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Por outro lado, o bem, não parece adquirir a mesma força e envergadura, o
que nos leva a pensar que talvez o ser humano necessite de testar, através de
emoções fortes, os limites da sua própria existência.
Todo esse simbolismo vai ser vivenciado, de alguma forma, por diversos
autores como Dante Alighieri, John Milton, William Blake e principalmente
pelos poetas do romantismo como Lord Byron e Charles Baudelaire. Esse
último, foi o que talvez melhor utilizou o mito de Satã como representação
de si mesmo, a partir da sua identificação com essas metamorfoses (Les
Fleurs du Mal), atravessado pela angústia da existência, pelo tédio, pela
visão pessimista do futuro e pelo desejo de retorno ao primordial. Satã
tornar-se-ia um símbolo daquilo que Baudelaire acreditava ser o homem
moderno, construído a partir de tensões entre o bem e o mal, o belo e o feio,
o lírico e o antilírico, passado e futuro, tradição e modernidade.
Referências:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/37282/R%20-%20D%20-
%20CLAUDECIR%20DE%20OLIVEIRA%20ROCHA.pdf?sequence=3