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Pomares
Diniz Fronza
Santa Maria - RS
2014
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo a Rede e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das ações do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando
caminho de o acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias
promotoras de ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educação dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos
e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país,
incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação
e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de
educação profissional e o atendimento ao estudante é realizado tanto nas
sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Ministério da Educação
Agosto de 2014
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Outro fator que favorece o cultivo de frutas no Brasil é a diversidade de climas, solos e
espécies adaptadas. Localidades próximas tem microclimas diferentes permitindo o
cultivo de uma diversidade grande de frutas.
Apesar de ser uma atividade promissora, a fruticultura exige estudos e cuidados nos
processos de tomada de decisão: o que produzir, onde produzir, que tecnologias
empregar, como implantar, recursos financeiros e humanos necessários, formas de
comercialização.
Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir a implantação das principais
culturas frutíferas de clima temperado, sub-tropical e tropical cultivadas comercialmente
no Brasil, principalmente no RS.
Finalmente são propostos alguns aspectos importantes para o produtor ou técnico que
implantou o pomar, como treinamentos constantes e parcerias, os quais podem
determinar o sucesso do empreendimento.
Projeto instrucional
Disciplina: Implantação do pomar (carga horária: 60h).
CARGA
AULA OBJETIVOS MATERIAIS HORÁRIA
(horas)
Conhecer os principais
aspectos a serem considerados Ambiente virtual: plataforma
antes de se implantar o pomar. Moodle.
1. Importância da
Apostila didática. 5
fruticultura Compreender os aspectos a
serem considerados no Recursos de apoio: links,
processo de implantação e exercícios.
condução inicial do pomar.
Compreender o que é uma
avaliação climática.
Conhecer o conceito e a
importância dos quebra-ventos;
Esclarecer a importância da
irrigação durante o período de
implantação de novos
Ambiente virtual: plataforma
pomares;
Moodle.
10. Irrigação Apostila didática. 5
Conhecer e estudar os
Recursos de apoio: links,
sistemas de irrigação mais
exercícios.
eficientes e acessíveis ao
produtor rural, utilizado em
pomares novos.
Conhecer os principais
manejos a serem realizados no Ambiente virtual: plataforma
primeiro ano após a Moodle.
11. Cuidados nos implantação do pomar.
Apostila didática. 4
primeiros anos
Estudar a importância de cada Recursos de apoio: links,
prática culturas adotada no exercícios.
primeiro ano de implantação.
Compreender os conceitos
relacionados ao cultivo
intercalar;
Ambiente virtual: plataforma
12. Aproveitamento Analisar as vantagens do Moodle.
das áreas com emprego desta técnica; Apostila didática. 3
culturas intercalares Recursos de apoio: links,
Ter estabelecido quais as exercícios.
culturas que podem ser
cultivadas entre as linhas dos
pomares.
11
Conhecer a importância da
atualização técnica constante; Ambiente virtual: plataforma
Moodle.
13. Treinamento
Ter contato com os benefícios Apostila didática. 3
constante e parcerias
adquiridos através da criação Recursos de apoio: links,
de parcerias no exercícios.
empreendimento agrícola.
12
Objetivos
b) Alta renda por unidade de área – Há experiências com receita bruta variando de
R$ 5.000,00 a R$60.000,00 por hectare. Há uma tendência em se trabalhar com
frutas nobres ou agregar valor através da transformação (agroindustrialização),
produção orgânica e produtos diferenciados (apresentação, embalagens, ...).
f) Preços das frutas em constante elevação – O preço das frutas estão aumentando
ano após ano, o fato ocorre devido a maior procura por alimentos naturais e pela
menor permanência do homem do campo (poucos querem trabalhar com cultivos
manuais).
13
e) Reduzir o uso de defensivos – O uso de defensivos tende a ser cada vez mais
restrito e rastreado, com avaliações das frutas na propriedade e nos mercados. O
consumidor está cada vez mais consciente, exigindo alimentos sem resíduos de
agroquímicos.
g) Maior exigência no padrão das frutas – Uma das exigências dos consumidores e
do mercado comprador de frutas é de um padrão definido das frutas. É necessário
que as frutas sejam classificadas e identificas em um padrão definido.
o) Uso de cobertura
As pesquisas deverão ser regionais e com foco nas potencialidades regionais (ao menos
uma parte delas). Para que isso aconteça deve haver vontade política, organização dos
produtores e investimentos.
O custo das embalagens é muito elevado em todo Brasil e América Latina. Uma das
alternativas é o estímulo a instalação de novas indústrias e/ou desenvolvimento de
novas embalagens. Como exemplo pode-se citar produtores de suco que pagam dois
reis pela embalagem de vidro de um litro (R$ 2,00/unidade), o mesmo valor do suco (R$
2,00/litro). Os produtores tem adotado a compra conjunta para reduzir os altos custos.
Outro item a ser superado são os impostos em cascata nos alimento transformados,
deve-se adotar medidas políticas/econômicas para que os alimentos cheguem ao
consumidor com preços próximos ao do produtor. Muitas vezes chegam com valores 3
vezes superior ao preço de venda do produtor, isto reduz a escala de consumo,
inviabilizando o cultivo em algumas situações.
A fruticultura tem sido a principal fonte de renda para muitas regiões, como exemplo
pode-se citar a Serra Gaúcha e o Polo de Fruticultura em Juazeiro/Ba e Petrolina/Pe.
