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1 Introdução
Os princípios da mecânica clássica foram propostos por Newton em 1687.
Conceitos básicos :
1
z
d12
1
x
Σ
y
Σ: sistema de coordenadas
Figura 1: Distancia entre dois pontos.
p
d12 = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2
2
z
B
γ P
A x
Σ
y Σ : sistema de coordenadas
A/B: posicao inicial/final do movimento
γ : trajetoria do movimento
P : ponto movel
A P B
trajetoria
3
corredor
A P B
trajetoria
trajetoria
cronometro
P (ponto do cronometro)
B
Figura 4: Movimento da ponta do ponteiro do cronometro simultaneoa ao movimento do
corredor.
Qualquer movimento periódico pode ser utilizado como relógio para o estudo
da cinemática, e permite definir a unidade de tempo. Atualmente, a unidade
de tempo é definida com base no periodo de radiação do césio 133.
4. Massa: admite-se como axioma. A cada sistema material (corpo ou sistema
de corpos) é possível fazer corresponder um número positivo chamado de a sua
massa.
5. Força: representa a ação de um corpo sobre outro. Pode ser exercida por contato
ou a distnacia (gravitacional ou eletromagnética). Representada por meio de
vetores aplicados.
Exemplo:
sentido j
F y
i
ponto de aplicacao
α
x
P
linha de acao
4
|F~ | = F (módulo)
(F~ , P ) : vetor aplicado
F~ = F cos α~i − F sin α~j
A = P + λF~ ,
5
2 sistema de Forças.
Um conjunto de forças é chamado um sistema de forças.
k
F1
P1 i
O
F2 j
P2
P4 P
F4 3
F3
n
X
~ =
R F~i
i=1
F1
F2 i
O
j
R
F3
F4
A resultante R ~ = x~i + y~j + z~k tem suas componentes x, y, z dadas em termos das
componentes xi , yi e zi por
6
X
x= xi
i
X
y= yi
i
X
z= zi
i
Exemplo:
Q j
F y
i
α
x
H
Figura 8: Exemplo
~ = 0.
Nota: sistema de forças em equilíbrio quando a resultante R
7
3 Momento de uma Força em relação a um Ponto
Momento da força (F~ , P ) em relação a um ponto O é o vetor definido por
~ O = (P − O) ∧ F~
M
Polo
O
(P−O)
ϕ F
braco d
. P
P’
~
~ O | = |P − O| · |F~ | sin φ = |F~ |d → d = |MO |
|M
|F~ |
• Ponto O: polo,
(P 0 − O) ∧ F~ = [(P 0 − P ) + (P − O)] ∧ F~
= (P 0 − P ) ∧ F~ + (P − O) ∧ F~
| {z }
0 pois (P −P 0 )kF
~
= (P − O) ∧ F~
Exemplos:
8
j
b a
i
A O P
k
F = −F j
d
P
B α
F
P3
F2 F4
Pi
P1 F3
P2 P4 Fi
F1
Pn
Fn
9
Forças Concorrentes : são forças que tem linha de ação concorrentes em um mesmo
ponto.
F2
P3
P1
F3
P2 F4
F1 P4
Pi Fi
A
Pn
Fn
O
Figura 12: Ilustração de um sistema de forças concorrentes.
n
X n
X
~O =
M (Pi − O) ∧ F~i = [(Pi − A) + (A − O)] ∧ F~i
i=1 i=1
n
X n
X
= (Pi − A) ∧ F~i + (A − O) ∧ F~i
|i=1 {z } i=1
0 pois(Pi −A)kF~i
n
X
= (A − O) ∧ F~i
i=1
n
X
= (A − O) ∧ F~i
|i=1{z }
~
R
~
= (A − O) ∧ R
~ A = 0.
Se A ≡ O, M
10
4.1 Mudança de Polo.
O momento de um sistema de forças (F~i , Pi ); i = 1, . . . , n em geral varia com o pólo. Seja
O e A dois polos.
n
X
~O =
M (Pi − O) ∧ F~i
i=1
n
X
~A =
M (Pi − A) ∧ F~i
i=1
n
X
~A −M
M ~O = [(Pi − A) − (Pi − O)] ∧ F~i
i=1
n
X
= (O − A) ∧ F~i
i=1
n
X
= (O − A) ∧ F~i
|i=1{z }
~
R
~
= (O − A) ∧ R
Consequentemente,
~A = M
M ~ O + (O − A) ∧ R,
~
Propriedades:
~ = 0 → M
1. R ~A = M
~ O para qualquer A (momento do sistema independe do pólo
escolhido).
~ 6= 0 e M
2. R ~A = M
~ O ↔ (A − O) k R.
~
~A = M
3. M ~ O para qualquer A → (O − A) ∧ R
~ = 0 para qualquer A → R
~ = 0.
~A ·R
M ~ =M
~O ·R
~ + [(O − A) ∧ R]~ ·R~
| {z }
0 pois (O−A)∧R⊥
~ R~
11
Exemplo: Dados o momento de um sistema de vetores aplicados
~ = ~i + Ry~j + Rz~k.
determinar a resultante sabendo que ela é da forma R
~ O · ~u,
Mu = M
u
O
O’
~ O0 · ~u = [M
M u0 = M ~ O + (O − O0 ) ∧ R]
~ · ~u
=M~ O + [(O − O0 ) ∧ R] ~ · ~u
| {z }
0 pois (O−O0 )∧Rk~
~ u
~ O · ~u = Mu
M u0 = M
12
" n
#
X
~ O · ~u =
Mu = M (Pi − O) ∧ F~i · ~u
i=1
n
X
= (Pi − O) ∧ F~i · ~u
| {z }
i=1
M ui
n
X
Mu = M ui
i=1
6 ~ O.
Componentes do Vetor M
Dada uma base de versores (~i, ~j, ~k) associados a um sistema de coordenadas Oxyz, podemos
escrever as componentes do momento M ~ O em relação a esta base de versores é dada por
~ O · ~i
Mx =M ~ O no eixo O~i),
(projeção de M
~ O · ~j
My =M ~ O no eixo O~j),
(projeção de M
~ O · ~k
Mz =M ~ O no eixo O~k),
(projeção de M
~i ~j ~k
~ O = (P − O) ∧ F~ =
M x y z
Fx Fy Fz
= (yFz − zFy )~i + (zFx − xFz )~j + (xFy − yFx )~k.
~ O como
Logo podemos escrever as componentes de M
Mx =(yFz − zFy )
My =(zFx − xFz )
Mz =(xFy − yFx )
13
No caso de um sistema (F~i , Pi ) constituido por n forças, tem-se
n
X
Mx = (yi Fzi − zi Fyi )
i=1
Xn
My = (zi Fxi − xi Fzi )
i=1
n
X
Mz = (xi Fyi − yi Fxi )
n=1
Observações:
1. Seja F~ ⊥ ~k.
j k (P−O)
. y
i θ
r
θ z
F
d k (P−O)
. P k
j y θ
x P’ i r
d θ P
F
x P’
14
2. F~ k ~k.
Mz = M~ O · ~k = [(P − O) ∧ F~ ] · ~k
= (P − O) ∧ |F~ |~k · ~k = 0
pois (P − O) ∧ ~k ⊥ ~k. Se uma força for paralela a um eixo, seu momento em relação
a esse eixo será nulo.
3. Se a linha de ação de qualquer força encontrar um eixo (ortogonal a ela ou não) o
momento em relação a ele será nulo.
A
F
P
θ
O
d
.
~ O | = |F~ | sin θd
|M
k F
O
P
d .
Figura 16: Convenção de sinal para momento gerado por uma força em relação a um eixo.
15
Sentido positivo (negativo) se a força tende a produzir uma rotação no sentido
anti-horário (horário) para um observador sentado acima do plano π.
~ = 2~i + ~j + 2~k
R
eM~ A = ~i + 2~j − ~k em relação ao polo A = (1, 1, −1). Dados B = (1, 0, −1) e C = (0, 2, 1),
determine o momento em relação a (B − C)?
7 Binário
Forças opostas : duas forças cujos vetores são vetores opostos.
−F
Forças diretamente opostas : são forças opostas com a mesma linha de ação.
−F
F
16
F
θ
A
θ B
−F
d O
.
~ O = (B − O) ∧ F~ + (A − O) ∧ (−F~ )
M
= (B − O) ∧ F~ − (A − O) ∧ F~
= [(B − O) − (A − O)] ∧ F~
~ O = (B − A) ∧ F~ = M
M ~
~ | = |B − A||F~ | sin θ
|M
= |F~ ||B − A| sin θ = |F~ |d
| {z }
d
Exemplo: Achar o ponto B de aplicação do vetor −V~ e calcular o braço do binário onde
V~ = 2~i + ~j + ~k
~ = −2~i + 3~j + ~k e o ponto
com ponto de aplicação A = (1, 0, 1). O momento do binário é M
B é tem a forma B = (x, y, 0).
