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UNIFACIG

CENTRO UNIVERSITÁRIO

MARIANA MOREIRA DUTRA


MATEUS DONADIO MENDES

TRABALO DE ADMINISTRATIVO II
1- Direitos garantidos aos servidores estatutários

Lei:

Art.7°, nos seguintes incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
XXII e XXX.

IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às


suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem


remuneração variável;

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda


nos termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta


por cento à do normal;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração


de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos


específicos, nos termos da lei;

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Título III
Da Organização do Estado

Capítulo VII
Da Administração Pública

Seção II
Dos Servidores Públicos Civis

Art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença


judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará


em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo.

Doutrina:

Segundo Marinela,

‘‘ Na ordem jurídica brasileira, desde a Constituição de 1988 prevaleceu o regime


jurídico estatutário para os servidores públicos, o que para a doutrina é resultado
das maiores garantias apresentadas para os servidores, tais como um regime
próprio de aposentadoria, o direito à estabilidade expressa no texto constitucional
(art.41), o direito à reintegração e à disponibilidade remunerada, além de outros.
Esses direitos garantem aos servidores maior segurança e conforto para o
exercício de suas funções, o que representa, ao menos na teoria, uma maior
eficiência, moralidade e impessoalidade nos serviços públicos.’’

Jurisprudência:

(...) o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE 572.921/RN e o RE


582.019/SP, ambos da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, reconheceu a
existência da repercussão geral das matérias constitucionais versadas nestes
feitos e reafirmou a jurisprudência dominante nesta Corte no sentido de que a
garantia de percepção de salário mínimo conferida ao servidor por força dos arts.
7º, IV, e 39, § 3º, da CF/1988 corresponde à sua remuneração total e não apenas
ao vencimento básico, que pode ser inferior ao mínimo, e, também, que sobre o
abono pago para atingir o salário mínimo não devem incidir as gratificações e
demais vantagens pecuniárias, sob pena de ofensa ao art. 7º, IV, da CF/1988. (...)
Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal aprovou os enunciados das Súmulas
Vinculantes 15 e 16 (...).
[RE 499.937 AgR, voto do rel. min. Dias Toffoli, 1ª T, j. 25-10-2011, DJE 228 de 1º-
12-2011.]
2- Ingresso e investidura dos servidores públicos

Lei:

No Estado Brasileiro o ingresso de qualquer cidadão no serviço público está


definido no art. 37, incisos I, II e V da Carta Federal, a saber:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Doutrina:

Segundo Marinela,

‘‘Inicialmente, verifica-se a aplicação dos princípios constitucionais, elencados no


art.37, caput, da CF, tais como: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, além de outros princípios, como supremacia do interesse,
isonomia, a razoabilidade e proporcionalidade, finalidade, continuidade, dentre
outros.’’

‘‘No estudo dos serviços públicos, é de fundamental importância a distinção entre


a titularidade do serviço e a titularidade de sua prestação. A titularidade do serviço
pode pertencer a Administração ou, excepcionalmente, ao particular, naqueles
casos em que a Constituição Federal não atribui ao Poder Público a exclusividade.
Nesses serviços, não há que se falar em transferência para o particular, porque
este já recebe tal titularidade por meio de previsão constitucional.’’

Jurisprudência:

● Exigência de concurso público para ingresso, remoção e permuta em serventias


extrajudiciais

DIREITO CONSTITUCIONAL. AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. CONVALIDAÇÃO DE PERMUTAS E REMOÇÕES ENVOLVENDO
TITULARES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS. CONCURSO PÚBLICO.
ILEGITIMIDADE JÁ RECONHECIDA. 1. Com o advento da Constituição de 1988,
o concurso público é inafastável tanto para o ingresso nas serventias extrajudiciais
quanto para a remoção e para a permuta (dupla remoção simultânea).
Precedentes. 2. Reconhecida a ilegitimidade do ato, não é lícito que o agravante
permaneça como titular da serventia para a qual se removeu por permuta. 3. A
nulidade declarada é apenas da remoção/permuta ilegítima, de modo que a parte
interessada pode requerer, nas vias ordinárias, o que entender de direito. 4.
Agravo a que se nega provimento.
[MS 32.123 AgR, rel. min. Roberto Barroso, 1ª T, j. 24-2-2017, DJE 48 de 14-3-
2017.]
3- Exame Psicotécnico

Lei:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

DF/PCDF2014:

“A avaliação psicológica ocorrerá dentro dos parâmetros estabelecidos no art. 9º,


VII, da Lei nº 4.878, de 3 de dezembro de 1965, no art. 14 do Decreto nº 6.944, de
21 de agosto de 2009, com redação dada pelo Decreto nº 7.308, de 22 de
dezembro de 2010, e nas resoluções do CFP nº 001/2002 e nº 002/2003.”

