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DRA, AUTOR ALEGA QUE N PAGOU A FATURA DO MÊS POIS N
HOUVE ENVIO DA FATURA. MAS EXISTEM OUTROS CANAIS DE ATENDIMENTO
( INTERNET, TELEFONE, TOTEM , LOJA FÍSICA COELBA) PARA OBTENÇÃO DE 2ª
VIA. ENTENDI PELA LEGALIDADE DA NEGATIVAÇÃO.
VOTO-E M E N T A
1.Trata-se de recurso interposto contra sentença que julgou procedente o pedido , nestes
termos: “Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES, os pedidos da parte Autora para condenar a
Acionada a:1) pagar o valor de R$ 3.000,00(**) a título de danos morais, corrigidos
monetariamente a partir deste julgamento e juros de 1% ao mês desde a negativação
(10/04/2015, data da inclusão);2) determinar que seja retirado, no prazo de 5(cinco) dias úteis, o
nome/CPF da autora dos cadastros de proteção ao crédito, sob pena de multa diária no valor de
R$100,00(**), até limite de 40(quarenta) salários mínimos; bem como, que seja declarada
quitada a fatura vencida em 10/03/2015.”.
1. Alega a parte autora que teve o seu nome inserido indevidamente nos cadastros de
proteção ao crédito em virtude de cobrança indevida procedida pela ré, que não teria
enviado a fatura com vencimento em março de 2015, tendo a mesma aduzido que
fealizara o pagamento da falta vencida em fevereiro e abril do mesmo ano.
2. A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em síntese, que não
houve ato ilícito, que a cobrança realizada se deveu à fatura vencida e não paga, relativa
ao mês de março de 2015, não havendo que se falar, portanto, em ilicitude na
negativação do nome da parte autora nos cadastros de proteção ao crédito, por ser
legítimo direito do credor.
4. Ademais se revela pouco crível que a parte usufrua do serviço durante todo o mês
e não se recorde da sua obrigação de pagamento. Para que seja caracterizada a falha na
prestação dos serviços mister que a falta incorrida revele especial gravidade, a ponto de
cercear direitos do consumidor.
5. Nestes termos, não se aplica ao caso a inversão do ônus da prova, sendo dever
processual da parte autora a prova do fato constitutivo de seu direito, nos termos do
art.373, inciso I do CPC, o que não logrou faze no presente caso, sendo insuficiente para
a formação da convicção do julgador meras alegações, quando o contexto fático-
probatório não se revela suficiente para embasar a pretensão formulada.
6. Assim sendo, o débito que fora objeto de apontamento está lastreado em dívida
regularmente constituída, decorrente de contrato de fornecimento de serviço, o que
representa, ademais, exercício regular do direito da concessionária ré de reaver o seu
direito.
ACÓRDÃO