Sie sind auf Seite 1von 69

Como Exportar

Egito

entre

Ministério das Relações Exteriores


Departamento de Promoção Comercial
Divisão de Informação Comercial
Como Exportar 1
Lista dos Países
Egito

SUMÁRIO V - ACESSO AO MERCADO . ................................... 27


1. Sistema tarifário ................................................. 27
1.1. Sistema Geral de Preferências (SGPC) ............... 28
INTRODUÇÃO . .................................................... 2 1.2. Outras taxas e gravames tarifários à importação . 28
2. Regulamentação de importação ............................ 29
MAPA ................................................................. 3 3. Documentos e formalidades ................................. 34
4. Regimes especiais .............................................. 36
DADOS BÁSICOS . ............................................... 4
VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO ............... 38
I- ASPECTOS GERAIS . ....................................... 5 1. Canais de distribuição ......................................... 38
1. Geografia ........................................................ 5 2. Promoção de vendas ........................................... 42
2. População, centros urbanos e nível de vida .......... 5 3. Práticas comerciais ............................................. 43
3. Transportes e comunicações .............................. 7
4. Organização política e administrativa .................. 8 VII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS
5. Organizações e acordos internacionais ................ 8 BRASILEIRAS .............................................. 50

II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS . .............. 10 ANEXOS . ............................................................ 52


1. Conjuntura econômica ..................................... 10 I - ENDEREÇOS ..................................................... 52
2. Principais setores de atividade .......................... 11 II- TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES COM O
3. Moeda e finanças ............................................. 14 BRASIL ........................................................... 63
4. Sistema bancário ............................................. 16 III - INFORMAÇÕES PRÁTICAS ................................ 65

III . - COMÉRCIO EXTERIOR . ........................... 17 BIBLIOGRAFIA ..................................................... 67

SUMÁRIO
1. Evolução recente ............................................. 17
2. Direção do comércio exterior ............................ 17
3. Composição do comércio exterior ...................... 21

IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS
BRASIL – EGITO ........................................ 23
1. Evolução Recente ............................................ 23
2. Composição do intercâmbio bilateral ................. 24
3. Principais acordos internacionais ........................ 26
Como Exportar 2

Egito Sumário

INTRODUÇÃO na expansão da produção, por meio de amplos planos de de-


senvolvimento introduzidos pelo governo.
O Egito tem evoluído gradualmente em direção à ado-
ção de um regime comercial mais liberal. Desde fevereiro de
1994, o país adotou a nomenclatura tarifária composta de oito
dígitos, em conformidade com o Sistema Harmonizado de De-
signação e Codificação de Mercadorias (SH 92). Igualmente, a
alfândega egípcia deu início, em julho de 2001, à
implementação de um sistema para determinação de direitos
aduaneiros baseado em faturamento, em conformidade com o
acordo sobre avaliação alfandegária da Organização Mundial
do Comércio (OMC).
Apesar de relativamente modesta, a economia egípcia
é bem diversificada para os padrões de um país em desenvol-
vimento. Em 2002, o setor de serviços – comércio, finanças e
seguros – participaram com 22,4% na composição do PIB. Em
seguida, indústria e mineração com 20,1%, serviços sociais
com 18,8%, agricultura com 16,6%, transportes no Canal de
Suez com 9,2% e petróleo e energia com 6,7%.
A privatização é o item mais importante da reforma es-

INTRODUÇÃO
trutural. A primeira grande venda de uma empresa estatal
ocorreu em 1996, seguida de ofertas públicas bem sucedidas
realizadas na bolsa de valores. A privatização de empresas
estatais menos importantes encontra-se atualmente em está-
gio de finalização. Em novembro de 1999, 129 das 314 empre-
sas a serem privatizadas já haviam sido vendidas.
O governo egípcio anunciou sua estratégia para os pró-
ximos vinte anos em seu plano para o período 1997-2017. O
plano tem por objetivo aumentar a taxa de crescimento da
economia para 6,9% por cento ao ano até 2002 e 7,7% por
cento ao ano até 2017. As principais estratégias para alcançar
tais objetivos concentram-se na privatização; na otimização
do clima de investimentos; na expansão das exportações; e
Como Exportar 3

Egito Sumário

MAPA

MAPA
Como Exportar 4

Egito Sumário

DADOS BÁSICOS
Comércio exterior:
Importações (cif): US$ 17,9 bilhões (2002)
Área: 997.739 Km2 Exportações (fob): US$ 6,8 bilhões (2002)

População: 70,7 milhões de habitantes Intercâmbio comercial Brasil-Egito


(estimativa 2002) Exportações (fob): US$ 386 milhões (2002)
Importações (fob): US$ 25 milhões (2002)
Densidade populacional: 70,9 habitantes/Km² (2002)

População economicamente ativa: 20,6 milhões


(2001)

Principais cidades: Cairo (capital), Alexandria,


o principal porto do Egito, Port Said, Luxor,
Aswan, Zagazig e Assiut.

DADOS BÁSICOS
Moeda: A moeda corrente egípcia é a libra egípcia (L£).

PIB (a preços correntes): US$ 82,7 bilhões


(2002 - estimativa EIU)

Composição do PIB por setores de atividade 2001:


Serviços: 50,4%
Indústria e Mineração: 20,1%
Agricultura: 16,6%
Petróleo e eletricidade: 6,7%

PIB – crescimento real:


2000 = 5,1%
2001 = 3,5%
2002 = 3,0%

PIB per capita: US$ 1,170.00 (2002)


Como Exportar 5

Egito Sumário

I - ASPECTOS GERAIS inverno; em média, as chuvas são bastante escassas, mas


variam bastante de acordo com a região do país. A quantida-
de de chuva diminui acentuadamente na direção sul; a média
1. Geografia pluviométrica anual em Alexandria é de 178 milímetros; Cairo
recebe por volta de 25 milímetros, e Aswan recebe apenas 2-
Localização e superfície 3 milímetros. A planície costeira do Mar Vermelho e o Deserto
Ocidental praticamente não recebem chuvas. A Península de
O Egito está localizado na África Setentrional e limita-se Sinai, região setentrional do país, apresenta um índice
com o Mar Mediterrâneo, entre a Líbia e a Faixa de Gaza, e pluviométrico anual médio de aproximadamente 127 milíme-
com o Mar Vermelho, ao norte do Sudão e com a península tros.
asiática de Sinai. O norte do país é banhado pelo Mediterrâneo
ao longo de 620 milhas (1.000 quilômetros), e a leste pelo Mar 2. População, centros urbanos e nível de vida
Vermelho e pelo Golfo de Ácaba ao longo de aproximadamen-
te 1.200 milhas. População
O país possui 2.665 Km de fronteiras: Faixa de Gaza

ASPECTOS GERAIS
com 11 Km, Israel com 266 Km, Líbia com 1.115 Km e Sudão A população egípcia estimada, em julho de 2002, foi da
com 1.273 Km. ordem de 70,7 milhões de habitantes, com densidade
A capital do país é a cidade do Cairo. As principais cida- demográfica de 70 habitantes por Km2, dos quais 49% vivem
des são, além da capital, Alexandria, al Mansurah, Ismailia, em zona urbana e 51% em zona rural. Cerca de 99,8% da
Port Said, Suez, e Tanta. população são de origem egípcia.
A grande Cairo, que abrange as governadorias de Giza
Regiões geográficas e clima e de Qaluybiya, abriga mais de 16 milhões de habitantes. Cer-
ca de 67% da população vivem na cidade do Cairo e seus
O clima do país é composto basicamente por duas esta- arredores e na região do Delta do Nilo. A menor densidade
ções, inverno, que dura de novembro a março, e verão, que populacional é observada na região meridional do Sinai.
se estende de maio a setembro, com curtos períodos de tran- O quadro a seguir mostra a população das principais
sição entre as duas estações. Os invernos são frescos e mo- cidades egípcias, de acordo com o último censo em 1996.
derados, e os verões são quentes.
As temperaturas mínima e máxima no mês de janeiro
apresentam variação em média de 9 a 18°C em Alexandria e
de 9 a 23°C em Aswan. Os meses de verão são quentes em
todo o país, com temperaturas máximas em junho, ao meio-
dia, variando em média entre 33°C em Cairo a 41°C em Aswan.
O período de chuvas abrange basicamente os meses de
Como Exportar 6

