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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce- to,
errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa- da.
Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por

LEITURA, INTERPRETAÇÃO E
COMPREENSÃO DE TEXTO

Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali-


dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto


em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por


trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor
diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres-
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con-
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi-
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação.

O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários,


o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão,
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.

Os textos literários exploram bastante as construções de base conota-


tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações
diferenciadas em seus leitores.

Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis-


semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e
esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto


Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra-
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça
a memória visual, favorecendo o entendimento.

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,


há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto


com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de

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isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma
outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um


fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de
retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de
tempo. A descontex- tualização de palavras ou frases, certas vezes, são
também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase
anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor,
desta maneira a resposta será mais consciente e segura.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura,
vá até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor
compre- ensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto
cor- respondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não,
correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a
entender o que se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento
de lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo
autor, definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são
importantís- simos na interpretação do texto.
Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na
realização do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
quando morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as
idei- as estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior
clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o
significado. Eraldo Cunegundes

ELEMENTOS
CONSTITUTIVOS TEXTO
NARRATIVO
 As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não,
for- ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no
desenrolar dos fatos.
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
heroína, personagem principal da história.
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do
prota- gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem
principal contracena em primeiro plano.
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As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é
sas, são os figurantes de influência menor, indireta, não decisiva na narra- feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.
ção.
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, Formas de apresentação da fala das personagens
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor- Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. três maneiras de comunicar as falas das personagens.

Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-  Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não vés do diálogo.
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e Exemplo:
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
perante os acontecimentos. val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
 Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po- No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
desenlace ou desfecho. os verbos de locução podem ser omitidos.

Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,  Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a Exemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
resses entre as personagens. que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,  Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
 Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
cionados ao principal. no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
 Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Rego)
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- TEXTO DESCRITIVO
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são ex- Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
tensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
narrativo.
 Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, unificada.
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo pouco.
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu  Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
espírito. transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
 Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
zado por: vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às  Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
tiva que é feito em 1a pessoa. cial e econômico .
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,  Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. partes mais típicas desse todo.
 Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de  Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma

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visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
típicos. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de
se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
incêndio, de uma briga, de um naufrágio. deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
 Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
mação textual.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
tão, e pressupõe um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
com clareza, coerência e objetividade.
Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan-
argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
do o contexto.
ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
são).
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em:
 Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
jetiva da definição do ponto de vista do autor. propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias dão tornem esta produção altamente evocativa.
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
sencadeia a conclusão. texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
e opinião. junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente autoexplicativo, daí
a obra ou ação que realmente se praticou. vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou uma relação interdiscursiva e intertextual.
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. As metáforas, metonímias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é
respeito de algo. que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da
oposição, tudo isto em forma de piada.
O TEXTO ARGUMENTATIVO
Baseado em Adilson Citelli
Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte- através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito,
rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou
discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e
ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível,
referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...
tipo de texto solicitado. Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo”
São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário
que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de
um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua
TIPOLOGIA TEXTUAL
análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é interlocutores.
soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
do ponto de vista de algo/alguém. falamos sozinhos.

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É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos
travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que anos 40."
existem tipos textuais e gêneros textuais.
O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz
ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos
ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa
retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. que não intervém nem como ator nem como testemunha.
É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pon-
nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e tos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que
Dissertação. as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fa-
zem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.
um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado
assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em
prosa. A Novela
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de
conceituam como gêneros textuais as diversas situações complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As
sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-
exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por
monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se- converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.
iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto
do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.
A Obra Teatral
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é
extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas,
gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvol-
mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte vendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens,
quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes
O Conto
nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído
É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos per- pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos,
feitamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilí- mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos
brio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, das personagens.
que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse
Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encon-
conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido.
trar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espon-
Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem tânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações
entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e
recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem
Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena persona- para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem
gens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresen- os turnos de palavras.
tação das características destes personagens, assim como para as indica-
As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da repre-
ções de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.
sentação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor
Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das e os atores orientam sua interpretação.
personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os
Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão
travessões, para indicar a mudança de interlocutor).
temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-
A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a to apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determi-
linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na nadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes qua-
apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao dros, que correspondem a mudanças de cenografias.
futuro).
Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as
A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os chamadas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos
contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes
temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...". cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação.
Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou
Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção bimembres de predicado não verbal.
e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predo-
minam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descri- O Poema
ções e nos diálogos.
Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição es-
O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência pacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão
chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu preten- relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com
dente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a histó- uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos miste-
ria familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no riosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para
passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pre-
sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala". tende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo
poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua
A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilida- versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo,
de: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apre-
artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo sentar ensinamentos morais (como nas fábulas).
definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou
apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sono-
ro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte

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essencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização
métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses
compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali- textos.
dade depende desta distribuição. O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre
Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à a posição adotada pela redação.
distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas A Notícia
diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chama-
das licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou
sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constitu- pessoas.
em um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma
As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que
palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou
contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a infor-
h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também
mação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo,
incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paro-
não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de
xítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma
ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações
sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma.
similares.
A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos,
É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa
pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequen-
pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três
te na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos
partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento.
últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coin-
O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a
cidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a
atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal
assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal
El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze
acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até de-
palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser
zesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento,
um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes
são considerados dissílabos.
que não aparecem na introdução.
As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas dife-
A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à
rentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à
margem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da
progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade
primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir
informativa vinculada ao tema central.
o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo,
Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos meca- não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como
nismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a nosso país ou minha cidade).
criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábu-
Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracida-
los, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos
de: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue com-
estilísticos que dão ambiguidade ao poema.
provar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a
certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descar-
tado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte,
TEXTOS JORNALÍSTICOS recorre ao discurso direto, como, por exemplo:
Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu por- O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara
tador (jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função dos Deputados durante a próxima semana.
informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em
que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade, O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.
condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades
Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações
produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas.
enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das
De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é
informação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela
economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos. polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita
por um patrulheiro.
A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o
tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê?
da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abor- quem? como? quando? por quê e para quê?.
dado.
O Artigo de Opinião
Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns
são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atua-
crônicas, as resenhas de espetáculos. lidade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é
considerado, ou merece ser, objeto de debate.
A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à
medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publi- Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesqui-
citários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios sa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a
amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia,
referiremos a eles em outro momento. enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de
Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões
suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os divergentes e até antagônicas em uma mesma página.
quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se
cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informa- organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica-
ção linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as expli- ção do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e
cações do texto. que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma
É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na pu- tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar
blicação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no
a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos início do texto.

Língua Portuguesa 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe
argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez
para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo
seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, de propostas e de réplicas.
as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de
distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade
e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta- TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa
estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ci-
informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os ências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-
argumentos usados na validade da tese. se tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.

A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
respectivos comentários. suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,
as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen- sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).
tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer das palavras.
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
cessivas e condicionais. evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura termo polissêmico nesse contexto.
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. A Definição
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar
Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados
determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das
ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.
de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias através de um processo de sinonímia.
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
cenas e opiniões como positivas ou negativas. termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
A Reportagem "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
figura-chave para o conhecimento deste tópico. referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu- parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a antes de terminar o inverno.
atenção dos leitores. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali- introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
A Entrevista tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi- ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
ante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido te antes de terminar o inverno".
com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade,
uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas As definições contêm, também, informações complementares relacio-
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu- inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações Essas informações complementares contêm frequentemente
sobre as declarações do entrevistado. abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário:
Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessa-
riamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási-
conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos
destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra-
derivados. fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi-
as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-
te barras paralelas e /ou números.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
continuar em exercício; adiar o término de. pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-
vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
A Nota de Enciclopédia entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.
Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama
descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli- A Monografia
tude desta expansão. Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem- Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados
se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu- com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos
temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, qualificados ou de especialistas no tema.
população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc.
As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coe-
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos rente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os
dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie- aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-
dades: terrestres e aquáticos. gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos,
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lin- teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que
guagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que esta valorização fique explícita.
responde às exigências de concisão e de precisão. Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem atra- tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que,
vés de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará
pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e
juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o
dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o
qualidades próprias daquilo a que se referem. que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais
estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido que regem a apresentação da bibliografia.
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de
ligação - ser, estar, parecer, etc. O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do
texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de
O Relato de Experimentos construções de discurso direto ou de discurso indireto.
Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-
manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos ções, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da econo-
que descrevem experimentos. mia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam
mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que
necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida -
para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para consta- declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos
tar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.
uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por ou-
colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições tro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos
de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações,
fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais
circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. auxiliares, etc.
A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas cate- Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría -
gorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, nutrem-se do liberalismo’
isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo
observado. Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu
pensamento nutriam -se do liberalismo'
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que co-
meçam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal): Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi
(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os
Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do
planta crescerá mais rápido. emissor.
Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o au-
mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade. tor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classi-
Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável ficação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte
tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os
possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos dados apresentados e o princípio de classificação adotado.
...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipóte-
mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente se, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das
essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre- fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência
senta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma estabelecida entre os fatos e a conclusão.
das etapas do processo.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista
de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen-
Os conectores lógicos oracionais e extra oracionais são marcas linguís- to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.),
ticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem a outra, desenvolve as instruções.
entre os dados e para avaliar sua coerência.
As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitu-
A Biografia almente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acom-
É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). panhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).
Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres,
Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresen- com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou
tar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo
cuja ação foi qualificada como relevante na história. (misturar a farinha com o açúcar).
Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as
que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem
sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conec- acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que
tividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa-
(Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as
cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados
temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote
da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realida- em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até
de), etc. que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-
quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo:
A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta- Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste
se nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apre- momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui
sentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de pode intervir outro membro da equipe.
apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação
simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados TEXTOS EPISTOLARES
pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por es-
importância que a eles atribui. crito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeça-
Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não - lho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de
autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma carac- uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos
terística que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de designados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).
revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de
negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios
forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo
altamente reprovados pela opinião pública.
das características contidas no texto.
TEXTOS INSTRUCIONAIS Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organiza-
Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais di- ção espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabe-
versas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou lece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de
animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto
Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culi- em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação
nárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de
avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta
receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-
etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido
função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em
descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendi- relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo
da. formal.

A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencio- A Carta


nais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e ar-
estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de coproprieda- gumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa,
de; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste expressiva e apelativa).
tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para
introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto
deveres das partes envolvidas. é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um
amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen-
Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instru- tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o
cionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido
alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a
uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes dimensão expressiva da mensagem.
textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego
frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de aborda- Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor co-
gem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as nhecido, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transpare-
instruções. cer marcas da oralidade: frases inconclusas, nas quais as reticências
habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las;
As Receitas e as Instruções perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que
Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de
para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas
fabricar um móvel, consertar um objeto, etc. expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enun- Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do
ciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que
dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a natureza e
subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o
diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati- adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas predatórias. Cada
vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. novidade tecnológica há de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o
homem e o meio em que vive. Cada intervenção na natureza há de adequar-
A Solicitação se a um planejamento que considere a qualidade e a extensão dos efeitos.
É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e
pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o
possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não
emprego, uma vaga em uma escola, etc. é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, aos
Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ce- industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana de
der ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da quali-
recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente dade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e banhei-
para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e ro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a rua, com
consideração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com o bairro, com a cidade.
o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se “Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um
estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado, mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é,
Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.
Politécnico a fim de solicitar-lhe...) Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o sentido
As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto de
singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor Mello)
através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identi-
ficam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirige- 1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a
se a...). qual este deve ser
A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o (A) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades
primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições humanas e o respeito ao mundo natural.
que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados (B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em ativida-
por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos de economicamente viável.
em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condi- (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros
ções; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua para todos os indivíduos de uma comunidade.
apelação. (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a apro-
veitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural.
Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram
(E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribui-
um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão
ção de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.
tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem
desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como
2. Considere as seguintes afirmações:
de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o
I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência do
solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta
fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico.
os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio
II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja
enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido).
formas de desenvolvimento nocivas e predatórias.
A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal ma- III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém
neira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem fa-
solicitação de bolsas de estudo, etc. zendo dela.
Em relação ao texto está correto APENAS que se afirmar em
Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana Maria
Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS. (A) I. (B) II.
(C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do


EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto em:
(A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer
Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que se- conclusão.
gue. (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica =
No coração do progresso seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem preconcei-
Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que to.
classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à invenção (C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das
do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no novo ações voluntariosas.
emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim acerta a (D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida =
mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida.
leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir (E) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que
todas as portas para uma vida melhor. está planificado.
4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento
Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema,
pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada.
via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendi-
Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão correta-
mento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma
represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um mente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na or-
dem em que surgem, por
progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscrimina-
(A) houve - garantiria – é
damente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco:
(B) haveria - garantiu - teria sido
desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e
(C) haveria - garantisse – fosse
tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preserva-
(D) haverá - garantisse - e
ção ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino
(E) havia - garantiu – é
planeta.

Língua Portuguesa 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na 10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
frase: (A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a
(A) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida.
algumas conotações mágicas. (B) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações apa-
(B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu rentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, impor-
sentido real muitos equívocos ideológicos. tantíssima.
(C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a (C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo
representarem, de fato, qualquer avanço significativo. irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mágica.
(D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a (D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes repre-
fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida. sas, costuma trazer também uma série de consequências ambientais
(E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com que, nem sempre, foram avaliadas.
nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. (E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas
segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma per-
6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na manente avaliação.
frase:
(A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 24.
atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pelos
mão. protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à livre
(B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em manifestação, assegurado pela Carta de 1988. Como não há fórmula
nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará. perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamen-
(C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou em tais, cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom senso.
ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida.
(D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 milhões
depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos. o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três anos na
(E) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumido e as
representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar pro- horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por
gresso. protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses três
anos praticamente cobririam os 231 km que separam São Paulo de São
7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da constru- Carlos.
ção ou da expressividade do texto: A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular
I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconvenien-
tanto atende à concordância com academias. tes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequada a
II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público relatórios
exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de horários e
III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia.
anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplorada
no texto. Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acio-
Está correto APENAS o que se afirmar em nou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a
(A) I. pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito à
(B) II. livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito não
(C) III. anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provocados
(D) I e II. pelos protestos.
(E) II e III.
O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as
categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais
8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a
vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas
palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos
essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam
que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos.
ser abolidas.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os
(Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam
(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na 11. De acordo com o texto, é correto afirmar que
(C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo
(D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam dos protestos ocorridos nos últimos anos.
(E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam (B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafamen-
tos já foram pagos pelos manifestantes.
9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e
(A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que são permitidos pela Carta de 1988.
é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário que (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos
reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. de rua em horários e locais predeterminados.
(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos
devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso das manifestações feitas de forma abusiva.
coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor.
(C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para
atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua melho- solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados ao
ria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. restante da população. A saída estaria principalmente na
(D) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer (A) sensatez.
jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para (B) Carta de 1998.
que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros.
(C) Justiça.
(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, acaba-
(D) Companhia de Engenharia de Tráfego.
riam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista da Eco-
logia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vida práti- (E) na adoção de medidas amplas e profundas.
ca.

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13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que 20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil
param as ruas de São Paulo representam um custo para a população e criminal em caso de danos provocados pelos protestos –, a locução
da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir conjuntiva no entanto indica uma relação de
(A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (A) causa e efeito. (B) oposição.
(CET). (C) comparação. (D) condição. (E) explicação.
(B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas
em engarrafamentos. 21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nessa frase, a
(C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São palavra arbitrar é um sinônimo de
Carlos. (A) julgar. (B) almejar.
(D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e (C) condenar. (D) corroborar. (E) descriminar.
São Carlos.
22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os
(E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de São
protestos abusivos – a preposição para estabelece entre os termos
Paulo.
uma relação de
14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão das (A) tempo. (B) posse.
manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é equi- (C) causa. (D) origem. (E) finalidade.
parada, no texto,
23. Na frase – O poder público deveria definir horários e locais –, substi-
(A) a R$ 3,3 milhões.
tuindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as regras
(B) ao total de usuários da cidade de São Carlos.
de regência verbal, a seguinte frase:
(C) ao total de usuários da cidade de São Paulo. (A) O poder público deveria obedecer para horários e locais.
(D) ao total de combustível economizado. (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais.
(E) a uma distância de 231 km. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais.
(D) O poder público deveria obedecer com horários e locais.
15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais.
protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de
(A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça. 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procuradoria acionou um
(B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir líder de sindicato – obtém-se:
protestos abusivos. (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.
(C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria.
impedir protestos em horários de pico. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria.
(D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bem- (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria.
sucedida de desestimular protestos abusivos. (E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato.
(E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em
impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movi- Leia o texto para responder às questões de números 25 a 34.
mentadas. DIPLOMA E MONOPÓLIO
Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medi-
16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de
cina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os
Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos cau-
enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência
sados em cada manifestação é
(sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o
(A) pertinente. (B) indiferente.
monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como
(C) irrelevante. (D) onerosa. (E) inofensiva.
explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o
exercício profissional?
17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder
sindical Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas
(A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998. ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam
(B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje,
(C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifestan- nem 20% advogam.
te da responsabilidade pelos danos causados. Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é
(D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante.
poderá entrar com recurso. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se
(E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados, não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é
um manifestante será punido. mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa
polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução
18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar
conflito, destaca-se nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são tam-
(A) multa a líderes sindicais. bém úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido
(B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC,
Tráfego. não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática
(C) o fim dos protestos em qualquer via pública. monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também
(D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua. se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a
(E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais mani- dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concor-
festações. rência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)
(Veja, 07.03.2007. Adaptado)
19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar relatórios –,
substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de 25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as
acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:
(A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios. frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direi-
(B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios. to e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não foram
(C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios. resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras.
(D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios. (A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina
(E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios. no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en-
guiços entre diplomas e carreiras.

Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medicina (C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencio-
enguiços entre diplomas e carreiras. nar-lhes.
(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medicina (D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en- advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à so-
guiços entre diplomas e carreiras. ciedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel.
(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medicina (E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. II.
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os en- As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As corpora-
guiços entre diplomas e carreiras. ções deviam fiscalizá-la.
(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medici- 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem,
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinala-
os enguiços entre diplomas e carreiras. das em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.
(A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de
(B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista.
acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para
(C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC.
aqueles que _. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam,
(D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.
e apenas 1% . / Em sua maioria, os advogados sem-
(E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento.
pre .
(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma
política e no mundo dos negócios culta.
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os
política e no mundo dos negócios graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão.
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhe-
política e no mundo dos negócios cimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de de conhecimento.
destaque na política e no mundo dos negócios (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As
política e no mundo dos negócios corporações deviam almejar do interesse da sociedade.
(E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de
27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida
restringir à concorrência.
pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se
uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a 33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II e III
dificuldade das provas, ... estabelece as relações de condição entre I e II e de adição entre I e III.
(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corpora- I. O advogado é aprovado na OAB.
tivos. II. O advogado raciocina com lógica.
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do III. O advogado defende o cliente no tribunal.
ensino básico. (A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e
(C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária. defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá
(E) No curso de direito, lê-se bastante. de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB.
28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto (C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e
defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocu-
(D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque
pam postos de destaque na política e no mundo dos negócios.
raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB.
(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional.
(E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na
(B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de adminis-
OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso.
tração em nível de bacharelado.
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação. 34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragili-
(D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de traba- dade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciência
lho com bons profissionais. vem entre vírgulas para, no contexto,
(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos oficiais. (A) garantir a atenção do leitor.
(B) separar o sujeito do predicado.
29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo
(C) intercalar uma reflexão do autor.
verbal entre as orações.
(D) corrigir uma afirmação indevida.
(A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento,
(E) retificar a ordem dos termos.
poderiam defender bem seus clientes.
(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao texto abaixo.
intelectualmente.
(C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais SOBRE ÉTICA
severa. A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acepções.
(D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o com-
melhor. portamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, “a
(E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se resol- teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da moral,
vem brevemente. relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos, assim,
nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser estu-
30. A substituição das expressões em destaque por um pronome pessoal dado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a descre-
está correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em: ver as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser
(A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrência capaz de explicar valorações comportamentais.
promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que lhes Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria filo-
defenderão. sófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo espe-
(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo culativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivên-
fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a cia humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre
profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la. os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos morais.

Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto descri- (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou Moral,
tível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à situação
agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no comporta- do homem.
mento social, o que se pode resumir como qualificação do comportamento (D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento huma-
do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a no, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do mesmo.
colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os valores morais (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costu-
dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral em realização, mam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodo-
pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de digni- logia usada.
dade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria
metodologicamente dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim, 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores
objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deve-
tornar possível e correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus rá ser:
Navigandi) (A) seria dado.
(B) teriam dado.
35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende (C) seriam dados.
da leitura do texto, (D) teriam sido dados.
(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. (E) fora dado.
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra.
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abaixo.
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR
Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, esta-
36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é retoma- mos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se
da na seguinte expressão do texto: não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respei-
(A) núcleo especulativo e reflexivo. tá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele
(B) objeto descritível de uma Ciência. não consegue respeitar.
(C) explicação dos fatos morais.
(D) parte da Filosofia. A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
(E) comportamento consequencial. Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respei-
tar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfei-
37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida ções nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem
como aquela em que se considera, sobretudo, moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a
(A) o valor desejável da ação humana. adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
(B) o fundamento filosófico da moral. padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de
(C) o rigor do método de análise. um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ga-
(D) a lucidez de quem investiga o fato moral. nham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regra-
(E) o rigoroso legado da jurisprudência. das por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos
homens exemplares, mas por moralizadores que tentam remir suas pró-
38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos prias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocupa- outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam
ção pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo Calligaris,
(A) filosófica. (B) descritiva. Folha de S. Paulo, 20/03/2008)
(C) prescritiva. (D) contestatária. (E) tradicionalista.
43. Atente para as afirmações abaixo.
39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli- I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se
nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên- preocupa com os padrões morais de conduta.
teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso: II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o ho-
(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) mem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os
(C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa- padrões de conduta que ele cobra dos outros.
ção. (provisório) Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) (A) I. (B) II.
(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessi- (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
vo)
44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu
40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator
(A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três determinante para que
acepções de Ética. (A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos
(B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com padrões morais para avaliar sua conduta.
muita frequência, associada aos valores morais. (B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem
(C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam moral e o homem moralizador.
de ter a dignidade humana como balizamento. (C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte-
(D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor rizar um homem moralizador.
de que se impregna a conduta dos indivíduos. (D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um
(E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstân- homem moral e o de um moralizador.
cias, atentar para a observância dos valores éticos. (E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitu-
des tomadas pelo homem moral.
41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário
sobre o texto: 45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplifi-
(A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma car uma sociedade na qual
apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito. (A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos.
(B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada um (B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.
em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo.
Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um
comum. segmento do texto em:
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral. (A) serviu de chamariz ao chamado.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. (B) alguma suspeita sardinha
(C) teimoso aproveitamento
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, (D) o princípio mesmo do comércio
o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em: (E) Agem para salvaguardar
(A) significativos desdobramentos dela.
(B) determinados antecedentes dela. 51. Atente para as afirmações abaixo.
(C) reconhecidos fatores que a causam. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um
(D) consequentes aspectos que a relativizam. cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no
(E) valores comuns que ela propicia. primeiro parágrafo.
II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o
47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na autor não compactua com a justificativa dos feirantes.
frase: III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supera-
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já ção de tudo o que determina a existência de diversas espécies de
não podia ser considerado um hipócrita. seres humanos.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores Em relação ao texto, é correto o que se afirmar APENAS em
morais que eles imporão aos outros. (A) I. (B) II.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servis- (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
se de controle dos demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracteri- 52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de cons-
zava-se um ato típico do moralizador. trução do texto: no contexto do
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a
morais que eles próprios não respeitam. expressão verbal querem pagar.
(B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben-
48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na tender a existência de “fregueses” que não compram nada.
frase: (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada
(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não cos- com o sentido de de toda maneira.
tuma acusar em si mesmo. (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral com o sentido de a fim de resguardar.
ele não costuma impingir na dos outros. (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente ao
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos de mesmo não sendo.
em que ele acusa seus semelhantes.
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para
abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas. preencher de modo correto a lacuna da frase:
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ........(deixar) de
ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz. as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas.
(B) ..-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a provi-
Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abaixo. dência que fará esquecer que ali funcionou uma feira.
FIM DE FEIRA (C) Não ......... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as
Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo
humano.
a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou (D) A pouca gente ........ (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da
mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas cheias coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto.
de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está (E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro
pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de ou-
metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compra- tros.
dores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cercanias da barraca de
pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, 54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:
ou uma ponta de cação obviamente desprezada. (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a carên-
Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o cia dos mais pobres.
que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. (B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu- coleta de um fim de feira.
gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado
salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio. nessa narrativa.
Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso. (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do autor
E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não assis- em distinguir os diferentes caracteres humanos.
tentes sociais, alegam. (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a humil-
de coleta de que trata a crônica.
Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os fun-
cionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trânsito é
RESPOSTAS
liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente cheiro de
peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão 1. A 11. C 21. A 31. E 41. B 51. D
diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito) 2. B 12. A 22. E 32. B 42. A 52. E
3. E 13. B 23. B 33. A 43. C 53. D
49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos 4. C 14. E 24. A 34. C 44. D 54. A
refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do texto 5. A 15. D 25. E 35. E 45. B
(A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes. 6. E 16. A 26. D 36. B 46. A
(B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes. 7. B 17. C 27. A 37. A 47. E
(C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta. 8. A 18. D 28. C 38. C 48. D
(D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos. 9. D 19. E 29. B 39. D 49. B
(E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes. 10. B 20. B 30. D 40. E 50. C

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORTOGRAFIA OFICIAL c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas árvore que produz o látex).
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-
chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-
Eis algumas observações úteis: das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-
cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
DISTINÇÃO ENTRE J E G
radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
1. Escrevem-se com J:
en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
canjerê, pajé, etc. 2. Escrevem-se com CH:
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije- buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc. sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-
bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, la, piche, pichar, tchau.
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais distingue pelo contraste entre o x e o ch.
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
2. Escrevem-se com G: Exemplos:
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
ferrugem, etc. • brocha (pequeno prego)

b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO: • broxa (pincel para caiação de paredes)
estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc. • chá (planta para preparo de bebida)
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir. • xá (título do antigo soberano do Irã)
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
DISTINÇÃO ENTRE S E Z
1. Escrevem-se com S: • xale (cobertura para os ombros)
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
• chácara (propriedade rural)
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
• xácara (narrativa popular em versos)
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa, • cheque (ordem de pagamento)
burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
• xeque (jogada do xadrez)
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
• cocho (vasilha para alimentar animais)
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
• coxo (capenga, imperfeito)
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
se análise, trombose, etc.
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, Observe o quadro das correlações:
causa. Correlaç Exemplos
ões t - c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
ter- abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção,
em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
tenção deter
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten- - detenção; reter - retenção
der: pretensão; repreender: repreensão, etc. rg aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir -
- submer- são;
rs inverter - inversão; divertir - diversão
2. Escrevem-se em Z.
rt - impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir -
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
rs repulsão correr - curso - cursivo - discurso;
mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização,
pel - excursão - incursão sentir - senso, sensível,
organizado; realizar: realização, realizado, etc.
puls consenso
corr - ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter-
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados cessão.
de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc. curs
sent - exceder - excessivo (exceto exceção)
sens agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão -
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro, progresso - progressivo
chapeuzinho, cãozito, etc. ced -
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir -
cess
repres- são.
admitir - admissão; discutir - discussão, permitir -
gred -
DISTINÇÃO ENTRE X E CH: permissão. (re)percutir - (re)percussão
gress

1. Escrevem-se com X prim -


press tir
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote, - ssão
feixe, etc.

Língua Portuguesa 16 PALAVRAS


A OpçãoCOM CERTAS
Certa DIFICULDADES
Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ONDE-AONDE
Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi-
vale sempre a PARA ONDE.

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
AONDE você vai? 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
AONDE nos leva com tal rapidez? sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre- Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
ga-se ONDE O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
ONDE estão os livros?
Não sei ONDE te encontrar. 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
MAU - MAL
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
MAU é adjetivo (seu antônimo é bom).
Escolheu um MAU momento.
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
Era um MAU aluno.
etc.
MAL pode ser: 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
a) advérbio de modo (antônimo de bem). Estado, Pátria, União, República, etc.
Ele se comportou MAL.
Seu argumento está MAL estruturado 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
b) conjunção temporal (equivale a assim que). órgãos públicos, etc.:
MAL chegou, saiu Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
c) substantivo: do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
O MAL não tem remédio,
Ela foi atacada por um MAL incurável. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
CESSÃO significa o ato de ceder. Manhã, Manchete, etc.
Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais.
A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
torcedores. Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. Oriente, o falar do Norte.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.

SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos.
Escrevem-se com letra inicial minúscula:
HÁ / A 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
Na indicação de tempo, emprega-se: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): ingleses, ave-maria, um havana, etc.
HÁ dois meses que ele não aparece.
Ele chegou da Europa HÁ um ano. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
A para indicar tempo futuro: empregados em sentido geral:
Daqui A dois meses ele aparecerá. São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Ela voltará daqui A um ano. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
aluguel ou aluguer hem? ou hein?
mirra." (Manuel Bandeira)
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
amídala ou amígdala infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar laje ou lajem ACENTUAÇÃO GRÁFICA
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
azaléa ou azaleia nenê ou nenen
ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da
bílis ou bile quatorze ou catorze Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
debulhar ou desbulhar ou relampar ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
porcentagem ou percentagem Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
fleugma ou fleuma
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
sua implementação.
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
1) a primeira palavra de período ou citação. as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de
letra maiúscula. Leis ou Acordos.

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de- Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui tes (semivogal+vogal):
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra. 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân-
descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante temo, público, pároco, proparoxítona.
a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Alfabeto
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
 Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e
palavras importadas do idioma inglês, como: IMPORTANTE
km – quilômetro, Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”,
kg – quilograma se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos
Trema de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai 5. Trema
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
o “ü” lê-se “i”) permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)

QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA 6. Acento Diferencial


1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou O acento diferencial permanece nas palavras:
não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou pôde (passado), pode (presente)
“LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos pôr (verbo), por (preposição)
abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do
Ex.
verbo está no singular ou plural:
Chá Mês nós
SINGULAR PLURAL
Gás Sapé cipó
Ele tem Eles têm
Dará Café avós
Ele vem Eles vêm
Pará Vocês compôs
vatapá pontapés só
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:
Aliás português robô conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los EMPREGO DE LETRAS E DIVISÃO SILÁBICA.
réis (moeda) Véu dói
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
méis céu mói GU.
pastéis Chapéus anzóis 1- chave: cha-ve
ninguém parabéns Jerusalém aquele: a-que-le
palha: pa-lha
manhã: ma-nhã
Resumindo: guizo: gui-zo
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí- Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
palavras. 2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
 L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. globo: glo-bo fraco: fra-co
 N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
 R – câncer, caráter, néctar, repórter. atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
 X – tórax, látex, ônix, fênix. prato: pra-to
 PS – fórceps, Quéops, bíceps.
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
 Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
3- correr: cor-rer desçam: des-çam
 ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão. passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
 I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. fascinar: fas-ci-nar
 ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
 UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. Não se separam as letras que representam um ditongo.
 US – ânus, bônus, vírus, Vênus. 4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
cárie: cá-rie

Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Separam-se as letras que representam um hiato. Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro “e” é a vogal tônica,
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el o segundo “a” é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de in-
tensidade da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as
Não se separam as letras que representam um tritongo. sílabas são distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português,
6- Paraguai: Pa-ra-guai o conceito de “tom” existe quando se diferencia uma pergunta de uma
saguão: sa-guão afirmação (ex.: “o açúcar é branco.”; “o açúcar é branco?”) ou em uma frase
exclamativa: “(ex.: “como o açúcar é branco!”).
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
que a antecede. Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtô-
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias nicas em português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter conjunções com uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz existem vogais tônicas.
Quanto ao timbre
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
- Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo
que a segue
a boca. Por exemplo: nas palavras “amora” e “café”, todas as vogais são
8- pneumático: pneu-má-ti-co
abertas.
gnomo: gno-mo
psicologia: psi-co-lo-gia - Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo
a boca. Por exemplo: nas palavras “êxodo” e “fôlego”, todas as vogais são
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente, fechadas.
mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais “e”
sílabas separadas. e “o” na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma
palavra, que em geral são pronunciadas como “i” e “u”. Por exemplo, nas
9- sublingual: sub-lin-gual
palavras “análise” e “camelo”.
sublinhar: sub-li-nhar
sublocar: sub-lo-car Quanto ao modo de articulação
- Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente atra-
Preste atenção nas seguintes palavras: vés da cavidade oral. Em português, existem sete vogais orais, a saber: “a”,
trei-no so-cie-da-de “ê”, “é”, “i”, “ô”, “ó” e “u”.
gai-o-la ba-lei-a - Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte
des-mai-a-do im-bui-a do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português,
ra-diou-vin-te ca-o-lho existem seis vogais nasais. Nas palavras: “maçã”, “armazém”, “capim”,
“garçom”, “compra” e “fundo”, os grafemas assinalados em negrito repre-
te-a-tro co-e-lho sentam vogais nasais. Também são nasais os ditongos “ão”, “ãe”, “õe”,
du-e-lo ví-a-mos “âim” (como em “câimbra”) e o ditongo “ui” da palavra “muito”.
a-mné-sia gno-mo
co-lhei-ta quei-jo
pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co Quanto ao ponto de articulação
dig-no e-nig-ma - Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a parte tra-
seira da língua curvada para baixo. Em português, são anteriores as vogais
e-clip-se Is-ra-el
“a”, “â”, “o”, “ó” e “u”.
mag-nó-lia
- Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a parte tra-
seira da língua curvada para cima. Em português, são posteriores as vogais
“e”, “é” e “i”.
CLASSES E EMPREGO DE PALAVRAS.
Nota 1: Alguns gramáticos da língua portuguesa consideram as vogais
MORFOLOGIA. VOZES DO VERBO. EMPREGO DE “a” e “â” como vogais médias ou vogais centrais, porque nessas vogais, em
TEMPOS E MODOS VERBAIS. FONOLOGIA. português, não há curvatura da língua.
Nota 2: Em alguns idiomas como o alemão, para cada vogal anterior
Morfologia - Estrutura e formação de palavras. existe uma posterior correspondente. As vogais posteriores derivadas de
Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma vogais anteriores são representadas pelo trema (ä, ö, u).
língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras.
Por exemplo, a diferença entre as palavras prato e trato, quando faladas, SEMIVOGAIS
está apenas no primeiro fonema: P na primeira e T na segunda.
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da
sílaba, devendo, portanto, associam-se a uma vogal para formarem uma
Classificação dos Fonemas sílaba. Em português, somente os fonemas representados pelas letras “i” e
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. “u” em ditongos e tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é
sempre formado por uma vogal mais uma semivogal. Quando a semivogal
VOGAIS vem antes da vogal, o ditongo é dito “crescente” (como em “jaguar”). Quan-
do a semivogal vem depois, o ditongo é dito “decrescente” (como em “de-
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vi-
mais”). Nos ditongos “ui” e “iu”, uma das letras é sempre considerada vogal
brar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem
e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados por
pelo aparelho fonador. Classificam-se em:
uma vogal intercalada entre duas semivogais.
Quanto à intensidade
- Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico principal
CONSOANTES
da palavra.
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapas-
- Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico se-
sar um obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes
cundário da palavra.
obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e
- Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento prosódi- a úvula. Classificam-se da seguinte maneira:
co.

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Quanto ao papel das cordas vocais ‘bato’ é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas
- Consoantes surdas: São as consoantes pronunciadas sem que as palavras. Tal som recebe a denominação de Fonema. Pelo visto, pode-se
cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as seguintes conso- dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um fonema, mas fica a
antes em português: f, k, p, s, t, ch. advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra reali-
dade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos
- Consoantes sonoras: São as consoantes pronunciadas com a vibra-
tratando. A Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação
ção das cordas vocais. São sonoras as seguintes consoantes em portu-
escrita de um determinado som.
guês: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.
LETRAS FONEMAS EXEMPLOS
Quanto ao modo de articulação
A Ã (AM, AN) - A ANTA DO CAMPO - ÁRVORE
- Consoantes oclusivas: São as consoantes pronunciadas fechando-se
totalmente o aparelho fonador, sem dar espaço para o ar sair. São oclusi- B BÊ BOI BRAVO - BALEIA
vas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g. C SÊ - KÊ CERVO – COBRA
- Consoantes fricativas: São as consoantes pronunciadas através de
D DÊ DROMEDÁRIO - DINOSSAURO
uma corrente de ar que se fricciona em um obstáculo. São fricativas as
seguintes consoantes em português: f, j, s, ch, v, z. E Ê – EM, EN - E ELEFANTE – ENTE – ÉGUA
- Consoantes laterais: São as consoantes pronunciadas ao fazer pas- F FÊ FOCA - FLAMINGO
sar a corrente de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua. Em portu-
guês, são laterais apenas as consoantes “l” e “lh”. G JÊ - GUÊ GIRAFA – GATO
- Consoantes vibrantes: São as consoantes pronunciadas através da H Ø HIPOPÓTAMO - HOMEM
vibração de algum elemento do aparelho fonador, em geral a língua ou o
I IM - I ÍNDIO - IGREJA
véu palatino. Em português, são vibrantes apenas as duas variedades do
“r”, como em “carro” e em “caro”. J JÊ JIBÓIA - JACARÉ
- Consoantes nasais: São as consoantes em que o ar sai pelas fossas L LÊ - U LEÃO - SOL
nasais, em vez da boca. Em português, são nasais as consoantes “m”, “n” e
“nh”. M MÊ – (~) MACACO – CAMBUÍ
Quanto ao ponto de articulação N NÊ – (~) NATUREZA – PONTE
- Consoantes bilabiais: São as consoantes pronunciadas com o O Õ (OM, ON) – O – Ô ONÇA – AVÓ – AVÔ
contato dos dois lábios. Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m.
P PÊ PORCO - PATO
- Consoantes dentais: São as consoantes pronunciadas com a
língua entre os dentes. Não existem consoantes dentais em português. Em Q KÊ QUERO-QUERO - QUEIJO
outros idiomas, pode ser citado como exemplo o “th” do inglês. R RRÊ – RÊ RATO BURRO – ARARA
- Consoantes alveolares: São as consoantes pronunciadas com o
S SÊ – ZÊ – Ø SAPO – CASA – NASCER
contato da língua nos alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as
consoantes: t, d, n, s, z, l e o “r” fraco. T TÊ TATU - TUBARÃO
- Consoantes labiodentais: São as consoantes pronunciadas com U U – UM, UN URUBU – ATUM
o contato dos lábios na arcada superior dos dentes. Em português, são
labiodentais as consoantes “f” e “v”. V U – UM, UN VACA - VEADO
XARÉU – EXEMPLO – MÁXIMO
- Consoantes palatais: São as consoantes pronunciadas com o
X XÊ – ZÊ – SÊ – Ø - KSÊ – EXCETO - TÁXI
contato da língua com o palato. Em português, são palatais as seguintes
consoantes: j, ch, lh e nh. Z ZÊ ZEBRA - ZORRO
- Consoantes retroflexivas: São as consoantes pronunciadas com Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semi-
a língua curvada. Em português, somente em alguns dialetos do Brasil têm vogais e consoantes, com algumas divergências entre os autores.
uma consoante retroflexiva, o chamado “r” caipira.
- Consoantes velares: São as consoantes pronunciadas com a VOGAIS
parte traseira da língua no véu palatino. Em português, são velares as aeiou
consoantes: k, g e rr (na maioria dos dialetos).
As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vo-
- Consoantes uvulares: São as consoantes pronunciadas através cais. São chamados fonemas silábicos, pois constituem o fonema central
da vibração da úvula. Em português, somente o dialeto fluminense tem uma de toda sílaba.
consoante uvular; no caso, o “r” forte. Também é considerado uvular o “h”
aspirado de idiomas como o inglês.
AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME:
- Consoantes glotais: São as consoantes pronunciadas através da
Função Das Cavidades Bucal E Nasal
vibração da glote. Não há consoantes glotais em português e em pratica-
mente nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com consoan- Orais - a, e, i, o, u
tes glotais são o hebraico e o árabe. Nasais - ã, ê, î, õ, û.
Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da palavra tia
entre pessoas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo. De Zona De Articulação
modo geral, para os primeiros, a letra “t” é um fonema palatal (pronunciado
Média - a
mais ou menos como “txia”, enquanto para os segundos representa um
fonema alveolar. Ainda que — assim como em prato e trato — os sons Anteriores - e, i
correspondentes à letra t de tia sejam diferentes (isto é, letras iguais e sons Posteriores - o, u
diferentes), o fonema é um só, visto que, na língua, não se estabelece
distinção de significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/.
Timbre
Fonética
Abertas - á, é, ó
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Fechadas - ê, ô
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em ‘pato’ e Reduzidas - fale, hino.

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Intensidade Polissílabo
Tônicas - saci, óvulo, peru Possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório).
Átonas - moço, uva, vida.
TONICIDADE
Semivogais - I U Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que
se pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exem-
Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa plo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.
mesma sílaba da palavra, formando-se um ditongo ou tritongo. Por exem-
plo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai. Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras
em:
Oxítonas
Características Das Semivogais:
Quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó)
Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra.
São átonas. Paroxítonas
Quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir)
CONSOANTES
As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, Proparoxítonas
são fonemas assilábicos, isto é, sozinhos não formam sílaba. Quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice)
BCDFGHJLMNPQRSTVXZ Obs: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.

ENCONTROS VOCÁLICOS MONOSSÍLABOS


À sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de Átonos
encontro vocálico. Por exemplo, cooperativa. São os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada.
Também são chamados clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos
TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS: DITONGO átonos, os artigos, as preposições, as conjunções, os pronomes pessoais
oblíquos, as combinações pronominais e o pronome relativo ‘que’. Por
É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma exemplo, a, de, nem, lhe, no, me, se.
semivogal junto a uma vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.
Tônicos
OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM: São os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a
sílaba. Por exemplo, pé, gás, foz, dor.
Crescentes
Rizotônicas
A semivogal antecede a vogal. Ex: quadro.
São as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo, des-
crevo, descreves, descreve.
Decrescentes
Arrizotônicas
A vogal antecede a semivogal. Ex: rei.
São as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por exemplo,
Observações:
descreverei, descreverás, descreverá.
Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu.
Obs: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especi-
Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro. almente às formas verbais.
Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão.
Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e ENCONTROS CONSONANTAIS
U, têm valor de semivogal. Ex: mãe; anão. O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra de-
nomina-se encontro consonantal. Os encontros consonantais podem ser:
TRITONGO
É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, ple-
beu e crô-ni-ca. Exceto: sub-li-nhar.
semivogais. Ex: sa-guão; U-ru-guai.
Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas
Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais
que é percebida, na pronúncia, entre as duas consoantes. Por exemplo, rit-
ou orais.
mo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo.
HIATO
É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em DÍGRAFOS
duas diferentes emissões de voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia
O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da composta para um som simples. Há os seguintes dígrafos:
palavra em sílabas, cada vogal fica em uma sílaba diferente.
Os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exem-
plo, chave, malha, ninho.
SÍLABA
Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss.
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados Por exemplo, carro, pássaro.
numa só emissão de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classi-
Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer,
fica-se em:
cresça, exceto.
Monossílabo
As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer-
Possui uma só sílaba. (fé, sol) rando a sílaba por em uma palavra. Por exemplo, pomba, campo, onde,
Dissílabo canto, manto.
Possui duas sílabas. (casa, pombo) Não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma ra-
Trissílabo zão muito simples: os dígrafos são consoantes que se combinam, mas não
formam um encontro consonantal por constituírem um só fonema.
Possui três sílabas. (cidade, atleta)

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ESTRUTURA DE PALAVRAS grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcaloide, al-
coômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das  Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
palavras. zum, miau);
Exs.:
 Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
cinzeiro = cinza + eiro
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer  Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se-
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
Os principais elementos móficos são: siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
RADICAL  Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala-
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
enterrar = en + terra + ar
pronome = pro + nome
SUBSTANTIVOS
PREFIXO
É o elemento mórfico que vem antes do radical.
Exs.: anti - herói in - feliz Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
me aos seres em geral.
São, portanto, substantivos.
SUFIXO a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
É o elemento mórfico que vem depois do radical. Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
Exs.: med - onho cear – ense b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
lho, corrida, tristeza beleza altura.
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie:
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- rio, cidade, pais, menino, aluno
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis- b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-
cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala-
c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-
vras encontramos a seguinte divisão:
priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-
 palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-
 palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
fada, bruxa, saci.
 palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
 palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
aguardente) pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci-
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
mento dos seguintes processos de formação:
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi- tivos
cais. São dois tipos de composição. trabalhar - trabalho
 justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, correr - corrida
sexta-feira); alto - altura
belo - beleza
 aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de
elementos (pernalta, de perna + alta).
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
 prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
 sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
tempo, sol.
 parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
 regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se COLETIVOS
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
de ajudar); de seres da mesma espécie.
 imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva Veja alguns coletivos que merecem destaque:
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio alavão - de ovelhas leiteiras
a comum). alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
antologia - de trechos literários escolhidos
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
armada - de navios de guerra
processos para formação de palavras, como:
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
 Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas arquipélago - de ilhas
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, assembleia - de parlamentares, de membros de associações

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


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atilho - de espigas de milho
atlas - de cartas geográficas, de mapas Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
banca - de examinadores pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios padrinho/madrinha bode/cabra
bando - de aves, de pessoal em geral cavaleiro/amazona pai/mãe
cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cáfila - de camelos forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves em:
cancioneiro - de poemas, de canções 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
caravana - de viajantes animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
cardume - de peixes Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
clero - de sacerdotes mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-
colmeia - de abelhas mea
concílio - de bispos 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congregação - de professores, de religiosos go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
congresso - de parlamentares, de cientistas estudante, este dentista.
conselho - de ministros 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
consistório - de cardeais sob a presidência do papa pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-
constelação - de estrelas tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-
corja - de vadios juge, a pessoa, a criatura.
elenco - de artistas Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
enxame - de abelhas uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
enxoval - de roupas
esquadra - de navios de guerra Alguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
esquadrilha - de aviões São masculinos São femininos
falange - de soldados, de anjos o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
farândola - de maltrapilhos o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
fato - de cabras o teorema o ágape a análise a usucapião
o trema o caudal a cal a bacanal
fauna - de animais de uma região o edema o champanha a cataplasma a líbido
feixe - de lenha, de raios luminosos o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
flora - de vegetais de uma região o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
o fibroma o guaraná a aguardente
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus o estratagema o plasma
girândola - de fogos de artifício o proclama o clã
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
junta - de bois, médicos, de examinadores Mudança de Gênero com mudança de sentido
júri - de jurados Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
legião - de anjos, de soldados, de demônios Veja alguns exemplos:
malta - de desordeiros o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)
manada - de bois, de elefantes o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
matilha - de cães de caça o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
ninhada - de pintos o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
panapaná - de borboletas o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
pelotão - de soldados
penca - de bananas, de chaves Plural dos Nomes Simples
pinacoteca - de pinturas 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
plantel - de animais de raça, de atletas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
quadrilha - de ladrões, de bandidos 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
ramalhete - de flores a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
réstia - de alhos, de cebolas corações; grandalhão, grandalhões.
récua - de animais de carga b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
romanceiro - de poesias populares guardiães.
resma - de papel c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
revoada - de pássaros cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
súcia - de pessoas desonestas Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
vara - de porcos de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
vocabulário - de palavras ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
grau. lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-
Gênero fens (ou hífenes).
Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini- Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
Podemos classificar os substantivos em: Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
para o masculino, outra para o feminino: fósseis; réptil, répteis.
aluno/aluna homem/mulher Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
menino /menina carneiro/ovelha ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.

Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni- dos-mudos > surdas-mudas.
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os Graus do substantivo
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
os ônix. podem ser: sintéticos ou analíticos.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri- Analítico
mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi- Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
tos. nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.
Substantivos só usados no plural Sintético
afazeres anais Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
arredores belas-artes
cãs condolências Principais sufixos aumentativos
confins exéquias AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
férias fezes ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
núpcias óculos povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-
olheiras pêsames ça.
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes) Principais Sufixos Diminutivos
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
Plural dos Nomes Compostos ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
1. Somente o último elemento varia: montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim,
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara- pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo,
boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; homúncula, apícula, velhusco.
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão- Observações:
mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-
rabo, burros-sem-rabo;
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
zinho, pequenito.
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
banana-maçã, bananas-maçã.
diferentes para designar o sexo:
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
bode - cabra genro - nora
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
burro - besta padre - madre
carneiro - ovelha padrasto - madrasta
3. Ambos os elementos são flexionados:
cão - cadela padrinho - madrinha
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
cavalheiro - dama pai - mãe
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
compadre - comadre veado - cerva
compromissos.
frade - freira zangão - abelha
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor- frei – soror etc.
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
caras-pálidas.

São invariáveis: ADJETIVOS


a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; FLEXÃO DOS ADJETIVOS
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não- Gênero
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem- Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
desocupa-o-copo; a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-
perde-ganha, os perde-ganha. lher simples; aluno feliz - aluna feliz.
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda- tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa- alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. melhante a dos substantivos.

Adjetivos Compostos Número


Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. a) Adjetivo simples
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino- Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
americanos; cívico-militar, cívico-militares. substantivos simples:
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o pessoa honesta pessoas honestas
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos regra fácil regras fáceis
amarelo-ouro, paredes azul-piscina. homem feliz homens felizes

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Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
variáveis: tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
blusa vinho blusas vinho NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
camisa rosa camisas rosa ABSOLUTO
RELATIVO
b) Adjetivos compostos bom melhor ótimo
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele- melhor
mento varia, tanto em gênero quanto em número: mau pior péssimo
acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos pior
causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas grande maior máximo
acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros maior
lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas pequeno menor mínimo
camisa verde-clara camisas verde-claras
menor
sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros

Observações: Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:


1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: acre - acérrimo ágil - agílimo
camisa verde-abacate camisas verde-abacate agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo
sapato marrom-café sapatos marrom-café amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo
áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo
blusa azul-marinho blusas azul-marinho benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo
camisa azul-celeste camisas azul-celeste
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
variam:
eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo
menina surda-muda meninas surdas-mudas frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
Graus do Adjetivo livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex- magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
pressas em dois graus: manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
- o comparativo negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
- o superlativo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
Comparativo próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo: salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
- Comparativo de igualdade: simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
- Comparativo de superioridade:
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Adjetivos Gentílicos e Pátrios
Argélia – argelino Bagdá - bagdali
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
Bóston - bostoniano Braga - bracarense
- Comparativo de inferioridade:
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável. bucarestense Campos - campista
Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi- Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: Catalunha - catalão Chipre - cipriota
- Superlativo absoluto Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
Esta cidade é poluidíssima. bricense Cuiabá - cuiabano
Esta cidade é muito poluída. Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
- Superlativo relativo Egito - egípcio capixaba
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a Equador - equatoriano Évora - eborense
outros seres: Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
Este rio é o mais poluído de todos. Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Este rio é o menos poluído de todos. Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Gabão - gabonês Galiza - galego
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade - Goiânia - goianense Granada - granadino
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense

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Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita Os pronomes pessoais são os seguintes:
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho singular 1ª eu me, mim, comigo
Macapá - macapaense Macau - macaense 2ª tu te, ti, contigo
Madagáscar - malgaxe 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Maceió - maceioense
plural 1ª nós nós, conosco
Madri - madrileno Manaus - manauense
2ª vós vós, convosco
Marajó - marajoara Minho - minhoto 3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco
Montevidéu - montevideano Natal - natalense
PRONOMES DE TRATAMENTO
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
Pequim - pequinês Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-
Pisa - pisano
Porto - portuense tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
Quito - quitenho Póvoa do Varzim - poveiro
deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
São Paulo (Est.) - paulista você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Rio
Rio de Janeiro
Grande do (cid.)
Norte--carioca
potiguar
São Paulo (cid.) - paulistano Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
Salvador – salvadorenho, soteropolitano
Terra do Fogo - fueguino PRONOME ABREV. EMPREGO
Toledo - toledano
Três Corações - tricordiano Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Rio Grande do Sul - gaúcho
Tripoli - tripolitano Vossa Eminência V .Ema cardeais
Veneza - veneziano Varsóvia - varsoviano Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa
Vitória - vitoriense Magnificência V. Mag a reitores de universidades
Locuções Adjetivas Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral
Vossa Santidade V.S. papas
As expressões de valor adjet
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados
tantivos, chamam-se LOCUÇÕE ivo, formadas de preposições mais subs- Vossa Majestade V.M. reis, imperadores
S ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
ser substituídas por um adjetivo c São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
orrespondente.
cês.
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
PRONOMES 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
em gênero, número e pessoa, que repre- Considera-se errado seu emprego como complemento:
Pronome é a palavra variávelo, indicando-o como pessoa do discurso. Convidaram ELE para a festa (errado)
senta ou acompanha o substantivubstantivo, dizemos tratar-se de pronome Receberam NÓS com atenção (errado)
Quando o pronome representa o s EU cheguei atrasado (certo)
substantivo. ELE compareceu à festa (certo)
• Ele chegou. (ele)
• Convidei-o. (o) 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
rminando o substantivo, restringindo a ex- pronomes retos:
Quando o pronome vem detes tratar-se de pronome adjetivo. Convidei ELE (errado)
tensão de seu significado, dizemo Chamaram NÓS (errado)
• Esta casa é antiga. (esta) Convidei-o. (certo)
• Meu livro é antigo. (meu)s Chamaram-NOS. (certo)
Classificação dos Pronomeies de pronomes:
Há, em Português, seis espéc nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
• pessoais: eu, tu, ele/ela, ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
de tratamento: u, nosso, vosso, seu e flexões; reto seu emprego como complemento:
• possessivos: meu, teu, see, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; Informaram a ELE os reais motivos.
• demonstrativos: este, essanto e flexões; que, quem, onde; Emprestaram a NÓS os livros.
• relativos: o qual, cujo, qu um, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Eles gostam muito de NÓS.
• indefinidos: algum, nenhuer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
rios, tanto quanto, qualq 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
trem, nada, cada, algo. , qual, quanto, empregados em frases in- errado seu emprego como complemento:
• interrogativos: que, quem Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
terrogativas. Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)

PRONOMES PESSOAIS eles que representam as pessoas do dis- Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
Pronomes pessoais são aqu preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
curso: missor. MIM e TI:
1ª pessoa: quem fala, o e Ninguém irá sem EU. (errado)
Eu sai (eu) ós) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Nós saímos (n e (me) Ninguém irá sem MIM. (certo)
Convidaram-mos (nós) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
Convidaram-nfala, o receptor.
2ª pessoa: com quem se Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
Tu saíste (tu) ós) TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Vós saístes (v (te) como sujeito de um verbo no infinitivo.
Convidaram-teos (vós) Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
Convidaram-v uem se fala, o referente. Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
3ª pessoa: de que ou de q
Ele saiu (ele) les) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
Eles sairam (e gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de
Convidei-o (o) s) sujeito.
Convidei-os (o

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5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em exercendo função sintática de adjunto adnominal:
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Querida, gosto muito de SI. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
Querida, gosto muito de você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
Preciso muito falar com você. (certo) uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
déstia:
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Vós sois minha salvação, meu Deus!
Ele feriu-se
Cada um faça por si mesmo a redação 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
O professor trouxe as provas consigo nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados falamos dessa pessoa:
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com- VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
binações possíveis são as seguintes: pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
me+o=mo me + os = mos pronomes de terceira pessoa:
te+o=to te + os = tos Você trouxe seus documentos?
lhe+o=lho lhe + os = lhos Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los COLOCAÇÃO DE PRONOMES
lhes + o = lho lhes + os = lhos Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos 1. Antes do verbo - próclise
a, as. Eu te observo há dias.
me+a=ma me + as = mas
2. Depois do verbo - ênclise
te+a=ta te + as = tas
Observo-te há dias.
- Você pagou o livro ao livreiro? 3. No interior do verbo - mesóclise
- Sim, paguei-LHO. Observar-te-ei sempre.
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
representa o livreiro) com O (que representa o livro). Ênclise
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas direto ou indireto.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos O pai esperava-o na estação agitada.
indiretos: Expliquei-lhe o motivo das férias.
O menino convidou-a. (V.T.D ) Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l ) ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões) Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos: 3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado) Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado) 4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo) A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo) destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in- A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo: franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar. Próclise
Sofia deixou-se estar à janela. Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol- interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo: As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse. Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
Quem lhe ensinou esses modos?
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos: Quem os ouvia, não os amou.
A mim, ninguém me engana. Que lhes importa a eles a recompensa?
A ti tocou-te a máquina mercante. Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas- Papai do céu o abençoe.
mo vicioso e sim ênfase. A terra lhes seja leve.

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3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
Em se animando, começa a contagiar-nos. 1. Cálculo aproximado, estimativa:
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
pausa entre eles. O nosso homem não se deu por vencido.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Chama-se Falcão o meu homem
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Eu cá tenho minhas dúvidas
Mesóclise Cornélio teve suas horas amargas
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente 4. Afetividade, cortesia
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam Como vai, meu menino?
precedidos de palavras que reclamem a próclise. Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-
Dir-se-ia vir do oco da terra. tes de família.
Mas: É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-
Jamais se diria vir do oco da terra. de.
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando
Lembrarei-me (!?) não sabia o que dizer.
Diria-se (!?)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O Pronome Átono nas Locuções Verbais São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou coisa designada em relação à pessoa gramatical.
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
Podemos contar-lhe o ocorrido. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
Podemos-lhe contar o ocorrido. longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
Não lhes podemos contar o ocorrido. livro está longe de ambas as pessoas.
O menino foi-se descontraindo.
O menino foi descontraindo-se. Os pronomes demonstrativos são estes:
O menino não se foi descontraindo. ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. AQUELE (e variações), próprio (e variações)
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- MESMO (e variações), próprio (e variações)
cartes ." SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Emprego dos Demonstrativos
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. fala).
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da Este documento que tenho nas mãos não é meu.
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- Isto que carregamos pesa 5 kg.
gem escrita. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
PRONOMES POSSESSIVOS Este coração não pode me trair.
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- Esta alma não traz pecados.
indo-lhes a posse de alguma coisa. Tudo se fez por este país..
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o c) Para indicar o momento em que falamos:
livro pertence a 1ª pessoa (eu) Neste instante estou tranquilo.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Deste minuto em diante vou modificar-me.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. momento em que falamos:
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. Um dia destes estive em Porto Alegre.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no
qual se inclui o momento em que falamos:
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
Nesta semana não choveu.
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
Neste mês a inflação foi maior.
você).
Este ano será bom para nós.
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui- Este século terminará breve.
dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. Este assunto já foi discutido ontem.
Tudo isto que estou dizendo já é velho.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Só posso lhe dizer isto: nada somos.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se:
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com
suas mãos). quem se fala):
Não me respeitava a adolescência. Esse documento que tens na mão é teu?
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. Isso que carregas pesa 5 kg.
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.

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b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Tal pai, tal filho.
Esse teu coração me traiu. É pronome substantivo em frases como:
Essa alma traz inúmeros pecados. Não encontrarei tal (= tal coisa).
Quantos vivem nesse pais? Não creio em tal (= tal coisa)
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-
jamos distância: PRONOMES RELATIVOS
O povo já não confia nesses políticos. Veja este exemplo:
Não quero mais pensar nisso. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa:
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
O que você quer dizer com isso? casa é um pronome relativo.
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
falamos: PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-
Um dia desses estive em Porto Alegre. feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
Comi naquele restaurante dia desses. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
f) Para indicar aquilo que já mencionamos: No exemplo dado, o antecedente é casa.
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan- Outros exemplos de pronomes relativos:
te. Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
O lugar onde paramos era deserto.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: Traga tudo quanto lhe pertence.
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á Leve tantos ingressos quantos quiser.
3ª.
Aquele documento que lá está é teu? Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. Eis o quadro dos pronomes relativos:
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Naquele instante estava preocupado. Masculino Feminino
Daquele instante em diante modifiquei-me.
o qual a qual quem
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
os quais as quais
século, para exprimir que o tempo já decorreu. cujo cujos cuja cujas que
quanto quanta quantas onde
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
quantos
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
variações) para a primeira:
Observações:
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
e aquela tranquila.
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
sempre um substantivo sem artigo.
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
Com um frio destes não se pode sair de casa.
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
Nunca vi uma coisa daquelas.
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
Tenho tudo quanto quero.
reforçativo:
Leve tantos quantos precisar.
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações). A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. PRONOMES INDEFINIDOS
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
modo vago, impreciso, indeterminado.
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,
homens superiores. SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
Exemplos:
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: Algo o incomoda?
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
Não faças a outrem o que não queres que te façam.
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, Quem avisa amigo é.
ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Encontrei quem me pode ajudar.
Tal era a situação do país. Ele gosta de quem o elogia.
Não disse tal.
Tal não pôde comparecer. 2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu- CERTAS.
des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha Cada povo tem seus costumes.
QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Certas pessoas exercem várias profissões.
Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.
ou OUTRO TAL:
Suas manias eram tais quais as minhas. PRONOMES INTERROGATIVOS
A mãe era tal quais as filhas. Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de
Os filhos são tais qual o pai. modo impreciso à 3ª pessoa do discurso.

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Exemplos: 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que há? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Que dia é hoje? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Reagir contra quê? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Por que motivo não veio? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Quem foi? em que se fala:
Qual será? Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Quantos vêm? c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Quantas irmãs tens? Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
presente.
VERBO
CONCEITO Veja o esquema dos tempos simples em português:
Presente (falo)
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
as no tempo. Imperfeito (falava)
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- Mais- que-perfeito (falara)
ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e Futuro do presente (falarei)
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. do pretérito (falaria)
Assim fiz. Morreram.” Presente (fale)
(Clarice Lispector) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir: Futuro (falar)
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
a) Estado: se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
Não sou alegre nem sou triste. dos tempos simples.
Sou poeta. Infinitivo impessoal (falar)
b) Mudança de estado: Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
Meu avô foi buscar ouro.
Mas o ouro virou terra. FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
c) Fenômeno: Particípio (falado)
Chove. O céu dorme.
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de a) agente do fato expresso.
estado e fenômeno, situando-se no tempo. O carroceiro disse um palavrão.
(sujeito agente)
FLEXÕES O verbo está na voz ativa.
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- b) paciente do fato expresso:
xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: (sujeito paciente)
• a ação de cantar. O verbo está na voz passiva.
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). c) agente e paciente do fato expresso:
• o número gramatical (plural). O carroceiro machucou-se.
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). (sujeito agente e paciente)
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no O verbo está na voz reflexiva.
passado (indicativo).
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: Falo - Estudam.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). fora do radical.
Falamos - Estudarei.
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme- conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
cemos. cantei - cantarei – cantava - cantasse.
2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
adormece. d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
adormecem. tado - morto - enxugado - enxuto.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante gação.
em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. verbo ser: sou - fui
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. verbo ir: vou - ia
A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
Talvez a cachorra Baleia corra na frente. 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um explícito. Quase todos os verbos são pessoais.
pedido O Nino apareceu na porta.
Corra na frente, Baleia.

Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


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2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci- CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, sentido da frase.
etc. Exemplo:
Garoava na madrugada roxa. Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Houve um espetáculo ontem.
Há alunos na sala. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
claros. vando o mesmo tempo.
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Outros exemplos:
Fazia dois anos que eu estava casado. Os calores intensos provocam as chuvas.
Faz muito frio nesta região?
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Eu o acompanharei.
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) Ele será acompanhado por mim.
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
Todos te louvariam.
3ª pessoa do singular - quando significa:
Serias louvado por todos.
1) EXISTIR
Prejudicaram-me.
Há pessoas que nos querem bem.
Fui prejudicado.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
Condenar-te-iam.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Serias condenado.
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
2) ACONTECER, SUCEDER a) Presente
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
Não haja desavenças entre vós.
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
Eles estudam silenciosamente.
Eles estão estudando silenciosamente.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
- uma ação habitual.
Há meses que não o vejo.
Corra todas as manhãs.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
O homem é mortal.
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
pretérito imperfeito, e não no presente:
maior realce à narrativa.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
É o chamado presente histórico ou narrativo.
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Havia (e não HÁ) muito tempo que a polícia o procurava.
Amanhã vou à escola.
Qualquer dia eu te telefono.
4) REALIZAR-SE
b) Pretérito Imperfeito
Houve festas e jogos.
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
- um fato passado contínuo, habitual, permanente:
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
Ele andava à toa.
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e Nós vendíamos sempre fiado.
seguido de infinitivo): - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Em pontos de ciência não há transigir. por exemplo, no início das fábulas, lendas, histórias infantis.
Não há contê-lo, então, no ímpeto. Era uma vez...
Não havia descrer na sinceridade de ambos. - um fato presente em relação a outro fato passado.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. Eu lia quando ele chegou.
E não houve convencê-lo do contrário.
c) Pretérito Perfeito
Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de ocorrido, concluído.
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): Estudei a noite inteira.
De há muito que esta árvore não dá frutos. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
De há muito não o vejo. momento presente.
Tenho estudado todas as noites.
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª d) Pretérito mais-que-perfeito
pessoa do singular: Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em
Vai haver eleições em outubro. relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado):
Começou a haver reclamações. A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
Não pode haver umas sem as outras.
e) Futuro do Presente
Parecia haver mais curiosos do que interessados.
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
futuro em relação ao momento em que se fala.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser Irei à escola.
construída de três modos:
f) Futuro do Pretérito
Hajam vista os livros desse autor. Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
Haja vista os livros desse autor.
- um fato futuro, em relação a outro fato passado.
Haja vista aos livros desse autor.
- Eu jogaria se não tivesse chovido.

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


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- um fato futuro, mas duvidoso, incerto. NOMEAR
- Seria realmente agradável ter de sair? Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
nomeavam
vezes, ironia.
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-
- Daria para fazer silêncio?! ram
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
Modo Subjuntivo Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
a) Presente Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. COPIAR
Talvez eles estudem... não sei. Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
- um desejo, uma vontade: Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá-
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
reis, copiaram
b) Pretérito Imperfeito Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem
hipótese, uma condição.
Se eu estudasse, a história seria outra. ODIAR
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
e) Pretérito Perfeito Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis,
odiaram
características do modo subjuntivo).
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem
Que tenha estudado bastante é o que espero. Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato CABER
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo: Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui- Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam
lamente. Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos,
e) Futuro coubéreis, couberam
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu- Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
ído em relação a outro fato futuro. coubessem
Quando eu voltar, saberei o que fazer. Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
VERBOS IRREGULARES imperativo negativo
DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão CRER
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Conjugam-
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem se como crer, ler e descrer
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
DIZER
MOBILIAR Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem disseram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
AGUAR Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem dissesse
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
MAGOAR
Particípio dito
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-
ram FAZER
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
APIEDAR-SE Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais- Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
vos, apiadam-se Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei- Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
vos, apiedem-se Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
MOSCAR Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
PERDER
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
quem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
RESFOLEGAR PODER
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
resfolgam Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
resfolguem Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, pude-
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece ram

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
imperativo negativo Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
PROVER trouxéreis, trouxeram
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
reis, proveram Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão trouxessem
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
riam rem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Gerúndio trazendo
Particípio trazido
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
provessem VER
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Gerúndio provendo Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Particípio provido Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
QUERER Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- Particípio visto
reis, quiseram
Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram ABOLIR
Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
quisessem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,
REQUERER aboliram
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam
requereram Presente do subjuntivo não há
Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,
requerereis, requereram abolissem
Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
requererão Imperativo afirmativo abole, aboli
Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere- Imperativo negativo não há
ríeis, requereriam Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Infinitivo impessoal abolir
Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, Gerúndio abolindo
requeiram Particípio abolido
Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.
requerêsseis, requeressem,
Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, AGREDIR
requerem Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Gerúndio requerendo Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam
Particípio requerido Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam
O verbo REQUERER não se conjuga como querer. Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.

REAVER COBRIR
Presente do indicativo reavemos, reaveis Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
ram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, Particípio coberto
reouveram Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
vésseis, reouvessem FALIR
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, Presente do indicativo falimos, falis
reouverem Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
ta a letra v Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
SABER Presente do subjuntivo não há
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Imperativo afirmativo fali (vós)
soubéreis, souberam Imperativo negativo não há
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, Gerúndio falindo
soubessem Particípio falido
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir

MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir

FUGIR
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam ADVÉRBIO
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
vérbio, exprimindo uma circunstância.
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Os advérbios dividem-se em:
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
te, através, defronte, aonde, etc.
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Gerúndio indo melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Particípio ido 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
OUVIR mal, quase, apenas, etc.
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam 6) NEGAÇÃO: não.
Particípio ouvido
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
PEDIR provavelmente, etc.
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram Há Muitas Locuções Adverbiais
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
POLIR às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
REMIR ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
RIR
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram etc.
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Advérbios Interrogativos
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Palavras Denotativas
Gerúndio rindo Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Particípio rido rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Conjuga-se como rir: sorrir situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
VIR 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Mas que olhos lindos!
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Veja só que maravilha!

Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NUMERAL DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
tos simo simo
DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. simo simo
O numeral classifica-se em: CM 900 novecen- nongentési- nongentési-
- cardinal - quando indica quantidade. tos mo mo
- ordinal - quando indica ordem. M 1000 mil milésimo milésimo
- multiplicativo - quando indica multiplicação.
- fracionário - quando indica fracionamento. Emprego do Numeral
Exemplos: Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
Silvia comprou dois livros. empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
Antônio marcou o primeiro gol. João Paulo II (segundo) ano lll (ano terceiro)
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. Luis X (décimo) ano I (primeiro)
O galinheiro ocupava um quarto da quintal. Pio lX (nono) século lV (quarto)

QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS De 11 em diante, empregam-se os cardinais:


Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
Algarismos Numerais
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)
nos cos tivos
I 1 um primeiro simples - Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
II 2 dois segundo duplo meio XX Salão do Automóvel (vigésimo)
dobro VI Festival da Canção (sexto)
III 3 três terceiro tríplice terço lV Bienal do Livro (quarta)
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto emprego do ordinal.
VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo Hoje é primeiro de setembro
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo Não é aconselhável iniciar período com algarismos
IX 9 nove nono nônuplo nono 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
X 10 dez décimo décuplo décimo
XI 11 onze décimo onze avos A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-
primeiro nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
XII 12 doze décimo doze avos
segundo caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
XIII 13 treze décimo treze avos
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
terceiro
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
XIV 14 quatorze décimo quatorze
quarto avos
XV 15 quinze décimo quinze avos ARTIGO
quinto
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-
sexto avos los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
XVII 17 dezessete décimo dezessete Dividem-se em
sétimo avos • definidos: O, A, OS, AS
XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
oitavo Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
avos
XX 20 vinte vigésimo vinte avos Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos geral.
XL 40 quarenta quadragé- quarenta Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
simo avos terminado).
L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
simo avos
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta CONJUNÇÃO
avos
LXX 70 setenta septuagési- setenta avos Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
mo
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos Conjunções Coordenativas
XC 90 noventa nonagésimo noventa 1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
avos 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no
C 100 cem centésimo centésimo entanto, etc.
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc.
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequên-
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen- cia.
tos tésimo tésimo 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc.
D 500 quinhen- quingenté- quingenté-
tos simo simo Conjunções Subordinativas
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési- 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
mo mo 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por-
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. que, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
que, etc. causar incêndios.
6) INTEGRANTES: que, se, etc. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa-
de forma que, de modo que, etc. tivo:
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
mais, etc.
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
(Jorge Amado)

VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES Conjunções subordinativas


As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
Examinemos estes exemplos: outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
2º) Os livros ensinam e divertem. hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
3º) Saímos de casa quando amanhecia. Abrangem as seguintes classes:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração:
que, uma vez que, desde que.
é uma conjunção.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão li- efeito).
gando orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da Desde que é impossível, não insistirei.
mesma oração.
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma de- 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
penda da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
isso, a conjunção E é coordenativa. quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma (= como).
à outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjun- Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
ção QUANDO é subordinativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinati- "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
vas. (Paulo Mendes Campos)

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."


As conjunções coordenativas podem ser: (Antônio Olavo Pereira)
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. "E pia tal a qual a caça procurada."
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. (Amadeu de Queirós)
Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Os livros não só instruem mas também divertem. "Por que ficou me olhando assim feito boba?"
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam (Carlos Drummond de Andrade)
as flores.
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Os governantes realizam menos do que prometem.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-
sar disso, em todo caso. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. (= embora não).
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Beba, nem que seja um pouco.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
afirmações.
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
Ou você estuda ou arruma um emprego.
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
Ficaremos sentidos, se você não vier.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
"Já chora, já se ri, já se enfurece."
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
(Luís de Camões)
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con- que os mosquitos se opusessem."
(Ferreira de Castro)
seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
As árvores balançam, logo está ventando.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. são como (ou conforme) dizem.

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." 6) Concessiva (= embora, ainda que):
(Machado de Assis) Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo.
Beba, um pouco que seja.
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 7) Temporal (= depois que, logo que):
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
forma que, de maneira que, sem que, que (não). 8) Final (= pare que):
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. 9) Causal (= porque, visto que):
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. Coaraci)
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
Afastou-se depressa para que não o víssemos. disse. (sem que = embora não)
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.
Fiz-lhe sinal que se calasse. (sem que = se não,caso não)
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto (sem que = que não)
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan- 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
À medida que se vive, mais se aprende. Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. PREPOSIÇÃO
Observação:
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter-
que e na medida em que. A forma correta é à medida que: mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." segundo, um subordinado ou consequente.
(Maria José de Queirós) Exemplos:
Chegaram a Porto Alegre.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre Discorda de você.
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, Fui até a esquina.
etc. Casa de Paulo.
Venha quando você quiser.
Não fale enquanto come. Preposições Essenciais e Acidentais
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. ATRÁS.
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval-
cânti) Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-
tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
10) Integrantes: que, se. conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
Sabemos que a vida é breve. segundo, senão, tirante, visto, etc.
Veja se falta alguma coisa.

Observação: INTERJEIÇÃO
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
porém, não consigna esta espécie de conjunção. ser:
- alegria: ahl oh! oba! eh!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, - animação: coragem! avante! eia!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. - admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por- - desejo: tomara! oxalá!
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex- - dor: aí! ui!
to. Assim, a conjunção que pode ser: - silêncio: psiu! silêncio!
1) Aditiva (= e): - suspensão: alto! basta!
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
A nós que não a eles, compete fazê-lo. valor de uma interjeição.
2) Explicativa (= pois, porque): Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Apressemo-nos, que chove. Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
3) Integrante:
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva: SINTAXE
Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
Não vão a uma festa que não voltem cansados.
FRASE
Onde estavas, que não te vi?
Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
5) Comparativa (= do que, como):
O tempo está nublado.
A luz é mais veloz que o som.
Socorro!
Ficou vermelho que nem brasa.
Que calor!

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORAÇÃO TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
A fanfarra desfilou na avenida. significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
As festas juninas estão chegando. compreensão do enunciado.
1. OBJETO DIRETO
PERÍODO Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
Período é a frase estruturada em oração ou orações. transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.
O período pode ser:
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). 2. OBJETO INDIRETO
Fui à livraria ontem. Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
• composto - quando constituído por mais de uma oração. transitivo indireto.
Fui à livraria ontem e comprei um livro. As crianças precisam de CARINHO.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 3. COMPLEMENTO NOMINAL


São dois os termos essenciais da oração: Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
SUJEITO um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
O sujeito pode ser: O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
- simples: quando tem um só núcleo Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; (advérbio).
núcleo: rosas)
- composto: quando tem mais de um núcleo 4. AGENTE DA PASSIVA
O burro e o cavalo saíram em disparada. Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) voz passiva.
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal A mãe é amada PELO FILHO.
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Come-se bem naquele restaurante.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
Choveu ontem. TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Há plantas venenosas. função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
alguma circunstância.
PREDICADO
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. São termos acessórios da oração:
O predicado classifica-se em: 1. ADJUNTO ADNOMINAL
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
do sujeito.
substantivos. Pode ser expresso:
Nosso colega está doente.
• pelos adjetivos: água fresca,
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
• pelos artigos: o mundo, as ruas
PERMANECER, etc.
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
• pelos numerais: três garotos; sexto ano
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
Nosso colega está doente.
A moça permaneceu sentada.
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou 2. ADJUNTO ADVERBIAL
transitivo. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
O avião sobrevoou a praia. lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. Cheguei cedo.
O sabiá voou alto. José reside em São Paulo.
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio 3. APOSTO
de proposição. Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Minha equipe venceu a partida. desenvolve ou resume outro termo da oração.
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com Dr. João, cirurgião-dentista,
auxílio de preposição. Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
Ele precisa de um esparadrapo. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de 4. VOCATIVO
complemento com auxilio de preposição. Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
Damos uma simples colaboração a vocês. interpelar alguém ou alguma coisa.
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo Tem compaixão de nós, ó Cristo.
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais Professor, o sinal tocou.
predicativo do sujeito. Rapazes, a prova é na próxima semana.
Os rapazes voltaram vitoriosos.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, ANÁLISE SINTÁTICA:
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
Fui ao cinema.
direto ou indireto.
O pássaro voou.
Elegemos o nosso candidato vereador.

Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PERÍODO COMPOSTO ORAÇÃO PRINCIPAL
No período composto há mais de uma oração. Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens por um conectivo.
folgam.) ELES DISSERAM que voltarão logo.
ELE AFIRMOU que não virá.
Período composto por coordenação PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
Apresenta orações independentes.
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) ORAÇÃO SUBORDINADA
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Período composto por subordinação introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
Apresenta orações dependentes. nem sempre é a primeira do período.
(É bom) (que você estude.) Quando ele voltar, eu saio de férias.
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Período composto por coordenação e subordinação Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
período é também conhecido como misto. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
de um substantivo.
ORAÇÃO COORDENADA Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
Oração coordenada é aquela que é independente. substantivas classificam-se em:
As orações coordenadas podem ser: 1) SUBJETIVA (sujeito)
- Sindética:
Convém que você estude mais.
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção Importa que saibas isso bem. .
coordenativa. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
Viajo amanhã, mas volto logo.
- Assindética: 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou
Desejo QUE VENHAM TODOS.
ponto e vírgula.
Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Chegou, olhou, partiu.
A oração coordenada sindética pode ser:
3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
1. ADITIVA:
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
também:
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. 4) COMPLETIVA NOMINAL
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Complemento nominal.
Ser grato A QUEM TE ENSINA.
2. ADVERSATIVA: Sou favorável A QUE O PRENDAM.
Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). 5) PREDICATIVA (predicativo)
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. Não sou QUEM VOCÊ PENSA.

3. ALTERNATIVAS: 6) APOSITIVAS (servem de aposto)


Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
Mudou o natal OU MUDEI EU?
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, 7) AGENTE DA PASSIVA
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
(C. Meireles) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.

4. CONCLUSIVAS: ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, um adjetivo.
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. 1) EXPLICATIVAS:
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
5. EXPLICATIVAS: atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que informação.
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
2) RESTRITIVAS:
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. indispensáveis ao sentido da frase:
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. Pedra QUE ROLA não cria limo.
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos: As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
um advérbio. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Principais Casos de Concordância Nominal
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
O tambor soa PORQUE É OCO. gênero e número com o substantivo.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
comparação. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
O som é menos veloz QUE A LUZ. normalmente para o plural.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: para o masculino plural.
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
próximo:
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: Trouxe livros e revista especializada.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? mo.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro: 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. sujeito.
Meus amigos estão atrapalhados.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: tivo no gênero da pessoa a quem se refere.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
vão para o singular ou para o plural.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: Já estudei o primeiro e segundo livros.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
oração principal: que se referem.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Ela mesma veio até aqui.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. Eles chegaram sós.
Eles próprios escreveram.
10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
gerúndio, infinitivo e particípio. invariável quando é advérbio.
Quero meio quilo de café.
Minha mãe está meio exausta.
Exemplos:
É meio-dia e meia. (hora)
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM, tivo a que se referem.
conseguirás. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS A expressão em anexo é invariável.
ATENTOS. Trouxe em anexo estas fotos.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
entristeceu-se. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
MAIS. Vocês falaram alto demais.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure- O combustível custava barato.
me. Você leu confuso.
Ela jura falso.

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
sofrem variação normalmente. 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
Esses pneus custam caro. pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
Conversei bastante com eles. RECER concordam com o predicativo.
Conversei com bastantes pessoas. Tudo são esperanças.
Estas crianças moram longe. Aquilo parecem ilusões.
Conheci longes terras. Aquilo é ilusão.

CONCORDÂNCIA VERBAL 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
CASOS GERAIS corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Que são florestas equatoriais?
O menino chegou. Os meninos chegaram. Quem eram aqueles homens?
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
O pessoal ainda não chegou. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
A turma não gostou disso. a expressão numérica.
Um bando de pássaros pousou na árvore. São oito horas.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao Hoje são 19 de setembro.
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Os Estados Unidos são um grande país.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Os Alpes vivem cobertos de neve. fica no singular.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Três batalhões é muito pouco.
Flores já não leva acento. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
O Amazonas deságua no Atlântico.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Maria era as flores da casa.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- O homem é cinzas.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). concorda com o predicativo.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o Dançar e cantar é a sua atividade.
sujeito paciente. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Vende-se um apartamento.
Vendem-se alguns apartamentos. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o concorda com o pronome.
verbo para a 3ª pessoa do singular. A ciência, mestres, sois vós.
Precisa-se de funcionários. Em minha turma, o líder sou eu.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
singular e o verbo no singular ou no plural. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) apenas um deles deve ser flexionado.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. calmente do outro.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
sujeito. adjetivos).
Deu uma hora. Exemplos:
Deram três horas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
Bateram cinco horas. EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
Naquele relógio já soaram duas horas. PARA = passagem
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da A regência verbal trata dos complementos do verbo.
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Ela é que faz as bolas. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
Eu é que escrevo os programas. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é • pretender (transitivo indireto)
um pronome relativo. No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
Fui eu que fiz a lição 2. OBEDECER - transitivo indireto
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí- Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
veis. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
• que: Fui eu que fiz a lição. Já paguei um jantar a você.
• quem: Fui eu quem fez a lição. 4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• o que: Fui eu o que fez a lição. Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a Prefiro Comunicação à Matemática.
este sua impessoalidade. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. Informei-lhe o problema.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.

Língua Portuguesa 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7. ASSISTIR - morar, residir: 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
Assisto em Porto Alegre. como sujeito:
• amparar, socorrer, objeto direto O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
O médico assistiu o doente. pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto ficuldade, será objeto indireto.
Assistimos a um belo espetáculo. Custou-me confiar nele novamente.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto Custar-te-á aceitá-la como nora.
Assiste-lhe o direito.

8. ATENDER - dar atenção CRASE


Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Crase é a fusão da preposição A com outro A.
Atenderam o freguês com simpatia. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.

9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto EMPREGO DA CRASE


A moça queria um vestido novo.
• em locuções adverbiais:
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
à vezes, às pressas, à toa...
O professor queria muito a seus alunos.
• em locuções prepositivas:
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
em frente à, à procura de...
Todos visamos a um futuro melhor.
• APONTAR, MIRAR - objeto direto
• em locuções conjuntivas:
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
à medida que, à proporção que...
• pör o sinal de visto - objeto direto
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
as
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Fui ontem àquele restaurante.
Devemos obedecer aos superiores.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Desobedeceram às leis do trânsito.
Refiro-me àquilo e não a isto.
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos. A CRASE É FACULTATIVA
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. • diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a(à) sua secretária.
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Essas tuas justificativas não procedem. • diante de substantivos próprios femininos:
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se Dei o livro à(a) Sônia.
com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo
O secretário procedeu à leitura da carta. A:
Viajaremos à Colômbia.
14. ESQUECER E LEMBRAR (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna. • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Lembrei o recado, assim que o vi. Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: neza, etc.
Esqueceram-se da reunião de hoje. Viajaremos a Curitiba.
Lembrei-me da sua fisionomia. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).

15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. modifique.
• pagar - Pago o 13° aos professores. Ela se referiu à saudosa Lisboa.
• dar - Daremos esmolas ao pobre. Vou à Curitiba dos meus sonhos.
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. Às 8 e 15 o despertador soou.
• pedir - Pedi um favor ao colega.
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
da” ou "maneira":
O amor implica renúncia.
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
COM:
O professor implicava com os alunos
• Antes da palavra casa, se estiver determinada:
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
Referia-se à Casa Gebara.
ção EM:
Implicou-se na briga e saiu ferido
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso. Voltou à terra onde nascera.

Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. VÍRGULA
Mas: A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-
Os marinheiros vieram a terra. sa na fala. Emprega-se a vírgula:
O comandante desceu a terra. • Nas datas e nos endereços:
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o Largo do Paissandu, 128.
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
Vou até a (á ) chácara. • No vocativo e no aposto:
Cheguei até a(à) muralha Meninos, prestem atenção!
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
• A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino • Nos termos independentes entre si:
ocorrerá crase: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
Houve um palpite anterior ao que você deu.
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-
ocorrerá crase.
droeira.
Não gostei do filme a que você se referia.
Não gostei da peça a que você se referia. • Após alguns adjuntos adverbiais:
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
de: da vírgula:
Meu palpite é igual ao de todos Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
Minha opinião é igual à de todos.
• Após a primeira parte de um provérbio.
NÃO OCORRE CRASE O que os olhos não veem, o coração não sente.
• antes de nomes masculinos:
Andei a pé. • Em alguns casos de termos oclusos:
Andamos a cavalo. Eu gostava de maçã, de pera e de abacate.

• antes de verbos: RETICÊNCIAS


Ela começa a chorar. • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Cheguei a escrever um poema. Não me disseste que era teu pai que...
• em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara. • Para realçar uma palavra ou expressão.
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
Escrevi a Vossa Excelência. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
Dirigiu-se gentilmente à senhora.

• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: PONTO E VÍRGULA


Não falo a pessoas estranhas. • Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
Jamais vamos a festas. alguma simetria entre si.
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-
cido, guardando consigo a ponta farpada. "
PONTUAÇÃO • Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu
interior.
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
pausas da linguagem oral. calmo, resolveu o problema sozinho.
PONTO DOIS PONTOS
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla- • Enunciar a fala dos personagens:
rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
comuns ele é chamado de simples. • Para indicar uma citação alheia:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris- passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). que".
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-
PONTO DE INTERROGAÇÃO or:
É usado para indicar pergunta direta. Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
Onde está seu irmão? • Enumeração após os apostos:
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
A mim ?! Que ideia!

TRAVESSÃO
PONTO DE EXCLAMAÇÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. palavras ou frases
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! – "Quais são os símbolos da pátria?
Ó jovens! Lutemos! – Que pátria?

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). SIGNIFICADO DAS PALAVRAS:
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS.
vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma Quanto à significação, as palavras podem ser:
coisa". (M. Palmério). 1. Sinônimas - quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e
morrer, belo e bonito; longe e distante, etc.
• Usa-se para separar orações do tipo:
– Avante!- Gritou o general. 2. Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, bondade
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. e maldade, riqueza e pobreza.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam 3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico
uma cadeia de frase: mas são diferentes quanto ao significado.
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí. Os homônimos podem ser:
a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a
• A ponte Rio – Niterói. mesma pronúncia (homófonos):
cura (padre) - cura (do v. curar)
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. verão (estação) - verão (verbo ver)
são (sadio) - são (verbo ser)
ASPAS b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente
São usadas para: (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homó-
• Indicar citações textuais de outra autoria. fonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pro-
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) nome) - ele (letra)

• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se 4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaísmo, formas populares: diferentes.
Há quem goste de “jazz-band”. Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. (relativo a alunos) - docente (relativo a professores)

• Para enfatizar palavras ou expressões:


Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no
• Em casos de ironia: seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. interpretações.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
Observe os exemplos:
PARÊNTESES Denotação
Empregamos os parênteses: As estrelas do céu.
• Nas indicações bibliográficas. Vesti-me de verde.
"Sede assim qualquer coisa. O fogo do isqueiro.
serena, isenta, fiel".
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). Conotação
As estrelas do cinema.
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais: O jardim vestiu-se de flores.
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos O fogo da paixão.
fora das órbitas. Amália se volta)".
(G. Figueiredo) SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: figurado:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de Construí um muro de pedra - sentido próprio
fome." Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
(C. Lispector) A água pingava lentamente – sentido próprio.
• Para isolar orações intercaladas:
"Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada) FIGURAS DE LINGUAGEM
Sou eu para ela."
(M. Bandeira) Consideradas pelos autores clássicos gregos e romanos como inte-
COLCHETES [ ] grantes da arte da retórica, de grande importância literária, as figuras de
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. linguagem contribuem também para a evolução da língua.
Figuras de linguagem são maneiras de falar diferentes do cotidiano
ASTERISCO comum, com o fim de chamar a atenção por meio de expressões mais
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para vivas. Visa também dar relevo ao valor autônomo do signo linguístico, o que
alguma nota (observação). é característica própria da linguagem literária. As figuras podem ser de
dicção (ou metaplasmos), quando dizem respeito à própria articulação dos
BARRA vocábulos; de palavra (ou tropos), quando envolvem a significação dos
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas termos empregados; de pensamento, que ocorre todas as vezes que se
abreviaturas. apresenta caprichosamente a linguagem espiritual; ou de construção,
quando é conseguida por meios sintáticos.