Jurisprudência:

STF – AI-AgR 630247/ DF, Relator(a): Min. EROS GRAU, Julgamento:


08/05/2007, citado pela colega rachel, mata a questão:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXAME


PSICOTÉCNICO. CONCURSO PÚBLICO. NECESSIDADE DE CRITÉRIOS
OBJETIVOS E DE PREVISÃO LEGAL. REEXAME DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DOS CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA A
REALIZAÇÃO DO EXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 STF. 1. A
orientação deste Tribunal é firme no sentido de que “o exame psicotécnico pode
ser estabelecido para concurso público desde que seja feito por lei, e que tenha
por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir,
inclusive, a possibilidade de reexame“. 2. Reexame da legislação
infraconstitucional — Lei n. 7.289/84 — e de fatos e provas. Inviabilidade do
recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo
regimental a que se nega provimento.
4 – Validade do concurso público.

Lei:

Art. 37, III, CF/88: “prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período;”
Art. 12 da Lei n. 8.112/90: “O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos,
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período”

Doutrina, segundo Mazza:

O prazo de validade deve ser contado a partir da data de homologação do


concurso.
Assim, nada impede que o edital estabeleça um prazo de validade inferior a dois
anos. O prazo de validade fixado no edital vincula o período de prorrogação.
Assim, por exemplo, pode o edital definir a validade do concurso como de 18
meses. Nesse caso, a única prorrogação possível será obrigatoriamente também
de 18 meses.

Jurisprudência:

Sumula 15 STF:

Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à


nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.

Tese definida no RE 837.311, rel. min. Luiz Fux, P, j. 9-12-2015, DJE 72 de 18-4-
2016, Tema 784:

● O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo


cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente
o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital,
ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado
durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo
candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em
concurso público exsurge nas seguintes hipóteses:
I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de
classificação;
III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima.

5 – Abertura de novo concurso com um em andamento.

Lei:

Art. 37, IV, CF/88: “durante o prazo improrrogável previsto no edital de


convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira;”
Art. 12, § 2º, da Lei n. 8.112/90: “não será aberto novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado”.

Doutrina, Mazza:

À luz do disposto no regime constitucional vigente, impõe a conclusão de que um


novo concurso pode ser aberto, contanto que os candidatos já aprovados tenham
prioridade sobre os novos aprovados. Essa conclusão pode ser extraída do teor
do art. 37, IV, da
Constituição Federal: “durante o prazo improrrogável previsto no edital de
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego, na carreira”.
Jurisprudência:

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte TJ-RN - Agravo Regimental em


Mandado de Segurança com Liminar : MS 20150194585000100 RN

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA.


INSURGÊNCIA QUANTO À DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINAR DE
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS EM CERTAME. CLASSIFICAÇÃO DOS
IMPETRANTES FORA DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL.
PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO AINDA NÃO EXPIRADO. MERA
EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO. ATO SUJEITO À CONVENIÊNCIA E
OPORTUNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. AUSÊNCIA DO RELEVANTE
FUNDAMENTO, IMPRESCINDÍVEL AO DEFERIMENTO DA LIMINAR. DECISÃO
AGRAVADA QUE NÃO ENSEJA REFORMA. AGRAVO DESPROVIDO.