Egito Sumário

População das principais cidades egípcias islâmica e 6% de outras religiões, inclusive cristianismo. Os
muçulmanos constituem a maioria quase absoluta dos países
(milhões de habitantes) do Oriente Médio, África Setentrional e em partes da Ásia.
CIDADE POPULAÇÃO
Grande Cairo 11,00 Nível de vida
Alexandria 3,33
Port Said 0,50 A população economicamente ativa, PEA, foi estimada,
Suez 0,42 em 2001, em 20,6 milhões de habitantes, dos quais 49% esta-
Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile vam empregados no setor de serviços, 29% na agricultura e
2001. 22% na indústria.
A população egípcia é composta em sua maior parte por Os postos de trabalho no setor privado contam com me-
jovens, cerca de 62% da população tem idade entre 15 e 64 lhor remuneração, mas são numericamente limitados. Mesmo
anos, conforme tabela a seguir: as maiores remunerações e salários no Egito são baixos pelos
padrões internacionais: o salário mínimo, aplicado a todos os
Distribuição da população por faixa etária trabalhadores, à exceção de estagiários, é de cerca de US$ 20

ASPECTOS GERAIS
mensais, para uma semana de trabalho de 42 horas. Os salá-
Faixa etária Percentual da população rios médios em empresas estrangeiras são, no mínimo, qua-
0-14 anos 33,96% tro vezes superiores ao salário mínimo médio.
15-64 anos 62,18% De acordo com números oficiais, cerca de 20% da po-
65 anos ou mais 3,86% pulação vivem abaixo da linha da pobreza e o outro extremo
Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile da escala social goza de significativa riqueza. A taxa de de-
2001. semprego girou em torno de 12%, em 2001. A renda “per
capita”, em 2002, foi de US$ 1,170.00. A taxa de analfabetis-
Idioma e religião mo é da ordem de 44% e o governo gastou nos últimos anos
aproximadamente 6% do Produto Interno Bruto, PIB, em edu-
O árabe é o idioma oficial do país. Todos os documentos cação.
legais – contratos, acordos e correspondência oficial – devem A seguir, alguns indicadores sociais:
ser redigidos em árabe. O inglês e o francês são amplamente
utilizados nos negócios, seja em transações diárias ou nas co- Jornais diários / 1.000 habitantes 31,2
municações. Telefones móveis / 1.000 habitantes 21,4
A religião predominante é o islamismo que surgiu na Aparelhos de rádio / 1.000 habitantes 339,3
Arábia Saudita, no século VII, com o Profeta Maomé. O funda- Linhas telefônicas fixas / 1.000 habitantes 86,4
mento do islamismo é o Corão, que é a revelação da palavra Aparelhos de televisão / 1.000 habitantes 189,1
de Deus. Cerca de 94% da população egípcia é de religião Automóveis particulares / 1.000 habitantes 20
Como Exportar 7

Egito Sumário

3. Transportes e comunicações cipais aeroportos internacionais são o Internacional do Cairo,


situado 22,5 Km a nordeste da cidade (CAI), em Heliópolis, o
Transporte rodoviário, ferroviário e fluvial Internacional de Alexandria e Nuzhah (ALY), situado 7 km ao
sudeste de Mayden Al Tahir (Alexandria), e o Aeroporto de
O transporte rodoviário é o mais utilizado no Egito, com Luxor (LXR), a 5,5 km da cidade.
64 mil Km de estradas, dos quais 78% são asfaltadas.
Em seguida destaca-se o transporte ferroviário com Comunicações
5.105 km de estradas.
Por último, o transporte fluvial com 3.500 Km, incluindo Os principais centros, Alexandria, Cairo, Al Mansurah,
o Rio Nilo, o Lago Nasser, a Hidrovia Alexandria-Cairo e nume- Ismailia, Suez e Tanta, encontram-se conectados por meio de
rosos canais menores no delta; além do Canal de Suez com cabos coaxiais e de transmissão por microondas. O serviço
193,5 Km de extensão, utilizado por embarcações de trans- telefônico fixo provido atualmente pela estatal TelecomEgypt
porte oceânico com calado de até 16,1m. (TE) apresenta uma teledensidade de 9,5%, a qual não ultra-
Os principais portos são os de Alexandria, Port Said e passava 1,2% em 1981, e a empresa planeja instalar aproxi-
Suez. Outros portos egípcios: Al Dekheila, Al Ghardaqah, madamente um milhão de novas linhas a cada ano ao longo

ASPECTOS GERAIS
Aswan, Asyut, Bur Safajah, Damietta e Marsa Matruh. dos próximos cinco anos como parte do Plano Nacional de Te-
O porto de Alexandria e o porto adjacente de Al Dekheila lecomunicações. O incremento previsto no número de linhas
dominam o tráfego marítimo no Egito. Em 1995, movimenta- permitirá alcançar um total de treze milhões de linhas e uma
ram por volta de 18 milhões de toneladas em cargas, em com- teledensidade de 14,4%.
paração com os 8,9 milhões de toneladas movimentadas em O sistema telefônico é considerado abrangente, tendo
Damietta, 5,8 milhões em Port Said e 3,1 milhões nos portos experimentado amplo processo de modernização durante os
do Mar Vermelho. anos 90, que o tornou razoavelmente moderno. O acesso à
A marinha mercante é composta por 170 navios, incluí- Internet e ao serviço de telefonia celular encontram-se dispo-
das algumas embarcações estrangeiras registradas no país por níveis, após uma expansão significativa durante a última dé-
bandeira de conveniência (Dinamarca 1, Alemanha 1, Grécia cada.
6, Líbano 3, Mônaco 1, e Ucrânia 1). As categorias de embar- O uso de fax é atualmente razoavelmente difundido,
cação são: transporte a granel 20, cargueiros 50, transporte particularmente no setor privado. A instalação de aparelhos
de contêineres 5, para gás liqüefeito 1, passageiros 63, navi- de fax exige permissão das autoridades de telecomunicações
os-tanque para transporte de petróleo 15, do tipo “roll on/roll egípcias.
off” 13, transporte de passageiros em distâncias curtas 3. Os serviços postais abrangem todo o país, mas são ir-
regulares, de modo que os atrasos são muito freqüentes. O
Transporte aéreo prazo de entrega para correspondências locais postadas na
região urbana do Cairo é de três dias, em geral, e para cor-
Em 2002 foram listados 89 aeroportos no país. Os prin- respondências do Cairo para as províncias é de aproximada-
Como Exportar 8

Egito Sumário

mente cinco dias. Em caso de entregas mais rápidas, pode-se sidente é nomeado pela Assembléia do Povo para um manda-
recorrer a uma das empresas locais de entrega/serviços ex- to de seis anos, e a nomeação deve ser validada por um refe-
pressos (“courier”), tais como a Middle East Courier Service. rendo nacional popular; o último referendo foi realizado em
Ao fazer a opção pelos serviços em questão, o prazo de entre- 26 de setembro de 1999 (o próximo será em outubro de 2005);
ga dentro da região do Cairo e do Cairo para Alexandria é o Primeiro-Ministro é indicado pelo Presidente.
reduzido para um ou dois dias, e dois a três dias do Cairo para O Poder Legislativo é regido por sistema bicameral, com-
as outras províncias. posto pela Assembléia do Povo ou “Majlis al-Sha’b” (454 as-
O ritmo de crescimento do uso de Internet no país tem- sentos; 444 eleitos por voto popular, 10 indicados pelo Presi-
se mostrado um dos mais rápidos do mundo, o que fomentou dente; seus membros cumprem mandatos de cinco anos) e
crescimento acelerado da demanda por equipamentos de rede. pelo Conselho Consultivo ou “Majlis al-Shura” – que desem-
O acesso à Internet está disponível no Cairo e nas regiões de penha tão-somente função consultiva (264 assentos; 176 elei-
Alexandria, Damietta, Tanta, Sinai, do Mar Vermelho e do Ca- tos por voto popular, 88 indicados pelo Presidente).
nal de Suez. Os números telefônicos para acesso discado do O Poder Judiciário é exercido pela Corte Constitucional
Cairo podem ser acessados de qualquer outra cidade egípcia, Suprema.
contanto que se disponha de uma conexão de longa distância.

ASPECTOS GERAIS
Organização administrativa
Comunicação com o Brasil
De acordo com a legislação vigente, o país é dividido
A partir do Brasil, o código de discagem internacional em 26 governadorias (muhafazat, singular – muhafazah); Ad
para o Egito é 00 20. Os códigos de área das principais cidades Daqahliyah, Al Bahr al Ahmar, Al Buhayrah, Al Fayyum, Al
são os seguintes: Gharbiyah, Al Iskandariyah, Al Isma’iliyah, Al Jizah, Al
Alexandria: 3, Aswan: 97, Cairo: 2 , Cidade de 6 de Minufiyah, Al Minya, Al Qahirah, Al Qalyubiyah, Al Wadi Al Jadid,
Outubro: 11, Cidade do dia 10 de Ramadã: 15, Luxor: 95, Port Ash Sharqiyah, As Suways, Aswan, Asyut, Bani Suwayf, Bur
Said: 66 , Cidade de Sadat: 49, Suez: 62 Sa’id, Dumyat, Janub Sina’, Kafr ash Shaykh, Matruh, Qina,
As comunicações com o Brasil podem igualmente ocor- Shamal Sina, e Suhaj.
rer por meio do uso da Internet e de e-mail.

5. Organizações e Acordos Internacionais


4. Organização política e administrativa
Organizações Internacionais
Organização política
No plano político, o Egito é membro da Organização das
A forma de governo é república, sendo o presidente o Nações Unidas, ONU, e pertence também, entre outros, aos
Chefe de Estado e Primeiro-Ministro, chefe de Governo. O Pre- seguintes organismos internacionais:
Como Exportar 9

Egito Sumário

- OAPEP - Organização dos Países Árabes Exportadores


de Petróleo;
- ABEDA - Banco Árabe para o Desenvolvimento Eco-
nômico na África;
- AFESD - Fundo Árabe para o Desenvolvimento Econô-
mico e Social;
- WCO - Organização Aduaneira Mundial;
- AMF - Fundo Monetário Árabe; e
- OEA - Organização dos Estados Americanos (Obser-
vador).

Acordos Comerciais

O Egito é signatário de uma série de acordos comerciais


intra e extra-regionais, tanto de âmbito multilateral como uni-

ASPECTOS GERAIS
lateral. Negociou acordos comerciais preferenciais com a União
Européia, com os Estados Unidos e com os países árabes e
africanos. Concede tratamento comercial preferencial à Repú-
blica Tcheca, Grécia, Jordânia, Kuaite, Malta, Polônia, Arábia
Saudita e Síria, entre outros. Em março de 1995, o Egito e a
China firmaram um acordo comercial e assinou, recentemen-
te, Tratado Econômico com a Rússia.
Como Exportar 10

Egito Sumário

II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS maior dinamismo ocorreu em 1999 com uma taxa de 6,3% e,
no ano seguinte com 5,1%. Em 2002 o PIB do país foi da or-
dem de 82,7 bilhões.

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


1. Conjuntura econômica
Produto Interno Bruto, 1998-2002
Após diversas décadas de domínio da economia pelo
setor público, o Egito deu início, em 1991, a um programa de Produto Interno Bruto 1998 1999 2000 2001 2002
reforma estrutural e macroeconômica, juntamente com proje- Valores (US$ bilhões) 81,5 88,4 95,7 89,4 82,7
to de estabilização financiado pelo FMI. O sucesso alcançado Crescimento real (%) 4,9 6,3 5,1 3,5 3,0
foi significativo: Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report
• entre 1991 e 2000, o PIB cresceu mais de 5% ao ano August 2003.
em termos reais;
• mais de 70% da economia encontram-se, atualmente, Composição do PIB, por principais setores de atividade
sob o domínio da iniciativa privada;
• índices de inflação baixaram para menos de 5% ao Setores de atividade 2002
ano; Serviços 50,4%
• déficit fiscal estabilizado em aproximadamente 1% do Indústria e Mineração 20,1%
PIB. Agricultura 16,6%
Apesar de relativamente modesta, a economia egípcia Petróleo e eletricidade 6,7%
é bem diversificada para os padrões de um país em desenvol- Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report
vimento. Em 2002, o setor de serviços – comércio, finanças e August 2003.
seguros – participaram com 22,4% na composição do PIB. Em
seguida, indústria e mineração com 20,1%, serviços sociais A taxa de desemprego tem apresentado forte aqueci-
com 18,8%, agricultura com 16,6%, transportes no Canal de mento nos últimos anos e a previsão é a de que continue
Suez com 9,2% e petróleo e energia com 6,7%. aquecida em 2003 e 2004.
A privatização é o item mais importante da reforma es-
trutural. A primeira grande venda de uma empresa estatal Taxa de desemprego, 2001-2004
ocorreu em 1996, seguida de ofertas públicas bem sucedidas
realizadas na bolsa de valores. A privatização de empresas Taxa de desemprego 2001 2002 2003(1) 2004(1)
estatais menos importantes encontra-se atualmente em está- (%) 9,2 9,0 10,7 11,4
gio de finalização. Em novembro de 1999, 129 das 314 empre- Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report
sas a serem privatizadas já haviam sido vendidas. August 2003
O PIB egípcio apresentou significativo crescimento real (1) Estimativa EIU.
no qüinqüênio de 1998-2002, com taxas superiores a 3%. O
Como Exportar 11

Egito Sumário

A inflação na economia do Egito tem mantido comporta- dólar norte-americano, surgiu a instabilidade de pagamento
mento decrescente nos últimos anos. O índice de preços ao das importações que tiveram que ser subsidiadas.
consumidor passou de 4,1% em 1998, para 2,7% em 2002. O desafio enfrentado pelo Egito atualmente é o de man-

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


ter e expandir a produção agrícola para os mercados interno e
Índide de preços ao consumidor, 1998-2002 externo, ao mesmo tempo em que adiciona valor e gera em-
pregos por meio do desenvolvimento de atividades de
Índice de preços 1998 1999 2000 2001 2002 processamento dos produtos agrícolas
ao consumidor
(%) 4,1 3,1 2,7 2,3 2,7 Produção agrícola, 2000
Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report
August 2003. (em mil toneladas)
Produto Valor
Vegetais 19.525
2. Principais setores de atividade Açúcar de cana 14.460
Trigo 6.789
Agricultura Milho 5.962
Arroz 5.748
As terras propícias para o cultivo são menos de 3% do Frutas 5.175
total da área do país. E cerca de 90% dessa área está concen- Algodão 644
trada no delta do rio Nilo. O Egito é dependente do exterior de Feijão 558
alimentos, mesmo com o excelente desempenho do setor agrí- Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile
cola nos últimos anos. A participação do setor na composição 2001.
do PIB tem diminuído ao longo dos anos. Em 1985/1986 o
setor participou com 25,6% e empregava mais de 4 milhões Indústria
de trabalhadores, aproximadamente 1/3 do emprego. Em
2001/2002 essa participação caiu para apenas 16,6%. O país O setor industrial e de mineração egípcio respondeu por
produz também a maioria das aves domésticas e ovos. aproximadamente 20% do PIB, em 2002. Entre os produtos
Na década de 1960 o país era auto-suficiente em quase mais importantes da indústria egípcia, incluem-se os fios de
todos os produtos básicos, com exceção do trigo. Entretanto algodão, fios e tecidos de juta, fios de lã, açúcar refinado,
nos anos de 1980 a relação de auto-suficiência na produção ácido sulfúrico, fertilizantes nitrogenados, papel, cimento, pneus
de alimentos era de apenas 20% para o trigo, ervilhas, gordu- para veículos automotores e aparelhos receptores de televi-
ras e óleos vegetais. De um país exportador líquido de alimen- são.
tos, o Egito reverteu para um país importador de alimentos. Outras atividades industriais incluem a produção de ferro
Entretanto, com a instabilidade da moeda egípcia frente ao e aço, a montagem de veículos automotores e o refino de
Como Exportar 12

Egito Sumário

petróleo em diversos locais no país. Outras atividades em menor dos campos mais positivos na economia ao longo dos últimos
escala estão o curtimento, a fabricação de bebidas fermenta- dois anos. A expectativa é que essa tendência se prolongue,
das e a produção de cerâmica, perfumes, artesanato, óleo de com base nos planos de investimento já aprovados e em re-

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


caroço de algodão, farinha e outros gêneros alimentícios pro- centes descobertas de novas reservas de gás.
cessados. A maior parte da atividade industrial concentra-se A produção e exportação de petróleo têm sido o sus-
nas regiões do Cairo e de Alexandria. tentáculo da economia ao longo dos últimos 20 anos, sendo
As fábricas estatais egípcias de vestuário e têxteis res- que a base de produção original do Golfo de Suez foi
pondem por 30% do total de empregos do setor industrial, suplementada pela produção no delta do Nilo, basicamente de
mas continuam a sofrer prejuízos consideráveis em decorrên- gás extraído em bacias “onshore e offshore”, e no Deserto
cia dos seus equipamentos obsoletos, do excesso de empre- Ocidental. O setor de gás e petróleo continua a absorver a
gados e de operações ineficientes. As indústrias de alimentos maior parte dos investimentos externos aportados no Egito,
e de outros artigos de consumo, a maioria privada, permane- incluindo os recursos provenientes de gigantes de indústria
cem atraentes ao investimento externo. como BP, British Gas, ENI e Shell.
A produção de petróleo bruto apresentou declínio ao
Produção industrial, 2000 longo dos últimos anos, de um pico de mais de 920 mil barris
por dia (BPD) em 1995 para menos de 640 mil BPD em 2001,
(em mil toneladas) seguida por uma média de menos de 630 mil BPD no primeiro
Produto Valor trimestre de 2002. O Egito gera, a partir do gás natural, a
Veículos automóveis (unidades) 530.039 maior parte da eletricidade que consome.
Cimento 26.000 Uma vez que as novas descobertas de gás natural têm
Fertilizantes 11.100 ultrapassado a demanda interna projetada e o volume de ex-
Eletrodomésticos (unidades) 955 portações de petróleo tem declinado acentuadamente, o Egito
Sabão 450 tem trabalhado com afinco para desenvolver sua capacidade
Fios de algodão 280 de exportar gás e encontrar mercados para seu produto. Os
Vestuário 242 projetos de LNG (gás natural liqüefeito) têm sido igualmente
Seda e fibras artificiais 95 desenvolvidos em passo acelerado. Um consórcio liderado pela
Alumínio 195 British Gas (BG) está construindo uma usina de processamento
Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Profile de LNG próximo a Alexandria. Em janeiro de 2002, a Gaz de
2001. France assinou um acordo para adquirir toda a produção anual
do primeiro trem (aproximadamente 400 milhões de pés cúbi-
Energia cos por dia) da usina da BG durante 20 anos, a partir do início
das operações da usina, previsto para meados de 2005. A
O setor de petróleo e gás responde oficialmente por 6,7% Union Fenosa, uma empresa espanhola de serviços públicos
do PIB. A exploração e produção de gás representaram um de eletricidade, está construindo uma usina de LNG em
Como Exportar 13

Egito Sumário

Damietta, também no delta. Cairo, Luxor e Aswan/Abu Simbel, o Governo espera expandir
as visitas e os serviços oferecidos em sítios arqueológicos
Serviços menos conhecidos, e já começou a promover o desenvolvi-

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


mento de áreas virgens ao longo da costa sul do Mar Verme-
O setor de serviços responde por mais de 50% do PIB lho e no Deserto Ocidental.
do Egito, sendo particularmente importantes as receitas pro-
venientes do turismo e do Canal de Suez. Setores Prioritários
O turismo é a principal fonte de divisas externas do Egi-
to, além de ser o motor do crescimento do país. A receita O governo egípcio anunciou sua estratégia para os pró-
proveniente do turismo atinge, segundo os números oficiais, ximos vinte anos em seu plano para o período 1997-2017. O
somente cerca de 5% do PIB, mas um relatório de 2001 pre- plano tem por objetivo aumentar a taxa de crescimento da
parado pelo Centro Egípcio de Estudos Econômicos conclui que economia para 6,9% por cento ao ano até 2002 e 7,7% por
a participação real direta e indireta do turismo sobre o PIB é cento ao ano até 2017. As principais estratégias para alcançar
de 11%. tais objetivos concentram-se na privatização; na otimização
O setor de turismo recuperou-se rapidamente do enfra- do clima de investimentos; na expansão das exportações; e
quecimento abrupto ocasionado pelo ataque terrorista de 1997 na expansão da produção, por meio de amplos planos de de-
em Luxor, alcançando níveis recordes de turistas (5,5 milhões) senvolvimento introduzidos pelo governo.
e de receitas (US$ 4,3 bilhões) em 2000, mas foi afetado de Cerca de um terço do programa de privatização do go-
modo negativo pelas tensões políticas na região e pelo ataque verno já está concluído. O Banco Mundial avalia esta experi-
de 11 de setembro nos Estados Unidos. ência como a quarta mais bem sucedida no mundo (em recei-
Após os ataques de 11 de setembro, o fluxo de turistas ta proporcional ao PIB do país, no período 1993-1997). No
decresceu acentuadamente entre setembro e novembro, mas entanto, é necessário que investidores mantenham certa cau-
apresentou certa recuperação em dezembro de 2001, atingin- tela com relação às empresas remanescentes, muitas das quais
do, em março de 2002, o nível de procura observado antes de encontram-se em situação financeira menos sólida do que a
setembro de 2001. A construção e inauguração de novos do primeiro grupo de empresas privatizadas.
“resorts” e projetos turísticos foram adiadas após o choque de A base legal para o programa de privatização do gover-
setembro, e alguns hotéis chegaram a operar inicialmente com no é a Lei no 203, a Lei das Empresas Públicas, destinada a
menos de 20% de sua capacidade. assegurar que as empresas públicas e privadas operem sob
No entanto, a situação começou a melhorar em junho as mesmas condições. Na prática, a alienação da propriedade
de 2002, com o crescimento das taxas de ocupação dos governamental tem ocorrido, em geral, por meio da ampla
“resorts” do Mar Vermelho e o retorno do tradicional fluxo de venda de participação minoritária a grandes investidores ou
turistas árabes. O governo e a iniciativa privada têm planos investidores “estratégicos”.
ambiciosos para expandir o número de turistas para 9,5 mi- O governo também aprovou uma nova lei de investi-
lhões em 2005. Além das famosas relíquias nos arredores de mentos e tornou-se mais pró-ativo na busca de novos merca-
Como Exportar 14

Egito Sumário

dos e/ou mercados mais amplos para as exportações egípci- essencialmente controladas pelo Governo. Em agosto de 2001,
as. após a bem sucedida emissão de US$ 1,5 bilhão, o Banco Cen-
A Lei no 8 de 1997, de Incentivos e Garantias do Inves- tral desvalorizou simultaneamente a moeda de L£ 3,90 para

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


timento, estimula o investimento externo no Egito em 16 seto- L£ 4,15 / US$ e anunciou um novo regime de câmbio, por
res prioritários, entre os quais os de infra-estrutura, software, meio do qual a taxa de câmbio seria revisada semanalmente.
agroindústria e turismo. Tais alterações, juntamente com a liberação de reservas em
Os estrangeiros têm permissão para deterem 100% dos moeda estrangeira, impulsionada pela emissão de “Eurobonds”,
negócios, e o capital e os lucros auferidos podem ser livre- contribuíram para refrear o mercado paralelo durante o perí-
mente repatriados. A Autoridade Geral de Investimentos (GAFI) odo de agosto a outubro de 2001, uma vez que a retenção de
oferece aos investidores serviços de registro desburocratizados. dólares passou a não se fazer tão necessária no período. En-
Não é mais exigida a aprovação prévia da GAFI para o regis- tretanto, após os eventos de 11 de setembro, e seus efeitos
tro, e não são exigidos aos investidores níveis mínimos de adversos sobre as contas correntes, o Banco Central decidiu
desempenho. não adotar uma política de flexibilização da taxa de câmbio e
O investimento externo em outros setores pode ser suspendeu a liberação de suas reservas externas ao merca-
integralizado segundo as disposições da Lei de Empresas (no do.
159, de 1981, emendada pela Lei no 3, de 1998).
Atualmente, o Egito mantém em vigor tratados bilate- L£/US$ 1998 1999 2000 2001 2002 2003(1)
rais de investimento com os seguintes países: Armênia, Bélgi- 3,41 3,42 3,54 4,05 4,63 5,87
ca, China, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Japão, Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report
August 2003.
Líbia, Luxemburgo, Marrocos, Holanda, Romênia, Cingapura,
(1) Janeiro-agosto.
Sudão, Suécia, Suíça, Tailândia, Tunísia, Reino Unido e com os
Estados Unidos.

3. Moeda e finanças

Moeda

A unidade monetária do Egito é a libra egípcia (L£). Em


fevereiro de 1991, o Egito removeu a maioria dos controles
sobre as moedas estrangeiras, permitindo que as taxas de
câmbio refletissem as forças do mercado. Logo em seguida, o
país unificou seu sistema de câmbio dual e abriu o mercado de
cambistas não ligados aos bancos, mas as taxas ainda eram
Como Exportar 15

Egito Sumário

Balanço de pagamentos e reservas internacionais

Balanço de Pagamentos, 2000-2002

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


BALANÇO DE PAGAMENTOS 2000 2001 2002
(US$ milhões)
A. Balança comercial (líquido - fob) -8.321 -6.935 -5.746
Exportações 7.061 7.025 7.132
Importações 15.382 13.960 12.878
B. Serviços (líquido) 2.290 2.005 2.524
Receita 9.803 9.042 9.153
Despesa 7.513 7.037 6.629
C. Renda (líquido) 888 583 -267
Receita 1.871 1.468 698
Despesa 983 885 965
D. Transferências unilaterais (líquido) 4.172 3.958 3.960
E. Transações correntes (A+B+C+D) -971 -389 471
F. Conta de capitais (líquido) 0 0 0
G. Conta financeira (líquido) -1.646 189 -3.337
Investimentos diretos (líquido) 1.184 498 619
Portfolio (líquido) 266 1.461 -679
Outros -3.096 -1.770 -3.277
H. Erros e Omissões 587 -1.146 2.142
I. Saldo (E+F+G+H) -2.030 -1.346 -724
Fonte: FMI. International Financial Statistcs, September 2003.

Reservas internacionais, exclusive ouro, 1998-2002

US$ bilhões 1998 1999 2000 2001 2002


18,1 14,5 13,1 12,9 13,2
Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report August 2003.
Como Exportar 16

Egito Sumário

4. Sistema bancário Crédit Commercial de France, American Express e Citibank –


o ritmo de investimentos escasseou à medida que a economia
Mais de 100 bancos operam no Egito, incluindo trinta e egípcia diminuiu seu crescimento ao longo dos anos de 2001 e

ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS


oito bancos comerciais controlados por quatro bancos estatais 2002.
(Banco Misr, Banco Nacional do Egito, Banco de Alexandria e
Banco do Cairo) e diversas “joint-ventures” e bancos
especializados.
Os quatro bancos estatais mantêm dois terços dos ati-
vos da comunidade bancária. Igualmente, outros vinte e um
bancos estrangeiros possuem filiais no Egito, as quais, desde
o início de 1993, foram autorizadas pela lei a conduzir negóci-
os em libras egípcias, assim como em moeda estrangeira.
O governo egípcio revisou, nos últimos anos, leis e prá-
ticas bancárias. Os bancos egípcios foram beneficiados pelas
reformas no câmbio e nas taxas de juros conduzidas pelo go-
verno, e muitos obtiveram ganhos expressivos investindo em
letras e títulos do governo. Entretanto, os bancos ainda so-
frem com a baixa capitalização e com a pesada carga tributá-
ria herdada do período socialista precedente.
Em geral, os bancos egípcios são considerados demasi-
adamente conservadores e freqüentemente demandam uma
contra-garantia correspondente ao montante emprestado como
condição para concessão do empréstimo. Os empréstimos de
curto prazo totalizam aproximadamente 80% do portfólio dos
principais bancos.
O mercado bancário egípcio detém um grande potencial
de expansão, mas é prejudicado por procedimentos burocráti-
cos e por grandes dívidas que desencorajam os potenciais in-
vestidores. Hipotecas, empréstimos aos consumidores, pen-
sões privadas e fundos de investimentos são relativamente
desconhecidos no país.
Após o grande volume de investimentos na atividade
bancária externa no Egito, ocorrida em 1999 – principalmente
por bancos britânicos, norte-americanos e franceses, tais como
Como Exportar 17

Egito Sumário

III- COMÉRCIO EXTERIOR


Comércio exterior, 1998-2002 (US$ milhões)

Anos 1998 1999 2000 2001 2002


1. Evolução recente . Exportações
(fob) 3.195 3.535 6.287 4.140 6.985
O total do comércio exterior do Egito, exportações + . Importações
(cif) 16.479 15.962 21.965 12.720 18.512
importações, apresentou significativas oscilações durante to-
. Balança
dos os anos do qüinqüênio de 1998-2002, e foi registrado cres- comercial -13.284 -12.427 -15.678 -8.580 -11.527
cimento médio da ordem de 6,7% ao ano. Em valores, o co- . Intercâmbio
mércio exterior egípcio passou de US$ 19,6 bilhões em 1998, comercial 19.674 19.497 28.252 16.860 25.497
para 25,5 bilhões em 2002. No âmbito dos países árabes, o Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics, Yearbook 2002 e
Egito ocupa a segunda posição em termos de volumes negoci-

COMÉRCIO EXTERIOR
Quarterly September 2003.
ados com o exterior, após a Arábia Saudita.
As exportações egípcias mostraram expressivo cresci-
mento médio de 21,6% ao ano no qüinqüênio analisado, ape- 2. Direção do comércio exterior
sar do decréscimo ocorrido em 2001, da ordem de 34,2% em
relação a 2000. As exportações egípcias são direcionadas principalmente
As importações do Egito, com crescimento médio de para os países da União Européia, que absorveram, em 2002,
2,95% ao ano, passaram de US$ 16,5 bilhões em 1998, para 40% do total das vendas do país. Em seguida, destacam-se os
US$ 18,5 bilhões em 2002, posicionando o país no 39º princi- Estados Unidos com 18,4%, Índia com 3,9%, Israel com 2,9%
pal importador mundial. e Arábia Saudita com 2,2%. A União Européia e os Estados
O saldo da balança comercial, deficitário ao Egito em Unidos foram responsáveis por 58,4% do total das exporta-
todo o qüinqüênio, acumulou no período cifra da ordem de ções do Egito. O Brasil absorveu apenas 0,4% das vendas do
US$ 61,5 bilhões. país.
Como Exportar 18

Egito Sumário

Exportações do Egito, por principais países de destino, 2000-2002 (US$ milhões - fob)

Países 2000 % no total 2001 % no total 2002 % no total

Estados Unidos 813 12,9% 345 8,3% 1.288 18,4%


Itália 954 15,2% 379 9,2% 959 13,7%
Reino Unido 589 9,4% 98 2,4% 590 8,4%
França 335 5,3% 163 3,9% 276 4,0%
Índia 155 2,5% 252 6,1% 274 3,9%
Alemanha 235 3,7% 111 2,7% 236 3,4%
Espanha 206 3,3% 153 3,7% 221 3,2%
Países Baixos 196 3,1% 278 6,7% 218 3,1%

COMÉRCIO EXTERIOR
Israel 19 0,3% 190 4,6% 206 2,9%
Arábia Saudita 184 2,9% 147 3,6% 152 2,2%
Grécia 153 2,4% 47 1,1% 145 2,1%
República da Coréia 126 2,0% 51 1,2% 122 1,7%
Iraque 75 1,2% 91 2,2% 94 1,3%
Turquia 128 2,0% 77 1,9% 83 1,2%
China 93 1,5% 40 1,0% 78 1,1%
Cingapura 139 2,2% 86 2,1% 77 1,1%
Japão 130 2,1% 67 1,6% 63 0,9%
Bélgica 84 1,3% 42 1,0% 61 0,9%
Síria 48 0,8% 56 1,4% 61 0,9%
Emirados Árabes Unidos 47 0,7% 59 1,4% 61 0,9%
Líbano 78 1,2% 53 1,3% 57 0,8%
Portugal 133 2,1% 16 0,4% 54 0,8%
Jordânia 40 0,6% 25 0,6% 52 0,7%
Líbia 53 0,8% 45 1,1% 47 0,7%
Canadá 25 0,4% 10 0,2% 37 0,5%
Sudão 25 0,4% 33 0,8% 36 0,5%
Tunísia 37 0,6% 22 0,5% 36 0,5%
Brasil 36 0,6% 26 0,6% 28 0,4%
SUBTOTAL 5.136 81,7% 2.962 71,5% 5.612 80,3%
DEMAIS PAÍSES 1.151 18,3% 1.178 28,5% 1.373 19,7%
TOTAL GERAL 6.287 100,0% 4.140 100,0% 6.985 100,0%
Como Exportar 19

Egito Sumário

Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics, Yearbook 2002 e


Quarterly September 2003.

Países listados em ordem decrescente, tendo como base


os valores apresentados em 2002.

As importações do Egito também apresentaram como


principais fornecedores os países da União Européia e Estados
Unidos que, juntos, venderam, em 2002, cerca de 36% do
total das compras egípcias. Em seguida destacam-se Arábia
Saudita com 4%, Japão com 3,2%, Rússia com 3% e Austrália
com 2,2%. O Brasil posicionou-se, naquele ano, no 16º princi-

COMÉRCIO EXTERIOR
pal fornecedor ao mercado egípcio.

Importações do Egito, por principais países de origem, 2000-2002 (US$ milhões - cif)

Importações 2000 %no total 2001 %no total 2002 %no total

Estados Unidos 3.729 17,0% 1.832 14,4% 3.153 17,6%


Alemanha 1.624 7,4% 960 7,5% 1.472 8,2%
Itália 1.567 7,1% 642 5,0% 1.252 7,0%
França 1.332 6,1% 507 4,0% 1.217 6,8%
Reino Unido 834 3,8% 300 2,4% 767 4,3%
Arábia Saudita 866 3,9% 679 5,3% 722 4,0%
Japão 806 3,7% 366 2,9% 559 3,1%
Rússia 494 2,2% 291 2,3% 538 3,0%
Países Baixos 444 2,0% 258 2,0% 427 2,4%
Austrália 341 1,6% 524 4,1% 395 2,2%
Espanha 428 1,9% 175 1,4% 343 1,9%
Bélgica-Luxemburgo 371 1,7% 198 1,6% 343 1,9%
Índia 310 1,4% 284 2,2% 309 1,7%
República da Coréia 568 2,6% 269 2,1% 353 2,0%
Argentina 384 1,7% 257 2,0% 279 1,6%
Brasil 264 1,2% 252 2,0% 274 1,5%
Como Exportar 20

Egito Sumário

Importações do Egito, por principais países de origem, 2000-2002 (US$ milhões - cif)

Importações 2000 %no total 2001 %no total 2002 %no total

Turquia 413 1,9% 244 1,9% 264 1,5%


Ucrânia 243 1,1% 211 1,7% 229 1,3%
Malásia 247 1,1% 112 0,9% 228 1,3%
Suíça 353 1,6% 224 1,8% 223 1,2%
Suécia 474 2,2% 194 1,5% 192 1,1%
Indonésia 220 1,0% 158 1,2% 198 1,1%
Finlândia 202 0,9% 151 1,2% 165 0,9%

COMÉRCIO EXTERIOR
Romênia 188 0,9% 131 1,0% 142 0,8%
Cingapura 152 0,7% 40 0,3% 140 0,8%
Dinamarca 175 0,8% 139 1,1% 139 0,8%
Tailândia 153 0,7% 106 0,8% 138 0,8%
Áustria 133 0,6% 43 0,3% 133 0,7%
Canadá 112 0,5% 115 0,9% 123 0,7%
Quênia 91 0,4% 95 0,7% 103 0,6%
Irlanda 248 1,1% 78 0,6% 99 0,6%
Nova Zelândia 62 0,3% 51 0,4% 72 0,4%
Sudão 42 0,2% 64 0,5% 70 0,4%
Grécia 127 0,6% 95 0,7% 66 0,4%
Eslovênia 27 0,1% 68 0,5% 63 0,4%
China 886 4,0% 513 4,0% 938 5,2%
SUBTOTAL 18.910 86,1% 10.626 83,5% 16.128 89,9%
DEMAIS PAÍSES 3.055 13,9% 2.094 16,5% 1.815 10,1%
TOTAL GERAL 21.965 100,0% 12.720 100,0% 17.943 100,0%
Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics, Yearbook 2002 e Quarterly September 2003.
Países listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002.
Como Exportar 21

Egito Sumário

3. Composição do comércio exterior Máquinas, aparelhos e material elétricos 1,3%


Subtotal 82,6%
O petróleo foi responsável, nos últimos anos, por cerca Demais Produtos 17,4%
de 1/3 das exportações do Egito. Em 2001 essa participação Total Geral 100,0%
no total da pauta foi de 31,6%, seguido dos itens “vestuário e Fonte: ITC/UNCTAD/COMTRADE.
seus acessórios” com 13,4%; “algodão” com 6,8%; “ferro fun-
dido, ferro e aço” com 3,4%; “adubos ou fertilizantes” com A pauta de importações egípcia apresentou sig-
3,3%; “produtos hortícolas” com 3% e “alumínio e suas obras” nificativa concentração em poucos itens. “máquinas, apare-
com 3%. lhos e instrumentos mecânicos” com participação no total da
pauta, em 2001, de 15,2%, seguido por “máquinas, aparelhos
Exportações egípcias, por principais grupos de e material elétricos” com 9%; “cereais” com 6,6%; “automó-
produtos, 2001 veis” com 5,9%; “aviões” com 5,6% e “plásticos e suas obras

COMÉRCIO EXTERIOR
com 5%. Os itens, em conjunto, representaram 47,3% do to-
Exportações (Em %) 2001 tal da pauta de importações do Egito.
Combustíveis, óleos e ceras minerais 31,6%
Vestuário e seus acessórios de malha 7,0% Importações egípcias, por principais grupos de
Algodão 6,8% produtos, 2001
Vestuário e seus acessórios, exceto
de malha 6,4% Importações (Em %) 2001
Ferro fundido, ferro e aço 3,4% Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrum.
Adubos ou fertilizantes 3,3% mecânicos 15,2%
Produtos hortícolas, plantas 3,0% Máquinas, aparelhos e material elétricos 9,0%
Alumínio e suas obras 3,0% Cereais 6,6%
Caldeiras, máquinas, aparelhos e Veículos automóveis, tratores e ciclos 5,9%
instrum. mecânicos 2,3% Aeronaves e outros aparelhos aéreos 5,6%
Sal; enxofre; terras e pedras, cal e cimento 2,2% Plásticos e suas obras 5,0%
Outros artefatos têxteis confeccionados 2,1% Instrumentos e apar. de ótica, foto,
Tapetes e outros revestimentos para precisão e médicos 2,6%
pavimentos 2,0% Ferro fundido, ferro e aço 2,4%
Objetos de arte e antiguidades 1,9% Produtos farmacêuticos 2,4%
Produtos químicos inorgânicos 1,8% Produtos químicos orgânicos 2,4%
Plásticos e suas obras 1,7% Papel e cartão, obras de pasta celulósica 2,3%
Frutas, cascas de cítricos e de melões 1,5% Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 2,2%
Cereais 1,4% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 2,0%
Como Exportar 22

Egito Sumário

Importações egípcias, por principais grupos de


produtos, 2001

Importações (Em %) 2001

Gorduras e óleos, animais ou vegetais 2,0%


Resíduos das indústrias alimentares,
alim. para animais 1,7%
Combustíveis, óleos e ceras minerais 1,4%
Produtos diversos das indústrias químicas 1,4%
Açúcares e produtos de confeitaria 1,3%
Leite e laticínios, ovos de aves e mel natural 1,3%

COMÉRCIO EXTERIOR
Embarcações e estruturas flutuantes 1,2%
Carnes e miudezas comestíveis 1,2%
Borracha e suas obras 1,1%
Subtotal 76,1%
Demais Produtos 23,9%
Total Geral 100,0%
Fonte: ITC/UNCTAD/COMTRADE.
Como Exportar 23

Egito Sumário

RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS
IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS em 2001, quando totalizaram US$ 47 milhões.
BRASIL-EGITO O saldo da balança comercial, superavitário para
o Brasil em todo o período de 1998-2002, acumulou saldo da
ordem de US$ 1,6 bilhão.
1. Evolução recente

O intercâmbio comercial realizado entre o Brasil


e o Egito (exportações + importações), no último qüinqüênio,
1998-2002, foi marcado por significativas oscilações, registran-
do seu melhor desempenho no ano de 2001, quando totalizou
US$ 471,5 milhões com incremento de 71,2% em relação a
2000. Já o crescimento médio, no qüinqüênio, foi pouco signi-
ficativo, da ordem de 1,13% ao ano.
No intervalo de janeiro a outubro de 2003, houve um
incremento no total do intercâmbio entre os dois países da
ordem de 1,9% em relação a janeiro-outubro de 2002.
No âmbito do comércio exterior brasileiro, o Egito
posicionou-se, em 2002, no 43º principal parceiro comercial
do Brasil, absorvendo 0,4% do total das trocas brasileiras com
o exterior. No intercâmbio comercial Brasil-África, em 2002, o
Egito absorveu cerca de 8,2% do comércio do Brasil com aquela
região.
As exportações brasileiras para o mercado egíp-
cio apresentaram insignificante crescimento, no qüinqüênio
analisado, de 0,18% ao ano, passando de US$ 383,2 milhões
em 1998, para US$ 386 milhões em 2002. Vale ressaltar que
em 2001 as vendas do Brasil para aquele país apresentaram
crescimento da ordem de 77,2% totalizando US$ 424,5 mi-
lhões.
As importações brasileiras originárias do merca-
do egípcio, com significativa taxa de expansão média de
27,11% ao ano, apresentam, ainda, valores muito baixos, em
2002 foi de US$ 24,8 milhões. A exemplo das exportações, as
importações também apresentaram seu melhor desempenho
Como Exportar 24

Egito Sumário

RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS
Brasil: intercâmbio comercial com o Egito, 1998-2002

INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL – EGITO (US$ mil – fob) 1998 1999 2000 2001 2002
Exportações (fob) 383.181 291.877 239.564 424.509 385.986
Variação em relação ao ano anterior 42,1% -23,8% -17,9% 77,2% -9,1%
Part. (%) no total das exportações brasileiras para a África 23,2% 21,8% 17,8% 21,3% 16,3%
Part. (%) no total das exportações brasileiras 0,7% 0,6% 0,4% 0,7% 0,6%
Importações (fob) 9.473 10.755 35.846 46.984 24.798
Variação em relação ao ano anterior -79,3% 13,5% 233,3% 31,1% -47,2%
Part. (%) no total das importações brasileiras da África 0,5% 0,5% 1,2% 1,4% 0,9%
Part. (%) no total das importações brasileiras 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1%
Intercâmbio comercial 392.654 302.632 275.410 471.493 410.784
Variação em relação ao ano anterior 24,4% -22,9% -9,0% 71,2% -12,9%
Part. (%) no total do intercâmbio brasileiro com a África 11,3% 8,5% 6,5% 8,9% 8,2%
Part. (%) no total do intercâmbio brasileiro 0,4% 0,3% 0,2% 0,4% 0,4%
Balança comercial 373.708 281.122 203.718 377.525 361.188
Fonte: MDIC/SECEX/Sistema ALICE.

