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PARTE 02
Olá, concursando!
2. PERÍODO DE APURAÇÃO 6
2.1. Início do negócio.... 6
2.2. Transformação e continuação 7
2.3. Eventos especiais de incorporação, fusão, cisão ou extinção . 7
2.3.1. Incorporação, fusão ou cisão 7
2.3.2. Extinção pelo encerramento da liquidação 8
3. LUCRO REAL 9
3.1. Pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real.... 10
3.2. Conceito de lucro real 12
3.3. Conceito "tributário" de lucro líquido 12
3.4. Ajustes do lucro líquido 13
3.4.1. Ajustes por adição 15
3.4.2. Ajustes por exclusão 17
3.4.3. Síntese sobre adições e exclusões ao lucro líquido 18
3.4.4. Compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores 20
3.5. Exemplo de apuração do lucro real.. 23
3.6. Apuração anual do lucro real.... 24
3.6.1. Estimativa calculada com base na receita bruta mensal e
acréscimos 25
3.6.2. Redução ou suspensão do pagamento mensal por estimativa ...26
3.7. Isenções e reduções 29
3.7.1. Mecanismo dos benefícios 30
3.7.2. Lucro da Exploração 30
3.7.3. Exemplo de cálculo dos benefícios de isenção ou redução 31
3.8. Livros Fiscais...... 33
3.8.1. Livro Registro de Inventário 33
3.8.2. Livro de Apuração do Lucro Real 34
3.8.3. Conservação de Livros e Comprovantes 36
5. LUCRO PRESUMIDO 58
5.1. A opção ao regime do lucro presumido 58
5.2. Pessoas jurídicas autorizadas a optar 58
5.3. Apuração da base de cálculo do Lucro Presumido 60
5.3.1. Lucro presumido decorrente da receita bruta 60
5.3.2. Valores diferidos no LALUR 63
5.3.3. Ganhos de capital 63
5.3.4. Outras receitas e rendimentos tributáveis 64
5.4. Exemplo de apuração do imposto segundo as regras do Lucro
Presumido 65
5.5. Escrituração fiscal 66
6. LUCRO ARBITRADO 68
6.1. Hipóteses de arbitramento 68
6.2. Arbitramento do lucro pelo contribuinte 69
6.3. Base de cálculo quando conhecida a receita bruta 69
6.4. Base de cálculo quando não conhecida a receita bruta 70
7. ALÍQUOTA E ADICIONAL 72
7.1. Alíquota geral 72
7.2. Adicional de 10% 72
7.3. Exemplos de cálculo do imposto devido 73
Desse modo, entre os arts. 220 e 239, o RIR dispõe sobre o período
de apuração do IRPJ. No entanto, em grande parte desses artigos (dos arts.
221 a 231), mais do que simplesmente se referir a período de apuração, o RIR
contém as disposições relativas à própria apuração anual do lucro real, matéria
que será analisada em momento mais oportuno (item 3.6).
Art. 220- O imposto será determinado com base no lucro real, presumido
ou arbitrado, por períodos de apuracão trimestrais, encerrados nos dias
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário.
1
Art. 220. A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de
dissolução e liquidação, de um tipo para outro.
pessoa jurídica sucedida, que deixou de existir (incorporada, fusionada ou
totalmente cindida), ou que experimentou uma alteração em sua estrutura
patrimonial (parcialmente cindida).
Mas, ainda que no edital tenha constado o item "Lucro real", entendo
que não é necessário estudar todos esses artigos. Digo isso porque, se assim
fosse, não haveria razão para indicar, em itens autônomos do edital, matérias
incluídas no subtítulo do lucro real. Em relação a tais matérias (como Lucros,
rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior, remuneração de
administradores, etc.), o legislador se dedicou a detalhar os ajustes ao lucro
líquido que delas são decorrentes, sendo que a ESAF elegeu alguns desses
pontos para cobrança como itens autônomos do edital.
Portanto, adotando esse entendimento, estudaremos neste item os
temas que compõem a essência do Lucro Real, que estão nos arts. 246 a 250
do RIR: as pessoas jurídicas obrigadas, o conceito de lucro real e a lógica dos
ajustes. Além disso, no item 3.6 veremos como funciona a apuração anual do
lucro real, objeto dos arts. 221 a 231 do Regulamento.
RECEITA BRUTA
(-) Deduções da receita bruta
(=) RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo de mercadorias e serviços vendidos
(=) LUCRO BRUTO
(+) Receitas operacionais
(-) Despesas operacionais
(=) RESULTADO OPERACIONAL
(+) Outras receitas (não operacionais)
(-) Outras despesas (não operacionais)
(=) RESULTADO ANTES DA CSLL
( - ) Provisão para CSLL
( = ) RESULTADO ANTES DO IRPJ
( - ) Provisão para IRPJ
( = ) RESULTADO APÓS O IRPJ
( - ) Participações estatutárias
( = ) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Portanto, segundo a legislação comercial, a provisão para o IRPJ é
calculada antes das participações estatutárias.
Nós aqui não vamos realizar todos esses cálculos, que no edital do
concurso compõem o objeto da Contabilidade. Com este tópico, meu objetivo
foi destacar a existência de um conceito "tributário" de lucro líquido do
exercício na legislação do IRPJ, mais especificamente no art. 248 do RIR.