17
8 Sistemas Equivalentes
Dois sistemas de forças S e S’ são equivalentes se tiverem a mesma resultante e o mesmo
momento em relação a um ponto O genérico.
Redução de um Sistema de Forças .
Reduzir um sistema de forças S é obter outro sistema de forças equivalente (em geral,
mais simples) a S.
Transporte .
F
F F F
A A = B A
=
B B
MB
−F
Figura 20: Transporte da força F~ aplicada em A para o ponto B, mas mantendo o sistema
equivalente.
~ B = (B − A) ∧ F~
M
~ O) + M
Consequencia: qualquer sistema de forças é redutível a (R, ~ O.
Casos mais simples:
~ = 0, M
1. R ~ O = 0 → sistema equilibrado (sistema equivalente a zero, isto é,
equivalente ao sistema cujas forças são todas nulas).
~ = 0, M
2. R ~ O 6= 0 → equivalente a binário de momento M ~ O.
~ =
3. R 6 0, I = 0 → Equivalente a uma única força, desde que aplicada em um ponto
conveniente. Sabe-se que S é equivalente a um sistema constituido pela força
~ O) mais um binário de momento M
(R, ~ O . Com I = M~O ·R~ =0 → M ~ O ⊥ R.
~
MO
. . R = −R R =
O d O
R E R
π π E π
18
|M~ O|
d=
~
|R|
F1
P1
F2
P2 R
=
O P4 O
F3 F4
P3
F3 MO
P3
F1 . . R = −R R
=
P1 O d O
P2 E R
π F2 π π
n
X n
X
~ =
R F~i ~O =
M (Pi − O) ∧ F~i
i=1 i=1
|M~ O|
d= ~ k (O, R)
(E, R) ~
~
|R|
19
~ =
4. R 6 0, I 6= 0 → Caso geral.
Exemplos:
(a) Dado o sistema de forças aplicado sobre a placa quadrada de lado a ilustrada
na figura abaixo, pede:
y
O C
a
G
F
F B
A
a
x
Figura 24: Sistemas de forças aplicados a uma placa quadrada de lado a.
i. Calcule a resultante;
ii. Camcule o momento do sistema de forças em relação ao polo O;
iii. Verifique se o sistema é redutivel a uma única força;
iv. Reduzir o sistema a uma força aplicada em G e um binário.
(b) Dado o sistema:
20
(c) Dado o tetraedro OABC e as forças
k
j
y
i O a B
x
Figura 25: Tetraedro OABC.
21
9 Eixo Central
Antes de introduzirmos o conceito de eixo central, vamos resolver uma equação vetorial.
Considere uma forma da equação vetorial da reta, dada por
~x ∧ ~a = ~b
a b λa π1
|a|2
x
b
. a
π2
Como x ∈ π2 ilustrado acima, temos que x é da forma α(~a ∧ ~b) + λ~a. Substituindo essa
equação para x na equação vetorial acima temos que:
Como ~a e ~b são ortogonais, |~a ∧~b| = |~a||~b| e como ~a ∧~b é ortogonal a ~a, então |(~a ∧~b)∧~a| =
|~a ∧ ~b||~a| = |~b||~a|2 . Então o módulo da equação acima fornece que
Logo,
~a ∧ ~b
~x = + λ~a
|~a|2
22
9.1 Definição de Eixo Central.
Seja S um sistema de forças com resultante diferente de zero. O lugar geométrico dos
pontos E para os quais o momento do sistema é paralelo a R ~ (M ~ E = hR),
~ é uma reta
~ Tal reta é chamada de eixo central do sistema S e é única.
paralela a R.
Pela fórmula de mudança de pólos
~E = M
M ~ O + (O − E) ∧ R
~
~ E = hR,
Impondo que M ~ temos que
~ =M
(E − O) ∧ R ~ O − hR
~
~ ⊥M
Note que R ~ O − hR,
~ o que implica que
~ ~
~ · (M
R ~ = 0 → h = R · MO = I
~ O − hR)
~
|R| ~ 2
|R|
~ =M
(E − O) ∧ |{z}
R ~ − hR~
| {z } | O {z }
~
x ~a ~b
tem a mesma estrutura que a reta ~x ∧ ~a = ~b. Logo, podemos escrever que
~
R∧ M~O − I ~
~ 2R
|R|
E =O+ ~
+ λR
~ 2
|R|
~ ∧M
R ~O
E =O+ ~
+ λR
~ 2
|R|
23
MO
.
R Projecao de M O na direcao de R
|R|
R
~ O na direção da resultante R.
Figura 27: Projeção do momento M ~
!
~O ·R
M ~ ~
R
~E =
M
~
|R| ~
|R|
| {z } |{z}
Projeção deM ~ O versor unitário
~ na direção deR~
na direção deR
~P = I R
M ~ + (E − P ) ∧ R
~
~
|R|2
| {z }
~E
M
~E = I R
M ~
~ 2
|R|
é mínimo.
Exemplos:
24
√
P 2~ ~
(F~1 , D),F~1 = (i + k)
2
√
P 2~ ~
(F~2 , A),F~2 = (i − j)
2
√
P 2 ~ ~
(F~3 , B),F~3 = (−i + k)
2
√
P 2~ ~
(F~4 , H),F~4 = (i + j)
2
E F
a
k
H G
i B x
j A
D a C
25
2. Dada a placa quadrada de lado a abaixo
y
O B
a F
G
F
C
A
a
P
x F
Determinar:
(a) A resultante;
~ O;
(b) M
~ G;
(c) M
(d) O momento mínimo;
(e) a reta que representa o eixo central;
(f) se o sistema é redutível a um binário;
(g) se o sistema é redutível a uma única força.
26
z
y
O B
a F
G
F
C
A
a
P
x
Determinar:
(a) a resultante;
(b) M~ O;
~ G;
(c) M
(d) O momento mínimo;
(e) o eixo central.
F1
P1 F2
P2 . .
.
O Fn
Pn
u
n n n
!
X X X
~ =
R F~i = hi~u = hi ~u 6= 0.
i=1 i=1 i=1
27
Seja O polo qualquer. Então
n
X
~O =
M (Pi − O) ∧ hi~u
|i=1 {z }
~ O ⊥~
M u
~O · R
Portanto M ~ = 0, e o sistema S de forças paralelas é redutível a uma única força
aplicada em um ponto do eixo central. Vamos mostrar que existe ponto C tal que M ~C = 0
para qualquer ~u:
n
X
~C =
M (Pi − C) ∧ hi~u = 0
i=1
Pn
Portanto, i=1 hi (Pi − C) ∧ ~u = 0 para qualquer ~u implica que
n
X
hi (Pi − C) = 0
i=1
n
X
hi [(Pi − O) + (O − C)] = 0
i=1
n
X n
X
hi (Pi − O) + (O − C) hi = 0
i=1 i=1
Pn
h (P − O)
C −O = Pni i
i=1
i=1 hi
Então
28
Pn
mi xi
xG = Pi=1
n ,
i=1 mi
Pn
mi yi
yG = Pi=1
n ,
i=1 mi
Pn
mi zi
zG = Pi=1
n .
i=1 mi
P2
m2
O
P1
m1
m1 (P1 − O) + m2 (P2 − O)
G−O =
m1 + m2
m2
G − P1 = (P2 − P1 )
m1 + m2
Faço O ≡ P2 ,
m1
G − P2 = (P1 − P2 )
m1 + m2
29
SePi ∈ reta r → G ∈ reta r
SePi ∈ plano π → G ∈ plano π
y
O
Pi
x
π
Então
Pn
mi zi
zG = Pi=1
n =0
i=1 mi
pois zi = 0; i = 1, . . . , n. Portanto, G ∈ π.
(b) Se Pi ∈ r, basta considerar dois planos cuja intersecção é r, e aplicando-se o
resultado anterior e conclui-se que G ∈ r.
3. Soma:
30
m2
m m1
= + G2
G G1
m1 (G1 − O) + m2 (G2 − O)
G−O =
m1 + m2
4. Simetria de massa.
z
mi
zi
y
O
x −zi
π
mi
31
Z
1
xG = xdm,
m V
Z
1
yG = ydm,
m V
Z
1
zG = zdm.
m V
Exemplos:
32
11 Estática.
Definição : É a parte da mecânica clássica que estuda o equilíbrio dos corpos materiais.
