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Acesso aos Recursos do

Saneamento:
Mecanismos OGU – Não PAC
Transferências Voluntárias/Curso 3

Módulo
3 Agentes Envolvidos

Brasília - 2016.
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância
Natália Teles da Mota Teixeira

Conteudista
Raildy Martins (2013).

Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação TécnicaFUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.

© Enap, 2016

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
SUMÁRIO

1 Planejamento e normatização da Política de Saneamento Básico.................. 5

2 Procedimentos gerais de acesso aos programas e ações do Ministério das


Cidades........................................................................................................... 6

3 Órgãos do Ministério das Cidades envolvidos nos processos de transferências


de recursos de Saneamento Básico.................................................................. 7

4 Instituição Operacionalizadora dos Programas e Ações do MCID................... 8

5 Proponente/Convenente............................................................................ 10

6 Interveniente, Interveniente Executor e Executor ou Fornecedor................ 13


Interveniente................................................................................................ 13

7 Beneficiários Finais..................................................................................... 14

8 Órgãos de Controle Interno e Externo......................................................... 14


4
Módulo
3 Agentes Envolvidos

1 Planejamento e normatização da Política de Saneamento Básico

O Ministério das Cidades é o órgão responsável por realizar o planejamento, a regulação,


a normatização e a gestão da aplicação de recursos, dentre outras, das políticas de
desenvolvimento urbano e de saneamento básico1.

Assim, é atribuição do Ministério das Cidades coordenar, supervisionar, acompanhar e avaliar


a execução e os resultados dos Programas e Ações sob sua responsabilidade, bem como
estabelecer um conjunto de normas operacionais com o objetivo de disciplinar o processo de
aprovação e execução das operações custeadas por seus Programas e Ações, em conformidade
com a legislação vigente.

No que diz respeito aos recursos alocados no Ministério, oriundos do Orçamento Geral da
União não inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (OGU - Não PAC), é atribuição
do Ministério a gestão dos programas, projetos e atividades apoiados, bem como do Contrato
de Prestação de Serviços firmado entre o Ministério das Cidades e a instituição financeira
oficial (que atua como Mandatária da União)2, para fins de operacionalização do programa3,
mediante4:

• Definição das diretrizes gerais e os procedimentos operacionais para sua


implementação;
• Divulgação de atos normativos e orientações ao Proponente/Convenente;

1. Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, art.
27, inciso III, alínea "e".
2. Portaria Interministerial nº 507/11, art. 5º, caput, I, e § 1º.
3. Portaria Interministerial nº 507/11, art. 5º, caput, II, e § 1º.
4. Portaria nº 27, de 23 de janeiro de 2013.

5
• Análise de enquadramento e seleção das propostas apresentadas pelos órgãos ou
entidades da administração pública, direta ou indireta, de qualquer esfera de governo
ou consórcio público, com vistas à celebração dos Contratos de Repasse;
• Descentralização dos créditos orçamentários e financeiros à Mandatária;
• Monitoramento, acompanhamento e avaliação da execução e dos resultados.

Ou seja, é o Ministério das Cidades o órgão responsável pela assinatura do Contrato de


Prestação de Serviços, mencionado no módulo anterior, destinado à operação dos programas
e ações de sua responsabilidade.

Ao disciplinar os procedimentos operacionais, o Ministério das Cidades distribui funções


específicas aos órgãos que compõem a sua estrutura, dentre os quais se destaca o papel da
SNSA, como será visto no tópico seguinte.

2 Procedimentos gerais de acesso aos programas e ações do Ministério das


Cidades

O acesso aos programas e ações do Ministério das Cidades impõe que os interessados
(proponentes) estejam habilitados mediante emendas parlamentares integrantes da Lei
Orçamentária Anual, ou por meio de encaminhamento de proposta, exclusivamente via
internet, para concorrer a processo público de seleção, no caso de propostas que não se
originem de emendas parlamentares.

Assim, o acesso aos recursos do Orçamento Geral da União (OGU), que não se originam de
emendas parlamentares, no MCID, é realizado mediante seleção de propostas, amplamente
divulgado no site do Ministério e no SICONV. Para concorrer a essa seleção, o interessado deve
observar as normas disciplinadas pelos Manuais específicos do Programa.

A proposta deve ser feita pelo chefe do Poder Executivo dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios ou seu representante legal.