2. Composição do intercâmbio

A pauta de exportações brasileiras para o Egito


tem-se mostrado completamente dependente do item “açúca-
res”. Em 2002, foi responsável por 35,6% do total das vendas
do Brasil para aquele mercado. Em seguida, destacam-se “mi-
nérios de ferro” com 21%, “carnes” com 15,9% e “óleo de
soja” com 11,3%.
Como Exportar 25

Egito Sumário

RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS
Exportações brasileiras para o Egito, por principais produtos/grupos de produtos, 2000-2002

DESCRIÇÃO 2000 % 2001 % 2002 %


(US$ mil - fob) no total no total no total
Açúcares e produtos de confeitaria 56.314 23,5% 149.459 35,2% 137.220 35,6%
Outros açúcares de cana, beterraba, sacarose 56.281 23,5% 93.416 22,0% 75.087 19,5%
Açúcar de cana, em bruto 0 0,0% 56.043 13,2% 62.127 16,1%
Minérios, escórias e cinzas 65.146 27,2% 86.447 20,4% 81.036 21,0%
Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 65.146 27,2% 76.080 17,9% 81.036 21,0%
Carnes e miudezas comestíveis 5.400 2,3% 72.961 17,2% 61.464 15,9%
Carnes desossadas de bovino, congeladas 3.109 1,3% 69.988 16,5% 58.436 15,1%
Gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais 23.131 9,7% 35.469 8,4% 50.297 13,0%
Óleo de soja, em bruto 23.102 9,6% 30.980 7,3% 43.462 11,3%
Caldeiras, máquinas, apars e instrs mecânicos 9.657 4,0% 9.382 2,2% 9.983 2,6%
Veículos automóveis, tratores e ciclos 10.685 4,5% 7.421 1,7% 9.807 2,5%
Papel e cartão, obras de pasta celulósica 4.510 1,9% 9.301 2,2% 7.759 2,0%
Borracha e suas obras 2.114 0,9% 2.780 0,7% 4.139 1,1%
Obras de ferro fundido, ferro ou aço 19.750 8,2% 2.335 0,6% 2.677 0,7%
Cordas e cabos, de fios de aço 690 0,3% 2.117 0,5% 1.456 0,4%
Tubos de ferro/aço 18.831 7,9% 0 0,0% 217 0,1%
Subtotal 196.707 82,1% 375.555 88,5% 364.382 94,4%
Demais Produtos 42.857 17,9% 48.954 11,5% 21.604 5,6%
TOTAL GERAL 239.564 100,0% 424.509 100,0% 385.986 100,0%
Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE.
Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002.

A pauta de importações do Brasil proveniente do Egito é


composta, basicamente, pelo grupo “combustíveis, óleos e
ceras minerais”, que participou com 41% do total importado
em 2002. Destacando-se “naftas para petroquímica”.
Como Exportar 26

Egito Sumário

RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS
Importações brasileiras originárias do Egito, por principais produtos/grupos de produtos, 2000-2002

DESCRIÇÃO 2000 % 2001 % 2002 %


(US$ mil - fob) no total no total no total
Combustíveis, óleos e ceras minerais 24.123 67,3% 26.878 57,2% 10.169 41,0%
Naftas para petroquímica 24.123 67,3% 26.878 57,2% 10.169 41,0%
Algodão 7.191 20,1% 7.890 16,8% 5.647 22,8%
Outros tipos de algodão, não cardado nem
penteado 4.695 13,1% 5.794 12.3% 4.306 17.4%
Adubos ou fertilizantes 368 1,0% 8.349 17,8% 5.560 22,4%
Superfosfato com teor de pentóxido de
fósforo maior ou igual a 22% 368 1,0% 6.691 14,2% 5.560 22,4%
Ferramentas, artefatos de cutelaria 1.753 4,9% 1.477 3,1% 1.232 5,0%
Subtotal 33.435 93,3% 44.594 94,9% 22.608 91,2%
Demais Produtos 2.411 6,7% 2.390 5,1% 2.190 8,8%
TOTAL GERAL 35.846 100,0% 46.984 100,0% 24.798 100,0%
Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE.
Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002.

3. Principais acordos internacionais

O Egito e o Brasil mantêm uma série de acordos


de cooperação em diversos campos diferentes, dentre os quais
o cultural de 1960, científico de1973, comercial de 1973,
energético de 1985, geológico e de pesquisa agrícola de 1991.
Atualmente, o Egito tem-se empenhado para assinar com o
Brasil um novo tratado de investimentos bilaterais.
Como Exportar 27

Egito Sumário

V - ACESSO AO MERCADO em geral 30-50%;


- têxteis (tecidos): 54%;
- máquinas mecânicas: industriais 5-10%; domésticas:
1. Sistema tarifário até 45%;
- computadores, hardware e software: 5%;
Estrutura da tarifa - outras máquinas elétricas: 5-40%;
- aeronaves: 5%;
O Egito evoluiu gradualmente em direção à adoção de - automóveis de passageiros - até 1.000 cilindradas:
um regime comercial mais liberal. Em fevereiro de 1994, ado- 40%; 1.001-1.500 cilindradas: 55-100%; 1.501-1.600
tou uma nomenclatura tarifária composta de oito dígitos, de cilindradas: 100%; acima de 1.600 cilindradas: 135%; e dife-
acordo com o Sistema Harmonizado de Designação e rentes alíquotas são aplicadas a caminhões, veículos militares
Codificação de Mercadorias (SH 92). Em conformidade com o e outros veículos especializados.

ACESSO AO MERCADO
acordo sobre avaliação alfandegária da Organização Mundial
do Comércio (OMC), a alfândega egípcia deu início, em julho Impostos “ad valorem”
de 2001, à implementação de um sistema baseado em
faturamento para determinação de direitos aduaneiros. A alíquota tarifária aplicada ao valor CIF das mercado-
No âmbito dos compromissos assumidos na OMC, o Egi- rias é aquela em vigor na data de valoração. Em geral, o pre-
to também reduziu as alíquotas tarifárias aplicadas às suas ço constante na fatura é utilizado como base para a determi-
importações. Em 1998, reduziu de 50% para 40% a alíquota nação dos impostos devidos, caso coincida com o preço de
tarifária máxima aplicável à maioria das importações. No en- venda fixo. O preço fixo de referência tem por base a fatura
tanto, as alíquotas egípcias ainda são relativamente altas pe- comercial que acompanha o produto na primeira vez em que
los padrões internacionais, sendo que a alíquota média ponde- o mesmo é importado. Caso o preço constante na fatura seja
rada é de 27,5%. A maioria das alíquotas tarifárias encontra- inferior ao preço fixo, será considerado como valor aduaneiro
se entre 10 e 40%, sendo que a alíquota mínima padrão é de o preço fixo, e os importadores estarão sujeitos às penalida-
5%. Não obstante, existem alíquotas muito mais altas, aplicá- des por subfaturamento.
veis a bens cuja importação era anteriormente proibida - 70%
para aves domésticas, de 600% a 3.000% para álcool, e de Incentivos Fiscais
54% para têxteis. Os impostos aduaneiros são calculados “ad
valorem”, sobre o valor CIF da mercadoria. Ao amparo da Lei no 8 de 1997, empresas estrangeiras
A seguir, lista representativa de alíquotas tarifárias apli- gozam de uma série de incentivos fiscais e prevê isenção fis-
cáveis a alguns dos principais produtos importados. cal geral de cinco anos para qualquer projeto que atue em um
- a maior parte dos grãos não fracionados: 1-5%; ar- dos campos abrangidos pela Lei. Incentivos específicos de 10
roz: 20%; anos são concedidos a projetos executados em novas zonas
- alimentos processados, frutas, castanhas, hortaliças: industriais, em certas comunidades urbanas, em áreas remo-
Como Exportar 28

Egito Sumário

tas e a projetos do Fundo Social para o Desenvolvimento. Isen- necessária - água, esgoto, eletricidade e gás - para projetos
ções fiscais de 20 anos são concedidas a projetos executados desenvolvidos na região, além da transferência do direito de
fora da área do Cairo. propriedade ao investidor que ocorre três anos após o início
Empresas abrangidas pelos dispositivos da Lei no 3 de do projeto.
1998, podem beneficiar-se dos incentivos, particularmente pe-
ríodos de isenção fiscal, oferecidos caso efetuem investimen- 1.1. Sistema Geral de Preferências (SGPC)
tos nas áreas específicas previstas, além de acesso a combus-
tível e energia subsidiados. Ainda, empresas inscritas no Re- O Egito participa do Sistema Geral de Preferências Co-
gistro Comercial, que empreguem mais de 50 funcionários, merciais entre Países em Desenvolvimento (SGPC).
são elegíveis a um período de isenção fiscal de cinco anos. Em fevereiro de 1997, o Conselho Econômico da Liga
O governo egípcio não intervém no estabelecimento de Árabe decidiu instituir uma Área de Livre Comércio Árabe, ao