Diz-se que um corpo esta em equilíbrio se as coordenadas de todos seus pontos, em
relação a um referencial, não variam com o tempo.
Corpo Rígido : um corpo material é um corpo rígido quando a distancia entre os seus
diferentes pontos não variam com o tempo.
Ponto Material : corpo material cujas dimensões são desprezíveis em face das obser-
vações feitas sobre ele.
A B
F F
A B
33
11.3 Condições Necessárias Suficientes para Equilíbrio.
A condição necessária e suficiente para o equilíbrio de um sólido (corpo rígido) é que sejam
nulos a resultante e o momento de todas as forças externas aplicadas em relação a um polo
arbitrário.
~ =0eM
1. Se R ~ O = 0, sólido em equilíbrio pelo primeiro princípio. Sistema equivalente
a uma forças nula.
~ 6= 0 e M
2. Se R ~ O = 0, sólido não estará em equilíbrio, pelo segundo princípio, parte 1),
pois estará sujeito a uma única força não nula.
11.4 Vinculos.
1. Graus de Liberdade.
Dado um sistema material, chamaremos de graus de liberdade ao número de parâmet-
ros independentes necessários e suficientes para definir uma posição possível do sis-
tema.
A) z B)
zA
y
yA A
A
yA y
x
xA
xA
34
Um Corpo Rígido no espaço tem 6 graus de liberdade (3 de translação e 3 de
rotação). Um corpo rígido se movimentando sobre um plano tem 3 graus de
liberdade (2 de translação e 1 de rotação).
A) z B)
z = z’
z1 θ
y1
ψ
y’
φy y
G φ
yA A
ψ x1
x φ 1
x’
y
x
xA
2. Conceito de Vinculo.
(a) Articulação: Vinculo capaz de fornecer uma força de qualquer módulo, direção
e sentido, aplicada em um ponto determinado. Retira 3 graus de liberdade no
espaço e 2 graus de liberdade no plano.
35
111111111
000000000
000000000
111111111
O
Figura 36: Uma barra tem liberdade de rodar em trono de qualquer eixo. Sua extremidade
O, porem, não se desloca.
(b) Anel: Vinculo capaz de fornecer uma força de qualquer módulo e sentido em
qualquer direção perpendicular a uma reta dada. Retira 2 graus de liberdade no
espaço e 1 graus de liberdade no plano.
1111
0000
0000
1111
0000
1111
0000
1111
A
Figura 37: A barra pode girar em torno do ponto A, pode mover-se na direção do seu eixo.
O ponto A, porem, permanece fixo.
(c) Apoio Simples: Vinculo capaz de fornecer uma força de qualquer módulo e
sentido na direção normal a uma superfície. Retira 1 grau de liberdade no espaço
e 1 grau de liberdade no plano.
A
0000000000
1111111111
1111111111
0000000000
Figura 38: A barra pode girar em torno do ponto A e este ponto pode mover-se sobre o
plano horizontal.
36
e uma força. Retira 6 graus de liberdade no espaço e 3 graus de liberdade no
plano.
0110
1010
A
10
1010
4. Condições de Equilíbrio.
Para que um corpo rígido permaneça em repouso, dado quaquer sistema A de forças
aplicado sobre ele, é necessário retirar os seus 6 graus de liberdade no espaço ou 3
graus de liberdade para um sistema plano.
Exemplos:
37
5. Forças Ativas e Forças Reativas.
Quando se aplica uma força em um corpo, os vinculos reagem com forças ou momentos
para “segurar” o corpo na posição de equilíbrio.
Exemplos:
P P
YA
11
00
00
11 XA
A11
00 =
00
11
00
11
B
M A B
00
11 L/2 L/2
y
Figura 40: Viga engastada sob ação de força P equivalente à viga sob ação de forças XA , YA
e momento M reativos e força P ativa.
P P
YA YB
L/2 L/2 XA
=
A B
11111
00000
00000
11111
A B
11111
00000
y
Figura 41: Viga apoiada sob ação de força P equivalente à viga sob ação de forças XA , YA
e YB reativas e força P ativa.
38
P P
YA
1
0
0
1 XA
A 1
0 =
0
1 B
0
1 A B
0
1 L
y
Figura 42: Viga articulada sob ação de força P equivalente à viga sob ação de forças XA , YA
reativas e força P ativa. Exemplo de estrutura hipoestática. Número de equações menor
que número de incognitas, logo equilíbrio estático impossível.
P P
11
00
00
11
YA YB
00
11 L/2 L/2 XA
A11
00 =
00
11 B
M
00
11
00
11
A B
11111
00000
y
Figura 43: Viga engastada e apoiada sob ação de força ativa P equivalente à viga sob
ação de forças XA , YA , YB e momento M reativos e força P ativa. Número de equações
menor que número de incognitas. A estática não consegue resolver. É necessário recorrer
a mecânica dos sólidos.
39
6. Classificação das Estruturas:
• n: número de equações;
• m: número de incognitas.
Exemplos:
1. Determinar as reações em A, B, C e D.
z a
y C 11
00
00
11 a
000
111
00
11
2a
000
111
D
F
x M
A a
111
000
B a
1111
0000
0000
1111 E
P
40
2. No sistema da figura abaixo, conhece-se P e o peso Q da placa ABCD. Determinar
as reações em O, A e B.
11111
00000
00000
11111
1
0
0
1
y 1111
0000
0000
1111
0000
1111
a
0000
1111
2a
0000
1111
C
B
4a
4a
111
000
z
000
111
2a 1
0 x
0A
1
O a
11111
00000
P
41
3. Determinar as forças em cada barra ilustradas abaixo. A polia, as barras e o fio tem
pesos despreziveis.
a
a
11
00
D 00
11
C 11
00
E
00
11
a
00
11
00
11
P 00
11
00
11
a
00
11
00
11
00
11
00
11
B 11
00
00
11
Figura 46: Estrutura sob ação de força P .
42
4. No sistema representado na figura, determinar:
x P
D C
a
x A B
11111
00000
00000
11111
111111
000000
000000
111111
Figura 47: Estrutura sob ação de força P .
43
11.5 Treliças.
Estruturas formada por barras retas, as quais formam triangulos, de maneira que as forças
externas sejam aplicadas apenas nos vertices (nós).
Exemplo:
A P
B C x
11111
00000 a 111111
000000
00000
11111 000000
111111
00000
11111
Figura 48: Treliça sob ação de forças P e Q.
• Para determinarmos as forças nas barras AB, AC e BC, vamos aplicar o método
dos nós.
• Diagrama de Corpo Livre: separo a barra e os nós que compoem a estrutura
e esquematizo as forças internas e externas aplicadas.
44
Q
A P
FAB FAC
FAB FAC
x FAC
FAB
FAC
FAB C XC
B
FBC FBC FBC FBC
YB YC
b: número de barras
r: número de reações de apoio
( √ √
Rx = 0 P + FAC 22 =√0 FAC = −P 2
Ry = 0 −Q − FAB − FAC 22 = 0 FAB = P − Q
45
– Nó B:
Rx = 0 FBC = 0
Ry = 0 FAB + YB = 0 YB = −P + Q
– Nó C:
( √
Rx = 0 XC − FBC − F√AC 22 = 0 XC = −P
Ry = 0 YC + FAC 22 = 0 YC = P
A P
B C x
a XC
YB YC
Figura 50: Forças externas.
Rx = 0 P + XC = 0 XC = −P
Ry = 0 −Q + YB + YC = 0
~
MB = 0 a(YC − P ) = 0 YC = P
46
YB = Q − YC → YB = Q − P
Exemplo:
y
F x
a
a
o o
45 45
A C
1111
0000
0000
1111
0000
1111 111111
000000
Figura 51: Treliça sob ação de força F .
47
Método das Seções .
Exemplo.
x
A B D F H
1111
0000
0000
1111 1111
0000
0000
1111
a
a C a E a G a
48
12 Atrito
1. Introdução.
x
111111111111111111
000000000000000000
~ =0→P −N =0→P =N
R
49
~ horizontal como ilustrado abaixo:
Aplicar força Q
P P x
Q Q
h h
11111111111111111
00000000000000000
00000000000000000
11111111111111111
F
O
b
d
N
~ =0→ Rx = 0 → F =Q
R
Ry = 0 → N =P
~ O = 0 → −Qh + N d = 0 → d = Q h
M
P
50
3. Lei de Coulomb.
equilibrio movimento
Fmax = µe N
Fc = µc N
Conclusão:
51
4. Tombamento.
Q
Caso d = P
h > b temos a situação:
P P x
Q Q
h h F
111111111111111111
000000000000000000 O
b d
N
Figura 56: Bloco sob ação de força peso P e força horizontal Q. Força de atrito F e
componente normal a superfície N . Não há equilíbrio possível.
