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Requer, finalmente, seja o presente recurso conhecido por tempestivo e ao final lhe
seja dado o justo provimento, para o fim de reformar a Douta Decisão Agravada, fazendo a
verdadeira justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado
OAB XXX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXX.
Requerente : XXXXX
Requerido : XXXXX
7. O Agravante indica as peças abaixo, que deverão ser trasladadas para a formação do
instrumento:
a) do Agravante: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
b) da Agravada: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Termos em que,
Requer deferimento.
Advogado
OAB
Jurisprudência
O Tribunal de Justiça de Goiás, por sua 2ª Câmara Cível, confirmou entendimento de que, comprovada a união
estável, a concubina tem direito aos bens adquiridos durante convívio com o companheiro. O colegiado, que
acompanhou voto do relator, desembargador Zacarias Neves Coelho, negou provimento à apelação interposta
pelos herdeiros de José Bertulino Resende, Terezinha de Barros Resende e seu marido Percival Luciano Dória,
Paulo Roberto de Barros Resende e sua mulher Edna Maria Geminiani Resende e Regina Celi Resende, contra a
aposentada Maria Antonieta de Resende. Ela teve um relacionamento amoroso com Bertulino em meados de
1983 até 2002, data de sua morte, e logo após os herdeiros de seu companheiro entraram na justiça com demanda
visando exclui-la da partilha de bens. Na época, o juiz Murilo Vieira de Faria, de Uruaçu, entendeu que ela tinha
direito à metade dos bens.
Segundo Zacarias, as alegações da família de Bertulino de que seria necessária uma nova ação judicial que
especificasse o dia de início da união estável, não se justificavam, já que a ação foi proposta e definitivamente
julgada. "É desnecessário recorrer aos léxicos para afirmar que o substantivo masculino ‘início’, embora possa
ser empregado com diversas acepções, significa na sua essência, princípio, começo, devendo-se, portanto,
considerar o início do ano, neste caso, como sendo o dia 1º de janeiro de 1983", analisou.
Para o magistrado, o inconformismo dos agravantes em relação ao direito que Antonieta teria aos bens de
Bertulino também é infundada. Ele explicou que o autor da herança morreu em maio de 2002, na vigência do
Código Civil de 1916, hoje revogado, que expressa em seus arts 3º , da Lei nº 8.971/94 e 5º, da Lei nº 9.276, a
legalidade da companheira (o) em receber os bens móveis e imóveis adquiridos por ambos durante a união
estável, pois são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum. "Registre-se que os próprios
agravantes deixam transparecer que têm conhecimento do direito da agravada à metade dos bens amealhados
pelo casal enquanto viveram juntos. Tanto assim que debatem-se contra a ‘injustiça’ de terem sido excluídos da
partilha os bens em nome da agravada adquiridos na constância do relacionamento com o falecido", ressaltou.
Ele observou que se no momento da partilha entre os agravantes e a agravada estiverem incluídos bens que ali
não deveriam estar, e excluídos outros que dele deveriam constar, aos interessados compete buscar, através dos
meios processuais adequados, a correção das distorções apontadas. "O simples fato de tratar-se de união estável
não implica, por si só, na necessidade da propositura de ação autônoma de partilha. Tal providência somente se
fará necessária se, no decorrer da ação já proposta surgirem questões de alta indagação", destacou.
Ementa
A ementa recebeu a seguinte redação: "União Estável. Direito à Meação dos Bens Adquiridos Durante
o Convívio More Uxorio. Ação Autônoma de Partilha. Desnecessidade. Termo Inicial. "Início do Ano".
Suficiência. 1 - Comprovada a união estável, a companheira tem dreito à meação dos bens adquiridos
na constância convívio more uxorio (Lei nº 9.278/96, Art. 5º). 2 - O fato de tratar-se de união estável
não implica, por si só, na necessidade da propositura de ação autônoma de partilha, o que só
ocorrerá se, no decorrer da ação já proposta surgirem questões de alta indagação (CPC, art. 984 do
CPC). 3- Tendo o acórdão confirmado o termo inicial da união estável como sendo no início do ano,
desnecessária se faz a propositura de nova ação apenas para que seja especificado o dia exato em
que o relacionamento teria começado. Agravo de instrumento desprovido". AI nº 41310-1/180
(200401887671), de Uruaçu. Publicado no Diário da Justiça de 23.9.0
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