Para as propostas oriundas de emendas parlamentares, os proponentes deverão acessar


o Sistema de Gestão de Convênios do Governo Federal (SICONV) e verificar se há recurso
destinado à localidade do interessado no módulo "programas"5.

Havendo recursos, o interessado deverá cadastrar e enviar proposta no SICONV. Assim, na


etapa de habilitação, o interessado adota procedimentos diretamente na internet, por meio
do SICONV e da página oficial do Ministério das Cidades, não necessitando de contato direto
com qualquer órgão do Ministério.6

O proponente deve estar atento para o conteúdo da proposta, assim como do Plano de Trabalho,
pois o mesmo deverá ser encaminhado à instituição financeira Mandatária de acordo com as
orientações do órgão gestor dos recursos, que é o Ministério das Cidades.

O Plano de Trabalho deve ser compatível com a modalidade, o objetivo do Programa e a


seleção efetuada pelo gestor. Deve, ainda, ser fornecida à Mandatária, junto com o Plano de
Trabalho, documentação técnica/social e jurídica necessária à análise da proposta, conforme
detalhado mais adiante.

5. https://www.convenios.gov.br/siconv/programa/ListarProgramas/ListarProgramas.do https://www.convenios.gov.br/
siconv/ListarProgramas/ConsultaOrgaosConsultar.do?id=1480
6. No caso de dúvidas, pode o interessado fazer contato direto pelo site do Ministério: www.cidades.gov.br

6
3 Órgãos do Ministério das Cidades envolvidos nos processos de transferências
de recursos de Saneamento Básico

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA

A SNSA é o órgão responsável pela análise e aprovação das Propostas de Trabalho inseridas no
SICONV e dos formulários eletrônicos do Ministério das Cidades, respectivamente, conforme
disponibilidade orçamentária e financeira, relativas às ações de Saneamento Básico.

É importante destacar o papel da SNSA como responsável, no âmbito do Ministério das


Cidades, pela análise, após a assinatura do Contrato de Repasse respectivo, da Síntese do
Projeto Aprovado (SPA), com vistas à verificação do enquadramento global do projeto aprovado
pela instituição financeira Mandatária aos objetivos e às diretrizes da Política de Saneamento
Básico. A aprovação da SPA pela SNSA é condição para autorização do início da obra/serviço.

Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração - SPOA/SE

A Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração, órgão da Secretaria-Executiva


do Ministério (SPOA/SE), é responsável pelo envio à instituição financeira que atue como
Mandatária, via SICONV, das minutas de empenho das propostas aprovadas para adoção dos
procedimentos subsequentes, bem como pela comunicação da Síntese do Projeto Aprovado
(SPA) homologada.

Ao comunicar a homologação da SPA à instituição financeira Mandatária, a SPOA/SE também


é responsável pela liberação, mediante requisição, da parcela de recursos necessária para
garantir o início da execução do objeto pactuado, bem como das parcelas subsequentes, em
conformidade com a execução física e financeira do objeto do contrato de repasse informada
pela Mandatária.

7
4 Instituição Operacionalizadora dos Programas e Ações do MCID

A Caixa Econômica Federal - CAIXA é a instituição encarregada da operacionalização dos


Programas e Ações do Ministério das Cidades não inseridos no PAC, conforme definido em
Contrato de Prestação de Serviços firmado entre o Ministério e a CAIXA, no art. 5º, II, da
Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº 507/11, na Lei nº 11.124/057, além de outras
disposições expedidas pelo MCID.

Dentre outras atribuições, compete à CAIXA, em síntese:

a. Análise e aprovação da documentação técnica, inclusive o Plano de Trabalho,


institucional e jurídica das propostas selecionadas pelo MCID;

a. Celebração dos Contratos de Repasse decorrentes das propostas selecionadas;

a. Zelo para que os projetos apoiados pelo MCID observem a boa técnica de
engenharia e as normas brasileiras relacionadas nos manuais específicos dos
Programas, quando for o caso, sem prejuízo às demais referências técnicas;

a. Análise de projetos de Trabalho Social, quando couber;