Apenas para citar um exemplo e não deixar esse discurso muito vago,
vamos considerar o caso da provisão para devedores duvidosos (ou provisão
para créditos de liquidação duvidosa), constituída em observância ao princípio
contábil da prudência. A contrapartida dessa provisão é uma despesa que
reduz o lucro líquido contábil. No entanto, provavelmente pelo fato de essa
despesa ainda não estar associada a uma realidade consumada, o legislador do
IRPJ não a considera dedutível. Em outras palavras, ainda que reduza o lucro
líquido contábil, o legislador do IRPJ não admite que tal despesa produza o
mesmo efeito em relação ao lucro tributável.
Ou seja, na data zero, apenas 20% da receita teria sido recebida (R$
60 mil em R$ 300 mil). Portanto, na data zero, a incorporadora poderia diferir
a tributação de 80% do lucro (R$ 72 mil de R$ 90 mil). E como isso se opera?
Com uma exclusão de R$ 72 mil na Parte A do LALUR (item 3.4.2), e com o
registro desse lucro diferido na Parte B para tributação futura.
• os dividendos recebidos;
• o resultado positivo na equivalência patrimonial;
ADIÇÕES
• provisões indedutíveis
EXCLUSÕES
• exaustão incentivada
Antes de qualquer coisa é preciso ficar bem claro que prejuízos fiscais
e prejuízos contábeis são coisas bem diferentes. E as diferenças decorrem,
justamente, das adições e exclusões. Nesse sentido, imagine uma empresa
que receba muitos dividendos e ajustes positivos da equivalência patrimonial,
e goze de diversos benefícios fiscais. Considerando que todos esses são casos
de exclusões no cálculo do lucro real, essa empresa pode, no mesmo período
de apuração, apresentar um grande lucro contábil e ainda assim apurar
prejuízo fiscal.
C o m p e n s a ç ã o de prejuízos fiscais
Cálculos:
LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ E APÓS A CSLL 100.000
( + ) Adições 34.000
despesas não dedutíveis 20.000
lucro diferido de período anterior 8.000
CSLL 6.000
( - ) Exclusões (15.000)
resultados diferidos (5.000)
receitas não tributáveis (10.000)
RBM 28.000
Out 27.000 27.000
BSR 25.000 0
RBM 10.000 10.000
Nov 27.000 37.000
BSR 38.000
Dez RBM 8.000 8.000
37.000 45.000
BSR 50.000
Cálculo do benefício
Cálculo do benefício
• registro de inventário;
A parte "B" tem suas folhas desenhadas em formato que lembra uma
ficha razão, através das quais são controlados os valores fiscais que
interferirão na apuração do lucro real de períodos subsequentes e que não
constem da escrituração comercial.
• os veículos utilizados:
Portanto, como regra, o custo dos bens do ativo não circulante cuja
vida útil ultrapasse o período de um ano, deve ser ativado para ser depreciado
ou amortizado. Se assim não fizer, o contribuinte estará antecipando despesas,
com a consequente postergação do imposto.
4.3. Depreciação
Nos termos do art. 305 do RIR, a importância correspondente à
diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da
natureza e obsolescência normal pode ser computada como custo ou encargo,
em cada período de apuração.
• bens usados, sendo que sua taxa anual de depreciação deve ser
fixada tendo em vista o maior dos seguintes prazos (RIR, art.
311):
Por outro lado, não se admite depreciação referente a (RIR, art. 307,
parágrafo único):
4.7. Amortização
Segundo dispõe o art. 324 do RIR, a importância correspondente à
recuperação do capital aplicado, ou dos recursos aplicados em despesas que
contribuam para a formação do resultado de mais de um período de apuração
pode ser computada, como custo ou encargo, em cada período de apuração.
4.10.Arrendamento mercantil
4.11. Provisões
Como regra, as provisões são indedutíveis, devendo ser adicionadas
ao lucro líquido no período de apuração em que forem contabilizadas.
Constituição da provisão
C: PCLD 20.000
Reversão da provisão
D: PCLD
Reconhecimento da perda
4.14.Aluguéis
A dedução de despesas com aluguéis é admitida desde que (RIR, art.
351):
• factoring 3 ;
3
Factoring: prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar
e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou
de prestação de serviços (Lei n° 9.429, de 1995, art. 15, § 1o, III, "d").
observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha optado pela
tributação com base no Lucro Presumido no ano anterior (RIR, art. 516, § 2 o ).
( + ) Ganhos de capital
( + ) Outras receitas e rendimentos tributáveis
Por fim, devemos lembrar que a receita bruta pode ser reconhecida
pelo regime de caixa ou de competência!
• Regra geral: 8%
• Percentual de 1,6%
Revenda de combustíveis
• Percentual de 16%
Transporte de passageiros
• Percentual de 32%
Por fim, vale ressaltar que esse benefício não se aplica a sociedades
prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas (RIR, art.
519, § 5 o ). Além disso, a legislação também estabelece que esse benefício não
se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de
transporte, o que nem faria sentido, já que para essas atividades o percentual
já é menor ou igual aos 16%!
Para que isso ocorra validamente, são duas as condições (RIR, art.