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Metaplasmos. Todas as figuras que acrescentam, suprimem, permutam Quanto ao rr, para muitos conserva a geminação, na pronúncia trilada,
ou transpõem fonemas nas palavras são metaplasmos. Assim, por exem- como no castelhano (terra > terra); para outros os dois erres se simplificam
plo, mui em vez de muito; enamorado, em vez de namorado; cuidoso, em num r uvular, muito próximo do r grasseyé francês.
vez de cuidadoso; desvario, em vez de desvairo.
Consiste a vocalização na troca das consoantes finais de sílabas interi-
Figuras de palavras. As principais figuras de palavras são a metáfora, ores em i, ou u: (acceptus > aceito, absente > ausente). Muitos brasileiros
a metonímia e o eufemismo. Recurso essencial na poesia, a metáfora é a estendem isso ao l, como em "sol", que proferem "çóu", criando um ditongo
transferência de um termo para outro campo semântico, por uma compara- que não existe em português.
ção subentendida (como por exemplo quando se chama uma pessoa astuta Os vocábulos revelam, em sua evolução, metaplasmos que se classifi-
de "águia"). A metonímia consiste em designar um objeto por meio de um cam como de aumento, de diminuição, e de troca. Como exemplos de
termo designativo de outro objeto, que tem com o primeiro uma dentre acréscimos anotam-se os fonemas que se agregam às antigas formas. Em
várias relações: (1) de causa e efeito (trabalho, por obra); (2) de continente "estrela" há um e inicial, e mais um r, que não havia no originário stella.
e conteúdo (garrafa, por bebida); (3) lugar e produto (porto, por vinho do Observem-se essas evoluções: foresta > floresta, ante > antes. "Brata",
Porto); (4) matéria e objeto (cobre, por moeda de cobre); (5) concreto e oriundo de blatta, diz-se atualmente "barata". Decréscimos são supressões
abstrato (bandeira, por pátria); (6) autor e obra (um Portinari, por um quadro como as observadas na transformação de episcopus em "bispo". Ou em
pintado por Portinari); (7) a parte pelo todo (vela, por embarcação). O amat > ama, polypus > polvo, enamorar > namorar.
eufemismo é a expressão que suaviza o significado inconveniente de outra,
como chamar uma pessoa estúpida de "pouco inteligente", ou "descuida- Apontam-se trocas em certas transformações. Note-se a posição do r
do", ao invés de "grosseiro". em: pigritia > preguiça, crepare > quebrar, rabia > raiva. Os acentos tam-
bém se deslocam às vezes, deslizando para a frente (produção), como em
Figuras de construção e de pensamento. Tanto as figuras de constru- júdice > juiz, ou antecipando-se (correpção), como em amassémus >
ção quanto as de pensamento são às vezes englobadas como "figuras amássemos. A crase (ou fusão) é um caso particular de diminuição, carac-
literárias". As primeiras são: assindetismo (falta de conectivos), sindetismo terístico aliás da língua portuguesa, e consiste em se reduzirem duas ou
(abuso de conectivos), redundância (ou pleonasmo), reticência (ou interrup- três vogais consecutivas a uma só: avoo > avô, avoa > avó, aa > à, maior >
ção), transposição (ou anástrofe, isto é, a subversão da ordem habitual dos mor, põer > pôr. A crase é também normal em casos como "casa amarela"
termos). As principais figuras de pensamento são a comparação (ou ima- (káz ãmáréla).
gem), a antítese (ou realce de pensamentos contraditórios), a gradação, a
hipérbole (ou exagero, como na frase: "Já lhe disse milhares de vezes"), a Os metaplasmos são, em literatura, principalmente na poesia, figuras
lítotes (ou diminuição, por humildade ou escárnio, como quando se diz que de dicção. Os poetas apelam para as supressões, para as crases, para os
alguém "não é nada tolo", para indicar que é esperto). hiatos, como para recursos de valor estilístico. A um poeta é lícito dizer no
Brasil: "E o rosto of'rece a ósculos vendidos" (Gonçalves Dias). Quando
Figuras de sintaxe. Quando se busca maior expressividade, muitas ve- Bilac versifica: "Brenha rude, o luar beija à noite uma ossada" dá ao encon-
zes usam-se lacunas, superabundâncias e desvios nas estruturas da frase. tro u-a um tratamento diferente daquele que lhe notamos adiante em:
Nesse caso, a coesão gramatical dá lugar à coesão significativa. Os pro- "Contra esse adarve bruto em vão rodavam "no ar". No ar reduzido a um
cessos que ocorrem nessas particularidades de construção da frase cha- ditongo constitui uma sinérese. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publi-
mam-se figuras de sintaxe. As mais empregadas são a elipse, o zeugma, o cações Ltda.
anacoluto, o pleonasmo e o hipérbato.
Na elipse ocorre a omissão de termos, facilmente depreendidos do con- FIGURAS DE ESTILO
texto geral ou da situação ("Sei que [tu] me compreendes."). Zeugma é uma METÁFORA = significa transposição. Consiste no uso de uma palavra
forma de elipse que consiste em fazer participar de dois ou mais enuncia- ou expressão em outro sentido que não o próprio, fundamentando-se na
dos um termo expresso em apenas um deles ("Eu vou de carro, você [vai] íntima relação de semelhança entre coisas e fatos. A metáfora é sempre
de bicicleta."). O anacoluto consiste na quebra da estrutura regular da frase, uma imagem, isto é, representação mental de uma realidade sensível. É
interrompida por outra estrutura, geralmente depois de uma pausa ("Quem uma espécie de comparação latente ou abreviada. Por exemplo: Paulo é
o feio ama, bonito lhe parece."). O pleonasmo é a repetição do conteúdo um touro.
significativo de um termo, para realçar a ideia ou evitar ambiguidade ("Vi
com estes olhos!"). Hipérbato é a inversão da ordem normal das palavras COMPARAÇÃO = consiste em comparar dois termos, em que vêm ex-
na oração, ou das orações no período, com finalidade expressiva, como na pressos termos comparativos, constituindo-se em intermediário entre o
abertura do Hino Nacional Brasileiro: "Ouviram do Ipiranga as margens sentido próprio e o figurado. Por exemplo: Paulo é forte como um touro.
plácidas / de um povo heróico o brado retumbante. ("As margens plácidas METONÍMIA = significa mudança de nome. Consiste na troca de um
do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.") ©En- nome por outro com o qual esteja em íntima relação por uma circunstância,
cyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. de modo que um implique o outro. Há metonímia quando se emprega:
 o efeito pela causa = Sócrates tomou a morte(= o veneno).
Metaplasmo  a causa pelo efeito = Vivo do meu trabalho(= do produto de meu
As palavras, tanto no tempo quanto no espaço, estão sujeitas a altera- trabalho).
ções fonéticas, que chegam por vezes a desfigurá-las. Só se admite que a  o autor pela obra = Eu li Castro Alves(= a obra de Castro Alves).
palavra "cheio" era, em sua origem latina, o vocábulo plenus, porque leis
 o continente pelo conteúdo = Traga-me um copo d’água(= a água
fonéticas e documentos provam essa identidade.
do copo).
Metaplasmo é a alteração fonética que ocorre na evolução dos fone-  a marca pelo produto = Comprei um gol(= carro).
mas, dos vocábulos e até das frases. Os metaplasmos que dizem respeito  o conteúdo pelo continente = As ondas fustigavam a areia(= a
aos fonemas são vários. Na transformação do latim em português alguns praia).
foram frequentíssimos, como o abrandamento, a queda, a simplificação e a  o instrumento pela pessoa = Ele é um bom garfo(= comilão).
vocalização.  o sinal pela coisa significada = A cruz dominará o Oriente(= Cristi-
No caso do abrandamento, as consoantes fortes (proferidas sem voz) anismo).
tendem a ser proferidas com voz, quando intervocálicas (lupus > lobo,  o lugar pelo produto = Ele só fuma Havana(= cigarro da cidade de
defensa > defesa). Na queda, as consoantes brandas tendem a desaparer Havana).
na mesma posição (luna > lua, gelare > gear). Excetuam-se m, r, e por
vezes g (amare > amar, legere > ler, regere > reger). O b, excetuando-se SINÉDOQUE = consiste em alcançar ou restringir a significação própria
também, muda-se em v (debere > dever). de uma palavra. É o emprego do mais pelo menos ou vice-versa, isto é, a
troca de um nome pelo outro de modo que um contenha o outro.
Ocorre a simplificação quando as consoantes geminadas reduzem-se a
 a parte pelo todo = No horizonte surgia uma vela(= um navio).
singelas (bucca > boca, caballus > cavalo). O atual digrama ss não constitui
exceção, porque pronunciado simplesmente como ç (passus > passo).  o todo pela parte = O mundo é egoísta(= os homens).

Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 o singular pelo plural = O homem é mortal(= os homens). PERÍFRASE = rodeio de palavras, circunlóquio: por exemplo: A mais
 a espécie pelo gênero = Ganhei o pão com o suor do rosto(= ali- antiga das profissões (a prostituição).
mento).
 o indivíduo pela classe = Ele é um Atenas(= cidade culta). SINESTESIA = figura que se baseia na soma de sensações percebidas
 a espécie pelo indivíduo = No entender do Apóstolo…(São Paulo). por diferentes órgãos dos sentidos. Por exemplo: A ondulação sonora e
táctil entrava pelos meus ouvidos.
 a matéria pelo instrumento = Ela possui lindos bronzes(= objetos).
 o abstrato pelo concreto = A audácia vencerá(= os audaciosos). PARADOXO = expressão contraditória. Por exemplo: Ia divina, num
simples vestido roxo, que a vestia como se a despisse (Raul Pompéia).
CATACRESE = é o desvio da significação de uma palavra por outra,
APÓSTROFE = é uma invocação, um chamado emotivo. Por exemplo:
ante a inexistência de vocábulo apropriado. Origina-se da semelhança
Deuses impassíveis… Por que é que nos criastes? (Antero de Quental).
formal entre dois objetos, dois seres. É uma metáfora estereotipada. Por
exemplo: Dente de alho; pernas da mesa. GRADAÇÃO = é a disposição das ideias numa ordem gradativa. Por
ELIPSE = é a omissão de um termo da frase facilmente subentendido. exemplo: Homens simples, fortes, bravos… hoje míseros escravos sem ar,
Por exemplo: "Na terra tanta guerra, tanto engano, tanta necessidade sem luz, sem razão… (Castro Alves).
aborrecida, no mar tanta tormenta e tanto engano"(Camões). Os casos
ASSÍNDETO = é a ausência de conectivos numa sequência de frases.
mais comuns são de verbos (ser e haver), a conjunção integrante(que), a
Por exemplo: Destrançou os cabelos, soltou-os, trançou-os de novo (Pedro
preposição(de) das orações subordinadas substantivas indiretas e comple-
Rabelo).
tivas nominais, sujeito oculto.
ZEUGMA = é a omissão de um termo já expresso anteriormente na fra- HIPÉRBATO = é uma inversão dos termos da frase, uma alteração na
se. Por exemplo: Nem ele entende a nós, nem nós a ele. ordem direta. Por exemplo: Já da morte o palor me cobre o rosto (Álvares
de Azevedo).
PLEONASMO = consiste na repetição de uma mesma ideia por meio
de vocábulos ou expressões diferentes. Por exemplo: Resta-me a mim ANÁFORA = é a repetição de um termo no início das frases ou versos.
somente uma esperança. Por exemplo: Tem mais sombra no encontro que na espera. Tem mais
samba a maldade que a ferida (Chico Buarque de Holanda).
POLISSÍNDETO = é a repetição de uma conjunção. Por exemplo: E ro-
la, e rebola, como uma bola. ALITERAÇÃO = é a repetição de sons consonantais iguais ou seme-
lhantes. Por exemplo: E as cantilenas de serenos sons amenos fogem
ANACOLUTO = consiste na interrupção do esquema sintático inicial da
fluidas, fluindo à fina flor dos fenos (Eugênio de Castro).
frase, que termina por outro esquema sintático. Por exemplo: Este, o rei
que têm não foi nascido príncipe(Camões). ASSONÂNCIA = é a repetição de sons vocálicos iguais ou semelhan-
ONOMATOPEIA = consiste no uso de palavras que imitam o som ou a tes. Por exemplo: Até amanhã, sou Ana da cama, da cana, fulana, sacana
voz natural dos seres. Graças a seu valor descritivo, é também excelente (Chico Buarque de Holanda).
subsídio da linguagem afetiva. Por exemplo: Os sinos bimbalhavam ruido- PARANOMÁSIA = é o encontro de duas palavras muito semelhantes
samente. quanto à forma. Por exemplo: Ser capaz, como um rio, (…) de lavar do
RETICÊNCIA = consiste na proposital suspensão do pensamento, límpido a mágoa da mancha (Thiago de Mello).
quando se julga o silêncio mais expressivo que as palavras. Por exemplo: Fonte: http://www.micropic.com.br/noronha/grama_fig.htm
Nós dois … e, entre nós dois, implacável e forte.

SILEPSE = concordância ideológica. A concordância não é feita com o


elemento gramatical expresso, mas sim com a ideia, com o sentido real. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

A silepse pode ser: de gênero = Vossa Majestade mostrou-se genero- A comunicação verbal se processa da seguinte forma: o emissor envia
so. (V.Majestade = feminino e generoso = masculino); de número = O povo mensagem ao receptor. Para que possa ser compreendida, a mensagem
lhe pediram que ficasse. (o povo = singular e pediram = plural); de pessoa = requer um contexto, isto é, uma situação a que ela se refere; um código
Os brasileiros somos nós.(os brasileiros = 3ª pessoa e somos = 1ª pessoa). pelo menos parcialmente comum entre o emissor e o receptor e, finalmente,
um canal que torne possível a comunicação.
ANTÍTESE = consiste na exposição de uma ideia através de conceitos
ou pensamentos opostos, quer fazendo confrontos, quer associando-os. No ato de comunicação verbal, podemos dar maior ênfase a um fator
Por exemplo: Buscas a vida, e eu a morte; procuras a luz, e eu as trevas. do que a outro. Daí a existência de seis funções da linguagem:
. Emotiva
IRONIA = consiste no uso de uma expressão, pela qual dizemos o con- . Conativa
trário do que pensamos com intenção sarcástica e entonação apropriada.
. Referencial
Por exemplo: A excelente D. Celeste era mestra na arte de judiar dos
alunos. . Fática
. Metalinguística
EUFEMISMO = consiste no uso de uma expressão em sentido figurado . Poética
para suavizar, atenuar uma expressão rude ou desagradável. Por exemplo:
A função emotiva centraliza -se no próprio emissor, na primeira pessoa
Ficou rico por meios ilícitos (= roubou).
do discurso, procurando expressar sentimentos e emoções. O uso de
HIPÉRBOLE = consiste em exagerar a realidade, a fim de impressionar interjeições e sinais de pontuação, com o ponto de exclamação e as reti-
o espírito de quem ouve. Por exemplo: Ele se afogava num dilúvio de cências, é característica dessa função da linguagem.
cartas. Ex: meu amor, tem dó!
PROSOPOPEIA = consiste na personificação de coisas e evocação de Ah! morena, tem pena...
deuses ou de mortos. Por exemplo: As estrelas disseram-me: aqui esta- A função conativa centraliza -se no receptor, na segunda pessoa (com
mos. quem está falando), procurando influenciá-lo. O uso do imperativo é a
característica dessa função da linguagem.
ANTONOMÁSIA = substituição de um nome próprio por um nome co-
mum, por uma apelido ou por um título que tornou a pessoa conhecida. Por Os anúncios publicitários, na intenção de convencer o receptor, utilizam
exemplo: O Mártir da Inconfidência (para Tiradentes). em larga a função conativa.
Ex: não deixe a peteca cair.

Língua Portuguesa 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observe a força expressiva dos verbos no modo imperativo na tentativa 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
de influenciar o comportamento do receptor. conformidade com a norma culta.
A função referencial centraliza -se no contexto, no referente, e tem por Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
finalidade a própria informação, procurando transmitir dados da realidade interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
de maneira objetiva, utiliza, Sobretudo, a denotação. santes, como resistência e flexibilidade.
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
“O plano econômico divulgado pelo governo é relevante, por repor a re- componentes para a indústria.
forma fiscal na agenda do dia, mas não passa de uma tentativa de pacto (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
entre União, Estados e Municípios contra o contribuinte”. componentes para a indústria.
(Folha de São Paulo, 08/11/92) (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de compo-
nentes para a indústria.
A função fática centraliza -se no canal e tem por finalidade estabelecer, (D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
prolongar ou interromper o processo de comunicação. Quando atendemos componentes para a indústria.
ao telefone e dizemos “alô”. Estamos fazendo uso dessa função da lingua- (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
gem. componentes para a indústria.
Veja um exemplo:
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
- Como vai? para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
- Tudo bem! ele está empregado conforme o padrão culto.
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
- Claro! Sem dúvida... (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
- Sabe... hum!.., hum! Tá me entendendo? (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
- Claro! é isso aí.
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
A função metalinguística concentra-se no próprio código: procura falar
do próprio código, ou verificar-se ele é comum ao emissor e ao receptor. o 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
texto abaixo serve como exemplo de uso dessa função de linguagem: correta em:
- O médico disse que eu estou com um pólipo no intestino. (A) As características do solo são as mais variadas possível.
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
- Mas o que é pólipo? (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
- Pólipo é um tumor pediculado. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
- E o que é pediculado? (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.

- É um tumor em forma de pedículo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
- Mas o que é pedículo? flexão de grau.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
-...Deixa para lá... de qualquer forma, é bom mesmo você ir tirar esse
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
“pólipo”.
te as férias.
Dizemos que há metalinguagem quando se utiliza um código para se (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
falar dele próprio. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Assim, um filme que discorre sobre o próprio cinema, um poema que (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
fala sobre a própria poesia, são exemplos de utilização da metalinguagem.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
A função poética centraliza -se na própria mensagem. vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
É importante saber que dificilmente você encontrará um texto que ocor- 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
ra apenas uma única função da linguagem. Um mesmo texto pode apresen- estatal ciência e tecnologia.
tar diversas funções da linguagem. Mas sempre haverá uma predominante. (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
(C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
PROVA SIMULADA (E) a ... do ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(C) O processo foi julgado em segunda estância. (A) ao ... a ... à
(D) O problema passou despercebido na votação. (B) àquele ... à ... à
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (C) àquele...à ... a
(D) ao ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (E) àquele ... a ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(C) A colega não se contera diante da situação. norma culta.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. trarão grandes benefícios às pesquisas.
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: com o meio ambiente.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. vendo projetos na área médica.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. sentadas pelos economistas.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
litoral ou aproveitam férias ali.
Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles
(C) seus ... nas ... los ... deles O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu sobre o balcão.
(E) seus ... lhes ... eles ... neles
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem a
(A) processo e livro.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(B) livro do processo.
com o padrão culto.
(C) processos e processo.
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
(D) livro de registro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
(E) registro e processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
acima:
I. há, no período, duas orações;
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
direto e indireto em:
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
Está correto o contido apenas em
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
(A) II e IV.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
(B) III e IV.
(C) I, II e III.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(D) I, II e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(E) I, III e IV.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
pelo Juiz;
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração te ao da palavra mas;
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.

Língua Portuguesa 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
dos galhos da velha árvore. investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(A) Quem podou? e Quando podou? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
(D) Que vizinho? e Que galhos? (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
(E) Quando podou? e Podou o quê? (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
(E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- RESPOSTAS
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- 01. D 11. B 21. B
ção em:
02. A 12. A 22. A
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. 03. C 13. C 23. C
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
04. E 14. E 24. E
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. 05. A 15. C 25. D
06. B 16. A 26. E
25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. 07. D 17. B 27. B
Considere:
08. E 18. E 28. C
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de 09. C 19. D 29. D
modo; 10. D 20. A 30. B
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato;
IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
Está correto o contido apenas em
(A) I, II e III. (B) I, II e IV.
(C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V.

26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,


indicando concessão, é:
(A) para poder trabalhar fora.
(B) como havia programado.
(C) assim que recebeu o prêmio.
(D) porque conseguiu um desconto.
(E) apesar do preço muito elevado.

27. É importante que todos participem da reunião.


O segmento que todos participem da reunião, em relação a
É importante, é uma oração subordinada
(A) adjetiva com valor restritivo.
(B) substantiva com a função de sujeito.
(C) substantiva com a função de objeto direto.
(D) adverbial com valor condicional.
(E) substantiva com a função de predicativo.

28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-
lecida pelo termo como é de
(A) comparatividade. (B) adição.
(C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência.

29. A região alvo da expansão das empresas, , das redes de


franquias, é a Sudeste, as demais regiões também serão
contempladas em diferentes proporções; haverá, , planos di-
versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
possíveis franqueados.
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
(C) ou seja ... embora ... pois
(D) ou seja ... mas ... portanto
(E) isto é ... mas ... como

Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lar. O arquivista pode recorrer a especialistas para decidir quanto à destina-
ção dos documentos.
O primeiro tratado moderno de arquivística, de autoria dos holandeses
Samuel Muller, Johan Adriaan Feith e Robert Fruin, data de 1898 e intitula- se,
em edição brasileira, Manual de arranjo e descrição de arquivos (1960).
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

ARQUIVOLOGIA CONCEITO
Considerada disciplina, técnica e arte, a arquivologia é uma ciência Arquivos são conjuntos organizados de documentos, produzidos ou re-
au- xiliar da história. Fonte de consulta para todos os fins, um arquivo cebidos e preservados por instituições públicas ou privadas, ou mesmo
organiza- do constitui valioso patrimônio e pode documentar o passado pessoas físicas, na constância e em decorrência de seus negócios, de suas
de uma nação. atividades específicas e no cumprimento de seus objetivos, qualquer que seja
a informação ou a natureza do documento.
Arquivologia é o conjunto de conhecimentos sobre a organização de
arquivos, tanto no que se refere ao recolhimento e conservação de docu- Os arquivos, portanto, podem ser públicos ou privados.
mentos, títulos e textos de valor permanente e elaboração dos 1. Arquivos públicos: são conjuntos de documentos produzidos ou
respectivos instrumentos de pesquisa, como no que toca à eliminação de
recebidos por órgãos governamentais, em nível federal, estadual ou muni-
peças de valor transitório e controle dos arquivos em formação. Inclui
cipal, em decorrência de suas atividades administrativas, judiciárias ou
também as tarefas dos arquivistas. O termo arquivística pode, de modo
legislativas. Existem três espécies de arquivos públicos: correntes, tempo-
geral, ser empregado como sinônimo de arquivologia.
rários e permanentes:
Os arquivos de determinada origem constituem um todo orgânico de-
• Correntes: conjuntos de documentos atuais, em curso, que são objeto de
nominado fundo, grupo, núcleo ou corpo de arquivos, no qual se incluem
consultas e pesquisas frequentes.
documentos escritos e iconográficos, como os audiovisuais, discos, fitas
magnéticas e filmes. Começam também a ser objeto da arquivologia os • Temporários: conjunto de documentos oriundos de arquivos correntes
arquivos eletrônicos. Os arquivos econômicos, de empresas comerciais, que aguardam remoção para depósitos temporários.
bancárias, industriais, desde que se revistam de importância histórica,
como ocorre, em alguns casos, com papéis de famílias e pessoas ilustres, • Permanentes: são conjuntos de documentos de valor histórico, cientí-
interessam à arquivística. fico ou cultural que devem ser preservados indefinidamente.

