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COLÉGIO XIX DE MARÇO

excelência em educação

2ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA

Aluno(a): Nº

Ano: 2º Turma: Data: 11/06/2011 Nota:

Professora: Regiane Valor da Prova: 40 pontos

Assinatura do responsável:

Orientações gerais:

1) Número de questões desta prova: 12


2) Valor das questões: Abertas (4): 6,0 pontos cada. Fechadas (8): 2,0 pontos cada.
3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.
4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e
conceituação comprometida.
5) Tópicos desta prova:
- Raul Pompéia;
- Realismo x Naturalismo;
- Parnasianismo;
- O cortiço, Aluísio Azevedo

Texto para os testes 1, 2 e 3

"Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta." Bastante
experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança
educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico, diferente do que
se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício
sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro
ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-
nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje,
sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de longe a enfiada das
decepções que nos ultrajam. Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros
que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a
atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das
aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base
fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de
ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada
lado beirando a estrada da vida.

Eu tinha onze anos. (O Ateneu, Raul Pompeia)

1ª Questão: Segundo o texto, Nota =

a) o passado deve ter sido melhor do que hoje parece, quando dele nos lembramos "com saudade
hipócrita".
b) os "cuidados maternos" são como uma "estufa de carinho", em que somos preparados para
enfrentar as dificuldades da vida.
c) o "amor doméstico" é um "artifício sentimental" que nos ensina carinhosamente o que, depois,
aprenderemos com rudeza.
d) apesar da "saudade hipócrita" que sentimos, o passado que consideramos feliz foi tão
insatisfatório quanto é, hoje, o presente.

2ª P.P. / Literatura / Regiane / 2º / pág : 1


e) o amor materno é como um poema, mas, mais do que a poesia, ele desenvolve a sensibilidade
das crianças.

2ª Questão: É característica realista presente no excerto:


a) a predileção pelo passado.
b) o cunho memorialista e afetivo. Nota =
c) a visão pessimista.
d) a valorização da família.
e) a oposição entre feminino (mãe) e masculino (pai).

3ª Questão: Com base no texto, responda: Nota =


a)Este início de romance traz uma atmosfera carregada de prenúncios de fatos, que vão balizar a
vida da personagem. Qual ou quais o(s) aspecto(s) dominante(s) desses prenúncios?
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b) Por que se pode dizer que o narrador está simultaneamente dentro dos acontecimentos e no
mesmo tempo da narração?
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4ª Questão: (UFV-MG – modificado) – Sobre o romance realista-naturalista, é incorreto afirmar:

a) A narrativa naturalista substitui a brandura romântica por uma visão de mundo mais cruel e
mais rude.
b) O romance realista caracteriza-se pela observação da realidade contemporânea e por uma
profunda reflexão sobre a condição humana.
c) O romance naturalista cede espaço a uma concepção determinista de suas personagens,
opondo-se ao idealismo anterior.
d) O darwinismo, o evolucionismo e o positivismo constituem algumas das doutrinas relevantes
para a compreensão da prosa de ficção realista-naturalista.
e) O escritor naturalista procura descrever as impressões dos acontecimentos em sua memória,
deixando-se levar pelas sugestões da imaginação.
Nota =
5ª Questão: ( PUC- SP)
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego.
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Olavo Bilac)

2ª P.P. / Literatura / Regiane / 2º / pág : 2


Esse texto de Olavo Bilac retoma "Profissão de Fé", também de sua autoria. Ambos tratam de um
mesmo tema: a construção da forma poética. É um poema que fala, portanto, da linguagem
poética. Assim sendo:
a) Explique o significado, no poema, dos termos beneditino e claustro. Nota =
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b) Indique duas características do poema que justificam sua classificação como parnasiano.
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6ª Questão: (CEFET-PR – modificado)


E sobre mim, silenciosa e triste,
A Via-Láctea se desenrola
Como um jarro de lágrimas ardentes.
(Olavo Bilac)
Nota =
Sobre os versos acima, não é correto afirmar:
a) A Via-Láctea sofre um processo de personificação
b) A cena é descrita de modo objetivo, sem interferência da subjetividade do eu poético
c) A opção pelo sintagma “se desenrola como um jarro de lágrimas ardentes” visa a presentificar o
movimento dos astros
d)Há predomínio de linguagem figurada e descritiva.
e)A visão de mundo melancólica do eu lírico projeta-se sobre o objeto poetizado.

