Sie sind auf Seite 1von 4

ESTADO DE ALAGOAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA GRANDE


PROCURADORIA DO MUNICÍPIO, Tel.: 3524-1133
Rua do Comércio, s/n – Centro – Feira Grande/AL – CEP: 57.340-000

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTIOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO ÚNICO OFÍCIO DA


COMARCA DE FEIRA GRANDE - ALAGOAS

Proc. n. 0700096-93.2019.8.02.0060

O MUNICI ́PIO DE FEIRA GRANDE, devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, por seus procuradores legalmente constituídos, vem, mui
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a sentença de
primeiro grau, apresentar:

I. SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação ordinária interposta por FLÁVIO CRISTIANO LUCENA DOS


SANTOS, na qual alega que tomou posse no cargo de professor, mediante aprovação no
concurso público realizado pelo munici ́pio de Feira Grande, conforme edital no
001/2014, de 28 de fevereiro de 2014.

Na data da posse (21/06/2017), apresentou como comprovação de sua


escolaridade seu Certidão de Conclusão do Curso de Especialização Latu Sensu em
Formação de Professores em Mídias na Educação, com duração de 360 (trezentas e
sessenta) horas, certificado pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL, concluído em
junho de 2009, bem antes da posse no cargo.

Pois bem, acontece o requerente alega que ingressou na carreira em nível


inferior ao da sua graduação no seu cargo. Utilizou como argumento o próprio Plano de
Cargos do Magistério do Munici ́pio.

Fora decisão negando a antecipação da tutela requerida.

Eis a síntese fática.

II. DO MÉRITO

II.I – TEMPO MI ́NIMO DE PROGRESSÃ O - SEGUNDO O PLANO DE CARGOS DO


MAGISTÉRIO MUNICI ́PAL - EDITAL DO CONCURSO No 001/2014

O autor pede o enquadramento inicial no nível de Especialização, rejeitando


o enquadramento de licenciatura. Porém, deve ser observado o que determina o Plano
de Cargos Carreiras e Vencimentos do Munici ́pio de Feira Grande, vejamos:
ESTADO DE ALAGOAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA GRANDE
PROCURADORIA DO MUNICÍPIO, Tel.: 3524-1133
Rua do Comércio, s/n – Centro – Feira Grande/AL – CEP: 57.340-000

Art. 16 – O desenvolvimento na Carreira do Grupo Ocupacional criado


na presente Lei, poderá ocorrer após 03 (três) anos de efetivo
exerci ́cio na Classe em que se deu o primeiro enquadramento,
mediante os procedimentos de:

I - Progressão Horizontal - passagem do servidor de uma Classe para a


imediatamente seguinte, dentro do mesmo Ni ́vel, com intersti ́cio
mi ́nimo de 03 (três) anos, obedecendo a critérios especi ́ficos de
avaliação de desempenho, com normas disciplinadas mediante Lei, e
a participação em programas de formaçao ̃ e/ou qualificação
profissional relacionadas à Educação Básica;

II - Progressão por Nova Habilitação ou Titulaçao ̃ – passagem do


servidor de um Ni ́vel para outro, conforme exigência de nova
habilitação ou titulaçao
̃ , após conclusão de curso em sua área de
atuação:

a) o servidor que adquirir nova habilitação/titulação, passará para a


grade de vencimento correspondente ao Ni ́vel da nova
habilitação/titulaçao
̃ e para a Classe equivalente a que ele se
encontrava obedecido os critérios estabelecidos no "caput" deste
artigo;

b) os cursos de pós-graduação “lato sensu” e “stricto sensu”, e de


nova habilitação, para os fins previstos nesta Lei, realizado pelo
ocupante de Cargo do Grupo Ocupacional Magistério, somente serão
considerados para fins de Progressão, se ministrados por instituição
autorizada ou reconhecida por órgãos competentes e, quando
realizados no exterior, se forem revalidados por instituição brasileira,
credenciada para este fim;

c) a Progressão por Nova Habilitação/Titulação ocorrerá a qualquer


tempo e será efetivada mediante requerimento do servidor com a
apresentação de certificado ou diploma devidamente instrui ́do. Em
caso de exigência no processo, caberá à Instituição aferir o direito,

desde que sejam comprovados todos os requisitos exigidos para


atendimento do pleito.

d) em nenhuma hipótese uma mesma qualificaçaõ , habilitação ou


titulação poderá ser utilizada em mais de uma forma de Progressão;

e) o professor com acumulação de cargo, prevista em Lei, poderá usar


a nova habilitação/titulação em ambos os Cargos, obedecidos os
critérios estabelecidos neste artigo.
ESTADO DE ALAGOAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA GRANDE
PROCURADORIA DO MUNICÍPIO, Tel.: 3524-1133
Rua do Comércio, s/n – Centro – Feira Grande/AL – CEP: 57.340-000

A lei Municipal no 215/2005 consolida princípios e normas estabelecidos no


citado plano e disciplina os requisitos exigidos para o servidor adquirir o direito de
progredir de nível e classe.