531):
Para ter certeza de que você entendeu mesmo esses cálculos, vamos
repeti-los para o caso de uma pessoa jurídica, tributada pelo lucro real anual,
que tenha apurado base de cálculo de R$ 15.750.000,00. Qual o valor do
imposto devido?
Lucro presumido: lucro apurado com base numa ficção legal que
prestigia a simplificação dos procedimentos;
atividade: factoring;
• A pessoa jurídica que optar pela apuração anual do IRPJ deve calcular
o lucro real em 31 de dezembro, basicamente, adotando as mesmas
regras previstas para a apuração trimestral, relativas a adições,
exclusões e compensação de prejuízos.
( + ) Adições
CSLL
Custos e despesas não dedutíveis
Valores tributáveis não incluídos na apuração do resultado
( - ) Exclusões
Rendimentos não tributáveis incluídos na apuração do resultado
Despesas dedutíveis não incluídas na apuração do resultado
LUCRO REAL
11. BASE DE CÁLCULO NO LUCRO PRESUMIDO E NO ARBITRADO
LUCRO PRESUMIDO
Receita Bruta x % de presunção
( + ) Valores diferidos constantes do LALUR
( + ) Ganhos de capital
( = ) Lucro Presumido
( = ) Lucro Arbitrado
( = ) Lucro Arbitrado
12. QUESTÕES PROPOSTAS
Muito embora nos concursos de 2012 e 2014 o examinador não tenha
formulado questões envolvendo cálculos, elas são importantes para nos ajudar
a fixar conceitos fundamentais relativos à matéria.
Por essa razão os exercícios desse tipo foram mantidos na Aula. Ademais, nada
impede que no próximo concurso sejam incluídas questões desse tipo!
a) exceto para aquelas que apuram o imposto pelo lucro real em bases
trimestrais
c) exceto para aquelas que, podendo optar pelo lucro presumido, apresentam
declaração pelo lucro arbitrado
d) exceto para aquelas que, podendo optar pelo lucro presumido, apresentam
declaração pelo lucro real
a) V, V, F
b) F, F, F
c) V, F, F
d) V, V, V
e) F, V, F
a) F, F, F, V, F
b) V, V, F, F, V
c) F, V, F, F, V
d) V, F, V, V, F
e) F, F, F, F, V
a) 31/12/05;
b) 30/9/05;
c) 31/10/05;
d) 25 de agosto de 2006.
e) o contribuinte é livre para optar entre a tributação pelo lucro real, lucro
presumido ou arbitrado.
d) A empresa que operou apenas 5 meses em 2005 poderá optar pelo lucro
presumido em 2006, somente se sua receita total mensal não houver
ultrapassado R$ 4.000.000,00;
e) Se a empresa operou no primeiro trimestre de 2005, com um faturamento
de R$ 40.000.000,00, e por questões de sazonalidade nada mais faturou até o
final do ano, está proibida de optar em 2006 pelo lucro presumido.
a) 4.240,00;
b) 6.640,00;
c) 7.600,00;
d) 8.000,00;
e) 8.800,00.
b) 54.240,00;
c) 56.640,00;
d) 57.600,00;
e) 58.600,00.
a) 8.690,00;
b) 8.790,00;
c) 12.400,00;
d) 14.400,00;
e) 15.300,00.
a) real o fisco
d) apurado o fisco
c) Qualquer Pessoa Jurídica pode optar pela tributação com base no Lucro
Real, Arbitrado ou Presumido;
a) Prejuízo de 96.000,00;
b) Zero;
c) Lucro de 7.000,00;
d) Lucro de 100.000,00;
e) Lucro de 210.000,00.
c) A opção pelo Lucro Real é menos vantajosa, pois a empresa terá, nesta
opção, um adicional de R$ 24.000,00, o qual não pagaria caso a opção fosse
pelo lucro presumido;
e) A opção pelo Lucro Real é melhor, pois o imposto que pagará a menos em
relação ao Presumido é de R$ 5.000,00.
a) 29.000,00;
b) 27.000,00;
c) 25.000,00;
d) 23.000,00;
e) 21.000,00.
(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)
e) o lucro real pode ser conceituado como sendo o valor resultante do ajuste
da receita líquida pelas adições e compensações determinadas pelo
regulamento.
26. Uma empresa tributada pelo lucro real anual possuía registrado na
Parte B do Lalur um prejuízo fiscal operacional de R$ 130.000,00 em
31/12/2004. O lucro real antes da compensação de prejuízos, em
31/12/2005, era de R$ 100.000,00. O valor máximo compensável em
2005 e o saldo que permanecerá para compensar futuramente serão
de, respectivamente, de R$:
a) 30.000,00 e 100.000,00;
b) 50.000,00 e 80.000,00;
c) 60.000,00 e 70.000,00;
d) 80.000,00 e 50.000,00.
(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)
a) Zero;
b) 10.000,00;
c) 50.000,00;
d) 60.000,00;
e) 110.000,00.
d) A empresa que sofre cisão parcial, por exemplo, em 31/7, não precisa
apurar o lucro correspondente ao período de 1°/1 a 31/7; apurará o lucro real
em 31/12, que compreenderá o período de 1°/1 a 31/12 e neste compensará,
até o limite de 30%, os prejuízos fiscais existentes em 31/12 do ano anterior;
c) A baixa das duas provisões deve ser excluída, pois baixa é um mero artifício
contábil, não sendo, tecnicamente, uma despesa;
a) estiverem impugnados;
Comentários:
Em qualquer caso, considera-se ocorrido o fato gerador do IRPJ na data de
encerramento do período de apuração (o mesmo que período base),
independentemente do regime de tributação a que tenha se submetido o contribuinte,
sem qualquer exceção.