a. Verificação de realização do procedimento licitatório pelo Convenente/


Proponente, atendo-se à documentação no que tange: à contemporaneidade do
certame; aos preços do licitante vencedor e sua compatibilidade com os preços de
referência; ao respectivo enquadramento do objeto do Contrato de Repasse com
o efetivamente licitado; à adjudicação e à homologação, e ao fornecimento pelo
Convenente/Proponente de declaração expressa firmada por representante legal
do órgão ou entidade convenente, ou registro no SICONV que a substitua,
atestando o atendimento às disposições legais aplicáveis;

a. Promoção da execução orçamentário-financeira relativa aos Contratos de


Repasse, de acordo com as diretrizes, critérios, procedimentos e rotinas
estabelecidas nas normas editadas pelo MCID;

a. Notificação à Assembleia Legislativa ou Câmara Municipal, conforme o caso, da


liberação dos recursos financeiros, no prazo de 2 (dois) dias úteis, contados da
data do pagamento, na forma disposta no art. 1º, da Lei nº 9.452/978;

7. Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS, cria
o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS.
8. Lei nº 9.452, de 20 de março de 1997, que determina que as Câmaras Municipais sejam obrigatoriamente notificadas da
liberação de recursos federais para os respectivos Municípios.
8
a. Acompanhamento da execução físico-financeira dos objetos compromissados,
inclusive os derivados da aplicação das contrapartidas obrigatórias;

a. Comprovação da regular aplicação das parcelas liberadas por meio de ateste da


execução física das obras/serviços constantes nos Contratos de Repasse;

a. Suspensão do trâmite de liberação dos recursos, quando solicitado pelo MCID;

a. Análise e aprovação da prestação de contas dos recursos aplicados, assegurando


a compatibilidade e aderência das despesas realizadas com o objeto pactuado;

a. Notificação do Convenente/Proponente, quando não apresentada a prestação


de contas dos recursos aplicados ou quando constatada pelo Tribunal de Contas
da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) e demais Órgãos de controle
a má aplicação dos recursos públicos transferidos, e instaurando, se for o caso, a
competente Tomada de Contas Especial - TCE;

a. Subsídio ao MCID quanto à formalização da Prestação de Contas Anual dos


programas operados;

a. Fiel observância em seus atos normativos internos das orientações expedidas


pelo MCID;

a. Consulta ao Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico


e ao Cadastro Nacional dos Mutuários - CADMUT, a fim de verificar,
respectivamente, a faixa de renda da família beneficiada e registros de
financiamentos de imóveis obtidos, que caracterizem situações restritivas à
concessão do beneficio pretendido, informando ao Convenente as restrições
detectadas;

a. Disponibilização rotineira de informações ao MCID sobre o andamento dos


Contratos de Repasse e encaminhamento das informações necessárias ao
processo de acompanhamento e avaliação da execução e dos resultados das
ações;

a. Observância, dentro de sua responsabilidade, às disposições de que trata a Lei nº


11.124/05, o Decreto nº 5.796/069 e nº 6.170/0710, e Portaria Interministerial
MP/MF/CGU nº 507/11;

a. Análise e aprovação das eventuais reformulações de projetos básicos quando


houver modificação dos projetos de engenharia e das especificações dos serviços,
desde que fundamentadas e justificadas em relatórios técnicos de engenharia
elaborados pelo convenente, preferencialmente aprovadas pelo responsável
técnico pela elaboração dos projetos de engenharia.

9. Decreto nº. 5.796, de 6 de junho de 2006, que regulamenta a Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005, que dispõe sobre o
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS e
institui o Conselho Gestor do FNHIS.
10. Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União
mediante convênios e contratos de repasse.

9
5 Proponente/Convenente

Como a própria palavra sugere, proponente é aquele que propõe. No âmbito da legislação de
convênios e contratos de repasse, proponente é órgão ou entidade pública ou privada sem fins
lucrativos credenciada que manifeste, por meio de proposta de trabalho, interesse em firmar
instrumento regulado pela Portaria Interministerial nº 507/11.

Aceita a proposta e celebrado o termo de convênio ou contrato de repasse, denomina-se


convenente o órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, de qualquer
esfera de governo ou consórcio público, com a qual a administração pública federal pactua a
execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco. Ou seja, a denominação
de convenente aplica-se ao partícipe recebedor dos recursos federais, como também ao
contratado no âmbito do Contrato de Repasse.

No acesso aos recursos do MCID, OGU - Não PAC, de responsabilidade da SNSA, constituem
potenciais Proponentes/Convenentes os Municípios, Estados, Distrito Federal e consórcios
públicos.

