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Henrique Resende

14 PASSOS
PARA APRENDER
A DESENHAR
Todos os direitos reservados sob licença de Henrique Resende
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pública sem autorização
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- OS 4 PILARES do aprendizado 14 PASSOS
- OS 5 ERROS fatais
- OS 5 ACERTOS fundamentais
PARA APRENDER
A DESENHAR
Apresentação      

Olá, meu nome é Henrique Resende e criei este eBook que tem
por finalidade compartilhar um pouco do conhecimento que
considero fundamental para o desenvolvimento da capacidade
de desenhar nas mais variadas formas e estilos, desde o mais
sintético traço, até o mais trabalhado desenho hiper-realista.
O método apresentado aqui é fruto de mais de 15 anos de
estudo e experiência no ensino da arte para adultos, jovens e
crianças.
O desenho é universal e, para certas formas de pensamento, a
única expressão compreensível. Houve quem dissesse que, com
o surgimento da fotografia (século XIX), o desenho perdera o
sentido e se tornado inútil. Equívoco enorme! Ainda não foi
descoberta a máquina de fotografar o pensamento. A
fotografia de fato revelou detalhes do movimento e da forma,
mas a consequência foi uma contribuição para o
aperfeiçoamento da arte de desenhar.
Devemos justificar a nossa presença e os atos que praticamos na
sociedade. Os recursos de expressão ajudam os seres humanos
a entenderem-se mutuamente. Quanto mais vastos forem esses
recursos em cada um, mais firme será a sua posição no seio da
sociedade. A arte de desenhar é um veículo de expressão de
grande amplitude, além de ser profissão incrível, justificando-se,
pois, por si mesma, sobretudo agora, quando a ciência, a
indústria e a imaginação trabalham mais febrilmente do que
nunca e nas quais o desenho representa um papel
predominante, desde o processo embrionário da criação ao
multivariado processo de difusão universal.
Com este eBook, apresento alguns
métodos realmente eficazes para
um passo importante em
direção ao sonho de se tornar
um craque do desenho e da arte.
O sonho está ao seu alcance.
Notas preliminares           

O que é um bom desenho?


O domínio da representação figurativa é necessário, assim como
o aprendizado. No entanto, essas qualidades não bastam e não
são um fim em si mesmas.
O universo dos desenhos figurativos, muito além da imitação do
real, deve estar integrado nas funções e objetivos que o artista
se propõe - ou é proposto. Mesmo que perfeitamente possível
aqui, um desenho hiper-realista, para exemplificar, mesmo que
tecnicamente bem construído, deixa pouco espaço para o
complemento da imaginação e participação do público
observador. A participação imaginária significa o direito que o
público observador tem de exercer sua legítima alternativa
pessoal do olhar. “O que está nas sombras, ou apenas
sugerido, é muito mais legível do que as formas sob a luz da
precisão cirúrgica” (Rui de Oliveira – Pelos Jardins Boboli).
Então, o desenho figurativo e realista pode – e deve – permitir o
ato de abstrair. O desenhista deve sempre refletir sobre as
possibilidades entre o acabamento primoroso e a leve soltura da
indefinição de seus desenhos. Deve refletir até mesmo sobre a
total liberdade do traço e os limites do figurativo. Mas apenas
depois de conhecer e dominar preceitos fundamentais da forma
e dos cânones artísticos.
Agora, após estas breves notas, acho importante afirmar que,
muito além de estilos, atmosfera pretendida ou função do
desenho, o que mais importa é A FORÇA DA IMAGEM
desenhada e o seu impacto em quem a observa.
OS 4 PILARES do aprendizado          

O real aprendizado do desenho e o seu desenvolvimento são


estabelecidos sobre quatro pilares, a saber:

I – Escolha e conhecimento dos materiais


II – Entendimento da forma
III – Prática contínua
IV – Desenvolvimento do olhar
I – Escolha e conhecimento dos materiais

A escolha de qual material usar, se um lápis de grafite mais duro


ou de grafite macio, se uma caneta ou um bico de pena, se
carvão ou giz pastel, vai sempre depender da função ou do que
se espera da imagem. O conhecimento de um arsenal
significativo de materiais é fundamental para o desenvolvimento
de uma forma própria de desenhar e de se conseguir o
resultado desejado para cada trabalho.
Aqui, neste eBook, no que diz respeito aos materiais, vamos nos
ater somente nas graduações de lápis e nos papéis e suas
especificidades, além de algumas ferramentas de suporte aos
materiais básicos.
                                                     Lápis

Compreendendo o significado:
Graduação H  =  Hard (Duro / Rígido)
Graduação B  =  Black (Preto / Escuro)

       9H   ...    3H      2H      H      HB      B      2B      3B    ...   9B  

claro e seco                                                            escuro e macio

Conforme aumenta a numeração de H, mais duro se torna o


grafite e consequentemente mais claro. Conforme aumenta a
numeração de B, mais macio se torna e consequentemente mais
escuro.
Muitas vezes, num mesmo desenho são utilizados vários lápis
associados, geralmente utilizando-se os mais duros para as
linhas iniciais e sombreados de granulação menos porosa e mais
lisa, enquanto os lápis mais macios são usados para o
escurecimento gradativo do desenho e nos sombreados mais
carregados, além de linhas mais marcadas e de maior energia.
É importante salientar que o resultado sempre dependerá do
papel utilizado como suporte. As características da imagem
são uma consequência da associação entre tipos de lápis e tipo
de papel.
                                                    Papel

A escolha do papel também deverá estar ligada ao resultado


desejado e ao “temperamento” da imagem a ser construída.
Há inúmeros tipos de papel e cada qual com sua especificidade.
Destacarei alguns papéis de qualidade superior para trabalhos
artísticos e suas características:

- Canson C a grain – mais poroso


- Fabriano L – mais liso e resistente
- Schoeller Hammer R – altíssima resistência
- Schoeller Hammer G – altíssima resistência e liso
- Filiperson
- Winsor & Newton
- Lana

É interessante experimentar diferentes tipos de papel e


escolher os que mais estiverem de acordo com o gosto e com a
combinação e uso dos lápis em cada caso.
A gramatura do papel não deve ser inferior a 140 g/m².
                                               Borracha

A borracha branca é muito mais uma ferramenta para auxiliar


no acabamento do desenho (realçar contrastes, dar brilho,
evidenciar texturas e poros), do que um instrumento para
apagar erros.
Alguns tipos, a saber:
- Borracha branca comum – muito útil e a mais difundida.
Macia, deve estar sempre limpa. Não mancha e nem deixa
resíduos no desenho.
- Caneta borracha – ótima ferramenta. Muito usada para
detalhes de precisão. Devem ser sempre apontadas de maneira
chanfrada, na diagonal. Modelos sugeridos: Tombow Mono
Knock 3.8 mm  e  Tombow Mono Zero 2.3 mm.
- Limpa-tipos – conhecida também como borracha putty ou
miolo de pão, é uma borracha maleável e muito usada em
desenhos com carvão, porém, pouco recomendada para
desenhos a lápis, pois deixa um resíduo que mancha as áreas
sombreadas e esfumadas.

                                                Esfuminho

Nada mais é que um rolinho de papel prensado. Permite a


suavização da textura do grafite no papel, deixando o desenho
com um aspecto “esfumaçado”. É muito usado para esfumar
pequenas áreas de sombreado, devendo ser substituído, porém,
por lenço de papel ou papel higiênico dobrado em pequenos
triângulos, para áreas maiores de esfumado. A função básica do
esfuminho não é espalhar o grafite, mas sim suavizar os poros
do papel. Para limpá-lo, deve-se lixar sua ponta na posição
diagonal com lixa de unha.      
                        
II – Entendimento da forma

Tudo que desenhamos parte de algum parâmetro. O princípio


do desenho é a linha e ela nasce no branco do papel levando em
conta as linhas mães, que são os quatro limites, o cima e o
baixo e o lado direito e o lado esquerdo do papel. Ou seja, o
desenho começa a surgir após a observação das duas linhas
horizontais (o limite de cima e o limite de baixo) e das duas
linhas verticais (o limite do lado direito e o limite do lado
esquerdo) do papel.
O desenho não é apenas os traços, os sombreados e as figuras
formadas por essas intervenções. O desenho é tudo isso em
sintonia com o branco do papel, com sua textura, com a sua
escala e com os seus limites. Então, concluímos que o desenho é
uma composição formada principalmente pelos cheios (linhas e
manchas) e pelos vazios (o branco do papel).
O passo número um para se iniciar um desenho, após a escolha
do material, é a observação das linhas mães (os quatro limites
do papel) em relação a forma que se deseja projetar. Exemplo:
se vamos começar a esboçar uma figura humana, a cabeça
estará no centro ou penderá mais para um dos lados? E em
relação às linhas de baixo e de cima, onde ela se posicionará? E o
tamanho, ela (a cabeça) deverá ser quantas vezes menor que
uma das linhas mestras? E essa cabeça, definida a linha oval que
marca o seu local no espaço do papel, como continuará se
desenvolvendo? A resposta é exatamente a mesma: suas linhas
(dos olhos, nariz, boca e assim por diante) continuarão a ser
desenhadas levando em conta a linha oval inicial.
Isso é para ilustrar que o desenho é sempre um conjunto de
coisas, é uma composição que nasce e se desenvolve sempre
através de comparações e parâmetros. Além disso, o desenho é 
                        

