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DICAS:

Adaptação de Texto: Fernando José Peixoto Lopes


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Eletricidade TERRA X NEUTRO.


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“Deus Seja Louvado”!


A eterna polêmica terra versus neutro

“Em uma residência alimentada por 127V, caso o neutro se desconecte, e você tenha
um bom aterramento após a medição o sistema continuaria funcionando com fase e
terra?”

Esta dúvida parece repousar numa eterna polêmica entre o entendimento correto da
função do “terra” e do neutro.

Baseado em explicação científica, senão teria que ser mágico ou fazer simpatia
daquelas que se usa para curar unha encravada!

Talvez a primeira coisa talvez seja entender qual a diferença entre “uma coisa e outra
coisa” para tentar acabar com a eterna polêmica terra versus neutro.

De uma forma bem sucinta pode-se começar por um conceito que sempre deve ser
lembrado:
PELO NEUTRO PASSA CORRENTE, MAS PELO “TERRA” NÃO
(Ou pelo menos não deveria).

Esta afirmação já poderia responder a dúvida, mas talvez valha a pena acrescentar,
pode até funcionar, entretanto não é uma forma correta!

Mas por que não é a forma correta?

O neutro é um condutor fornecido pela concessionária de energia junto com a(s)


fase(s) para o retorno da corrente elétrica, enquanto o “terra” é feito por uma ou
mais hastes metálicas ligadas a Terra (solo) e, o mais importante, NÃO DEVE haver
corrente circulante por ele.

Então para que serve o “terra”?

A principal função do “terra” é proteger as pessoas caso haja algum “vazamento” de


tensão para a carcaça do equipamento, seja por um problema de isolamento ou
eletromagnética. Assim se o equipamento estiver convenientemente aterrado (como
um microfone ligado a uma mesa de som, por exemplo) e uma pessoa fizer contato
com a carcaça, a diferença de potencial entre a pessoa e a Terra será praticamente
nula e, portanto, não circulará corrente pelo corpo do “pobrezinho” e ele não levará
choque.

Não custa lembra que o que produz o choque (e pode matar) não é a tensão e sim a
corrente, mas para haver corrente tem que haver tensão e uma resistência no
caminho por onde circulará a corrente que no caso, será o corpo do “pobrezinho
infeliz”.

O aterramento tem também a função de desviar para a Terra cargas eletrostáticas


acumuladas na carcaça, bem como fornece um caminho alternativo para descargas
atmosféricas e viabilizar o funcionamento de dispositivos de proteção como o DR, por
exemplo.

Será você já se convenceu que não deve usar o “terra” como neutro?

Mas então porque, às vezes, o equipamento funciona?

Uma prova de que “funciona” é que quando queremos descobrir qual dos fios de uma
instalação é a fase e qual é o neutro ligamos uma lâmpada entre cada um deles e um
ponto aterrado como um eletroduto de ferro, algum cano ou vergalhão. O fio que fizer
a lâmpada acender será a fase e o outro o neutro.

Por onde circulou a corrente?


Pela Terra, não é mesmo?

Mas a Terra não é um fio e dependendo do ponto onde estivermos sua resistência irá
variar e é aí que a coisa começa a “dar ruim”, como dizem por aí.
Então a Terra neste caso “funcionou” como o neutro?

Sim e já entenderemos por que.

Os diversos tipos de aterramento:

Na NBR5410, que é a “bíblia sagrada” das instalações de baixa de tensão e sempre


deve ser consultada para tirar as dúvidas, existe uma secção em que são definidos os
possíveis sistemas de aterramento, designados pelas siglas TT, TN e IT que veremos
a seguir.

Comecemos entendendo esta “sopa de letrinhas”.


O primeiro T significa “um ponto diretamente aterrado” e o segundo T quer dizer
“massas diretamente aterradas, independentes do aterramento eventual de um
ponto de alimentação”. A letra I significa “isolamento de todas as partes vivas em
relação a Terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância” e
finalmente a letra N quer dizer “massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação
aterrado (em AC o ponto aterrado é normalmente o Neutro) ”.

Além disso, encontraremos os sistemas TN-S e TN-C onde o S significa “funções de


neutro e de proteção formadas por condutores SEPARADOS” enquanto o C é “funções
de neutro e de proteção COMBINADAS e um único condutor (designado por PEN) ”.

O melhor sistema sem dúvida é o TT onde o neutro é aterrado na entrada e


deve seguir como fio neutro na cor azul até a carga. A massa do equipamento
será aterrada em haste independente do aterramento do neutro.
A seguir temos o sistema TN-C que embora esteja previsto na norma não é uma boa
opção, uma vez que o fio terra e o fio neutro formam um único condutor designado
pela sigla PEN. Desta forma após o neutro ser aterrado na entrada ele mesmo vai
ligado ao neutro e a massa do equipamento.

Uma opção que fica entre a TT e TN-C e a TN-S onde embora o neutro também seja
aterrado na entrada, ele é levado em SEPARADO até a carga. Neste caso utiliza-se
outro condutor como fio terra e que deve ser da cor verde ou verde e amarelo e neste
caso é designado por PE.

O sistema IT é similar ao TT, porém o aterramento da carga é feito através de uma


impedância de valor elevado a fim de limitar a corrente de falta a um valor tal que
não seja perigoso para o ser humano, mas que possa ser monitorado evitando que o
equipamento seja imediatamente desligado. Este sistema deve ser utilizado em
hospitais e em particular em centros cirúrgicos.

No caso particular de um sistema monofásico, a utilização do terra como neutro,


embora não seja correta, é bom que se frise, pode até funcionar e não trazer
problemas aos equipamentos, mas em sistemas bifásicos ou trifásicos a falta do
neutro pode ser fatal, pois o retorno em vez de ser feito pelo neutro passará a ser
feito por algum equipamento comprometendo que ficará em série com os outros.
Este é um assunto mais complicado e ficará para outra oportunidade para que
o post não se estenda demais.

Espero ter elucidado a dúvida e o artigo traga uma luz para aqueles que por motivos
profissionais ou não precisam ser envolver com uma questão tão relevante em uma
instalação elétrica e algumas vezes menosprezada pelas pessoas.

“DEUS SEJA LOUVADO”!

Retirado de artigos de Paulo Brites.

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