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, fixou tese nos
seguintes termos: “O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso
para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas
previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada
por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso
do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do
aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma
cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses:
1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de
classificação;
3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade
do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima.” Vencido o Ministro Marco
Aurélio, que se manifestou contra o enunciado. Ausentes, nesta assentada, os
Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Presidência do Ministro Ricardo
Lewandowski. Plenário, 09.12.2015. (STF, RE 837.311-PI, Pleno, Relator: Min.
LUIZ FUX, julgado em 09/12/2015 – aguardando publicação do acórdão).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONCURSO
PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS
CANDIDATOS APROVADOS.
I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO
NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do
concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a
nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo
com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa
forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do
concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os
candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria
Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato
aprovado dentro desse número de vagas.
II. II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração
Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à
previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um
necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado
de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de
proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de
concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o
preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente
gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas
nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame
público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de
forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança
jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o
comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se
pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de
respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos.
III. III. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO.
CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO. Quando se afirma que a Administração
Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro do número de vagas
previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade de situações
excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente
motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que
determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração
Pública de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo não
cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é
necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes características:
a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional
devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público;
b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias
extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) Gravidade: os
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves,
implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de
cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade: a solução drástica e
excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente
necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida
quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com
a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear
candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada
e, dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário.
IV. IV. FORÇA NORMATIVA DO PRINCÍPIO DO CONCURSO PÚBLICO. Esse
entendimento, na medida em que atesta a existência de um direito subjetivo à
nomeação, reconhece e preserva da melhor forma a força normativa do princípio
do concurso público, que vincula diretamente a Administração. É preciso
reconhecer que a efetividade da exigência constitucional do concurso público,
como uma incomensurável conquista da cidadania no Brasil, permanece
condicionada à observância, pelo Poder Público, de normas de organização e
procedimento e, principalmente, de garantias fundamentais que possibilitem o seu
pleno exercício pelos cidadãos. O reconhecimento de um direito subjetivo à
nomeação deve passar a impor limites à atuação da Administração Pública e dela
exigir o estrito cumprimento das normas que regem os certames, com especial
observância dos deveres de boa-fé e incondicional respeito à confiança dos
cidadãos. O princípio constitucional do concurso público é fortalecido quando o
Poder Público assegura e observa as garantias fundamentais que viabilizam a
efetividade desse princípio. Ao lado das garantias de publicidade, isonomia,
transparência, impessoalidade, entre outras, o direito à nomeação representa
também uma garantia fundamental da plena efetividade do princípio do concurso
público.
V. V. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. (STF. RE
598.099. Tribunal Pleno. Rel. Ministro Gilmar Mendes. Julgado em 10/08/2011).
(Destaquei). CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE
SEGURANÇA. ATO OMISSIVO. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO DENTRO
DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. PRORROGAÇÃO DO
PRAZO DE VALIDADE. NÃO COMPROVAÇÃO DE PRETERIÇÃO DA
CANDIDATA. EXPECTATIVA DE DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO NO
PERIODO DE VALIDADE DO CERTAME. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL EM
SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE.
AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA.
INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL. CONCURSO PÚBLICO – DETRAN/RN.
PRETENSA NOMEAÇÃO E CONVOCAÇÃO. CANDIDATO APROVADO FORA
DO NÚMERO DE VAGAS. CERTAME COM PRAZO DE VALIDADE NÃO
EXPIRADO. AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO. ADMINISTRAÇÃO QUE DISPÕE
DOS CRITÉRIOS DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE PARA CONVOCAR O
CANDIDATO DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE. MANUTENÇÃO DA DECISÃO
VERGASTADA. IRRESIGNAÇÃO SEM FATOS OU FUNDAMENTOS NOVOS
QUE POSSAM ALTERAR O ENTENDIMENTO FIRMADO PELOS TRIBUNAIS
SUPERIORES. CONHECIMENTO E IMPROVIMENTO DO RECURSO.
PRECEDENTES. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO
PÚBLICO DO DETRAN-RN. CARGO DE VISTORIADOR/EMPLACADOR -
INSPEÇÃO VEICULAR. LEGITIMIDADE DO GOVERNADOR. COMPETÊNCIA
PRIVATIVA. APROVAÇÃO FORA DAS VAGAS. POSTERIOR VACÂNCIA DO
CARGO. PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO PRORROGADO. TERMO
FINAL NÃO ULTRAPASSADO. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA EM CONVOCAR OS CANDIDATOS PARA PROVIMENTO DO CARGO.
AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA.
1. O provimento de cargo público é ato de competência privativa do Governador
do Estado, nos termos do art. 64, XIX, da Constituição Estadual do Rio Grande do
Norte.
2. A aprovação em concurso público fora do número de vagas importa em
expectativa de direito à nomeação que se convola em direito subjetivo quando,
demonstrado o interesse da Administração Pública, houver a vacância decorrente
de exoneração.
3. Inexiste direito líquido e certo do impetrante, na medida em que o concurso com
prazo de validade do concurso foi renovado por ato da administração pública, que
goza de discricionariedade para efetivar a convocação.
4. É possível determinar a nomeação de candidato aprovado ainda durante a
validade do concurso público nas hipóteses de contratação de pessoal de forma
precária para o preenchimento de vagas existentes, o que não é o caso dos autos.
5. Precedentes do STF (RE 598099, Rel. Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,
julgado em 10/08/2011), do STJ (AgRg no RMS 37.982/RO, Rel. Ministro Arnaldo
Esteves Lima, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013, DJe 20/08/2013; RMS
37.842/AC, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 18/04/2013,
DJe 24/04/2013) e do TJRN (MS nº 2013.016957-9, Rel. Desembargador Vivaldo
Pinheiro, Tribunal Pleno, j. 08/10/2014; MS nº 2013.003741-6, rel. Desembargador
Gilson Barbosa, Tribunal Pleno, j. 09/04/2014; MS nº 2012.007820-6, rel.
Desembargador João Rebouças, Tribunal Pleno, j. 04/09/2013).
6. Denegação da segurança.
(TJ-RN - MS: 20150194585000100 RN, Relator: Des. Ibanez Monteiro, Data de
Julgamento: 24/02/2016, Tribunal Pleno)

