção


teria sem carga por causa de sua resistência interna.
As baterias são carregadas tanto pelo método O problema mais sério em um circuito é o
de corrente constante quanto pelo método de voltagem “curto direto”, uma situação em que algum ponto do
constante; o método de voltagem constante requer me- circuito onde a voltagem total de um sistema esteja
nos tempo e supervisão durante o processo de recarga, presente, venha a contatar diretamente a massa ou o
o método de corrente constante exige supervisão para lado de retorno do circuito, significando um caminho
que não haja sobrecarga.
8-22
sem a devida resistência. Quando um curto direto  Interromper o circuito e o fluxo de
ocorre, há excessiva corrente fluindo através da fiação. corrente quando a amperagem ex-
A espessura do fio utilizado em determinado ceder um valor pré-determinado.
circuito é estabelecida pela quantidade de corrente que
se espera fluir sob condições normais de funciona- É usado comumente no lugar do fusível e pode
mento, qualquer fluxo de corrente excessivo como no às vezes eliminar a necessidade de usar um interruptor.
caso do curto direto causaria uma rápida geração de O quebra-circuito difere do fusível na rapidez
calor, se o fluxo excessivo não for contido o calor pode para interromper o circuito e no fato de poder ser des-
aumentar até causar uma ruptura. ligado.
Dispositivos de proteção do circuito tem o Dentre os tipos de quebra-circuito em geral:
propósito de:
 Um tipo é magnético, quando exces-
 Proteger as unidades e fiação do siva corrente flui força eletromag-
circuito, interrompendo o fluxo de nética é produzida para movimen-
corrente em caso de sobrecarga. tar uma pequena armadura que
dispara o “breaker”.
Outros são destinados a proteger a unidade no  Outro tipo é a chave de sobrecarga
circuito: térmica, que consiste em uma la-
mina bi metálica que ao sofrer so-
 Interrompendo o fluxo de entrada brecarga de corrente se curva sobre
na unidade, quando esta se apre- a alavanca da chave provocando a
senta excessivamente aquecida. sua abertura.

Fusíveis Protetores térmicos

Um fusível é: Um protetor térmico ou chave é usado para


proteger um motor, é destinado para abrir o circuito
 Uma tira de metal que fundirá sob automaticamente sempre que a temperatura do motor
excessivo fluxo de corrente, já que torna-se excessivamente alta.
seu limite de condução é cuidado- Há duas posições, aberto e fechado.
samente pré-determinado. Se algum defeito de um motor causar supera-
quecimento a chave térmica interromperá o circuito in-
O fusível é instalado no circuito de forma que termitentemente.
toda a corrente flua através dele, em sua maioria eles
são feitos de: Uma chave térmica contém:

 Liga de estanho e bismuto  Um disco bi metálico ou lâmina que


se curva e corta o circuito quando
Existem outros, que são chamados de limita- ele aquece. Isso ocorre porque um
dores de corrente e são usados primariamente para sec- dos metais se dilata mais que o ou-
cionar um circuito de aeronave. tro quando ambos são submetidos à
Um fusível funde-se e interrompe o circuito mesma temperatura. Quando a lâ-
quando a corrente excede a capacidade proporcionada mina esfria os metais se contraem
por ele, mas um limitador de corrente suportará um retornando a posição original e fe-
considerável sobrecarga por certo período de tempo. chando o circuito
Os fusíveis são instalados em dois tipos de su-
portes na aeronave: CHAVES OU INTERRUPTORES

 “Plug-in holders” (usado para fusí- As chaves:


veis pequenos e de baixa capaci-
dade)  Controlam o fluxo de corrente na
 “Clip” (usado para fusíveis de maioria dos circuitos elétricos das
grande capacidade e limitadores de aeronaves.
corrente)
Uma chave é usada para:
Quebra-circuitos (circuit breakers)
 Ligar e desligar
São destinados a:  Mudar o fluxo da corrente em um
circuito
8-23
 Existem ainda chaves que permane-
A chave em cada circuito deve ser capaz de cem abertas exceto quando pressio-
suportar a corrente normal e deve ter a isolação ade- nadas na posição fechada, outras
quada para a voltagem do circuito. que permanecem fechadas exceto
quando pressionadas na posição
aberta. Ambos os tipos funcionam
por pressão de mola e retornam a
posição normal após serem libera-
das.

Chaves “push-button”

Figura 8-51 A figura mostra chaves de um polo para circuitos São chaves que:
simples, do tipo faca e do tipo "toggle". Essas chaves podem
ainda ser de um polo para dois circuitos, bipolares, para cir-
cuitos simples e bipolares e de duas posições.  Tem um contato estacionário e um
contato móvel que é fixado no botão
As chaves faca raramente são usadas em aero- de apertar
naves, porém, são referência para o funcionamento das
chaves “toggle” que são mais utilizadas em aeronaves O “push-button” é em si mesmo um isolador
e possuem suas partes móveis embutidas. ou é isolado do contato. Esta chave funciona a pressão
Chaves “toggle” são designadas pelo número de mola e é destinada a contatos momentâneos.
de polos, cursos e posições que tenham. Um desses po-
los está no braço móvel ou contactor, o número de po- Micro interruptor (“micro switches”)
los é igual ao número de circuitos ou caminhos para a
corrente através dos contatos da chave, o número de Um micro interruptor fechará ou abrirá um
posições é o número de lugares ou contatos de des- circuito com um movimento muito pequeno do dispo-
1
canso que fecham ou abrem um ou mais circuitos. sitivo de acionamento (16 de polegada ou menos).
Uma chave bipolar que pode completar dois
circuitos, um por vez em cada polo é uma chave bipo-
lar de duas posições.

Figura 8-52 Representação esquemática de chaves e in-


terruptores

Tipos de chave “toggle”: Figura 8-53 Vista em corte de um micro interruptor

Micros interruptores são normalmente chaves


 Chave de contato momentâneo de
“push-button”, são usados principalmente como cha-
duas posições – é uma chave que se
ves de controle para prover acionamento automático
mantem na posição OFF por ação de
de trens de pouso, motores-atuadores e similares.
mola e precisa ser segurada na posi-
A figura – 53 ilustra o funcionamento de um
ção ON
micro interruptor, quando o pistão de acionamento é
 Chave de duas posições – é uma
pressionado a mola e o contato móvel é empurrado
chave que em repouso fica em qual-
abrindo os contatos e o circuito.
quer das duas posições abrindo o cir-
cuito de um lado e fechando do outro.
Chaves de seleção giratória
 Chave de três posições – é uma
chave que fica em repouso em qual- Esta chave substitui muitas chaves.
quer uma das três posições.

8-24
Quando o botão de uma dessas chaves é gi-
rado, ela abre um circuito e fecha outro, chaves de ig-
nição e de seleção de voltímetros são exemplos desse
tipo de chave.

Figura 8-56 Relé de bobina móvel


Figura 8-54 Chave de seleção giratória
Alguns relés são feitos para operar continua-
Relés mente outros são destinados a operar intermitente-
mente.
Relés ou chaves-relés são usados para: A chave-relé de partida:
 Controle remoto de circuitos de alta  É feita para operar intermitente-
amperagem mente e poderia vir a superaquecer
se for usada continuamente
Um relé é conectado no circuito entre a uni-
dade controladora e a fonte de força mais próxima (ou A chave-relé da bateria:
barra condutora de força), de forma que os cabos con-
duzindo grande corrente sejam tão curtos quanto pos-
 Pode ser operada continuamente,
sível.
pois sua bobina tem uma resistência
Uma chave-relé consiste de:
razoavelmente alta prevenindo o
superaquecimento.
 Uma bobina ou solenoide
 Um núcleo de ferro
 Contato fixo Num circuito conduzindo grande corrente
 Contato móvel quanto mais rápido o circuito é aberto menor será o
centelhamento no relé, e os contatos queimarão me-
nos, relés usados em circuitos de grandes motores pos-
suem molas de retorno para abrir o circuito rapida-
mente.
A maioria dos relés usados nos circuitos de
corrente alternada das aeronaves é energizada por:

 Corrente contínua

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE CC

Efeitos da corrente

Os efeitos da corrente podem ser classificados


como:

 Químico
Figura 8-55 Relé de bobina fixa  Fisiológico
 Fotoelétrico
 Piezelétrico
 Térmico
 Eletromagnético

8-25
Químico move em uma escala calibrada e que
está fixado no elemento móvel.
Quando uma corrente elétrica atravessa certas  Mancal - feitos de pedras preciosas
soluções ocorre uma reação que forma um deposito so- polidas, como safiras ou pedras sinté-
bre um eletrodo, a quantidade de deposito é proporci- ticas ou vidro rígido.
onal à intensidade da corrente.  Estojo - protege os movimentos do
Esse processo é útil em eletrodeposição e ele- instrumento, possui um visor para a
trolise. observação do ponteiro sobre a escala.
 Mostrador - possui impressas infor-
Fisiológico mações de escala.
 Parafusos
Trata-se da reação do corpo humano a uma
 Terminais - feitos de material com
corrente elétrica (choque elétrico)
pouca resistência elétrica, conduzem
a corrente necessária através do medi-
Fotoelétrico
dor ou daquilo que será medido.
Quando elétrons golpeiam certos materiais
Amortecimento
uma incandescência aparece no ponto de contato.
O termo “damping” é aplicado a métodos usa-
Piezelétrico
dos para estabilizar o ponteiro de um medidor elétrico
quando ele se movimenta durante a medição, o “dam-
Certos cristais tais como quartzo e sal de Ro-
chelle ficam deformados quando é aplicada uma vol- ping” (amortecimento) pode ser obtido por meios elé-
tricos, mecânicos ou uma combinação dos dois.
tagem através de uma de suas faces.
MULTIMETROS
Térmico
A maioria incorpora em uma só unidade as
Quando uma corrente flui através de um resis-
tor calor é produzido, a quantidade de calor produzido funções de:
é igual a 𝑰𝟐 · 𝑹, essa relação estabelece que o calor
varie com o quadrado da corrente.  Amperímetro
 Voltímetro
Eletromagnético  Ohmímetro

Sempre que elétrons fluem ao longo de um Ao se medir correntes de valor desconhecido,


condutor um campo magnético é criado proporcional seleciona-se sempre a faixa mais alta possível para
a corrente (este efeito é útil para medir correntes). evitar danos ao instrumento.
Os efeitos térmico e eletromagnético são de Normalmente a ponta vermelha é positiva e a
uso prático em medidores. preta é negativa ou comum.
Cuidados no uso do multímetro:
Medidor d’Arsonval
1. Quando medindo corrente o amperí-
Este tipo de mecanismo é um dispositivo me- metro deve sempre ser ligado em série
didor de corrente que é empregado em amperímetros, com o circuito
voltímetros e ohmímetro. 2. Nunca conectar o amperímetro atra-
vés de uma fonte de voltagem (bate-
Amperímetro ria, gerador).
3. Utilizar faixa larga o suficiente para
O amperímetro d’Arsonval é um instrumento manter a deflexão abaixo do máximo
destinado à medição de corrente continua fluindo em da escala, escolher a escala certa antes
um circuito, e consiste das seguintes partes: de conectar o medidor em um cir-
cuito.
 Imã permanente - fornece o campo 4. Observar a polaridade correta ao co-
magnético que reagirá provocado pelo nectar o medidor em um circuito
elemento móvel
 Elemento móvel - montado de tal VOLTIMETROS
forma que gira livremente quando
energizado pela corrente que irá me- O medidor d’Arsonval pode ser usado como
dir, através de um ponteiro que se amperímetro ou como voltímetro, logo um amperíme-
tro pode ser convertido em voltímetro colocando-se
8-26
uma resistência em série com a bobina do medidor e Ohmímetro em “shunt” (derivação) são em-
medindo-se a corrente que flui através dele. pregados:
Um voltímetro é:
 Para medir pequenos valores de re-
 Um instrumento medidor de cor- sistência
rente que indica o valor de volta-
gem pela medição do fluxo de cor- Uso do ohmímetro
rente através de uma resistência de
valor conhecido. Valores de resistências não são lidos pelo oh-
mímetro com precisão maior do que:
Extensão de faixa do voltímetro
 5 a 10%
Os instrumentos de medição de voltagem são
conectados em paralelo com um circuito. O ohmímetro é bastante usado para testar a
O terminal positivo de um voltímetro é sempre continuidade de um circuito.
conectado no terminal positivo da fonte. Algumas precauções devem ser tomadas
A função de um voltímetro é: quando usando o ohmímetro:

 Indicar a diferença de potencial en- 1. Escolher uma escala que inclua o va-
tre dois pontos em um circuito lor da resistência a ser medida.
2. Juntar as pontas de teste e ajustar o
Sensibilidade do voltímetro zero do medidor.
3. Conectar a resistência desconhecida
A sensibilidade do voltímetro é dada pela entre as pontas de teste e ler o valor da
equação: escala, nunca tentar medir a resistên-
cia conectada em um circuito com
𝑹𝒎 + 𝑹𝒔 fonte de voltagem. Desconectar pelo
𝑬 menos um lado do elemento a ser me-
dido para evitar leitura de resistência
A sensibilidade de um voltímetro pode ser au- em paralelo
mentada, aumentando-se a intensidade do imã perma-
nente. Megômetro

OHMÍMETROS O megômetro é:

Dois instrumentos podem ser usados para tes-  Um ohmímetro de alta taxa de indi-
tar continuidade ou para medir a resistência de um cir- cação, contendo um gerador ma-
cuito ou elemento no circuito, estes instrumentos são: nual.

 Ohmímetro É usado para:


 Megômetro
 Medir resistência de isolação e ou-
O ohmímetro é usado para: tros valores elevados de resistência.
 Testar aterramento, continuidade e
 Medir resistência e testar os circui- curto-circuito em sistemas de força
tos elétricos e os dispositivos elétrica.

O megômetro é usado para: A principal vantagem de um megômetro sobre


um ohmímetro é:
 Medir resistência de isolação, tal
como a resistência entre enrola-  Sua capacidade de medir resistên-
mentos e a estrutura do maquinário cia com um alto potencial, ou volta-
e para medir isolação de cabos, iso- gem de ruptura.
ladores e embuchamentos.
Este tipo de teste é para que a isolação ou um
material dielétrico não entre em curto ou tenha vaza-
Ohmímetro em “shunt” mento sob esforço elétrico potencial.
O megômetro consiste de:

8-27
 Dois elementos primários ambos CA E CC COMPARADAS
com campos magnéticos individuais
de um imã permanente comum. A corrente contínua:
 Um gerador de CC manual, que
fornece a corrente necessária para  Flui constantemente em uma única
fazer as medições. direção e com uma polaridade cons-
 Painel indicador tante, modifica sua intensidade so-
mente quando o circuito é aberto ou
Existem dois tipos de megômetro normais: fechado.

 Tipo variável A corrente alternada:


 Tipo pressão constante (utiliza um
governador centrifugo ou uma em-  Muda de direção a intervalos regu-
breagem) lares, aumenta em valor à razão de-
finida de zero a máxima intensi-
ANALISE E PESQUISA DE DEFEITO EM CIR- dade positiva e diminui até zero.
CUITO BÁSICO
Princípios do gerador
Algumas definições servem como guia:
A lei de Lenz estabelece que:
1. Curto-circuito – normalmente pro-
voca alto fluxo de corrente que causa  A corrente induzida causada pelo
queima ou danifica os condutores e movimento relativo de um condutor
outros componentes. e um campo magnético sempre flui
2. Circuito-aberto – um circuito não de acordo com a direção em que seu
completado ou contínuo (continui- campo magnético se opõe ao movi-
dade é o estado de estar contínuo ou mento.
conectado e refere-se a um circuito
não aberto) Quando um condutor é movido através de um
3. Descontinuidade – oposta a continui- campo magnético uma força eletromotriz (fem.) é in-
dade indica que o circuito está inter- duzida no condutor, a direção (polaridade) da fem. in-
rompido duzida é determinada pelas linhas de força magnética
e a direção na qual o condutor é movimentado dentro
do campo magnético.

Figura 8-58 Induzindo uma F.E.M. em um condutor


Figura 8-57 Causas comuns de abertura de circuitos

CORRENTE ALTERNADA E VOLTAGEM


O valor de uma fem. induzida depende de três
fatores:
Devido à corrente alternada mudar constante-
mente sua intensidade e direção dois efeitos que não
1. A quantidade de fios movendo-se
ocorrem em circuitos CC, ocorrem em circuitos CA,
através do campo magnético
são eles:
2. A intensidade do campo magnético
3. A velocidade de rotação
 Reatância induzida
 Reatância capacitiva Geradores de corrente alternada

8-28
Os geradores usados para produzir corrente al- Em um gerador a corrente e a voltagem pas-
ternada são chamados de: sam por um ciclo completo cada vez que um enrola-
mento ou condutor passa sob o polo norte e o polo sul
 Geradores de CA do imã.
 Alternadores O número de ciclos para cada revolução do en-
rolamento ou condutor é igual ao número de pares de
polos.
A frequência então:

 É igual ao número de ciclos em uma


revolução multiplicado pelo nú-
mero de revoluções por segundo.

Isso expresso em uma equação, temos:

𝒏º 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒍𝒐𝒔 𝒓. 𝒑. 𝒎.
𝑭= .
𝟐 𝟔𝟎

Então, se em um gerador de dois polos, o con-


Figura 8-59 Gerador simples dutor é girado a 3600 revoluções por minuto, as revo-
luções por segundo serão:
Ciclo e frequência
𝟑𝟔𝟎𝟎
𝒓. 𝒑. 𝒔. = = 𝟔𝟎 𝒓. 𝒑. 𝒔.
𝟔𝟎

Em um gerador de quatro polos com uma ve-


locidade do induzido de 1800 revoluções por minuto:

𝑷 𝒓. 𝒑. 𝒎.
𝑭= .
𝟐 𝟔𝟎
𝟒 𝟏𝟖𝟎𝟎
𝑭= . = 𝟐. 𝟑𝟎
𝟐 𝟔𝟎

𝑭 = 𝟔𝟎 𝒄. 𝒑. 𝒔.

A voltagem e a corrente alternada possuem


uma característica chamada fase.
Quando duas ou mais ondas senoidais passam
por 0° e 180° simultaneamente e alcançam seus picos,
Figura 8-60 Frequência em ciclos por segundo existe uma condição em fase, os valores de pico não
precisam ser os mesmos para que a condição em fase
exista.
Existem duas alterações em um ciclo com-
pleto:

 Alteração positiva
 Alteração negativa

Cada alteração representa meio ciclo, o nú-


mero de vezes em que cada ciclo ocorre em um perí-
odo de tempo é chamado de:

 Frequência
Figura 8-61 Condição em fase da corrente e da voltagem
A frequência de uma corrente elétrica ou de
uma voltagem indica o número de vezes em que um Quando as ondas senoidais passam por 0° e
ciclo se repete em um segundo. 180° em tempos diferentes, existe uma condição fora-
de-fase.
8-29
Um indutor tem uma indutância de um
"Henry" se uma fem. de um volt é induzida quando a
corrente através do indutor está mudando a razão de
um ampère por minuto.
Os indutores podem ser conectados em um
circuito da mesma maneira que os resistores, quando
conectados em série a indutância total é a soma de to-
das as indutâncias; quando os indutores são conecta-
dos em paralelo a indutância total como nas resistên-
cias em paralelo é menos do que a do menor indutor.

Reatância indutiva
Figura 8-62 Condição de fora de fase da corrente e da voltagem
A oposição ao fluxo de corrente que as indu-
Valores de corrente alternada tâncias proporcionam em um circuito é chamada de:

Três valores de corrente alternada precisam  Reatância indutiva


ser considerados:
O símbolo para a reatância é 𝑿𝑳 e é medida em
1. Instantâneo - voltagem induzida ou ohms.
corrente fluindo em qualquer mo- Quando há indutância em um circuito a rela-
mento; é qualquer ponto da onda se- ção entre corrente e voltagem é a mesma que a lei de
noidal. Ohm, logo:
2. Máximo – é o valor instantâneo mais
alto, o mais elevado valor positivo 𝑬
isolado; ocorre quando a onda senoi- 𝑰=
𝑿𝑳
dal está a 90°.
3. Efetivo – o valor efetivo da corrente Se todos os valores do circuito permanecem
alternada é o mesmo valor da corrente
constantes, quanto maior a indutância em uma bobina
continua e que possa produzir o
maior o efeito de autoindução ou oposição.
mesmo efeito térmico Conforme a frequência aumenta a indutância
reativa aumenta, portanto a reatância indutiva é pro-
INDUTÂNCIA
porcional à indutância e frequência, ou:
Quando uma corrente alternada flui numa bo-
𝑿𝑳 = 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳
bina a elevação e a queda do fluxo de corrente, pri-
meiro em uma direção e depois na outra, provoca uma
expansão e colapso do campo magnético em torno da
bobina, na qual é induzida uma voltagem em direção
oposta à voltagem aplicada e que se opõe a qualquer
mudança na corrente alternada. A voltagem que é in-
duzida é chamada de força contra eletromotriz
(f.c.e.m.) já que se opõe a voltagem aplicada.
A propriedade de uma bobina de se opor ao
fluxo de corrente através de si mesma é chamada de:
Figura 8-63 Circuito CA contendo indutância
 Indutância
Para encontrar a reatância no circuito da fi-
A indutância de uma bobina é medida em gura 63:
“henrys”, em qualquer bobina a indutância depende
de vários fatores: 𝑿𝑳 = 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳
𝑿𝑳 = 𝟔, 𝟐𝟖. 𝟔𝟎. 𝟎, 𝟏𝟒𝟔
 Número de espiras
 Área de seção transversal da bo- Para encontrar a corrente:
bina e seu núcleo
𝑬 𝟏𝟏𝟎
Um núcleo de material magnético aumenta 𝑰= = = 𝟐 𝒂𝒎𝒑.
𝑿𝑳 𝟓𝟓
grandemente a indutância da bobina.

8-30
CAPACITÂNCIA
Em um circuito em que exista somente capa-
Quaisquer dois condutores separados por um citância, a corrente precede a voltagem; em um cir-
não condutor (chamado de dielétrico) constituem um cuito aonde exista somente indutância, a corrente re-
capacitor. Em um circuito elétrico, um capacitor serve tarda-se frente à voltagem.
como reservatório de eletricidade. A unidade de capacitância é farad.
A quantidade de eletricidade que um capacitor
pode acumular depende de fatores como: Tipos de capacitores

 Tipo de matéria dielétrico Capacitores podem ser divididos em dois gru-


pos:
A quantidade é diretamente proporcional à
área das placas e inversamente proporcional a distân-  Fixos
cia entre as placas  Variáveis

Capacitores fixos possuem capacitância cons-


tante e são divididos em classes de acordo com o tipo
de dielétrico:

 Papel
 Óleo
 Mica
 Capacitores eletrolíticos
 Cerâmica (é usada em alguns cir-
Figura 8-64 Circuito de um capacitor (condensador) básico
cuitos)
Na figura 64 dois condutores chamados ele-
trodos ou placas, separados por um não condutor (die-
létrico) formam um capacitor simples, a energia é es-
Capacitores de papel
tocada no campo elétrico (ou dielétrico) entre as pla-
cas. As placas desses capacitores são tiras de folha
Um bom capacitor bloqueará a corrente conti- de metal separadas por papel encerado.
nua (não a CC pulsativa) e permitirá a passagem dos Os capacitores do tipo banheira “bathtub” são:
efeitos da corrente alternada.
A carga de eletricidade que pode ser colocada
 Capacitores de papel em cartuchos
em um capacitor é:
hermeticamente fechados em capas
metálicas
 Proporcional à voltagem aplicada e
a capacitância do capacitor.

A capacitância depende:

 Da área total das placas


 Da espessura do dielétrico
 Da composição do dielétrico
Figura 8-65 Capacitor de papel
As placas podem ser feitas de:

 Cobre
 Estanho
 Alumínio

O dielétrico pode ser:

 Ar
 Vidro
 Mica
 Eletrólito feito de película de óxido
Figura 8-66 Capacitor de papel tipo banheira
8-31
Capacitores de óleo

Usados aonde altas voltagens podem causar


centelhamento ou ruptura em dielétricos de papel.

Capacitores de mica

O capacitor fixo de mica é feito de:

 Placas de folha de metal que são se-


paradas por folha de mica for-
mando o dielétrico

A mica é um excelente dielétrico que suporta


maiores voltagens que o papel sem centelhamento en-
tre as placas.

Capacitores eletrolíticos

Capacitores eletrolíticos permitem grandes ca-


pacitâncias em pequenos tamanhos físicos. Figura 8-67 Capacitores em paralelo e em série
O capacitor eletrolítico consiste em:
Na figura 67 “A” a voltagem E é a mesma
 Duas placas de metal, separadas para todos os capacitores a carga total 𝑄𝑡 é a soma das
por um eletrólito, o eletrólito em cargas individuais, 𝑄1 , 𝑄2 , 𝑄3 .
contato com o terminal negativo Usando a equação básica para o capacitor:
tanto na forma liquida ou pastosa
inclui o terminal negativo. 𝑸
𝑪=
𝑬
O dielétrico do capacitor eletrolítico é:
A carga total é:
 Uma película de oxido extrema-
mente fina depositada sobre o ele- 𝑸𝒕 = 𝑪𝒕 . 𝑬
trodo positivo do capacitor. O ele-
trodo positivo é uma folha de alumí- Onde 𝐶𝑡 é a capacitância total.
nio dobrada para obtenção de má- A carga total dos capacitores em paralelo é a
xima área. soma das cargas individuais dos capacitores:

Dois tipos de capacitores eletrolíticos são usa- 𝑸𝒕 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 + 𝑸𝟑


dos:
Integrando as duas equações, temos a equação
1. Eletrolítico úmido – o eletrólito é um para a carga total:
liquido e o involucro deve ser a prova
de vazamento e deve ser montado na 𝑪𝒕 . 𝑬 = 𝑪𝟏 . 𝑬 + 𝑪𝟐 . 𝑬 + 𝑪𝟑 . 𝑬
vertical
Derivando a equação temos:
2. Eletrolítico seco – o eletrólito é uma
pasta em um separador feito de um 𝑪𝒕 = 𝑪𝟏 + 𝑪𝟐 + 𝑪𝟑
material absorvente como gaze ou pa-
pel Na arrumação em série da figura 67 “B” a
corrente é a mesma em todas as partes do circuito, cada
capacitor desenvolve uma voltagem durante a carga e
Capacitores em paralelo e em série a soma das voltagens de todos os capacitores tem que
ser igual à voltagem aplicada E.
As duas unidades usadas em medição da capa- Por meio da equação para capacitor a volta-
citância são o farad e o Coulomb, dito isto: gem aplicada E é igual à carga total dividida pela ca-
pacitância total, ou:
𝑸(𝒆𝒎 𝒄𝒐𝒖𝒍𝒐𝒖𝒎𝒃𝒔)
𝑪 (𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒓𝒂𝒅𝒔) =
𝑬 (𝒆𝒎 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔)
8-32
𝑸𝒕 A capacitância assim como a indutância ofe-
𝑬=
𝑪𝒕 rece oposição ao fluxo de corrente, essa oposição é
chamada de:
A carga total 𝑄𝑡 é igual à carga em qualquer
dos capacitores porque a mesma corrente flui em todos  Reatância e é medida em ohms.
pelo mesmo intervalo de tempo e porque a carga é
igual à corrente multiplicada pelo tempo em segundos O símbolo para a reatância capacitiva é 𝑋𝑐 e
(𝑄𝑡 = 𝐼. 𝑡), por isso: a equação:
𝑸𝒕 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 + 𝑸𝟑 𝒗𝒐𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎
𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆 = ,
𝒓𝒆𝒂𝒕𝒂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂
Uma vez que em um circuito com capacitores
em série 𝐶𝐾 = 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 onde 𝐸1 , 𝐸2 𝑒 𝐸3 são as 𝑬
voltagens dos três capacitores, então: 𝒐𝒖, 𝑰=
𝑿𝒄
𝑸𝒕 𝑸𝒕 𝑸𝒕 𝑸𝒕
= + + Quando maior a frequência, menor a reatân-
𝑪𝒕 𝑪𝟏 𝑪𝟐 𝑪𝟑 cia, logo:
Dividindo a equação por 𝑄𝑡 temos: 𝟏
𝑿= . 𝝅. 𝒇. 𝒄
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟐
= + +
𝑪𝒕 𝑪𝟏 𝑪𝟐 𝑪𝟑 𝒇 = 𝒇𝒓𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆𝒎 𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐
𝒄 = 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒓𝒂𝒅𝒔
Os capacitores em paralelo combinam-se por 𝟐. 𝝅 = 𝟔, 𝟐𝟖
uma regra semelhante à da combinação dos resistores
em série. Reatâncias capacitivas em série e em paralelo
Os capacitores em série combinam-se por uma
regra semelhante à da combinação dos resistores em Quando capacitores são conectados em série a
paralelo. reatância é igual à soma das reatâncias individuais, en-
No arranjo de dois capacitores em série tão:
𝐶1 𝑒 𝐶2 a capacitância total é dada pela equação:
(𝑿𝒄)²= (𝑿𝒄𝟏 ) + (𝑿𝒄𝟐 )
𝑪 𝟏 . 𝑪𝟐
𝑪𝒕 =
𝑪 𝟏 + 𝑪𝟐 A reatância total dos capacitores em paralelo
é encontrada da mesma forma que a resistência total é
Classificação de voltagem dos capacitores calculada em um circuito em paralelo:
Na seleção ou substituição de um capacitor 𝟏 𝟏 𝟏
para uso em um circuito, o seguinte deve ser conside- (𝑿𝒄𝒕 ) = + +
𝟏 𝟏 𝟏
rado: 𝑿𝒄𝟏 𝑿𝒄𝟐 𝑿𝒄𝟑
1. O valor da capacitância desejada LEI DE OHM PARA CIRCUITOS DE CA
2. A voltagem a qual o capacitor será
submetido O efeito combinado de resistência, reatância
indutiva e reatância capacitiva forma a oposição total
Se a voltagem aplicada for alta demais o die- ao fluxo de corrente em um circuito CA, tal oposição
létrico irá se romper e causar centelhamento. é chamada de impedância e é representada pela letra
A voltagem de trabalho é a voltagem máxima Z.
que pode ser aplicada e depende:
Circuitos de CA em série
 Do tipo de material empregado
como dielétrico Se um circuito CA consiste apenas de resistên-
 Da espessura do dielétrico cia o valor da impedância é o mesmo que o da resis-
𝑬
tência e alei de Ohm para um circuito CA 𝑰 = 𝒁 é exa-
A voltagem de trabalho deve ser selecionada
tamente a mesma que para um circuito CC.
de tal forma que seja ao menos 50% superior do que a
Quando um circuito CA contém além de resis-
maior voltagem a ser aplicada ao capacitor.
tência possui indutância ou capacitância, o valor total
Reatância capacitiva
8-33
da indutância “Z” não é mais igual ao valor de resis-
tência, a impedância torna-se então o valor da oposi-
ção total ao fluxo de corrente; em um circuito CA a
oposição total a corrente consiste de:

 Resistência
 Reatância indutiva
 Reatância capacitiva

A relação entre resistência, reatância e impe-


Figura 8-69 Circuito contendo resistência e indutância
dância pode ser ilustrada por um triangulo, assim, para
encontrar a impedância (total de oposição ao fluxo) No circuito da figura 69 vamos calcular o va-
deve-se usar o teorema de Pitágoras, o teorema esta- lor da impedância e da corrente através da lâmpada e
belece que o quadrado da hipotenusa seja igual à soma da bobina:
dos catetos.
Primeiro a reatância indutiva deve ser calcu-
lada
𝑿𝑳 = 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳
𝑿𝑳 = 𝟔. 𝟐𝟖. 𝟔𝟎. 𝟎, 𝟎𝟐𝟏
𝑿𝑳 = 𝟖 𝒐𝒉𝒎𝒔

Depois a impedância total é calculada

𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑳
𝒁 = √𝟔𝟐 + 𝟖𝟐
Figura 8-68 Triângulo da impedância 𝒁 = √𝟑𝟔 + 𝟔𝟒
𝒁 = √𝟏𝟎𝟎
Se um circuito de CA possuir reatância e in- 𝒁 = 𝟏𝟎 𝒐𝒉𝒎𝒔
dutância a relação entre os lados pode ser determinada
assim: Agora o fluxo da corrente pode ser calculado:

𝒁𝟐 = 𝑹𝟐 + 𝑿𝟐𝑳 𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰= = = 𝟏𝟏
𝒁 𝟏𝟎
A raiz de ambos os lados da equação:
A queda de voltagem através da resistência
(𝐸𝑋𝐿 ) é:
𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑳

Esta formula encontra a impedância quando os 𝑬𝑹 = 𝑰. 𝑹


valores de reatância indutiva e da resistência são co- 𝑬𝑹 = 𝟏𝟏. 𝟔 = 𝟔𝟔 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔
nhecidos, para encontrar a impedância em circuitos
contendo reatâncias capacitivas e indutivas usamos a A queda da voltagem através da indutância
mesma formula para determinar a impedância apenas (𝑋𝑋𝐿 ) é:
substituindo as variáveis por 𝑿𝑪 𝑒 ·.
Em circuitos contendo resistência com reatân- 𝑬𝑿𝑳 = 𝑰. 𝑿𝑳
cias indutivas e capacitivas junto, às reatâncias podem 𝑬𝑿𝑳 = 𝟏𝟏. 𝟖 = 𝟖𝟖 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔
ser combinadas por subtração devido aos seus efeitos
opostos no circuito: A soma das duas voltagens é maior que a vol-
tagem da fonte, isso ocorre porque as duas voltagens
𝑿 = 𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 estão fora de fase, assim sendo elas representam per si
a voltagem máxima.
Resultados negativos não são aceitos Se a voltagem no circuito for medida com um
voltímetro, ela será de aproximadamente 110 volts, a
voltagem da fonte, isto pode ser provado matematica-
mente:

𝑬 = √(𝑬𝑹 )𝟐 + (𝑬𝑿𝑳 )𝟐
𝑬 = √𝟔𝟔𝟐 + 𝟖𝟖𝟐
8-34
𝑬 = √𝟒𝟑𝟓𝟔 + 𝟕𝟕𝟒𝟒 𝑬𝑿𝑪 = 𝑰. 𝑿𝑪
𝑬 = √𝟏𝟐, 𝟏𝟎𝟎 𝑬𝑿𝑪 = 𝟔, 𝟕. 𝟏𝟑
𝑬 = 𝟏𝟏𝟎 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔 𝑬𝑿𝑪 = 𝟖𝟔, 𝟏 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔

A soma das duas voltagens não é igual à vol-


tagem aplicada, pois a corrente é avançada em relação
à voltagem, para encontrar a voltagem aplicada usa-se
a seguinte formula:

𝑬𝑻 = √(𝑬𝑹 )𝟐 + (𝑬𝑿𝑪 )𝟐
𝑬𝑻 = √𝟔𝟕𝟐 + 𝟖𝟔, 𝟏𝟐
Figura 8-70 Circuito contendo resistência e capacitância 𝑬𝑻 + √𝟒𝟒𝟖𝟗 + 𝟕𝟒𝟏𝟑
𝑬𝑻 = √𝟏𝟏𝟗𝟎𝟐
No circuito da figura 70 vamos calcular o va- 𝑬𝑻 = 𝟏𝟏𝟎 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔
lor da impedância, do fluxo da corrente e da queda de
voltagem através da lâmpada: Quando o circuito contém resistência, indu-
Primeiro a capacitância deve ser convertida de tância e capacitância, a seguinte equação é usada para
𝝁𝒇 para farads: achar a impedância:
𝟐𝟎𝟎
𝟐𝟎𝟎 𝝁𝒇 = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟎𝟎 𝒇𝒂𝒓𝒂𝒅𝒔 𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎

Prosseguindo a equação, encontramos a rea-


tância capacitiva:

𝟏
𝑿𝑪 =
𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑪
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟔, 𝟐𝟖. 𝟔𝟎. 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟎𝟎 Figura 8-71 Circuito contendo resistência, indutância e capa-
citância.
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟑𝟔 No circuito da figura 71 vamos encontrar a im-
pedância total no circuito:
𝑿𝑪 = 𝟏𝟑𝛀 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐭𝐚𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐯𝐚
𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
Agora encontramos a impedância:
𝒁 = √𝟒𝟐 + (𝟏𝟎 − 𝟕)𝟐
𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑪 𝒁 = √𝟒𝟐 + 𝟑𝟐
𝒁 = √𝟐𝟓
𝒁 = √𝟏𝟎𝟐 + 𝟏𝟑𝟐
𝒁 = 𝟓 𝒐𝒉𝒎𝒔
𝒁 = √𝟏𝟎𝟎 + 𝟏𝟔𝟗
𝒁 = √𝟐𝟔𝟗 Considerando que a reatância do capacitor é
𝒁 = 𝟏𝟔, 𝟒 𝒐𝒉𝒎𝒔 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒂𝒕𝒂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂 10Ω e a reatância do indutor é 7Ω então 𝑿𝑪 é maior do
que 𝑿𝑳 , logo:
Para encontrar a corrente:
𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰= = = 𝟔, 𝟕 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔 𝒁 = √𝟒𝟐 + (𝟕 − 𝟏𝟎)𝟐
𝒁 𝟏𝟔, 𝟒
𝒁 = √𝟒𝟐 + (−𝟑)𝟐
Para encontrar a queda de voltagem na lâm- 𝒁 = √𝟏𝟔 + 𝟗
pada: 𝒁 = √𝟐𝟓
𝒁 = 𝟓 𝒐𝒉𝒎𝒔
𝑬𝑹 = 𝟔, 𝟕. 𝟏𝟎
𝑬𝑹 = 𝟔𝟕 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔 Circuitos de CA em paralelo

Para encontrar a queda de voltagem no capa- Voltagens ou correntes fora de fase podem ser
citor (𝐸𝑋𝐶 ): somadas usando o teorema de Pitágoras.

8-35
𝑹𝑿𝑪 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎. 𝟏𝟑𝟐𝟕
𝒁= =
√𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑪 √(𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎)𝟐 + (𝟏𝟑𝟐𝟕)𝟐
= ±𝟎, 𝟏𝟑𝟏𝟓𝛀

Para encontrar a corrente através da capacitân-


cia:

𝑬 𝟏𝟏𝟎
Figura 8-72 Circuito em CA em paralelo contendo indutância 𝑰𝑪 = = = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐𝟗 𝒂𝒎𝒑.
e resistência 𝑿𝑪 𝟏𝟑𝟐𝟕

No circuito CA da figura 72 podemos calcular Para encontrar a corrente fluindo pela resistên-
a resistência total no circuito: cia:

𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰𝑻 = √𝑰𝟐 𝑳 + 𝑰𝟐 𝑹 𝑰𝑹 = = = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏 𝒂𝒎𝒑.
𝑹 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎
𝑰𝑻 = √(𝟎, 𝟎𝟓𝟖𝟒)𝟐 + (𝟎, 𝟏𝟏)𝟐
𝑰𝑻 = √𝟎, 𝟎𝟏𝟓𝟓 Para encontrar a corrente total no circuito;
𝑰𝑻 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟒𝟓 𝒂𝒎𝒑.
𝑰𝑻 = √𝑰𝟐 𝑹 + 𝑰𝟐 𝑪
A reatância indutiva ocasiona o adiantamento
da voltagem em relação a corrente, a corrente total que 𝑰𝑻 = √(𝟎, 𝟎𝟏𝟏)𝟐 + (𝟎, 𝟎𝟖𝟐𝟗)𝟐
contém um componente de corrente indutiva, retarda- 𝑰𝑻 = ±𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟔 𝒂𝒎𝒑.
se em relação à voltagem aplicada, o ângulo de fase
indica o quanto a corrente se atrasa em relação à vol- Ressonância
tagem.
A reatância indutiva (𝑋𝐿 = 2. 𝜋. 𝑓. 𝐿) E a ca-
1
pacitiva (𝑋𝐶 = 2.𝜋.𝑓.𝐶 ) Possuem funções de uma fre-
quência de corrente alternada.
Uma diminuição na frequência:

 Diminui o valor ôhmico de reatân-


cia indutiva e aumenta o valor da
reatância capacitiva
Figura 8-73 Circuito Ca em paralelo contendo capacitância e
resistência Na frequência de ressonância os efeitos reati-
vos de um capacitor e de um indutor serão iguais.
Na figura 73 podemos calcular o valor da im-
Esses efeitos são diretamente opostos entre si
pedância e do fluxo total de corrente:
e por isso se anulam, permanecendo assim apenas o
valor ôhmico da resistência se opondo ao fluxo da cor-
Primeiro a reatância capacitiva deve ser en-
rente no circuito.
contrada:
Um circuito onde o indutor e o capacitor este-
jam em serie e a frequência seja a de ressonância é
𝟏
𝑿𝑪 = chamado de:
𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑪
 Circuito em ressonância
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟐. 𝟑, 𝟏𝟒. 𝟔𝟎. 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟐 O símbolo para a frequência ressonante é 𝑭𝒏
se na frequência de ressonância a reatância indutiva
𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎 for igual à reatância capacitiva, então teremos:
𝑿𝑪 =
𝟕𝟓𝟑𝟔
𝟏
𝑿𝑪 = 𝟏𝟑𝟐𝟕𝛀 𝑿𝑳 = 𝑿𝑪 𝒐𝒖 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳 =
𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑪
Para encontrar a impedância em um circuito
Dividindo-se ambos os termos por, 2. 𝜋. 𝑓. 𝐿:
paralelo uma derivação da equação para circuitos em
série é usada:

8-36
𝟏 A proporção entre a potência verdadeira e a
𝑭𝟐 𝒏 =
(𝟐. 𝝅)𝟐 . 𝑳. 𝑪 aparente é chamada de fator de potência e é expressa
em unidades percentuais, a relação matemática é ex-
Extraindo-se a raiz de ambos os termos: pressa:

𝟏 𝑭𝑷 = 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂
𝑭𝒏 =
𝟐. 𝝅√𝑳. 𝑪
𝟏𝟎𝟎. 𝒘𝒂𝒕𝒕𝒔 (𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂)
𝑭𝑷 =
Onde, 𝐹𝑛 é frequência ressonante, C é a capa- 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔. 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔 (𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆)
citância em farads e L é a indutância em henrys.
Para encontrar a reatância indutiva em um cir- Exemplo:
cuito ressonante, usa-se:
Um motor CA de 220 volts toma 50 ampères
𝑿𝑳 = 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳 de uma linha, mas um wattímetro mostra que somente
9350 watts são tomados pelo motor, vamos determinar
Para encontrar a impedância: qual é a potência aparente e o fator de potência:

𝑹𝑿𝑳 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑠. 𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒𝑠


𝒁= 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 22.50 = 11000 𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠
√𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑳

𝑤𝑎𝑡𝑡𝑠 (𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎). 100


𝐹𝑃 =
𝑉𝐴 (𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒)

9350.100
𝐹𝑃 = = 85%
11000

TRANSFORMADORES
Figura 8-74 Circuito ressonante em paralelo
Um transformador:
Para resolver cadeias paralelas de indutância e
reatores capacitivos, usa-se:  Modifica o nível de voltagem, au-
mentando-o ou diminuindo-o como
𝑿 𝑳 . 𝑿𝑪 necessário.
𝑿=
√𝑿𝑳 + 𝑿𝑪
Ele consiste de:
Para resolver cadeias paralelas com resistên-
cia capacitiva e indutância, usa-se:  Duas bobinas eletricamente inde-
pendentes, dispostas de tal forma
𝑹𝑿𝑳 . 𝑿𝑪 que o campo magnético em torno de
𝒁= uma bobina atravessa também a
√𝑿𝟐 𝑳 . 𝑿𝟐 𝑪 + (𝑹𝑿𝑳 − 𝑹𝑿𝑪 )𝟐
outra bobina.
Potencia em circuitos CA
Um transformador pode ser usado com cor-
Em um circuito CC a potência é obtida pela rente CC pulsativa, mas não poderá ser usado com cor-
rente CC pura.
equação 𝑃 = 𝐸. 𝐼
Um transformador possui três partes básicas:

 Núcleo de ferro - proporciona um cir-


cuito de baixa relutância para as li-
nhas de força magnética
 Enrolamento primário - recebe a
energia elétrica da fonte de voltagem
 Enrolamento secundário - recebe
através de indução energia elétrica do
enrolamento primário

Figura 8-75 Fator de potência em um circuito CA

8-37
Além da perda de energia provocada por aco-
plamento imperfeito, transformadores estão sujeitos a:
 Perdas do ferro - existem dois tipos:
perda por histerese e por eddy current
 Perdas do cobre - causadas pela re-
sistência do condutor envolvendo as
espiras da bobina

Ligação de transformadores em circuitos CA

Em um circuito monofásico a voltagem é ge-


Figura 8-76 Transformador com núcleo de ferro rada por uma bobina alternadora, a voltagem monofá-
sica pode ser obtida de um alternador monofásico ou
Existem duas classes de transformadores: de uma fase de um alternador trifásico.
Em um circuito trifásico, três voltagens são
 Transformadores de voltagem - au- geradas por um alternador com três bobinas distintas,
menta e diminui voltagens as três voltagens são iguais, porém atingem seus valo-
 Transformadores de corrente - res máximos em tempos diferentes.
usado em circuitos de instrumentos O uso de três fios é padrão para transmissão
de força trifásica atualmente.
Nos transformadores de voltagem as bobinas
são ligadas em paralelo com a fonte de voltagem, nos Analise e pesquisa de panes em transforma-
transformadores de corrente as bobinas são ligadas em dores
série no circuito primário; a quantidade de espiras di-
ferencia um transformador do outro. O transformador Transformadores precisam ser testados quanto
de voltagem é o mais comum dos dois. a interrupções e curtos.
O grau de eficiência com que o fluxo do pri- Um enrolamento aberto pode ser localizado
mário é aproveitado no secundário é chamado de: usando um ohmímetro, o ohmímetro também pode ser
usado para testar enrolamentos em curto (porém esse
 Coeficiente de acoplamento método não tem precisão). O ohmímetro pode ser
usado para determinar se um transformador é de ele-
Quando um transformador eleva a voltagem, vação ou redução; em um transformador de redução a
ele reduz a corrente na mesma proporção. resistência do secundário será menor do que a do pri-
Os transformadores de voltagem mais comu- mário e vice-versa.
mente sados são os seguintes: Quando um enrolamento está completamente
em curto ele torna-se superaquecido por causa do
 Transformadores de potência, que fluxo elevado de corrente.
são usados para elevar ou reduzir
voltagens e correntes em muitos ti- VALVULAS ELETRONICAS
pos de fonte de força.
 Transformadores de áudio Tipos de válvulas
 Transformadores de RF, usados em
Válvulas são classificadas em quatro tipos:
equipamentos que funcionam na
faixa de frequência de rádio.
 Diodo
 Autotransformadores, geralmente
usados em circuitos de força.  Tríodo
 Tetrodo
Transformadores de corrente  Pêntodo

Usados em sistemas de força CA para: Um diodo é usado para transformar correntes


alternadas em correntes contínuas, no diodo os elé-
 Captar a corrente da linha do gera- trons são atraídos pela placa quando ela é mais positiva
dor e prover uma corrente propor- que o catodo e são repelidos quando a placa é menos
cional a corrente de linha para cir- positiva. Esta característica confere ao diodo seu tipo
cuitos de proteção e dispositivos de de uso, seja de retificação ou de transformação de cor-
controle. rente alternada em contínua.

Perdas dos transformadores

8-38
TRANSISTORES Retificadores a disco operam pelo princípio do
fluxo de corrente elétrica através da junção de dois ma-
O transistor é: teriais condutores não semelhantes.
Três tipos de retificadores a disco podem ser
 Um componente eletrônico que tem encontrados:
a mesma performance de uma vál-
vula a vácuo, ele é um semicondutor  Retificador de oxido de cobre
que pode ser de dois tipos de mate-  Retificador a selênio
rial cada qual com propriedades  Retificador de sulfito de cobre de
elétricas. magnésio

A maioria dos transistores é feita de germânio. Retificação


O tipo de transistores que pode ser usado em
algumas aplicações no lugar da válvula diodo é o tran- Retificação é:
sistor de função, existem dois tipos de transistores de
função:  O processo de mudança de corrente
alternada pra corrente contínua.
 NPN
 PNP

Diodo “Zener” (diodo separador)

São usados primariamente para regulagem de


voltagem, eles permitem a passagem de corrente
quando o potencial do circuito é igual ou acima da vol- Figura 8-77 Processo de retificação
tagem desejada, abaixo da voltagem desejada ele pa-
ralisa o circuito.
Na figura 77 o processo de retificação é feito
Uso dos transistores por um semicondutor retificador semelhante a um
diodo de junção.
Podem ser usados em todas as aplicações onde
as válvulas são usadas.

A principal desvantagem de um transistor é:


Figura 8-78 Circuito retificador de meia onda
 Sua baixa potência de saída e sua
faixa de frequência limitada.
Na figura 78 é mostrado um circuito retifica-
dor de meia onda, aonde um diodo é colocado em série
RETIFICADORES
com uma fonte de força de corrente alternada e um re-
Um retificador é: sistor carga.
O transformador fornece a corrente alternada
de entrada para o circuito, o diodo faz a retificação da
 Um dispositivo que transforma cor-
corrente alternada e o resistor serve a dois propósitos:
rente alternada em corrente contí-
nua, pela limitação de regulagem da
1. Limita a quantidade de fluxo de cor-
direção do fluxo da corrente.
rente para um nível seguro
Moto-gerador 2. Desenvolve um sinal de saída pra o
fluxo de corrente através do mesmo
Um moto-gerador é um motor CA e um gera-
dor CC combinado em uma unidade, esta combinação Em um retificador de meia onda, meio ciclo
pode ser chamada de conversor. de potência é produzido através do resistor de carga
para cada ciclo completo de potência de entrada.
Retificadores a disco Para aumentar a potência de saída um retifi-
cador de onda completa é usado.

8-39
3. Colocar um código de cores, frequen-
temente o código usado é o mesmo
que o dos resistores.

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO CA

Um ohmímetro em um circuito CA indicará


zero, pois um medidor com um magnetismo perma-
nente não pode ser usado para medir voltagem e cor-
rente alternada, porém, um medidor D’Arsonval pode
Figura 8-79 Retificador de onda completa ser usado para medir corrente e voltagem alternada.

Um retificador de onda completa é a combina- Retificador CA medidor


ção de dois retificadores de meia onda; um resistor de
carga é usado para limitar o fluxo de corrente, dois dio- Dois tipos de retificadores podem ser usados
dos proporcionam a retificação e um transformador na medição:
fornece corrente alternada para o circuito.
 Retificador de óxido de cobre
Voltagem de quebra é:  Válvulas retificadoras ou retifica-
dores de selênio
 A voltagem máxima que o retifica-
dor pode aguentar enquanto ele não Movimento do medidor eletro dinamômetro
estiver conduzindo.
O medidor eletro dinamômetro pode ser usado
Ponte de diodos de um circuito retificador para medir voltagem e corrente contínua ou alternada

O retificador tipo ponte difere do retificador Amperímetro eletro dinamômetro


de onda completa por não requerer um transformador
com derivação central, mas sim dois diodos adicio- Um amperímetro CA assim como o CC é co-
nais. nectado em série no circuito no qual a corrente deverá
medida
FILTRAGEM
Voltímetro eletrodinamométrico
Para que a retificação torne a corrente tão pró-
xima quanto possível da corrente DC é usado um pro- Neste voltímetro bobinas de campo são enro-
cesso chamado filtragem. ladas com várias voltas de fio fino, resistores de mate-
Qualquer reatância que contrarie a mudança rial não indutivo são conectados em série com as bo-
de voltagem ou corrente e que armazene e libere ener- binas e são usados em diferentes faixas de voltagem.
gia de volta no circuito pode ser usada como filtro. Os voltímetros são conectados em paralelo
Uma indutância também pode ser usada como através da unidade que deverá ter sua voltagem me-
filtro, pois ela se opõe a mudança da corrente através dida
dela e armazena energia em seu campo eletromagné-
tico quando a corrente aumenta, liberando essa energia Medidor de aleta de ferro móvel
quando a corrente diminui.
É um tipo básico de medidor que pode ser
Capacitores e indutores são combinados de
usado para medir CA ou CC.
vários modos para prover uma filtragem mais satisfa-
Utiliza-se do princípio de repulsão entre duas
tória essas combinações são comumente chamadas:
aletas concêntricas de ferro, uma fixa e outra móvel
colocadas dentro de um solenoide, e o ponteiro é fi-
 Filtros LC xado na aleta móvel.
Identificação de diodos semicondutores
Medidor de par termoelétrico
Existem três métodos comuns para identificar
Um fluxo de corrente através da resistência
o emissor e o coletor:
produz um calor que é transferido para o ponto de con-
tato do par termoelétrico gerando uma c.m.f. que causa
1. Colocar um pequeno ponto próximo
um fluxo de corrente através do medidor.
ao terminal emissor
Os pares térmicos são usados extensivamente
2. Estampar o símbolo do retificador na
para medições de CA.
capa do diodo
8-40
Medidores de variação  “vibrating-reed” (uso mais fre-
quente)
Ao multiplicar voltagem por amperagem em  Bobina fixa
um circuito CA podemos conhecer a potência apa-  Bobina móvel
rente; a combinação dessa potência verdadeira (realiza  Bobina fixa e disco móvel
trabalho) com a potência reativa (não realiza trabalho)  Circuito ressonante
retorna para a linha.
Varíometros medem a potência reativa. Medidor de frequência tipo “vibrating -reed”

É o tipo mais simples de indicador de frequên-


cia de uma fonte CA.

Figura 8-80 Variômetro conectado em um circuito CA

Medidores de potência (wattímetros)

A potência elétrica é medida por um wattíme-


tro, sendo a potência elétrica um produto da corrente
com a voltagem, um wattímetro precisa ter dois ele-
mentos, um para a corrente e outro para a voltagem.
Uma bobina móvel com uma resistência em
série formam o elemento de voltagem, uma bobina
fixa constitui o elemento de corrente.

Figura 8-81 Circuito de wattímetro eletro dinamômetro sim-


plificado

MEDIDORES DE FREQUENCIA

Equipamentos CA operam em uma dada faixa


de frequência e por isso é necessário um controle de
frequência dos sistemas de potência elétrica.
Sistemas CA operam em uma faixa de fre-
quência particular, por isso a faixa de operação do fre-
quêncimetro pode ser reduzida para poucos ciclos de
variação.
Existem diversos tipos de medidores de fre-
quência:

8-41
CAPÍTULO 9

GERADORES E MOTORES ELÉTRICOS DE AVIAÇÃO

INTRODUÇÃO longo de um giro de 360º da espira a voltagem é au-


mentada e reduzida, essa voltagem é chamada de vol-
A energia para a operação de muitos equipa- tagem alternada devido à inversão de valores positivos
mentos elétricos na aeronave depende da energia for- e negativos primeiro em um sentido depois no outro.
necida por um gerador; gerador é qualquer máquina Para produzir fluxo de corrente a partir da vol-
que transforma energia mecânica em energia elétrica tagem gerada na espira, deve-se ligar a espira em série
através de indução eletromagnética. com o circuito externo, essa ligação pode ser efetuada
Geradores que produzem corrente alternadas interrompendo-se a espira do fio e ligando seus termi-
são chamados: nais a dois anéis metálicos chamados:

 Gerador CA  Anéis coletores (contra os quais


 Alternador duas escovas de carvão ou metal es-
tão sobrepostos; as escovas estão li-
Geradores que produzem corrente contínua gadas ao circuito externo).
são chamados:
Substituindo-se os anéis coletores do gerador
 Gerador CC básico por dois semicilindros chamados:
 Dínamo
 Segmentos coletores
Ambos operam pela indução de uma voltagem
CA em bobinas por causa da variação de quantidade e Obtém-se um gerador CC básico.
sentido do fluxo magnético cortado pelas linhas. As duas escovas estacionarias estão instaladas
nos lados opostos do coletor de tal modo que cada es-
GERADORES cova entra em contato com cada elemento do coletor
quando este estiver girando simultaneamente com a
Para aeronaves equipadas com sistemas de espira.
corrente continua é a fonte regular de energia elétrica, As partes móveis de um gerador CC (bobina e
uma ou mais geradores fornecem energia para a ope- coletor) são chamadas de induzido.
ração de todas as unidades do sistema elétrico além de A geração da força eletromotriz (FEM) pela
carregar a bateria. espira móvel num campo magnético é igual para am-
Aeronaves equipadas com sistemas de cor- bos os geradores (CA e CC), mas a ação dos segmen-
rente alternada utilizam geradores CA (alternadores). tos coletores é que produz uma voltagem CC.
Embora a corrente inverta seu sentido na es-
Teoria de operação pira do mesmo modo que o gerador CA, a ação do co-
letor faz com que a corrente circule sempre no mesmo
Quando linhas de força magnética são corta- sentido através do circuito externo ou medidor. O pro-
das por um condutor, uma voltagem é induzida nesse cesso de comutação (retificação) transforma a volta-
condutor, a intensidade dessa voltagem depende da ve- gem CA em voltagem CC.
locidade do condutor e da intensidade do campo mag- Aumentando o número de espiras é diminuída
nético; se os terminais do condutor forem ligados para a diferença entre as voltagens máxima e mínima gera-
formar um circuito completo, uma corrente é induzida das, aumento o número de voltas que faz a espira au-
no condutor. menta o valor máximo de voltagem gerada, então, a
O campo magnético e o condutor formam um voltagem de saída de um gerador CC é determinada
gerador elementar, junto com os componentes do cir- pelo produto do número de voltas por espira.
cuito externo do gerador. A espira do fio é ajustada Um gerador CA (alternador) e um gerador CC
para girar em um campo magnético, quando o plano (dínamo) são idênticos no método de voltagem gerada
da espira estiver paralelo com as linhas de força mag- na espira móvel; porém, se a corrente for retirada da
nética (cortando as linhas de força em um ângulo reto) espira pelos anéis coletores ela soera uma corrente al-
a voltagem induzida na espira faz com que a corrente ternada e o gerador é CA, se ela for coletada por seg-
circule. mentos coletores ela será uma corrente continua e o
À medida que a espira gira até a posição ver- gerador será um gerador CC.
tical (posição em que as linhas de força não são corta-
das pela espira) a voltagem induzida diminui, pois a Características de construção dos geradores
razão de corte nessa posição é reduzida. Assim ao CC
9-1
As partes principais de um gerador CC são: O conjunto do induzido consiste de:

 Carcaça  Bobinas enroladas em um núcleo de


 Induzido ferro
 Conjunto de escovas  Coletor
 Partes mecânicas associadas
Carcaça
Montado sobre um eixo ele gira através do
Ou estrutura de campo é o alicerce ou moldura campo magnético produzindo pelas bobinas de campo,
do gerador e possui duas funções: o núcleo do induzido age como um condutor de ferro
no campo magnético, sendo assim, é laminado para
 Completa o circuito magnético en- evitar a circulação de correntes parasitas.
tre os polos Há em geral dois tipos de induzido:
 Atua como suporte mecânico para
outras partes do gerador  Tipo anel
 Tipo tambor
Nos geradores menores a carcaça é constituída
de uma peça única de ferro, nos geradores maiores ge- O tipo anel não é muito usado.
ralmente é constituída por duas partes aparafusadas Um induzido do tipo tambor tem bobinas ins-
juntas. taladas nas fendas do núcleo, isso aumenta a segurança
Os polos do campo são aparafusados no inte- mecânica do induzido.
rior da moldura e formam um núcleo pelo qual os en- As ligações das bobinas individuais (extremi-
rolamentos da bobina de campo são efetuados, são ge- dades da bobina) são ligadas ao segmento correspon-
ralmente laminados devido as correntes parasitas e dente do coletor.
tem a mesma finalidade de um núcleo de ferro de um
eletroímã, isto é, concentram as linhas de força produ-
zidas pela bobina de campo.
A carcaça completa incluindo as peças polares 9-1 Induzido do tipo tambor
é fabricada de:

 Ferro magnético de alta qualidade,


ou;
 Folha de aço

Um gerador CC usa eletroímãs ao invés de


imas permanentes (um campo suficiente produzido
com esses imãs aumentaria a dimensão física do gera- Coletores
dor).
As bobinas de campo são constituídas de: O coletor está instalado na extremidade do in-
duzido e consiste de:
 Diversas voltas de fio isolado enro-
ladas para se moldarem ao núcleo  Segmentos uniformes de cobre es-
de ferro do polo ao qual ela está se- tirado, isolado por folhas finas de
gura firmemente. mica. (Os segmentos são mantidos
no lugar por anéis de aço tipo “V”
A corrente de excitação necessária para pro- ou flanges de aperto com parafu-
duzir o campo magnético e que flui através das bobi- sos)
nas de campo é obtida de uma fonte externa ou de uma
máquina geradora CC. Não existe ligação elétrica en- Os anéis de mica isolam o segmento dos flan-
tre os enrolamentos das bobinas de campo e as peças ges; a parte alta de cada segmento é chamada de espe-
polares. lho, quando os segmentos não possuem espelhos os
As peças polares são projetadas da carcaça, fios são soldados a uma pequena fenda nas extremida-
como o ar oferece grande resistência ao campo mag- des dos segmentos.
nético esta montagem reduz o espaço do ar entre os As escovas são sobrepostas na superfície do
polos e o induzido rotativo aumentando a eficiência do coletor, formando um contato elétrico entre as bobinas
gerador. do coletor e o circuito interno; um fio flexível trançado
de cobre (rabicho) liga cada escova ao circuito ex-
Induzido terno.

9-2
As escovas, feitas de carvão de boa qualidade A voltagem de saída de um gerador em serie
são mantidas no lugar por ação de suportes, isolados pode ser controlada por um reostato em paralelo com
da carcaça podendo deslizar livremente para cima e os enrolamentos de campo.
para baixo para acompanhar qualquer anormalidade na Visto que esse gerador tem má regulagem ele
superfície do coletor; as escovas são geralmente ajus- nunca é usado em aeronaves, aeronaves usam os do
táveis de modo que sua pressão sobre os coletores tipo paralelo ou misto.
possa variar e a posição das escovas em relação a cada
coletor possa ser ajustada. O carvão de boa qualidade Geradores CC de excitação em paralelo
deve ser suficientemente macio para evitar o desgaste
do coletor e resistente o bastante para fornecer a es- Esses geradores possuem um enrolamento de
cova uma duração maior. A resistência de contato do campo ligado em paralelo com o circuito externo.
carvão é alta e por isso a escova deve ser grande o su- As bobinas de campo de um gerador de um
ficiente para proporcionar uma área de contato maior, gerador em paralelo contém muitas voltas de fio fino,
a superfície do coletor é altamente polida para reduzir a intensidade magnética é proveniente mais do grande
o atrito. número de voltas do que da intensidade da corrente
Óleo ou graxa nunca devem ser usados no co- através das bobinas.
letor. A voltagem de saída de um gerador em para-
lelo pode ser controlada por um reostato instalado em
serie com os enrolamentos de campo.

Geradores CC de excitação mista

São constituídos pela combinação de um en-


rolamento em serie e um enrolamento paralelo de tal
modo que de suas características se obtenha um bom
rendimento.
As bobinas de campo em serie são feitas de
um número de voltas pequeno de condutor de cobre
grosso de seção transversal circular ou retangular e são
ligadas em serie com o circuito do induzido, são insta-
ladas nos mesmo polos do campo em paralelo e, por
isso, auxiliam a força magneto motriz que influencia o
campo principal do gerador.
9-2 Seção transversal do coletor Se os amperes-voltas do campo em série
atuam no mesmo sentido daqueles do campo em para-
TIPOS DE GERADORES CC lelo a força magneto motriz combinada será igual à
soma dos componentes dos campos em serie e em pa-
Há três tipos de geradores CC: ralelo.
A voltagem de saída do gerador pode aumen-
 Série tar ou diminuir com a carga dependendo da influência
 Paralelo das bobinas de campo em série, esta influência é cha-
 Serie-paralelo (misto) mada de serie-paralelismo.
Gerador simples-misto
A diferença entre eles depende de como a bo-
bina de campo é ligada em relação ao circuito externo.  As voltagens sem carga e com carga
total possuem o mesmo calor.
Geradores CC de excitação em série
Gerador sub misto:
O enrolamento de campo de um gerador em
série é ligado em serie com o circuito externo.  Voltagem de carga total menor que
As bobinas de campo são compostas de pou- a voltagem sem carga
cas voltas de fio grosso.
A intensidade do campo magnético depende Gerador supermisto:
muito mais do fluxo da corrente do que do número de
voltas da bobina.  Voltagem de carga total maior que
Devido à má regulagem de voltagem dos ge- a voltagem de carga nula
radores em série, quando a carga aumenta a voltagem
também aumenta, porém, quando a carga é reduzida a
voltagem também é reduzida.
9-3
As variações na voltagem de saída com o au- magnético entre os polos do gerador de plano neutro,
mento da carga dependem do grau de série-parale- como a corrente do induzido aumenta com a carga a
lismo. distorção também se torna maior; esta distorção do
Se o campo em serie auxilia o campo em pa- campo magnético é chamada de:
ralelo o gerador é chamado:
 Reação do induzido
 Misto-acumulativo
Inter polos podem ser usados para diminuir al-
Se o campo em serie se opõem ao campo em guns efeitos da distorção do campo.
paralelo o gerador é chamado:
Capacidade do gerador
 Diferencialmente mista ou gerador
diferencial Um gerador é classificado pela sua potência
de saída, como o gerador é projetado para operar em
Os geradores mistos geralmente são projeta- uma voltagem especificada, a classificação geralmente
dos como supermistos, isso permite graus variados de é fornecida como sendo o número de amperes que um
composição, pela ligação de um campo paralelo com gerador pode fornecer na sua voltagem especificada ou
o campo em série; os geradores mistos são usados nominal.
aonde à regulagem de voltagem é um fator importante. A rotação dos geradores pode ser chamada de
Se um campo em paralelo de um gerador horaria ou anti-horária, é importante que o gerador a
misto estiver ligado, abrangendo o induzido e o campo ser usado possua o sentido de rotação correto, caso
em serie ele será conhecido como: contrário, a voltagem será invertida.
A transmissão do gerador é geralmente acio-
 Ligação de longo paralelismo nada para girar o gerador entre 1 1/8 e 1 ½ vezes a
velocidade do eixo de manivelas do motor.
Se o campo em paralelo estiver ligado so- A maioria dos geradores tem uma velocidade
mente com o induzido ele será conhecido como: na qual começam a produzir a sua voltagem normal,
conhecida como “COMING IN” esta velocidade é de
 Ligação de curto paralelismo 1500 R.P.M.

Estas ligações produzem essencial- Terminais do gerador


mente as mesmas características do
gerador correspondente. Na maioria dos geradores de 24 volts as cone-
xões elétricas são feitas nos terminais marcados B, A
Geradores de três fios e E, o fio positivo do induzido liga no terminal B, o fio
negativo do induzido liga no terminal E, a extremidade
Esses geradores são projetados para fornecer positiva do enrolamento do campo em paralelo liga no
240 volts ou 120 volts em relação a um fio neutro. Isso terminal A e a extremidade oposta é ligada no terminal
é conseguido pela ligação de uma bobina de reatância negativo da escova.
aos lados opostos do coletor com o neutro ligado ao
ponto central da bobina de reatância; essa bobina de
reatância atua como um divisor de voltagem de baixa
perda.
A bobina está inserida no interior de alguns
geradores com parte do induzido, com o ponto central
ligado a um único anel coletor que entra em contato
com o neutro por meio de uma escova.
O desequilíbrio de carga em qualquer dos la-
dos do neutro não deve ser maior que 25% da corrente
nominal de saída do gerador.
O gerador de três fios permite uma operação
simultânea de 120 volts para circuitos de iluminação e
de 240 volts para motores.

Reação do induzido

A corrente que flui através do induzido cria


campos eletromagnéticos nos enrolamentos, estes no-
vos campos tendem a distorcer ou inclinar o fluxo
9-4
REGULAGEM DE VOLTAGEM DO GERADOR  Quando a bateria não é desligada
ela se descarrega através do indu-
Entre os fatores que determinam a voltagem zido do gerador quando a voltagem
de saída de um gerador apenas um pode ser conveni- dele for inferior à voltagem da ba-
entemente controlada é a intensidade da corrente do teria, acionando o gerador como
campo. um motor.
Se um reostato for instalado para aumentar a
resistência no circuito de campo manos corrente fluirá A finalidade do limitador de corrente tipo vi-
através do enrolamento e a intensidade do campo mag- bratório é limitar a corrente de saída do gerador, auto-
nético no qual o induzido gira diminuirá, consequen- maticamente no seu valor nominal a fim de proteger o
temente a voltagem de saída do gerador diminuirá. Se gerador.
a resistência no circuito de campo for diminuída com A finalidade do relé de corte de corrente re-
o reostato mais corrente fluirá através do enrolamento versa é desligar automaticamente a bateria quando a
de campo, o campo magnético se torna mais forte e o voltagem do gerador for menor do que a voltagem da
gerador produzirá uma voltagem maior. bateria.
Os reguladores do tipo vibradores não podem No núcleo de ferro doce há dois enrolamentos,
ser usados com geradores que necessitam alta corrente o primeiro é o enrolamento da corrente e consiste em
de campo, posto que os contatos furarão ou queimarão. poucas voltas de fio grosso, está em serie com a linha
Geradores de grande carga necessitam de um regula- e conduz toda a sua corrente, o segundo é o enrola-
dor semelhante ao regulador de pilha de carvão. mento da voltagem, consiste em um grande número de
voltas de fio fino e está em paralelo com os terminais
Regulador de voltagem a pilha de carvão do gerador.

Esse regulador depende da resistência de di- INTERRUPTOR/RELÉ DIFERENCIAL


versos discos de carvão sobrepostos.
A resistência da pilha de carvão varia inversa- Alguns sistemas usam tipo um interruptor de
mente com a pressão aplicada, quanto mais compres- corrente reversa, que atua não somente como um in-
são menor será a resistência, pois haverá menos ar en- terruptor de corrente, como interruptor de controle re-
tre os discos e o ar oferece alta resistência. moto pelo qual o gerador pode ser desconectado do
A pressão na pilha de carvão depende de duas sistema elétrico a qualquer momento e opera a nível
forças opostas: da voltagem do gerador. Porém, o tipo mais usado nas
aeronaves de grande porte é o interruptor/relé diferen-
 Uma mola cial, cujo controle é jeito pela diferença entre a volta-
 Um eletroímã gem da barra da bateria e o gerador; ele liga o gerador
à barra principal dos sistemas elétricos quando a vol-
O eletroímã exerce uma força que reduz pres- tagem de saída do gerador excede a voltagem da barra
são, quando a voltagem do gerador variar a força do de 0,35 a 0,56 volts, ele desliga o gerador quando uma
eletroímã variará. corrente reversa normal fluir da barra para o gerador.
Se a voltagem do gerador exceder um valor es- O relé de controle diferencial é constituído de:
pecífico à força do eletroímã aumentará, diminuindo a
pressão exercida na pilha aumentando a sua resistên-  Dois relés (um de voltagem e o ou-
cia. tro é o diferencial)
Um reostato pequeno é o meio de ajustagem  Um contactor operado por bobina
do fluxo de corrente através da bobina do eletroímã.
Relés de controle de sobre voltagem e de
Regulador de três unidades campo

Muito usado em aeronaves de pequeno porte. O controle de sobre voltagem protege o sis-
Consiste de: tema caso exista voltagem excessiva.
O relé de sobre voltagem é fechado quando a
 Um limitador (regulador de cor- saída do gerador atinge 32 volts, além de completar
rente para limitar a corrente de sa- um circuito para desarmar a bobina do relé de controle
ída de um gerador) de campo.
 Um interruptor de corrente reversa O fechamento do circuito de desarme do relé
(desliga a bateria do gerador) de controle abre o circuito do campo em paralelo e o
 Um regulador de voltagem. completa através de um resistor, provocando uma
queda de voltagem no gerador, além disso, o circuito
Motorização do gerador: do interruptor do gerador e o circuito de equalização
(avião multímotor) são abertos.
9-5
Um circuito de luz indicadora é completado Rabichos flexíveis de baixa resistência são en-
avisando que existe uma condição de sobre voltagem. contrados na maioria das escovas condutoras de cor-
rente elevada, sua finalidade é conduzir corrente dei-
GERADORES EM PARALELO xando de submeter à mola da escova a correntes que
alterariam a ação da mola por superaquecimento; tam-
Quando dois ou mais geradores operam ao bém eliminam qualquer faísca possível para a guia da
mesmo tempo com a finalidade de fornecer energia escova causada pelo movimento das escovas no estojo,
para uma carga, diz-se que eles estão em série, isto é, minimizando o desgaste lateral.
cada gerador fornece uma parte proporcional da am- A operação por tempo prolongado resulta fre-
peragem total da carga. quentemente no isolamento de mica entre as barras do
A potência fornecida por um gerador geral- coletor, essa condição é chamada de mica alta.
mente é chamada de ampères-carga.
Operação do gerador
Paralelismo com ligação negativa
Se o gerador não estiver produzindo voltagem,
Para distribuir a carga igualmente entre os ge- retira-se o regulador de voltagem e com o motor ope-
radores operando em paralelo, uma bobina é enrolada rando a aproximadamente 1800 R.P.M deve haver um
no mesmo núcleo da bobina de voltagem do regulador. curto-circuito nos terminais A e B na base de monta-
Se todos os geradores estiverem fornecendo a gem do regulador; caso seja mostrada uma voltagem
mesma corrente, a queda de voltagem em todas as li- excessiva a pane não é no gerador é no regulador de
gações massa será a mesma. voltagem; se o teste deixar de produzir voltagem o
campo do gerador poderá ter perdido magnetismo re-
Paralelismo com ligação positiva sidual. Para recuperar o magnetismo residual ener-
giza-se o campo do gerador removendo o regulador,
A finalidade do circuito de equalização é au- ligando momentaneamente o terminal A da base do re-
xiliar os reguladores de voltagem automaticamente, gulador de voltagem a uma barra da bateria enquanto
reduzindo a voltagem do gerador com voltagem ele- o motor opera em R.P.M de cruzeiro.
vada e aumentando a voltagem do gerador com baixa
voltagem de maneira que a carga total seja dividida Pesquisa de pane
igualmente pelos geradores.
Se o sistema de um gerador estiver defeituoso
MANUTENÇÃO DO GERADOR CC as causas prováveis são:

Inspeção  O gerador pode estar em pane


(queimado, danificado mecanica-
Geralmente a inspeção de um gerador em uma mente, etc.).
aeronave deve conter os seguintes itens:  Parte da fiação do circuito para ou
procedente do gerador está com de-
1. Montagem segura do gerador feito
2. Condição das conexões elétricas
3. Presença de sujeira e óleo. Se houver O teste de continuidade é a verificação quanto
óleo deve-se verificar a vedação do à existência de um sistema elétrico completo entre dois
motor. A sujeira remove-se com ar pontos, os três tipos de medidores de continuidade são:
comprimido
4. Condição das escovas 1. Medidor portátil de pilha, usado para
5. Operação do gerador testar circuitos com a força principal
6. Operação do regulador de voltagem desligada.
2. Bulbo de lâmpada comum (tipo 24
volts) testa circuitos com a força prin-
Condições das escovas do gerador cipal ligada
3. Voltímetro de precisão, usado com a
O centelhamento reduz rapidamente a área
força principal ligada.
efetiva da escova em contato com os coletores. O grau
de centelhamento deve ser determinado e o desgaste
ALTERNADORES
excessivo requer inspeção cuidadosa.
Uma escova de carvão, grafite ou levemente Um gerador elétrico é:
metalizada deve exercer uma pressão de 1 ½ a 2 ½ psi.

9-6
 Qualquer máquina que transforme  Tipo induzido rotativo (semelhante
energia mecânica em energia elé- ao gerador CC, onde o induzido
trica através de indução eletromag- gira através de um campo magné-
nética. tico estacionário, essa forma é en-
contrada em alternadores de baixa
Um gerador que produz corrente alternada é potência e não é usado normal-
chamado de: mente).
 Tipo campo rotativo (possui um en-
 Gerador CA. rolamento de induzido estacionário
“estator” e um enrolamento de
A principal diferença entre um alternador e campo rotativo “rotor”, nesse sis-
um gerador CC é: tema o induzido é ligado direta-
mente à carga, alternadores de alta
 O método usado na ligação com os voltagem são geralmente deste
circuitos externos, isto é, o alterna- tipo).
dor é ligado ao circuito externo por
anéis coletores, já o gerador CC é li- Alternador monofásico
gado por segmentos coletores.
Como a FEM induzida em um gerador é alter-
Tipos de alternadores nada, o mesmo tipo de enrolamento pode ser usado
tanto em um alternador com em um gerador CC.
Alternadores são classificados de diversas ma- Um alternador monofásico possui um estator
neiras, uma forma de classificação é pelo tipo de sis- constituído de vários enrolamentos em série, for-
tema de excitação utilizado. mando um circuito único no qual é gerada uma volta-
Nos alternadores de aeronaves um destes mé- gem de saída. O estator possui quatro peças polares
todos de excitação pode ser usado: espaçadas igualmente ao redor da carcaça do estator, o
rotor possui quatro polos adjacentes de polaridade
1. Um gerador CC de acoplamento di- oposta; à medida que o rotor gira as voltagens CA são
reto – este sistema consiste em um ge- induzidas nos enrolamentos do estator. As voltagens
rador CC fixado no mesmo eixo do induzidas em todos os enrolamentos possuem a
gerador CA. mesma amplitude ou valor a qualquer momento.
2. Pela transformação e retificação do
sistema CA – este método depende Alternador bifásico
do magnetismo residual para a forma-
ção de voltagem CA inicial. Possuem dois ou mais enrolamentos monofá-
3. Tipo integrado sem escova – esta sicos, espaçados ao redor do estator.
combinação consiste de um gerador Os enrolamentos são separados eletricamente
CC no mesmo eixo com um gerador um do outro, quando um enrolamento está sendo cor-
CA, o circuito de excitação é comple- tado por um fluxo máximo o outro não está sendo cor-
tado por retificadores de silício mon- tado por nenhum fluxo, assim fica estabelecida uma
tados sobre o eixo do gerador e sua sa- relação de 90º entre as duas fases.
ída é alimentada diretamente ao
campo rotativo do principal gerador Alterador trifásico
CA.
O circuito trifásico é empregado na maioria
Outro método de classificação é pelo número dos alternadores de aeronaves.
de fases da voltagem de saída, os geradores podem ser: Um dos fios de cada fase é ligado para formar
uma junção comum, o estator é chamado de ligação
 Monofásicos em Y ou estrela, o fio comum pode ou não ser proce-
 Bifásico dente ser procedente do alternador, se ele vier do al-
ternador é chamado de fio neutro.
 Trifásico
 Seis ou mais fases
Unidade alternadora retificadora
Nas aeronaves o alternador trifásico é o mais Este tipo de fonte é às vezes chamado de ge-
usado. rador CC, visto que é usado nos sistemas CC, embora
Outro processo de classificação é pelo tipo de sua saída seja CC ela é uma unidade alternadora reti-
estator e rotor, nesta forma existem dois tipos: ficadora.

9-7
Esta unidade é uma unidade auto excitada, Por esta razão, geradores de corrente alternada
mas não contem um imã permanente à excitação para são classificados de acordo com:
a partida é obtida da bateria e imediatamente após a
partida a unidade é auto excitada.  KVA
O alternador está acoplado diretamente ao mo-  Fator de potencia
tor do avião por meio de um acoplamento de aciona-  Fases
mento flexível. A voltagem de saída CC pode ser re-  Voltagem
gulada por um regulador de voltagem do tipo pilha de  Frequência
carvão.
Um gerador pode ser classificado em 40 KVA,
ALTERNADORES SEM ESCOVA 208 volts, 400 ciclos, trifásico, e com um fator de po-
tência de 75%. O KVA indica a potência aparente ou
Introdução a relação entre a corrente e a voltagem na qual o gera-
dor deve operar.
Este alternador é o mais usado em aeronaves
O fator de potência é a expressão entre a po-
modernas.
tência aparente (volt-ampère) e a potência real ou efe-
tiva (WATTS). O número de fases é o número de vol-
ALTERNADORES DE AVIÕES BOEING 737,
tagens independentes geradas; os geradores trifásicos
727 E 707.
geram três voltagens espaçadas em 120º.
Cada alternador fornece 30 ou 40 KVA, vol-
Frequência do alternador
tagem de 120 a 208 volts, corrente alternada de 380 a
420 Hz. Não há anéis coletores, comutadores nem es-
Depende da velocidade do rotor e do número
covas no alternador ou no excitador. Um campo ele-
de polos; quanto maior for à velocidade mais alta será
tromagnético rotativo produz a voltagem de saída a ser
a frequência, quanto menor a velocidade mais baixa
induzida no induzido estacionário do alternador.
será a frequência.
Os alternadores acionados pelos motores são
Quanto mais polos tiver o rotor, mais alta é a
acoplados a unidade de transmissão de velocidade
frequência a certa velocidade.
constante (CSD = CONSTANT SPEED DRIVER) na
Um alternador com dois polos gira o dobro da
parte inferior dos motores.
velocidade de um alternador de quatro polos para a
O alternador completo é constituído de:
mesma frequência de voltagem gerada.
A frequência do alternador em c.p.s está rela-
 Circuito excitador de CA cionada com o número de polos e a velocidade, essa
 Retificador rotativo relação é expressa através da equação:
 O alternador propriamente dito
𝑷 𝑵 𝑷.𝑵
 𝑭 = 𝟐 . 𝟔𝟎 =
O excitador de CA consiste de: 𝟏𝟐𝟎

 Campo CC de seis polos estacioná- Onde P é o número de polos e N é a velocidade


rios em RPM, por exemplo, um alternador com dois polos
 Induzido rotativo e 3600 RPM tem uma frequência de:

𝟐.𝟑𝟔𝟎𝟎
Combinação dos sistemas elétricos CA e CC  𝑭= = 𝟔𝟎 𝒄. 𝒑. 𝒔.
𝟏𝟐𝟎

A combinação de sistemas elétricos CA e CC Regulagem de voltagem dos alternadores


normalmente inclui uma fonte auxiliar de energia CC
como reserva do sistema principal. A função do sistema regulador é:

Classificação dos alternadores  Controlar a voltagem


 Manter o equilíbrio da corrente
A corrente máxima que pode ser fornecida por que circula em todo o sistema
um alternador depende da dissipação máxima de calor
 Eliminar variações repentinas na
que pode ser mantida no induzido e a dissipação má-
voltagem (ante oscilante) quando
xima de calor que pode ser mantida no campo; essa
uma carga for aplicada ao sistema.
ação é similar a dos geradores CC. Nos geradores CA,
entretanto, cargas que atrasam o fator de potência ten- Reguladores transistorizados de alternador
dem a desmagnetizar o campo do alternador, e a vol-
tagem de saída é mantida somente pelo aumento da Um regulador de voltagem transistorizado
corrente do campo CC. consiste basicamente em:
9-8
A unidade hidráulica de cilindrada variável
 Transistores gira numa razão fixa em relação à velocidade de en-
 Diodos trada da transmissão.
 Resistores A unidade de cilindrada fixa é acionada pelo
 Capacitores óleo descarregado pela unidade de cilindrada variável.
 Um transmissor
Diferencial mecânico e unidades hidráulicas
Durante a operação a corrente flui através de
um diodo e um transistor para o campo do gerador, O diferencial é do tipo de engrenagens plane-
quando o nível adequado de voltagem é atingido, os tárias no centro e engrenagens anulares de entrada e
componentes de regulagem fazem com que o transis- saída (coroas), nas extremidades, completando o con-
tor entre em corte para controlar a intensidade do junto.
campo do alternador. A unidade hidráulica de cilindrada fixa é aco-
plada hidraulicamente a unidade de cilindrada variável
Regulagem com amplificador magnético e é conectada ao diferencial mecânico através da coroa
de entrada, a coroa de saída do diferencial é acoplada
Conhecido como regulador estático de volta- a engrenagem de saída da transmissão.
gem devido à ausência de partes móveis.
Consiste de: Diferencial mecânico

Consiste em:
 Um circuito de voltagem de refe-
rencia
 Um eixo portador
 Amplificador magnético de dois es-
tágios  Duas engrenagens planetárias
 Transformador de força e retifica-  Duas coroas (de entrada e de saída).
dor associados
O diferencial é um dispositivo somatório, con-
A grande vantagem desse regulador é traba- trolado através da coroa de entrada, para somar ou sub-
lhar com uma variação de voltagem muito pequena trair a velocidade da caixa de transmissão do motor a
sendo da ordem de 1%. fim de se obter a velocidade desejada de saída.
O regulador de voltagem divide-se em três
Unidade hidráulica de cilindrada variável
partes principais:
Consiste de:
 Detector de erro de voltagem
 Pré-amplificador  Um tambor
 Amplificador de potencia  Pistões alternativos
 Placa de controle de inclinação va-
Transmissão de velocidade constante (CSD)
riável
do alternador
 Cilindro
Alternadores nem sempre são ligados direta-  Pistão de controle
mente ao motor como os geradores CC; diversos apa-
relhos que operam com corrente alternada devem ope- A unidade está acoplada diretamente ao motor
rar a certa voltagem e numa certa frequência, por isso, do avião, consequentemente a velocidade de rotação
a velocidade dos alternadores deve ser constante do bloco de pistões é sempre proporcional à veloci-
mesmo que a velocidade do motor da aeronave varie dade de entrada e o sentido de rotação é sempre o
Por isso alguns alternadores são acionados pelo motor mesmo.
através de uma transmissão de velocidade constante Quando nenhum óleo é bombeado ou recebido
(CSD), instalada entre o motor e o alternador. pela unidade de cilindrada variável a transmissão es-
Cada transmissão (CSD) consiste de: tará operando em acionamento direto.

 Duas unidades hidráulicas tipo pis- Unidade hidráulica de cilindrada fixa


tão de deslocamento axial e de cilin-
Consiste de:
drada positiva.
 Diferencial mecânico que efetua a
 Um tambor
função somatória das velocidades
 Pistões alternativos
 Placa de controle de inclinação fixa

9-9
 Regula a pressão de operação do
O sentido e a velocidade de rotação são deter- sistema de carga, ela executa essa
minados pelo volume de óleo bombeado ou recebido função dosando a descarga do óleo
pela unidade de cilindrada variável. do sistema de carga para mantes a
Quando a unidade variável para de bombear pressão no valor pré-ajustado.
óleo para a unidade fixa e está para de girar a trans-
missão está operando na condição transmissão direta. O óleo sobre pressão de carga alimenta o go-
vernador e a válvula de controle e repõe o óleo na ope-
Sistema de controle de rotação ração das unidades hidráulicas.

O governador é: Reservatório e separador de ar

 Uma válvula de controle hidráu- O reservatório executa as seguintes funções:


lico, atuada por mola e operada
por contra pesos. 1. Remover o ar do sistema de óleo
2. Proporciona alimentação de óleo
Sua finalidade é: isento de ar para a transmissão

 Controlar o envio de óleo de carga Filtro de linha de carga e válvula de deriva-


da transmissão para o cilindro de ção
controle
O filtro possui uma válvula de derivação que
O governador efetua três funções duas são permite o óleo fluir no caso do elemento filtrante ficar
protetoras do sistema e a última é a função de regula- completamente entupido. Possui também um indica-
ção normal. dor mecânico de entupimento.
A primeira ação protetora destina-se a condi-
ção de rotação abaixo do normal. Mecanismo de desacoplamento da transmis-
A segunda função protege o sistema em caso são do alternador
de parada do governador.
É um dispositivo atuado eletricamente que de-
Sistema hidráulico sacopla o eixo de entrada da transmissão em caso de
mau funcionamento.
Consiste de: Quando desengatado o eixo de transmissão do
motor passa a girar livremente sem acionar a transmis-
 Bomba de carga são do gerador. O reengate somente pode ser efetuado
 Bomba de recuperação em solo, com o motor parado.
 Válvula de segurança de carga

A bomba de carga:

 Está localizada no circuito hidráu-


lico entre o reservatório e a trans-
missão, alimenta os blocos de pis-
tões das unidades hidráulicas, o go-
vernador, o cilindro de controle e o
sistema de lubrificação.

A bomba de recuperação:

 Está localizada no circuito entre o


decantador da transmissão e o radi-
ador externo de óleo, ela devolve ao
reservatório, através do radiador, o
óleo de lubrificação e o óleo prove- Figura 9-3 - Mecanismo de desacoplamento da transmissão
niente de vazamentos internos. do alternador

A válvula de segurança: Refrigeração da transmissão do alternador

9-10
O calor produzido pela transmissão (CSD) é Testes de bancada são usados para testar os al-
absorvido pelo fluido hidráulico contido na própria ternadores e os transmissores de velocidade constante
transmissão e dissipado num radiador localizado na nas oficinas de reparo.
parte inferior dianteira do motor. O óleo quente passa Para uma manutenção adequada em um alter-
primeiro através de um filtro e depois segue para o ra- nador é necessário unidade seja mantida limpa e todas
diador. as ligações elétricas devem estar firmes e em bom es-
A elevação normal da temperatura do óleo ao tado.
passar pela transmissão é de cerca de 10ºC com carga
total de regime continuo e com temperatura de entrada Pesquisa de panes
de aproximadamente 120ºC nas velocidades normais
de rotação. Na CSD o óleo serve como: A tabela abaixo serve de auxilio:

 Lubrificante
 Refrigerante
 Fluido hidráulico

O sistema de identificação de temperatura in-


dica a diferença entre a temperatura de entrada e saída
do óleo da CSD e através do comando de um interrup-
tor indica a temperatura real do óleo de entrada.

SINCRONISMO DOS ALTERNADORES

Dois ou mais alternadores podem ser operados


em paralelo com cada alternador conduzindo a mesma
carga.
Para sincronizar (por em paralelo) dois ou
mais alternadores a mesma barra eles devem apresen-
tar a mesma sequência de fase, voltagem e frequências INVERSORES
iguais.
É usado em alguns sistemas do avião com a
Circuito de proteção dos alternadores finalidade de:
É importante que os alternadores sejam desli-  Transformar uma parte da força
gados do sistema quando ocorrerem falhas elétricas, CC em CA
para que um alternador seja retirado da barra quando
houver pane no circuito, os disjuntores devem abrir de Essa CA é usada principalmente nos instru-
forma rápida e automática, do contrário o alternador mentos, rádios, radar, iluminação e outros acessórios.
poderá queimar. Inversores são construídos para:
No sistema de controle do alternador, encon-
tramos:  Fornecer uma corrente de 400 Hz.
1. Relé de controle do excitador, cuja fi- Alguns são projetados para fornecer mais de
nalidade é abrir ou fechar os circuitos uma voltagem, por exemplo, 26 volts CA em um en-
de campo do excitador. rolamento e 115 volts no outro.
2. Contactor da linha principal, que liga Há dois tipos básicos de inversores:
ou desliga o alternador da barra e tam-
bém abre ou fecha a corrente do
 Rotativo
campo do excitador.
 Estático
O relé de proteção de corrente diferencial tem
Qualquer um dos tipos pode ser monofásico
a finalidade de proteger o alternador de curtos inter-
ou polifásico.
nos, entre as fases ou a massa.
Inversores rotativos
MANUTENÇÃO DO ALTERNADOR
Existem diversos tamanhos, tipos e configura-
Verificam-se as escovas do excitador quanto a
ções; esses inversores são essencialmente geradores
desgaste e estado das superfícies; inspecionando seu
CA e motores CC em uma única carcaça. O campo do
comprimento e condição geral.
9-11
gerador (ou induzido) e o campo do motor (ou indu- MOTORES ELÉTRICOS CC
zido) são montados em um mesmo eixo que irá girar
dentro da carcaça. Um motor CC é:
Um tipo comum de inversor rotativo é o de
imã permanente outro tipo é o do tipo indutor  Uma máquina rotativa que trans-
forma energia elétrica CC em ener-
Inversor rotativo de imã permanente gia mecânica

É composto de: Consiste de duas partes principais:

 Conjunto rotor CC  Conjunto de campo


 Gerador CA de imã permanente  Conjunto rotor (parte móvel, na
qual os fios condutores de corrente
Cada um dos componentes possui um estator são atuados pelo campo magnético).
separado instalado dentro da mesma cabeça.
Força entre condutores paralelos
Inversor rotativo do tipo indutor
Os condutores de corrente no mesmo sentido
A frequência neste inversor é determinada tendem a se atrair, os condutores de corrente no sen-
pelo número de polos e pela velocidade do motor, a tido oposto tendem a se repelir.
voltagem é controlada pela corrente do campo estator.
Desenvolvimento do torque
Inversores estáticos
Se uma bobina na qual está fluindo corrente é
As vantagens desses inversores são a ausência colocada num campo magnético, uma força é produ-
de partes moveis e adaptação para arrefecimento por zida e faz com que a bobina gire.
condução
Inversores estáticos (conhecidos como inver-
sores de estado solido) são fabricados em grandes va-
riedades de tipos e modelos podendo ser classificados:

 Pela forma de onda da saída CA


 Pela capacidade de potencia

Os inversores estáticos mais usados possuem


saída de onda senoidal controlada.
Algumas características dos inversores estáti-
cos são:

 Alta eficiência
 Pouca manutenção e maior duração
 Nenhum período de aquecimento é
necessário Figura 9-4 Desenvolvimento do torque
 Capaz de começar a operar sob
Na bobina da figura 4 a corrente flui para den-
carga
tro no lado A e para fora no lado B, o campo magnético
 Operação extremamente silenciosa ao redor de B está no sentido horário e o campo ao
 Reação rápida a mudança de carga redor de A está no sentido anti-horário. A força desen-
volvida forçara o lado B para baixo, ao mesmo tempo,
Esses inversores são comumente usados para: o campo dos imãs e o campo ao redor de A cuja cor-
rente está para dentro aumenta na base e diminui na
 Fornecer energia para os instru- extremidade superior, assim, A se movimentará para
mentos sensíveis à frequência, como cima.
os giroscópios de atitude e direcio- A tendência que uma força possui de produzir
nal. Também fornecem energia um movimento de rotação é denominada de torque,
para os indicadores e os transmisso- quando o volante de um carro é acionado uma força de
res AUTOSYN e MAGNESYN, gi- torque é aplicada ao eixo.
roscópio de razão, radar e outras O motor de um avião proporciona torque a
aplicações. uma hélice.

9-12
O torque é desenvolvido também pela reação O rotor de um motor CC prático não é insta-
dos campos magnéticos ao redor da bobina condutora lado entre os polos de um imã permanente, mas entre
de corrente. os polos de um eletroímã, pois assim um campo mag-
A regra da mão direita do motor pode ser nético mais forte pode ser obtido; o núcleo é geral-
usada para determinar o sentido no qual um fio condu- mente feito de ferro doce ou recozido que pode ser
tor de corrente movimentar-se-á num campo magné- magnetizado por indução. A corrente magnetizadora
tico. do eletroímã é a mesma fonte que fornece corrente
para o rotor.

Figura 9-5 Regra da mão direita do motor

Como mostrado na figura 5 se o dedo indica-


dor da mão direita estiver apontando no sentido do
campo magnético, e o dedo médio apontado para o
fluxo da corrente, o polegar indicara o sentido em que
o fio condutor de corrente irá se mover.
A intensidade de torque desenvolvido numa
bobina depende de alguns fatores:

 Força do campo magnético


 Número de espiras na bobina
 Posição da bobina no campo

Os imãs são feitos de aço especial que produz


um campo forte.
Visto que existe um torque atuando em cada
espira quanto mais espiras houver maior será o torque.
Quando o plano da bobina estiver em paralelo
com as linhas de força o torque será zero, quando o
plano da bobina cortar as linhas de força em ângulo
reto o torque será de 100%, nas posições intermedia-
rias o torque irá variar de 0 a 100%.

Motor CC básico

Uma bobina de fio através da qual uma cor-


rente flui, girará quando colocada em um campo mag-
nético; esta é a base que regula a construção de um
motor CC.
A parte do motor CC que transfere a corrente
de um fio para o outro é denominada coletor.
A transferência dos terminais da bobina da es- Figura 9-6 Funcionamento do motor CC básico
cova positiva para a escova negativa ocorre duas vezes
em cada rotação da bobina.
O torque de um motor que contém somente
uma bobina não é continuo porque há duas posições Construção do motor CC
aonde o torque é nulo, por isso, um motor CC prático
contém um grande número de bobinas enroladas sobre As partes principais de um motor prático são:
o rotor de forma a torna-lo continuo.
 Conjunto de campo

9-13
 Conjunto da escova
 Extremidade da carcaça A carcaça do campo está localizada na parte
interna da parede do alojamento do motor, ela contém
peças polares de aço doce laminado onde as bobinas
de campo estão enroladas.
Uma bobina que consiste em diversas espiras
de fio isolado encaixa-se em cada peça polar e junto
com o polo, constitui um polo de campo.
Alguns motores têm dois polos e alguns mo-
tores chegam a ter oito polos.

Conjunto de escovas

O conjunto de escovas consiste de:

 Escovas (geralmente são blocos pe-


quenos de carvão grafite, pois esta
matéria possui grande duração em
operação e reduz o desgaste do co-
letor).
Figura 9-7 Vista em corte de um motor prático CC  Porta escovas (permitem alguma
folga nas escovas para que elas pos-
sam acompanhar qualquer irregu-
laridade na superfície do coletor,
Conjunto do rotor além de fazerem um bom contato,
molas fazem a retenção da escova
O conjunto do rotor contém: firmemente contra o coletor).

 Núcleo de ferro doce laminado


 Bobinas
 Um coletor

Todas essas partes estão instaladas em um


eixo rotativo de aço.
As laminações feitas de chapas de ferro doce
(ferro maciço não é usado por causa da dissipação de
energia desnecessária), isoladas entre si, constituem o
núcleo do rotor.
Os enrolamentos do motor são:

 Fios de cobre isolados, inseridos nas


fendas, isoladas por papel de fibra Figura 9-8 Coletor e escovas
para proteger os enrolamentos.

As extremidades dos enrolamentos são ligadas


aos segmentos do coletor. Extremidades da carcaça
O coletor consiste em:
É a parte do motor oposta ao coletor, geral-
 Grande número de segmentos de mente são projetadas de modo que possa ser fixada a
cobre, isolados uns dos outros e do unidade a ser acionada.
eixo do rotor por pedaços de mica. O rolamento para o acionamento final está lo-
calizado na extremidade da carcaça.
Conjunto do campo Algumas vezes a extremidade é constituída
por uma parte da unidade acionada pelo motor.
Este conjunto consiste de: Quando isto é feito o rolamento na extremidade do aci-
onamento pode ser localizado em qualquer um de vá-
 Carcaça do campo rios lugares.
 Peças polares
 Bobinas do campo Tipos de motores CC
9-14
Há três tipos básicos de motores CC: O motor misto é usado aonde às características
dos motores série e paralelos combinados são necessá-
 Motores em série rias.
 Motores em paralelo (SHUNT)
 Motores mistos (COMPOUND) Força contra eletromotriz

Eles diferem no método pelo qual o campo e Quando o rotor de um motor gira em um
as bobinas do rotor estão ligados. campo eletromagnético uma voltagem é induzida em
seus enrolamentos, essa voltagem é chamada de força
Motor CC em série contra eletromotriz e é de sentido contrário a voltagem
aplicada no motor pela fonte externa, ela se opõe a cor-
Neste tipo de motor os enrolamentos do rente que faz com que o rotor gire.
campo são ligados em serie com o enrolamento do ro-
tor. Tipos de trabalho
A mesma corrente que flui pelo campo tam-
bém flui pelo enrolamento do rotor, assim, qualquer Existem motores que são construídos para tra-
aumento na corrente fortalece o magnetismo do campo balhar de forma intermitente outros para trabalhar con-
e do rotor. tinuamente.
Devido à baixa resistência nos enrolamentos o Motores para trabalho intermitente podem
motor em série é capaz de consumir uma grande cor- operar somente por curtos períodos antes de operar no-
rente na partida, passando através dos enrolamentos do vamente.
campo e do rotor, essa corrente produz um toque ini- Motores para trabalho contínuos podem ser
cial elevado que é a principal vantagem do motor em operados em uma determinada potência durante lon-
série. gos períodos.
A velocidade de um motor em série depende
da carga, uma carga leve faz com que o motor funcione Inversão do sentido de rotação do motor
em alta velocidade e uma carga pesada faz com que
ele funcione mais lentamente. Invertendo-se o sentido do fluxo de corrente
no rotor ou nos enrolamentos do campo o sentido de
Motor CC em paralelo (SHUNT) rotação do motor pode ser invertido, isto inverterá o
magnetismo do rotor ou do campo magnético no qual
Neste motor o enrolamento de campo é ligado o rotor gira.
em paralelo (derivação) com o enrolamento do rotor. Intercambiar os fios que ligam o motor a fonte
A corrente do campo não varia com a veloci- externa não inverterá o sentido de rotação.
dade do rotor, portanto, o torque do motor em paralelo Um método de inverter o sentido da rotação
varia de acordo com a corrente através do rotor; a ve- emprega dois enrolamentos de campo enrolados em
locidade do motor em paralelo varia muito pouco com sentido oposto no mesmo polo (este tipo de motor é
as variações de carga. chamado de motor reversível); e um interruptor do tipo
Este motor é adequado para ser usado quando SPDT (unipolar de duas seções) torna possível condu-
a velocidade constante é desejada, e quando um torque zir corrente através dos dois enrolamentos.
inicial alto não for necessário. Outro método de inversão é chamado de mé-
todo interruptor e emprega um interruptor do DPDT
Motor CC misto (COMPOUND) (bipolar de duas posições) que inverte o sentido do
fluxo de corrente no rotor ou no campo.
Este motor é uma combinação dos motores sé-
rie e paralelo. Velocidade de rotação do motor
Há dois enrolamentos no campo:
A velocidade do motor pode ser controlada:
 Um enrolamento em série
 Um enrolamento em paralelo  Pela variação da corrente nos enro-
lamentos de campo
O enrolamento em paralelo é composto de
muitas espiras de fio fino, o enrolamento em séries Quando a intensidade da corrente fluindo nos
consiste de poucas espiras de fio grosso, os dois enro- enrolamentos aumenta a força do campo também au-
lamentos estão ligados em série com o enrolamento do menta e o motor diminui a velocidade, pois uma maior
rotor. força contra eletromotriz é gerada nos enrolamentos
Torque, variação de velocidade, são menores do rotor; quando a corrente diminui menor força con-
que em um motor em série e maiores que em um motor tra eletromotriz é produzida e o motor acelera.
em paralelo.
9-15
Um motor em série ou paralelo que pode ter pano umedecido em solvente ade-
sua velocidade controlada é chamado de: quado, lixar a parte áspera ou corroída
com uma lixa 000 ou mais fina (nunca
 Motor de velocidade variável usar esmeril) e soprar com ar compri-
mido. Substituir o motor se o coletor
A velocidade dos motores série e dos paralelos estiver queimado, picotado profunda-
é controlada através de um reostato mente, com fendas ou desgaste, a tal
ponto que o isolamento da mica esteja
Perdas de energia nos motores CC nivelado com a superfície do coletor.
6. Inspecionar as fiações expostas
Elas ocorrem durante as transformações de quanto a evidencia de aquecimento.
energia em elétrica e mecânica e vice-versa. Substituir o motor se o isolamento dos
Uma máquina para ser eficiente deve manter fios ou enrolamento estiver quei-
essas perdas a um mínimo, existem perdas elétricas e mado, rachado ou esfiapado.
perdas mecânicas, as elétricas são classificadas como: 7. Se estiver nas instruções deve ser feita
a lubrificação. A maioria não precisa
 Perdas de cobre: Ocorrem quando de lubrificação durante as revisões
os elétrons são foçados através dos 8. Ajustar e lubrificar a caixa de engre-
enrolamentos de cobre do rotor e nagens ou a unidade que é acionada
do campo, são decorrentes da ener- pelo motor.
gia dissipada em forma de calor na
resistência do campo e nos enrola- O motor só é substituído quando a pane for de-
mentos do motor. vido a um defeito nele mesmo, na maioria dos casos a
 Perdas de ferro: são subdivididas falha de operação de um motor é provocada por um
em: defeito no circuito elétrico externo ou por falha no me-
canismo que é acionado pelo motor.
1. Perda por correntes histe-
reses: provocadas pelo mo- MOTORES CA
vimento do rotor em um
campo magnético alternado Em geral os motores CA são mais econômicos
2. Perda por correntes para- que os motores CC.
sitas (EDDY): ocorrem por- Em muitos casos os motores CA não usam co-
que o núcleo de ferro do ro- letores e escovas, dessa forma, centelhamento nas es-
tor é um condutor rotativo covas são evitados.
em um campo magnético. Os motores CA são projetados:

Para reduzir as correntes parasitas, usa-se um  Para operar em linhas monofásicas


núcleo laminado feito de placas de ferro isoladas ele- ou polifásicas e em diversos valores
tricamente umas das outras. de voltagem
As perdas mecânicas ocorrem quando se
vence a fricção de várias partes da máquina. A velocidade de rotação de um motor CA de-
pende:
Inspeção e manutenção de motores CC
 Do número de polos
Seguem-se as seguintes instruções durante a  Da frequência da fonte de força elé-
inspeção e manutenção de motores CC: trica
𝟏𝟐𝟎.𝒇𝒓𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂
 𝑹𝑷𝑴 = 𝒏𝒖𝒎𝒆𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒍𝒐𝒔
1. Testar o funcionamento da unidade
acionada pelo motor
2. Testar a fiação, conexões, terminais, Visto que os sistemas elétricos do avião ope-
fusíveis e interruptores quanto à con- ram a 400hz, um motor elétrico nesta frequência opera
dição geral e segurança. com quase sete vezes a velocidade de um motor de
3. Manter os motores limpos e os para- 60hz com o mesmo número de polos.
fusos apertados O motor do tipo indução de 400HZ opera com
4. Checar as escovas quanto a condi- velocidades de 6000 a 24000 RPM.
ções, comprimento e tensão de mola. Os motores CA são classificados:
5. Inspecionar o coletor quanto à lim-
peza, corrosão ou queimadura. Checar  Pela potência (H.P.) de saída
a “mica alta”. Limpar o coletor com  Voltagem de operação
9-16
 Corrente com carga total CAMPO MAGNETICO ROTATIVO
 Velocidade
 Número de fases
 Frequência

Tipos de motores CA

Dois tipos são usados nos sistemas de avião:

 Motores de indução
 Motores síncronos

Qualquer um dos tipos pode ser monofásico,


bifásico ou trifásico.
Motores de indução monofásicos são usados
para operar (locais em que é exigida baixa potência):

 Travas de superfície
 Portas de radiadores
 Válvulas de corte de óleo

Os motores de indução trifásicos são usados


aonde são requeridos grandes valores de potência:

 Motores de partida
 Flaps
 Trens de pouso
 Bombas hidráulicas Figura 9-9 Campo magnético rotativo produzido pela aplica-
ção de voltagens trifásicas

Os motores síncronos trifásicos operam com A carcaça do campo mostrada na figura 9-A
velocidades síncronas constantes e são usados para possui polos cujos enrolamentos são energizados pelas
operar sistemas sincronizadores de bussolas e de héli- voltagens trifásicas a, b e c. Estas voltagens possuem
ces intensidade igual, porém diferem em fase, como mos-
Motores síncronos monofásicos são: trado na figura 9-B.
Se as voltagens de excitação tiverem uma fre-
 Fontes comuns de energia para ope- quência de 60 cps, o campo magnético fará 60 rotações
rar relógios elétricos e outros ins- por segundo ou 3600 RPM; esta velocidade é conhe-
trumentos pequenos de precisão cida como:
Motor de indução trifásico  Velocidade síncrona de campo mó-
vel
É também conhecido como motor gaiola.
Tanto os motores monofásicos quando os tri- Construção do motor de indução
fásicos operam sob o princípio de um campo magné-
tico rotativo. A parte estática de um motor de indução e cha-
Um campo magnético rotativo pode ser pro- mada de:
duzido por um fluxo de corrente bifásico ou trifásico,
fluindo através de dois ou mais grupos de bobinas en-  Estator
roladas entre os dois polos do imã; as bobinas em cada
grupo de polos são enroladas alternadamente em sen- O elemento rotativo é chamado de:
tido oposto para produzir polaridade oposta e cada
grupo é ligado a uma fase separada da voltagem.
 Rotor

A velocidade na qual o motor foi calculado


para girar é chamada de velocidade não síncrona e é
um pouco menor do que a velocidade síncrona.

9-17
Para determinar o número de polos por fase no a velocidade for de 1800 RPM a diferença na veloci-
motor, divide-se 120 vezes a frequência pela veloci- dade será de 50 RPM, o deslizamento então é igual a
dade, na forma da equação: 𝟓𝟎
𝒐𝒖 𝟐, 𝟕𝟖%.
𝟏𝟖𝟎𝟎
𝟏𝟐𝟎.𝒇
 𝑷= Motor de indução monofásico
𝑵

Onde P é o número de polos por fase. Temos Um motor monofásico possui somente um en-
𝑓 que é a frequência em cps (Hz), N é a rotação espe- rolamento no estator, este enrolamento gera um campo
cificada em RPM e 120 é uma constante. O resultado que simplesmente pulsa ao invés de girar.
será igual ao número de polos por fase. Quando o rotor estiver parado a expansão e o
Por exemplo, um motor trifásico com 60 ci- colapso do campo magnético do estator induz corren-
clos e uma rotação de 1750 RPM, então: tes no rotor.

𝟏𝟐𝟎.𝟔𝟎 𝟕𝟐𝟎𝟎 Motor de indução de polo sombreado


 𝑷= = = 𝟒, 𝟏
𝟏𝟕𝟓𝟎 𝟏𝟕𝟓𝟎
Esse motor possui polos satélites e uma parte
Logo, o motor possui quatro polos por fase. de cada polo é envolvida por um anel de cobre maciço.
O roto de um motor de indução consiste de: A presença do anel faz com que o campo magnético
nesta parte se retarde da outra parte do conjunto polar,
 Um núcleo de ferro doce com fen- o efeito é a produção de uma componente de pequena
das longitudinais ao redor de sua rotação do campo, suficiente para fazer o rotor girar.
circunferência, onde se encontram O torque de arranque do motor de indução de
embutidas grandes barras de cobre polo sombreado é extremamente fraco e o fator de po-
ou alumínio. tência é baixo, sendo mais utilizado para acionar apa-
relhos pequenos como ventiladores.
Este tipo de construção é chamado de gaiola e
os motores que possuem tal rotor são chamados de mo- Motor de fase dividida
tores de indução do tipo gaiola.
Existem vários tipos e são conhecidos como
motores de partida automática
Possuem um enrolamento de partida defasado
90° elétricos do enrolamento principal ou trabalho. A
alta resistência faz com que a corrente desse enrola-
mento esteja fora de fase com a corrente no enrola-
mento principal, esta condição produz um campo ro-
tativo e o motor gira.
Um interruptor centrifugo desliga o enrola-
mento de partida automaticamente, após o rotor atingir
Figura 9-10 Roto tipo gaiola para um motor CA de indução
25% do valor nominal de velocidade.

Motor com capacitor de partida


Deslizamento (SLIP) do motor de indução
Ele é uma variação do motor de fase dividida,
conhecido como motor com capacitor de partida.
Quando o rotor de um motor de indução esti-
Nesta adaptação o enrolamento de partida e o
ver sujeito ao campo magnético rotativo produzido pe-
enrolamento principal são do mesmo tamanho e valor
los enrolamentos do estator, uma voltagem será indu-
de resistência.
zida nas barras longitudinais, essa voltagem induzida
O deslocamento de fase entre as correntes nos
faz cm que haja um fluxo de corrente através das bar-
dois enrolamentos é obtido pelo uso de capacitores em
ras; esta corrente por sua vez produz seu próprio
série com o enrolamento de partida.
campo magnético que em combinação com o campo
Possuem torque inicial parecido com os tor-
rotativo, faz com que o motor adquira uma posição
ques de velocidade nominal e podem ser usados em
onde a voltagem induzida é reduzida.
aplicações que requerem grande carga inicial, e tam-
Por essa razão deve haver sempre uma dife-
bém são desligados através de interruptor centrífugo.
rença na velocidade entre o rotor e o campo giratório.
Essa diferença é chamada de deslizamento e é
Sentido de rotação dos motores e indução
expressa como uma porcentagem da velocidade sín-
crona, por exemplo, se o rotor girar com 1750 RPM e
O sentido de rotação de um motor de indução
trifásico pode ser modificado pela inversão de dois
9-18
fios ligados ao motor, o mesmo efeito pode ser obtido 1. O fluxo alternado cria dissipações de
em um motor bifásico invertendo-se as ligações para correntes histereses e parasitas, pro-
uma fase, em um motor monofásico invertem-se as li- vocando aquecimento e perda de efi-
gações para o enrolamento de partida. ciência.
Nada pode ser feito para inverter a rotação de 2. Autoindução
um motor de polo sombreado, pois a rotação dele é de- 3. Fluxo alternado do campo
terminada pela localização física do anel de cobre ma-
ciço. Para a construção de um motor em série com
desempenho satisfatório em CA deve-se se seguir as
Motor síncrono recomendações:

É um dos tipos principais de motores CA, ele 1. Perdas por correntes parasitas são re-
utiliza um campo magnético rotativo, porém o torque duzidas pela laminação dos polos do
desenvolvido não depende da indução de correntes no campo, da carcaça e do rotor.
rotor. 2. As perdas por histereses são reduzidas
O princípio de operação de um motor síncrono usando laminações de ferro silício de
é a seguinte: alta permeabilidade do tipo transfor-
mador
 Uma fonte polifásica de corrente al- 3. A reatância dos enrolamentos de
ternada é aplicada aos enrolamen- campo é mantida baixa pelo uso de
tos do estator e é produzido um peças polares delgadas, com poucas
campo magnético rotativo, uma espiras, baixa frequência, densidade
corrente continua é aplicada ao en- de fluxo e relutância.
rolamento do rotor e outro campo 4. A reatância do motor é reduzida
magnético é produzido; os dois usando-se um enrolamento de com-
campos interagem entre si provo- pensação embutido nas peças polares
cando o arraste do motor, fazendo- 5. O centelhamento do coletor é redu-
o girar com a mesma velocidade do zido pelo uso dos fios P1, P2, P3 e as-
campo magnético produzido pelos sim por diante.
enrolamentos do estator.
Os motores em série CA com potência fracio-
O motor síncrono não é um motor de partida naria são denominados de motores universais, eles não
automática, todos possuem algum dispositivo de par- tem enrolamentos de compensação ou fios preventivos
tida. Um tipo de motor de partida simples é outro mo- e são usados amplamente em ventiladores e ferramen-
tor CA ou CC que leva o rotor até aproximadamente tas como furadeiras, rebolos e serras.
99% de sua velocidade síncrona, então o motor de par-
tida é desligado e o rotor acompanha o campo rotativo,
outro método de partida mais usado é um enrolamento
secundário do tipo "gaiola" no rotor, o enrolamento MANUTENÇÃO DE MOTORES CA
leva até uma velocidade quase síncrona e quando a
corrente continua é ligada aos enrolamentos do rotor Certificamo-nos de que as bobinas estão se-
ele entra em sincronismo com o campo. cas, sem vestígios de óleo ou de qualquer anomalia.
A temperatura de um motor é um fator de li-
Motor em serie CA mite operacional, uma temperatura muito quente para
a mão é muito alta para a segurança do motor.
É semelhante ao motor CC, pois possuem es- O ruído de um motor ou gerador é um indica-
covas e coletor, ele opera em circuitos CA ou CC. dor de pane, quando operando corretamente ele deve
soar uniformemente, se ele estiver sobrecarregado ele
(O sentido da rotação de um motor em série roncará.
CC é independente da polaridade da voltagem apli- Um motor trifásico com um fio desligado não
cada, considerando que as ligações do campo e do partirá e ficará rosnando.
rotor permanecem invariáveis). Ruído de batida indica afrouxamento na bo-
bina do motor, um eixo fora de alinhamento ou arraste
Se um motor em série CC for ligado a uma do induzido devido ao desgaste dos rolamentos.
fonte CA, um torque será desenvolvido, porém o mo-
tor não funcionará satisfatoriamente pelas seguintes Pesquisa de panes
razões:
Seguem exemplos de procedimentos gerais de
pesquisa de panes:
9-19
9-1
CAPÍTULO 10

PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO

INTRODUÇÃO A lista de verificação pode ser de sua própria


confecção, fornecida pelo fabricante ou obtida de ou-
Inspeções são exames visuais e manuais, para tra fonte.
determinar a condição de um componente ou de um
avião. Pode ser uma simples caminhada em volta do DOCUMENTAÇÃO DO AVIÃO
avião, até um exame detalhado com uma completa
desmontagem e a utilização de complexos auxílios a Compreende o livro de bordo (Log Book) e to-
inspeção. dos os registros suplementares do avião, fornece um
Um sistema de inspeção consiste de diversos histórico de manutenção e operação, controle de ma-
processos: nutenção e informações sobre a substituição de com-
ponentes e acessórios.
 Reclamações feitas pela tripulação No livro de bordo estão todas as informações
ou inspetor do avião relativas à aeronave que indicam o estado do avião, as
 Inspeções regularmente programa- datas de inspeção e o tempo da estrutura e dos moto-
das para o avião, inspeções gerais e res; mostra os acontecimentos relativos à estrutura,
periódicas são a coluna mestra de componentes e acessórios; e é também o local para re-
um bom programa de manutenção. gistro de serviços exigidos por órgão governamental
ou boletins de serviço.
As inspeções de estrutura do avião e do motor
podem compreender desde os testes pré – voo às veri- PUBLICAÇÕES
ficações mais detalhadas.
O avião pode ser inspecionado utilizando as São as fontes de informação para orientação
horas de voo como base de programação ou sob um do mecânico na operação e manutenção do avião e
sistema de calendário. No sistema de calendário a ins- equipamentos correlatos.
peção é executada quando expira o prazo correspon- Compreendem:
dente a um número especifico de semanas.
A inspeção sob o sistema de horas de voo tem  Manuais
lugar quando é acumulado um número especifico de  Catálogos
horas voadas.  Boletins de serviço do fabricante
 Regulamentos dos órgãos governa-
INSPEÇÕES OBRIGATORIAS mentais
 Diretrizes de aero navegabilidade
O órgão regulador estipula a inspeção de toda  Circulares de recomendação
aeronave civil a intervalos específicos, com a finali-  Especificações do avião, motor e hé-
dade de comprovar seu estado geral. lice.
Alguns aviões devem ser inspecionados a cada
12 meses outros a cada 100 horas de voo. Boletins
TÉCNICAS DE INSPEÇÃO Boletins de serviço constituem um dos diver-
sos tipos de publicações editadas pelos fabricantes.
Antes de iniciar a inspeção deve-se verificar Podem incluir:
se todas as tampas, portas de acesso, carenagens e ca-
potas estão abertas ou removidas e se a estrutura está  Motivo da publicação
limpa.  Nome da célula, motor ou compo-
Antes de abrir as capotas de inspeção e antes nente a que se refere.
de deixar a área limpa deve-se verificar a presença de
 Instruções detalhadas para manu-
óleo ou qualquer outra evidencia de vazamento.
tenção, ajustagem, modificação ou
inspeção e procedência das peças
FICHAS DE INSPEÇÃO
caso necessário.
Utiliza-se sempre uma relação de itens de che-  Número aproximado de ho-
cagem ao realizar uma inspeção. mens/hora para realizar o trabalho

10-1
Manual de Manutenção A função básica do órgão federal (DAC, FAA)
é exigir a correção de condições que complementam a
É fornecido pelo fabricante, contém instruções segurança do voo encontradas em aviões, motores ou
completas para manutenção de todos os sistemas e outros dispositivos, condições comprometedoras po-
componentes instalados a bordo; contém informações dem existir decorrentes de erro no projeto, erro de ma-
para o mecânico que trabalha nos sistemas conjuntos e nutenção ou outras causas.
unidades instaladas (não se aplica, portanto ao mecâ- As condições são divididas em duas catego-
nico de oficinas de revisão). rias:
Um manual típico inclui:
 Caráter de emergência, exigindo
 Descrição dos sistemas (hidráulico, imediato comprimento.
elétrico, combustível, superfícies e  Caráter menos urgente, estipu-
etc.). lando um prazo para o compri-
 Instruções de lubrificação mento das medidas.
 Pressões e cargas elétricas nos devi-
dos sistemas
 Tolerâncias e ajustes necessários ao Certificado de aprovação da aeronave
funcionamento
 Métodos de suspensão, nivelamento Constituído por folhas de dados que descre-
e reboque. vem o projeto do tipo da aeronave e estabelecem as
 Métodos de balanceamento das su- limitações estipuladas nos regulamentos federais para
perfícies de controle a aviação, inclui outras limitações e informações ne-
 Identificação das estruturas das su- cessárias à emissão de um certificado para o avião.
perfícies primaria e secundaria As folhas são numeradas com o mesmo nú-
mero do certificado de aprovação; o nome do dono, e
 Frequência e extensão das inspe-
a data da emissão do certificado aparecem em desta-
ções
que por linhas limitadoras.
 Métodos especiais de reparos apli-
As folhas são classificadas por seções, cada
cáveis
seção é identificada por números romanos seguidos
 Técnicas especiais de inspeção (com pelo modelo da aeronave.
raios-X, ultrassom ou partículas
magnéticas). Especificação A.T. A – 100
 Lista de ferramentas especiais
Datada de 1º de junho de 1956, criou um pa-
drão de apresentação dos dados técnicos.
Manual de Revisão (Overhaul) A especificação A.T.A. – 100 dividiu o avião
em sistemas, a numeração de cada sistema principal
Contem breve informação descritiva e instru- permite subdivisões em vários subsistemas.
ções detalhadas, passo – a – passo, sobre o trabalho
executado numa unidade removida do avião.
SISTEMA SUBSISTEMA TITULO
Componentes simples e baratos nos quais a re-
21 Ar - condicionado
visão é antieconômica não são mencionados no ma-
21 00 Geral
nual.
21 10 Compressão
Manual de Reparos Estruturais

Apresenta informações e instrução especifica


do fabricante para o reparo de estruturas primarias e INSPEÇÃO POR PARTICULAS MAGNÉTICAS
secundarias.
Método usado para detectar fraturas invisíveis
Catalogo Ilustrado de Peças e outros defeitos em materiais ferromagnéticos como
ferro e aço.
Apresenta vistas detalhadas de componentes É um teste não destrutivo – o que significa que
da estrutura e dos equipamentos na sequência de des- ele é realizado na própria peça sem danifica-la – não é
montagem, possui figuras de peças desmontadas e vis- aplicável a materiais não magnéticos.
tas de diversos ângulos. A inspeção por partículas magnéticas é confi-
ável para a detecção rápida de defeitos localizados
Disposições sobre a segurança do voo (dire- próximos ou na superfície das peças, este método in-
trizes de aero navegabilidade) dica o local, extensão e forma da falha.