Muitas famílias são sustentadas através da cadeia da fruticultura. Com o aumento do
poder aquisitivo da população há grande procura por alimentos naturais, produzidos
tecnicamente de forma correta, ambientalmente sustentável e socialmente justa. Com o
alto custo de transportes, há uma nova necessidade de produção local e regional de
frutas e para que esta nova demanda aconteça com sucesso são importantes alguns
fatores: constante inovação, debates, ações conjuntas, parcerias e treinamentos.
Além de gerar renda a fruticultura desempenha um papel social de dar condições dignas
de vida ao homem do campo evitando o êxodo rural e graves problemas nas cidades
(habitação, segurança, educação, saúde, saneamento básico, etc.).
EXEMPLO: Um produtor com laranja valência teve seus preços da laranja reduzidos
para 30% comparado ao que recebia anteriormente, através de uma associação
montaram uma empresa de sucos e vendem para a merenda escolar. Além de se manter
no ramo aumentou sua receita.
Formas de apresentação.
Resumo
Outro ponto importante destacado nesta aula foi relacionado às tendências da fruticultura
onde se salienta o desenvolvimento de novos produtos e processos, produtos finais
diferenciados, irrigação e fertirrigação, produção orgânica ou integrada de frutas, para
que haja maior eficiência nas atividades e atinja-se uma gama maior de consumidores
através de produtos diferenciados.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
2.2 Temperatura do ar
O desenvolvimento, florescimento e frutificação das frutíferas cultivadas comercialmente
são altamente influenciados pela temperatura. Por exemplo, o abortamento de flores e
frutos em pomares de pessegueiro é observado quando ocorrem temperaturas
superiores a 25ºC durante os meses de julho e/ou agosto.
Com base nessa informação, quando o técnico avaliar a viabilidade do local para
implantação de um pomar, deverá conhecer as temperaturas médias anuais da região,
observe a Figura 2.1:
25
2.3 Precipitação
Uma região apta para a fruticultura deve ter no mínimo uma precipitação média anual de
1000 mm. Na Figura abaixo podemos observar a precipitação média anual para o Estado
do Rio Grande do Sul.
26
2.5 Ventos
O vento favorece a circulação, renovando-se constantemente o ar circunvizinho ao
vegetal e se constitui em precioso auxiliar na polinização das plantas.
As maiores partes das frutíferas possuem polinização entomófila, realizada por insetos e
o vento possui ação direta sobre a taxa de polinização. Ventos muito fortes dificultam a
atividade dos insetos polinizadores, o pólen e o estigma desidratam rapidamente,
inviabilizando a polinização.
Figura 2.3: (A) gemas de pessegueiro em dormência. (B) gemas de pessegueiro após a
quebra de dormência
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Nem todas frutíferas entram em dormência durante o inverno, apenas algumas, dentre
elas destacamos:
Videira
Pessegueiro, Ameixeira, Nectarineira,
Figueira
Macieira e Pereira
Nogueira-pecã
Fonte: Colégio Politécnico da UFSM.
28
O número de horas de frio varia de acordo com o ano e com a região e a variação de
exigência na mesma espécie varia conforme a variedade. Na Figura 2.4 podemos
observar o número médio de horas de frio para as diferentes regiões do Estado do Rio
Grande do Sul.
Se o produtor optar por cultivar alguma frutífera na região, mesmo com poucas horas de
frio, existem produtos comerciais utilizados para realizar a quebra da dormência das
frutíferas, viabilizando o cultivo em certas regiões.
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Ameixeira http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/746107
Citros http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/744438
Macieira
http://www.macroprograma1.cnptia.embrapa.br/finep/metas-
fisicas/meta-fisica-4/mapas/02%20-%20image.jpeg/view
Morangueiro http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/748261
Pereira http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/745629
Pessegueiro http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/744114
Fonte: Colégio Politécnico da UFSM.
Resumo
Esta aula foi direcionada para o estudo das exigências climáticas das principais frutíferas
cultivadas comercialmente. Esse estudo tem grande importância porque as frutíferas
30
Uma ferramenta disponível e que foi estudada nesta aula foi o zoneamento
agroclimático, que permite o planejamento no momento da implantação do pomar,
visando minimizar o impacto negativo do clima e, ao mesmo tempo, explorar as suas
potencialidades nas distintas regiões.
Atividades de aprendizagem
3. Com base no seu estudo, cite quais os períodos críticos em que a umidade relativa
do ar elevada pode causar prejuízos para a cultura da nogueira-pecã, pessegueiro,
morango e videira.
Objetivos
Identificar as frutíferas e os potenciais para cada região
Conhecer as exigências das espécies frutíferas
Correlacionar as características climáticas da região com as frutíferas em estudo
A escolha de qual espécie frutífera será cultivada pelo produtor deve ser avaliado e
estudado previamente, considerando-se alguns fatores, sendo eles: proximidade com o
mercado consumidor, mão-de-obra disponível, formas de transporte da safra, propósito,
custo de implantação, existência de consumidores e período de armazenamento das
frutas. A análise prévia destes fatores evita erros posteriores e auxilia no planejamento
financeiro e estratégico. A seguir serão especificados estes itens.