6 – Nomeação, Posse e Entrada.

6.1 Nomeação:

Lei:

Nos termos do art. 9º da Lei n. 8.112/90, a nomeação poderá ser promovida:


I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou
de carreira;
II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança
vagos.

Doutrina, Mazza:

Em síntese, a aprovação em concurso público, como regra, gera simples


expectativa de direito à nomeação.
Porém, haverá direito subjetivo (ou direito adquirido) à nomeação nas seguintes
hipóteses excepcionais:
1) preterição da ordem classificatória (gera direito imediato à posse para todos os
preteridos, exceto se a preterição ocorreu pela via judicial);
2) contratação temporária para a mesma função (direito imediato à posse do
mesmo número de contratados);
3) aprovação dentro do número de vagas anunciadas no edital (direito à posse
surge com a proximidade do encerramento do prazo de validade do concurso);
4) requisição de servidores para exercício da mesma tarefa a ser provida pelo
concurso (direito imediato à posse do mesmo número de requisitados);
5) desistência do candidato aprovado na posição imediatamente anterior (direito
imediato à posse do mesmo número de desistentes);
6) convocação dos candidatos para apresentar documentos necessários à
nomeação (direito imediato à posse dos convocados);
7) prática de qualquer ato inequívoco que torne incontestável a necessidade do
preenchimento de novas vagas.

Jurisprudência:

Informativo n. 622/STF, publicado em 19 de abril de 2011 no site www.stf.jus.br:

“Por reputar haver direito subjetivo à nomeação, a 1ª Turma proveu recurso


extraordinário para conceder a segurança impetrada pelos recorrentes,
determinando ao Tribunal Regional Eleitoral catarinense que proceda as suas
nomeações, nos cargos para os quais regularmente aprovados, dentro do número
de vagas existentes até o encerramento do prazo de validade do concurso. Na
espécie, fora publicado edital para concurso público destinado ao provimento de
cargos do quadro permanente de pessoal, bem assim à formação de cadastro de
reserva para preenchimento de vagas que surgissem até o seu prazo final de
validade. Em 20.2.2004, fora editada a Lei 10.842/2004, que criara novas vagas,
autorizadas para provimento nos anos de 2004, 2005 e 2006, de maneira
escalonada. O prazo de validade do certame escoara em 6.4.2004, sem
prorrogação. Afastou -se a discricionariedade aludida pelo tribunal regional, que
aguardara expirar o prazo de validade do concurso sem nomeação de candidatos,
sob o fundamento de que se estaria em ano eleitoral e os servidores requisitados
possuiriam experiência em eleições anteriores.
Reconheceu -se haver a necessidade de convocação dos aprovados no momento
em que a lei fora sancionada. Observou -se que não se estaria a deferir a dilação
da validade do certame. Mencionou -se que entendimento similar fora adotado em
caso relativo ao Estado do Rio de Janeiro. O Min. Luiz Fux ressaltou que a
vinculação da Administração Pública à lei seria a base da própria cidadania. O
Min. Marco Aurélio apontou, ainda, que seria da própria dignidade do homem. O
Min. Ricardo Lewandowski acentuou que a Administração sujeitar -se -ia não
apenas ao princípio da legalidade, mas também ao da economicidade e da
eficiência. A Min. Cármen Lúcia ponderou que esse direito dos candidatos não
seria absoluto, surgiria quando demonstrada a necessidade pela Administração
Pública, o que, na situação dos autos, ocorrera com a requisição de servidores
para prestar serviços naquele Tribunal”.