10-2
As partículas ferromagnéticas (agente detec- Pequenas aberturas e furos para lubrificação
tor) podem estar em suspenção em um liquido apli- devem ser fechados com parafina ou outra substancia
cado na peça ou a peça pode ser mergulhada no liquido abrasiva adequada.
ou as partículas podem estar na forma de um pó seco Banhos de cromo ou níquel impedem a indi-
que deve ser espalhado na superfície da peça. O pro- cação de descontinuidades delgadas como a inclusão.
cesso mais utilizado na aviação é o liquido.
A imagem formada pelas partículas no campo Efeito da direção do fluxo
magnético é chamada de indicação, a indicação apre-
senta a forma aproximada da descontinuidade que As linhas de força magnética devem passar
pode ser definida como uma interrupção na estrutura perpendicularmente a falha, por isso, é necessário in-
ou configuração física normal de irregularidades. duzir fluxo magnético em mais de uma direção; isso
exige duas operações diferentes de magnetização co-
Desenvolvimento das indicações nhecidas como:

Devido ao magnetismo da peça e a aderência  Circular


mutua das partículas magnéticas a indicação perma-  Longitudinal
nece na superfície da peça sob a forma do contorno
aproximado da descontinuidade existente. Magnetização circular:
Se a descontinuidade não está aberta na super-
fície a indicação é menos definida, se a descontinui-  Indução de um campo magnético
dade estiver muito abaixo pode não haver indicação. constituído de círculos de força con-
cêntricos ao redor e dentro da peça
Tipos de descontinuidades detectadas  Localiza falhas no sentido paralelo
ao eixo da peça
Os tipos são os seguintes:
Magnetização longitudinal:
 Causadas por separação ou ruptura
real:  O campo magnético é produzido
numa direção paralela ao eixo
a) Rachaduras maior da peça, isto é feito colocando
b) Costuras a peça no interior de um solenoide
c) Fendas excitado por corrente elétrica, sole-
d) Rasgos noides efetivam até 12” a partir de
e) Bolsas de retraimento cada extremidade da bobina e aco-
f) Ocos modam peças e seções de até 30”.
 Também pode ser feita com um
 Causadas por dobras no metal: condutor elétrico flexível em volta
da peça, à vantagem é acomodar
a) Sobreposição em peças forjadas peças maiores e magnetização uni-
b) Fechamento a frio forme.
 Causadas por materiais estranhos: Efeito da densidade do fluxo

a) Inclusões (materiais estranhos A eficiência da inspeção por partículas mag-


durante o estágio de processa- néticas depende da densidade do fluxo ou intensidade
mento do metal) do campo sobre a superfície da peça.
Quanto maior a intensidade do fluxo na peça
Dobras no metal interrompem a sua continui- maior a sensibilidade do teste, devido a maior disper-
dade. são do fluxo nas descontinuidades, resultando em con-
Inclusões não permitem junções ou caldea- tornos mais detalhados de partículas magnéticas.
mento das faces adjacentes do metal. Densidades de fluxo elevadas levam a forma-
ção de indicações sem importância como contornos de
Preparação das peças para o teste fluxo granular que interferem na detecção de descon-
tinuidades importantes.
Graxa, óleo e qualquer sujeira devem ser re-
movidos, a limpeza é importante para que não haja fal- Métodos de magnetização
sas indicações ou imagens incorretas causadas pela
aderência de corpos estranhos.

10-3
Quando uma peça é magnetizada a intensidade Identificações de pequenas falhas podem ser
do campo nela resultante aumenta até certo limite, as- percebidas rapidamente, é um excelente método para:
sim permanecendo enquanto a força magnetizadora
for mantida.  Engrenagens
 Peças rosqueadas
Identificação das indicações  Componentes do motor do avião
As características principais das indicações O liquido marrom avermelhado usado no ba-
são: nho ou na pulverização da peça consiste de pasta mag-
naglo misturada com óleo fino na proporção de 0,10 a
 Forma 0,25 onças de pasta por galão de óleo.
 Tamanho Após a inspeção a peça deve ser desmagneti-
 Largura zada e lavada com solvente.
 Nitidez do contorno
EQUIPAMENTO PARA MAGNETIZAÇÃO
As indicações mais facilmente distinguidas
são as produzidas por fendas abertas na superfície. Unidade fixa (não portátil)
Essas descontinuidades incluem:
Fornece corrente continua para processos de
 Rachaduras por fadiga: magnetização continua ou residual por suspensão;
pode ser aplicada magnetização circular ou longitudi-
Tem contornos nítidos, definidos e nal utilizando corrente alternada retificada ou corrente
uniformes, sem interrupção em seu continua.
comprimento, aparência serri-
lhada, encontradas em áreas sub- Unidade portátil para uso geral
metidas a grandes esforços.
Usada aonde não é possível remover os com-
 Rachaduras por tratamento térmico: ponentes (trem de pouso, suportes do motor).
Esses tipos de equipamento usam magnetiza-
Esboço suave, bem definidas em pe- ção por corrente alternada ou corrente continua.
ças com paredes finas (cilindros),
forma de traços curtos denteados e Materiais indicadores
agrupados.
Classificados em dois tipos:
 Rachaduras por contração em soldas e
 Utilizados no processo liquido
fundição:
 Utilizados no processo seco
Contorno nítido e definido, traçado
comum e muito denteado e paredes O requisito básico do material indicador é for-
estreitas. necer indicações aceitáveis de descontinuidades nas
peças.
 Rachaduras por esmerilhamento:
As cores mais usadas no processo liquido são:
Contornos nítidos e definidos rara-
mente de tamanho considerável e  Preto
profundidade limitada  Vermelho

Inclusões apresentam-se em diversos tama- As cores mais usadas no processo seco são:
nhos e formatos, são corpos não metálicos presos nos
lingotes em solidificação.  Preto
 Vermelho
 Cinza

Inspeção magnaglo O material indicador deve ser de alta permea-


bilidade e baixa retentividade.
Semelhante a de partículas magnéticas, porém
na magnaglo é usada uma solução de partículas fluo- Alta permeabilidade:
rescentes e a inspeção é feita sob a luz negra.

10-4
 Mínimo de energia magnética é exi-
gido Esta inspeção detecta defeitos, como:

Baixa retentividade:  Rachaduras superficiais


 Porosidade
 Mobilidade das partículas magnéti-
cas não é prejudicada Essas falhas podem ser ocasionadas em racha-
duras por:
A substancia para o processo liquido é forne-
cida em pasta.  Fadiga
 Contração
DESMAGNETIZAÇÃO  Tratamento térmico
 Esmerilhamento
O magnetismo residual nas peças deve ser re-  Porosidade de retração
movido através da desmagnetização antes da peça vol-
 Fechamento a frio
tar a serviço.
 Costura
Peças de mecanismos operacionais devem ser
desmagnetizadas para que não atraiam limalhas ou pe-  Sobreposição por forjadura
quenas lascas, o acumulo delas pode causar arranhões  Queimaduras
em mancais.
Componentes da estrutura devem ser desmag- A inspeção por penetração também detecta
netizados para não afetarem os instrumentos. falta de coesão em metais unidos.
Existem vários processos de desmagnetiza- A desvantagem da inspeção de penetração é
ção, o mais conveniente para peças de aeronaves é que o defeito deve estar aberto na superfície para que
submeter à peça a uma força magnetizadora com re- o agente penetrante tenha efeito. O liquido penetrante
versão continua. deve entrar na abertura da superfície e ali permaneça
tornando-se visível para o operador.
Método padrão para desmagnetização A visibilidade do material penetrante é au-
mentada pela adição de corante, há dois tipos de co-
O método mais simples utiliza uma bobina so- rantes:
lenoide energizado por corrente alternada, à medida
que a peça é afastada do solenoide o magnetismo reduz  Visível
gradualmente.  Fluorescente
Outro processo usado em unidades portáteis é
passar corrente alternada pela peça e reduzir gradati- O conjunto para penetrante visível consiste de:
vamente a corrente a zero.
 Corante penetrante
INSPEÇÃO POR LIQUIDOS PENETRANTES  Emulsificador
 Removedor do corante
É um exame não destrutivo de defeitos abertos  Revelador
a superfície de peças fabricadas com material poroso.
O conjunto para penetrante fluorescente con-
É aplicada com sucesso em materiais como: siste de:

 Alumínio  Instalação da luz negra


 Magnésio  Aerossóis de penetrante
 Latão  Limpador
 Cobre  Revelador
 Ferro fundido
 Aço inoxidável A instalação da luz negra consiste de:
 Titânio
 Transformador de força
Também pode ser utilizada em:  Cabo flexível
 Lâmpada retrátil
 Cerâmica
 Plástico Os itens a serem observados na inspeção por
 Borracha líquidos penetrantes em síntese são:
 Vidro

10-5
 Completa limpeza da superfície me-  A distância de exposição
tálica  O ângulo de exposição
 Aplicação do penetrante  As características do filme
 Remoção do penetrante com emul-  Tipo de letras ampliadoras (quando
sificador - removedor ou limpador utilizadas).
 Secagem da peça
 Aplicação do revelador Revelação do filme
 Inspeção e interpretação do resul-
tado Depois de exposta aos raios-X a imagem no
filme torna-se visível, processando-a suscetivelmente
Interpretação dos resultados em solução química reveladora, banho de ácido, banho
de fixação seguido por lavagem em agua pura.
O tamanho da indicação ou o acumulo do pe- O filme é feito de um sal de prata sensível à
netrante indica a extensão do defeito; o brilho da a mé- radiação.
dia da profundidade, indicações de rachaduras profun- Em forma de emulsão gelatinosa, a solução re-
das comportam mais penetrante e por isso são mais veladora converte os elementos afetados pela radiação
largas e brilhantes. em prata negra metálica, são essas partículas metálicas
Fendas delgadas aparecem como linhas finas. que formam a imagem.
O enxague em banho ácido (banho de parada)
Indicações falsas neutraliza a ação do revelador paralisando o progresso
da revelação.
Na inspeção de penetração de corante não O banho de fixação fixa a imagem no estado
ocorrem indicações falsas, porém, duas condições po- desejado de revelação.
dem causar acumulo de penetrante confundindo-o com
descontinuidades e rachaduras reais no material, são Interpretação radiográfica
elas:
É a fase mais importante deste tipo de inspe-
 Lavagem imperfeita ção, um erro pode trazer graves consequências, preju-
 Encaixe entre peças dicando até a estrutura do avião caso defeitos sejam
interpretados erroneamente.
Essas indicações são fáceis de achar, pois Um grave perigo é o falso senso de segurança
apresentam formato e contornos regulares. adquirido pela aceitação da peça ou estrutura baseada
em uma interpretação incorreta.
RADIOGRAFIA
Há três tipos básicos de defeitos:
Radiações X e gama têm características de pe-
netrar materiais e detectar descontinuidades e por isso  Falhas
são aplicadas na inspeção radiográfica (raios-X) de  Inclusões
componentes metálicos e não metálicos.  Irregularidades dimensionais
A radiação é projetada na peça produzindo
uma imagem invisível ou latente no filme, depois de Falhas e inclusões se apresentam em várias
revelado o filme torna-se uma radiografia do objeto; formas desde um plano bidimensional a esferas tridi-
em uma unidade portátil esse é um método rápido e mensionais.
seguro de testar a integridade da estrutura do avião e Rachaduras, rasgos ou vincos terão o aspecto
dos motores, requerendo pouca ou nenhuma desmon- de plano bidimensional, uma cavidade se assemelha a
tagem, somente pessoal treinado e autorizado deve uma esfera tridimensional.
operar o equipamento de raios-X. Outros defeitos como:

Preparação e exposição  Contrações


 Inclusões oxidas
Alguns fatores que devem ser levados em con-  Porosidade
sideração para qualquer tipo de exposição:  Etc.
 Espessura e densidade do material Aparecem com aspecto intermediário ao plano
 Forma e tamanho do objeto bidimensional e a esfera tridimensional.
 Tipo de defeito a ser detectado Durante analise da geometria de um defeito
 Características do equipamento de deve ser considerada a agudeza das extremidades, a ri-
raios-X gidez do material pode ser afetada negativamente pelo

10-6
formato e tamanho; pequenos defeitos com extremi- O sistema pulsante pode ser de eco ou de
dade pontiaguda são tão perigosos quanto grandes de- transmissão direta, o de eco é o mais versátil.
feitos de extremidade pontiaguda. O teste de feixe em angulo difere do teste de
A localização do defeito também é impor- feixe direto somente na forma pela qual as ondas ul-
tante, áreas que estão mais sujeitas a esforços devem trassônicas atravessam o material que está sendo tes-
ser inspecionadas com atenção, descontinuidades pró- tado.
ximas umas às outras podem se tornar pontos de con-
centração de esforço. Eco – pulso
Inclusões terão maior ou menor densidade que
a peça radiografada. Os efeitos são detectados medindo-se a ampli-
As considerações sobre formato, tamanho e tude dos sinais refletidos e o tempo necessário para os
localização, aplicam-se tanto a falhas quanto a inclu- sinais irem das superfícies para as descontinuidades.
sões.
Sistema de ressonância
Perigos da radiação
É utilizado principalmente para medida de es-
Uma fonte de rádio isótopos (raios-X) é capaz pessura, quando os dois lados da peça testada são lisos
de destruir o tecido humano. ou paralelos.
Pessoas devem ficar afastadas do feixe primá-
rio dos raios-X. TESTE DE EDDY CURRENT
Alta dose de radiação pode levar a morte, ela
é mais perigosa no centro do corpo onde estão os ór- Analise eletromagnética é o termo que des-
gãos principais. creve os métodos de testes eletrônicos envolvendo a
Pequenas doses podem causar problemas san- interseção de campos magnéticos e correntes circula-
guíneos e intestinais de pouca duração, exposição pro- tórias, a técnica mais usada é a de eddy current.
longada pode causar leucemia e câncer. Eddy current são compostos por elétrons li-
vres que passam através do metal sob influência de um
TESTE ULTRASSÔNICO campo eletromagnético, é usado para inspecionar:

Possibilita a detecção de defeitos em todos os  Eixos de motor a jato


materiais sem provocar danos.  Revestimentos de asas (e seus ele-
Minúsculas rachaduras, fendas e falhas que os mentos)
raios-X não detectam, são localizadas pela inspeção  Trens de pouso
ultrassônica; o instrumento necessita acesso a apenas  Furos de fixadores
uma superfície do material, e pode ser utilizado com a  Cavidades de velas de ignição
técnica do feixe em linha reta ou em ângulo. (quanto a rachaduras, superaqueci-
Dois métodos básicos são utilizados: mento e danos estruturais).

 Inversão: Na construção de aeronaves o eddy current é


usado para inspecionar:
A peça e a unidade de pesquisa fi-
cam submersas num liquido que  Carcaças
pode ser agua ou outro fluido ade-  Estampagens
quado  Peças mecanizadas, forjadas e ex-
trusões.
 Contato (facilmente adaptável ao uso
em hangar): Inspeção visual

A peça e a unidade de pesquisa são Testes não destrutivos de inspeção visual é a


acopladas com material viscoso (li- mais velha forma de inspeção
quido ou pasta) que reveste as faces Defeitos que poderiam passar despercebidos
da unidade e da peça. podem ser ampliados usando:

Há dois sistemas ultrassônicos básicos:  Telescópio


 Boroscópio
 Pulsante  Lentes para ajudar na inspeção
 Ressonância
Uma boa solda tem largura uniforme, ondula-
ções uniformes e bem cunhadas no metal base que não
10-7
deve apresentar queimadura devido ao superaqueci-
mento. Ciclos são manutenções preventivas e podem
A solda quando tem boa penetração não apre- ser controlados por:
senta:
 Pousos
 Bolhas  Partidas do motor
 Porosidade  Pressurização
 Inclusão
Siglas:
Penetração é a profundidade da fusão numa
solda, a fusão integral é a característica mais impor-  TLV – tempo limite de vida
tante de uma solda segura.  TSN – time since new
Solda mal feita tem bordos irregulares e bas-  TSO – time since Overhaul
tante variação na profundidade de penetração.  TBO – time beetwen Overhaul
TIPOS DE MANUTENÇÃO
ON CONDITION
Preventiva:
São itens que recebem controle e devem ser
 Qualquer tipo de inspeção progra- trocados (substituídos) quando apresentarem falhas,
mada, desde pré – voo até inspeções ou quando falhas são iminentes.
programadas pelo fabricante. Essas falhas e iminências são detectadas atra-
vés de técnicas de inspeção.
Manutenção programada:
ETIQUETAS DE PEÇAS
 Inspeções periódicas programadas
pelo fabricante e que são progressi-
vas, cada inspeção subsequente  Branca – peça nova
cumpre itens de manutenção pas-  Vermelha – peça condenada
sada (essas inspeções são realiza-  Amarela – peça a revisar
das, para prevenir falhas durante a  Verde – peça boa, porém não nova.
operação da aeronave).

Corretiva:

 É a manutenção realizada para cor-


rigir falhas e panes em componen- TESTE PRINCIPIOS DA INSPEÇÃO
tes durante a operação da aeronave

Inspeções podem ser: 1 - Podemos as inspeções sob várias maneiras de se-


rem executadas, assinale a correta:
 Horarias
 Calendáricas a) inspeção diária
b) inspeção horaria
c) inspeção calendárica
FORMAS DE CONTROLE d) todas as alternativas

Itens são controlados: 2 – Numa inspeção calendárica pode ser inserida


um outro tipo de inspeção a fim de controlar um
 Data (TBO/TLV) item que compõe a aeronave. Preencha a lacuna
 Hora (TBO/TLV) com o item correto___.
 Ciclo
a) inspeção diária
Inspeções são controladas por: b) inspeção de pré -voo
c) inspeção de pós voo
 Horas de voo d) inspeção horaria do componente
 Tempo
 (Calendário) 3 – Ao analisar o log book (livro de registros da ae-
ronave) é encontrado um componente com o seu
10-8
TLV estipulado em 5000 horas, o que significa a si- d) NDA
gla TLV?
10 – Fornecem todas as informações para opera-
a) tempo livre de voo ção, manutenção, familiarização, pesquisa de pa-
b) tempo limite de vida nes, serviços e reposição para uma aeronave seus
c) tomada livre de vácuo sistema e equipamentos:
d) tempo livre de verificação
a) relatório de voo
4 – Um componente de uma aeronave tem seu b) publicações técnicas
OVER HAUL estipulado em 6000 horas, ao nos re- c) manual de manutenção
ferirmos ao termo OVER HAUL estamos falando d) catalogo ilustrado de peças
de:
11 – Ao falarmos de boletins de serviço, lembramos
a) revisão geral que eles podem ser catalogados em:
b) revisão parcial
c) tempo de instalação na aeronave a) opcional
d) tempo livre de verificação b) mandatório
c) recomendado
5 – No teste pelo sistema ultrassom, podemos con- d) mandatório recomendado e opcional
siderar os tipos abaixo:
12 – Podemos dizer que a permeabilidade é:
a) pulsante
b) por penetração a) facilidade de formação de fluxo magnético
c) por ressonância b) facilidade de penetração do liquido na peça
d) pulsante ou por ressonância c) dificuldade de formação de fluxo magnético
d) dificuldade de penetração do liquido na peça
6 – Um cilindro hidráulico de atuação do FLAP tem
seu TBO estipulado em 3000 horas, nesse caso es- 13 – Após análise do prazo para o cumprimento do
tamos falando de: boletim de serviço devemos também verificar a
sua:
a) sua revisão geral
b) seu tempo de vida útil a) efetividade
c) sua posição de instalação na aeronave b) quem emitiu o boletim
d) seu tempo em número de horas entre revisão geral c) duração para o cumprimento
d) número de homens hora para sua execução
7 – A hélice de uma aeronave EMB 120 BRASILIA
vai sofrer uma revisão geral por ter alcançado seu 14 – O termo eletividade em um boletim significa:
TBO que é de 4000 horas, o mecânico especialista
vai usar na oficina o manual de: a) o cumprimento é recomendado
b) todas as aeronaves da frota são afetadas pelo bole-
a) boletim de serviço tim
b) manual de reparos estruturais c) apenas algumas aeronaves da frota são afetadas con-
c) manual de OVER HAUL da hélice forme o número de série editado no boletim
d) manual de manutenção da aeronave d) NDA

8 – Na ATA 71.40.02 os números 71, 30, 02 signifi- 15 – Sabemos que ensaios não são destrutivos
cam respectivamente: quando realizados sob peças não prejudicam e nem
interferem com o futuro das mesmas, assinale entre
a) subsistema, subsistema e sistema. as alternativas a que se refere ao ensaio não destru-
b) subsistema, sistema e subsistema. tivo:
c) sistema, subsistema e subsistema.
d) sistema, subsistema e sub subsistema. a) tração
b) fadiga
9 – Na ATA 100 a seguir 20-00-00 os dígitos 00 (zero c) impacto
zero) tem uma característica que significa: d) liquido penetrante

a) descreve o sistema geral 16 – Assinale entre as alternativas quais instrumen-


b) descreve o subsistema em geral tos podem ser utilizados para inspeção visual:
c) descreve o sub subsistema em geral
10-9
a) lupa
1 A B C D
b) espelho
2 A B C D
c) endoscópio (tubos copio)
3 A B C D
d) todas alternativas
4 A B C D
17 – Para executar uma inspeção no interior de um 5 A B C D
motor a reação, podemos usar qual instrumento: 6 A B C D
7 A B C D
a) lupa 8 A B C D
b) espelho 9 A B C D
c) microscópio 10 A B C D
d) endoscópio (tubos copio) 11 A B C D
12 A B C D
18 – Quando dizemos que em um teste não destru- 13 A B C D
tivo devemos usar o penetrante, o removedor e o 14 A B C D
revelador estamos nos referindo ao teste não des- 15 A B C D
trutivo por: 16 A B C D
17 A B C D
a) raios-X 18 A B C D
b) ultrassom 19 A B C D
c) magna flux 20 A B C D
d) teste por líquidos penetrantes 21 A B C D
22 A B C D
19 – Assinale dentro das opções o manual voltado
para a manutenção:

a) manual de voo
b) catalogo ilustrado de peças
c) lista de equipamento mínimo
d) lista condensada de verificações (CHECK LIST)

20 – Para a inspeção Magna Flux podemos usar os


seguintes métodos:

a) seco
b) úmido
c) revelador
d) úmido e seco

21 – Um teste não destrutivo que substitui com van-


tagem o raio – x em uma inspeção para detectar
minúsculas rachaduras, fendas e falhas extrema-
mente pequenas é o teste:
a) magna flux
b) eddy zurrent
c) liquido penetrante
d) ultrassônico

22 – O método mais usado para se executar uma


inspeção de um eixo de um motor a reação, asa de
uma aeronave, trem de pouso e cavidades das velas
de ignição é:

a) raios-X
b) magna flux
c) ultrassom
d) eddy Current

10-10
CAPÍTULO 11

MANUSEIO DE SOLO, SEGURANÇA E EQUIPAMENTOS DE APOIO.

INTRODUÇÃO Para eliminar um calço hidráulico, remove-


mos as velas dianteiras e traseiras dos cilindros inferi-
A complexidade dos equipamentos de solo re- ores e giramos a hélice, não se deve tentar eliminar um
quer técnicos de manutenção que possuam um com- calço hidráulico girando a hélice no sentido oposto a
plexo conhecimento dos procedimentos de segurança rotação normal.
na manutenção e no uso de equipamentos auxiliares. Para girar o motor o procedimento é o se-
guinte:
GERAL

As seguintes instruções incluem procedimen-  Ligar a bomba auxiliar de combus-


tos iniciais para motores convencionais, turboélices e tível
turbos jatos.  Colocar o controle de combustível
Antes da partida do avião: na posição recomendada para a
combinação carburador/motor do
tipo que está sendo girado.
 Posicionamos o avião com o nariz  Selecionar a manete para a posição
voltado para o vento predominante, na qual será mantida
o fluxo de ar tende a resfria-lo.  Manter o pré – aquecimento ou al-
 Agimos conforme o estabelecido ternar o controle de ar na posição
para evitar danos pessoais causados “frio” para evitar danos e incêndios
pelo hélice ou pelo arrasto no retorno de chama.
 Atenção para remover GPU com  Ligar o motor de partida e após as
segurança hélices terem feito ao menos duas
 Durante o procedimento de partida voltas ligar o interruptor de igni-
deve haver um bombeiro equipado ção. Não acionar o motor com o mo-
 Em motores a reação à área frontal tor de partida por mais de 1 minuto,
deve estar bem limpa, sem pessoas deve-se esperar de 3 a 5 minutos en-
ou resto de material. tre duas partidas sucessivas.
 Esses procedimentos são validos  Ligar o interruptor da injeção de
para todos os tipos de motores combustível intermitentemente ou
injetar com 1 a 3 acionamentos da
PARTIDA NOS MOTORES bomba de injeção, dependendo do
tipo de aeronave.
Motores convencionais
Partida manual
Motores convencionais são capazes de dar a
partidas normais em baixas temperaturas sem o aque- Se a aeronave não tiver um sistema próprio de
cimento do motor ou diluição do óleo. partida, o motor deve ser acionado girando – se a hé-
As carenagens devem ser afastadas do avião lice.
antes que o motor comece a girar.
Fontes externas de força elétrica devem ser Imediatamente após a partida do motor deve
usadas sempre que os motores forem equipados com ser checado o indicador de pressão do óleo, se indica-
arranques elétricos para eliminar o excessivo gasto da ção não for dada em 30 segundos cortamos o motor e
bateria. identificamos a causa.
Todos os equipamentos elétricos devem ser
desligados até que o gerador comece a fornecer ener- Extinção de fogo no motor
gia elétrica.
Em motores radiais que tenham sido cortados Se aparecer um incêndio durante o procedi-
a mais de 30 minutos, verificamos se a chave de igni- mento de partida devemos continuar tentando a partida
ção está desligada e giramos a hélice três ou quatro do motor, para que este possa descarregar o fogo por
voltas com o motor de arranque para detectar se existe exaustão.
calço hidráulico.
MOTORES TURBOÉLICE

Procedimentos anteriores à partida


11-1
Os coletores de escapamento devem ser inspe-  Temperatura de entrada da turbina
cionados quanto à presença de combustível ou óleo. excede o máximo especificado
Uma inspeção visual de todas as partes acessí-  Tempo de aceleração e rotação da
veis deve ser feita, seguida de uma inspeção da nacele. hélice excede o tempo especificado
Aparadores de óleo devem ser checados  Não há indicação da pressão do óleo
quanto à presença de agua, e as entradas de ar quanto até 5000 R.P.M.
às condições gerais e presença de matéria estranha.  Labaredas ou fumaça excessiva du-
O compressor deve ser checado quanto a livre rante o acendimento inicial
rotação.  Falha na ignição do motor até 4500
Na partida o primeiro passo é prover uma ade- R.P.M. ou máxima rotação do mo-
quada fonte de força para o motor de partida, durante tor de partida, e estagnação da ro-
a partida sempre se observa o seguinte: tação do motor ou início de queda.
 Anormal vibração ou afluxo no
compressor
 Nunca comandar o motor de par-
tida enquanto o motor estiver gi-  Combustível saindo pelo dreno da
rando nacele indicando que a válvula
dreno não está fechada
 Não mover a manete de potência
durante a operação de alimentação  Alarme sonoro de fogo
por sangria
MOTORES TURBOJATO
 Não efetuar partida no solo com a
temperatura da turbina acima do Operação de pré-voo
especificado pelo fabricante
 Não usar o sistema de sangria de Turbos jatos não requerem aquecimento de
um motor em fase de aceleração. pré-voo.
Os tanques de combustível devem ser checa-
Procedimentos de partida dos quanto à presença de agua ou gelo, e a entrada do
motor quanto ao estado geral e a presença de objetos
Para a partida de um motor no solo executa- estranhos.
mos as seguintes operações: As palhetas dianteiras do compressor e as ale-
tas-guias devem ser inspecionadas visualmente quanto
a mossas e danos.
 Colocar a chave do seletor de par-
Todos os controles do motor devem ser opera-
tida para o motor desejado
dos e os instrumentos e luzes de alarme checadas
 Ligar as bombas de reforço de com-
quanto à operação.
bustível
 Ligar a chave de combustível e igni- Partida de um motor turbo jato
ção
 Posicionar o interruptor de R.P.M. Pode ser girado por uma turbina a ar ou moto-
para a posição baixa ou normal res de partida do tipo a combustão.
(alta). A passagem de combustível é controlada pelo
 Manete de potência em posição de manete de potência ou pela abertura da válvula de
partida corte.
 Certificar-se que a luz de paralelo Sequência de eventos numa partida de motor
da bomba de combustível acende a turbo jato:
2200 R.P.M. e permanece até 9000
R.P.M.
 Checar a pressão e a temperatura  Mover a manete de potência para a
do óleo. posição do batente mínimo.
 Desconectar a fonte externa de  Ligar a fonte elétrica para o motor
força.  Colocar a chave da válvula de com-
bustível para a posição ligada
 Ligar a chave da bomba de reforço
Se alguma das seguintes ocorrências aconte-  Ligar a chave do motor de partida,
cerem durante a partida a partida deve ser descontinu- quando ele começar a girar verifi-
ada. car a subida da pressão de óleo.
 Ligar a chave de ignição depois que
o motor começar a girar

11-2
 Mover a manete para a marcha  Se o arranque for incapaz de girar
lenta o motor, deve-se aguardar 30 se-
 A partida do motor (ignição) é indi- gundos para o combustível ser dre-
cada pelo aumento da temperatura nado antes de tentar outra partida.
dos gases de escapamento
 Depois de o motor estabilizado che- FORÇA ELETRICA
car se nenhum limite foi excedido
 Desligar a chave do motor de par- Unidades de fonte de força podem ser classi-
tida ficadas, como:
 Desligar a chave da ignição
 Rebocadas
Partidas problemáticas em turbos jatos
 Tração própria
Partida quente:
As unidades de força são normalmente feitas
para suprir corrente contínua, voltagem variável C.C.,
 Ocorre quando o motor funciona, energia elétrica para partida em motores a reação e
mas a temperatura dos gases de possuem corrente contínua com voltagem constante
exaustão excedem os limites especi- para partida em motores convencionais.
ficados, é usualmente causada ou
uma mistura excessivamente rica FORÇA HUDRAULICA
entrando na câmara de combustão.
O motor deve ser cortado imediata- Uma unidade portátil de teste hidráulico de
mente. grande desempenho realiza as seguintes funções:

Partida fantasma ou inexistente:


 Drena o sistema hidráulico da aero-
nave
 Filtra todo o fluido hidráulico
 Ocorre quando o motor dá à par-  Reabastece o sistema com fluido hi-
tida e aparenta estar funcionando dráulico limpo e filtrado mecanica-
normalmente, mas a R.P.M. mante- mente
se mais baixa do que a mínima de  Testa o desempenho dos sistemas e
marcha lenta é muitas vezes cau- subsistemas
sada por força insuficiente par o  Testa o sistema hidráulico quanto a
motor de partida ou o motor de vazamentos internos e externos.
partida corta antes de completar o
ciclo inicial da partida do motor. FONTES DE AR PARA AS PARTIDAS
Nesse caso o motor deve ser cor-
tado. Unidades de fonte de ar fornecem um supri-
mento de ar comprimido, para operar motores de par-
Motor não pega: tida pneumáticos em motores turboélice e turbo jato.
Uma fonte de ar típica consiste de:

 O motor não pega dentro do tempo  Um compressor de turbina a gás


limite pré - estabelecido, pode ser (GTC).
causada por falta de combustível,  Bateria de alta capacidade de ar-
força elétrica insuficiente ou ne- mazenamento.
nhuma, mau funcionamento no sis-  Combustível necessário
tema de ignição. Deve-se interrom-
 Óleo
per imediatamente a partida, o
 Sistemas elétricos
combustível e a ignição de verão ser
desligados.  Controles
 O compressor deve ser girado pro  Linhas de ar comprimido
aproximadamente 15 segundos
para remover o combustível acu-
mulado no motor.