uma construção onde as linhas primeiro existem (a partir do


modelo ou não) na mente do artista e depois se materializam no
papel. Da mesma maneira, o desenho se constrói no papel
primeiramente com linhas elementares e simples, para aos
poucos ir tomando corpo e recebendo linhas e trabalhados mais
complexos.
A esse “entendimento da forma”, é importantíssimo somar
alguns conhecimentos prévios, ditos Cânones Artísticos.
Conhecendo o corpo humano com suas medidas e proporções
entre as partes, observando as linhas mães existentes no
suporte (no nosso caso o papel) e imaginando primeiro as linhas
elementares e simples da forma, seremos capazes de desenhar
qualquer figura desejada!

                        
                                        Cânones Artísticos

Cânone é um conjunto de medidas que estabelece as


proporções ideais da figura humana. Artistas de peso como
Leonardo Da Vinci e Albrecht Dürer foram grandes teóricos dos
cânones artísticos.
Na arte, as medidas do corpo humano são parâmetro para as
medidas do mundo. Agora, um breve relato visual de estudos
dos principais cânones artísticos:
                        
III - Prática contínua

A leveza do traço ou a firmeza do risco, a soltura da forma ou a


precisão da linha, dependem da intimidade do desenhista com
os materiais artísticos, e isso só é possível com a prática
contínua. Colocar no papel aquilo que se passa em nossa mente
e em nosso espírito por meio de nossa observação e vivência, é
o exercício apaixonado que acontece dentro de um processo de
erro e correção, onde a evolução constante é o ideal a ser
perseguido.
Uma coisa posso afirmar: quando você chegar ao final da leitura
deste E-Book e começar a colocar em prática os conhecimentos
adquiridos, exercitando pelo menos 15 minutos diários, você
chegará a um patamar de desenho invejável! E digo mais: aqui
não estão fórmulas mentirosas ou de pretensões milagrosas.
Aqui apresento de fato uma metodologia que produz os
melhores resultados possíveis na área do desenho. O resultado
dos sonhos! E acredite, está ao seu alcance!
IV – Desenvolvimento do olhar

Com a prática e a aplicação dos conhecimentos propostos,


chega-se a um novo patamar no ofício do desenho. Com o
tempo, as medidas da forma serão realizadas pelo olho.
Sutilezas de tons e ideias serão percebidas de maneira que antes
não aconteciam. Detalhes minuciosos ou uma grande economia
de traços serão conseguidos de forma muito mais natural. O
desenho será, enfim, Arte.
Mas como desenvolver o olhar de maneira mais rápida e
poderosa, além do domínio do conhecimento e intimidade com
os materiais e dos cânones artísticos? A resposta é: usando, de
forma mais eficiente, o lado direito do cérebro.
Quando desenhamos algo, essa figura deve ser tratada como
“forma, e não como “forma de algo”. Quando praticamos
exercícios de desenho devemos esquecer o nome que essa
imagem tem, qual a sua história e o seu significado. Este
conceito de observação usa o lado direito do cérebro – que é
dividido em dois hemisférios – que tem função distinta do lado
esquerdo. Embora funcionem simultaneamente, o lado direito
do cérebro deve predominar no ato dos exercícios artísticos do
desenho. Se o lado esquerdo predomina, somos “enganados”
pela memória e então não enxergamos a forma (referência)
como ela realmente é. Este conceito de observação é
fundamental para desenhos realistas e hiper-realistas.
Neste E-Book não vamos alongar tanto no tema proposto agora,
mas mostrarei um exercício realmente incrível para “ensinar o
cérebro” a enxergar a forma do jeito que ela realmente é, sem
interpretações. O exercício consiste em:
Desenho cego – olhar para algum objeto ou qualquer modelo
como referência e desenhá-lo sem olhar para o papel. Ou seja,
o desenho deverá ser feito sem que os olhos desviem em
momento algum do modelo. Procurar observar o máximo de
detalhes e características (volume, luz e sombra, textura) do
modelo possíveis, desenhando tudo “às escuras”! Logicamente
que muitas linhas sairão desencontradas e, no início,
desproporcionais. Porém, o resultado não estará no papel, e sim
em sua mente. Assim, quando for desenhar olhando para o
papel, notará o avanço fantástico no desenvolvimento do olhar.
OS 5 ERROS fatais        