6.2 – Posse

Lei:

Art. 13 da Lei n. 8.112/90: “A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,


no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos
em lei.
§ 1° A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato
de provimento, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do
interessado.
§ 2° Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo
legal, o prazo será contado do término do impedimento.
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de
provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de
provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas
hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102,
o prazo será contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4° Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação, acesso e
ascensão.
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro
cargo, emprego ou função pública.
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
previsto no § 1o deste artigo.”

Doutrina, Mazza:

A posse no cargo público ocorre, nos termos do art. 13 da Lei n. 8.112/90, pela
assinatura do termo de posse, no qual deverão constar as atribuições, deveres,
responsabilidades e direitos inerentes ao cargo que não poderão ser
unilateralmente alterados.
O prazo para posse é de trinta dias contados da publicação do ato de provimento,
podendo dar -se por procuração específica. Só poderá ser empossado aquele que
for julgado, conforme prévia inspeção médica oficial, apto física e mentalmente.

Jurisprudência:

6.3 Exercício

Lei:

Art. 15, § 1º, da Lei n.8.112/90: “Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das
atribuições do cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar
em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos
previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97)
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou
designado o servidor compete dar-lhe exercício. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou
afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia
útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da
publicação. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)”

Doutrina, Mazza:

Após a realização de concurso público, a aprovação, o provimento e a posse, o


servidor entra em exercício. Exercício é o início efetivo do desempenho das
atribuições do cargo ou da função de confiança.
O servidor empossado tem o prazo de quinze dias para entrar em exercício (art.
15, § 1º, da Lei n. 8.112/90), contados da data da posse, sob pena de ser
exonerado do cargo ou de tornar -se sem efeito sua designação para função de
confiança.
Na hipótese de servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter
sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação
do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento à nova sede (art. 18 da Lei
n. 8.112/90).

Jurisprudência:

ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO


PÚBLICO. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE POSSE E EXERCÍCIO. ATO
DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RECURSO EM MANDADO
DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Consoante o teor do disposto no art. 8º, § 3º, do Decreto-Lei n. 220/1975, que
trata do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado
do Rio de Janeiro, a critério da administração, ocorrendo motivo relevante, o prazo
para o exercício de cargo público poderá ser prorrogado.
2. Na origem, o candidato nomeado para o cargo público apresentou toda a
documentação necessária e foi considerado apto para o ingresso no cargo. No
entanto, em razão de ter sido contemplado com bolsa de estudos no exterior -
Graduação Sanduíche -, apresentou requerimento administrativo na administração
pública, pleiteando a prorrogação da posse e do exercício no cargo, o qual não foi
respondido pela administração. Ausente a manifestação da administração pública,
o candidato, por iniciativa própria, realizou a viagem pretendida e, após a
conclusão do curso, impetrou mandado de segurança visando obter convocação
para a posse.
3. Caracterizado o ato como discricionário, caberia ao candidato, recorrente,
aguardar a manifestação da administração pública acerca do requerimento
administrativo no qual pleiteava a prorrogação do prazo para a posse no cargo
público ou adotar medidas judiciais para que seu pedido fosse analisado em
tempo hábil.
4. O requerente possui direito a obter resposta ao requerimento apresentado na
administração pública em decorrência do direito constitucional de petição, nos
termos dos arts. 3º, II, e 49 da Lei n. 9.784/1999. Não obtida a resposta em tempo
razoável, caberia ao impetrante insurgir-se contra a inércia da administração
pública pelos meios próprios, não podendo, por sua iniciativa, ausentar-se e,
posteriormente, pleitear posse e exercício no cargo público fora do prazo legal e
sem a autorização daquela.
5. O silêncio da administração pública não pode ser interpretado como "sim" ao
pleito de prorrogação para a posse. Nesse sentido: RMS 9.705/RN, Rel. Ministro
Fontes de Alencar, Sexta Turma, DJ 13/8/2001.
6. Recurso em mandado de segurança a que se nega provimento.
(STJ - RMS: 54921 RJ 2017/0191973-6, Relator: Ministro OG FERNANDES, Data
de Julgamento: 08/05/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
14/05/2018)