3.2 Mão-de-obra
Uma das características da fruticultura é a alta demanda de mão-de-obra durante todo o
ano, independente da cultura cultivada. Mesmo com a mecanização agrícola ganhando
espaço no ambiente rural, ainda a grande parte das práticas realizadas em pomares são
executadas de forma manual. Dessa forma, ter conhecimento da demanda de mão-de-
obra exigida pela cultura é de grande relevância para que se possa planejar as
atividades durante o ano.
Figura 3.1: (A) Colheita de noz-pecã. (B) Poda da figueira. Ambas atividades que demandam
muita mão de obra
Fotos: Jonas Janner Hamann.
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3.4 Propósito
Na escolha das variedades é importante saber se a produção será para a indústria,
comércio in natura ou para ambos. Algumas variedades não possuem aceitação
industrial, ou seja, os derivados não são bem aceitos pelos consumidores. Como
exemplo podemos citar a uva Vênus, é bem precoce, sendo aceita para consumo in
natura, porém os seus derivados tem pouca aceitação (sucos, vinhos e geléias).
Resumo
O estudo desta aula foi direcionado para conhecer a importância no momento da escolha
das espécies frutíferas a serem cultivadas. Entre os pontos a serem observados
destacam-se:
Propósito – antes de iniciar o plantio, deve-se saber se serão produzidas frutas para o
mercado in natura ou para a indústria.
Período de armazenamento - sempre que possível, optar pelo cultivo de frutas que
possuem um período de armazenamento grande, dessa forma a safra pode ser
comercializada quando o preço da fruta estiver mais atrativo ao produtor.
Atividades de aprendizagem
2) Por que a distância dos consumidores e o transporte pode afetar a escolha das
frutas a serem cultivadas em determinada região? Exemplifique.
Objetivos
As plantas frutíferas são espécies que se adaptam bem a vários locais de cultivo, porém,
alguns fatores devem ser atendidos para que estas tenham condições de se desenvolver
adequadamente, expressando o máximo potencial produtivo. Entre os principais fatores
observados na escolha do local para implantação do pomar citam-se: drenagem da área,
relevo do local, posição da área quanto à incidência de radiação solar, sanidade e tipo de
solo. No decorrer desta aula estes itens serão abordados.
4.1 Drenagem
O estabelecimento de pomares em áreas com solos compactados ou pouco profundos causa
um desenvolvimento insatisfatório das plantas. Solos bem drenados e com bom teor de
matéria orgânica permitem o bom desenvolvimento da cultura.
Em solos mal drenados as plantas podem morrer ou geralmente apresentam pouca produção
comercial, cerca de 2 Kg a 10 Kg por planta (como exemplo a laranjeira), o que inviabiliza o
cultivo. Na Figura 4.1 podemos observar um plantio de citros estabelecido em uma área mal
drenada.
Figura 4.2: Camalhões eficientes para drenagem, porém dificultam a entrada de máquinas
Fotos: Diniz Fronza.
4.2 Relevo
Na escolha do local de implantação de frutíferas caso o relevo seja ondulado é necessário
que se faça patamares para facilitar a mecanização e realização das atividades diárias no
pomar. Na Figura 4.3 é possível observar um pomar manejado de forma a permitir a
mecanização das práticas culturais.
Figura 4.3: Patamares formados para facilitar a mecanização (desenhar e modificar as plantas)
Fonte: Emater - RS.
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4.3 Posição
O pomar deve ser instalado, sempre que possível voltado para o norte ou para o leste (sol
nascente). Esta posição favorece a maior insolação, aumentando a fotossíntese e
consequentemente a produtividade. Nesta posição as folhas secam rapidamente pela manhã,
reduzindo o aparecimento de pragas e doenças.
4.4 Sanidade
As áreas escolhidas devem ser livres de pragas e doenças. Como exemplo, se for cultivar
videiras não deve ter cochonilha pérola da terra ou espécies hospedeiras dessa cochonilha e
fungo fusarium sp. Caso for cultivar figueiras e goiabeiras não deve ter nematóides ou
culturas hospedeiras desta praga.
4.5 Solos
O solos devem ser profundos, permeáveis e com bom percentual de matéria orgânica.
Sempre que possível deve-se evitar solos com impedimentos físicos (ex.: presença de
rochas, lençol freático superficial), químico (ex.: camada com alta concentração de alumínio)
e biológico (Ex.: pragas e doenças). Caso não seja possível deve-se analisar os custos para
vencer estas barreiras.
Resumo
Vários aspectos técnicos foram abordados nesta aula referentes a escolha do local a ser
destinado a implantação do pomar. Um dos aspectos técnicos a ser avaliado é a drenagem
da área, preferencialmente optando-se por solos bem drenados e com bom teor de matéria
orgânica os quais permitem o bom desenvolvimento da cultura. É importante evitar áreas mal
drenadas, com solo pouco profundo, ou solos com camada sub-superficial de impedimento.
Estudamos que o relevo deve ser plano ou suave e, quando for inclinado deve-se fazer
patamares antes da implantação das culturas visando a mecanização.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
O preparo de uma área onde será implantado um pomar deverá ser preparado de forma
correta, adotando algumas práticas, entre elas destaca-se a análise de solo, a correção do pH
do solo, preparo do solo e adubação de plantio.
Na maioria dos solos ocorre uma grande heterogeneidade originada de vários fatores, como
material de origem e processos de intemperização. Para que a amostra de solo coletada na
área onde será implantada alguma frutífera tenha representatividade da fertilidade média do
solo e atributos físicos, é necessária a coleta de solo em mais de um ponto da área. Em
condições de cultivo convencional, normalmente utilizado na implantação de frutíferas, é
necessário a coleta de 15 a 20 sub-amostras (em média 15).
Analisando o gráfico acima podemos constatar que a faixa mais adequada de pH para que
todos os nutrientes estejam disponíveis à planta está em torno de 6,0 e 6,5.
A quantidade de corretivo recomendada deve ser estipulada com base nas informações da
análise de solos da área. Quando as necessidades de calcário forem superiores a 5 ton./ha a
aplicação deve ser parcelada em duas vezes. Aplica-se 5 T/ha e realiza-se a incorporação do
calcário (aração e gradagem), em seguida aplica-se o restante e faz-se novamente a
incorporação do calcário.
O calcário deve ser aplicado com no mínimo três meses antes do plantio das mudas. Essa
antecedência na aplicação do calcário é necessária, pois o pH do solo atinge um valor
máximo em aproximadamente 3 a 12 meses após a aplicação, dessa forma, as mudas
encontrarão um solo em condições de fornecer os nutrientes necessários para o
desenvolvimento das plantas. Após espalhado o corretivo na área, este deve ser incorporado
a uma profundidade de 0 cm a 20 cm. O ideal seria incorporam até a camada de 60 cm para
frutíferas, porém há dificuldade de equipamentos para tal homogenização nestas
profundidades. O uso do gesso agrícola e do subsolador (pé de pato) tem auxiliado na
incorporação profunda de nutrientes.
Essa prática é importante porque plantas de porte arbóreo são dotadas de sistema radicular
muito profundo, sendo que as raízes responsáveis por absorver cerca de 80% dos nutrientes
disponíveis na solução do solo estão localizadas a uma profundidade de até 60 cm.
5% de P2O5 em água 0% a 2% de Mg
Termofosfato magnesiano 17% de P2O5 total
7% de Mg
14% de P2O5 em ácido
18% a 20% de Ca
cítrico
Fosfato natural 24% de P2O5 total
23% a 27% de Ca
4% de P2O5 em ácido cítrico
Fosfato natural reativo 28% de P2O5 total (farelado)
30% a 34% de Ca
9% de P2O5 em ácido cítrico
Escória de Thomas 12% de P em ácido cítrico 20% a 29% de Ca
0,4% a 3% de Mg
1 2
Soma da solubilidade em citrato neutro de amônio (CNA) e em água. Solubilidadebilidade em água.
Os fertilizantes potássicos também devem ser incorporados ao solo, logo após a aplicação.
Além do calcário, o fósforo e o potássio o gesso agrícola está sendo bastante utilizado em
culturas perenes, sendo aplicando na preparação da área.
Resumo
Nesta aula foi possível estudar a necessidade de realizar a coleta de solo para a realização
da análise deste solo, antes de iniciar o preparo da área. Um dos pontos mais importantes na
coleta do solo é a profundidade, para frutíferas a coleta do solo é realizada na camada de 0
cm a 20 cm, 20 a 40 cm e 40 a 60 cm.
Quanto a aplicação do calcário, estudamos que este insumo deve ser aplicado com no
mínimo três meses antes do plantio das mudas e incorporado de forma uniforme.
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Já o preparo do solo, como abordado na aula, deve ser feito com uma antecedência de 60 a
90 dias, em uma profundidade de 50 a 60 cm. Solos muito argilosos devem ser no mínimo
subsolados e realizado uma gradagem.
Atividades de aprendizagem
Objetivos
B C
A D
Figura 6.1: (A) Muda de goiabeira sofrendo competição com plantas daninhas. (B) Ferrugem em
folha de muda de figueira. (C) Deficiência hídrica em muda de nogueira-pecã. (D) Ataque de
formigas em muda de nogueira-pecã
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Com tantos fatores bióticos adversos que as mudas de plantas frutíferas encontram no
campo, torna-se indispensável a aquisição e plantio de mudas com alta qualidade e grande
vigor.
Mudas com alturas muito diferentes, quando levadas a campo acarretam em dificuldades de
manejo para o produtor, pois estas possuem uma demanda de nutrientes e água
diferenciadas. Na fruticultura se busca a uniformidade genética, o que garante a aplicação
homogênea das práticas culturais, consequentemente, menor custo. Na Tabela 6.1 está
descrito a altura mínima de algumas mudas frutíferas no momento da comercialização.
Estes padrões devem ser observados no momento da comercialização e da compra, pois são
estabelecidos por uma legislação específica.
44
A B
Figura 6.3: (A) Muda de figueira. (B) Local denominado de “colo” na planta. (C) Colo da muda
com 16 mm
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Para mudas obtidas através da enxertia, o diâmetro mínimo deve ser observado na haste da
variedade copa, logo após o local de enxertia.
A B
Figura 6.4: (A) Muda de Tangerina. (B) Local de avaliação do diâmetro em espécies enxertadas.
(C) Avaliação da muda, com diâmetro de 9mm
Fotos: Diniz Fronza.
As mudas certificadas das tangerinas devem apresentar um diâmetro mínimo de 0,5 cm e das
demais espécies cítricas de 0,7 cm, 5 cm acima do ponto de enxertia.