Nesse sentido, tanto faz se o contribuinte está submetido ao lucro real trimestral, ao
lucro presumido ou ao lucro arbitrado, considera-se ocorrido o fato gerador do IRPJ no
encerramento do trimestre. Se contribuinte se submete ao lucro real anual, considera-
se ocorrido o fato gerador do IRPJ no encerramento do ano.
Até mesmo nos casos de incorporação, fusão, cisão, ou extinção por liquidação de
pessoa jurídica, considera-se encerrado o período de apuração, e ocorrido o fato
gerador do IRPJ, na data em que ocorrer qualquer um desses eventos.
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão.
Comentários:
A questão é mera reprodução do art. 218 do RIR/99. Com esse dispositivo, a
legislação tributária reforçou o abandono da incidência anual como regra.
O sentido de "imposto devido" deve ser associado à ocorrência do fato gerador, ao
momento de surgimento da obrigação tributária, e não aos atos subsequentes que se
seguem ao surgimento da obrigação (pagamento e entrega de declaração). Por isso
mesmo, as alternativas A, B, D e E estão incorretas, afina! elas se referem a prazos de
pagamento, ou de entrega de declaração.
Portanto, a alternativa C é a resposta da questão.
Comentários:
Primeira assertiva: falsa.
O IRPJ é devido no encerramento do período de apuração, que em regra é trimestral.
Aqui você tem que entender que "devido no encerramento do período de apuração"
com o sentido de "apurado segundo a lei vigente nessa data e de acordo com a
realidade encontrada nesse memento" Ou seja: dizer que "o imposto é devido na
data X" equivale a dizer que "nasce a obrigação tributária na data X" Isso não
significa que o pagamento do imposto deve ser efetuado no encerramento do período
de apuração.
Segunda assertiva: falsa.
Em regra os períodos de apuração são trimestrais. Apenas no caso do lucro real, a
apuração pode ser anual, ficando o contribuinte obrigado a efetuar pagamentos
mensais a título de estimativa.
Terceira assertiva: falsa.
Os rendimentos, lucros e ganhos auferidos no exterior integram a base de cálculo do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (RIR, art. 394).
e) F, F, F, F, V
Comentários:
Primeira assertiva: falsa.
Essa assertiva tem um duplo sentido que pode ter gerado problemas para alguns
candidatos. A rigor; não é incorreto dizer que o fato gerador do imposto sobre a renda
é a aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de
qualquer natureza na hipótese em que a fonte está situada no Brasil. Mas sabemos
que, em relação a residentes ou domiciliados no Brasil, o fato gerador do imposto
ocorre ainda que a fonte esteja no exterior.
Portanto, o problema da assertiva, que a torna incorreta no modo em que foi escrita,
é limitar a ocorrência do fato gerador do imposto às hipóteses em que a fonte está
situada no Brasil.
Segunda assertiva: falsa.
Uma pessoa (física ou jurídica) pode ser responsável em relação ao imposto incidente
sobre os rendimentos tributáveis nas situações em que figura como fonte pagadora, e
não contribuinte (CTN, art. 45, parágrafo único).
Terceira assertiva: falsa.
Ainda que, de acordo com inciso I do art. 147, combinado com o inciso I do art. 146,
seja certo afirmar que as pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no País,
sejam quais forem seus fins, nacionalidade ou participantes no capital, são
contribuintes do IRPJ, não se pode dizer que todas as pessoas jurídicas domiciliadas
no País são contribuintes do imposto de renda. Por exemplo, as imunes não são. E as
pessoas jurídicas de direito público também não.
Quarta assertiva: verdadeira.
Síntese perfeita.
Quinta assertiva: falsa.
A tributação pelo lucro arbitrado não é privativa do fisco (presentes algumas
condições, o próprio contribuinte pode apurar o imposto segundo as regras do lucro
arbitrado). Além disso, nem sempre é autorizada a opção pelo lucro presumido. Como
sabemos, há pessoas obrigadas ao lucro real.
Considerando a sequência obtida (F, F, F, V, F), a alternativa A é a resposta da
questão.
Comentários:
Todas estão corretas, exceto quanto à alternativa C. As datas de encerramento dos
períodos trimestrais de apuração do IRPJ são fixas: 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Comentários:
De acordo com o art. 223 do RIR, o período de apuração da primeira incidência do
imposto após a constituição da pessoa jurídica compreende o prazo desde o início do
funcionamento até o último dia do respectivo trimestre.
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
A referência para a opção pelo lucro presumido é a receita total, e não apenas a
operacional.
Alternativa B: correta. Resposta da questão.
Fique atento que a partir de 1o de janeiro de 2014 esse limite passou para R$ 78
milhões.
Alternativa C; incorreta.
Para ingresso no lucro presumido, o limite da receita total auferida no ano anterior
era, àquela época, de R$ 48 milhões, ou proporcional ao número de meses do
período, quando inferior a doze meses (o que dá R$ 4 milhões ao mês).