A preocupação dos governos e autoridades em conservar determina- 2. Arquivos privados: são conjuntos de documentos produzidos ou
dos documentos em lugares seguros por motivos de ordem recebidos por instituições não públicas, ou por pessoas físicas, devido a suas
administrativa, jurídica ou militar, remonta à antiguidade, sobretudo no atividades específicas.
que diz respeito a títulos de propriedade. Os eruditos do Renascimento Assim, o arquivo de uma empresa, por exemplo, reflete sua atividade, seu
foram os primeiros a ocupar-se dos arquivos como fonte da história, porte e seus objetivos. Documentos de natureza diversa, colecionados com
dando início aos estudos de diplomática, que levariam à moderna crítica outros objetivos, não devem misturar-se com o arquivo principal, já que o
histórica. A partir da revolução francesa, os arquivos tornaram-se bem tratamento que a eles se deve dar é diferente. Uma empresa imobiliária de
público, proclamando-se o direito do povo de acesso aos documentos, porte médio forçosamente terá um arquivo composto de documentos relativos
cuja preservação foi oficialmente reco- nhecida como de à atividade que desenvolve. Haverá contratos de locação, de imóveis
responsabilidade do Estado. residenciais e comerciais; opções de venda de casas, apartamen- tos,
Uma arquivística essencialmente voltada para os diplomas terrenos; cartas pedindo informações; contratos de compra e venda; certidões;
medievais surgiu no século XIX, principalmente após a criação da École traslados; anúncios em jornais; relatórios e vistorias e outros documentos
des Chartes (Escola das Cartas), que passaria a formar arquivistas ligados ao setor. Um catálogo de livros de uma editora, por
paleógrafos altamen-
e qualificados. Em meados do mesmo século lançaram-se as bases da
arquivística moderna, com os princípios do respect des fonds (todos os
documentos originais de uma autoridade administrativa, corporação ou
família devem ser mantidos em grupos, separados segundo a natureza das
instituições que os criaram); da proveniência (os documentos públicos
devem ser agrupados de acordo com as unidades administrativas que os
originaram); do respeito à ordem original (o arranjo dado aos documentos
pelos órgãos criadores deve ser mantido nos arquivos gerais ou de custódia
permanente); e da centralização (unidade e indivisibilidade dos arquivos
públicos nacionais).
Uma série de fatos novos, diretamente relacionados com os progressos
da civilização, marcam a arquivologia na segunda metade do século XX.
São eles, entre outros: adoção de arquitetura moderna e funcional nos
prédios de arquivos; uso de microfilmagem de substituição; programas de
história oral; restauração de documentos pelo emprego de máquinas e
material sintético; intervenção dos arquivistas na gestão de papéis adminis-
trativos e nos arquivos econômicos, pessoais e familiares; aparecimento de
depósitos intermediários de arquivos ou centros de pré-arquivamento;
tentativas de aplicar as conquistas da eletrônica ao trabalho arquivístico.
O grande problema da arquivologia contemporânea é o volume de pa-
péis criados e acumulados pelas administrações e a necessária eliminação
de documentos depois de avaliados. O arquivista desenvolve padrões de
avaliação, elabora planos de descarte, prepara tabelas e listas de material
repetitivo de descarte automático. As listas e tabelas de descarte especifi-
cam o período de retenção de documentos comuns à maioria dos serviços
existentes, e tabelas especiais cogitam de cada administração em particu-
Conhecimentos Específicos 51 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exemplo, foge ao objetivo dessa empresa e, naturalmente, não deve
fazer parte do arquivo principal. Tratando-se, porém, de uma empresa
ligada à área educacional, a abordagem seria outra, pois catálogo de ORGANIZAÇÃO
livros é fun- damental a sua própria sobrevivência, enquanto certidões,
traslados, op- ções de compra de terrenos e outros documentos próprios O arquivo precisa ser organizado de forma que proporcione condições de
do ramo imobili- ário seriam afastados do arquivo principal. segurança, precisão, simplicidade, flexibilidade e acesso:
•Segurança: o arquivo deve apresentar condições mínimas de segu-
IMPORTÂNCIA rança, incluindo-se medidas de prevenção contra incêndio, extravio, roubo e
deterioração. Dependendo da natureza do arquivo, é importante cuidar do
A importância dos arquivos é tão evidente que a própria Constituição
sigilo, impedindo ou dificultando o livre acesso a documentos confidenciais.
Federal, em seus artigos 215 e 216, determina:
•Precisão: o arquivo deve oferecer garantia de precisão na consulta a
“Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos
documentos e assegurar a localização de qualquer documento arquivado, ou
cul- turais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará
de qualquer documento que tenha sido dele retirado.
a valorização e a difusão das manifestações culturais.
•Simplicidade: o arquivo precisa ser simples e de fácil compreensão. As
§ 1° O Estado protegerá as manifestações das culturas populares,
possibilidades de erros são reduzidas em arquivos simples e funcionais. O
in- dígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do
número e a variedade de documentos não exigem necessariamente um
processo civilizatório nacional.
arquivo complexo e de difícil entendimento.
§ 2° A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta
•Flexibilidade: o arquivo deve acompanhar o desenvolvimento ou
signi- ficação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
crescimento da empresa, ou órgão público, ajustando-se ao aumento do
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de volume e à complexidade dos documentos a serem arquivados. As normas de
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, classificação não devem ser muito rígidas, pois apenas dificultam a atividade
portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes de arquivamento.
grupos forma- dores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
•Acesso: o arquivo deve oferecer condições de consulta imediata, pro-
I — as formas de expressão; porcionando pronta localização dos documentos.
II — os modos de criar, fazer e viver; A procura de documentos de todos os tipos aumentou muito nos últi- mos
anos, graças principalmente à necessidade cada vez maior de infor- mações.
III — as criações científicas, artísticas e tecnológicas; O arquivo não se reduz apenas a guardar documentos; significa também uma
IV — as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços fonte inesgotável de informações, que pretende atender a todos e a todas as
destinados às manifestações artístico-culturais; questões.
REFERÊNCIAS CRUZADAS
V — os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artís- tico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. A expressão referências cruzadas é largamente usada pelas pessoas
que lidam com arquivos, enquanto entre os bibliotecários a palavra mais
§ 1° O Poder Público, com a colaboração da comunidade, empregada é remissão.
promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de A principal finalidade das referências cruzadas é a de informar a quem
outras formas de acautela- mento e preservação. for consultar o arquivo que determinado assunto ou nome está arquivado
§ 2° Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da em tal pasta. As referências cruzadas podem vir em pequenas fichas,
principalmente quando colocadas em índices. Quando, porém, guardadas
documentação governamental e as providências para
nos próprios arquivos, devem estar escritas em folhas de papel e inseridas
franquear sua consulta a quantos dela necessitem. nas respectivas pastas. Por exemplo, um fornecedor do Mappin provavel-
§ 3° A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento mente terá uma pasta com esse nome no arquivo, apesar de a razão social
de bens e valores culturais. dessa loja de departamento ser “Casa Anglo Brasileira S:A.”. Recomenda-
se, nesse caso, que se escreva numa ficha ou folha de papel:
§ 4° Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na
forma da lei. É muito comum encontrar anotações como “Veja também”, indicando
que o assunto ou nome possui outras ligações importantes. Suponha-se
§ 5° Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de uma empresa que se dedica principalmente ao comércio exterior. E prová-
reminiscências históricas dos antigos quilombos.” vel que ela arquive os conhecimentos aéreos relativos à carga transportada
No Brasil, o Arquivo Nacional, previsto na Constituição de 1824, foi numa pasta de ‘Carga Aérea”. Entretanto, essas exportações são efetuadas
cri- ado em 1836. por uma companhia aérea, por exemplo, a VARIG. Nesse caso, recomen-
da-se que se abra uma pasta em nome de VARIG, em que poderão ser
No passado, a preservação do patrimônio documental era encarada colocados, por exemplo, os horários dos voos, inclusive dos voos carguei-
principalmente por seu valor histórico. Após a Segunda Guerra Mundial, ros, as cidades que ela serve, as conexões possíveis, as tarifas de carga
começaram a aparecer as primeiras preocupações com uma nova aérea e outras informações pertinentes, e ainda uma observação: Veja
concep- ção arquivística, em que o documento perdia seu exclusivo também Carga Aérea.
enfoque históri- co. Surgiam outros aspectos relevantes, como a
racionalização da informa- ção, a eficiência administrativa e a finalidade Igualmente no caso de siglas, deve-se fazer uma referência cruzada.
prática na tomada de deci- sões. Assim, pode-se abrir uma pasta para Cacex e fazer uma referência para
Carteira de Comércio Exterior, ou vice-versa. O importante é que a pasta
A difusão da informação de conteúdo técnico e científico, a nova fique com a forma mais conhecida e mais fácil. Por exemplo, talvez seja
men- talidade que se introduz na administração pública, a necessidade preferível abrir uma pasta para “Instituto Nacional do Livro” e uma referên-
de pes- quisa constante e sistemática, objetivando particularmente a cia cruzada para “INL”, para não se fazer confusão com IML (Instituto
correta tomada de decisão pela empresa privada, favoreceram o Médico Legal).
surgimento de um novo enfoque do arquivo, distante daquele critério
eminentemente histórico. Como consequência, o conceito de arquivo De um lado, a referência cruzada é muito importante, pois ajuda e agili-
ampliou-se de tal forma que sua importância ultrapassou os limites que za o funcionamento do arquivo, porém, de outro, deve-se tomar cuidado e
até há bem pouco tempo existiam. Atualmente, já não se conseguem evitar o excesso de referências que acarretam volume muito grande de
restringir e delimitar o campo de atuação e a utilidade do arquivo. Sua papéis, congestionando, consequentemente, o arquivo.
importância e seu potencial de crescimento são ilimitados. TRANSFERÊNCIA

Conhecimentos Específicos 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Há documentos que estão sujeitos ao fator tempo, isto é, há aqueles tão, irá acarretar grande perda de tempo, já que o arquivo inteiro terá de
que têm valor de um ano; outros de dois, três, cinco ou mais anos; ser analisado.
outros, ainda, possuem valor permanente e nunca poderão ser
destruídos. • Transferências diárias: são as mais recomendáveis, porque mantêm em
ordem os arquivos ativos. O trabalho poderá ser grandemente facili- tado
Os documentos também podem ser analisados pela frequência de se do documento já arquivado constar sua validade ou vencimen- to, ou
sua utilização: alguns são muito procurados, outros são consultados marcação indicando a data da transferência. Dessa forma, as
poucas vezes, ou quase nunca, e ainda existem aqueles que, após a transferências podem ser feitas no mesmo instante em que se arquiva ou
conclusão do fato que os criou, não servirão para mais nada. se consulta um documento qualquer.
Com o passar do tempo, observa-se que os arquivos ficam sobrecarre- • Conservação e proteção de documentos
gados de papéis, dificultando o trabalho e, na maioria dos casos, a tendên-
cia é adquirir móveis novos, na tentativa de se resolver o problema de Determina-se o valor do documento levando em consideração todas as
espaço. Solução muito mais lógica, econômica e eficaz é a de eliminar ou finalidades que possui e seu tempo de vigência, que muitas vezes se
destruir o que não tem mais valor e transferir o que se encontra em desuso subordina a imperativos da lei. Nesse sentido, pode-se organizar um qua-
ou desatualizado para local apropriado. Assim, transferência é a operação dro ou tabela de prazos de vigência para os diversos documentos, facilitan-
que visa separar os documentos que ainda estão em uso, ou são bastante do sobremaneira o trabalho do arquivista. Os documentos são classificados
consultados, daqueles que perderam sua utilidade prática, mas não seu por seu valor em: permanentes - vitais, permanentes e temporários.
valor. • Permanentes - vitais: são documentos que devem ser conservados
A transferência pretende: indefinidamente, pois possuem importância vital para a empresa, isto é,
• liberar o arquivo de papéis sem utilidade prática atual; sem eles a empresa não tem condições de funcionar. Citam-se, entre
• manter espaço disponível e de fácil manuseio nos arquivos em uso ou outros: contratos; escrituras; estatutos; livros de atas; livros de registros
ativos; de ações; cartas - patentes; fórmulas (químicas); procurações.
• facilitar o trabalho de arquivar, localizar e consultar documentos nos • Permanentes: são documentos que devem ser guardados indefinida-
arquivos; mente, porém não têm importância vital. Como exemplo, podem-se re-
• manter o arquivo em bom estado de conservação, aumentando sua lacionar: rela tórios anuais; registros de empregados; livros e registros
vida útil; e contábeis; recibos de impostos e taxas; avaliações; e outros.
• reduzir ou eliminar despesas desnecessárias com novos equipamen-
tos. • Temporários: são documentos que têm valor temporário de um, dois,
Portanto, as transferências de documentos devem ser cuidadosas e cri- cinco ou mais anos. Recomenda-se a confecção de um quadro ou ta-
teriosamente estudadas e planejadas, considerando as diferenças não bela, com anotação da vigência do documento que, naturalmente, se-
apenas quanto à frequência do uso ou da consulta, mas também quanto a guirá critérios determinados pela própria empresa. Assim, são temporá-
seu valor. rios: recibos; faturas; notas fiscais; contas a receber e a pagar; extratos
bancários; apólices de seguro; folhetos; correspondência; memorandos
Tipos de arquivo e outros.
No que se refere à frequência do uso ou consulta, existem três tipos de Os documentos considerados vitais para a empresa, além de serem
arquivos: arquivo ativo, arquivo inativo e arquivo morto. conservados indefinidamente, devem merecer cuidados especiais, notada-
Arquivo ativo: mantém arquivados os documentos e papéis de uso, mente de proteção contra incêndios, inundações, furtos, desabamentos e
consulta e referência constantes e atuais, ou que se encontram em fase de outros eventos. A perda ou destruição de tais documentos pode, em casos
conclusão. extremos, significar até o fracasso total de uma empresa. Existem algumas
formas de proteger esses documentos:
Arquivo inativo: guarda documentos e papéis que oferecem menor
frequência de uso, consulta ou referência. • Utilização de cofres a prova de fogo.

Arquivo morto: armazena documentos de frequência de uso, consulta • Preparação de cópias adicionais dos documentos e envio delas a
ou referência quase nulas. No entanto, não se deve considerar este arquivo outros lugares para guarda, como cofres de bancos, cofres de filiais da
como um “depósito de lixo”, mesmo porque os documentos definidos como empresa, ou escritórios de advogados.
inúteis ou imprestáveis devem ser destruídos. O arquivo morto precisa, • Microfilmagem de todos os documentos vitais e conservação dos
inclusive, ser organizado dentro das mesmas técnicas e regras que preva- microfilmes em local seguro.
lecem para o arquivo ativo, pois muitas vezes serão necessárias a imediata
localização e a consulta a papéis em desuso. A conservação e a proteção desses documentos devem ser acompa-
nhadas de um registro que especifique o modo, a data e o local para onde
Uma empresa que tenha, por exemplo, 50 anos de existência deverá foram encaminhados, de forma que possam ser localizados imediatamente.
manter em seu arquivo morto o registro de todos seus antigos empregados,
mesmo que entre eles existam alguns já aposentados ou falecidos. A
destruição desses registros só será possível ou permitida no caso de se CENTRALIZAÇÃO OU DESCENTRALIZAÇÃO?
proceder a uma completa microfilmagem.
Trata-se de uma questão muito comum, principalmente nas grandes
Destaque-se que se deve fazer anotação dos documentos transferidos empresas. A centralização dos arquivos proporciona vantagens, mas exis-
e, no caso de destruição, registro da data em que ocorreu a destruição e tem desvantagens que naturalmente devem ser conhecidas antes de se
referência ao conteúdo deles. tomar uma decisão sobre o assunto. As principais vantagens da centraliza-
ção são as seguintes:
Atualização de arquivo
• Eficiência: devido à centralização, tende-se a manter um especialista
Existem três tipos de transferências de documentos ou papéis de um
em arquivística, o que sem dúvida melhora a eficiência e a rapidez do
arquivo para outro: transferências periódicas, transferências permanentes e
trabalho em todas suas etapas.
transferências diárias:
• Responsabilidade: o cuidado e a proteção de documentos melhora
• Transferências periódicas: as transferências são efetuadas em
intervalos predeterminados, para os arquivos inativos ou mortos, de- muito, pois a responsabilidade se encontra nas mãos de um especialis-
pendendo da frequência de uso. ta.

• Transferências permanentes: são transferências realizadas em • Economia: é grande a economia de equipamento; de pessoal; de
intervalos irregulares, sem qualquer planejamento. Normalmente, acon- tempo gasto no arquivamento; na localização e na preparação de có-
tecem quando o acúmulo de papéis no arquivo ativo é tão grande que pias adicionais ou referências.
chega a atrapalhar o bom andamento do serviço. A transferência, en-
• Uniformidade: proporciona certa padronização ao sistema e métodos
Conhecimentos Específicos 53 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de arquivamento, o que não acontecerá se houver inúmeros tempo, mesmo depois que cessam de ser do uso corrente e porque terão valores
arquivos departamentais. importantes para outros usuários que não os atuais. (HSCHELLEN-
• Concentração: os documentos são concentrados por assuntos, • Consulta dificultada: necessidade de locomoção até o centro de arqui-
ofere- cendo ao consulente visão global. Na descentralização, os vos; tal fato não ocorre com a descentralização, em que o arquivo do
mesmos assuntos tendem a ficar espalhados pelos diversos departamento se encontra à mão.
arquivos.
• Acúmulo de pessoas: poderá acontecer o acúmulo de pessoas no local
• Utilização: amplia o uso do equipamento e, consequentemente, onde estão colocados os arquivos, o que dificulta a consulta e tu- multua
alonga sua vida útil. o trabalho do arquivista.
• Perda de tempo: muito tempo perdido na locomoção até o arquivo
á algumas desvantagens na centralização, que precisam ser aponta- central e espera para poder iniciar a consulta, principalmente se houver
muitas pessoas no local.
• Espaço: necessidade de mais espaço para incluir todos os arquivos,
além de mesas e cadeiras para as diversas consultas.
• Dificuldade no sigilo: os arquivos ficam muito abertos à consulta
generalizada, dificultando a manutenção do sigilo, tão necessário à vi- da
da empresa.
• Dispersão: a pasta em que está classificado um documento, no mo-
mento de uma consulta, pode estar com outro consulente, em outro
departamento.
As soluções variam de empresa para empresa; o mais comum, entre-
tanto, é a opção pelo sistema misto, ou seja, centralização parcial. Em
princípio, os documentos vão para o arquivo central; entretanto; documen- tos
específicos que só interessam a certos departamentos ficam nos arqui- vos
desses departamentos. Assim, por exemplo, devem ser arquivados no próprio
departamento de vendas a relação de representantes ou clientes, seus
pedidos, reclamações, correspondência de modo geral.
Outro caminho a seguir é o que procura basicamente centralizar o con-
trole e não o arquivo. Um especialista organiza um arquivo central, onde
deverão ser guardados os documentos de interesse geral, inclusive aqueles
que são vitais e/ou sigilosos, naturalmente tomando-se todas as precau-
ções. Em seguida, ele deverá planejar os diversos arquivos localizados nos
vários departamentos. O conhecimento da empresa e de seu organograma é
fundamental nessa etapa. Seu trabalho, além da administração do arqui- vo
central, pressupõe a classificação e a distribuição diária de documentos aos
diversos departamentos.
Realmente, trata-se de um assunto de solução não muito fácil, já que
existem vantagens e desvantagens em todos os métodos. O importante é que
a empresa decida pelo que for mais adequado a suas condições,
necessidades e objetivos a curto, médio e longo prazos.
AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
O processo de avaliação de documentos de arquivo é feito através de pré-
requisitos estabelecidos, com análise e seleção de documentos, indi- cando
com precisão o prazo de guarda nas fases corrente, intermediária e
permanente, com identificação de seus valores primário e secundário, de-
vendo ser executado por uma equipe técnica, composta por profissionais de
diversas áreas, como: arquivistas, historiadores, pesquisadores, profissio- nais
das unidades organizacionais as quais os documentos serão avaliados,
economistas e etc.
"A avaliação consiste fundamentalmente em identificar valores e definir
prazos de guarda para os documentos de arquivo, independentemente de seu
suporte ser o papel, o filme, a fita magnética, o disquete, o disco ótico ou
qualquer outro. A avaliação deverá ser realizada no momento da produção,
paralelamente ao trabalho de classificação, para evitar a acumulação desor-
denada, segundo critérios temáticos, numéricos ou cronológicos." (Fon- te:
http://arquivologia.multiply.com/journal/item/14)
Schellenberg (1956, 1965) desenvolveu toda uma teoria de valor, pela
qual se tornou conhecido, de acordo com Cook (1997), como o pai da avali-
ação arquivística. Essa teoria propõe dois tipos de valores aplicáveis ao
contexto dos arquivos: valor primário e valor secundário.
Os valores inerentes aos registros públicos modernos são de dois tipos:
valor primário para a gestão de criação e valor secundário para outras
instâncias e utilizadores. Os documentos públicos são gerados para realizar as
finalidades para as quais um organismo foi criado: administrativo, fiscal, legal e
operacional. Os documentos públicos são preservados em uma instituição
arquivística definida, porque têm um valor que existirá por longo

Conhecimentos Específicos 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
BERG, 1984, p.58)
Princípios Fundamentais da Avaliação Arquivística
a) a função avaliação arquivística visa, essencialmente, à composição
de um patrimônio documental;
b) seu mérito está no fato de permitir preparar material documental ne-
cessário para a pesquisa histórica;
c) a avaliação é um processo de determinação de valor assegurado pelo
arquivista. Este processo deve ser formal, sistemático e claramente definido;
d) como conceito central relativo à função avaliação, o valor dos docu-
mentos deve ser claramente definido, justificável e, sobretudo, contemporâ-
neo à época ou ao período de sua criação. Neste sentido, Booms (1987, p.
104) acrescenta: “Construindo uma tabela conceitual histórica, que servirá
de modelo à herança documental, os arquivistas não devem seguir os con-
ceitos de valor de acordo com a sua própria época, mas antes, de acordo
com o valor que governa a época na qual o material foi criado.";
e) os julgamentos do arquivista devem ser formulados a partir do con-
texto social. Este princípio, entretanto, supõe também que os documentos,
como tais, não tenham valor intrínseco. Este valor é atribuído após a avalia-
ção feita pelo arquivista. É importante salientar a esse respeito, porém, que
o arquivista é chamado a ouvir a opinião de especialistas para deduzir os
valores dominantes que regem tais documentos. Consequentemente, esse
profissional deve ter uma visão global sobre o desenvolvimento social e as
diferentes mudanças ocorrentes na sociedade. Em outros termos, a missão
de identificação do valor dos documentos de arquivos que o arquivista é
chamado a assegurar decorre, de acordo com Booms (1987), da realidade
social e dos valores contemporâneos ao documento. (Fon-
te:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/viewFile/7199/6646)

RECEBIMENTO, REGISTRO E DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTOS


Ao receber a correspondência e proceder à abertura do envelope, o
protocolo setorial deverá observar:
a) se está assinado pelo próprio remetente, por seu representante legal
ou procurador, caso em que deverá ser anexado o instrumento de procura-
ção;
b) se está acompanhado dos respectivos anexos, se for o caso;
c) se contém o comprovante de recebimento, e providenciar a respecti-
va devolução;
d) se a correspondência será autuada ou não;
A seguir, tratar o documento conforme os procedimentos descritos
abaixo, destinados à correspondência ou processo, conforme o caso.
Nenhuma correspondência poderá permanecer por mais de 24h (vinte
e quatro horas) nos protocolos, salvo aquelas recebidas às sextas-feiras,
véspera de feriados ou pontos facultativos.
4. PROCEDIMENTOS COM RELAÇÃO À CORRESPONDÊNCIA
a) Toda correspondência oficial expedida deverá conter, para sua iden-
tificação em sistema próprio, a espécie do documento e o órgão emissor,
seguido da sigla da unidade, do número de ordem, destinatário, assunto e
da data da emissão.

Conhecimentos Específicos 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A correspondência oficial expedida será encaminhada por intermédio
do protocolo central do órgão ou entidade, por meio dos serviços da empre-
sa de correios, ou utilizando-se de meios próprios para efetuar a entrega.
QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO.
A correspondência oficial interna será encaminhada por intermédio do A IMAGEM DA INSTITUIÇÃO, A IMAGEM
protocolo setorial;
PROFISSIONAL, SIGILO E POSTURA.
Toda correspondência oficial expedida será acondicionada em envelo- FORMAS DE TRATAMENTO.
pe, contendo, no canto superior esquerdo, o nome, cargo, endereço do
destinatário, a espécie e número da correspondência, bem como nome e
endereço do remetente, a fim de, em caso de devolução, a empresa de Qualidade no atendimento ao público
correios o localize, conforme modelo a seguir: A qualidade no atendimento é pré-requisito de qualquer serviço presta-
do no mercado, tanto no setor público quanto no privado. Aqui, interessa
Ex.: Ressalta-se que o documento oficial faz referência ao cargo do que essa qualidade esteja voltada também para os pré-requisitos constitu-
destinatário e não à pessoa que o ocupa; portanto, quando um documento cionais do ato administrativo e dos princípios gerais da administração
oficial for encaminhado para um destinatário que não ocupe mais o cargo, pública, já comentados nos tópicos de Direito Administrativo e constitucio-
deverá ser aberto, para as providências cabíveis. nal. Mas também estão relacionados a:
b) A correspondência particular não será expedida pelas unidades de
protocolo central ou setorial do órgão ou entidade. Comunicabilidade
Tanto na sua divulgação (publicidade) quanto na entrega do serviço, o
A correspondência de caráter particular recebida pelas unidades de ato de atendimento público deve ser livre de embaraços e complicações na
protocolo central ou setorial deverá ser encaminhada diretamente ao desti- sua prestabilidade. Deve chegar como informação completa e eficaz, capaz
natário. de realizar-se como atendimento às necessidades a que se propõe satisfa-
c) Correspondência Recebida e expedida zer.
Mas também é pré-requisito ligado diretamente ao comportamento do
Correspondência Recebida servidor que entrega o serviço, que deverá portar-se de maneira gentil,
A correspondência recebida será entregue no protocolo central de cada objetiva e eficaz, na mesma proporção e com os mesmos objetivos no
órgão ou entidade da Administração Pública Federal, para posterior distri- atendimento.
buição.
Remetente Apresentação
Nome: A apresentação se refere ao servidor, que deverá estar sempre de
Cargo ou função: acordo com a prestação a que se determinou. Assim, é importante que
Unidade: esteja adequadamente trajado, demonstrando higiene e organização pes-
Órgão: soal.
Endereço:
CEP: Atenção
Espécie: nº. /Ano: Refere-se à atenciosidade desprendida no ato do atendimento. É im-
Destinatário prescindível para a conclusão de eficiência do atendimento.
Pronome de tratamento
Nome: Cortesia
Cargo ou função: Ser cortês e polido é obrigação que provém da urbanidade, requisito
Unidade: constitucional do ato de atendimento.
Órgão:
Endereço: Interesse e presteza
CEP: São importantíssimos para concluir o atendimento em eficiência. Estão
expressos na boa vontade e determinação em atingir os objetivos do aten-
O protocolo central receberá a correspondência e verificará se o desti- dimento, até fim.
natário ou a unidade pertencem ou não ao órgão ou entidade; em caso
negativo, devolverá a correspondência ao remetente, apondo o carimbo, e Eficiência
identificando o motivo da devolução. Requisito já comentado, é o cerne da realização do ato de atendimen-
As unidades de protocolo central remeterão a correspondência lacrada, to. É tão importante que está prescrito no texto da Constituição Federal
ao protocolo setorial da unidade à qual pertença o destinatário, controlando como princípio da administração pública.
por meio de sistema próprio.
Tolerância
d) Correspondência Expedida Leia-se aqui paciência, para não se confundir com favorecimento me-
O controle da expedição de correspondência caberá ao respectivo pro- diante benevolência. Deve o funcionário ser tolerante com o público atendi-
tocolo setorial, responsável pela numeração, que deverá ser sequencial, do ou assistido, no sentido de compreender suas dificuldades e viabilizar a
numérico-cronológica e iniciada a cada ano. melhor e mais adequada solução do problema apresentado.