7ª Questão: - Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que:


a)se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação.
b)pretende expressar com naturalismo a vida simples dos homens rústicos nas comunidades
primitivas
c)defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social
d)analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa
e)estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta
dos personagens.
Nota =
8ª Questão:
Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando Vocabulário:
Calculo o que perdi na primavera. Ânsias: desejos
Cismo: teimo
Padeço: fico doente
Versos e amores sufoquei calando, Gozar: aproveitar
Sem os gozar numa explosão sincera... Quisera: desejara
Ah! Mais cem vidas! Com que ardor quisera Mártir: aquele que sofreu
Mais viver, mais penar e amar cantando! tormentos ou a morte
Pudor: vergonha

Sinto o que desperdicei na juventude;


Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,

Os beijos que não tive por tolice,


Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse

2ª P.P. / Literatura / Regiane / 2º / pág : 3


Responda objetivamente:
a) Na primeira estrofe, ao falar de outono e primavera, a que fases de sua vida se refere o eu-
lírico?
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b) “...quando/ Calculo o que perdi na primavera” . O que perdeu o eu-lírico nessa fase?
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c) Qual foi a causa dessa perda do eu-lírico?
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Nota =
9ª Questão: Examine as frases abaixo:
I – Os representantes do Naturalismo faze aparecer na sua obra dimensões metafísica do homem,
passando a encará-lo como um complexo social examinando à luz da psicologia
II – No Naturalismo, as tentativas de submeter o Homem a leis determinadas são conseqüências
das ciências, na segunda metade do século XIX.
III – Na seleção de “casos” a serem enfocados, os naturalistas demonstram especial aversão pelo
anormal e pelo patológico.

Pode-se afirmar que:


a) só a I está certa;
b) só a II está certa;
c) só a III está certa; Nota =
d) I e III estão certas;
e) II e III estão certas.

10ª Questão: Leia e compare os dois textos abaixo:

TEXTO 1 TEXTO II
OS SAPOS PROFISSÃO DE FÉ
O sapo tanoeiro, Invejo o ourives quando escrevo
Parnasiano aguado, Imito o amor
Diz: _ “Meu cancioneiro Com que ele, em ouro, o alto relevo
É bem martelado” Faz de uma flor.
(...) (...)
Brada em um assomo Torce, aprimora, alteia, lima
O sapo tanoeiro: a frase; e enfim,
_ “A grande arte é como No verso de ouro engasta a rima,
Lavor de joalheiro” Como um rubim.
(Manuel Bandeira) (Olavo Bilac)

Nota =
a)Compare os dois trechos acima e, a partir daí, caracterize a estética literária a que pertence o
texto II, de acordo com as afirmações do texto I.
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2ª P.P. / Literatura / Regiane / 2º / pág : 4


b) O texto I reforça ou nega os procedimentos estéticos apontados no texto II? Justifique sua
resposta.
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Texto para os testes 11 e 12


O cortiço
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O
pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia
naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor
e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de
Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe?
Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca
fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua
crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um
caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as
queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a
sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu
rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.
(Aluísio Azevedo. O cortiço)

11ª Questão: O caráter naturalista nessa obra de Aluísio Azevedo oferece, de maneira figurada,
um retrato de nosso país, no final do século XIX. Põe em evidência a competição dos mais fortes,
entre si, e estes, esmagando as camadas de baixo, compostas de brancos pobres, mestiços e
escravos africanos. No ambiente de degradação de um cortiço, o autor expõe um quadro tenso de
misérias materiais e humanas. No fragmento, há várias outras características do Naturalismo.
Aponte a alternativa em que as duas características apresentadas são corretas:
a) Exploração do comportamento anormal e dos instintos baixos; enfoque da vida e dos fatos
sociais contemporâneos ao escritor.
b) Visão subjetivista dada pelo foco narrativo; tensão conflitiva entre o ser humano e o meio
ambiente.
c) Preferência pelos temas do passado, propiciando uma visão objetiva dos fatos; crítica aos
valores burgueses e predileção pelos mais pobres.
d) A onisciência do narrador imprime-lhe o papel de criador, e se confunde com a idéia de Deus;
utilização de preciosismos vocabulares, para enfatizar o distanciamento entre a enunciação e os
fatos enunciados.
e) Exploração de um tema em que o ser humano é aviltado pelo mais forte; predominância de
elementos anticientíficos, para ajustar a narração ao ambiente degradante dos personagens.
Nota =
12ª Questão: Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em
terceira pessoa, onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos
fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos
narrados aparece de modo mais direto e explícito em:
a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo
fogo.
b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos...
d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Nota =
e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada...

2ª P.P. / Literatura / Regiane / 2º / pág : 5

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