Alternativa D: incorreta.
A empresa que operou apenas 5 meses em 2005 poderá optar pelo lucro presumido
em 2006, somente se sua receita total no ano não houver ultrapassado R$ 20
milhões (cinco doze avos do limite válido na época: R$ 48 milhões).
O critério para opção pelo lucro real não era, à época, receita mensal inferior a R$ 4
milhões. Era receita anual inferior a R$ 48 milhões, ou a R$ 4 milhões multiplicados
pelo número de meses de atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a 12
meses.
No caso da alternativa D, se a empresa operou por apenas cinco meses, sua receita
total ANUAL (em cinco meses) não pode ultrapassar R$ 20 milhões, ainda que em
determinado mês tenha ultrapassado R$ 4 milhões. Veja abaixo:
- Mês 1: R$ 2 milhões
- Mês 2: R$ 5 milhões
- Mês 3: R$ 6 milhões
- Mês 4: R$ 1 milhão
- Mês 5: R$ 4 milhões
- Total: R$ 18 milhões
Alternativa E: incorreta.
Independentemente de sazonalidade, se a receita total auferida no ano anterior fosse
inferior a R$ 48 milhões, poderia optar pelo Lucro Presumido.
Comentários:
Segundo as regras do lucro presumido, na receita bruta não se incluem as vendas
canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos
cobrados destacadamente do comprador ou contratante e do qual o vendedor dos
bens ou prestador dos serviços seja mero depositário. Tais impostos compreendem o
IPI e o ICMS, este último apenas quando destacado por substituição tributária.
Portanto, com os dados da questão, a receita bruta é de R$ 95 mil (R$ 100 mil menos
as vendas canceladas de R$ 5 mil; nesse caso o ICMS integra a receita bruta).
Aplicando o percentual de presunção de 8%, como valor tributável relativo à receita
bruta obtém-se R$ 7.600,00. Resposta: alternativa C.
Comentários:
Para fins de determinação da base de cálculo do lucro presumido, ao valor tributável
relativo à receita bruta devem ser acrescidos os ganhos de capital e as outras receitas
não enquadradas na receita bruta.
BC = 7.600 + 10.000 (aluguel recebido por empresa comercial) + 1.000 (aplicações
financeiras) + 40.000 (ganho de capital) = 58.600
Lembre-se de que, no caso do lucro presumido, os rendimentos e ganhos líquidos
auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de renda variável constituem
exemplo de outras receitas e rendimentos.
O IRRF é antecipação do imposto devido. Por isso, os rendimentos de aplicações
financeiras integram a base de cálculo do lucro presumido.
E como a questão pede a base de cálculo, o IRRF não influencia o cálculo.
O IRRF é considerado após o imposto devido. É uma dedução utilizada para encontrar
o imposto a pagar!
Acompanhe:
Lucro Presumido
BC = (Receita Bruta x percentual de presunção) + acréscimos
Imposto devido = BC x 15% + [(BC - n*20.000) x 10%]
Saldo a pagar = imposto devido - deduções do imposto devido (inclusive o IRRF)
Portanto, a alternativa E é a resposta da questão.
Comentários:
IRPJ devido = (58.600 x 15%) = 8.790,00
Não há adicional no trimestre porque a base de cálculo é inferior a R$ 60 mil (R$ 20
mil multiplicados por 3 meses do período de apuração).
Note que a questão pode o imposto devido. Nesse caso, como o IRRF é considerado
após o imposto devido, ele não Desse modo, o IRRF não influencia o cálculo do
imposto devido. Lembre-se de que o IRRF é uma dedução utilizada para encontrar o
imposto a pagar; nos casos em que a retenção constitui uma antecipação!
Comentários:
A assertiva I realmente contém hipóteses de arbitramento previstas no art. 530 do
RIR.
E, quando conhecida a receita bruta, uma vez verificada alguma hipótese de
arbitramento, também o contribuinte pode calcular o IRPJ com base no lucro
arbitrado.
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
Não há esse juízo de conveniência. A adoção desse ou daquele regime de tributação
do IRPJ deve observar os preceitos legais.
Alternativa B: incorreta.
A omissão de receitas ou a verificação de irregularidades na apropriação de custos ou
despesas, por si só, não justificam o arbitramento do lucro. Suponha que o
contribuinte tenha uma escrituração contábil impecável, na qual registre todas as suas
receitas. No entanto, deliberadamente, não declara suas receitas ao Fisco federal, e
nem recolhe (ou declara) os tributos respectivos.
Nesse caso, detectada a omissão de receitas, basta lavrar o auto de infração em que
serão calculados os tributos devidos segundo o regime de apuração adotado pelo
próprio contribuinte (real ou presumido: RIR, art. 288). Como a escrituração é
perfeita, não há porque desconsiderá-la e, consequentemente, arbitrar o lucro.
Alternativa C: incorreta.
Nem todas as pessoas jurídicas podem optar pelo lucro presumido. E a adoção do
lucro arbitrado, sob a ótica do contribuinte, é condicionada ao fato de a receita bruta
ser conhecida, além de estar presente pelo menos uma das hipóteses legais de
arbitramento.
