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Anestesiologia
Professor Leopoldo
09/04
Transcrito por: Acioly
ANESTÉSICOS LOCAIS
Objetivos da Aula:
-Descrever o mecanismo de ação dos anestésicos locais
-Descrever os principais problemas associados ao uso do anestésico local
-Descrever suas principais complicações
- “Alcoolização do nervo”: antigamente, quando a pessoa sentia muita dor no nervo óptico,
injetava-se álcool no nervo óptico. Bloqueava a gênese e a condução do impulso nervoso, mas
de maneira irreversível”. Ou seja, não era um anestésico local, pois não bloqueia a condução e
gênese de um impulso nervoso de maneira reversível.
História:
- Primeiro anestésico local a ser utilizado: Cocaína. Os indígenas do Andes usavam muito,
alguém percebeu que a língua deles ficava anestesiada. No entanto a cocaína não é apenas
anestésico, pois leva a dependência e a outras alterações. A primeira raquianestesia, foi feita
com cocaína.
Atualmente:
-Lidocaína: mais antigo de todos e ainda muito utilizada. Não tem as reações adversas da
cocaína, tem uma latência pequena e duração pequena
Potencial de Ação:
-Anestésicos locais vão bloquear a entrada de sódio, inibindo os canais. Assim, não há a gênese
do potencial de ação
-Potencial de repouso
-Despolarização: Influxo de Na+
-Repolarização: Efluxo de K+
Existe uma outra teoria sobre a atuação dos anestésicos locais: baseia-se em um princípio
mecânico no qual o anestésico local acaba expandindo a membrana e, por causa desse
alargamento, o canal de Na+ acaba se fechando
Os anestésicos locais, são bloqueadores de canal de Na+, (isso é o que tem que ficar claro),
mas bloqueiam por dentro da célula.
MECANISMO DE AÇÃO:
A porção ativa dos anestésicos locais, é a porção ionizada, no entanto ela não é lipossolúvel e
não consegue atravessar a membrana celular para fechar os canais de sódio. Então uma
pequena parte não ionizada (lipossolúvel) dos anestésicos locais, vai atravessar a membrana e
lá dentro, devido a diferença de pH ele irá se ionizar e aí sim essa função ionizada vai se ligar
nos canais de sódio, bloqueando-o. Essa é a teoria mais utilizada para os mecanismos dos
anestésicos locais.
Estrutura Química: ele tem uma função lipofílica, que é o anel aromático e tem uma amina
terciária que é a função hidrofílica. Tbm tem uma cadeia intermediária ou central que é o que
vai classificar o anestésico local. Se for um éster, será uma amino éster. Se essa cadeia for
amida, será uma amino amida, pois o anel aromático, todas elas tem.
-O tempo que um anestésico local leva para agir está relacionado a quantidade de moléculas
apolares que ele tiver.
-Todos os anestésicos locais são bases fracas porque eles têm pKa > 7
- Quanto menor a diferença entro o pKa do anestésico e o pH fisiológico 7,35 (do local onde for
injetado), menor a latência, pq tem maior concentração de anestésico em sua forma
lipossolúvel ou apolar
Por exemplo:
Qual anestésico tem menor tempo de latência, Lido ou Bupi? R= É a Lido, pois ela tem mais
função lipossolúvel que vai entrar em maior quantidade e mais rápido na célula.
-Quanto maior a diferença do pKa pro pH, menos moléculas apolares estarão disponíveis
Reação tóxica: geram reações anafiláticas. Ainda existem, mas na prática clínica foram
substituídos pelos amino-amidas
Reação tóxica: Tem metabolização hepática. Então, paciente que tem algum grau de
insuficiência hepática, vai ter problemas com este anestésico.
-Todo fármaco que tem potencial de se ionizar, pode ser carreado por alguma proteína
plasmática. No plasma, temos basicamente 2 proteínas carreadoras com essa capacidade:
albumina e alfa-globulina, produzidas no fígado. Quanto mais fármaco estiver ligado a proteína
, menos fármaco estará livre. Dessa forma a proteína funciona com um deposito pra esse
fármaco, influenciando não na latência, mas sim no tempo de duração do efeito anestésico.
Quando o fármaco que está livre é metabolizado a proteína libera mais fármaco pro plasma,
funcionado como um depósito.
Quem tem maior duração de ação, são os fármacos que possuem uma ligação proteica maior e
lipossolubilidade maior.
Potência:
-Quanto mais lipossolúvel for o fármaco, mais fármaco ultrapassará a membrana. Assim,
menor a dose de fármaco a ser utilizado e maior sua potência.
-Delta: mielinizada
-C: amielinizada
-Dor localizada: sabe-se onde está doendo. Transmitida pelas fibras mielinizadas Delta
-Dor em cólica – referida: dor inespecífica. Transmitida pelas fibras amielinizadas tipo C
-Bloqueio sensitivo: bloqueia-se as fibras sensitivas, mas não as motoras. Como? Trabalhando
em cima da concentração do anestésico. Ou seja, diminui-se a
concentração para que esta dose de anestésico atinja apenas as fibras mais sensíveis, que são
as delta e C, as quais conduzem dor
-Quanto mais grossa e mielinizada é a fibra, menos sensível ela é ao anestésico local
Uso Clínico
-bloqueio intravenoso (de Bier): garrote no braço do paciente, vai anestesiar todo o braço,
mas não vai passar pra outros lugares. Fica localizado. É o chamado, bloqueio regional de Bier.
O problema desse bloqueio é que ele só pode ficar por até uma hora. Mais que isso leva à
isquemia e necrose.
O único anestésico local utilizado como antiarrítmico é a lidocaína, classe I. bloqueia canais de
sódio, portanto, tem função no coração como antiarrítmico.
Nunca usar bupivacaína no bloqueio regional de Bier endovenoso. Depois que tira o garrote
vai tudo pro coração do paciente e então entra em parada. Mas a lido pode ser utilizada, pois
tem uma segurança mt boa e por isso se usa bastante.
Toxicidade:
-Quando um anestésico atua mais nos nervos inibitórios, haverá um predomínio de neurônios
excitatórios. Assim, o paciente pode convulsionar. Esse é um dos primeiros sinais de toxicidade
por anestésico local.
-Ao convulsionar, o paciente consome mais oxigênio, perde controle dos reflexos, pode haver
refluxo gástrico e broncoaspiração
Profilaxia:
-Utilizar vasoconstritor junto com o anestésico local: o vasoconstritor faz uma isquemia local e
diminui a absorção do anestésico no plasma. Assim, evita-se uma concentração plasmática alta
desse anestésico.
-Se nada for feito: depressão total do sistema cardiovascular = ASSISTOLIA (PCR)
Terapêutica:
-Oxigenação
-Terapia medicamentosa: