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Consagrando​ ​o​ ​Templo​ ​Pessoal

Introdução

O trabalho mais básico e essencial na trajetória iniciática de um praticante de


magia é o de estabelecer um templo pessoal para a execução de seus próprios rituais.
Esse templo pessoal é centralizado na figura de um espaço ocupado por um altar físico,
que funcionará como uma “caixa de força” entre a energia divina dos planos espirituais e
o​ ​plano​ ​físico​ ​do​ ​qual​ ​o​ ​mago​ ​existe​ ​e​ ​atua.

Esta prática aqui sugerida é a mais simples, da qual será descrita em sua forma
mais básica, estando sujeita a alterações do próprio praticante a medida que o mesmo
amadurece sua própria espiritualidade. Quando eu comecei a trabalhar com esta forma,
aprendi nos anos de 2015-2016 enquanto estava a frente de um grupo de estudos de
hermetismo e magia, mas sob o nome de “Refúgio no Lar”, herdado de tradições
anteriores, como as Tradições da “Rosacruz” e da “Aurora Dourada”. Para mim foi muito
efetivo em meu desenvolvimento pessoal e mágico, cujos resultados consigo colher até
hoje.

Então, primeiramente, comecemos pela idéia matriz, que é a do que vem a ser
um “Templo”. No seu significado mais básico, o Templo é uma estrutura arquitetônica
construída para a prática de algum culto ou religião. Para a Magia em si, o Templo se
consagra a finalidade que é a própria prática mágica, bem como fornecer o isolamento e
proteção​ ​necessários​ ​ao​ ​sucesso​ ​do​ ​que​ ​o​ ​magista​ ​venha​ ​a​ ​executar.

O templo pessoal tem como sua “pedra fundamental” o levantamento e


assentamento do altar, sob o qual se faz uma conexão física e espiritual direta para com
a divindade, bem como a se fazer oferendas, libações ou celebrações litúrgicas, religiosas
ou não, mudando apenas o foco a depender de que vertente espiritual o magista é
adepto, a ritualística irá variar, bem como dos instrumentos e objetos sagrados que
também​ ​ficarão​ ​no​ ​altar.

Preparando​ ​o​ ​Templo​ ​Pessoal


É imprescindível que o estudante tenha disponibilidade de um espaço
reservado às suas práticas espirituais, para que possa executá-las de forma reservada e
sem interrupções. Um cômodo reservado exclusivamente para essa finalidade seria o
ideal. Mas se o praticante não tiver um, poderá usar o próprio quarto, separando um
espaço do mesmo e o consagrando com tal fim. Entretanto, desde que os tipos de
atividades desempenhadas sejam moderadas e que não pesem aos centros psíquicos e
físicos​ ​do​ ​próprio​ ​praticante,​ ​uma​ ​vez​ ​que​ ​o​ ​quarto​ ​de​ ​dormir​ ​é​ ​um​ ​local​ ​de​ ​repouso.

Estes​ ​são​ ​os​ ​itens​ ​necessários​ ​para​ ​a​ ​construção​ ​do​ ​templo​ ​pessoal:

● Uma​ ​mesa​ ​ou​ ​estante​ ​que​ ​sirva​ ​de​ ​altar;


● Um​ ​tecido​ ​ou​ ​toalha​ ​branca​ ​para​ ​por​ ​sobre​ ​a​ ​mesa;
● Um turíbulo ou queimador de incenso ou mesmo um suporte resistente
que sirva para queimar o incenso de forma segura, bem como fósforos e
incenso;
● Uma taça ou cálice do qual se sirva água, podendo esta ser de vidro ou
cristal,​ ​facilmente​ ​adquirida​ ​em​ ​casas​ ​de​ ​comércio;
● Um​ ​recipiente​ ​de​ ​água,​ ​como​ ​uma​ ​tigela,​ ​para​ ​lavar​ ​as​ ​mãos​ ​ou​ ​aspersão;
● Uma​ ​pequena​ ​toalha​ ​para​ ​secar​ ​as​ ​mãos;
● Suporte​ ​para​ ​vela​ ​de​ ​sete​ ​dias;
● Uma​ ​vela​ ​de​ ​sete​ ​dias;

O móvel que servirá de altar deverá ser limpo e bem cuidado, sob o qual deverá
estar de frente para o Oriente. Os demais materiais deverão estar perto, para serem
postos​ ​sobre​ ​o​ ​altar​ ​a​ ​ser​ ​consagrado​ ​durante​ ​a​ ​cerimônia.