Resultante das forças vinculares estaria aplicada fora do bloco, logo não há equilíbrio
possível.
52
5. Plano Inclinado.
d
P
b β
x
h O
F
y x N
β
Figura 57: Bloco sob ação de força peso P e força Q paralela ao plano com angulo de
inclinação β. Força de atrito F e componente normal a superfície N .
Equilíbrio:
~ =0→ Rx = 0 −Q − P sin β + F = 0 F = Q + P sin β
R
Ry = 0 N − P cos β = 0 N = P cos β
µe P cos β = Q + P sin β
Q + P sin β
Q + P sin β < µe P cos β → µe >
P cos β
Exemplo:
53
Cinemática.
1 Introdução
Estática - Parte da mecânica que estuda o equilíbrio dos corpos materiais. Um corpo
material esta em equilíbrio quando as coordenadas de seus pontos em relação a um
referencial, não variam com o tempo.
P
Trajetoria
k r
z(t)
j y
i O
x(t)
y(t)
1
• Posição:
~r = (P − O)
• Velocidade:
d~r
~v = = ~r˙
dt
• Aceleração:
d~v
~a = = ~v˙ = ~r¨
dt
Em coordenadas cartesiana:
• Vetor posição:
• Vetor velocidade:
• Vetor aceleração:
2
z
P
Trajetoria
k r
z(t)
O j y
i
θ r
. τ
.
Q
u
• Vetor posição:
(P − Q) = (P − Q) + (Q − O)
= r cos θ~i + r sin θ~j + z~k
= r(cos θ~i + sin θ~j) + z~k
| {z }
~
u
= r~u + z~k
onde ~u = cos θ~i + sin θ~j (versor unitário). Derivando em relação a θ, obtem-se
d~u
= − sin θ~i + cos θ~j = ~τ
dθ
onde ~τ é versor unitário no plano Oxy , obtido dando a ~u uma rotação de 90o no
sentido anti-horário.
• Vetor velocidade:
3
~v = ṙ~u + r~u˙ + ż~k
d~u dθ
= ṙ~u + r + ż~k
dθ
|{z}|{z}dt
~
τ θ̇
• Vetor aceleração:
d~v
~a = = r̈~u + ṙ~u˙ + ṙθ̇~τ + rθ̈~τ + rθ̇~τ˙ + z̈~k
dt
= r̈~u + 2ṙθ̇~τ + rθ̈~τ + rθ̇~τ˙ + z̈~k
onde
d~τ d~τ dθ
= = (− cos θ~i − sin θ~j)θ̇ = −θ̇~u
dt dθ dt
Portanto,
~r = R~u
~v = Rθ̇~τ = Rω~τ
4
3 Cinemática do Corpo Rígido
.
• Conceitos
1. Corpo Rígido: é um conjunto de particulas em que a distancia entre cada par
de particulas é invariante.
2. Ato de Movimento: é o conjunto formado por todos os vetores velocidade das
particulas de um corpo em determinado instante.
Vn
V2
Pn V1
P2
P1
S
Figura 3: Ato de movimento do corpo sólido S.
d = |P − P 0 | = |~r − ~r0 |
5
Conclusão: No movimento de um corpo rígido as velocidades de dois pontos quais-
quer tem projeções iguais sobre a reta que os une.
Exemplo:
Seja P, Q e M pontos alinhados pertencentes a um sólido. Calcular a velocidade e a
aceleração de M em função das velocidades e acelerações dos outros pontos e respectivas
distancias.
1. Translação;
2. Rotação em torno de um eixo xo;
3. Movimento plano geral;
4. Movimento ao redor de um pontos xo;
5. Movimento geral.
P1 P1
P2 P2
t1 t2
6
P1 P1 P1 P1
P1 P1 P1
P2 P2
P2 P2 P2 P2
t1 P2 t2
t3 t4 t5 t6
t2
P1
P2
P3
Eixo de rotacao
7
P1
P1
P2
P2
t1
t0
8
5. Movimento Geral. É qualquer movimento não incluido em nenhuma das categorias
anteriores.
1. Vetor de Rotação.
P P α
α
O θ
x
O
dθ
ω=
dt
9
z
z
ω ω
ω=ω k ω=ω k
(ω > 0) (ω < 0)
2. Fórmula de Poisson.
τ u
P
r
j θ
O i
10
~r = (P − O) = r~u
~r˙ = r~u˙
com
Portanto,
Então,
~r˙ = ω
~ ∧ (r~u) = ω
~ ∧ ~r
Como ~r = P − O, então ~r˙ = V~P − V~O e com a relação acima podemos escrever
V~P = V~O + ω
~ ∧ (P − O)
d
~˙ ∧ (P − O) + ω
~aP = ~aO + ω ~ ∧ (P − O)
dt
mas
d
(P − O) = V~P − V~O = ω
~ ∧ (P − O)
dt
pela formula de Poisson. Então
~˙ ∧ (P − O) + ω
~aP = ~aO + ω ~ ∧ [~ω ∧ (P − O)]
11
3. Existencia de ω
~.
S P
Seja
~r = P − Q
|~r|2 = ~r · ~r
~r ⊥ ~r˙,
12
~r˙ = ω
~ ∧ ~r
mas
Então,
V~P = V~Q + ω
~ ∧ (P − Q)
Vamos mostrar que ω não depende de qual vetor ~r foi considerado, ou seja, independe
dos pontos P e Q do corpo usado para o seu cálculo. Consideremos para isso uma
base ortonormal positiva (~i, ~j, ~k) ligada ao corpo rígido S . Esta base se movimenta
com o sólido. Sejam O e P dois pontos do sólido e sejam x, y, z as coordenadas do
vetor (P − O) na base (~i, ~j, ~k).
S P
r k
i
O j
K
Figura 13: Base (I, ~ ~k) xa, referencial inercial. Base (~i, ~j, ~k) acompanha o movimento
~ J,
do corpo rígido S .
13
~r = P − O = x~i + y~j + z~k
˙ ˙ ˙
~r˙ = x~i + y~j + z~k
Como
~r˙ = ω
~ ∧ ~r
=ω~ ∧ (x~i + y~j + z~k)
= x~ω ∧ ~i + y~ω ∧ ~j + z~ω ∧ ~k
~i˙ = ω
~ ∧ ~i
~j˙ = ω~ ∧ ~j
~k˙ = ω ~ ∧ ~k
Escrevendo ω
~ em função de suas componentes na base (~i, ~j, ~k),
teremos
~i ~j ~k
˙~ = −ωy~k − ωz~j
i = ωx ωy ωz
1 0 0
~j˙ = ωx~k − ωz~i
~k˙ = −ωx~j + ωy~i
14
˙
ωx = ~j · ~k
˙
ωy = ~k · ~i
˙
ωz = ~i · ~j
5. Unicidade de ω
~.
~r˙ = ω
~ 0 ∧ ~r
como
~r˙ = ω
~ ∧ ~r
Então
~ 0 ∧ ~r = ω
ω ~ ∧ ~r
ou
~ 0 ) ∧ ~r = 0
(~ω − ω
Esta relação tem que ser válida para qualquer ~r. Portanto,
~0 = ω
ω ~.
6. Conclusão.
V~P = V~Q + ω
~ ∧ (P − Q)
onde o vetor ω
~ existe, é único e dependente apenas do movimento do corpo.
15
Consequencias da Fórmula de Poisson:
V~E = λ~ω
As velocidades dos pontos E podem ser relacionadas com a velocidade de outro ponto
O do sólido, usando a fórmula de Poisson
V~E = V~O + ω
~ ∧ (E − O)
e portanto
λ~ω = V~O + ω
~ ∧ (E − O)
ou ainda
~ = V~O − λ~ω
(E − O) ∧ ω
O vetor (E − O) ∧ ω
~ é ortogonal a ω
~ , então
~ · [(E − O) ∧ ω
ω ~ · (V~O − λ~ω )
~] = ω
0=ω ~ · V~O − λ|~ω |2
~ · V~O
ω
λ=
|~ω |2
16
e o EHI é dado por
~ · V~O
ω
~ = V~O −
(E − O) ∧ ω ω
~
|~ω |2
Qualquer ponto P de S , não pertencente a essa reta, terá velocidade
V~P = λ~ω + ω
~ ∧ (P − E),
ou seja, além da componente λ~ω , paralela a ω
~ , existirá na velocidade V~P a componente
~ ∧ (P − E), ortogonal a ω
ω ~.