Assim, no âmbito dos Contratos de Repasse celebrados com recursos OGU - Não PAC, o
Proponente/Convenente é o responsável pela apresentação da proposta técnica e respectivo
Plano de Trabalho, conforme orientações contidas nos normativos expedidos pelo MCID, em
resposta a demandas e necessidades sociais e de infraestrutura urbana, em consonância com
a política de saneamento básico e de desenvolvimento urbano.

O Proponente/Convenente deve, ainda, estimular a participação dos beneficiários em todas as


etapas do projeto, administrar e fiscalizar a execução dos trabalhos necessários à consecução
do objeto compromissado, observando critérios de qualidade técnica, prazos, custos previstos
no Plano de Trabalho e os princípios componentes do regime jurídico administrativo.

Uma das inovações da Portaria Interministerial nº 507/2011 foi trazer um capítulo específico
para definir competências e responsabilidades no âmbito das transferências da União para
execução de obras e serviços locais11 , cujos arts. 5º e 6º tratam, respectivamente, das
competências e responsabilidades do concedente e do convenente.

Acrescente-se que, ao instituir as regras específicas do órgão12 , o MCID definiu como atribuição
do Convenente/Proponente enviar as propostas, executar e fiscalizar a consecução do objeto,
assegurar a qualidade técnica dos projetos e de sua execução, entre outras, nos termos do
artigo 6º, da Portaria Interministerial nº 507/2011, mediante:

a. Apresentação de proposta da intervenção ao MCID, registrada no SICONV;

b. Encaminhamento à Mandatária dos projetos técnicos relacionados ao objeto


pactuado, reunindo toda documentação jurídica e institucional necessária à
celebração do Contrato de Repasse, de acordo com os normativos do programa,
bem como apresentação de documentos de titularidade dominial da área de
intervenção, licenças e aprovações de projetos emitidos pelo órgão ambiental

11. Título I - Das Disposições Gerais, Capítulo I - Das Definições de Competências e Responsabilidades no âmbito das
transferências da União para execução de obras e serviços locais, art. 5º e 6º, que tratam, respectivamente, das competências
dos Concedentes e dos Convenentes.
12. Manual de Instruções para Contratação e Execução dos Programas e Ações do Ministério das Cidades no Procedimento
Simplificado, aprovado pela Portaria MCID nº 378/12, Manual de Instrução para Aprovação e Execução dos Programas e Ações
do Ministério das Cidades com recursos de Transferências Voluntárias do Orçamento Geral da União com valor de repasse
igual ou superior a R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil Reais), aprovado pela Portaria MCID nº 27/13.

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competente, órgão ou entidade da esfera municipal ou estadual e concessionárias
de serviços públicos, conforme o caso, e nos termos da legislação aplicável;

c. Definição no Plano de Trabalho e de Aplicação, registrado no SICONV, da forma


de execução do objeto do Contrato de Repasse (direta ou indireta) e das metas ou
etapas/fases da meta, com as respectivas fontes de recursos;

d. Execução e fiscalização dos trabalhos necessários à consecução do objeto
pactuado no Contrato de Repasse, observando prazos e custos, designando
profissional habilitado no local da intervenção com a respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART ou Relatório de Responsabilidade Técnica de
Fiscalização - RRT;

e. Zelo para que o diário de obras seja atualizado de forma contínua e simultânea à
execução do empreendimento, de forma a conter o registro de todos os fatos
relevantes ocorridos, em especial do quantitativo de pessoal, máquinas alocadas,
condições meteorológicas prejudiciais ao andamento dos trabalhos e não
conformidades observadas, bem como esteja disponível aos órgãos de fiscalização
e controle;

f. Observância, na sua integralidade, dos requisitos de qualidade técnica dos
projetos e de execução dos produtos e serviços contratados, em conformidade
com as normas brasileiras e os normativos dos programas, ações e atividades,
determinando a correção de vícios que possam comprometer a fruição do
benefício pela população beneficiária;

g. Seleção das áreas de intervenção e dos beneficiários finais em conformidade


com as diretrizes estabelecidas pelo MCID, podendo estabelecer outras que
busquem refletir situações de vulnerabilidade econômica e social específicas,
informando a Mandatária sempre que houver alterações;

h. Realização, sob sua inteira responsabilidade, do processo licitatório nos termos