Alternativa D: correta. Resposta da questão.
Em caso de desclassificação de escrita, o eventual recolhimento efetuado com base
nas regras do lucro real será deduzido do valor apurado segundo as regras do lucro
arbitrado.
Comentários:
De acordo com o art. 6o do Decreto-lei n° 1.598, de 1977, reproduzido no art. 247 do
RIR, o lucro real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária.
Comentários:
Se tivesse optado pelo lucro presumido:
Percentual de presunção da atividade: 32%
BC = R$ 1.000.000 x 32% = 320.000
IR devido = (320.000 x 15%) + [(320.000 - 60.000) x 10%] = R$ 74.000
Segundo as regras do lucro real:
BC = R$ 300.000
IR devido = (300.000 x 15%) + [(300.000 - 60.000) x 10%] = R$ 69.000
Portanto, a resposta está na alternativa E, afinal, os cálculos demonstram que
submeter-se às regras do Lucro Real produziriam a obrigação de pagar R$ 5.000 a
menos de imposto.
Comentários:
Lucro real = Lucro contábil + adições - exclusões - compensações de prejuízos fiscais
27.000 = Lucro contábil + 5.000 - 3.000 - zero (compensações de prejuízos
FISCAIS)
Lucro contábil = R$ 25.000
Resposta: alternativa C.
Comentários:
• Adições: 50.000 + 200.000 = 250.000
• Exclusões: 60.000
• Lucro líquido após adições e exclusões: 300.000 + 250.000 - 60.000 =
490.000
• Prejuízo a compensar: 10.000 (limite era R$ 147.000 = 30% de R$ 490.000)
• Lucro real do trimestre: 490.000 - 10.000 = 480.000
Comentários:
Alternativa A: correta.
Algumas empresas estão obrigadas à apuração do lucro real, mas qualquer pessoa
jurídica pode adotar esse regime. Mas é preciso cumprir as obrigações acessórias para
evitar o arbitramento do lucro.
Alternativa B: incorreta.
Se empresa obrigada ao lucro real não mantém escrituração contábil, ou se esta é
imprestável, terá seu lucro arbitrado.
Alternativa C: incorreta.
Ainda que seja adotado o regime de competência, o resultado contábil (lucro antes do
imposto de renda) pode ser diferente do resultado fiscal por conta das hipóteses de
adições, exclusões e compensações previstas na legislação tributária.
Alternativa D: incorreta.
Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de
determinação do lucro real, excluídos do lucro líquido, serão, na determinação do
lucro real do período de apuração competente, adicionados ao lucro líquido (RIR, art.
247, § 2º).
Alternativa E: incorreta.
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões
ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação (RIR, art. 247).
(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)
25. As compensações, um dos ajustes ao lucro líquido para fins de
determinação do lucro real, dizem respeito aos seguintes valores
(assinale a opção CORRETA):
a) Prejuízos contábeis apurados pela empresa em anos anteriores e mantidos
em conta do patrimônio líquido;
b) Prejuízos acumulados de empresas incorporadas;
c) O lucro líquido, positivo ou negativo, ajustado pelas adições e exclusões,
quando deste ajuste resultar valor negativo;
Comentários:
As compensações se referem, unicamente, a prejuízos fiscais, caracterizados, por
exemplo, pelo valor negativo resultante após os ajustes do lucro líquido por adições e
exclusões.
Outra hipótese de ocorrência de prejuízo fiscal é a insuficiência de adições para
transformar um prejuízo contábil em lucro real.
Comentários:
• Prejuízo contábil em 31/12/2005: 100.000
• Adições: 500.000 (despesas não dedutíveis)
• Exclusões: 450.000 (receitas não tributáveis)
• Prejuízo após adições e exclusões: 50.000
• Saldo de prejuízos a compensar: 60.000 + 50.000 = 110.000
Portanto, a alternativa E é a resposta da questão.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não pode compensar
prejuízos fiscais da sucedida (RIR, art. 514).
Alternativa B: correta. Reposta da questão.
A pessoa jurídica não pode compensar seus próprios prejuízos fiscais se entre a data
da apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de
seu controle societário e do ramo de atividade (RIR, art. 513).
Alternativa C: incorreta.
O prejuízo fiscal apurado por Sociedade em Conta de Participação (SCP) somente
pode ser compensado com o lucro real decorrente da mesma SCP (RIR, art. 515).
Alternativa D: incorreta.
A compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores não tem limitação de prazo
(RIR, art. 510, § 2º).
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida pode compensar os seus próprios
prejuízos, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.
Alternativa B: incorreta.
A pessoa jurídica sucessora por cisão não pode compensar prejuízos fiscais da
sucedida.
Alternativa C: correta. Reposta da questão.
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida pode continuar a compensar os
seus próprios prejuízos proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio
líquido. Mas antes do evento de cisão, ela pode compensar 100% dos seus próprios
prejuízos acumulados, observada apenas a trava dos 30%.
Alternativa D: incorreta.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do
imposto deve ser efetuada em relação à data do evento.
Alternativa E: incorreta.
A pessoa jurídica sucessora por cisão não pode compensar prejuízos fiscais da
sucedida.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
A partir de 1995, a compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores não tem
limitação de prazo.
Alternativa B: correta. Reposta da questão.