7 – Aprovação em concurso gera direito subjetivo ou expectativa de direito?

Lei:

Nos termos do art. 9º da Lei n. 8.112/90, a nomeação poderá ser promovida:


I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou
de carreira;
II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança
vagos.
Doutrina, Mazza:

Em síntese, a aprovação em concurso público, como regra, gera simples


expectativa de direito à nomeação.
Porém, haverá direito subjetivo (ou direito adquirido) à nomeação nas seguintes
hipóteses excepcionais:
1) preterição da ordem classificatória (gera direito imediato à posse para todos os
preteridos, exceto se a preterição ocorreu pela via judicial);
2) contratação temporária para a mesma função (direito imediato à posse do
mesmo número de contratados);
3) aprovação dentro do número de vagas anunciadas no edital (direito à posse
surge com a proximidade do encerramento do prazo de validade do concurso);
4) requisição de servidores para exercício da mesma tarefa a ser provida pelo
concurso (direito imediato à posse do mesmo número de requisitados);
5) desistência do candidato aprovado na posição imediatamente anterior (direito
imediato à posse do mesmo número de desistentes);
6) convocação dos candidatos para apresentar documentos necessários à
nomeação (direito imediato à posse dos convocados);
7) prática de qualquer ato inequívoco que torne incontestável a necessidade do
preenchimento de novas vagas.

Jurisprudência:

Informativo n. 622/STF, publicado em 19 de abril de 2011 no site www.stf.jus.br:

“Por reputar haver direito subjetivo à nomeação, a 1ª Turma proveu recurso


extraordinário para conceder a segurança impetrada pelos recorrentes,
determinando ao Tribunal Regional Eleitoral catarinense que proceda as suas
nomeações, nos cargos para os quais regularmente aprovados, dentro do número
de vagas existentes até o encerramento do prazo de validade do concurso. Na
espécie, fora publicado edital para concurso público destinado ao provimento de
cargos do quadro permanente de pessoal, bem assim à formação de cadastro de
reserva para preenchimento de vagas que surgissem até o seu prazo final de
validade. Em 20.2.2004, fora editada a Lei 10.842/2004, que criara novas vagas,
autorizadas para provimento nos anos de 2004, 2005 e 2006, de maneira
escalonada. O prazo de validade do certame escoara em 6.4.2004, sem
prorrogação. Afastou -se a discricionariedade aludida pelo tribunal regional, que
aguardara expirar o prazo de validade do concurso sem nomeação de candidatos,
sob o fundamento de que se estaria em ano eleitoral e os servidores requisitados
possuiriam experiência em eleições anteriores.
Reconheceu -se haver a necessidade de convocação dos aprovados no momento
em que a lei fora sancionada. Observou -se que não se estaria a deferir a dilação
da validade do certame. Mencionou -se que entendimento similar fora adotado em
caso relativo ao Estado do Rio de Janeiro. O Min. Luiz Fux ressaltou que a
vinculação da Administração Pública à lei seria a base da própria cidadania. O
Min. Marco Aurélio apontou, ainda, que seria da própria dignidade do homem. O
Min. Ricardo Lewandowski acentuou que a Administração sujeitar -se -ia não
apenas ao princípio da legalidade, mas também ao da economicidade e da
eficiência. A Min. Cármen Lúcia ponderou que esse direito dos candidatos não
seria absoluto, surgiria quando demonstrada a necessidade pela Administração
Pública, o que, na situação dos autos, ocorrera com a requisição de servidores
para prestar serviços naquele Tribunal”.

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