Como claramente pode-se verificar, fica estipulado o prazo de 3 (três) anos


de efetivo exerci ́cio para primeira progressão de carreira. Uma vez implementado
qualquer critério, tem que haver expresso cumprimento do mesmo.

No caso em questão, no momento da posse, o autor já possui ́a um dos


requisitos para progressão no plano, isto é claro e indiscuti ́vel.

Entretanto, na data da sua posse o autor não poderia ter ingressado no cargo
de professor já progredindo na carreira, pois, exige-se, como visto, o preenchimento do
requisito do tempo mínimo de 03 (três) anos para que qualquer pessoa possa progredir.

Nesse sentido, apontam os seguintes julgados:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR


PÚBLICO ESTADUAL. CARGO. PROFESSOR. REPOSCIONAMENTO NA
CARREIRA E PROMOÇÃO POR ESCOLARIDADE ADICIONAL. LEI
ESTADUAL Nº 15.293/2004. DECRETO ESTADUAL Nº 44.291/2006.
RESOLUÇÃO SEE Nº 772/2006. REQUISITOS. NÃO PREENCHIMENTO.
SENTENÇA CONFIRMADA.
I. Na dicção da Lei Estadual nº 15.293, de 2004, a conclusão do
estágio probatório é condição para iniciar-se o cômputo para
contagem de promoção ou progressão do servidor na carreira.
II. Nega-se o reposicionamento na carreira, com base na promoção
por escolaridade adicional, quando não preenchidos os requisitos
previstos na Lei estadual nº 15.293, de 2004, regulamentada pelo
Decreto estadual nº 44.291, de 2006, dentre eles, o estágio
probatório. (TJMG - Apelação Cível 1.0324.12.008359-1/001,
Relator(a): Des.(a) Washington Ferreira , 7ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 27/05/2014, publicação da súmula em 30/05/2014)

EMENTA: APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO - AÇÃO ORDINÁRIA -


PROFESSOR - REDE MUNICIPAL DE ENSINO - UBERLÂNDIA -
PROGRESSÃO - PAGAMENTO - DIFERENÇAS - REQUISITOS -
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL - DESCUMPRIMENTO - DIREITO - AUSÊNCIA -
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO - SENTENÇA REFORMADA.
Impõe-se a reforma da sentença que condena o Município ao
pagamento de valores relativos à progressão horizontal do servidor
quando esta não preenche os requisitos legais expressamente
previstos na legislação municipal aplicável à espécie. (TJMG - Ap
Cível/Reex Necessário 1.0702.09.586277-8/001, Relator(a): Des.(a)
ESTADO DE ALAGOAS
PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA GRANDE
PROCURADORIA DO MUNICÍPIO, Tel.: 3524-1133
Rua do Comércio, s/n – Centro – Feira Grande/AL – CEP: 57.340-000

Kildare Carvalho , 3ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 10/05/2012,


publicação da súmula em 18/05/2012)

REEXAME NECESSÁRIO/APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CONDENATÓRIA -


PROFESSOR MUNICIPAL - PROGRESSÃO HORIZONTAL - ESTÁGIO
PROBATÓRIO - REQUISITOS LEGAIS - AUSÊNCIA - SENTENÇA
REFORMADA - RECURSO PROVIDO.
- A Administração Pública, de acordo com a sua discricionariedade,
pode estabelecer em normas eventuais critérios para a progressão
de seus servidores.
- Dessa forma, considerando que a legislação municipal estabelecia
a condição de estável como requisito para todos os servidores que
ingressaram no cargo público, para a obtenção da progressão
horizontal, o que não afronta o princípio da igualdade, é
improcedente o pedido de condenação do Município ao pagamento
das diferenças salariais durante todo o período do estágio probatório
pleiteado. (TJMG - Ap Cível/Reex Necessário 1.0702.10.006683-
7/001, Relator(a): Des.(a) Hilda Teixeira da Costa , 2ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 27/09/2011, publicação da súmula em 21/10/2011)

Dessa forma, o pleito autoral deve ser julgado inteiramente improcedente


e, somente após o implemento do prazo mínimo, é que a progressão deverá ser deferida.

III. PEDIDOS

Por todo o exposto, requer-se seja julgada inteiramente improcedente a


presente ação, sendo o requerente condenado no pagamento das custas e honorários
advocatícios.

Feira Grande/AL, 17 de maio de 2019.

FLÁ VIO AUGUSTO BRANDÃ O CÉSAR


́ de Feira Grande
Procuradora-Geral do Municipio
OAB/AL nº 12.516

RUBENS MARCELO PEREIRA DA SILVA


OAB/AL nº 6638

Das könnte Ihnen auch gefallen