11-3
O GTC é basicamente um compressor centri- Na ponta da mangueira há um fio de aterra-
fugo de dois estágios, acoplado diretamente a uma tur- mento que deve ser ligado próximo ao tanque a ser re-
bina radial de fluxo interno, além de fornecer ar para a abastecido.
linha de sangria supre ar comprimido por combustão O caminhão possui dois fios – terra um é co-
para girar o disco da turbina. nectado a um ponto local de aterramento e o outro é
conectado é a aeronave, a aeronave também deve estar
EQUIPAMENTO DE PRÉ - LUBRIFICAÇÃO aterrada ao solo.
Durante o procedimento de abastecimento o
Em motores convencionais ela é normalmente bico metálico da mangueira não deve arrastar no chão.
necessária antes da partida de um motor novo, esto-
cado ou parado por longo tempo. Reabastecimento por pressão
Um pré – lubrificador fornece óleo pré – aque-
cido sob pressão para assegurar adequada lubrificação É muito usado em aeronaves modernas, tam-
antes da partida de um motor. bém chamado de “ponto único” ou “subalar”.
Se uma conexão da linha de lubrificação tiver Esse sistema:
sido desconectada em um motor a turbina o motor de-
verá ser pré – lubrificado antes de ser novamente gi-
rado.  Reduz o tempo de abastecimento,
Um pré – lubrificador portátil fornece baixa  Elimina riscos de danos ao mate-
pressão de óleo para o sistema de lubrificação de mo- rial e ao pessoal,
tores a turbina.  Reduz as chances de contaminação
do combustível,
ABASTECIMENTO DE AERONAVES  Reduz as chances de ignição dos
vapores pela eletricidade estática.
Instrumentos que produzam centelha e mate-
rial que provoque faísca não são permitidos em uma A maioria dos sistemas consiste de:
área de 30 metros (100 pés) da aeronave, para ilumi-
nação devem ser usadas lâmpadas a prova de explosão  Uma mangueira de reabasteci-
dentro dos 30 metros. mento por pressão
Combustíveis líquidos derramados devem ser  Um painel de controle
removidos com jato de agua ou cobertos com espuma  Instrumento que permitam um só
para evitar a ignição. homem abastecer todos os tanques.
Os tanques devem ser enchidos antes de reco-
lher ao hangar e após cada voo, para evitar formação O sistema é geralmente desenhado de forma
de vapor e condensação dentro dos tanques. que uma tubulação seja acessível na ponta da asa ou
O combustível é filtrado e passado em um se- sob a asa próxima a raiz, as válvulas de conexão dos
parador de agua nos tanques de armazenamento e no tanques a linha principal de abastecimento são atuadas
caminhão de reabastecimento, os filtros são checados pela pressão do combustível.
pela manhã e após o veículo ser recarregado, quando
o veículo é carregado aguarda-se 15 minutos e então FOGO
checa-se quanto a presença de agua.
Combustível armazenado em latões deve ser Tipos de incêndio
passado em um funil-coador.
Se for usada camurça na filtragem ela deve ser Classe A:
aterrada por conta da eletricidade estática.
 Fogo em materiais comuns, como
Deveres da tripulação durante o abasteci- madeira, tecido, papel, e materiais
mento de revestimento interno.
O caminhão deve estar estacionado tão longe Classe B:
da aeronave quanto à mangueira permita se possível
do lado da aeronave que está recebendo vento, deve  Fogo em produtos inflamáveis de
estar paralelo à asa de forma a ser rapidamente remo- petróleo ou líquidos combustíveis
vido. como graxas, solventes, tintas e etc.
Deve-se verificar o tipo de combustível su-
prido pelo caminhão antes de começar o abasteci- Classe C:
mento.

Operações de reabastecimento

11-4
 Fogo em equipamentos elétricos O equipamento de CO² deve ser provido de
energizados em que a não conduti- uma corneta não metálica, pelos seguintes motivos:
vidade do agente extintor é fator
importante. Em equipamentos elé-  A descarga de CO² através de uma
tricos dezenergizados os extintores corneta metálica pode gerar eletri-
das classes A e B também são ade- cidade estática, podendo provocar
quados. ignição.
 O difusor metálico em contato com
Classe D: a corrente elétrica daria um choque
no operador.
 Fogo em metais inflamáveis. Não é Agua e espuma não são adequadas ao uso em
considerada um tipo básico por es- equipamentos elétricos.
tar geralmente associada a um in- Fogo classe D:
cêndio das outras classes.
 Pó químico seco (evita a oxidação e
a chama resultante)
Extinção de incêndio
Sob nenhuma condição se usa agua em um in-
Três fatores são requeridos para um incêndio: cêndio classe D, a agua provocara uma queima ainda
mais violenta, podendo causar explosão.
 Combustível
Verificação periódica dos extintores de in-
 Calor cêndio
 Oxigênio
1. O extintor adequado no local correto
Quando qualquer um desses fatores é remo- 2. Selos de segurança intactos
vido o fogo se apaga. 3. Remover toda sujeira e ferrugem ex-
terna
Tipos de incêndio versus agente extintor 4. Manômetro na faixa operacional
5. Checar quanto ao peso correto
Fogo classe A:
Agentes extintores
 Agua (esfria o combustível abaixo A. Agua e agentes a base de agua.
da temperatura de combustão).
 Extintores classes B e C também  A agua pode ser combinada com
podem ser efetivos.
compostos anticongelantes ou ma-
teriais que acelerem a penetração
Fogo classe B:
da agua; ela extingue o fogo refrige-
rando o combustível abaixo da tem-
 Dióxido de carbono (CO²) peratura de combustão.
 Hidro carbonos halogenados (ha-
lons) B. Pó químico seco
 Pó químico seco
Quatro tipos de produto são usados:
Todos eles deslocam o oxigênio do ar tor-
nando impossível a combustão. A agua não é efetiva  Bicabornato de sódio (formula H),
na classe B. A espuma é efetiva em grandes quantida- para incêndios classe B e C.
des.  Fosfato de amônia (multiuso). Para
Fogo classe C: incêndio classes B e C.
 Bicabornato de potássio (purpura
 Dióxido de carbono (CO²); (desloca K), para incêndios classes B e C d
o oxigênio da atmosfera). alto risco.
 Hidrocarbonetos halogenados  Pó químico multiuso (ABC), para
 Pó químico (em equipamento elé- uso nas classes A, B e C. extingue o
trico energizado e molhado pode fogo retirando o oxigênio e a ca-
agravar a fuga de corrente) mada de pó evita o reacendimento
do fogo.
11-5
A proximidade dos aquecedores de ar devera
C. Gás ser considerada quando selecionando a localização de
um extintor manual.
 Dióxido de carbono (CO²), uso nas
classes B e C, toxicidade 5ª. Extintores de solo – Tipo manual
 Hidro carbonos halogenados
(freon) são numerados de acordo A seleção de extintores de solo não é restrita
com números do Halon. como os instalados a bordo das aeronaves.
 Os mais usados na aviação são o
Halon 1211 e o Halon 1301. Métodos de operação de extintores

D. Pó químico São agrupados de acordo com os métodos para


expelir o agente extintor, existem seis métodos em
uso:
 Pós químicos multiuso (ACBC) pos-
suem uso limitado em metais
1. Geração própria: a atuação causa a
geração dos gases que fornecem
EXTINTORES PARA AERONAVES energia para o agente
2. Expelente próprio: os agentes tem
Os extintores devem ser aprovados, adequa- uma pressão de vapor, na tempera-
dos ao tipo de fogo mais provável de acontecer além tura normal de operação, para se-
de minimizar perigos de gases tóxicos. rem expelidos por eles mesmos.
A solução padrão dos extintores é composta 3. Cartucho ou cilindro de gás: expe-
de dióxido de carbono e agua (solução de agua). lente a gás confinado sob pressão
Extintores manuais são usados nos comparti- num recipiente separado do cilin-
mentos de passageiros e a quantidade é regulada pelo dro principal, quando disparado
numero de assentos. pressuriza o agente para o extintor.
Dióxido de carbono é sugerido para o compar- 4. Pressão estocada: o material de ex-
timento de tripulantes. tinção e o gás expelente são armaze-
Os seguintes agentes extintores são recomen- nados em um único recipiente.
dados para uso aeronáutico: 5. Mecanicamente bombeado: a ener-
gia para expelir o agente vem por
 Pó químico é usado nas classes B e meio de uma bomba.
C, porém ele deixa resíduos de po- 6. Extintor manual: o agente é apli-
eira e pó de difícil limpeza que cau- cado despejando com um balde ou
sam danos a equipamentos eletrôni- bomba manual.
cos e obstruem a visão.
 O tetracloreto de carbono não é
Extintores fora de uso
usado há muito tempo por produzir
um gás tóxico quanto em contato São extintores líquidos de 5, 10 e 20 litros do
com metais muito quentes, além de tipo “inverta e use”.
ser corrosivo para os metais. Os agentes usados nesses extintores são:
 Brometo de metila é mais tóxico que
o CO² e não pode ser usado em 1. Soda-acida
áreas confinadas; além de ser cor- 2. Espuma
rosivo em peças de alumínio, mag- 3. Agua com cartucho
nésio e zinco. 4. Carregado sob pressão e com cartu-
 O clorobrometano, embora seja um cho
agente eficaz na extinção do fogo é
também bastante toxico. As razões pelas quais não são mais fabricados
são:
EXTINTORES 1. Inverter para usar
2. Limitado para o tipo de fogo para o
Extintores tipo lata de aerossol comum são qual eles têm aplicação
inaceitáveis para o uso em aeronaves; eles correm o 3. Não aprovado para fogo elétrico
riso de explosão além de ser inadequado para o com- 4. Aprovado somente para pequenos
bate mesmo de pequenos incêndios. incêndios

11-6
5. O mais importante é o recipiente
não ter a pressão encontrada nos
recipientes padronizados Sistema de ar comprimido

Ar comprimido é idêntico à eletricidade e um


Fatores de comparação de segurança excelente sistema de auxilio quando operado sob con-
trole.
Extintores obsoletos trabalham numa pressão
variável de 350 até 500 p.s.i. , porém, quando inverti- 1. Tubos de ar devem ser inspecionados
dos as pressões são prejudicadas. frequentemente quanto a entupimen-
A pressão para soda caustica pode variar de tos, desgastes ou rachaduras.
100 a 300 p.s.i e para extintores de espuma de 100 a 2. Todas as conexões devem ser manti-
350 p.s.i. das sem vazamento
3. Lubrificadores devem ser mantidos
ABASTECIMENTO DE OLEO NAS AERONA- em condições de operação
VES 4. O sistema deve ter drenos de agua
operando em intervalos regulares
Tanques de óleo geralmente são chegados 5. O ar usado na pintura com pistola
quando se abastece o combustível, a exceção são os deve ser filtrado para remover óleo e
motores a reação em que o nível de óleo deve ser che- agua
gado após o motor estar a um longo tempo parado. 6. Nunca usar ar comprimido para lavar
Os tanques de óleo não devem ser cheios até mãos ou roupas.
sua capacidade máxima ou acima da marca de cheio
no instrumento indicador ou na vareta, devido à ex-
pansão térmica do óleo aquecido ou quando em gran- Poças de óleo e graxa
des atitudes, o espaço extra, permite que a expansão
ocorra sem que haja transbordamento. Óleo, graxa e outras substâncias derramadas
Durante o abastecimento do tanque devemos devem ser removidas ou cobertas, com um material
nos certificar que nenhuma substancia estranha pene- absorvente, para evitar fogo e danos pessoais.
tre no tanque, materiais estranho no sistema de óleo Esses líquidos jamais devem ser despejados
restringem o fluxo e podem causar falha no motor. no ralo do assoalho, pois seus vapores podem pegar
fogo.
SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO
Soldagem
Um alto padrão de sequencia de trabalho e
limpeza deverá ser observado durante a manutenção Só deve ser realizada em áreas designadas
da aeronave. para esse fim, qualquer peça a ser soldada deve ser re-
movida da aeronave.
Faixas de segurança
ABASTECIMENTO DE SISTEMAS DE OXIGE-
Faixas de pedestres e locais de extintores de NIO DE AERONAVES
incêndio devem ser pintados em torno do perímetro in-
terno dos hangares. A aeronave não deve ser abastecida de oxigê-
nio durante o reabastecimento de combustível, destan-
Fios de força: queio ou outro serviço de manutenção que possa gerar
ignição e deve ser feito fora do hangar.

1. Devem ser do tipo industrial pesado, Os perigos do oxigênio


e protegidos contra corrosão e im-
pacto. O oxigênio gasoso é quimicamente estável e
2. Não devem ser passados sobre qual- não inflamável, contudo materiais combustíveis quei-
quer equipamento marão mais rápido e mais intensamente em uma at-
3. As lâmpadas devem ser a prova de ex- mosfera rica em oxigênio.
plosão O oxigênio líquido causa graves queimaduras
4. Todas as lâmpadas e equipamentos na pele devido à baixa temperatura.
devem ser desligados antes de conec-
tar ou desconectar para não formar ANCORAGEM DE AERONAVES
arco
5. Devem ser enrolados, esticados e es- O tipo de amarração será determinado pelas
tocados apropriadamente. condições meteorológicas predominantes
11-7
Procedimento normal de ancoragem Uma pessoa deve estar na cabine para operar
os freios em caso de falha do reboque.
Pequenas aeronaves devem ser ancoradas de- Os garfos de reboque são projetados para re-
pois de cada voo para evitar danos devido a tempesta- sistir à tensão, mas não se sujeitam a cargas de torção.
des súbitas, a aeronave deve ser estacionada de frente Quando o garfo estiver conectado a aeronave
para o vento predominante. os mecanismos de encaixe e engranzamentos devem
ser inspecionados
Pontos para amarração Existem garfos que rebocam vários tipos de
aeronaves e garfos específicos para uma aeronave em
Todas as áreas de estacionamento devem ser particular.
equipadas para amarrações em três pontos.
A localização dos pontos é geralmente indi- LEVANTAMENTO DA AERONAVE NOS MA-
cada por marcas pintadas em branco ou amarelo; ou CACOS
circundando o ponto de ancoragem com pedra moída.
Os macacos deverão ser inspecionados antes
Cordas de amarração do uso, para determinar a capacidade de levantamento,
funcionamento das travas de segurança, condições dos
Devem ser capazes de suportar pelo menos pinos e capacidade de trabalho geral.
3000 libras de tração para aeronaves pequenas. A aeronave a ser levantada deve estar nivelada
Usam-se usar cabos de aço ou correntes para e protegida do vento
ancorar aeronaves de grande porte.
Levantando a aeronave completa
Cabo de ancoragem
Macacos de tripé de tamanho apropriado para
São comumente usados especialmente nos ca- a aeronave deverão ser colocados sob os pontos de le-
sos de grandes aeronaves, a maioria das amarrações vantamento da aeronave e perfeitamente centraliza-
com cabos de aço são feitas com algum tipo de estica- dos, para evitar desequilíbrio quando a aeronave for
dor para uma amarração rápida e segura de todos os suspensa; existem pelo menos três pontos de levanta-
tipos de cabos. mento na aeronave (dois nas asas e um na fuselagem).
A maioria das aeronaves possui apoio para os
Correntes de amarração macacos, os apoios servem para garantir que a cara da
aeronave esteja distribuída adequadamente nos pontos
São às vezes utilizadas como uma amarração de levantamento.
melhor e mais forte para prender aeronaves mais pesa- Antes do abaixamento da aeronave nos certi-
das. ficamos que não há nada ao alcance da mesma, que o
trem de pouso esteja baixado e que as travas de solo
ANCORAGEM DE AERONAVES LEVES estejam instaladas.
Aeronaves leves são geralmente ancoradas Levantando apenas uma roda da aeronave
com cordas, amarradas somente numa argola existente
na parte inferior da asa e um ponto fixo no solo. Quando apenas uma roda precisa ser levantada
um macaco de base simples é usado, antes que a roda
SEGURANÇA DE AERONAVES PESADAS seja levantada as outras rodas devem ser calçadas.
O procedimento normal para aeronaves pesa- SUGESTÕES SOBRE TEMPO FRIO
das pode ser executado com cordas ou cabo s de anco-
ragem; o numero a ser utilizado depende das condi- Se a aeronave tiver que ser estacionada na
ções meteorológicas. neve ou no gelo podem ser aplicados compostos anti-
congelantes de glicol em torno das portas e nos painéis
MOVIMENTAÇÃO DA AERONAVE de acesso de abertura frequente, o glicol evita que a
camada de neve congele sobre a superfície.
Generalidades Quando abastecendo a aeronave os tanques
devem ser deixados cerca de 3 a 5% abaixo da capaci-
A movimentação da aeronave é geralmente dade máxima por causa da expansão do combustível.
executada por um trator. Pequenas aeronaves são em-
purradas com a mão.
As aeronaves também podem ser taxiadas de
um lado ao outro da linha de voo.

Reboque de aeronaves
11-8
CAPÍTULO 12

FERRAMENTAS MANUAIS E DE MEDIÇÃO

FERRAMENTAS DE USO GERAL O parafuso de encaixe Phillips tem o centro da


cruz mais largo, assim a chave de fenda Phillips tem a
Martelos e Macetes ponta rombuda.
As duas chaves de fenda não são intercambiá-
Martelos de cabeça metálica possuem as me- veis.
didas de acordo com o peso da cabeça sem o cabo. O uso de uma chave de fenda do tipo errado
Martelos de face macia possuem superfícies resultara em mutilação da ferramenta ou do encaixe da
feitas de: cabeça do parafuso.
Em espaços verticais limitados pode-se usar
 Madeira uma chave de fenda em “Z”, elas são construídas com
 Latão ambas as pontas dobradas a 90° da haste, chaves de
 Chumbo fenda em “Z” são feitas para parafusos de fenda de en-
 Couro cru caixe comum e encaixe em cruz.
 Borracha dura A chave de fenda não deve ser usada como
 Plástico alavanca ou ferramenta de corte, nem para testar cir-
cuitos elétricos, pois o arco elétrico queimara sua
São utilizados nos trabalhos em metais macios ponta inutilizando-a.
e para bater em superfícies que se danificam facil- A chave de fenda de catraca ou espiral é de
mente, martelos macios não devem ser usados em tra- ação rápida e gira o parafuso quando o punho é em-
balhos grosseiros. purrado para baixo e depois puxado para cima.
O macete (semelhante ao martelo) é feito com
a cabeça feita de: Alicates

Os mais usados em reparos de aeronave são:


 Madeira
 Couro cru
 Diagonal
 Borracha
 Ajustável
Ele é manejado para formar partes delgadas de  De ponta
metal sem deixar mossas.  Bico de pato
O macete de madeira é usado quando é neces-
sário bater em um formão ou goiva. O tamanho dos alicates é determinado pelo
As faces do macete e do martelo devem ser seu comprimento total usualmente entre 5” e 12”.
mantidas sempre lisas e sem dentes para evitar que o O alicate ajustável de 6” é o tamanho preferido
trabalho se danifique. para uso, pois permite grande abertura dos mordentes,
deslizando no eixo, para agarrar objetos de grandes di-
Chaves de fenda âmetros.
Alicates de bico chato são os mais adequados
Chaves de fenda podem ser classificadas pelo para fazer flanges.
seu formato, tipo e comprimento da haste. Uma chave Os alicates de bico redondo são usados para
de fenda comum deve preencher pelo menos 75% da torcer o metal.
fenda do parafuso, chaves de fenda de tamanho errado Os alicates de bico de pato possuem os mor-
deixam rebarbas e cortes que inutilizam a fenda do pa- dentes finos, chatos e com o formato de bico de pato,
rafuso. são usados exclusivamente para executar frenagens
Os dois tipos de parafusos com encaixe na ca- com arame.
beça de uso mais comum são: Alicates gasistas, bico de papagaio ou para
bomba de agua são alicates ajustáveis com o eixo des-
 Phillips lizante e os mordentes em ângulo com os punhos.
 Reed and Price Alicates em diagonal são usualmente chama-
dos “diagonal” e possuem mordentes curtos com lami-
O encaixe Reed and Price forma uma perfeita nas de corte, firmando pequeno ângulo com o punho.
cruz na cabeça do parafuso.
Punções

12-1
Punções são usados para marcar centros de de-
senhos de círculos, iniciar pontos de furação, abrir fu- A medida do punção é determinada pela lar-
ros em chapas de metal, transferir localizações de fu- gura da face que é usualmente de 1/8 a ¼”.
ros em gabaritos e remover rebites, pinos ou parafusos. Punção para pinos ou “toca pinos”:
Os dois tipos geralmente usados são:
 Semelhante ao punção extrator e
 Sólidos tem a mesma finalidade, a diferença
 Ocos é que o punção extrator tem os la-
dos cônicos em direção à face en-
Os sólidos são classificados de acordo com o quanto o toca pinos tem a haste pa-
formato de suas pontas. ralela.
Tipos de punção:  Toca pinos são medidos pelo diâme-
tro da face em 1/32” variando o di-
 Centro âmetro de 1/16 a 3/8”.
 Ponta (bico)  A remoção de um pino ou parafuso
 Extrator é iniciada com um punção extrator
 Toca pinos até que os lados do pino ou parafuso
 Alinhamento toquem a borda do orifício; a partir
 Vazador disso o toca pinos é usado para com-
pletar a remoção do pino ou para-
Punção de bico: fuso do orifício.
 Não se deve usar punções de bico ou
 É usado para fazer marcas de refe- de centro para remover objetos de
rência no metal orifícios, pois a ponta do punção di-
 Para transferir medidas de um de- latara o objeto dificultando a remo-
senho no papel diretamente para o ção.
metal.
Chaves

As chaves usadas com mais frequência são


Punção de ponta: classificadas como:
 Não deve ser golpeado fortemente  Chaves de boca
com um martelo, pois ira envergar  Chaves de caixa
ou causar grandes danos ao mate-
 Colar ou estrela
rial.
 Chaves especiais
Punção de centro:
O metal mais usado na fabricação de chaves é
o aço cromo-vanádio, chaves feitas deste metal são
 Faz profundas marcações no metal
consideradas inquebráveis.
 Nunca deve ser martelado com
força para não afundar o metal que Chaves de boca:
circunda a marcação ou criar uma
protuberância no outro lado da
 São chaves sólidas, não ajustáveis,
chapa de metal
com a abertura paralela em um ou
 Tem o corpo mais pesado que o ambos os lados.
punção de bico e a ponta é afiada
 Podem ter as aberturas paralelas
com um ângulo de aproximada-
com o punho ou formando um ân-
mente 60°
gulo de 90°, porém, a maior parte
delas forma um ângulo de 15°.
Punção extrator ou cônico:
Basicamente as chaves são destinadas a fixar
 Usado para extrair rebites danifica- ou afrouxar porcas, cabeças de parafuso ou outros ob-
dos jetos que permitam que elas exerçam a ação de girar.
 Pinos e parafusos presos em orifí-
cios Chaves colar:
 Feito com uma face plana no lugar
da ponta.
12-2
 São muito utilizadas por causa de Chave gancho:
sua vantagem em lugares estreitos.
 São chamadas de caixa ou colar,  Feita para uma porca redonda com
pois envolvem completamente a uma serie de entalhes cortados no
porca ou a cabeça do parafuso. bordo exterior.
 Praticamente todas são feitas com  Consiste de:
12 pontos para que possam ser usa-
das em lugares que só permitem um a) Um cabo com uma parte em
deslocamento de 15°. arco
b) Um gancho na extremidade, o
Chaves combinadas são ideais porque pos- gancho é encaixado no entalhe
suem em uma das pontas uma chave colar e na outra da porca.
uma de boca sendo ambas da mesma medida.
Chave de torque ou torquimetro:
Chave soquete:
 É uma ferramenta de precisão, con-
 É feita em duas partes: siste de:

1) Soquete, que é a parte colocada so- a) Punho indicador de torque


bre a porca ou cabeça do parafuso. b) Adaptador
2) Punho, que é encaixado na soquete.
 Mede a quantidade de força de tor-
 Muitos tipos de punhos, extensões e ção ou de giro a ser aplicada em
uniões, disponíveis tornam a chave uma porca ou parafuso.
soquete possível de ser usada em
quase todas as localizações e posi- Os três tipos mais comuns de torquimetro são:
ções.
 Chaves soquetes são feitas com pu-  Barra flexível
nho fixo ou destacável  Estrutura rígida
 Chaves soquetes com punho desta-  Catraca
cável vem com vários tipos de cabos
com o “T”, catraca, encaixe de Antes de cada uso o torquimetro deve ser ins-
chave de fenda e arco de velocidade. pecionado quanto a danos, e deve ser testado em inter-
valos periódicos para assegurar sua exatidão.
Chave ajustável:
Chave Allen:
 Ferramenta manual que possui
mordentes lisos e é utilizada como  São barras hexagonais com a forma
chave de boca, um mordente é fixo de um “L”.
e o outro pode ser movimentado em  Tem medidas entre 3/64 e ½”.
um setor dentado do punho.  A maioria dos parafusos sem ca-
 A abertura dos mordentes varia de beça são do tipo Allen.
zero a ½” ou mais. O ângulo de
abertura do punho é de 22 ½°.
 Pode executar o trabalho de várias FERRAMENTAS DE CORTAR METAL
chaves de boca, mas não são desti-
nadas a substituir as chaves de Tesouras manuais
boca.
As tesouras mais comuns são:

Chaves especiais  Tesouras retas


 Tesouras curvas
Essa categoria inclui:  Tesoura bico de falcão
 Tesoura de aviação
 Chave de gancho
 Torquimetro Tesouras retas:
 Chave Allen

12-3
 Usadas para cortar em linha reta,  Existem dois tipos
quando a distância não for grande
o suficiente para usar a guilhotina. a) Duras
 Para cortar a parte externa de uma b) Flexíveis (apenas os dentes são
curva endurecidos)

As tesouras nunca devem ser usadas para cor-  Uma lamina dura é mais adequada
tar chapas de metal muito duro. para serrar latão, aço de ferramen-
tas, ferro fundido, e materiais de se-
Tesoura de aviação: ção sólida, uma lamina flexível é
mais adequada para serrar peças
 Designadas especialmente para cor- ocas e metais de seção delgada.
tar ligas de alumínio tratadas a  O passo de uma lamina de serra in-
quente e aço inoxidável dica o número de dentes por pole-
 Punhos são componentes de uma gada. Passos de 14, 17, 24 e 32 den-
alavanca que fazem quando possí- tes por polegada são os mais utiliza-
vel o corte em materiais com espes- dos.
sura de 0,051”.
 São encontradas em dois tipos:
Talhadeiras
a) Aquelas que cortam da direita
para a esquerda São ferramentas de corte feitas de aço duro
b) Aquelas que cortam da es- que podem ser usadas para cortar e desbastar qualquer
querda para a direita metal mais macio do que elas próprias.
A medida de uma talhadeira laminada a frio é
Cortes com tesouras deixam pequenas fraturas determinada pela largura da parte cortante, o compri-
ao longo do corte, por isso os cortes devem ser feitos mento pode variar, mas dificilmente são encontradas
afastados 1/32” da linha marcada e o acabamento deve menores que 12 centímetros (5”) ou maiores que 20
ser feito com uma lima até a linha marcada. centímetros (8”).
Normalmente são feitas de barras de aço com
Arcos de serra a forma hexagonal, endurecida e temperadas.
O ângulo de corte das talhadeiras deve ser de
Um arco de serra comum possui: 60° a 70° para uso geral (cortar arames, fios, tiras de
ferro, pequenas barras ou varas).
 Uma lamina
 Um arco Bedame chato:
 Um punho
 Talhadeira especial, laminada a
O punho é encontrado em dois estilos: frio.
 Para cortar cantos em esquadro ou
 Cabo tipo pistola ranhuras
 Cabo reto
Talhadeira de ponta arredondada:
Ao instalar uma lamina em um arco deve-se
colocar a serra com os dentes para frente partindo do  Ranhuras redondas, semicirculares
punho. e cantos arredondados.