Trata-se da reprodução da regra que estabelece a "trava" para compensação de
prejuízos fiscais de períodos anteriores (RIR, art. 250, inciso III; e art. 510).
Alternativa C: incorreta.
A pessoa jurídica sucessora por cisão não pode compensar prejuízos fiscais da
sucedida.
Alternativa D: incorreta.
A pessoa jurídica não pode compensar seus próprios prejuízos fiscais se entre a data
da apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de
seu controle societário e do ramo de atividade.
Alternativa E: incorreta.
A partir de 1995, a compensação de prejuízos fiscais de períodos anteriores não tem
limitação de prazo.
Comentários:
Alternativa A: incorreta.
O pagamento de estimativas mensais integra a apuração anual segundo as regras do
lucro real. Trata-se de uma alternativa à apuração trimestral do imposto.
Alternativa B: correta. Resposta da questão.
De fato, a tributação pelo lucro real segundo o período anual é opcional. A regra é a
apuração trimestral.
Alternativa C: incorreta.
A empresa que apura o IRPJ com base no lucro real trimestral, o faz de forma
definitiva, sem a necessidade de recolher estimativas, em períodos encerrados nos
dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário.
Alternativa D: incorreta.
Não é verdade. No ajuste anual, a apuração é efetuada com base no lucro real de
todo o período. O resultado dessa apuração raramente coincide com a soma dos
valores pagos ao longo do ano-base a título de estimativa com base na receita bruta e
acréscimos. No ajuste anual, o contribuinte apura o IRPJ com base no lucro real e
compara com a soma dos valores pagos ao longo do ano-base a título de estimativa.
Se houver antecipado valores em montante menor do que o devido segundo a
apuração anual, terá saldo de imposto a pagar. Do contrário, se tiver antecipado
valores em montante maior do que o devido segundo a apuração anual, terá saldo de
imposto a restituir (saldo negativo do IRPJ).
Comentários:
O contribuinte pode suspender ou reduzir o pagamento da estimativa de fevereiro se
comprovar, com base em balanço ou balancete (e não em relatórios gerenciais), que o
valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com
base no Lucro Real do período em curso (desde o início de janeiro)é
Portanto, ao se referir a relatórios gerenciais, a alternativa B mostrou-se incorreta,
sendo a resposta da questão.
Vamos analisar as demais alternativas.
Se em janeiro o contribuinte recolheu estimativa de R$ 5 mil, e em fevereiro, com
base na receita bruta e acréscimos, tenha apurado estimativa de mesmo valor (R$ 5
mil), poderá recolher apenas R$ 1 mil caso o balanço de suspensão de fevereiro acuse
um imposto de R$ 6 mil. Nesse caso, a soma do valor pago em janeiro (R$ 5 mil),
com o valor de R$ 1 mil a ser pago em fevereiro, será equivalente ao valor do imposto
calculado com base no Lucro Real do período em curso (R$ 6 mil). Portanto, a
alternativa A está correta.
Aplicando o mesmo raciocínio, o contribuinte poderá deixar de recolher a estimativa
de fevereiro se o balanço de suspensão ou redução do mês indicar um imposto devido
no período (que se estende desde o início de janeiro até o final de fevereiro) no valor
de R$ 5 mil (valor esse já pago no período, no mês de janeiro). Portanto, a alternativa
C também está correta.
Por outro lado, se o balanço de suspensão ou redução de fevereiro indicar um imposto
superior R$ 15 mil, o contribuinte não terá demonstrado que poderia suspender ou
reduzir o pagamento mensal com base na receita bruta. Isso porque, a soma do valor
pago até então (R$ 5 mil relativo a janeiro) com o valor calculado com base na
receita bruta de fevereiro (também de R$ 5 mil), será menor do que o apurado com
base em balanço de suspensão ou redução. Desse modo, a alternativa D também está
correta.
Comentários:
Alternativa A: correta.
A alternativa está de acordo com o que dispõe o art. 304 do RIR.
Alternativa B: incorreta. Resposta da questão.
Não basta a comprovação da efetiva saída do numerário. É preciso comprovar a
origem (a causa) do pagamento (RIR, art. 302).
Alternativa C: correta.
Trata-se de requisito de dedutibilidade previsto no art. 302 do RIR.
Alternativa D: correta.
É exatamente o que prevê o § 2o do art. 302 do RIR.
Alternativa E: correta.
Alternativa em conformidade com o disposto no art. 304 do RIR.
Comentários:
A alternativa A é a única incorreta, sendo a resposta da questão. De acordo com o §
3o do art. 324 do RIR; no caso de término do exercício do direito antes da
amortização integra! do seu custo, o saldo não amortizado constitui encargo no
período de apuração em que se extinguir o direito ou terminar a utilização do bem.
Comentários:
Na data da contabilização, as despesas com a provisão para créditos de liquidação
duvidosa (indedutível) deve ser adicionada para fins de apuração do Lucro Real.
No ano da baixa, a reversão da provisão para créditos de liquidação duvidosa deve ser
excluída, pois quando da contabilização da provisão a despesa foi adicionada.
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão.