Conclusão: Os pontos do EHI são, em cada instante, aqueles pontos de S para os quais a
velocidade é mínima, em módulo, pois suas velocidades só apresentam a componente λ~ω .
V~P = V~Q + ω
~ ∧ (P − Q)
Q
VQ Q VQ
VP ω
P
S P VP
ω
17
Como V~P = V~Q +~ω ∧(P −Q), para que V~P e V~Q sejam paralelas ao plano do movimento,
é necessário que ω
~ seja perpendicular ao plano do movimento. Então
V~P · ω
~ =0
Como consequencia, todos os pontos do eixo helicoidal instantaneo (EHI) tem velo-
cidade nula.
2. Centro Instantaneo de Rotação (CIR).
EHI
Q
VQ Q VQ
VP ω
P
S P VP
ω
A
A
~ ∧ V~0
ω
E =O+ + α~ω
|~ω |2
18
Como o ponto O pertence a gura plana, ele pertence ao plano de movimento. Fa-
zendo α = 0, teremos um ponto C do eixo helicoidal instantaneo denido por
~ ∧ V~0
ω
C =0+
|~ω |2
V~P = V~C + ω
~ ∧ (P − C)
Como
V~C = 0
então
V~P = ω
~ ∧ (P − C),
ou seja, a velocidade de cada ponto é normal ao segmento que une o ponto ao CIR.
Tomando-se o módulo dessa equação, como ω ~ é ortogonal a (P − C), então
3. Determinação do CIR.
~ ∧ V~0
ω
C =O+ .
|~ω |2
19
(b) Quando são conhecidas as direções das velocidades de dois pontos P1 e P2 e essas
velocidades não são paralelas; traçamos a reta que passa por P1 e é perpendicular
a V~1 e traçamos a reta que passa por P2 e é perpendicular a V~2 ; o CIR é a
intersecção dessas duas retas.
V1
P1 P2
. .
V2
Fórmula de Poisson
Então,
20
(P1 − P2 ) ∧ (V~1 − V~2 )
ω
~ =
|(P1 − P2 )|2
e podemos utilizar a formula do CIR, ou seja
~ ∧ V~1
ω
C = P1 +
|~ω |2
(c) Quando são conhecidas as velocidades V~1 e V~2 , respectivamente, de dois pontos
P1 e P2 e essas velocidades são paralelas, o CIR estará na intersecção da reta
que passa pelos pontos P1 e P2 com a reta que une as extremidades do vetores
V~1 e V~2 .
V1
P1
. P2 V2
.
|V~1 | |P1 − C|
=
|V~2 | |P2 − C|
21
Observação: para não violar a propriedade de corpo rígido, se dois pontos tem
velocidades paralelas, ou eles se encontram na mesma reta ortogonal às veloci-
dades, ou as velocidades desses pontos são iguais e o corpo está em movimento
de translação.
VA
A .
VB VA = VB
B
.
VA
A .
VB VA = VB
B
.
22
ω = constante
j R
i
G
11111111111111111111111111111111
00000000000000000000000000000000
C
00000000000000000000000000000000
11111111111111111111111111111111
00000000000000000000000000000000
11111111111111111111111111111111
Figura 20: Rolamento sem escorregamento. Ponto C é o CIR, logo V~C = 0 e ~aC queremos
determinar.
Formula de Poisson entre pontos G e C . Note que V~C = 0 (rola sem escorregar), logo:
V~G = V~C + ω
~ ∧ (G − C)
= 0 + (−ω~k) ∧ (R~j)
˙
V~G = ωR~i → ~aG = V~G = |{z}
ω̇ R~i = 0
0
~˙ ∧ (C − G) + |{z}
~aC = ~aG + |{z}
ω ~ ∧ [~ω ∧(G − C)]
ω
|{z} | {z } | {z }
0 0 −ω~k
−R~j −R~j
~aC = ω 2 R~j 6= 0
23
ω = constante
j
i
G
11111111111111111111111111111111
00000000000000000000000000000000
C
00000000000000000000000000000000
11111111111111111111111111111111
00000000000000000000000000000000
11111111111111111111111111111111
Figura 21: Ilustração do campo de velocidades em pontos escolhidos.
CIR
A) B) C)
ω ω ω
VG G VG VG
G G
CIR
111111111111
000000000000
C VC VC C 111111111111
000000000000
VC C
000000000000
111111111111 111111111111
000000000000 000000000000
111111111111
CIR
Figura 22: Rolamento com escorregamento. A) Frenagaem com escorregamento V~G > ω ~ R.
B) Aceleração com escorregamento V~G < ω~ R. C) Situação do tipo carro tentando subir
uma ladeira com lama ou neve e escorregando para trás.
24
Exercícios:
1. As extremidades da barra AB se movimentam segundo guias conforme a gura abaixo.
Sabendo que a extremidade A da barra cai com velocidade V, determinar:
25
2. O disco de centro O e raio r gira com velocidade angular ω0 constante. No instante
considerado a barra AB é paralela ao eixo y e a barra BC é paralela ao eixo x. Pede-se
determinar:
26
3. Um disco de centro O e raio R rola sem escorregar com velocidade angular ω constante,
sobre o plano horizontal. O ponto B é uma articulação e A é um apoio simples. A
barra AB tem comprimento l. Para a posição mostrada na gura abaixo, pede-se:
27
4. A barra AB da gura escorrega sobre o ponto C da cicunferencia xa de centro O e
raio R. A extremidade A da barra percorre a mesma circunferencia com velocidade
de módulo constante VA = V . Pede-se:
28
5. O centro do disco move-se com velocidade constante V0 para a esquerda, enquanto
a barra AB gira ao redor de A. Determinar a velocidade de B em função de V0 e θ.
Não há escorregamento em C.
29
6. Uma circunferencia de centro A e raio r rola sem escorregar com velocidade angular ω
sobre uma circunferencia xa de centro O e raio R. Conhecidos R, r e ω , determinar:
30
4 Composição de Movimentos.
ωa y
k
j
S l
O i P
z’ r0
r x
k’
O’ y’
i’ Σ j’
x’
Figura 23: Sistema de referencial xo Σ e sistema referencial móvel S . Ponto P não é
ligado nem a Σ nem a S .
1. Denições:
2. Movimento Relativo.
O movimento relativo do ponto P em relação ao referencial S é o movimento que é
observado por um observador em O.
3. Movimento de arrastamento.
O movimento de arrastamento de P é o movimento visto por um observador em O0 ,
num certo instante, do ponto ligado ao referencial móvel S , que coincide com P , no
instante considerado.
4. Movimento absoluto.
O movimento absoluto de P é o movimento observado por um observador em O0 .
31
5. Lei de Composição de Vetores Posição.
Sejam,
Então:
~r = ~r0 + ~l
É o vetor de rotação ω
~ a do referencial móvel S .
7. Movimento de S .
~r
|{z} = ~r0 + x~i + y~j + z~k
Posição de em relação a Σ
|{z}
P Posição de S em relação a Σ
˙ ˙ ˙
~r˙ = ~r˙0 + x~i + y~j + z~k + ẋ~i + ẏ~j + ż~k
mas
32
~i˙ = ω
~ a ∧ ~i
~j˙ = ω~ a ∧ ~j
~k˙ = ω ~ a ∧ ~k
Então
˙ ˙ ˙
x~i + y~j + z~k = x~ωa ∧ ~i + y~ωa ∧ ~j + z~ωa ∧ ~k
=ω~ a ∧ (x~i + y~j + z~k) = ω~ a ∧ ~l = ω
~ a ∧ (P − O)
V~ = V~0 + ω
~ a ∧ (P − O) + ẋ~i + ẏ~j + ż~k
| {z } | {z }
~a
V ~r
V
(velocidade de arrastamento) ( velocidade relativa)
Para observador em O, a base (~i, ~j, ~k) é uma base xa. /então, a velocidade obser-
vada por ele (velocidade relativa) para o ponto P será a derivada do retor posição ~l,
considerando a base (~i, ~j, ~k) como xa:
V~a = V~O + ω
~ a ∧ (P − O)