Laminas: Talhadeira com pontas de diamante:

 São feitas de:  É usada para cortar ranhuras e ân-


gulos internos agudos.
a) Aço de alto teor
b) Aço tungstênio Limas

 São encontradas em tamanhos que São usadas para:


variam de 15 a 40 centímetros (6 a
16”), a mais comum é a de 25 centí-  Extremidades em esquadro
metros (10”).  Limar arestas arredondadas

12-4
 Remover rebarbas e lascas de me-  Escolher a lima adequada ao mate-
tais rial e ao trabalho a ser executado
 Retificar bordas irregulares  Manter as limas separadas umas
 Limar orifícios e ranhuras. das outras para não se danificarem
 Alisar superfícies ásperas  Manter as limas em locais secos
porque a ferrugem corroera a
Possuem três classificações distintas: ponta dos dentes
 Manter as limas limpas – bater a
a) Seus comprimentos que são me- ponta da lima a cada cinco golpes
didos excluindo a espiga para soltar e remover limalhas –
b) Suas espécies e nomes tem refe- usar escova para mantê-las limpas,
rência com a grossura dos den- lima suja é lima que não corta.
tes
c) Seus cortes Partículas de metal entre os dentes da lima po-
dem provocar profundos arranhões no material que
Usualmente feitas em dois tipos de cortes: está sendo limado.

a) Corte simples
b) Corte duplo MÁQUINAS DE FURAR

A lima de corte simples possui uma fileira


simples de dentes ao longo de sua face em um ângulo São usadas geralmente quatro tipos de maqui-
de 65° a 85° com o seu comprimento, a medida do nas portáteis de furar, furos de ¼ “de diâmetro ou me-
corte depende da grossura da lima. nores podem ser feitos com a máquina manual pe-
A lima de corte duplo tem duas fileiras de den- quena (batedeira de ovos); a máquina manual maior é
tes que se cruzam, para um trabalho comum o ângulo adequada para prender brocas maiores do que a má-
da primeira fileira é de 40° a 45° e é geralmente cha- quina pequena.
mada de primeiro corte (“overcut”). A segunda fileira Maquinas pneumáticas são usadas próximo a
conhecida como “upcut” é um pouco mais fina e não materiais inflamáveis, pois as centelhas das maquinas
tão profunda quando a primeira fileira. elétricas constituem perigo de fogo.

Uso das limas Brocas

Limas e grosas são catalogadas de três manei- A haste da broca é a ponta que será fixada no
ras: mandril da máquina.
Os dois formatos de hastes mais usados em
 Comprimento: medido da ponta maquinas manuais são:
para a base do cabo, a espiga nunca
é incluída no comprimento.  Haste reta
 Forma da seção reta: refere-se à  Quadrada ou Pua
configuração física da lima (circu-
lar, retangular, triangular ou uma A haste reta é usada em maquinas manuais
variação destas). (pequenas e grandes) e nas portáteis elétricas; a haste
 Corte: refere-se às características quadrada foi feita para ser usada em arcos de pua.
de corte e grossura. Hastes cônicas são usadas em maquinas de fu-
rar de coluna ou de bancada.
a) Grossa, muito grossa e bas- A coluna de metal que forma a parte central da
tarda: para uso na classe de tra- broca é o corpo, a área do corpo logo depois da mar-
balho pesado. gem (guia) tem o diâmetro menor do que a margem
b) Corte médio, morsa e morsa para reduzir o atrito entre a broca e as laterais do furo.
fina: para trabalhos de acaba- O ângulo no qual a ponta da broca é afiada é
mento. chamado de ângulo da ponta da broca, nas brocas pa-
drão para aço e ferro é fundido o ângulo deverá ser de
59° a partir do eixo da broca. Para furações rápidas em
Cuidados com as limas materiais macios deve-se usar ângulos afiados.
O diâmetro da broca é considerado de três ma-
Algumas precauções a serem tomadas com as neiras:
limas:
 Por frações
12-5
 Por letras FERRAMENTAS DE MEDIÇÃO
 Por números.

Para a maioria das maquinas de furar uma


broca com ângulo de corte de 118° (59° de cada lado Paquímetro
do centro da broca) será suficiente; para furar materi-
ais macios um ângulo de corte de 90° pode ser sufici- Também chamado de calibre vernier é um ins-
ente. trumento para medidas de precisão da ordem de um
decimo de milímetro, geralmente feito de aço inoxidá-
Alargadores vel e com escalas graduadas em milímetros ou frações
de polegadas.
São ferramentas usadas para ajustar e alargar
orifícios para uma medida exata. Micrometro
Alargadores manuais tem a ponta da haste em
um formato quadrado para poderem ser girados com Existem quatro tipos de micrometro cada um
um desandador ou punho semelhante. para um uso especifico, são conhecidos como:
Um orifício que tenha que ser ajustado deve
ser furado com 0,003 a 0,007 da polegada a menos do  Para medidas externas
que a medida desejada, um corte que remova mais que
 Para medidas internas
0, 007” oferece muita resistência ao alargador e não
 De profundidade
deve ser tentado.
Alargadores são feitos de:  Para roscas

Micrometros são encontrados em gra-


 Aço carbono
duações para polegadas ou para milí-
 Aço rápido metros.
O aço rápido perde o seu corte antes do aço
carbono, porém após a primeira super – afiação ter
acabado ele ainda é utilizável, portanto o alargador de
aço rápido é mais durável que o alargador de aço car-
bono.
O alargador de expansão é o mais prático para
uso geral, ele é encontrado nas medidas padrão de ¼
“e 1” aumentando o diâmetro em incrementos de
1/32”.
Tipos de alargadores:

 Reto (manual)
 Cônico (manual)
 Reto (maquina)
 Espiral cônico (maquina)
 De expansão
 Ajustável

Escareadores

São ferramentas que cortam em forma cônica


uma depressão ao redor de um furo, para permitir que
um rebite ou parafuso fique no mesmo plano da super-
fície do material, são feitos em vários ângulos para
corresponder com as cabeças escareadas dos rebites e
dos parafusos, o ângulo do escareador padrão é de
100°.
Existem escariadores com batentes limitado-
res que são ajustáveis para qualquer profundidade de-
sejada (alguns possuem regulagem micrométrica).

12-6
TESTE FERRAMENTAS MANUAIS E DE ME-
DIÇÃO

1) Os alicates___ também são chamados de alicates


de corte, possuem mordentes curtos. São indispen-
FERRAMENTAS PARA ABRIR ROSCAS sáveis para a remoção de frenagens com arame.

a) em diagonal
A ferramenta usada para abrir roscas internas b) bico de pato
é chamada de “macho”, e a usada para abrir roscas ex-
c) bico redondo
ternas é chamada de “cossinete”. Ambas são feitas de d) de universal
aço temperado e afiadas para uma medida exata.
Existem quatro tipos de rosca que podem ser
2) Os dois tipos de parafusos com encaixe na cabeça
feitas com os machos e cossinetes:
de uso mais comum são___e___. As chaves de fenda
para trabalhar com os mesmos___.
 National Coarse
 National Fine a) fenda e encaixe/são intercambiáveis
 National Extra Fine b) fenda e Philips/são intercambiáveis
 National Pipe c) Philips e reed and prince/não são intercambiáveis
d) reed and prince e Philips/ são intercambiáveis
Os machos vem em conjuntos de três peças
para cada diâmetro e tipo de rosca, cada conjunto con- 3) Ele mede a quantidade de torção ou giro a ser
tém um macho com entrada cônico, um semi cônico e aplicado a uma porca ou parafuso
o paralelo.
O macho cônico é usado para iniciar o pro- a) tensiômetro
cesso porque ele é cônico no espaço de 6 a 7 fios de b) torquimetro
rosca. c) dinamômetro
O macho semi - cônico suplementa o cônico d) voltímetro
para abrir rosca em furos de uma chapa grossa.
O macho paralelo é usado para abrir roscas em 4) Assinalem com V ou F as afirmações:
furos cegos, isto é, furos que não atravessam o mate-
rial. I – Quando instalamos uma lamina de serra em um
Os cossinetes são classificados em: arco, colocamos a serra com os dentes apontados pra
frente.
 Sólidos II – As laminas são feitas de aço e são de dois tipos:
 Ajustáveis quebráveis e inquebráveis
III- O passo de uma lamina de serra indica o número
Pela ajustagem do cossinete o diâmetro e a de dentes por polegada
ajustagem da rosca podem ser controlados.
Os cossinetes sólidos ou comuns não são ajus- a) V, V, V
táveis e por isso só podem executar um tipo de fio de b) V, F, F
rosca. c) F, V, F
Existem vários tipos de ferramentas para girar d) V, F, V
machos e cossinetes:
5) As limas são usualmente feitas em dois cortes que
 Punho em “T” são?

a) simples e duplo
 Desandadores para machos e para b) dobrado e cônico
cossinetes c) horizontal e vertical
d) paralelo e oval
Ao conjunto cossinete e desandador, dá-se o
nome de “tarraxa”. 6) ___de boca é fixada na máquina de furar. ___
temos___. O ângulo da ponta é normalmente de
___.

a) o corpo, na sua haste, canais e guias, 59°.


12-7
b) a haste, no seu corpo, canais e guias, 59°. 12) As chaves___, ___ com abertura paralela são
c) a haste, no seu corpo, canais e guias, 120°. conhecidas como___. A maior parte delas tem uma
d) o corpo, na haste, canais e margem, 60°. ângulo de___.

7) Assinale a alternativa correta: a) soquetes, não ajustáveis, chaves paralelas, 90°.


b) boca, ajustáveis, chaves sólidas, 90°.
a) uma chave de fenda comum deve preencher pelo c) bocas, ajustáveis, sólidas, 15°.
menos 70% da fenda do parafuso d) sólidos, não ajustáveis, chave de boca, 15°.
b) uma chave de fenda comum deve preencher pelo
menos a metade da fenda do parafuso 13) Classifique como V ou F os procedimentos
c) uma chave de fenda comum deve preencher pelo abaixo:
menos 75% da fenda do parafuso
d) uma chave de fenda comum deve preencher obriga- I – macho é a ferramenta para abrir rosca interna
toriamente toda a fenda do parafuso II – macho semi cônico suplementa o cônico para
abrir rosca em furo de chapa grossa
8) Que chaves compõem a categoria de chaves es- III – cossinete é a ferramenta para abrir rosca in-
peciais? terna
IV – cossinetes são classificados em sólidos e ajustá-
a) serra, escareador e pincel. veis
b) allen, gancho e torquimetro. V – ao conjunto cossinete e desandador dá-se o nome
c) bucha, tambor e tico-tico. de tarraxa
d) fenda, alicate e régua.
a) V, V, F, V, V
9) O tamanho dos alicates é determinado___usual- b) V, V, F, F, V
mente entre___e___. c) V, V, V, F, V
d) F, V, F, V, V
a) pelo seu comprimento total, 5 pol. a 12 pol.
b) pela abertura de seus mordentes, 5 pol. a 12 pol.
c) pela abertura de seus mordentes, 5 cm. A 12 cm.
d) pelo seu comprimento total, 5 cm. A 12 cm.

10) Qual alicate é usado para torcer o metal?

a) alicate gasista
b) alicate bico de pato 1 A B C D
c) alicate bico redondo 2 A B C D
d) alicate bico de papagaio 3 A B C D
4 A B C D
11) Classifique como V ou F as afirmativas abaixo: 5 A B C D
6 A B C D
I – Punção de ponta é usado para fazer marcas de 7 A B C D
referência no metal
8 A B C D
II – A diferença entre os punções toca pinos e extra-
9 A B C D
tor é que o toca pinos tem os lados cônicos em direção
à face enquanto o extrator tem a haste paralela 10 A B C D
III – os toca pinos são medidos pelo diâmetro da face 11 A B C D
IV – devemos usar um punção de bico ou de centro 12 A B C D
para remover objetos de pequenos orifícios 13 A B C D
V – o punção de bico tem o corpo mais pesado que o
punção de centro e a ponta é afiada com ângulo de
aproximadamente 60°

a) V, V, V, F, F
b) F, F, V, F, F
c) V, F, V, F, F
d) V, F, V, F, V

12-8
CAPÍTULO 13

AERODINÂMICA

TEORIA DE VOO Principio de Bernoulli e fluxo subsônico

A aerodinâmica está relacionada com três par- O principio de Bernoulli estabelece que
tes distintas: quando um fluido passando por um tubo atinge uma
restrição ou estreitamento no tubo a velocidade do flu-
 Aeronave ido que passa pela restrição aumenta e pressão reduz.
 Vento relativo Quando o ar passa pela superfície superior de
 Atmosfera um aerofólio sua velocidade aumenta e sua pressão di-
minui, criando uma área de baixa pressão; o ar que
A atmosfera passa na superfície inferior do aerofólio forma uma
área de maior pressão que tende a mover a asa para
O ar é uma mistura de gases composta basica- cima, essa diferença de pressão entre as superfícies da
mente de nitrogênio e hidrogênio. asa é chamada de sustentação.
O ar é considerado um fluido; um fluido é uma ¾ da sustentação total de um aerofólio é resul-
substancia que pode fluir ou trocar sua forma quando tado da redução de pressão sobre a superfície superior,
é aplicada pressão. o impacto do ar na superfície inferior produz ¼ da sus-
O ar tem peso, assim qualquer coisa mais leve tentação total.
do que o ar ira subir no ar. Uma aeronave em voo está soba a ação de qua-
tro forças:
Pressão
 Gravidade ou peso (puxa a aero-
É geralmente medida em polegadas de mercú- nave para baixo)
rio, ao nível do mar a altura do mercúrio no tubo mede  Sustentação (empurra a aeronave
29,92 polegadas. para cima)
A pressão atmosférica varia com a altitude;  Empuxo (move a aeronave para
quanto mais alto um objeto estiver em relação ao nível frente)
do mar, menor será a pressão.
 Arrasto (exerce a ação de um freio)
Densidade MOVIMENTO
Densidade é a medida do peso por unidade de É o ato ou processa de troca de lugar ou posi-
volume. ção.
A densidade varia em proporção direta com a O ar só tem força ou potencia quando está em
pressão. movimento, um objeto no ar inerte tem uma força
A densidade varia inversamente com a tempe- exercida sobre ele que é resultado do seu próprio mo-
ratura. vimento.
O ar é mais denso em grandes altitudes do que O fluxo de ar em volta do objeto causado pelo
em pequena e massa de ar frio é mais densa que a movimento do ar ou do objeto ou de ambos é chamado
massa de ar quente, assim, com uma mesma potencia de vento relativo.
uma aeronave pode voar mais rápido em grandes alti-
tudes aonde a densidade é menor e o ar oferece menos Velocidade a aceleração
resistência à aeronave, pois ele contém um menor nu-
mero de partículas por volume. SPEED:
Umidade  Indica a razão do movimento
É a quantidade de vapor d’agua no ar.
VELOCITY:
Quanto mais elevada à temperatura do ar mais
vapor d’agua ele pode absorver; considerando-se que
 Indica a razão do movimento em
a temperatura e pressão permaneçam iguais a densi-
dade varia inversamente com a umidade, nos dias úmi- uma direção de uma partícula em
dos a densidade do ar é menor que nos dias secos, por relação ao tempo.
isso em dias úmidos a aeronave requer uma pista mais
longa para decolagem.

13-1
Um aumento na velocidade da aeronave é uma  Aumentando a área da asa
aceleração positiva, uma redução na velocidade é uma  Aumentando a velocidade do fluxo
aceleração negativa. livre ou a densidade do ar
 Trocando o formato do aerofólio
Lei do movimento de Newton
Ângulo de ataque:
Princípio da inércia (1ª lei):
Corda:
 Um corpo em repouso tende a per-
manecer em repouso a menos que  A corda de um aerofólio (ou seção
uma força seja aplicada a ele. Uma da asa) é uma linha imaginaria que
aeronave sai do seu estado de re- passa da seção do bordo de ataque
pouso através da força de empuxo para o bordo de fuga
criada pela hélice, expansão dos ga-  A linha da corda constitui um lado
ses de escapamento, ou ambos. do ângulo de ataque o outro lado é
constituído pela direção relativa do
Princípio fundamental da dinâmica (2ª lei): fluxo de ar.

 Quando uma força externa atua so- Ângulo de ataque:


bre um corpo que se move com ve-
locidade constante a alteração no  É definido como o ângulo entre a
movimento ocorrera na direção de corda da asa e a direção do vento
atuação da força. relativo.
 Expressa matematicamente como:
𝒇 = 𝒎𝒙𝒂 Força resultante:

Princípio da ação e reação (3ª lei):  É a adição matemática de todas as


forças atuantes sobre a asa.
 Para toda ação existe uma reação
igual e contraria. Centro de pressão:
 Quando a força de sustentação sob
a asa de uma aeronave se iguala a  É o ponto de interseção da força re-
força da gravidade a aeronave sultante com a corda do aerofólio.
mante seu nível de voo.  Move-se ao longo da corda do aero-
fólio com a mudança do ângulo de
AEROFOLIOS ataque, para frente com o aumento
do ângulo de ataque e para trás
É uma superfície projetada para obter uma re- quando o ângulo diminui.
ação desejável do ar através do qual ele se move.
Qualquer peça da aeronave que converta a re- Em um aerofólio adequado a sustentação é au-
sistência do ar em força útil ao voo é um aerofólio. mentada à medida que o ângulo de ataque aumenta,
A superfície superior do perfil de uma asa tem conclui-se que a distribuição de forças sobre o aerofó-
maior curvatura do que a superfície inferior, a dife- lio varia com o ângulo de ataque.
rença de curvatura entre as superfícies superior e infe-
rior da asa produz a força de sustentação. Ângulo de incidência
O ar fluindo na superfície superior tem que al-
cançar o bordo de fuga da asa ao mesmo tempo em que O ângulo agudo que a corda da asa forma com
o ar fluindo na superfície inferior, devido a maior dis- o eixo longitudinal da aeronave é chamado de ângulo
tancia que o ar fluindo na superfície superior deve per- de incidência.
correr ele atinge uma velocidade maior que o ar que O ângulo de incidência é um angulo fixo.
flui na inferior; esse aumento de velocidade de acordo Quando o ângulo de ataque está mais alto que
com Bernoulli significa uma correspondente redução o bordo de fuga, o ângulo de incidência é positivo.
de pressão sobre a superfície. Dessa forma uma pres- Quando o ângulo de ataque está mais baixo
são diferencia é criada entre as superfícies, forçando a que o bordo de fuga, o ângulo de incidência é negativo.
subida da asa na direção da pressão mais baixa.
Dentro de limites a sustentação pode ser au- Área da asa
mentada:
É medida em pés quadrados e inclui a parte
 Aumentando o ângulo de ataque bloqueada pela fuselagem.
13-2
Pode ser descrita como a área da sombra pro-
jetada pela asa ao meio dia de um dia de sol.  É uma força em direção à ré cau-
As forças de sustentação e arrasto que agem sada pelo rompimento do fluxo de
sobre as asas são exponencialmente proporcionais a ar na asa, fuselagem e objetos sali-
sua área, se a área da asa for duplicada as outras vari- entes.
áveis permanecem iguais, porém o arrasto e a susten-
tação criados pela asa são duplicados. Se a área é tri- Empuxo:
plicada, o empuxo e o arrasto são triplicados.
 Produzido por um motor, é a força
Forma do aerofólio para frente que se sobrepõe a força
de arrasto.
Determina a quantidade de turbulência ou
atrito de superfície que será produzido, logo, a forma Essas quatro forças só estão em equilíbrio
da asa afeta a sua eficiência; a melhor asa é aquela que quando a aeronave está em voo reto, nivelada e desa-
mantem a turbulência e o atrito de superfície nos mí- celerada.
nimos. As forças de sustentação e arrasto é o resul-
A eficiência de uma asa é medida em termos tado direto da relação entre o vento relativo e a aero-
de razão entre sustentação e arrasto, essa razão varia nave, a força de sustentação sempre age perpendicu-
com o ângulo de ataque. larmente ao vento relativo e a força de arrasto age sem-
Cambra é a curvatura de um aerofólio acima e pre paralela ao vento relativo e na mesma direção.
abaixo da superfície da corda. O empuxo é tirado da propulsão, ou da com-
A cambra superior refere-se à superfície supe- binação motor e hélice.
rior da asa; a cambra inferior refere-se à superfície in- A teoria da propulsão é baseada na terceira lei
ferior e a cambra media refere-se à seção da linha mé- de Newton, o motor a turbina provoca o movimento da
dia, a cambra é positiva quando a variação da corda é massa de ar para trás a alta velocidade causando uma
superior e negativa quando inferior. reação para frente que movimenta a aeronave.
A sustentação produzida por um aerofólio au- Numa combinação motor/hélice o movimento
mentara com o aumento da cambra da asa. através do ar produz uma sustentação similar à susten-
tação sobre a asa, porém ela age na direção horizontal
CENTRO DE GRAVIDADE empurrando a aeronave para frente.
A força de empuxo deve ultrapassar a força de
O centro de gravidade pode ser considerado arrasto, se o arrasto for maior que o empuxo a aero-
como ponto no qual todo o peso de uma aeronave está nave irá perder altitude por causa da desaceleração,
concentrado, é de grande importância, pois sua posi- quando o empuxo é maior que o arrasto a aeronave irá
ção tem grande relação com a estabilidade. acelerar, quando arrasto e empuxo forem iguais à ae-
ronave irá voar em velocidade estabilizada.
Empuxo e arrasto O arrasto é resistência do ar aos objetos que se
movem nele.
Durante o voo uma aeronave sofre a ação de
quatro forças: Arrasto parasita:
 Peso  Produzido pela combinação de dife-
 Sustentação rentes forças de arrasto.
 Arrasto  Qualquer objeto exposto em uma
 Empuxo aeronave oferece resistência ao ar,
quanto mais objetos expostos ao
Peso: fluxo do ar maior é o arrasto para-
sita.
 É a força da gravidade agindo para  O atrito de superfície (atrito cau-
baixo, agindo sobre a aeronave e o sado pela resistência oferecida pelas
que está dentro dela. superfícies desiguais ao fluxo do ar)
é o tipo de arrasto parasita mais di-
Sustentação: fícil de ser removido

 Age verticalmente contrariando o Arrasto de perfil:


efeito do peso. Empurra a aeronave
para cima  É o arrasto parasita de aerofólio.
Arrasto:
13-3
 A resistência do perfil da asa é cau- ESTABILIDADE E CONTROLE
sada pela própria asa e é útil a sus-
tentação. Existem três termos relacionados à estabili-
dade:
Arrasto induzido:
 Estabilidade
 O ar que escapa do intradorso para  Maneabilidade
o extradorso (onde a pressão é me-  Controlabilidade
nor) pelas pontas das asas gera um
fluxo de ar em forma espiral, cri- Estabilidade:
ando arrasto adicional.
 Surge devido à diferença de pressão  É a característica de uma aeronave
em regiões vizinhas. que tende a fazê-la voar em trajetó-
ria reta e nivelada

Eixos de uma aeronave Maneabilidade:

Sempre que uma aeronave muda a sua atitude  É a habilidade de uma aeronave ao
voo, ela tem que girar sobre um ou mais de seus eixos. longo de sua trajetória de voo para
resistir aos esforços que lhe são im-
postos.

Controlabilidade:

 É a qualidade de resposta de uma


aeronave ao comando do piloto,
quando a aeronave é manobrada.

Estabilidade estática

Uma aeronave com todas as forças que agem


sobre ela equilibradas não sofre aceleração e mantem
um voo uniforme; uma rajada de vento ou uma defle-
xão dos controles e a aeronave irá sofrer uma acelera-
ção devido ao desbalanceamento dos momentos das
forças.
13-1 Eixos de uma aeronave Os tipos de estabilidade estática são definidos
pela característica do movimento que se segue a cada
perturbação do equilíbrio.
O movimento da aeronave em torno dos seus
eixos é controlado por três superfícies de controle:
Estabilidade estática positiva:
 Ailerons
 O objeto que sofre a perturbação
 Profundores
tende a retornar ao equilíbrio.
 Lemes
Estabilidade estática negativa (instabilidade
estática):
MOVI- SUP. DE CON-  O objeto que sofre a perturbação
EIXO:
MENTO TROLE tende a continuar na direção do dis-
Lateral Arfagem Profundor túrbio.
Vertical Guinada Leme
Longitudi- Estabilidade estática neutra:
Rolamento Ailerons
nal
 O objeto que sofre a perturbação
Tabela 1 Comandos de voo não tem tendência a retornar, ou a

13-4
continuar na direção de desloca- superfícies, isso cria mudanças no balanceamento das
mento, porém permanece em equi- forças que agem para manter a aeronave em voo reto e
líbrio na direção do distúrbio. nivelado.

Estabilidade dinâmica Superfícies de controle de voo

Se um objeto sofre um distúrbio em relação ao São aerofólios articulados ou moveis, projeta-


seu equilíbrio, o tempo de movimento resultante de- dos para modificar a atitude de uma aeronave durante
fine a estabilidade dinâmica do objeto. o voo, podem ser divididas em três grupos:
Um objeto demonstra estabilidade dinâmica
positiva, se a amplitude do movimento diminui com o  Primário
tempo.  Secundário
Geralmente a estabilidade dinâmica positiva é  Auxiliar
projetada para evitar oscilações continuadas desagra-
dáveis. Grupo primário

Estabilidade longitudinal Inclui:

Quando a aeronave não tem a tendência de jo-  Ailerons


gar o nariz para baixo e mergulhar ou levantar o nariz  Profundores
e perder velocidade, ela possui estabilidade longitudi-  Lemes
nal.
Ailerons e Profundores são geralmente co-
Estabilidade direcional mandados da cabine por um volante e um conjunto de
forquilhas nas aeronaves multimotoras.
É a estabilidade em torno do eixo vertical, o
O leme é comandado por pedais em todos os
estabilizador vertical é a superfície primaria que con-
tipos de aeronaves.
trola a estabilidade direcional.
As asas enfrechadas ajudam na estabilidade
direcional.

Estabilidade lateral

É a tendência a retornar para a atitude original.


A superfície principal em termos de contribui-
ção para a estabilidade lateral é asa, o efeito da geo-
metria do diedro de uma asa é uma contribuição em
potencial para a estabilidade lateral.