O protocolo central do órgão ou da entidade manterá um controle da Discrição


expedição de correspondência, a fim de informar aos usuários, sua locali-
Recomenda-se que seja o servidor discreto no atendimento, evitando
zação, em tempo real.
situações de constrangimento para os atendidos, não adentrando em
situações particulares ou impertinentes. É comum o atendido expor certas
situações pessoais (atendimento médico, por exemplo) ou segredos de
família (atendimento jurídico) que devem ser tratadas com a devida reserva
e respeito.

Conduta
É o conjunto de todas essas recomendações e práticas, no ato do
atendimento, dentro dos critérios de urbanidade já mencionados. Mas
também é a livre condução de sua vida privada, que deverá ser sempre
condizente com o exercício do cargo que ocupa. Ex.: as restrições de
comportamento social inadequado por que passam os juízes e promotores,
sob risco de comprometerem a qualidade e credibilidade dos seus traba-
Conhecimentos Específicos 56 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lhos. As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito im-
portante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as ideias
do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as ideias,
nunca a pessoa.

Objetividade 4. Saiba dividir


Ligado à eficiência e à presteza. Devem ser os atendimentos feitos Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do
com loquacidade, tornando-se práticos e simplificados ao máximo para o princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa.
atendido. Alcançar o objetivo do atendimento, sem rodeios ou dificuldades Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.
adicionais.
5. Trabalhe
Servidor e opinião pública (o órgão e a opinião pública) Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações.
Nos dias de hoje, um dos elementos de mensuração da qualidade é a Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente
opinião pública. Mas aqui, trata-se mais da imagem que tem o servidor e o diferente.
órgão público a que pertence. Tomemos como exemplo o INSS e a sua já
clássica má fama no atendimento ao público. Muitas vezes isso decorre, 6. Seja participativo e solidário
mas da desorganização dos serviços prestados, do mau planejamento, da Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre
inadequação de práticas administrativas do que da real conduta de seus que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido
servidores. Isso torna a imagem do serviço e por consequência, do órgão, quando necessitar pedir ajuda.
associada à má qualidade, o que gera uma imagem pública ruim. Outro
exemplo é o atendimento médico na saúde pública, que dispensa maiores
comentários. Essa imagem de descaso e ineficiência reflete na opinião que 7. Dialogue
o público em geral tem desses serviços. Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe te-
nha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja
Fatores positivos do relacionamento possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.
Chamamos de fatores positivos todos aqueles que, num somatório ge-
ral, irão contribuir para uma boa qualidade no atendimento. Assim, desde 8. Planeje
que cumpridos ou atendidos todos os requisitos antes mencionados para o Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja
concurso de um bom atendimento, estaremos falando de um bom relacio- uma tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são
namento entre servidor e atendidos. Os níveis de relacionamento aqui ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e
devem ser elevados, tendo em vista sempre o direito de cada assistido de eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se
receber com qualidade a supressão de suas necessidades. propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.

Comportamento receptivo e defensivo 9. Evite cair no "pensamento de grupo"


Receptivo, como o próprio nome já diz, é o comportamento que trans- Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito
corre naturalmente aberto, solícito, prestativo, objetivo, claro, sem rodeios, coeso e homogêneo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mu-
indo direto ao ponto da necessidade do atendido. Defensivo, ao contrário, é danças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões
aquele em que o servidor cria obstáculos e dificuldades para livrar-se do externas e que aceite a ideia de que pode errar.
encargo, obstruindo a qualidade.
Aproveite o trabalho em equipe
Empatia e compreensão mútua Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de con-
E empatia é resultado de uma preparação do servidor em atender. De viver mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.
sua dedicação ao exercício da função. Deve ser natural e quase pessoal.
Pode estar resumido no aspecto daquele servidor que “gosta do que faz”. Trabalho em equipe
Será muito mais fácil transmitir empatias nesses casos. O resultado da É da essência do trabalho em órgãos públicos o inter-relacionamento
empatia, mesmo que consciente e provocada com gentileza, é a compreen- de qualidade ímpar, devido ao alto grau de responsabilidade desejado.
são mútua, que certamente facilitará o atendimento e a conclusão pela Como os órgãos obedecem a estruturas pré-determinadas por Lei, as
eficiência. repartições, seções, departamentos, etc. já trazem pronta a sua funcionabi-
lidade e todas elas, sem exceção, dependem de trabalho em equipe. É o
Trabalho em equipe
perfil principal da administração moderna, que se projeta na administração
Dez ótimas dicas para o trabalho em equipe
pública como solução inteligente (isso ocorre já há alguns anos).
Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado. Porque ativa a cria-
Assim, o trabalho em equipe deixa de ser uma característica para ser
tividade e quase sempre produz melhores resultados do que o trabalho
uma determinante superior de funcionabilidade do setor público. Ainda que
individual, já que "1+1= 3". Por tudo isto aqui ficam dez dicas para trabalhar
funcione isoladamente, sozinho num posto de atendimento, o servidor terá
bem em equipe.
vinculada a sua rotina a de outros colegas, que recebem sua produção ou
lhe enviam informações e procedimentos a serem cumpridos.
1. Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça Personalidade e relacionamento no trabalho
uma sentença". Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os
Não há muito que se falar em personalidade do servidor e tampouco do
seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a
setor em que funciona, pois as instruções que normatizam sua prestabilida-
dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as
de são determinadas em escala decrescente (vêm de cima para baixo, já
suas opiniões.
prontas) e sua conduta profissional está “amarrada” no código de ética do
serviço público. Tanto com os colegas de trabalho quanto no atendimento
2. Aceite as ideias dos outros
ao público, sua personalidade deve ser “moldada” segundo os princípios
As vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que não temos razão;
que regem o atendimento público, como vimos no texto sobre a ética no
mas é importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode ser
serviço público. Comportando-se de acordo com aqueles princípios, o
melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso
servidor estará atendendo perfeitamente ao perfil de personalidade deseja-
orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.
do para o exercício da função pública.
3. Não critique os colegas
Eficácia no comportamento interpessoal
Conhecimentos Específicos 57 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Está ligada diretamente ao princípio de mesmo nome, que norteia o Além de compreender os indivíduos, precisamos ter flexibilidade de ação
serviço público, a administração pública e demais atividades em que o (comportamento), ou seja, adequar o nosso comportamento, apropri-
interesse público é alvo ou cliente. Significa que o servidor não pode se adamente, a uma situação dada, com determinadas pessoas.
interpor, em atitude de cunho pessoal, ante os interesses coletivos, sem
risco de comprometer a eficácia, a segurança da realização do serviço, do Dentro de um sistema empresarial, existe a organização técnica e a or-
atendimento, da prestação pública. ganização humana. Estas organizações estão inter-relacionadas e são
interdependentes.
Os funcionários públicos são treinados para atuarem segundo o que
hoje se chama etiqueta profissional, uma espécie de código de conduta A organização humana de uma fabrica é muito mais do que um simples
convencional, nascido no próprio mercado, das relações modernas do conjunto, um agrupamento de indivíduos, pois cada um deles tem seus
mundo dos negócios e que permeou para a qualidade de atendimento e próprios sentimentos, interesses, desejos, frustrações, necessidades físicas
inter-relacionamentos no setor público. e sociais, associados a sua própria história de vida. Tais indivíduos, dentro
O saber se comportar e a aparência são questões cada vez mais exigi- desse sistema empresarial, estabelecem frequentes inter-relações, cada
das para o funcionário público. As administrações desenvolvem cursos e qual com uma forma particular de se comunicar.
treinamento para prepararem seus funcionários. Quem faz o curso aprende
ainda: É claro que uma grande parte dessas relações é criada pelas caracte-
a) a criticar com resultados positivos; rísticas do trabalho, como, por exemplo, os técnicos de segurança que, por
b) transformar reclamações em resultados e lidar com colegas e cli- imposição de suas próprias tarefas, passam a maior parte do tempo estabe-
entes de temperamento difícil; lecendo e mantendo contatos com todos os operários das varias seções da
fábrica. Quase toda a atividade executada pelos técnicos de segurança
c) apresentar ideias e projetos com eficiência;
envolve relacionamento com outras pessoas. Por este motivo, ele deve
d) conduzir reuniões e até mesmo contornar situações mais graves, estar atento a essas relações, deve procurar manter um ambiente, onde as
como o assédio sexual, por exemplo comunicações possam se processar de forma aberta, confiante e adequa-
da.
NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS
1 - Introdução Um ponto importante, que devemos levar em consideração, são as di-
Vivemos num tempo em que o avanço dos transportes, da urbaniza- ferenças entre as pessoas. Saber que cada pessoa é especifica, original e
ção, da comunicação de massa, da tecnologia e da informática coloca o ser possui reações próprias; que, em sua formação, cada uma foi marcada por
humano em maior contato com o mundo, com a sua própria nação e consi- realidades diferentes: meio familiar, escolar, cultural, social profissional, etc,
go mesmo. e que cada indivíduo atuará em função de sua própria experiência de vida.

No entanto, toda essa evolução dificulta, de certa forma, o envolvimen- Devemos saber, também que toda pessoa tem necessidades que diri-
to entre os seres humanos, pois a atenção do homem está voltada para a gem o seu comportamento, as quais ela procura constantemente satisfazer.
tecnologia, muito mais do que para as relações humanas. Este distancia- Não só as pessoas são diferentes entre si, mas também as necessidades
mento do homem para com o próprio homem gera insatisfações, angustias, variam de indivíduo para indivíduo.
vazios e ansiedade nos indivíduos.
Esta grande diversidade pode se constituir em uma imensa riqueza
humana, mas, de início, pode ser fonte de oposições violentas entre os
Podemos ver um lado positivo em nossa época, que é a tendência de,
indivíduos.
ao nos isolarmos, sermos levados a tomar consciência de nós mesmos.
Quanto maior a nossa disponibilidade em relação a nós mesmos, maior
Por estes motivos, devemos estar aberto para respeitar tais diferenças.
abertura teremos para com os outros e cada vez mais o nosso ser pessoal
se tornará social. Isto porque já não teremos receio dos outros e/ou do
Outro fator relevante é o que se refere aos Juízos de Valor acerca das
ambiente, pois o ser pessoal aprendeu a lidar consigo mesmo.
pessoas. Normalmente, temos tendência para julgar os atos e as palavras
dos outros em função da nossa própria experiência e de certos preconcei-
Durante toda a vida, somos afetados pôr nossa habilidade de nos rela- tos. Este conformismo no julgamento é muito grave, pois nos arriscamos a
cionarmos com outras pessoas, quer com indivíduos quer com grupos. É classificar as pessoas por categorias e de forma definitiva. Deixamos, pois,
uma das habilidades mais importantes que o ser humano pode desenvolver de perceber o indivíduo tal como ele é, e de manter o diálogo, se não
e a comunicação interpessoal. reagirmos rápida e eficazmente contra este tipo de atitude.

Podemos ajudar o indivíduo a abrir-se para uma experiência total de si Outro ponto a ser considerado é o Uso da Linguagem. A nossa lingua-
mesmo, para um relacionamento humano eficaz e para ser um comunica- gem pode constituir um obstáculo a comunicação e consequentemente
dor mais eficiente, oferecendo-lhe a oportunidade de estabelecer bons afetar o relacionamento humano. E preciso, sempre, nos colocarmos no
relacionamentos dentro do grupo ao qual pertence, seja este profissional, lugar da pessoa que esta nos ouvindo.
familiar, social, religioso, político, etc. Em tal grupo, o indivíduo deve ser
respeitado como uma pessoa específica, com suas inibições, frustrações, Devemos usar um vocabulário adaptado à realidade com a qual esta-
angustias, satisfações, ansiedades, enfim, pela sua individualidade enquan- mos trabalhando, um vocabulário compreensível para todos.
to ser humano.
Um outro aspecto a ser focalizado é a Falta de Abertura. Muitas vezes,
2 - Relações Humanas temos uma ideia ou tomamos uma posição para a qual tentamos, simples-
Comumente, entende-se a expressão "relações humanas" como sen- mente, obter a aprovação dos outros, sem ouvi-los, sem dar atenção ao
do os contatos que se processam, em todas as situações, entre os seres que eles pensam e dizem. Se nós fecharmos sobre nós mesmos, ficaremos
humanos. limitados ao monologo, deixando de receber e aprender muitas informações
valiosas para o nosso crescimento, e mesmo o aperfeiçoamento humano,
Muitas pessoas podem falar sobre relações humanas, discuti-las em em geral , estará sendo prejudicado.
conferências, discursos e mesmo em conversas informais, mas não são
capazes de concretizar essas relações. Estar disponível em relação ao outro exige um esforço permanente,
mas compensador, porque, só assim, poderemos manter um autentico e
Efetuar "relações humanas", significa, portanto, muito mais do que es- profundo relacionamento, que invariavelmente gera satisfação.
tabelecermos e/ou mantermos contatos com outros indivíduos. Significa
entender o relacionamento entre as pessoas, compreende-las, respeitando Como podemos observar, se as verdadeiras relações humanas são
a sua personalidade, cuja estrutura é, sem duvida, diferente da nossa. proveitosas e importantes de se praticarem pois evitam comportamentos
desajustados que foram gerados por insatisfações; mantém o bem-estar
Conhecimentos Específicos 58 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
individual e coletivo e, acima de tudo, proporcionam segurança, paz e b) um scanner, somente.
tranquilidade aos indivíduos e à empresa. c) uma impressora laser, somente.
d) um plotter ou uma impressora laser.
PROVA SIMULADA I e) um scanner ou uma impressora laser.

12. A criação de cópias de segurança para restaurar ou recuperar arqui- vos


perdidos, em casos de defeito no disco rígido do computador, po- de ser
realizada por programas
01. Formatar significa: a) fontes. b) aplicativos.
a) dar forma c) compiladores. d) de editar, copiar e colar. e) de backup.
b) transformar o texto em formato carta
c) transformar o texto em formato ofício
13. O Acessório do Windows utilizado para desenhar é o
d) nenhuma das anteriores
a) Paint. b) WordPad.
c) ScanDisk. e) Mídia Player. e) Microsoft Exposition.
02. A formatação funciona como
a) enfeite
14. Os comandos comuns que podem ser usados em qualquer item do
b) alternativa de programação
Windows, clicando-se o botão direito do mouse sobre o item desejado,
c) alternativa de espaçamento
estão contidos
d) nenhuma das anteriores
a) na barra de tarefas. b) na barra de propriedades.
03. As fontes representam c) no menu Iniciar. d) no menu de atalho.
a) programas do computador e) no Windows Explorer.
b) as letras apresentadas no texto
c) os arquivos 15. A criação de um arquivo, a partir de um documento digitado no Word, é
d) nenhuma das anteriores realizado através da caixa de diálogo denominada
a) Novo.
04. Subscrito significa: b) Editar.
a) utilizar a letra “itálico” c) Arquivo.
b) utilizar a letra “sript” d) Salvar tudo.
c) rebaixar o texto e) Salvar como.
d) nenhuma das anteriores
16. A unidade central do computador é composta de:
05. Para copiar e remover um texto podemos a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa.
a) selecionar o texto e usar Ctrl V – Ctrl C b) Dispositivos ou Unidades de Entrada.
b) selecionar o texto e usar Ctrl X – Ctrl V c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal.
c) selecionar o texto e usar Ctrl – Alt – Insert d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética.
d) nenhuma das anteriores e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída

06. A Mediatriz serve para 17. A unidade central de processamento (UCP) é composta de:
a) calcular o meio da página a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa.
b) calcular o cabeçalho da página b) Dispositivos ou Unidades de Entrada.
c) adicionar espaço extra nas margens para encadernação c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal.
d) nenhuma das anteriores d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética.
e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída

07. A Orientação define 18 - Os periféricos do computador são as/os:


a) o tamanho da impressão a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa.
b) define se a impressão deve ser feita na horizontal ou vertical b) Dispositivos ou Unidades de Entrada.
c) o tipo de papel a ser usado c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal.
d) nenhuma das anteriores d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética.
e) Dispositivos ou Unidades de Entrada/Saída
08. O zoom nos permite
a) reduzir ou ampliar a apresentação da tela 18 - A memória principal divide-se basicamente em:
b) negritar todo o texto a) Memória Volátil e Memória de Massa.
c) formar o texto parcialmente b) Memória Magnética e Memória Secundária.
d) nenhuma das anteriores c) Memória RAM e Memória ROM.
d) Memória de Bolha e Memória de Massa.
09. Para salvar um documento em pasta ou disquete devemos clicar e) Memória Alta e Memória Baixa.
a) salvar + o lugar onde salvar
b) salvar como + o lugar onde salvar 19 - São memórias auxiliares:
c) salvar + arquivo + locar onde alvar a) Discos magnéticos e Memória EPROM.
b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
d) nenhuma das anteriores
c) Memória RAM e Memória ROM.
d) Memória de Bolha e Memória Principal.
10. Para criar um novo documento devemos clicar
e) Memória Alta e Memória Baixa.
a) Arquivo + Novo
b) Meus documentos + Arquivo + Novo
20 - São periféricos somente de entrada:
c) Meus documentos + Novo + Arquivo + local a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
d) Nenhuma das anteriores b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) Teclado, vídeo e impressora.
11. A imagem de uma página criada, por uma luz brilhante refletida, d) Discos magnéticos e memória RAM.
medida e quantificada, de cada ponto de uma página original, caracte- e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.
riza o princípio de funcionamento de
a) um plotter, somente. 21 - São periféricos somente de saída:
Conhecimentos Específicos 59 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) Vídeo, impressora laser e plotter.
d) Discos magnéticos e memória RAM.
e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.

22 - São periféricos magnéticos de entrada/saída:


a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) Vídeo, impressora laser e plotter.
d) Discos magnéticos e memória RAM.
e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.

23 - Genericamente pode-se classificar os computadores em:


a) Grande porte, minis e mainframes.
b) Minicomputadores e estações de trabalho.
c) Analógicos e microcomputadores.
d) Mainframes, minis e microcomputadores.
e) Transistorizados, digitais e híbridos.

24 - A definição de um microcomputador é:
a) Equipamento com grande capacidade de memória principal (256
Megabytes), vários processadores, alta velocidade de
processamento.
b) Equipamento usado geralmente em controle de processos, com
potência e capacidade menor que os mainframes.
01. A 09. B 18. E
c) Equipamento baseado em um único processador, com média
02. A 10. A 19. C
capaci- dade de armazenamento em disco fixo (10 a 80 Gigabytes),
03. B 11. B 20. B
com di- mensões reduzidas.
04. C 12. E 21. A
d) Equipamento com ou sem unidades de disquetes, com velocidade
05. B 13. A 22. C
de processamento de 10 MIPS.
06. C 14. D 23. B
e) Equipamento com três processadores em paralelo e média 07. B 15. E 24. D
capacidade de armazenamento em disco fixo. 08. A 16. C 25. C
17. D
RESPOSTAS

Conhecimentos Específicos 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PROVA SIMULADA II 13) Para iniciar a Agenda, devemos acionar:
a) iniciar, acessórios, programas
01) O que é o Windows e qual a sua finalidade? b) iniciar, programas, aplicativos
a) ambiente gráfico que tem como objetivo facilitar a vida do usuário. c) iniciar, programas, acessórios
b) aplicativo com recursos avançados. d) n.d.a.
c) gerenciador de arquivos que manipula dados e pastas.
d) n.d.a. 14) Porque não podemos desligar o computador, sem antes encerrar uma
sessão:
02) São propriedades do periférico Mouse: a) para não interromper a impressão
a) soltar, formatar, ampliar b) para não perder dados valiosos ou danificar arquivos abertos
b) copiar, direcionar, maximizar. c) para não interromper os vínculos com aplicativos
c) apontar, clicar e arrastar, d) n.d.a.
d) n.d.a.
15) O Paint, o Word Pad, a Agenda e os Jogos são:
03) O botão INICIAR do Windows serve para: a) aplicativos do Windows
a) reduzir e ampliar uma janela b) menus do Windows
b) iniciar o Windows c) janelas do Windows
c) abrir aplicativos, configurar o Windows, abrir documentos, etc. d) n.d.a.
d) n.d.a.
16) O Excel é:
04) Quais os ícones de dimensionamento de janelas: a) planilha eletrônica
a) iniciar, gerenciar e fechar b) processador de texto
b) maximizar, minimizar e restaurar c) filtro
c) abrir, explorar e localizar d) n.d.a.
d) n.d.a.
17) Qual o comando de atalho para abrir um documento no Excel?
05) Para alterar o tamanho de uma janela, basta: a) crtl +a+o
a) clicar em sua borda até que apareça uma seta de duas pontas, arras- b) ctrl+p
tando para os lados ou para o centro c) ctrl+a
b) clicar em seu centro, movimentando-a para os lados d) n.d.a.
c) clicar em sua barra de título e arrastá-la
d) clicar no botão “maximizar” do lado direito da barra de título 18) No Excel o botão abrir encontra-se na:
a) barra de entrada
06) Os comandos dos Windows são geralmente organizados em: b) barra de ferramentas
a) caixas de diálogo c) barra lateral
b) janelas d) n.d.a.
c) menus
d) n.d.a. 19) No Excel o comando CTRL+B é usado para:
a) salvar um arquivo
07) Para alterar a exibição das janelas, deve-se acionar: b) sair do Excel
a) meu computador c) imprimir o documento
b) área de trabalho d) n.d.a.
c) barra de tarefas
d) n.d.a. 20) Para fechar todas as janelas abertas de todas as pastas de trabalho
no Excel o atalho é
08) Uma caixa de diálogo permite:
a) Alt + shift + p
a) acionar um menu
b) Alt + f4
b) abrir um aplicativo Windows
c) Alt +4
c) controlar janelas, formatação de documentos, etc.
c) n.d.a.
d) n.d.a.

09) Para acessar a pasta de um aplicativo, utilizamos: 21) O comando configurar página no Excel serve para:
a) iniciar ou acessórios a) controlar gráficos
b) meu computador ou Windows Explorer b) controlar impressão
c) caixa de entrada ou meu computador c) controlar a aparência das planilhas impressas
d) n.d.a. d) n.d.a.

10) O Windows armazena seus arquivos de programas e de documentos 22) O comando do Excel usado para imprimir um documento é:
em: a) ctrl + p b) ctrl + a c) ctrl + j d) n.d.a.
a) pastas b) janelas c) ícones d) n.d.a.
23) O botão do Excel inserir linha, insere uma nova linha vazia da
11) Para criar pastas, aciono menu: linha selecionada.
a) arquivo, novo, pasta (menu secundário) a) na frente
b) arquivo, editar, copiar b) ao lado
c) editar, recortar, pasta c) acima
d) n.d.a. d) abaixo

12) O Windows dispõe de um acessório que simula um CD-Player. Qual é 24) O botão do Excel inserir planilha, encontra-se na categoria:
este acessório? a) arquivo
a) WordPad b) editar
b) Paint c) célula
c) FreeCell d) inserir
d) multimídia

Conhecimentos Específicos 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
25) No Excel uma fórmula pode conter: 36) O que torna o Word, um software amigável é:
a) janela, referências, operadores, nomes e funções a) a sua auto formatação
b) constantes, referências, guias, nomes e funções b) a facilidade de uso e suas teclas de atalhos
c) constantes, referências, operadores, nomes e funções c) seu padrão de página
d) n.d.a. d) n.d.a.