V~ = V~a + V~r
33
9. Lei de Composição de Acelerações.
~˙ a ∧ (P − O) + ω
~a = ~a0 + ω ˙ O) + ẋ~i˙ + ẏ~j˙ + ż~k˙ + ẍ~i + ÿ~j + z̈~k
~ a ∧ (P −
Mas
Então
˙ O) = ω
(P − ~ a ∧ (P − O) + V~r
Podemos escrever
˙ ˙ ˙
ẋ~i + ẏ~j + ż~k = ẋ~ωa ∧ ~i + ẏ~ωa ∧ ~j + ż~ωa ∧ ~k
=ω~ a ∧ (ẋ~i + ẏ~j + ż~k)
~ a ∧ V~r
=ω
Logo,
~˙ a ∧ (P − O) + ω
~a = ~a0 + ω ~ a ∧ V~r + ẍ~i + ÿ~j + z̈~k
~ a ∧ [~ωa ∧ (P − O) + V~r ] + ω
e, portanto,
~˙ a ∧ (P − O) + ω
~a = ~a0 + ω ~ a ∧ [~ωa ∧ (P − O)] + 2~ωa ∧ V~r + ẍ~i + ÿ~j + z̈~k
para um observador em O, a base (~i, ~j, ~k) xa. Em S , logo a direção dos versores não
varia, somente as coordenadas do ponto P variam. Então a aceleração do ponto P
em relação a S é dada pela expressão
34
~ar = ẍ~i + ÿ~j + z̈~k
~˙ a ∧ (P − O) + ω
~a = ~a0 + ω ~ a ∧ [~ωa ∧ (P − O)]
Observações:
(a) ω
~ a = 0: S translada;
(b) V~r = 0: Ponto P tem velocidade nula no instante considerado;
(c) V~r k ω
~ a : velocidade relativa de P é paralela ao vetor de rotação de arrastamento.
35
5 Composição de Movimentos para um Corpo Rígido.
ωa y
k
j
S
O i
z’
x ωA
k’
S’
y’ Q
O’
i’ Σ j’
P
x’
Figura 24: Sistema de referencial xo Σ e sistema referencial móvel S com vetor de rotação
~ a . Corpo rígido S 0 não é ligado nem a Σ nem a S e apresenta vetor de rotação ω
ω ~ A em
relação ao referencial S .
Sejam:
ω
~ : vetor de rotação absoluto
ω
~r : vetor de rotação de S 0 em relação ao referencial móvel (vetor de rotação relativo)
~
VP : velocidade absoluta de P
~
VP,a : velocidade de arrastamento de P
V~P,r : velocidade relativa de P
V~Q : velocidade absoluta de Q
V~Q,a : velocidade de arrastamento de Q
V~Q,r : velocidade relativa de Q.
(2)
Aplicando a fórmula de Poisson, podemos escrever:
1. V~Q = V~P + ω
~ ∧ (Q − P );
36
2. V~Q,r = V~P,r + ω
~ r ∧ (Q − P );
3. V~Q,a = V~O + ω
~ a ∧ (Q − P );
V~Q =V~O + ω
~ a ∧ (Q − O) + V~P,r + ω ~ r ∧ (Q − P )
V~Q =V~O + V~P,r + (~ωa + ω
~ r ) ∧ (Q − P )
| {z }
~P
V
ω
~ =ω
~a + ω
~r
α ~˙ = ω
~ =ω ~˙ a + ω
~˙ r
α ~˙ a
~a = ω
O vetor de rotação relativo pode ser escrito na vase (~i, ~j, ~k) como
e, portanto,
˙ ˙ ˙
~˙ r = ωr,x~i + ωr,y~j + ωr,z~k + ω̇r,x~i + ω̇r,y~j + ω̇r,z~k
ω
Como
˙ ˙ ˙
ωr,x~i + ωr,y~j + ωr,z~k = ω
~ a ∧ (ωr,x~i + ωr,y~j + ωr,z )
=ω~a ∧ ω~r
37
Então
~˙ r = ω
ω ~ r + (ω̇r,x~i + ω̇r,y~j + ω̇r,z~k)
~a ∧ ω
pois para um observador em S a base (~i, ~j, ~k) é xa. A parcela restante
α ~a ∧ ω
~C = ω ~r
α
~ =α
~a + α
~r + α
~C
38
Exemplos:
1. A particula P se movimenta sobre a barra OA de maneira que x = a − b cos φ.
Sabendo que a barra OA gira com velocidade angular ω , determinar:
A
y’
y
r P
j’
j ϕ
i
x’
O’ = O i’
Figura 25: Figura para o exercício acima. Base móvel: (~i~j). Base xa:(~i0 j~0 ).
39
2. No mecanismo da gura a barra OC gira em torno de O com velocidade angular ω
constante. O anel A escorrega sobre a barra OC e a barra AB se movimenta na
vertical. Pede-se calcular a velocidade relativa de A em relação a barra OC .
C
A
j ϕ
i
O
111111111111111111111111111
000000000000000000000000000
0000000000000000000000000001
1111111111111111111111111110
0
1
000000
111111
0
1
000000
111111
0
1
0
1 0
1
0
1
0
1 0
1
01
0
1 0
1
L B
40
3. A barra AB gira em torno do ponto A, no plano O~j~k com velocidade angular φ̇ =
constante. O plano vertical O~j~k gira em torno de O~k com velocidade ω = constante.
Considerando como relativo o movimento da barra em relação ao plano O~j~k e absoluto
o seu movimento em relação a um referencial xo, pede-se expressando os vetores na
base móvel (~i, ~j, ~k):
41
Dinâmica
Karl Peter Burr
1. Sistema de Particulas.
PN
11
00
P2
111
000
00
11 000 m
111
00 m 2
11 N
111
000 P1
000
111
000 m
111 11
00
Pj
1 00
11
00 m j
11
Fji
Pi
111
000
00
11
Fij
000
111
00
11 mi
00
11
00
11
00
11
00
11
00
11
Fi
1
• Resultante de todas as forças que atuam sobre Pi .
N
X
~i =
R F~i + F~ij
z }| { j=1
Forças Externas j6=i
| {z }
Forças internas
F~ij = −F~ji → R
~ int = 0
~ =R
~ int ~ ext ~ ~ ext
R |{z} + R → R = R
0
ou seja
~ = m~vG
L
~˙ = m~aG
L
2
A taxa de variação da quantidade de movimento em relação ao tempo é igual ao
produto da massa total do sistema pela aceleração do seu centro de massa.
Substituindo a fórmula da aceleração do baricentro e a segunda Lei de Newton apli-
acada a partícula Pi :
~ i = mi~ai
R
N N
~˙ =
X X
L mi~ai = ~i = R
R ~ ext ⇒ R
~ ext = m~aG (Teorema da Resultante)
i=1 i=1
Conseqüência: Se R ~˙ = ~0 ⇒ L
~ ext = ~0 ⇒ L ~ = constante (Teorema da conservação da
quantidade de movimento).
Exercícios:
d v
x
M α
3
y
C r
R
M S
x
PN
11
00
P2
111
000
00
11 000 m
111
P1 00 m 2
11 N
111
000
m111
000
1 r
N
r2
11
00
Pj
r1 00
11
00 m j
11
rj
Pi
111
000
O r
i 000 m
111
i
N
X N
X
JO = mi |Pi − O|2 = mi |~ri |2
i=1 i=1
N
X
JO = mi (x2i + yi2 + zi2 )
i=1
4
Para um corpo contínuo:
Z
JO = |~r|2 dm
11
00
P2
00
11 000
111
dN
P
N
00 m 2
11 000 m
111
P N
1
111
000
m111
000
d2
1 d1 dj
y 11
00
Pj
00
11
z
di 00 m j
11
1 u
k
P
x 111
000 i
000 m
111
O i
i
O~u: eixo que passa por um pólo O e tem a direção do versor ~u.
Definição:
N
X
Ju = mi d2i
i=1
N
X
Ju = mi |(Pi − O) ∧ ~u|2
i=1
5
Seja O~u = O~i, assim definimos
N
X
Jx = mi |(Pi − O) ∧ ~i|2
i=1
mas
então
N
X
Jx = mi (yi2 + zi2 )
i=1
Analogamente:
N
X N
X
Jy = mi |(Pi − O) ∧ ~j|2 , (Pi − O) ∧ ~j = −xi~k − zi~i ⇒ Jy = mi (x2i + zi2 )
i=1 i=1
XN XN
Jz = mi |(Pi − O) ∧ ~k|2 , (Pi − O) ∧ ~k = −xi~j + yi~i ⇒ Jz = mi (x2i + yi2 )
i=1 i=1
Z
Jx = (y 2 + z 2 )dm
ZS
Jy = (x2 + z 2 )dm
ZS
Jz = (x2 + y 2 )dm
S
6
N
X
Jx + Jy + Jz = mi (yi2 + zi2 + x2i + zi2 + x2i + yi2 )
i=1
XN
= 2mi (x2i + yi2 + zi2 )
i=1
Jx + Jy + Jz = 2JO
No plano z = 0, Jz = JO ⇒ Jx + Jy .