45
A B D
Figura 6.5: (A) Muda de nogueira-pecã com tonalidade amarelada. (B) Folíolos da muda com
necroses. (C) Detalhe de um folíolo com necrose, indicando deficiência de Níquel. (D) Folha de
nogueira-pecã com tonalidade e formado considerado normal para a espécie
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Os danos causados por pragas ou doenças além de prejudicar as mudas, podem vir a se
tornar um problema sanitário no pomar. Muitos são os casos de introdução através de mudas
contaminadas por pragas, como os nematóides, em áreas onde não havia registro de
ocorrência destes indivíduos. Doenças bacterianas e fúngicas também podem ser
introduzidas em áreas antes livres destes patógenos. Na Figura 6.6 é possível observar uma
muda de laranjeira já contaminada, apresentando os sintomas do Cancro cítrico, principal
doença dos citros, além de ataque de Pulgão e Larva-minadora.
46
A B
Figura 6.6: (A) Muda de citros com sintomas de Cancro cítrico. (B) Detalhe da folha com sintoma
típico de Cancro cítrico. (C) Folha sofrendo ataque de Pulgão e de Larva-minadora-dos-citros
Fotos: Diniz Fronza.
Cada espécie frutífera sofre com o ataque de pragas e doenças específicas, com sintomas
visuais de ataque diferentes, por isso, torna-se necessário o desenvolvimento da habilidade
de realizar diagnósticos visuais. Na Tabela 6.2 são descritos algumas pragas e doenças que
podem vir do viveiro em diferentes espécies frutíferas:
Tabela 6.2: Principais pragas e doenças que podem vir do viveiro em mudas
frutíferas
Espécie Pragas Doenças
Citros Pulgões Cancro cítrico
Larva-minadora Gomose
Cochonilhas Verrugose
Figueira Nematóides Ferrugem da figueira
Goiabeira Cochonilhas Ferrugem da goiabeira
Nogueira-pecã Phyloxera Sarna
Ácaros Fusariose
Videira Pérola-da-terra Fusariose
Phyloxera
Fonte: Colégio Politécnico da UFSM.
As embalagens das mudas devem estar isentas de plantas daninhas, isso é facilmente
diagnosticado apenas observando a muda. Sempre que possível, optar por mudas que não
apresentem plantas daninhas desenvolvidas no substrato da embalagem. Na Figura 6.7,
podemos observar uma muda de citros infestada por plantas daninhas.
47
A B
Figura 6.7: (A) Desenvolvimento de plantas daninhas em embalagem de muda de citros. (B)
Plantas daninhas se desenvolvendo no substrato da muda. (C) Detalhe das plantas invasoras
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Sempre optar por mudas que não tenham presença de nematóide, praga que ataca o sistema
radicular e vive no solo do substrato da muda e do pomar. Na Figura 6.8 é possível observar
o sistema radicular de uma muda de figueira parasitada por nematóides. Deve-se evitar a
aquisição destas mudas.
A B
Figura 6.8: (A) Muda de figueira. (B) Parte do sistema radicular da muda. (C) Detalhe de raízes
parasitadas por nematóides
Fotos: Diniz Fronza
48
Além de estar isento de parasitas, o sistema radicular deve apresentar outras características
morfológicas importantes que garantiram o crescimento das mudas quando transplantadas
para o pomar.
A B
Figura 6.9: (A) Muda de nogueira-pecã. (B) Torrão da muda sem a embalagem plástica. (C)
Sistema radicular da muda enovelado
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Mudas que apresentam o sistema radicular enovelado podem ser adquiridas, mas
geralmente, quando as raízes estão muito enoveladas, como na foto acima, geralmente é um
indicativo que a muda já possui 2 anos ou mais, sendo considerada uma muda velha.
C
1,20 m
A B
Figura 6.10: (A) Muda de goiabeira. (B) Embalagem acomodando o sistema radicular da muda. (C)
Detalhe do tamanho do sistema radícula.
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Mudas que apresentam a parte aérea muito maior que o sistema radicular podem vir a ter
problemas no crescimento, quando plantadas no campo. Como regra geral, a parte área deve
ter o máximo 3 vezes a altura da embalagem onde a muda está plantada.
Resumo
O primeiro aspecto estudado foi referente à altura das mudas, sendo um dos parâmetros de
qualidade com maior facilidade de avaliação no momento da compra. Mas não basta que as
mudas tenham uma altura considerável, é necessário que haja homogeneidade entre elas.
50
O aspecto visual é outro parâmetro que pode ser avaliado com facilidade e rapidez, sem
auxílio de instrumentos como fita métrica ou paquímetro. As mudas devem apresentar um
aspecto vigoroso, não apresentando sintomas de deficiência nutricional.
Também é necessário ter identificado o porta-enxerto e a variedade copa nas etiquetas das
mudas e ser descrito a mesma informação na nota fiscal.
Além dos itens citados, estudamos que a sanidade das mudas é muito importantes na
avaliação dos parâmetros que atestam a qualidade das plantas.
Atividades de aprendizagem
2) Quais as diferenças entre as mudas de raiz nua e muda em recipiente (com torrão)?
Objetivos
Estudar os fatores que influenciam a implantação das estruturas que minimizam a ação dos
ventos;
Características do solo.
Disponibilidade hídrica.
Hábito de crescimento.