Embora muitas vezes a arte do desenho necessite de liberdade


no traço e de soltura inventiva, depende também e
fundamentalmente de disciplina e método. Os erros, assim
como os acertos, não acontecem apenas durante o percurso na
realização de um desenho, mas existem desde a saída e no
“DNA” da obra.

1 -  Ponta curta, processo longo

Um erro importante e que pode ser facilmente evitado é segurar


o lápis (ou carvão, pena, caneta, giz...) muito próximo da sua
ponta. Esse erro tem origem, parece, em nossa maneira de
escrever. O jeito errado de segurar o lápis elimina toda a
espontaneidade, leveza e fluidez dos desenhos, principalmente
os que não tenham uma natureza – ou intenção – hiper-realista.
Método para eliminar o erro: no caso do lápis, apontá-lo com
estilete de modo que fique pelo menos com o dobro do
tamanho das pontas realizadas com apontador comum. Isso vai
ajudar a delimitar a distância mínima da ponta em que o lápis
deve ser segurado.
2 – Papel gira gira

Muitas vezes o vício e a comodidade em ficar girando o papel


enquanto desenha, vem de uma certa limitação inicial de
movimento manual, tendendo o desenhista em “facilitar” certos
traços, principalmente os verticais. É um erro bastante comum e
grave, pois atrapalha a conexão entre o olhar e a imagem
mental, entre as linhas do desenho e o modelo.
Método para eliminar o erro: prender o papel (ou outro
suporte utilizado) com fita adesiva ou grampos. Isso elimina o
vício e permite o desenvolvimento de muito mais habilidade
manual.

3 – Mão pesada

Um importante erro que deve ser evitado é apertar muito o lápis


(ou outra ferramenta de desenho) no início do trabalho. Embora
muitos desenhos necessitem realmente que se pese a mão para
um escurecimento de partes, isso deve ser realizado
gradativamente. As linhas iniciais devem ser realizadas com
suavidade para que possíveis erros possam ser corrigidos ou
para que não atrapalhem o trabalhado posterior.
Método para eliminar o erro: exercitar, com lápis de graduação
dura (H, por exemplo), sobre folha branca de papel sulfite, linhas
retas, longas e rápidas. Sem forçar o lápis, riscar várias linhas,
principalmente verticais. Quanto mais exercitar, mais rápido será
o resultado. 
4 – O Sopro da morte

Jamais devemos soprar o papel para retirar alguma sujeirinha ou


rebarba de borracha do desenho. Quando sopramos, pequenas
partículas de saliva são arremessadas e podem manchar as
áreas já sombreadas ou que ainda receberão sombreamento.
Método para eliminar o erro: usar um pincel macio (pode ser o
de maquiagem) para retirar as sujeirinhas.

5 – Medo do escuro

Muitos tipos de desenhos ganham muita expressividade quando


grandes áreas são escurecidas. Toda a sua qualidade como obra
depende dessas áreas em contraste com outras muito mais
claras e até brancas do papel. Assim, o medo de escurecer
(gradualmente) pode comprometer o desenho.
Método para eliminar o erro: Coloque um pedaço de papel
preto ao lado do desenho, e o use como referência de escala,
pois muitas vezes, durante o desenho, o olho se acostuma com
as tonalidades de cinza e não percebe a necessidade do
escurecimento. Para as áreas mais escuras, terminar o
acabamento com lápis 6B ou até mesmo 9B.
OS 5 ACERTOS fundamentais             

1 – A escolha de um “filão”

É no meio mais familiar que encontramos o novo. Só através da


intimidade e o conhecimento de algo é que se torna possível
ultrapassar o nível do particular e alcançar o universal. Por isso,
um dos maiores acertos de um artista é escolher um tema ou
assunto e praticar em inúmeros desenhos. Da repetição surgirá
verdadeiramente a sua legítima forma de desenhar.