26) Quais as três maneiras básicas que permitem trocar informações 37) O assistente de resposta serve para:
entre arquivos ou programas no Excel a) configurar página
a) clipboard, vinculando arquivos ou incorporando aplicações b) acrescentar borda
b) localizando, adicionando ou incorporando aplicações c) ajuda durante o trabalho, com dicas, referências, aplicação e respos-
c) clipboard, vinculando redes ou incorporando aplicações tas visuais passo a passo.
d) n.d.a. d) n.d.a.

27) Para que servem as fórmulas no Excel? 38) Alinhar e recuar os parágrafos, para que isto seja leito é necessário o
a) Para substituir dados comando no menu
b) automatizar os cálculos em uma planilha a) formatar – layout
c) para gravar em cd-rom o resultado b) formatar – parágrafo
d) n.d.a. c) parágrafo – formatar
d) n.d.a.
28) O Excel salva seu documento com a extensão:
a) cdr 39) O comando de formulário no menu inserir do Word:
b) tif a) insere um campo de formulário
c) xls b) remove um campo de formulário
d) n.d.a. c) oculta um formulário
d) n.d.a.
29) O Word é:
a) uma planilha eletrônica 40) Qual a finalidade do comando cabeçalho e rodapé no menu exibir do
b) um processador de texto Word?
c) um editor de tabelas a) ocultar o texto de rodapé apenas com um tipo de letra
d) n.d.a. b) inserir e modificar o cabeçalho e o rodapé
c) mudar as margens padrões do rodapé da margem superior
30) Para organizar rapidamente todos os documentos abertos na tela, d) n.d.a.
basta escolher todas no menu janela do Word
a) abrir 41) Para aplicar uma borda rapidamente a um parágrafo, escolha o botão
b) fechar na barra de ferramentas formatação.
c) ordenar a) Janela
d) n.d.a. b) Bordas
c) Sombras
31) O comando tela inteira (Menu Exibir) do Word, serve para: d) n.d.a
a) ocultar todos os elementos de tela
b) visualizar a impressão 42) Qual o comando para mudar o tipo de letra de um trabalho no Word?
c) inserir tabela a) comando fonte (menu formatar)
d) n.d.a. b) comando fonte (menu inserir)
c) comando fonte (menu exibir)
32) O modo layout da página no Word, permite visualizar a página como d) n.d.a.
será quando .
a) Aberta GABARITO
b) Importada
c) Impressa 1. A 2. C 3. C 4. B
d) n.d.a. 5. D 6. C 7. A 8. C
9. B 10. A 11. A 12. D
33) Para inserir ou incorporar um objeto no Word, usamos o comando 13. C 14. B 15. D 16. A
objeto que se encontra no menu: 17. C 18. B 19. A 20. B
a) inserir 21. C 22. A 23. C 24. D
b) formatar 25. C 26. A 27. B 28. C
c) tabela 29. B 30. C 31. A 32. C
d) n.d.a. 33. A 34. C 35. C 36. B
37. C 38. C 39. A 40. B
34) Para que servem as ferramentas do Word? 41. B 42. A
a) para consertar o programa
b) para manutenção de disco
c) para auxiliar o seu trabalho e fazer com que ele tenha uma aparência
profissional PROVA SIMULADA III
d) n.d.a.
1) Qual a ferramenta para fazer uma cópia de formatos de caractere e
35) Para adicionar ou remover marcadores ou numeração rapidamente, parágrafo no Microsoft Word, depois de selecionado o texto que pos-
clique sobre o botão ou o botão na barra de fer- sui a formatação desejada?
ramentas formatação. a) Colar
a) adicionar; inserir b) Copiar
b) marcadores; inserir c) Colar especial
c) marcadores, numeração d) Pincel
d) n.d.a. e) nda

Conhecimentos Específicos 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2) No Word, para se salvar o documento aberto com um nome diferente d) Selecionar/linha no menu Tabela seleciona todas as células da linha
do nome em uso, deve-se utilizar a opção: que contém o ponto de inserção.
a) Alterar Nome do menu Arquivo e) nda
b) Salvar Como do menu Arquivo
c) Alterar Nome do menu Ferramentas 10) Caso o usuário do Microsoft Word deseje inserir uma quebra de
d) Salvar Como do menu Ferramentas página incondicional, deve posicionar o cursor onde deseja inserir a
e) nda quebra da página e, em seguida, pressionar simultaneamente as te-
clas:
3) No editor de textos Word, considere um texto com vários parágrafos e a) Alt e Page Down
sem nenhuma formatação inicial. Após dar um clique triplo sobre b) Ctrl e End
qualquer palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, clicar no c) Alt e End
botão Negrito e, finalmente, no botão Itálico, é correto afirmar que: d) Ctrl e Enter
a) todo o texto ficará com formatação Itálico. e) nda
b) apenas a palavra que recebeu o clique triplo ficará com formatação
Negrito e Itálico 11) Os diferentes tipos de arquivos são representados por extensões. O
c) todo o texto ficará com formatação Negrito e Itálico. Word permite a abertura e o salvamento de vários tipos de arquivos.
d) a palavra que recebeu o clique duplo ficará com formatação Negrito e Assinale a extensão que não é reconhecida pelo Word para abertura
Itálico. de arquivo como documento:
e) nda a) *.dot
b) *.rtf
4) A AutoCorreção do Microsoft Word é um recurso bastante útil durante c) *.bmp
o processo de criação de um documento. Qual das alternativas abaixo d) *.txt
NÃO é verdadeira no que se refere ao uso da AutoCorreção? e) nda
a) A AutoCorreção pode ser utilizada para corrigir erros de ortografia,
mas não pode corrigir erros no uso de maiúsculas. 12) Para que uma palavra seja impressa em negrito no Word:
b) Por meio dela pode-se detectar e corrigir automaticamente erros de a) selecione a palavra dando um clique sobre ela e pressione o botão N;
digitação. b) basta pressionar N;
c) Pode ser usada para inserir texto, elementos gráficos ou símbolos c) coloque o cursor à esquerda da palavra, dê um clique e pressione N e
rapidamente Backspace;
d) Pode ser utilizada para corrigir erros de gramática. d) selecione a palavra dando dois cliques sobre ela e pressione o botão
e) Nda N;
e) nda
5) Marque a alternativa com o conjunto de teclas que, quando seleciona-
das ao mesmo tempo pelo usuário, criam um novo documento no Mi- 13) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:
crosoft Word: a) Classificar no menu Tabela organiza as informações em listas e linhas
a) CTRL e N b) SHIFT e N selecionadas em ordem alfabética, numérica ou de datas.
c) SHIFT e C d) CTRL e C e) nda b) Propriedades da Tabela no menu Tabela permite ajustar a largura,
altura, alinhamento e outros atributos de linhas e colunas em tabelas.
6) Sobre o MS Word podemos afirmar corretamente que: c) Personalizar no menu Tabela permite personalizar uma tabela já
a) faz correção ortográfica automática existente.
b) através da régua horizontal podemos alterar recuos d) Ocultar linhas de grade no menu Tabela permite exibir ocultar as
c) permite voltar apenas as 20 últimas operações feitas linhas de grade pontilhadas para ajudá-lo a ver em quais células está
d) não podemos criar atalhos de teclado, pois já fazem parte do Word trabalhando.
e) nda e) nda

7) Marque a alternativa INCORRETA sobre a impressão de documentos 14) Quanto às teclas de Atalho utilizadas no Word, podemos afirmar que:
no Microsoft Word: a) CTRL+P imprime automaticamente o documento ativo sem questio-
a) Permite imprimir intervalos de páginas, uma alternativa a imprimir nar.
todas as páginas de um documento. b) Para selecionar o texto todo do documento, deve-se usar CTRL+A
b) Ao imprimir duas cópias de um documento com três páginas estas c) CTRL+B salva o documento do Word na mesma cópia previamente
podem ser impressas nas seguintes sequências: 1,2,3,1,2,3 ou gravada.
1,1,2,2,3,3. d) CTRL+J alinha o texto somente à direita da página.
c) Para imprimir várias cópias de um documento, deve-se pressionar a e) nda
tecla CTRL juntamente com a tecla P para cada cópia desejada.
d) Permite imprimir apenas a página correntemente visualizada, sem 15) O Word não permite salvar os documentos como:
necessidade de outro meio para explicitar qual é essa página. a) somente texto com quebras de linha.
e) nda b) texto MS-DOS com quebras de linha.
c) banco de dados.
8) No Word, para alterar a caixa de um texto selecionado, ou seja, trocar d) HTML
de maiúsculas para minúsculas ou vice-versa, utilizando o teclado, e) nda
deve-se pressionar, em conjunto, as teclas
a) Ctrl e + b) Ctrl e F3 16) No editor de texto Word, considere um texto com vários parágrafos,
c) Shift e F5 d) Shift e F3 e) nda cada um com várias linhas e sem nenhuma formatação inicial. Após
clicar sobre uma palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, cli-
9) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção: car no botão Centralizar, é correto afirmar que:
a) Mesclar células no menu Tabela combina as células selecionadas em a) apenas a linha que contém a palavra que recebeu o clique ficará
uma única célula. Dividir células no menu Tabela divide as células se- centralizada.
lecionadas no número de linhas e colunas informados. b) todo o texto ficará centralizado.
b) Selecionar/coluna no menu Tabela seleciona todas as células da c) apenas a palavra que recebeu o clique ficará centralizada.
coluna que contém o ponto de inserção. d) o parágrafo que contém a palavra que recebeu o clique ficará centrali-
c) Selecionar/tabela no menu Tabela seleciona todas as células da zado.
tabela que contém o ponto de inserção e) nda

Conhecimentos Específicos 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
17) Uma das formas de movimentarmos um texto ou objeto é depois de 25 São funções dos menus Inserir e Formatar no Microsoft Word, respec-
selecionarmos o texto ou objeto: tivamente:
a) acionarmos simultaneamente, Ctrl+C, clicar no ponto para onde a) Inserir tabela / Manipular blocos de texto.
iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V. b) Inserir marcadores / Alterar elementos de texto.
b) acionarmos simultaneamente Ctrl+X, clicar no ponto para onde iremos c) Inserir marcadores / Manipular blocos de texto.
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V. d) Inserir símbolos especiais / Alterar elementos de texto.
c) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+C. Gabarito
d) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos 1 D 14 C
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+X. 2 B 15 C
3 D 16 D
18) Analise as seguintes sentenças sobre o Word 4 A 17 B
1) O modo de exibição de estrutura de tópicos mostra a estrutura do 5 A 18 A
documento. Os recuos e símbolos exibidos nesse modo não afetam a 6 B 19 C
forma como o documento aparece no modo de exibição normal e não 7 C 20 D
são impressos. 8 D 21 A
2) Você pode adicionar uma borda a um ou a todos os lados de cada 9 D 22 B
página de um documento, a páginas de uma seção, somente à primei- 10 D 23 D
ra página ou a todas as páginas, exceto a primeira. Também é possí- 11 C 24 D
vel adicionar bordas de página em vários estilos de linha e cores, bem
12 D 25 C
como uma grande variedade de bordas de elementos gráficos.
13 C 26 D
19) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:
a) Nova janela no menu Janela cria uma nova janela com o mesmo
conteúdo da janela ativa.
b) Dividir no menu Janela divide a janela ativa em painéis. PROVA SIMULADA IV
c) Lista de janelas no menu Janela permite que tenhamos ativadas
diversas janelas ao mesmo tempo. 1) Analise as seguintes afirmações sobre conceitos de Internet.
d) Lista de janelas no menu Janela lista os arquivos abertos no Word I. A Internet é uma grande rede de computadores, sendo, de fato, a maior
neste momento. de todas.
II. São exemplos de serviços disponíveis na Internet: WWW, FTP, POP,
20) Uma forma de abrir uma janela para alterar o tipo de fonte em um SMTP e HTML.
texto no Word é, após selecioná-lo, clicar no menu III. Podemos conectar um computador à Internet através de um modem Dial-
a) Exibir e em Barra de Ferramentas up ou ADSL (banda larga), ou ainda, através da infra-estrutura de TV a
b) Ferramentas e em Tipos de Fontes cabo ou via satélite.
c) Editar e em Substituir Assinale a alternativa que contém a(s) afirmação(ões) CORRETA(S).
d) Formatar e em Fonte a) Apenas I. b) Apenas I e II.
c) Apenas II. d) Apenas III.
21) Para um usuário que deseja criar estrutura de itens para um determi-
nado texto, a sequência de comandos que permite esse procedimento
é 2) Uma política de segurança é um conjunto de normas, regras e práticas
a) Formatar -- Marcadores e Numeração. que regulam como uma organização gerencia, protege e distribui suas
b) Formatar -- Parágrafo. informações e recursos. Com relação aos mecanismos utilizados para
c) Inserir -- Marcadores e Numeração. promover a segurança de redes de computadores, a criptografia de cha-
d) Inserir -- Parágrafo. ve pública
a) baseia-se na utilização de chaves distintas: uma para codificação (E) e
22) São Modos de Exibição do Microsoft Word , EXCETO: outra para decodificação (D), escolhidas de forma que a derivação de D
a) Normal a partir de E seja, em termos práticos, muito difícil de ser realizada.
b) Padrão b) é um método assimétrico e baseia-se na utilização de uma única chave
c) Layout de Impressão pública para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma
d) Layout da Web que a violação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser
realizada.
23) São opções disponíveis apenas no menu Ferramentas: c) baseia-se na definição de duas chaves públicas para codificar e uma
a) Ortografia e Gramática, Quebra e Configurar Página. terceira, também pública, para decodificar a informação, escolhidas de
b) Régua,Colar Classificar. forma que a violação dessas chaves sejam, em termos práticos, muito
c) Abrir, Localizar, Dividir. difícil de ser realizada.
d) Idioma, Mala Direta, Macro. d) é um método simétrico, permitindo que uma mesma chave seja utilizada
para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma que a vio-
24) A seleção de texto pelo teclado do PC se faz com as teclas. lação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser realiza-
a) Tab+seta da.
b) Ctrl+s 3) A partir do Microsoft Outlook 2000 (considerando instalação padrão em
c) Alt+Shift português), um usuário pode:
d) Shift+seta I - manter um calendário pessoal para compromissos;
II - enviar e receber mensagens de correio e de fax;
25) É um conjunto de características de formatação que podem ser apli- III - manter um diário das mensagens recebidas e/ou enviadas.
cadas ao texto de seu documento para rapidamente alterar sua apa-
rência. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
a) Janela a) I, apenas.
b) Data b) II, apenas.
c) Estilo c) III, apenas.
d) Hora d) I, II e III.

Conhecimentos Específicos 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4) São formas de conexão que permitem acesso em banda larga, EXCE- 11) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.
TO: a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia
a) Wi-Fi b) ADSL. ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados
c) Conexão via rádio d) MODEM em linha discada. unicamente para uso interno de seus usuários.
b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores
5) Novos vírus podem propagar-se através de volumes compartilhados distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de
conectados em rede. Observe a descrição dos procedimentos a seguir roteadores formando uma enorme rede virtual.
sugeridos como formas de minimizar ou evitar a propagação ou o rece- c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software
bimento dessas ameaças através dos recursos de rede: que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-
I. Definir os compartilhamentos como somente de leitura. formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da
II. Proteger os compartilhamentos por senha. web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.
III. Definir os compartilhamentos como somente alteração. d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos
IV. Instalar um programa antivírus. muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse,
O número de procedimentos que podem ser considerados efetivos é: permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página
a) 0 Web seja acessada.
b) 1
c) 2 12) Considere as afirmativas:
d) 3 I. O acesso à Internet é feito através da conexão de um computador a um
provedor de acesso, ou seja, uma empresa que provê acesso à Internet
6) O recurso implementado em alguns roteadores, que traduz um grupo de aos seus clientes através da manutenção de uma infra-estrutura tecno-
endereços IP inválidos para um grupo de endereços IP válidos na Inter- lógica, tanto de hardware quanto de software (linhas telefônicas, compu-
net e vice-versa, permitindo que os computadores tenham acesso à In- tadores, roteadores, páginas, e-mail e outros).
ternet sem que seus endereços sejam propagados (roteados), é conhe- II. World Wide Web ou "WWW" é uma rede mundial de computadores que
cido como: fornece informações para quem se conecta à Internet, através de um
a) NAT; navegador (browser), que descarrega essas informações (chamadas
b) SMTP; "documentos" ou "páginas") de servidores de internet (ou "sites") para a
c) DNS; tela do computador do usuário.
d) NIS; III. Intranet é uma rede corporativa que se utiliza da mesma tecnologia e
infra-estrutura de comunicação de dados da Internet, mas restrita a um
7) A alocação dinâmica de endereços aos clientes de uma rede pode ser mesmo espaço físico de uma empresa.
realizada por um servidor do tipo: Em relação à Internet e à Intranet, é correto o consta APENAS em:
a) SMTP. a) I. b) III.
b) DHCP. c) I e II. d) I e III.
c) WINS.
d) POP3. 13) Uma das atuais e grandes preocupações de segurança é contra as
pragas digitais, ou seja, os vírus. Analise as alternativas abaixo e assina-
8) Assinale a afirmativa correta: le a mais correta:
Com relação aos conceitos básicos de Internet e World Wide Web, é a) Com um ANTI-SPAM atualizado, tenho a proteção adequada.
correto afirmar: b) Com um FIREWALL, tenho a proteção adequada.
a) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não c) Com um ANTI-VÍRUS atualizado, tenho a proteção adequada.
são acessíveis por máquinas externas e vice-versa. Essas redes são d) Todas as alternativas estão corretas.
chamadas de Intranets, pois utilizam variações da tecnologia da Internet
e os servidores possuem arquitetura proprietária. 14) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.
b) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não
a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia
são acessíveis por máquinas externas a elas. Essas redes são chama-
ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados
das de Internets dedicadas, pois são variações da tecnologia da Internet
unicamente para uso interno de seus usuários.
e os servidores possuem arquitetura proprietária.
b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores
c) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações centraliza-
distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de
das e proprietárias que utiliza os serviços de comunicação da Internet,
roteadores formando uma enorme rede virtual.
logo não poderia operar em outra rede que não a Internet.
c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software
d) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações distribuídas
que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-
que utiliza os serviços de comunicação da Internet, logo poderia operar
formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da
também em outra rede que não a Internet.
web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.
d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos
9) Na Internet, plug in significa:
muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse,
a) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo browser.
permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página
b) um software que é acoplado a um aplicativo para ampliar suas funções.
Web seja acessada.
c) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo sistema operaci-
onal. 15) No Internet Explorer 7.0 há um recurso de navegação que armazena as
d) um link presente em uma página Web. entradas vistas anteriormente e sugere entradas correspondentes para
você em endereços e formulários Web. Este recurso é chamado de:
10) No contexto do Windows Internet Explorer, os “cookies” são: a) Assistente de perfil.
a) as configurações de segurança que você criou para o seu ambiente de b) Cookies.
rede, incluindo todas as proteções de acesso do Internet Explorer; c) Certificados.
b) atualizações de segurança para seu computador que, uma vez por mês, d) AutoCompletar.
são liberadas pelo fabricante do software;
c) os arquivos temporários gerados pelo Internet Explorer, cada vez que 16) Em relação à manipulação de contatos no Outlook Express, é INCOR-
você visita um site. Nesses arquivos ficam armazenadas todas as ima- RETO afirmar:
gens dos sites que você visitou; a) Um único contato pode possuir mais de um endereço de e-mail cadas-
d) pequenos arquivos de texto que alguns sites web colocam em seu trado no mesmo item de contato.
computador para armazenar diversas informações sobre você e seu b) O Outlook Express possui o recurso de autocompletar para nomes e
computador; apelidos de contatos, simultaneamente.

Conhecimentos Específicos 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) Mensagens podem ser enviadas para múltiplos contatos, utilizando-se o
separador de ponto-e-vírgula (;) ou utilizando-se os campos “para:”, “cc:” 1 D 11 C
d) e “cco:”. 2 A 12 C
e) Caso o apelido digitado no campo “para:” de uma nova mensagem 3 D 13 D
possua várias entradas na lista de contatos, a mensagem é enviada pa- 4 D 14 A
ra todos essas entradas. 5 D 15 D
6 A 16 D
17) O componente do Windows que é necessário para a configuração de 7 B 17 B
uma conexão via linha discada é: 8 D 18 D
a) a discagem automática.
9 B 19 C
b) o acesso à rede dial-up.
10 D 20 B
c) a conexão direta via cabo.
d) o Serviço do Internet Mail.
18) A Internet, além de concentrar uma grande quantidade de informações
em servidores destinados a esse fim, possui a função de meio de comu-
nicação.
Com relação às diversas maneiras de se comunicar através da Internet,
é correto afirmar que:
a) O e-mail é a única forma de comunicação que permite a duas ou mais
pessoas se comunicarem simultaneamente.

b) Para duas ou mais pessoas se comunicarem simultaneamente com o


uso do Chat, é obrigatório que nos computadores de todas elas tenha
um programa FTP cliente instalado.
c) Ao transferir um arquivo de qualquer servidor FTP na Internet para o
computador do usuário utilizando um programa FTP cliente, é obrigató-
rio o uso de um gerenciador de correio eletrônico para autenticar e auto-
rizar o acesso.
d) Ao inscrever-se em uma lista de discussão, o usuário passa a receber
mensagens de diversas pessoas da lista, sobre o tema central. Ao envi-
ar uma mensagem destinada às pessoas da referida lista, esse mesmo
usuário só necessita enviar um único e-mail para a lista, que essa se
encarregará de fazer a distribuição aos seus participantes.

19) Cada conta de e-mail tem um endereço único, que é dividido em duas
partes: a primeira é usada para identificar a caixa de correio de um usu-
ário, e a segunda é usada para identificar o servidor em que a caixa de
correio reside. Por exemplo, no e-mail bemtivi@passaro.com.br, bemtivi
20) é a primeira parte e passaro.com.br é a segunda parte. Com relação às
caixas postais e endereços eletrônicos, é correto afirmar que
a) cada conta de e-mail está associada a um endereço IP único válido na
Internet.
b) em um servidor de e-mail apenas o e-mail da conta do administrador
deverá estar associado a um endereço IP único válido na Internet.
c) o software de e-mail no servidor remetente utiliza a segunda parte para
selecionar o servidor de destino e o software de e-mail no computador
de destino utiliza a primeira parte para identificar a caixa de correio do
usuário.
d) se o servidor de e-mail estiver associado a endereço IP 192.168.2.0, o
endereço IP do primeiro e-mail deverá ser 192.168.2.1, o do segundo
192.168.2.2 e assim sucessivamente.
21) Uma das opções de configuração disponível no Internet Explorer para verificar se há versões mais atualizadas das páginas armazenadas é:
a) a cada intervalo de datas.
b) a cada página visitada.
c) quando o Internet Explorer for iniciado pela manhã.
d) quando o Internet Explorer for iniciado à tarde.

Conhecimentos Específicos 159 A Opção Certa Para a Sua Realização

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