Porte ereto.
Crescimento rápido.
Folhas perenes.
Plantas flexíveis, dessa forma não são facilmente quebradas pelo vento.
Cipreste (Cupressuslusitanica).
Capim Cameron.
Cana-de-açúcar.
Bambu.
Taquara.
Em terrenos ondulados deve-se evitar a acumulação do ar frio nas baixadas, que sendo mais
denso tende a fluir para as partes mais baixas do terreno. As barreiras colocadas em uma
encosta represam o ar frio, aumentando o perigo de geadas acima delas, enquanto que
abaixo delas é diminuído.
Quando houver dificuldades em implantar o quebra-vento antes do plantio das mudas, uma
opção é o plantio do Capim Cameron, pois é de rápido crescimento. O Cameron atinge 3
metros de altura em apenas 5 ou 6 meses, atuando na proteção contra os ventos até uma
distância de 30 a 40 metros. Quando o quebra-vento definitivo estiver estabelecido e bem
desenvolvido deve-se remover o capim Cameron.
Em geral, dentro das filas os espaçamentos entre as plantas são de 2,0 a 6,0 m para árvores
de porte médio a alto, onde os menores espaçamentos dentro da fila são usados em plantios
de filas simples. Quando a espécie utilizada no quebra-vento for o bambu, recomenda-se uma
distância entre plantas na fila de 3,0 m.
O espaçamento entre as filas de plantas não são fixos, deve-se levar em conta a espécie a
ser implantada e o seu porte, assim como a disponibilidade de água no local. A fila única de
árvores para o quebra-vento não é indicada, caso haja a morte de alguma das plantas, a
fenda deixada no quebra-vento prejudica muito a proteção dada por este. Existem pesquisas
que apontam um aumento de 20% da velocidade do vento no local da falha, por isso deve-se
implantar quebra-ventos com 2 filas de plantas.
c) Densidade/Porosidade
Barreiras com porosidade muito baixa criam mais turbulência do que barreira com porosidade
maior (Figura 7.3 A). Quebra-ventos com uma maior porosidade permitem que um percentual
do vento transpasse por sua estrutura, evitando a turbulência (Figura 7.3 B).
A B
d) Composição
Resumo
Também foram apresentadas algumas das principais funções destas estruturas, entre elas:
ajudam na conservação da umidade do solo, diminuem a ocorrência de erosão eólica, evitam
a quebra de ramos, queda de frutos e de folhas, ajudam a diminuir a evapotranspiração das
plantas.
Para que haja sucesso na implantação dos quebra-ventos, a escolha de alguma espécie deve
ser analisada previamente, para evitar o plantio de plantas que não se adaptem as condições
edafoclimáticas da região.
Atividades de aprendizagem
5. Cite algumas espécies arbóreas e arbustivas que podem ser utilizadas na implantação de
quebra-ventos.
Objetivos
Por serem culturas perenes, as frutíferas devem ser implantadas corretamente, dessa forma,
a demarcação do pomar adquire grande importância. Nesta aula serão discutidos aspectos
importantes relacionados ao espaçamento e distribuição (tipo de alinhamento).
8.1 Espaçamento
Podemos definir como espaçamento de plantio a distância que há entre as plantas na mesma
fileira (espaçamento entre plantas) ou o espaçamento existente entre plantas de fileiras
diferentes (espaçamento entre linhas). Na fruticultura é usual como unidade o “metro” para
estabelecer o espaçamento de plantio. A escolha do espaçamento que as frutíferas serão
plantadas no pomar dependerá de vários fatores, entre eles, os principais são:
Área disponível.
Tipo de porta-enxerto.
Umidade do solo.
Na Tabela 8.1 são apresentados alguns espaçamentos de plantio, mas estes podem variar
conforme os fatores mencionados anteriormente.
8.2 Distribuição
No momento da implantação de um pomar, as frutíferas podem ser dispostas de várias
formas. Para a escolha de qual alinhamento de plantio a ser adotado, é necessário observar
os seguintes itens:
Área disponível.
Topografia do terreno.
Densidade de plantio.
Tipo de mecanização.
O alinhamento em retângulo pode ser utilizado em terrenos planos. Esta disposição das
plantas no pomar facilita o trânsito de máquinas com implementos agrícola, facilitando os
tratos culturas como a pulverização de agrotóxicos. Na Figura 8.1 pode-se observar a
disposição das plantas.
b) Alinhamento em quadrado
Esta disposição das plantas já foi muito utilizado em pomares, porém, hoje está caindo em
desuso. A distribuição das plantas neste formato permite a passagem de máquinas e
implementos agrícolas, porém, há uma perda de área do terreno, fato este que limita a sua
utilização.
Um dos motivos pela adoção desta disposição das plantas é devido a utilização do terreno,
que é maximizada, permitindo um aumento de aproximadamente 15% no número de plantas
por área, em relação ao sistema quadrado.
Uma outra vantagem deste alinhamento é que não há a formação de “linhas mortas”, ou seja,
fileiras que não entram em contato com os carreadores (estradas) junto ao terraço.
O plantio de frutíferas sobre camalhões é muito utilizado em várias regiões do Brasil, pois
apresenta várias vantagens. Os camalhões atuam como um terraço, controlando a erosão e
viabilizam o plantio de frutíferas em locais muito úmidos ou com lençol freático superficial.