2 – Percepção das formas geométricas e elementares

Em seus modelos ou referências, enxergar as formas


geométricas contidas em suas imagens estruturais, tornando-as
“esqueletizadas” é um dos acertos mais importantes para o
desenvolvimento rápido do olhar. A marcação dos traços
característicos e básicos da forma através de figuras como
triângulos, quadrados, retângulos, círculos e ovais é uma das
mais eficientes maneiras de enxergar e desenhar com exatidão
proporcional.

3 – Valorização tanto das formas positivas quanto negativas

O desenho é formado pelas áreas cheias e pelas áreas vazias.


Áreas positivas e áreas negativas.
O espaço entre os objetos (modelo ou referência) é tão
importante quanto os próprios objetos. A consciência desse
conceito facilita o olhar mais apurado para o cálculo das
distâncias e dos tamanhos das figuras. Um grande acerto na
construção de um desenho é dar a mesma importância à
observação dos espaços vazios que damos na observação das
figuras (espaços cheios).
4 – Linha mestra e linhas de referência

Além das linhas mães, abordadas no capítulo “Os 4 Pilares do


Aprendizado”, existem também linhas importantes como a linha
mestra e as linhas de referência. Um grande passo para um
bom desenho é a projeção de linhas diretrizes. Numa referência,
procuramos identificar o movimento da forma e suas principais
divisões, projetando linhas imaginárias. Primeiramente
imaginamos uma linha principal na vertical ou diagonal (linha
mestra), dependendo da referência ou de cada trabalho. Depois
dividimos em linhas horizontais (linhas de referência). Isso ajuda
a enxergar a figura por partes e facilita em medir as distâncias
de cada traço. Essas linhas iniciais são leves e sem pressão do
lápis.

5 – O mundo em termos de traço

O desenhista que enxerga o “mundo em termos de traço” ao


invés de “o traço em termos de mundo”, realiza,
possivelmente, o seu maior acerto. Enxergar o mundo em
termos de traço significa olhar o que o cerca e enxergar nas
imagens as suas linhas principais, as suas áreas mais iluminadas,
as suas sombras, os seus volumes e os seus detalhes como se
construídos com as ferramentas do desenho. Ou seja, é mais
importante olhar para o mundo e enxergar o desenho que olhar
o desenho e enxergar o mundo. Essa prática do olhar, se
realizada com frequência, certamente desenvolve com potência
a nossa capacidade de desenhar.
                      HENRIQUE RESENDE

Um  pouco de minha vida e trajetória

Nasci em 1972, na cidade de Itaocara, interior do Estado do Rio de Janeiro.


Ainda muito pequeno me apaixonei pelo desenho. Minha mãe conta que,
por volta dos 5 anos de idade, eu acordava e ia direto para a cozinha atrás
do papel que embrulhava os pães. Era um papel tipo “carne-seca”, grande e
cinza, que eu pegava e, antes mesmo de tomar meu café da manhã,
desenhava naquele material tosco, mas que por algum motivo me
fascinava. Por volta dos sete anos comecei a desenhar histórias em
quadrinho. Sem dúvida alguma desenhar era o que eu mais gostava de
fazer.

A paixão e o amor pelo desenho e pela arte permaneceram. Aos 18 anos fui
para o Rio de Janeiro e tive a oportunidade de estudar com grandes
mestres da arte brasileira. Nomes como Hilton Berredo, Gianguido
Bonfanti, Cristina Pape, Charlles Watson, Marco Veloso, e Reynaldo Roels
foram importantíssimos para minha formação como artista e para o
desenvolvimento de um método próprio de ensino.

Na mesma época, dediquei-me também às ilustrações para publicidade e


produtos de empresas como Macrofarma, Petrobrás, Interunion,
MacDonalds, Sebrae, Erns & Young, Smitehkline & Beecham entre outras,
através de agências de propaganda do Rio de Janeiro.

Em 1995 cursei Arte Contemporânea em Londres e Amsterdã. Na Itália em


2004, aprofundei-me em escultura na Arco Arte, na cidade de Carrara.

Já realizei, para inúmeras cidades, esculturas e monumentos em diversos


materiais e dimensões, sempre traduzindo a contemporaneidade e a
vontade de tocar até mesmo os olhos mais desavisados. Sou o autor do
conhecido Monumento a Dercy Gonçalves de quem também pintei e
desenhei diversos retratos que a homenagearam em São Paulo, somando-
se a tantas outas exposições.
Sou muito grato a Deus por viver da Arte e de ter formado uma família
maravilhosa.
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