13-3 Controles primários de voo

Grupo secundário

13-2 Diedro Inclui:

CONTROLE  Compensadores comandáveis - pe-


quenos aerofólios encaixados no
É a atitude tomada para fazer com que a aero- bordo de fuga das superfícies prima-
nave siga a trajetória de voo desejada. Uma aeronave rias, capacitam o piloto a corrigir
controlável responde fácil e prontamente ao movi- qualquer condição de desbalancea-
mento dos controles. mento que existir durante o voo, sem
Movendo-se as superfícies de controle em exercer qualquer pressão sobre os
uma aeronave, muda-se o fluxo do ar que atua nessas controles primários, estão articulados
13-5
a superfície matriz do controle primá-
rio, porem controladas por comando Freios aerodinâmicos (Spoilers):
independente.
 Compensadores conjugados - simi-  Existem dois tipos de Spoilers:
lares em aparência aos compensado-
res comandáveis, são usados para aju- a) Spoiler de solo que é estendido
dar o piloto na movimentação das su- somente após o pouso da aero-
perfícies primarias de controle. nave auxiliando a ação de fre-
nagem.
Grupo auxiliar b) Spoiler de voo é o que auxilia o
controle lateral, sendo esten-
Estão incluídos: dido sempre que o aileron da
respectiva asa é acionado para
 Flaps de asa cima.
 Spoilers
 Freios aerodinâmicos Controle em torno do eixo longitudinal
 Slats (aerofólio auxiliar móvel)
 Flaps de bordo de ataque O movimento da aeronave em torno do seu
 Slots (fenda na asa) eixo longitudinal é chamado de rolamento (rolagem)
ou inclinação lateral; os ailerons são usados para con-
Pode ser dividido em dois subgrupos: trolar esse movimento.
Os ailerons formam parte da asa, e estão loca-
lizados no bordo de fugo próximos a ponta das asas,
 Superfícies com o proposito primá-
ailerons são superfícies moveis de uma superfície fixa
rio de aumentar a sustentação:
que é a asa.
Os ailerons estão na posição neutra quando es-
a) Flaps
tão aerodinamicamente alinhados com o bordo de fuga
b) Slats
das asas e respondem a pressão lateral aplicada ao
c) Slots
manche. A pressão aplicada para mover o manche para
a direita levanta o aileron direito e abaixo o esquerdo,
provocando a inclinação da aeronave para a direita e
 Superfícies com o proposito primá-
vice-versa.
rio de diminuir a sustentação:
Os ailerons estão interligados por cabos de co-
mandos dessa forma quando um aileron é comandado
a) Freios aerodinâmicos
para cima o outro é comandado para baixo.
b) Spoilers
A função do aileron que é comandado para
baixo é aumentar a sustentação aumentando a cambra
Flaps:
da asa, além disso, o aileron abaixado também cria ar-
rasto adicional, uma vez que ele está em uma área de
 Aumentam a área da asa aumen- alta pressão embaixo da asa.
tando assim a sustentação na deco- O aileron que está para cima, diminui a sus-
lagem e diminuindo a velocidade no tentação do seu lado.
pouso, são retrateis e se ajustam ae- O aumento da sustentação sob a asa do aileron
rodinamicamente ao contorno da que está abaixado levanta essa asa.
asa. Isso provoca o rolamento da aeronave em
torno do seu eixo longitudinal.
Slats e Slots:
Os “Spoilers” ou freios aerodinâmicos são
placas instaladas na superfície superior da asa, são ge-
 Produzem sustentação adicional ralmente defletidos para cima por meio de atuadores
nas baixas velocidades durante hidráulicos, em resposta ao movimento do volante de
pousos e decolagens, e aumentam as controle na cabine.
características de manejo da aero- O proposito dos Spoilers é:
nave.
 São superfícies moveis presas ao  Perturbar o fluxo de ar que passa
bordo de ataque das asas. pelo topo do aerofólio criando um
 Quando fechados formam o bordo aumento de arrasta e a redução da
da asa, quando abertos cria-se o slot sustentação nesse aerofólio.
que é uma fenda entre o bordo de
ataque da asa e o slat. Spoilers são utilizados: para:
13-6
Algumas aeronaves uma superfície horizontal
 Para controle lateral; durante a in- móvel chamada de estabilizador móvel, o estabiliza-
clinação de uma aeronave os Spoi- dor completo é comandado para elevar ou para abaixar
lers atuam junto com os ailerons. o bordo de ataque, mudando dessa forma o ângulo de
Os Spoilers do lado do aileron que ataque e a sustentação nas superfícies da empenagem.
está para cima sobem junto com o “Ruddervators” são uma combinação de leme
aileron para posterior redução de e profundor, também conhecidas como empenagem
sustentação da asa, o Spoiler do ai- em “V” podem ser comandadas ambas para cima e
leron que está para baixo perma- para baixo ao mesmo tempo.
nece com sua posição inalterada.
 Como freios aerodinâmicos são to- COMPENSADORES
talmente defletidos para cima si-
multaneamente, uma alavanca de Embora aeronaves possuam estabilidade ine-
comando separada permite a ope- rente, nem sempre elas tendem a voar retas e nivela-
ração dos Spoilers como freios ae- das.
rodinâmicos. Peso e distribuição da carga afetam a estabili-
dade do voo, assim como diversas velocidades afetam
Spoilers operados automaticamente: as características do voo; essas e outras variações re-
querem constante atuação nos comandos para corre-
 Atuam apenas em grandes ângulos ção, para compensar as forças que tendem a desbalan-
de ataque, essa montagem os man- cear o voo ailerons, lemes e profundores dispõem de
tem fora do turbilhonamento a al- comandos auxiliares conhecidos como compensado-
tas velocidades e cruzeiro. res:

Spoilers fixos:  São pequenas superfícies de co-


mando ligadas ao bordo de fuga da
 Pode ser uma pequena cunha afi- superfície de comando primaria,
xada ao bordo de ataque do aerofó- podem ser comandados para cima
lio, ele faz com que a parte de den- ou para baixo por meio de manivela
tro da asa estole na frente da parte ou comando elétrico na cabine.
de fora o que resulta em controle do
aileron até que ocorra o estol com- Compensadores são usados para contrabalan-
pleto da asa. Quando removido esse çar as forças que atuam sobre os comandos de forma
Spoiler requer tremendo cuidado que a aeronave voa reta e nivelada ou mantenha atitu-
na recolocação. des.

Controle em torno do eixo vertical Compensadores ajustáveis

Quando o nariz da aeronave é abaixado ou le- Compensadores ajustáveis ajustam a aeronave


vantado a aeronaves gira em torno do seu eixo lateral. em voo, ajustar significa:
Profundores são superfícies móveis que pro-
vocam o giro sobre o eixo lateral, eles estão totalmente  Corrigir qualquer tendência que a
unidos ao bordo de fuga do estabilizador horizontal; aeronave tenha de se movimentar
são usados para fazer a aeronave mergulhar ou elevar- para uma atitude indesejada de voo
se e também para obter suficiente sustentação das asas
para manter a velocidade nivelada nas diversas veloci- Compensadores ajustáveis controlam:
dades de voo.
Os profundores podem ser movimentados  O balanceamento de uma aeronave
tanto para cima quanto para baixo: de forma a mantê-la em voo reto e
nivelado sem atuação na coluna de
 Se for movimentado para cima di- comando, volante ou pedais do
minui a força de sustentação na leme.
cauda provocando a sua queda e a
elevação do nariz. O movimento do compensador em uma dire-
 Se for movimentado para baixo au- ção:
menta a força de sustentação dobre
a asa provocando sua elevação e o  Provoca uma deflexão da superfície
abaixamento do nariz de comando na direção oposta.

13-7
Compensadores ajustáveis são ou controlados
da cabine ou ajustados no solo antes da decolagem, e
são instalados nos profundores, ailerons e leme.

Servo compensadores

São utilizados primariamente nas grandes su-


perfícies de comando principais, ajudam na movimen-
tação da superfície de comando mantendo-a na posi-
ção desejada.
Apenas o servo compensador se movimenta
em resposta ao comando da cabine, a força do fluxo de
ar sobre o servo compensador movimenta a superfície
primaria de comando, utilizando um servo compensa-
dor menos força é necessária para movimentar a su-
perfície de comando primaria.

Servo comando

A articulação do servo comando é projetada


de forma que quando a superfície de comando primá-
rio é movimentada o compensador se move na direção 13-4 Tipos de Compensadores
oposta, dessa forma, forças aerodinâmicas atuando so-
bre o compensador ajudam a movimentar a superfície DISPOSITIVO DE HIPERSUSTENTAÇÃO
de comando primaria.
São utilizados em combinação com aerofólios
Compensadores com mola para reduzir a velocidade de decolagem ou de pouso,
mudando as características do aerofólio durante essas
Tem aparência similar aos compensadores fases, quando não são necessários retornam para uma
ajustáveis, porém, possuem diferente proposito, com- posição dentro da asa para recuperar as características
pensadores com mola são usados com o mesmo pro- normais do aerofólio.
posito dos atuadores hidráulicos: Dois dispositivos de hipersustentação são co-
mumente usados:
 Ajudar na movimentação da super-
fície primaria de comando  Eslote: é utilizado como um passa-
diço através do bordo de ataque da
O movimento do aileron em uma direção pro- asa; em grandes ângulos de ataque
voca a deflexão do compensador com mola na direção o ar flui através do eslote e suaviza
oposta, proporcionando uma condição de balancea- o fluxo de ar sobre a superfície su-
mento reduzindo a intensidade da força requerida para perior da asa, permitindo que a asa
movimentar os ailerons. A deflexão é diretamente pro- vá além do ponto de estol sem esto-
porcional à carga aerodinâmica imposta ao aileron, lar.
portanto esses compensadores só funcionam em altas  Flap: superfície ligada à superfície
velocidades. do bordo de fuga da asa é contro-
Para reduzir a força requerida para comandar lada da cabine e quando não está
uma superfície de comando elas são balanceadas: em uso é alojado na superfície infe-
rior da asa. Sua utilização aumenta
 Estaticamente (é conseguida atra- a cambra da asa, aumentando a
vés da adição de pesos a seção a sustentação da asa possibilitando a
frente da linha de articulação até os redução de velocidade da aeronave
pesos se igualaram a seção traseira) sem estolar, isso também permite
 Aerodinamicamente (é geralmente curvas com grande inclinação nas
conseguida através da extensão da aproximações para pouso. Os flaps
superfície de comando a frente da são usados primariamente durante
dobradiça) decolagens e pousos.

Os tipos de flaps em uso incluem:

13-8
 Plano: (é articulado com a asa for- FORÇAS QUE ATUAM SOBRE UM HELICOP-
mando uma parte da superfície TERO
quando recolhido)
 Bipartido: (possui articulação na O helicóptero deriva sustentação de um aero-
parte inferior da asa, próximo ao fólio rotativo denominado rotor.
bordo de fuga permitindo que ele Durante qualquer tipo de voo horizontal ou
seja abaixado da superfície fixa su- vertical existem quatro forças atuando:
perior).
 “Fowler”: (instalado na parte infe-  Na sustentação,
rior da asa de forma a facear com a  No empuxo,
superfície, quando é acionado des-  No peso e
liza para trás sobre trilhos e pende  No arrasto do helicóptero
para baixo ao mesmo tempo; eles
aumentam a área da asa e assim au- Sustentação é:
mentam a sustentação sem aumen-
tar o arrasto).  A força requerida para vencer o
 Estolado: (similar ao “Fowler" em peso do helicóptero.
operação, porém, similar ao plano
em aparência, durante a operação Empuxo é:
se desloca para baixo e para trás
abrindo um eslote que permite  A força requerida para vencer o ar-
fluxo de ar sobre a superfície supe- rasto sobre a fuselagem e outros
rior da asa alinhando o fluxo de ar componentes do helicóptero.
e a eficiência do flap).
Durante voo pairado, numa condição sem
vento o plano desenvolvido é horizontal:

 Sustentação e empuxo agem em li-


nha reta para cima,
 Peso e arrasto, agem retos para
baixo.
As forças devem se igualar de forma a fazer o
helicóptero pairar.
Durante o voo vertical sem vento:

 As forças de sustentação e empuxo


agem verticalmente para cima.
 Peso e arrasto agem verticalmente
para baixo.
13-5 Tipos de flaps das asas Quando as forças são iguais:
Dispositivos de controle da camada limite
 O helicóptero paira.
A camada de ar sobre a superfície com menor
Se sustentação e empuxo são menores que
velocidade em relação ao fluxo de ar é conhecida por
peso e arrasto:
camada limite, o fluxo de ar inicial sobre uma superfí-
cie uniforme é fino e o termo para esse tipo de fluxo é
“camada limite laminar”.  O helicóptero desce verticalmente,
Eslotes são superfícies de controle móveis
presas ao bordo de ataque da asa, na posição fechada Se sustentação e empuxo são maiores que
formam o bordo de ataque, na posição aberta (esten- peso e arrasto:
dido para frente) uma fenda é criada entre o eslote e o
bordo de ataque da asa, dessa forma ar na forma de alta  O helicóptero sobe verticalmente.
energia é introduzido na camada limite no topo da asa
isso é conhecido como controle da camada limite. Em Em voos para frente o plano desenvolvido:
baixas velocidades do ar isso melhora as característi-
cas de movimentação e sustentação.  É inclinado para frente.

13-9
Dessa forma inclinando a força sustentação- A componente sustentação:
empuxo para frente, a força resultante sustentação-em-
puxo pode ser decomposta em duas componentes:  É reto para cima

 Sustentação (atuando vertical- E o componente do peso:


mente)
 Empuxo (atuando horizontalmente  É reto para baixo.
na direção do voo)
TORQUE
Além disso, para sustentação e empuxo existe
o peso que é a força que atua para baixo e o arrasto que A terceira lei de Newton afirma que para toda
é a força que atua para trás, ou força retardadora de ação existe uma reação igual e contrária. Como o rotor
inércia e de resistência ao vento. principal gira para um lado a fuselagem tende a girar
Em voo reto e nivelado, voo para frente desa- na direção oposta; essa tendência é denominada:
celerado:
 Torque.
 A sustentação se iguala ao peso
 O empuxo se iguala ao arrasto O efeito do torque sobre a fuselagem é resul-
tado direto da potencia do motor suprida para o rotor
(Voo reto e nivelado é o voo com proa e alti- principal, mudanças de potencia no motor causam uma
tude constantes): mudança correspondente no torque.
Como durante a auto rotação não há potencia
 Se sustentação exceder o peso o he- do motor sendo suprida para o rotor também não ha-
licóptero sobre verá reação de torque durante a auto rotação.
 Se sustentação for menor que o peso A força que compensa o torque e proporciona
o helicóptero desce. controle direcional pode ser produzida por um rotor
 Se empuxo exceder o arrasto a velo- auxiliar localizado na cauda. Esse rotor auxiliar (rotor
cidade do helicóptero aumenta de cauda ou rotor antitorque) produz empuxo na dire-
 Se o empuxo for menor que o ar- ção oposta à reação do torque desenvolvida pelo rotor
principal. Pedais na cabine permitem aumentar ou di-
rasto a velocidade é reduzida.
minuir o empuxo do rotor de cauda para neutralizar o
Em voo lateral o plano desenvolvido é: efeito de torque.
A centrifugação do rotor principal de um heli-
cóptero atua como giroscópio, como tal, ele tem pro-
 Inclinado lateralmente na direção
priedades da ação giroscópica, uma delas a precessão
do voo (inclinando o vetor sustenta-
giroscópica que é a ação resultante ou deflexão de um
ção-empuxo lateral total).
objeto em centrifugação quando uma força é aplicada
a esse objeto. Essa ação ocorre a 90º na direção de ro-
Nesse caso, o componente, sustentação (ou
tação em relação ao ponto aonde é aplicada.
vertical) é ainda reto para cima, o peso reto para baixo,
O movimento no controle cíclico de passo
porém, o componente, aceleração (ou horizontal)
num sistema de rotor de duas pás aumenta o ângulo de
agora atua lateralmente, com o arrasto atuando para o
ataque de uma das pás do rotor resultando na aplicação
lado oposto.
de uma força de sustentação maior nesse ponto, no
No voo para trás o plano desenvolvido é:
plano de rotação, esse mesmo movimento de controle
simultaneamente diminui o ângulo de ataque da outra
 Inclinado para trás (inclinando o
pá diminuindo a força de sustentação aplicada nesse
vetor sustentação-empuxo, lateral-
ponto, no plano de rotação.
mente).
A pá com o ângulo de ataque aumentado tende
a subir, a pá com o ângulo de ataque diminuindo tende
O componente de empuxo é:
a baixar, porém, devido à precessão giroscópica as pás
não sobem ou abaixam para a deflexão máxima até um
 Para trás ponto a 90º após o plano de rotação.
Nos rotores tri pá o movimento do cíclico
E o componente arrasto: muda cada ângulo de ataque de cada pá de forma apro-
priada de maneira que o resultado final seja o mesmo.
 Para frente
Assimetria de sustentação
(Exatamente oposto ao voo para frente).

13-10
A área dentro do plano desenvolvido pelo ro- mado de feito solo e ajuda na sustentação do helicóp-
tor principal é conhecida como área de disco ou disco tero durante o voo pairado, geralmente é efetivo a uma
do rotor. altura de aproximadamente metade do diâmetro do
Quando pairando no ar a sustentação criada disco rotor, a aproximadamente 3 a 5 milhas por hora
pelas pás do rotor em todas as direções é igual. do solo o helicóptero deixa o colchão.
A assimetria de sustentação é criada pelo voo
horizontal ou vento durante o voo pairado e é a dife- Autorrotação
rença entre sustentação existente entre a metade da pá
avançada da área do disco e a metade da pá retraída. É o termo usado para a condição de voo du-
Devido a maior sustentação na pá que avança rante a qual não a fornecimento de potencia do motor,
o helicóptero tende a rolagem a menos que alguma seja o rotor principal é acionado apenas pela ação do vento
feita ara equalizar a sustentação durante o voo hori- relativo.
zontal ou quando pairando no vento. A transmissão (ou trem de potencia) é proje-
tada para que o motor quando para seja automatica-
Ângulo de batimento mente desengajado do sistema do rotor principal para
permitir que este gire livremente na sua direção origi-
No sistema de rotor tri pá as pás são ligadas ao nal.
cubo do rotor pela articulação horizontal a qual per- Quando o helicóptero está em auto rotação o
mite que as pás se movam no plano vertical (para cima fluxo de ar do rotor é para cima e esse fluxo faz com
e para baixo na medida em que elas giram). que o rotor continue girando após a falha do motor.
A combinação do ângulo de ataque reduzido A parte da pá do rotor que produz as forças
na pá que avança e o ângulo de ataque aumentado na que fazem com que o rotor gire sem potencia do motor
pá que recua pela ação do ângulo de batimento tende a é aquela entre aproximadamente 25 a 70% do raio a
equalizar a sustentação sobre as duas metades do disco partir do centro, essa parte é chamada de região de aci-
do rotor. onamento ou auto rotação.
Para amortecer as vibrações causadas pelos Os 25% da parte interna da pá (região de estol)
batimentos das pás amortecedores hidráulicos limitam opera acima do ângulo máximo de ataque (ângulo de
o movimento das pás sobre o braço de arrasto, esses estol) contribuindo com pouca sustentação e conside-
amortecedores também tendem a manter o relaciona- rável arrasto diminuindo a rotação da pá.
mento geométrico das pás. Os 30% para a extremidade da pá são conhe-
Rotor articulado: cidos como região de propulsão, pois as forças nessa
região produzem pouco arrasto.
 Permite o movimento individual Durante o voo para frente em auto rotação es-
das pás em relação ao cubo tanto no sas regiões são deslocadas através do disco para a es-
plano vertical quanto no horizontal. querda. A R.P.M. do rotor estabiliza quando as forças
auto rotativas de empuxo e arrasto e a região de estol
Formação de cones são iguais.

Formação de cone é uma espécie de dobra- Eixos de voo do helicóptero


mento das pás para cima, causada pela combinação das
forças de sustentação e centrifuga. Quando um helicóptero faz uma manobra no
O resultado da ação dessas duas forças durante ar sua atitude em relação ao solo se altera, essas mu-
a decolagem é que as pás assumem uma forma cônica danças são descritas como referencia aos três eixos de
ao invés de permanecerem no plano perpendicular ao voo:
mastro como antes da decolagem.
A formação do cone resulta em um arquea-  Vertical
mento das pás em um rotor semirrígido; em um rotor  Longitudinal
articulado as pás assuem um ângulo para cima através  Lateral
do movimento ao redor da articulação.
EIXO MOVIMENTO COMANDO
Efeito solo Vertical Guinada Pedal
Longitudinal Rolagem Cíclico
Quando um helicóptero esta num voo pairado Lateral Arfagem Coletivo
próximo ao solo as pás do rotor afastam o ar descen- Tabela 2 Comandos de voo
dente através do disco com velocidade superior aquela
com que ele é capaz de escapar debaixo do helicóp-
tero, isso produz um denso colchão de ar entre o solo Muitos fatores determinam a sustentação dis-
e o helicóptero, esse colchão de ar mais denso é cha- ponível na operação de um helicóptero, o piloto tem
controle sobre dois controles:
13-11
1. SUBSONICO: Mach abaixo de 0,75
 Ângulo de passo das pás do rotor 2. TRANSONICO: Mach entre 0,75 e
 Potencia entregue pelo rotor (re- 1,20
presentada pela R.P.M. e pela pres- 3. SUPERSONICO: Mach entre 1,20
são de admissão) e 5,00
4. HIPERSONICO: Mach acima de
Controlando o passo das pás do rotor é possí- 5,00
vel estabelecer o voo vertical do helicóptero, manipu-
lando um comando uma velocidade constante pode ser
mantida independentemente do aumento ou redução DIFERENÇAS ENTRE OS FLUXOS SUBSÔ-
do passo das pás. NICO E SUPERSÔNICO
O comando está sincronizado de tal maneira
que um aumento no passo aumenta a potencia e uma Em um fluxo subsônico toda molécula é mais
redução no passo reduz a potencia. ou menos afetada pelo movimento de todas as outras
moléculas em todo o campo do fluxo, no fluxo super-
sônico uma molécula de ar pode influenciar apenas
aquela parte do fluxo contido no cone Mach formado
atrás daquela molécula.

13-6 Eixos de voo

AERODINAMICA DE ALTA VELOCIDADE

Conceitos gerais de padrão de fluxo supersô-


nico

A velocidade do som é muito importe no es- 13-7 Comparação dos fluxos através de um tubo fechado
tudo do fluxo de ar de alta velocidade além de variar
com a temperatura ambiente, ao nível do mar em um Exemplos típicos de fluxo supersônico
dia padrão a velocidade do som é de cerca de 661,7
nós (760 MP/h). Com fluxo supersônico todas as mudanças na
Na medida em que a asa se desloca através do velocidade, temperatura, densidade e direção do fluxo
ar ocorrem mudanças na velocidade local as quais acontecem repentinamente e em curta distancia, as aá-
criam perturbações no fluxo de ar ao redor da asa, es- reas de mudança são distintas e os fenômenos causa-
sas perturbações são transmitidas através do ar na ve- dores da mudança são chamados de formação de on-
locidade do som. das. As ondas de compressão são conhecidas como on-
O efeito da compressibilidade do ar, não de- das de choque.
pende de sua velocidade, mas do relacionamento entre Três tipos de ondas podem ocorrer em um
a velocidade do ar e a velocidade do som; esse relaci- fluxo supersônico:
onamento é chamado de numero de MACH, e é a razão
ente a velocidade verdadeira do ar e a velocidade do 1. Ondas de choque obliquas (com-
som a uma altitude particular. pressão em ângulo inclinado)
Uma vez que é possível ter fluxos tanto sub- 2. Ondas de choque normais (com-
sônicos quanto supersônicos na aeronave ao mesmo pressão em ângulo reto)
tempo os regimes de fluxo são definidos da seguinte 3. Ondas de expansão
forma:

13-12
A natureza da onda depende do numero de os vapores de combustível irão
Mach, da forma do objeto causador da mudança de queimar na presença de ar sem ne-
fluxo e da direção do fluxo. cessidade de centelha.
 Afetar o desempenho dos motores
Onda de choque normal turbo jato por causa da alta tempe-
ratura do ar na entrada do com-
Sempre que uma onda de choque se forma per- pressor.
pendicular ao fluxo livre é chamada normal (ângulo
reto) e o fluxo imediatamente atrás da onda é subsô-
nico (não importa quão intenso o numero de Mach do TESTE AERODINÂMICA
fluxo livre possa ser).
Uma onda de choque normal se forma imedi-
atamente na frente de qualquer objeto relativamente
despontado num fluxo de ar supersônico, diminuindo
esse fluxo de ar para subsônico de modo que o fluxo 1. São componentes da empenagem?
possa fluir em volta do objeto.
a) ailerons, leme e profundor.
Onda de expansão b) leme, estabilizadores e flaps.
c) compensadores, ailerons e flaps.
Se um fluxo de ar for desviado do seu caminho d) estabilizadores, leme e profundor
normal uma onda de expansão será formada.
2. O componente da resultante aerodinâ-
Superfícies de controle mica paralela ao vento relativo deno-
mina-se?
Superfícies de controle de bordo de ataque po-
dem ser afetadas de maneira adversa pelas ondas de a) peso
choque formadas em voo acima do numero de Mach b) tração
critico da superfície de controle, se o fluxo de ar for c) arrasto
separado por ondas de choque a vibração de pré-estol d) sustentação
resultante da superfície de controle pode ser muito in-
conveniente. 3. Angulo de incidência é formado pela
A instalação de geradores de redemoinho pode corda do aerofólio e o?
reduzir a vibração de pré-estol causada pela separação
de fluxo de choque induzido. a) eixo vertical da aeronave
A alteração na distribuição de pressão devido b) direção do vento relativo
à localização da onda de choque pode criar alterações c) sentido do vento relativo
muito grandes nos momentos de articulação da super- d) eixo longitudinal da aeronave
fície de controle.
Um sistema de controle irreversível emprega 4. Os aviões que pousam tanto em super-
potencia hidráulica ou atuadores elétricos para mover fícies solidas quanto liquidas são classi-
as superfícies de controle, assim às cargas de ar desen- ficados como?
volvidas nas superfícies não podem ser sentidas pelo
piloto. a) anfíbios
b) planadores
AQUECIMENTO AERODINAMICO c) terrestres
d) hidroaviões
Quando o ar flui sobre qualquer superfície ae-
rodinâmica ocorrem reduções de velocidade que pro- 5. A porcentagem média de nitrogênio na
duzem correspondentes aumentos de temperatura, em- atmosfera é de:
bora irrelevantes em voos subsônicos os aumentos de
temperatura do ar afetam os voos supersônicos. a) 4%
Temperaturas elevadas podem: b) 21%
c) 78%
 Produzir reduções específicas na d) 98%
resistência das ligas de alumínio e
requerem a utilização de titânio e
aços inoxidáveis 6. O trem de pouso que não se recolhe em
 Aquecer o combustível até a tempe- hipótese alguma se denomina:
ratura de ignição espontânea, assim
13-13
a) fixo
b) retrátil 14. Parte que da formato aerodinâmico a
c) escamoteável asa:
d) triciclo
a) pestana
7. O acionamento dos compensadores b) nervura
proporciona: c) longarina
d) lemes
a) uma guinada
b) um rolamento 15. O descolamento do ar em torno da asa
c) comandos sincronizados produz uma força que empurra a asa
d) alivio nos comandos das superfícies para:

8. A parte frontal da asa recebe o nome a) cima


de: b) atrás
c) cima e para frente
a) bordo de ataque d) atrás e para cima
b) bordo de fuga
c) parte ventral 16. Os fenômenos meteorológicos mais co-
d) parte dorsal muns e frequentes ocorrem na:

9. A força que neutraliza a ação do peso no a) troposfera


voo é: b) estratosfera
c) ionosfera
a) tração d) tropopausa
b) arrasto
c) sustentação 17. O tipo de fuselagem mais empregada
d) empuxo em aviões modernos é:

10. O intradorso de uma asa é também cha- a) semi-monocoque


mado: b) monocoque
c) semi-cantilever
a) cambra superior dorsal d) cantiléver
b) cambra inferior ventral
c) dorso inferior
d) dorso superior

18. A superfície de comando responsável


11. Quais gases participam em 21% e 78% pelo movimento da aeronave em torno
no ar atmosférico respectivamente: do seu eixo lateral é denominada:

a) gases nobres e oxigênio a) leme


b) gás carbônico e nitrogênio b) aileron
c) nitrogênio e oxigênio c) profundor
d) oxigênio e nitrogênio d) compensadores

12. São superfícies de comando primarias 19. O movimento de subir e descer (cabrar
e picar) é realizado em torno do eixo:
a) aileron, compensadores, leme.
b) aileron, profundor e leme. a) transversal
c) asa, compensador b) longitudinal
d) manche, painel de controle c) vertical
d) diagonal
13. São freios aerodinâmicos:
20. O teorema de Bernoulli é aplicado na
a) reverso construção do:
b) aileron
c) speed brake a) tubo de Pitot
d) a e c estão corretas b) tubo de Venturi
13-14
c) velocímetro c) qualquer superfície projetada com ângulo
d) altímetro de ataque e fuga
d) qualquer superfície projetada para produzir
21. A força de sustentação deve-se a: sustentação

a) diferença de pressão entre o extradorso e o


intradorso da asa 27 Quais os eixos de voo de um helicóp-
b) movimento do ar asa, tornando o avião mais tero?
leve que o ar.
c) diferença entre a pressão dinâmica e estática a) vertical, longitudinal, lateral.
em torno da asa b) cíclico, coletivo, manche.
d) impacto do ar contra a asa c) rotor principal, rotor de cauda.
d) nenhuma das alternativas
22. Indicar a afirmativa correta:
28 Quais os principais comandos de voo de
a) os flaps são superfícies de controle prima- um helicóptero?
rias
b) o profundo é um dispositivo hipersustenta- a) força centrifuga, de sustentação, força peso.
dor b) coletivo, cíclico, pedais.
c) quando os pedais ficam na posição neutra, c) manche, pedais, manete de potencia
o leme fica levemente defletido para a direita, a fim de d) comando longitudinal, lateral, vertical.
compensar o torque da hélice.
d) o leme de profundidade é instalado no esta-
bilizador horizontal 29 Comando de pedais gira a aeronave em
torno de qual eixo?
23. Para guinar o avião o piloto deve usar
a) lateral
a) o leme de direção b) vertical
b) os ailerons c) longitudinal
c) os flaps d) transversal

30 Quais os três tipos de onda que podem


24. A força de sustentação que permite o ocorrer em um fluxo supersônico?
avião voar surge devido à reação do ar
sobre: a) ondas de choque oblíquas, ondas de choque
normais, ondas de expansão.
a) as asas b) ondas estáticas e dinâmicas
b) o estabilizador c) ondas MACH critico, ondas MACH má-
c) a fuselagem ximo, ondas MACH mínimo
d) todos os anteriores d) ondas de compressão, ondas de expansão.

31 O movimento de um helicóptero sobre


25 Quais são os tipos de aeronaves que as- seu eixo lateral é executado através do
seguram sua sustentação através de um comando de:
rotor?
a) controle de passo feito pelo coletivo
a) aeronaves de asa fixa e aeronaves de asa ro- b) controle de passo feito pelo cíclico
tativa c) controle de passo feito pelos pedias atuando
b) giro auto, giro-lhe x, rotor giro. o rotor de cauda
c) autogiro, giródino, helicóptero. d) controle de todos os comandos
d) nenhuma das alternativas

26 O que é um aerofólio?

a) qualquer superfície projetada para mudança 32 Em voos supersônicos temperaturas


de passo mais elevadas ocasionam desgaste em
b) qualquer superfície projetada para produzir ligas de alumínio e requerem a utiliza-
arrasto ção de:

13-15
a) ligas de alumínio reforçado A B C D
b) ligas de ferro fundido e aço 1 X
c) ligas de titânio e aços inoxidáveis 2 X
d) ligas de ferro molibdênio e silício 3 X
4 X
5 X
6 X
33 Qual componente é responsável por pro- 7 X
porcionar desacoplamento da transmissão princi- 8 X
pal com o motor em caso de falha do mesmo? 9 X
10 X
a) roda livre
11 X
b) eixo principal
12 X
c) rotor de cauda
13 X
d) caixa de transmissão
14 X
34 Assinale a alternativa errada: 15 X
16 X
a) os três eixos de voo são: lateral, vertical, 17 X
transversal. 18 X
b) cíclico, pedais e coletivo são comandos de 19 X
voo 20 X
c) tração, arrasto, sustentação e peso são for- 21 X
ças que atuam em voo 22 X
d) no helicóptero temos três caixas de trans- 23 X
missão 24 X
25 X
26 X
27 X
28 X
29 X
30 X
31 X
32 X
33 X
34 X

13-16

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