Uma das desvantagens é durante os períodos de seca, onde há rápida perda de água do
solo, porém com o uso da irrigação este problema é solucionado. Na Figura 8.5 é possível
visualizar este sistema:
Os camalhões podem ser feitos com arados de disco ou encanteiradeiras, conforme mostrado
nas Figuras 8.6.
61
Resumo
Outro ponto abordado nesta aula foi a forma de distribuição das plantas no pomar, sendo
elas: alinhamento em forma de retângulo, alinhamento em forma de quadrado, plantio em
fileiras paralelas entre os terrações e plantio em camalhões.
Atividades de aprendizagem
1. Cite algumas vantagens de escolher uma área pouco declivosa para a implantação de um
pomar comercial?
5. No plantio de frutíferas em camalhões, por que é importante ter cuidado com a irrigação?
63
Objetivos
A marcação do local onde serão abertas as covas pode ser feita com estacas de bambu,
taquara ou madeira. Na Figura 9.1 é possível observar como essa prática é realizada.
64
No momento do plantio, a camada superficial, proveniente das primeiras camadas até 40 cm,
é usada para o preenchimento do fundo das covas, porque geralmente esta camada
superficial pode apresentar um elevado banco de sementes de plantas daninhas. Em
situações que o produtor não tenha feito a calagem em área total ou na faixa de plantio, neste
momento pode-se incorporar o calcário junto ao solo.
Durante o plantio, preferencialmente, não se deve utilizar fertilizante químico na cova. Pode-
se optar por composto orgânico que esteja bem curtido e que seja misturado com o solo.
Caso se utilize adubo químico, deve ser em pequenas quantidades (200 a 300 gramas) e
procurar manter o solo sempre úmido, evitando assim, os efeitos da salinização, que pode
levar à morte das plantas.
Figura 9.5: Corte realizado 5 cm acima do fundo da embalagem para remover as raízes
enoveladas
Fotos: Jonas Janner Hamann.
66
Realizada esta etapa é necessário preencher a cova com o solo. É importante lembrar que o
solo da camada superficial removido anteriormente é o primeiro a ser posto na cova. Em
seguida é posto o solo da camada subsuperficial.
Preenchida a cova, é necessário puxar a muda um pouco para cima, com isso o colo da
planta ficará na mesma altura que estava dentro da embalagem, nem muito enterrado nem
exposto demais. Em seguida faz-se uma pequena pressão com as mãos ao redor do solo em
torno da muda. É importante salientar que o local do enxerto não pode ficar coberto pelo solo.
67
tutor com um barbante de plástico, o nó deve ser em forma de “8” para evitar o
estrangulamento da planta.
O objetivo do tutoramento é evitar que ocorra a movimentação da planta pelo vento, o que
ocasionaria a movimentação do sistema radicular, podendo causar rompimento das raízes em
formação, podendo prejudicar o estabelecimento da muda a campo. Na cultura da nogueira-
pecã, como observado na Figura 9.13, o produtor deve-se atentar para o fato que de a
utilização do tutor, quando encostado na planta acima de 1,50m, pode causar a ausência do
crescimento da ramificação da planta ou ocasionar a má formação desses ramos. Isso pode
ser observado na Figura 9.13:
Junto com o tutor, em algumas regiões, é necessário proteger as mudas contra roedores,
utilizando barreiras para lebres e animais selvagens. Uma técnica empregada com sucesso é
o uso de tubos plástico, o que já controla também as formigas.
70
Figura 9.15: Proteção das mudas com tubo plástico de irrigação de alta vazão e baixa pressão
Foto: Diniz Fronza.
71
Resumo
Foi possível estudar que a época mais adequada para o plantio das mudas de raiz nua é de
junho a agosto, já as mudas comercializadas em embalagens plásticas podem ser
transplantadas durante o ano todo, desde que sejam feitas irrigações nos períodos de
estiagem.
Sempre que possível, as covas devem ter uma dimensão mínima de 40 cm x 40 cm x 40 cm,
se houver possibilidade é necessário fazer a separação entre o solo superficial e o solo das
camadas mais profundas.
Após o plantio é importante realizar a irrigação das mudas, dessa forma, maximiza-se o
potencial de sobrevivência das plantas.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a época de plantio mais adequada para as mudas de frutíferas comercializadas com
a raiz nua?
4. Uma prática utilizada após o plantio é a construção de uma “Taça” para a irrigação. Em
qual tipo de solo e por que não deve ser realizado esta técnica?
72
Aula 10 – Irrigação
Objetivos
a) Gotejamento.
b) Microaspersão.
c) Sulcos e taças.
d) Inundação intermitente.
Figura 10.3: Irrigação por gotejamento com fita gotejadora e botão gotejador
Fotos: Diniz Fronza.
Figura 10.4: Irrigação por gotejamento com mangueira rígida de alta durabilidade
Fotos: Diniz Fronza.
c) Sulcos e taças
10.3 Fertirrigação
10.4 Drenagem
Outra preocupação é com a drenagem dos solos para as frutíferas. O excesso
de umidade causa o apodrecimento das raízes dificultando o crescimento das
plantas. Deve-se evitar o plantio em áreas baixas ou quando se dispõe destas
áreas fazer a drenagem.
Resumo
Atividades de aprendizagem
4. Caso o produtor opte por não utilizar sistema de irrigação nos primeiros
anos, que técnicas pode empregar para o bom desenvolvimento das
mudas?