da Lei nº 8.666/93, e demais normas pertinentes à matéria, assegurando a
correção dos procedimentos legais, a suficiência do projeto básico, da planilha
orçamentária discriminativa, do percentual de Bonificação e Despesas Indiretas -
BDI utilizado e o respectivo detalhamento de sua composição, por item de
orçamento ou conjunto deles, e a disponibilidade de contrapartida, quando for o
caso, sempre que optar pela execução indireta de obras e serviços, ressalvadas os
casos de entidades privadas sem fins lucrativos, que deverão realizar, no mínimo,
cotação prévia de preços no mercado, observados os princípios da impessoalidade,
moralidade e economicidade;

i. Apresentação de declaração expressa firmada por representante legal do
Convenente/Proponente, atestando o atendimento às disposições legais aplicáveis
ao procedimento licitatório;

j. Exercício, na qualidade de Convenente/Proponente, de fiscalização sobre o


contrato de execução ou fornecimento - CTEF, efetuando os pagamentos ao
fornecedor e a retenção de impostos e contribuições previdenciárias incidentes
sobre as notas fiscais de insumos e serviços, que tenham por sujeito passivo da
obrigação tributária o respectivo executor ou fornecedor, em conformidade com
a legislação tributária e previdenciária vigente, bem como a conferência e aceite

11
dos documentos fiscais, verificando as alíquotas de tributos e retenções incidentes,
validade de certidões de regularidade fiscal e cadastral do fornecedor;

k. Estímulo à participação dos beneficiários finais na elaboração e implantação do


objeto pactuado, na gestão dos recursos financeiros destinados, bem como na
manutenção do patrimônio gerado por estes investimentos;

l. Notificação dos partidos políticos, dos sindicatos de trabalhadores e das


entidades empresariais com sede no município ou Distrito Federal quando
ocorrer a liberação de recursos financeiros pelo MCID, como forma de incrementar
o controle social, em conformidade com a Lei nº 9.452/97, no caso dos entes
municipais e do Distrito Federal;

m. Operação, manutenção e conservação adequada do patrimônio público gerado
pelos investimentos decorrentes do convênio, após a execução do mesmo;

n. Prestação de contas dos recursos transferidos pelo MCID destinados à consecução
do objeto do contrato de repasse;

o. Fornecimento ao MCID, a qualquer tempo, de informações sobre as ações
desenvolvidas para viabilizar o acompanhamento e avaliação do processo;

p. Inclusão , no edital de licitação e no contrato de execução ou fornecimento - CTEF,
de requisito que a responsabilidade pela qualidade das obras, materiais e
serviços executados/fornecidos é da empresa contratada para esta finalidade,
inclusive a promoção de readequações, sempre que detectadas impropriedades
que possam comprometer a consecução do objeto do Contrato de Repasse;

q. Instauração de processo administrativo, inclusive processo administrativo
disciplinar, quando constatado o desvio ou malversação de recursos públicos,
irregularidade na execução do contrato de execução ou fornecimento - CTEF ou
gestão financeira do Contrato de Repasse, comunicando tal fato ao MCID;

r. Disponibilização de informação , sempre que solicitado pelo MCID, sobre o
estado de conservação, funcionamento e operação do patrimônio gerado pela
aplicação dos recursos públicos, ainda que finda a execução do objeto do Contrato
de Repasse;

s. Enquadramento, nos casos de atendimento, com unidade habitacional, da faixa
de renda, dos beneficiários finais, conforme legislação vigente;

t. Zelo para que os produtos dos contratos tenham funcionalidade plena, sejam
adequadamente operados e mantidos e atendam a finalidade a que se destinam,
de modo a gerar benefícios à sociedade.

Ratifique-se que o Convenente, quando da execução de despesas com recursos transferidos,
sujeita-se às disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, especialmente em relação
aos procedimentos licitatórios e de contratação, admitida a modalidade de licitação prevista
na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, nos casos que esta norma especifica, além das
demais legislações pertinente à matéria.

12
6 Interveniente, Interveniente Executor e Executor ou Fornecedor

Interveniente

Interveniente é o órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta


de qualquer esfera de governo, ou entidade privada que participa do convênio
para manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome próprio13.