Consagrando​ ​o​ ​Templo​ ​Pessoal

O magi deverá estar de frente para o Oriente, devidamente limpo e trajado de


forma​ ​adequada​ ​para​ ​a​ ​ocasião​ ​(roupas​ ​claras​ ​e​ ​leves,​ ​de​ ​preferência​ ​branco).

Ainda de frente para o Leste, deverá fazer uma prece de uso pessoal, invocando
a presença de Deus e pedindo Proteção, Auxílio e Sabedoria divinas. A recitação de
salmos​ ​é​ ​bem​ ​vinda​ ​ao​ ​gosto​ ​e​ ​predileção​ ​pessoal​ ​do​ ​praticante.

Então, de forma solene, o magi recita: ​“Eu, (diga seu nome completo ou
motto pessoal) neste dia e nessa hora, em nome do Altíssimo e de meu
próprio Espírito, aceito de forma integral a responsabilidade de
comungar com as forças da Luz a fim de levantar este templo e refúgio
pessoal, tornando-o um ponto de força e conexão direta com a Divindade e
os planos espirituais. Que seja este (adiante seu pé direito a frente) o meu
primeiro passo rumo a Grande Obra, purificando a mim e meu espaço de
trabalho​ ​espiritual”​.

Pegando o recipiente maior de água, o magista deverá lavar as mãos e secá-la


com a toalha preparada para esta finalidade, e recitar: ​“Assim como lavo minhas
próprias mãos, lavo-me do egoísmo, dos ressentimentos, da crítica
emocional feita ao próximo, de meus medos, imperfeições e ignorâncias
próprias feitos a mim, contra mim e por mim mesmo. Purifica-me, Senhor,
e​ ​me​ ​torne​ ​mais​ ​branco​ ​que​ ​a​ ​neve”​.

Em seguida deverá circular em sentido horário, do qual deverá pegar o cálice


com água e aspergir nos quatro quadrantes a partir do Oriente, dizendo: ​“Como
Sacerdote do Altíssimo que realiza as obras do Fogo, asperjo as Águas
Lustrais​ ​do​ ​Mar​ ​Ressonante​ ​e​ ​Poderoso”.

De volta ao Oriente, e de braços estendidos em formato de cruz, o magi recita:


“Em nome do Altíssimo, sob o qual elevo o meu Espírito visando o
conhecimento das coisas sagradas, chamo solenemente pelos poderes da
Luz e do Amor, para que me auxiliem a transmutar o grosseiro de minha
própria personalidade no Ouro da verdadeira união entre mim e o Ti. Peço
o poder e a capacidade de formar uma conexão de mente, corpo e espírito
através deste Altar (dê um passo em direção ao Altar), e também por esse
gesto simbólico, preparo o caminho para o desenvolvimento da percepção
consciente e para o condução das forças universais que se encontram no
campo​ ​pessoal​ ​de​ ​experiência​ ​na​ ​vida,​ ​conectados​ ​a​ ​tua​ ​Presença​ ​Divina”​.