Objetivos
Após o plantio das mudas, o fruticultor deve ter alguns cuidados nos primeiros
anos do pomar, sendo possível destacar: o emprego de podas, controle de
plantas invasoras, controle de doenças e formigas. Nesta aula estes itens
serão estudados.
11.1 Podas
Uma das práticas muito importantes que deve ser realizado no pomar após a
implantação das espécies frutíferas são as podas. Para fins de estudo,
podemos citar as principais podas realizadas no primeiro ano:
- Poda de formação.
- Poda de limpeza.
- Poda verde.
Ramos que recebem mais luz são mais produtivos e apresentam maior
circulação de seiva.
A B
C
Figura 11.1: (A) Pessegueiro conduzido em forma de “Y”. (B) Figueira conduzida
em forma de taça. (C) Videira conduzida em forma de espaldeira
Fotos: Jonas Janner Hamann.
A B
Figura 11.2: Planta de 2 e 5 anos necessitando retirada dos ramos ladrões (do
porta-enxerto)
Fotos: Diniz Fronza.
A B
Figura 11.4: (A) Goiabeira em competição com plantas invasoras. (B) Tangor
Murcott em competição com plantas invasoras
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Controle preventivo.
Controle cultural.
Controle físico.
Controle químico.
Controle biológico.
A B
Figura 11.5: (A) Plantio de aveia (Avena sativa) em pomar de citros. (B) Consórcio
de aveia (Avena sativa) e ervilhaca (Vicia sativa) em plantio de videira
Fotos: Jonas Janner Hamann.
A B
Cobertura do solo.
89
A B
Figura 11.8: (A) Utilização de cobertura morta em plantas de citros. (B) Cobertura
morta em plantas de pessegueiro
Fotos: Jonas Janner Hamann.
A B
Figura 1: (A) Folhas de videira com fitotixicidez causada por herbicida de contato.
(B)Fitotoxicidez em videira causado por herbicida sistêmico.
Fotos: Jonas Janner Hamann.
Os danos causados por formiga são mais significativos para as plantas na fase
inicial, por isso é necessário maior atenção no controle pois podem causar a
desfolha total da planta.
Os sintomas mais comuns do ataque de formiga são cortes nas bordas das folhas
em formato de “meia lua ou unhadas”, conforme podemos observar na Figura
11.11.
A B
a) Custos.
92
b) Disponibilidade de mão-de-obra.
c) Disponibilidade de Equipamentos.
d) Tamanho da área.
e) Nível de infestação.
A
Figura 11.12: Aplicação de formicida em forma de pasta em planta de nogueira-
pecã
Fotos: Diniz Fronza.
Resumo
Atividades de aprendizagem
Objetivos
Ter estabelecido quais as culturas que podem ser cultivadas entre as linhas
dos pomares.
A B
Figura 12.1: (A) Cultivo nogueira-pecã intercalado com milho. (B) Cultivo de
nogueira-pecã intercalado com erva-mate
Fotos: Diniz Fronza.
98
A B
C D
Figura 12.2: (A) Laranjeiras intercaladas com mandioca. (B) Figueiras intercaladas
com amendoim. (C) Nogueira-pecã intercalado com amendoim. (D) Nogueira-pecã
intercalada com melancia
Fotos: Diniz Fronza.
C. 44 10 56 38 10 3 74 30 561 170 64
spectabilis
Guandu 144 30 131 55 21 10 157 82 3,1 506 144
A B
Figura 12.3: (A) Cultivo de ervilhaca em pomar de caquizeiro. (B) Cultivo de aveia
em parreiral
Fotos: Jonas Janner Hamann.
101
Resumo
Atividades de aprendizagem
Objetivos
Figura 13.2: Máquina para colheita de nozes com capacidade para derrubar 10 mil
kg de frutas por dia.
Foto: Diniz Fronza.
105
Resumo
Atividades de aprendizagem
Referências
BERGAMASCHI, H. et al. Agrometeorologia aplicada à irrigação. Porto
Alegre. Editora da UFRGS. 1992. 125p.
SOUSA, J.S.I. de. Poda das plantas frutíferas. São Paulo: NOBEL, 1983.
12 ed. 224p.
Currículo do professor-autor
O professor Diniz Fronza leciona as disciplinas de Fruticultura e Irrigação e
Drenagem no Colégio Politécnico da UFSM. É produtor de frutas, formou-se no
Curso Técnico em Agropecuária pelo Colégio Agrícola de Frederico
Westphalen-UFSM, graduou-se em agronomia pela Universidade Federal de
Santa Maria, local onde realizou o Mestrado em Engenharia Agrícola. Realizou
o Doutorado em Agronomia na ESALQ - Universidade de São Paulo, com
sanduiche na Universidade de Pisa –Itália. Possui mais de 100 trabalhos de
pesquisas nas áreas de fruticultura e irrigação apresentados em revistas,
congressos, jornadas acadêmicas e seminários. Coordena a equipe da
fruticultura irrigada do Setor de Fruticultura do Colégio Politécnico da UFSM
onde atende em treinamentos, curso, palestras, a mais de 2000 produtores por
ano. Realiza as atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão em parcerias com
Prefeituras, Emater, Sindicatos, Associações de produtores e entidades de
pesquisa e extensão.