Nesse sentido, o interveniente integra o termo de convênio ou contrato de repasse para


"manifestar consentimento" ou "assumir obrigações em nome próprio" e, quando houver,
deve ser signatário do respectivo termo.

Quando o convênio vier a ser firmado por entidade dependente ou órgão de Estado, do Distrito
Federal ou de Município, é obrigatória a participação do Chefe do Poder Executivo desse ente
no instrumento a ser celebrado, como interveniente, caso não haja delegação de competência.

Interveniente Executor

No âmbito das ações apoiadas pelo Ministério das Cidades, é admitido que
o Proponente/Convenente proponha à Mandatária a inserção de órgão da
administração direta ou indireta de ente federado para que, na condição de
interveniente executor, responsabilize-se pela execução de ações ou atividades
previstas no Plano de Trabalho integrante do Contrato de Repasse, quando essa providência
promover a qualificação de sua execução.

Assim, nas ações de saneamento, o " interveniente executor " pode ser um integrante da
administração direta ou indireta do ente tomador dos recursos (ex.: secretaria municipal ou
autarquia municipal), ou ainda, a administração direta ou indireta de outro ente (ex.: companhia
estadual de saneamento). Seja em um caso ou em outro, o "interveniente executor", bem
como suas atribuições e responsabilidades para a consecução do objeto, devem constar de
forma explícita no contrato de repasse firmado com recursos do MCID, entre a Mandatária e
o ente beneficiado.

Executor ou Fornecedor

Executor ou fornecedor é pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,


responsável pela execução de obra ou fornecimento de bem ou serviço, nos
termos da Lei nº 8.666, de 1993, e demais normas pertinentes à matéria, a partir
de contrato de execução ou fornecimento firmado com órgão ou entidade da administração
pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade
privada sem fins lucrativos.

Assim, o executor ou fornecedor não integra o Termo de Convênio ou Contrato de Repasse.


A sua participação na execução do objeto dá-se a partir de um contrato firmado com órgão
ou entidade da administração pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo,
consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos beneficiários dos recursos públicos
transferidos.

O executor ou fornecedor é parte integrante do "contrato de execução ou fornecimento"


firmado junto ao proponente. Representa, no jargão da construção civil, o "empreiteiro" ou
"fornecedor".

13. A Portaria Interministerial nº 507/11 traz, distintamente, a figura do Interveniente e do Executor, conforme consta do art.
1º, § 2º, incisos XVII e XII, e § 6º, art. 43, IV.

13
As informações sobre o executor ou fornecedor e respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART devem ser registradas no SICONV, pelo Convenente.

7 Beneficiários Finais

Nos termos da Portaria Interministerial nº 507/1114, constituem beneficiários finais os


integrantes da população diretamente favorecida pelos investimentos apoiados com recursos
transferidos pela União mediante convênios e contratos de repasse.

Considerando os investimentos realizados com recursos do OGU - Não PAC constantes da


dotação orçamentária do MCID, beneficiários finais "são aqueles definidos nos Manuais
Específicos para Apresentação de Propostas dos Programas/Ações disponibilizados no
endereço eletrônico do MCID"15.

Assim, cada Manual Específico para Apresentação de Propostas dos Programas/Ações do MCID
informará a população que se constituirá no beneficiário final daqueles recursos transferidos.

8 Órgãos de Controle Interno e Externo

São denominados órgãos de controle as instituições vinculadas aos Poderes Executivo e


Legislativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que possuem designação
constitucional para orientar, auditar, fiscalizar e acompanhar a execução dos programas,
projetos e atividades de governo nos aspectos de legalidade, economicidade e eficiência.

Os controles externo e interno, para a verificação da regularidade da aplicação dos recursos


financeiros transferidos pela União, na forma definida pelo Manual de Instruções para
Contratação e Execução dos Programas e Ações do Ministério das Cidades para Transferências
Voluntárias contempladas pelo Procedimento Simplificado de Acompanhamento e
Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia de Pequeno Valor, são, respectivamente, o
Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União.

14. Portaria Interministerial nº 507/11, art. 1º, § 2º, inciso XIII.


15. Manual de Instrução para Aprovação e Execução dos Programas e Ações do Ministério das Cidades com recursos de
Transferências Voluntárias do Orçamento Geral da União com valor de repasse igual ou superior a R$ 750.000,00 (setecentos
e cinquenta mil), aprovado pela Portaria MCID nº 27/13.

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