Colocando o tecido branco sobre o altar, o magi recita: ​“Cubra-nos, Senhor,


sob tuas Asas, e nos proteja em corpo, mente e espírito, de todos os males,
físicos, mentais e espirituais, externos e internos, visíveis e invisíveis, de
todas as esferas de poder, sob os quais atua a tua Presença, Autoridade e
Força. Pois a minha intenção é pura e solene de unir-me a ti, e a ser um elo
com a tua Criação, adepto da Magia de Luz, cuja Tradição não tem nome,
fim ou início. Que eu seja também mais um elo desta corrente espiritual,
como foram tantos do passado, e assim serão os que do futuro virão a ser,
e​ ​ser​ ​digno​ ​do​ ​privilégio​ ​de​ ​comunhão​ ​com​ ​os​ ​mesmos​ ​em​ ​tua​ ​Luz​ ​Maior”​.
Acendendo o incenso por sobre o altar, o magi recita: ​“Ó Vós a que nada, a
não ser o silêncio pode expressar: envia os poderes do Oriente, eu suplico,
para ajudar-me a conhecer Vosso amor por mim e meu amor por vossas
criaturas, grandes e pequenas! Envia os poderes do Sul, para ajudar-me a
conhecer que vós sois o Sol da Vida e a Luz que me guiará no Caminho do
Adeptado. Envia os poderes do Ocidente, para ajudar-me a ver todos os
ciclos de minha vida, e como a riqueza de Vossos Movimentos passam por
mim. Envia-me os poderes do Norte, para ajudar-me a dissolver todas as
falsas estruturas, de modo que possa conhecer a Luz do Céu aqui na
terra!”.

Levantando o olhar em direção ao mais alto, o magi recita: ​“Ó vós, que
habitas em todas as direções do espaço e mais além, onde não estás? Como
aliei-me simbolicamente com tuas forças, ajuda-me, eu suplico, a ser Uno
contigo em vossa Dança da Vida. Mantenha-me no movimento de Tua
Vontade, para que não me detenha à beira do caminho. À medida que me
torno um Adepto Hermético à caminho da Iniciação, recebendo ajuda
daqueles que vieram antes de mim, e dedicando-me a chegar até àqueles
que vem atrás de mim. Pois, a medida que sou elevado, elevo a todos os
demais​ ​comigo”​.

Colocando a vela de sete dias acesa sobre o altar, o magi recita: ​“Que a Luz
emanada dessa vela seja um reflexo de tua Luz Maior. Que sirva para
guiar meus passos no Sagrado Caminho como um farol que guia os navios
em segurança, mesmo nas noites mais escuras. Que enquanto ela estiver
acesa possa elevar meus pensamentos e emoções ao local do Altíssimo,
onde todos somos Unos, mesmo estando distantes espacialmente, mas não
espiritualmente”​.

O magi deverá então sentar e se por a meditar sobre a cerimônia, elevando seus
pensamentos da melhor maneira possível ao Divino e contemplando o momento da
cerimônia pelo máximo de tempo possível que conseguir. Se após dez ou vinte minutos
já sentir-se instrospectivo, deverá então prosseguir com o encerramento da cerimônia,
recitando ao fim: ​“Assim aliei-me com as forças da evolução, com os
princípios da Luz, da Vida e do Amor. Com a ajuda do Senhor do Universo
que trabalha em silêncio e a quem nada, senão o silêncio pode expressar,
dedico-me a seguir diligentemente no Caminho da Luz. Pelo que foi dito e
feito,​ ​o​ ​ritual​ ​está​ ​encerrado.​ ​Amém”​.
Seu ritual está encerrado. Deixe que o incenso e a vela de sete dias queimem até
o final. A partir de agora, esse local está consagrado para seus trabalhos e estudos
espirituais, e sempre que você sentir necessidade de se recolher e refugiar em algum
lugar,​ ​este​ ​será​ ​será​ ​o​ ​seu​ ​templo,​ ​no​ ​qual​ ​você​ ​encontrará​ ​a​ ​paz​ ​e​ ​força​ ​necessárias.

Observação: Mantenha sempre uma vela de sete dias acesa sobre o Altar. Ela irá
servir para mantê-lo sempre em contato com a Luz Maior. Em especial, ao Santo Anjo
Guardião, se visado com esta finalidade. Por fim, tenha sempre muito cuidado ao deixar
as velas e incensos acesos por sobre o altar, mantendo-os num local e suporte seguros
do​ ​perigo​ ​de​ ​incêndio.

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