Exemplo
(d) Produtos de Inércia.
Em relação ao sistema de eixos ortogonais Oxyz:
N
X
Jxy = Jyx = m i xi y i
i=1
N
X
Jyz = Jzy = mi yi zi
i=1
XN
Jxz = Jzx = mi xi zi
i=1
Z
Jxy = Jyx = xydm
Z
Jyz = Jzy = yzdm
Z
Jxz = Jzx = xzdm
7
z
y
S
O x
z’ G
c y’
b
O’ x’ a
x0 =x + a,
y 0 =y + b,
z 0 =z + c.
Então calculemos, agora, o momento de inércia Jx0 :
Z
Jx0 = (y 02 + z 02 )dm
ZS Z
= [y + 2by + b ]dm + [z 2 + 2cz + c2 ]dm
2 2
ZS Z S Z Z Z Z
2 2 2 2
Jx0 = y dm + 2b ydm + b dm + z dm + 2c zdm + c dm
S S S S S S
onde
Z
dm = m
S
Z
ydm = myG
Zs
zdm = mzG
S
8
Então
Analogamente temos:
Z Z
0 0
Jx0 y0 = x y dm = (x + a)(y + b)dm
ZS ZS Z Z
= xydm + b xdm + a ydm + ab dm
S S S S
= Jxy + m(bxG + ayG ) + mab
9
(f) Momento Axia de Inércia em Relação a um Eixo O~u.
Consideremos um eixo O~u. Sabemos que:
N
X
Ju = mi |(Pi − O) ∧ ~u|2
i=1
(Pi− O) u
O
−
Pi
γ
β
O u y
Então
~k
~i ~j
(Pi − O) ∧ ~u = xi yi zi
cos α cos β cos γ
= (yi cos γ − zi cos β)~i + (zi cos α − xi cos γ)~j + (xi cos β − zi cos α)~k
Portanto,
N
X
Ju = mi [(yi cos γ − zi cos β)2 + (zi cos α − xi cos γ)2 + (xi cos β − zi cos α)2 ]
i=1
10
N
X N
X N
X
Ju = cos2 α mi (yi2 + zi2 ) + cos2 β mi (x2i + zi2 ) + cos2 γ mi (x2i + yi2 )
i=1 i=1 i=1
N
X N
X N
X
− 2 cos α cos β mi xi yi − 2 cos β cos γ mi yi zi − 2 cos γ cos α mi zi xi
i=1 i=1 i=1
2 2 2
Ju = cos αJx + cos βJy + cos γJz
− 2 cos α cos βJxy − 2 cos β cos γJyz − 2 cos γ cos αJzx (1)
Jx −Jxy −Jxz
[JO ] = −Jyx Jy −Jyz
−Jzx −Jzy Jz
posso montar
cos α
~u = cos β .
cos γ
11
z’ z
α z’z
α z’y
y’
α y’z
α x’z α y’y
α z’x y
O
α y’x
α x’y
α x’x
x x’
ou na forma matricial
0
x cos αx0 x cos αx0 y cos αx0 z x
y0 = cos αy0 x cos αy0 y cos αy0 z y
0
z cos αz0 x cos αz0 y cos αz0 z z
| {z }
[B]
{r}E 0 = [B]{r}E
12
Considere agora dois vetores relacionados entre si por uma matriz [A] (por exem-
plo, quantidade de movimento angular e o vetor de rotação):
{p}E = [A]{q}E
[B]{p}E = [B][A]{q}E
| {z }
{p}E 0
ou seja
resultando que:
13
os eixos são ditos eixos centrais de inércia. Existe transformação particular
que diagonaliza a matriz de inércia, transformando-a em matriz principal de
inércia. Seja [P ] a matriz de mudança de base que diagonaliza [JO ]. Então
det{[JO ] − λ[I]} = 0
111
000 111
000
000 i
111 P , m i, v i
11
00
y
00
11
00 PN , m N, v00
11 11
O N
N N
X 1 1X
T = mi~vi · ~vi = mi |~vi |2
i=1
2 2 i=1
14
7. Energia Cinética de um Corpo Rígido.
z
ω y
k j
S
O x
i
z’ P G
y’
O’ x’
~ ∧ (P − O)
~v = ~vO + ω
A energia cinética
Z
1
T = |~v |2 dm
2 S
fica
Z Z Z
1 2 1
T = |~vO | dm + ~vO · ω
~ ∧ (P − O)dm + ~ · (P − O) ∧ [~ω ∧ (P − O)]dm
ω
2 S S 2 S
15
R
(a) |~vO |2 dm = m|~vO |2 .
RS R
(b) S
~
v O ·~
ω ∧(P −O)dm = ~
v O ·~
ω ∧ S
(P −O)dm = ~vO ·~ω ∧m(G−O) = m~vO ·~ω ∧(G−O)
(c) Consideremos um sistema Oxyz preso ao sólido Em relação a esse sistema po-
demos escrever:
Então:
Z Z
1 1
~ · (P − O) ∧ [~ω ∧ (P − O)] = ω
ω ~ · (P − O) ∧ [~ω ∧ (P − O)]
2 S 2 S Z n
1 ~
= (ωx i + ωy~j + ωz~k) · (x~i + y~j + z~k)∧
2 S
o
~ ~ ~ ~ ~ ~
[(ωx i + ωy j + ωz k) ∧ (xi + y j + z k)] dm
Z Z Z
1 1 2 2
~ · (P − O) ∧ [~ω ∧ (P − O)] =
ω ωx ωx (y + z )dm − ωx ωy xydm
2 S 2
|S {z } | S {z }
Jx Jxy
Z Z Z
− ωx ωz yzdm − ωy ωx xydm + ωy ωy (x2 + z 2 )dm
| S {z } | S {z } |S {z }
Jyz Jxy Jy
Z Z Z
− ωy ωz yzdm − ωz ωx zxdm − ωz ωy zydm
| S {z } | S {z } | S {z }
Jyz Jxz Jzy
Z
2 2
+ ωz ωz (x + y )dm
|S
{z }
Jz
Jx −Jxy −J xz ωx
1 1
T = m|~vO |2 +m~vO ·~ω ∧(G−O)+
ωx ωy ωz −Jyx Jy −Jyz ωy
2 2
−Jzx −Jzy Jz ωz
16
ou definindo-se
ωx
{ω} = ωy
ωz
podemos escrever
1 1
T = m|~vO |2 + m~vO · ω
~ ∧ (G − O) + {ω}T [JO ]{ω}
2 2
Casos Particulares:
1
T = {ω}T [JO ]{ω}
2
(b) O ≡ G (o pólo escolhido coincide com o baricentro do sólido)
1 1
T = m|~vG |2 + {ω}T [JG ]{ω}
2 2
~ = ~0 (sólido em translação)
(c) ω
1
T = m|~vO |2
2
(d) Eixos Ox, Oy e Oz são eixos principais de inércia (Jxy = Jxz = Jyz = 0), o que
implica que
Jx 0 0
[JO ] = 0 Jy 0
0 0 Jz
de modo que
1 1 2
T = m|~vO |2 + m~vO · ω ωx Jx + ωy2 Jy + ωz2 Jz
~ ∧ (G − O) +
2 2
(e) movimento no plano Oxy
1 1
T = m|~vO |2 + m~vO · ω
~ ∧ (G − O) + ωz2 Jz
2 2
17
8. Potência e Trabalho das Forças Internas e das forças Externas.
111
000 111
000
000 Pi , m i, v i
111
11
00
Fij 11
00
y 11
00
Fi Fji
O
11
00
00 j j 00
11
P , m , v11
j
x 111
000
000
111
000 P
111 11
00
, m N, v N
N
N X
X N
P̃ int
= F~ij · ~vi
i=1 j=1
j6=i
Z t1
int
W (t0 , t1 ) = P̃ int dt
t0
Como
~vi dt = dPi
podemos escrever
N X
X N Z t1
W int
(t0 , t1 ) = F~ij · dPi .
i=1 j=1 t0
j6=i
18
Lembrando que
verificamos que
Para um corpo rígido, temos que d(Pi − Pj ) = 0 (distância entre duas partículas
não varia no tempo) → W int (t0 , t1 ) = 0.
(c) Potência das Forças Externas.
N
X
P̃ ext
= F~i · ~vi
i=1
Z t1
ext
W (t0 , t1 ) = P̃ ext dt
t0
N
X Z t1 N Z
X t1
= F~i · ~vi dt = F~i · dPi
t0 t0
|{z}
i=1 dPi i=1
Exemplos:
i. Trabalho realizado pela força peso de um sistema material.