(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)
37. As obrigações referentes a tributos ou contribuições serão
dedutíveis, para fins de apuração do Lucro Real, se (assinale a opção
CORRETA):
a) estiverem impugnados;
b) estiverem sendo questionados judicialmente, com medida liminar;
c) estiverem depositados em Juízo, e constituírem objeto de ação judicial;
d) não estiverem pagos, porém provisionados.
Comentários:
Os tributos são dedutíveis na determinação do lucro real, segundo o regime de
competência.
Entretanto, não são dedutíveis os tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, como
ocorre nas situações das alternativas A, B e C.
Portanto, a alternativa Déa única que contém hipótese de obrigação referente a
tributo dedutível na apuração do lucro real.
Comentários:
Os prejuízos por desfalque, apropriação indébita e furto, por empregados ou terceiros,
somente quando houver inquérito instaurado nos termos da legislação trabalhista ou
quando apresentada queixa perante a autoridade policial (RIR, art. 364).
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão.
(ESAF/ Curso de Formação AFRFB - 2006)
39. Sobre a dedutibilidade na perda do recebimento de créditos é
INCORRETA a seguinte afirmação:
a) É dedutível o crédito de devedor declarado insolvente por sentença judicial,
independentemente de valor ou prazo decorrido após o vencimento;
b) Os valores a receber não decorrentes das atividades fins da empresa, como
por exemplo aqueles resultantes da venda de bem do permanente, somente
são dedutíveis quando sua perda for definitiva, isto é, assim declarada por
decisão judicial;
c) Os valores a receber de venda sem garantia, não superiores a R$ 5.000,00
por operação, são dedutíveis desde que vencidos há mais de 6 meses;
d) O valor a receber de venda sem garantia, de R$ 10.000,00, decorrente de
uma operação, é dedutível se vencido há mais de um ano, desde que esteja
sendo cobrado administrativamente;
e) O valor de R$ 50.000,00, de venda sem garantia, é dedutível se vencido há
mais de um ano, desde que esteja sendo cobrado judicialmente.
Comentários:
As perdas no recebimento de créditos não decorrentes das atividades da pessoa
jurídica não podem ser deduzidas como despesas (RIR, art. 340, a contrario senso).
Portanto, a alternativa B é a resposta da questão. Todas as demais alternativas estão
de acordo com o que dispõem os incisos do § 1o do art. 340.
Comentários:
Alternativa A: correta.
Trata-se da previsão do § 5 o do art. 356 do RIR.
Alternativa B: correta.
É exatamente o que dispõe o art. 303 do RIR.
Alternativa C; correta.
Alternativa em conformidade com o art. 357 do RIR.
Alternativa D: correta.
É o que dispõe o art. 359 do RIR.
Alternativa E: incorreta. Resposta da questão
De acordo com a alínea "b" do inciso I do art. 358 do RIR, o valor do aluguel de
imóvel cedido para uso de administrador; diretor, gerente e assessor integra a
remuneração dos referidos beneficiários.
E, segundo dispõe o inciso I do § 3o do mesmo artigo, constituindo remuneração
indireta, o referido valor é despesa dedutível para efeito de apuração do lucro real,
quando individualizados a operação e o beneficiário da despesa.
Quanto a essa questão, no parecer divulgado após a apreciação dos recursos, a ESAF
assim se manifestou:
A questão pediu ao candidato para assinalar a alternativa incorreta. O gabarito
divulgado informou a letra E como resposta, por considerá-la a única incorreta.
Os candidatos recorreram da questão com base nos seguintes fundamentos:
a) A questão pressupõe que basta a individualização do beneficiário para
que a remuneração indireta seja dedutível, o que não seria correto, já que
seria necessário haver também identificação do beneficiário, nos termos do
art. 358 do Decreto N° 3.000, de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda
e do Parecer Normativo Cosit N° 30, de setembro de 1992, que estabelece
outros requisitos, além da identificação e da individualização, para que
outras remunerações indiretas, que não o aluguel de imóveis, sejam
consideradas dedutíveis, como a informação de que a verba indireta deve
ser adicionada à remuneração do beneficiário, como condição para a
dedutibilidade.
Com base nesses fundamentos os recorrentes pedem a anulação da questão. Os
argumentos levantados pelos recorrentes não procedem, pelos motivos abaixo
descritos:
a) A questão está de acordo com o art. 358 do RIR, porque determina e
identifica os beneficiários (seu administrador, diretor, gerente e assessor) e
exige que essas pessoas e as operações respectivas sejam individualizadas
para a dedutibilidade do aluguel de imóvel pago.
Beneficiário identificado não é sinônimo de beneficiário individualizado, mas,
no contexto da questão, a identificação é premissa para a individualização.
Além disso, o inciso II do § 3o do art. 358 do RIR diz: "quando pagos a
beneficiários não identificados ou beneficiários identificados e não
individualizados". Não existe a previsão jurídica de beneficiários
individualizados, mas não identificados. Quanto aos outros argumentos, a
questão não exigiu condições para a dedutibilidade de outras remunerações
indiretas (o aluguel de imóvel (...) é despesa indedutível), apenas
classificou o pagamento de aluguel como remuneração indireta, indicando,
com isso, que o aluguel, nessas circunstâncias, compõe a remuneração do
beneficiário.
Mantenho a questão.
14. GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS
1. B 2. C 3. B
4. A 5. C 6. B
7. A 8. B 9. C
40. E