N
X N
X
dW = (−mi g~k) · dPi = − mi g~k · (dx~i + dy~j + dz~k)
i=1 i=1
N
X
= −g mi dzi
i=1
= −mgdzG
Z z(t)
W = (−mg)dzG = −mg(zG (t) − zG (t = 0))
z(t=0)
19
ii. Forças cujo trabalho é nulo.
S1
P1
P2 S2
−R
~ · (dP~1 − dP~2 )
dW = R
N
1X
T = mi~vi · ~vi
2 i=1
N
X
Ṫ = mi~ai · ~vi
i=1
20
ou (lembrando que mi~ai = F~i + N ~
P
j=1 Fij )
j6=i
N
X N X
X N
Ṫ = F~i · ~vi + F~ij · ~vi
|i=1 {z } i=1 j=1
j6=i
P̃ ext | {z }
P̃ int
Portanto
Ṫ = P̃ ext + P̃ int
A taxa de variação da energia cinética é a soma das potencias das forças externas e
das forças internas.
Multiplicando menbro a menbro da ultima equação acima por dt e integrando em
relação ao tempo:
Z t1 Z t1 Z t1
ext
Ṫ dt = P̃ dt + P̃ int dt
t0 t0 t0
ext int
T (t1 ) − T (t0 ) =W +W
11
00 11
00
00 i
11 P , m i, v i
11
00
11
00 F
y 11 Fij
00 11 j
00
Fi Fji
O 11
00
11
00 Pj, m j , v j
00
11
x
11
00 11
00
00 P
11 , m N, v N
N
21
Escolhido um pólo O:
N
X
~ Oext =
M (Pi − O) ∧ F~i
i=1
N
X N
X
~ int =
M (Pi − O) ∧ F~ij ,
O
i=1 j=1
j6=i
o que implica que M~ int = ~0. Então o momento de todas as forças que atuam no
O
sistema em relação ao pólo O é dado por:
~ O =M
M ~ int + M
~ ext
O O
| {z }
0
N
X
~ O =M
M ~ ext = (Pi − O) ∧ F~i
O
i=1
N
X
~O =
H (Pi − O) ∧ mi~vi
i=1
N N
~˙ O =
X X
H (~vi − ~vO ) ∧ mi~vi + (Pi − O) ∧ mi~ai
i=1 i=1
N
X
= −~vO ∧ ( ~ ext
mi~vi ) + M O
i=1
~˙ O = m~vG ∧ ~vO + M
H ~ ext (2)
O
Casos particulares:
22
• ~vO = ~0 (pólo fixo):
~˙ O = M
H ~ Oext
• O ≡ G:
~˙ G = M
H ~ ext
G
M ~˙ O = ~0 ⇒ H
~ O = ~0 ⇒ H ~ O = constate
y ω
x
z’ S j
O i
G
P k
y’
O’
z
x’
23
Momento angular do corpo rígido em relação ao pólo O dado por:
Z Z
~O =
H (P − O) ∧ ~v dm = (P − O) ∧ [~vO + ω
~ ∧ (P − O)]dm
ZS SZ
ou
˙
~˙ O = m(~vG − ~vO ) ∧ ~vO + m(G − O) ∧ ~aO + {~i˙ ~j˙ ~k}[J ~~ ~
H O ]{ω} + {i j k}[JO ]{ω̇}
onde
~i˙ =~ω ∧ ~i
~j˙ =~ω ∧ ~j
~k˙ =~ω ∧ ~k
Então
Casos Particulares:
24
• Movimento plano.
~ = ωz~k. Então:
Nesse caso ω
~ ∧ ~i =ωz~j
ω
~ ∧ ~j = − ωz~i
ω
~ ∧ ~k =~0
ω
m(G − O) ∧ ~aO + (Jyz ωz2 − Jxz ω̇z )~i + (−Jxz ωz2 − Jyz ω̇z )~j + Jz ω̇z~k = M
~ ext
O
• Se além de movimento plano, o sólido tambem for plano (z = 0), então Jyz =
Jxz = 0. Neste caso a expressão para o TMA fica:
15. Exercícios:
25
g
ϕ
M
j
B A i
R
111111111111111111111111111111
000000000000000000000000000000
C
000000000000000000000000000000
111111111111111111111111111111
000000000000000000000000000000
111111111111111111111111111111
(b) No sistema indicado os fios e polias tem peso desprezível. Os fios são perfeita-
mente flexíveis e as polias podem girar sem atrito nos respectivos eixos. Calcular
ẍ e Ẍ.
111111111111111111111111111111
000000000000000000000000000000
000000000000000000000000000000
111111111111111111111111111111 j
D i
R O L−X
X
r
A
x
l−x
E F
M H
(M+m)
m
26
16. Angulos de Euler.
Conjunto conveniente de coordenadas utilizado com o propósito de escrever a ori-
entação de um sistema de coordenadas fixo no corpo em relação a um sistema de
referencia inercial.
Sistemas de coordenadas:
Z’
Z’’
Y’’
θ
k’’ k
j’’ ϕ
Y’
i j
i’’
X’’
X’
27
Z’
Z = Z’’
Y
Y’’
ψ
k
j
Y’
i
X’’
X’
Então:
~i = cos ψ[cos φ~i0 + sin φj~0 ] + sin ψ[− cos θ sin φ~i0 + cos θ cos φj~0 + sin θk~0 ]
~j = − sin ψ[cos φ~i0 + sin φj~0 ] + cos ψ[− cos θ sin φ~i0 + cos θ cos φj~0 + sin θk~0 ]
~k = sin θ sin φ~i0 − sin θ cos φj~0 + cos θk~0 (4)
28
Portanto:
~i =[cos ψ cos φ − sin ψ cos θ sin φ]~i0 + [cos ψ sin φ + sin ψ cos θ cos φ]j~0 + sin ψ sin θk~0
~j =[− sin ψ cos φ − cos ψ cos θ sin φ]~i0 + [− sin ψ sin φ + cos ψ cos θ cos φ]j~0 + cos ψ sin θk~0
~k = sin θ sin φ~i0 − sin θ cos φj~0 + cos θk~0 (5)
Na forma matricial:
Definindo
cos ψ cos φ − sin ψ cos θ sin φ cos ψ sin φ + sin ψ cos θ cos φ sin ψ sin θ
[R] = − sin ψ cos φ − cos ψ cos θ sin φ − sin ψ sin φ + cos ψ cos θ cos φ cos ψ sin θ
sin θ sin φ − sin θ cos φ cos θ
~i ~i0
~j = [R] j~0
~
k~0
k
Para o sentido inverso (~i0 , j~0 , k~0 ) → (~i, ~j, ~k) temos
~i ~i
0
~
j 0 T
= [R ] ~j
~0
k
~k
29
k~0 = sin ψ sin θ~i + cos ψ sin θ~j + cos θ~k
i~00 = cos φ~i0 + sin φj~0 (7)
= cos φ[(cos ψ cos φ − sin ψ cos θ sin φ)~i − (sin ψ cos φ + cos ψ cos θ sin φ)~j
+ sin θ sin φ ~k]+
sin φ[(cos ψ sin φ + sin ψ cos θ cos φ)~i + (− sin φ sin φ + cos ψ cos θ cos φ)~j
− sin θ cos φ ~k]
= cos ψ~i − sin ψ~j
Portanto,
~ = (φ̇ sin ψ sin θ + θ̇ cos ψ)~i + (φ̇ cos ψ sin θ − θ̇ sin ψ)~j + (φ̇ cos θ + ψ̇)~k
ω
Portanto,
~ = (ψ̇ sin φ sin θ + θ̇ cos φ)~i0 + (−ψ̇ cos φ sin θ + θ̇ sin φ)j~0 + (ψ̇ cos θ + φ̇)k~0
ω
~˙ O = M
H ~ OEXT
e as três equações escalares que resultam dessa equação vetorial são as equações de
Euler. Quando escritas em relação a um sistema de coordenadas Oxyz com eixos
coincidentes com os eixos principais de inércia, assumem a forma
EXT
Jx ω̇x + (Jz − Jy )ωy ωz = MO,x
EXT
Jy ω̇y + (Jx − Jz )ωz ωx = MO,y
EXT
Jx ω̇x + (Jy − Jx )ωx ωy = MO,z
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Para obtermos os ângulos de Euler associados a mudança de orientação do corpo
rígido (mudança de orientação de OXY Z) basta integrar as equações
31