ACESSO AO MERCADO
preços ou na definição de margens de lucro das empresas longo do período de dez anos, a qual teve início em janeiro de
instituídas ao amparo da Lei no 8, à exceção dos casos indica- 1998. Ao longo desse período, os países-membros deveriam
dos a seguir. O governo egípcio regula os preços de alimentos reduzir suas respectivas tarifas aduaneiras em 10% a cada
básicos e de “commodities”, bem como de medicamentos. Por ano. A estimativa inicial era que, em janeiro de 2007, a área
decreto do Ministério das Finanças, foi estabelecida a aplica- de livre comércio estivesse integralmente operacionalizada.
ção de alíquota tarifária única de 5% a máquinas e equipa- Em junho de 1998, o Egito tornou-se membro do grupo
mentos importados, destinados a projetos que estejam em de 51 países do Mercado Comum da África Oriental e Austral
execução ao amparo da Lei no 8. (COMESA), que tem como objetivo a criação, em 2004, de
Não existem, formalmente, restrições geográficas legais uma zona de livre comércio na África. O objetivo do acordo
aos investimentos. No entanto, o congestionamento de inves- consiste em estabelecer uma Tarifa Externa Comum (TEC)
timentos no Cairo freqüentemente induz os oficiais do gover- composta por alíquotas de 0%, 5%, 15% e 30%, respectiva-
no a negarem aprovação a investimentos nessa região, a mente para bens de capital, matérias-primas, produtos inter-
menos que exista uma razoável fundamentação econômica para mediários e produtos manufaturados.
o investimento. No entanto, mediante solicitação, os órgãos
governamentais podem ajudar os investidores a definirem o 1.2. Outras taxas e gravames tarifários à importação
local adequado para a implantação de seus projetos, por exem-
plo, em uma das novas áreas industriais localizadas fora do Além dos impostos alfandegários, um imposto sobre a
Cairo, e também fornecem, por vezes, a infra-estrutura ade- venda, que varia de 5% a 25%, é aplicado sobre o valor adu-
quada. Além das novas áreas nos arredores do Cairo, o go- aneiro final dos itens importados.
verno planeja desenvolver a região do Alto Egito (governadorias O imposto geral sobre as vendas (GST), introduzido em
do sul do país), contando para tanto com investimentos priva- 1991 pela Lei no 11 e emendado pelas Leis de nos 91/96, 2/97
dos. Os terrenos nas zonas industriais do sul do país são ofe- e 163/1998, é aplicado segundo três alíquotas diferentes:
recidos gratuitamente, e o governo provê a infra-estrutura
Como Exportar 29

Egito Sumário

a) alíquota normal de 10% ; bandas tarifárias foi introduzida, aplicável a peças de vestuá-
b) alíquota reduzida de 5% para café, fertilizantes, in- rio prontas para uso. Foram impostas tarifas específicas “por
seticidas, barras e vergalhões de ferro para construção, ma- unidade”, independente do preço.
deira em estado bruto, farinha e produtos feitos com farinha, A Lei no 121 de 1982, exige que o importador interessa-
gipsita e sabão; do em importar produtos com fins comerciais esteja inscrito
c) alíquota diferenciada de 25% para artigos de luxo, no Registro de Importadores, e seja um cidadão egípcio e es-
tais como equipamentos de refrigeração e “freezers”, apare- tipula uma série de outras condições, entre as quais disposi-
lhos de ar-condicionado, lustres, cosméticos ou produtos de ções a respeito do capital mínimo investido e experiência an-
beleza, aparelhagem de áudio e vídeo, televisores em cores, terior em atividades comerciais.
veículos automotores com 1.600 a 2.000 cilindradas, habita-
ções sobre rodas e “trailers”. Importações Estimuladas

ACESSO AO MERCADO
Ademais, o governo egípcio aplica uma sobretaxa adu- A Assembléia Nacional aprovou recentemente um novo
aneira às importações. A alíquota cobrada é de 2% do valor projeto de lei para promoção das exportações, direcionado
da remessa, caso a alíquota de imposto aplicável ao produto principalmente às indústrias agrícola, têxtil, de produtos quí-
esteja entre 5% e 30%, e de 3% caso a alíquota de imposto micos e de medicamentos. Haverá isenção de impostos adua-
seja superior a 30%. neiros para matérias-primas e componentes utilizados em tais
indústrias, caso os produtos acabados sejam destinados à
exportação.
2. Regulamentação de Importação
Licenciamento
Regulamentação Geral
Acordos de licenciamento entre os egípcios e seus par-
As regulamentações aplicáveis às importações estipu- ceiros ou sócios estrangeiros dão-se por meio de entendimen-
lam que as mercadorias podem ser livremente importadas e to recíproco, definidos em contrato firmado entre as partes, e
exportadas, contando que não estejam entre os produtos proi- não por lei específica. Normas liberais de movimentação de
bidos e que os impostos pertinentes sejam recolhidos. A rela- divisas externas, adotadas desde 1991, permitem a transfe-
ção de produtos proibidos inclui 105 itens, e todos os produtos rência para o exterior dos lucros e dividendos auferidos no
que não estejam na relação são importados com isenção de país. O capital investido pode ser repatriado sem a aprovação
impostos. A relação abrange têxteis, artigos de vestuário e prévia da Autoridade Geral de Investimentos e Zonas de Li-
aves domésticas. vres (GAFI).
A lista de produtos cuja importação é banida aplica-se Diversas empresas estatais e privadas mantêm acor-
principalmente a peças de vestuário prontas para uso. Em ja- dos de licenciamento com empresas estrangeiras, ao amparo
neiro de 2002, uma nova lista contendo por volta de 1.000 dos quais os “royalties” devidos e outros honorários são livre-
Como Exportar 30

Egito Sumário

mente transferidos para o exterior, em conformidade com acor- sões por parte do Ministério do Comércio e Abastecimento,
dos corporativos individuais. Dentre os produtos licenciados por meio das quais foram efetivamente impostas e arrecada-
fabricados no Egito destacam-se roupas de marca, produtos das multas por prática de “dumping”.
para cuidados pessoais, utensílios para cozinha, pistolas e ve- A Lei no 161 de 1998, confere ao Ministério do Comércio
ículos militares. e do Abastecimento poderes para:
A proteção inadequada a patentes tem sido o maior en- • proteger a economia nacional das conseqüências da-
trave ao licenciamento no Egito. Espera-se que tal situação nosas advindas dos subsídios, da prática de “dumping” ou de
seja alterada com a aprovação de nova lei de patentes, cujo altas não justificadas nas alíquotas de importações;
projeto tem sido debatido pelo governo. • elaborar informações e estudos demandados e todos
os outros dados necessários para evidenciar a concessão de
Restrições subsídios, a ocorrência de “dumping” ou altas não justificadas

ACESSO AO MERCADO
nas alíquotas de importações;
Elevadas alíquotas de importação são aplicadas a pro- • prover apoio técnico a produtores locais que estejam
dutos que concorram com a produção doméstica e ameacem enfrentando acusações, por parte de países-membros da Or-
as respectivas indústrias nacionais. Como exemplo, o gover- ganização Mundial do Comércio, de práticas comerciais ilíci-
no aplica uma alíquota de 135% à importação de veículos do- tas;
tados de motores com mais de 1.600 cc. No intuito de proteger • emitir decisões a respeito de medidas compensatóri-
sua indústria de vestuário, até janeiro de 2002 o governo egíp- as para fazer frente às práticas indicadas anteriormente. Ade-
cio adotava medidas para restringir a importação de roupas mais, o Ministério da Justiça pode identificar, mediante apro-
prontas, as quais foram retiradas sob pressão da OMC. Não vação do Ministério do Comércio e Abastecimento, os órgãos
obstante, no lugar das medidas restritivas, o governo egípcio de execução judicial devidamente habilitados para comprovar
passou a cobrar impostos específicos sobre itens de vestuário as violações à Lei no 161.
“prêt-a-porter”. O imposto de importação de um sobretudo
masculino de algodão é, por exemplo, de 800 libras egípcias Amostras, catálogos e material publicitário
(por volta de US$ 170). No entanto, a proibição à importação
de tecidos foi revogada em 1998, apesar de que muitos têx- É admitida a importação de amostras sem a necessida-
teis ainda estão sujeitos a elevadas alíquotas tarifárias. de de apresentação de licença de importação ou recolher im-
postos aduaneiros, contanto que as amostras não sejam
Medidas “anti-dumping” comercializáveis, ou seu valor não exceda L£ 500 e sejam
destinadas ao importador egípcio. Ademais, as amostras não
Em maio de 1998, foi introduzida uma lei de proteção à devem constar da relação de itens cuja importação é proibida.
economia nacional, destinada a amenizar as conseqüências Caso a administração alfandegária julgue que amostras des-
advindas de práticas danosas adotadas no comércio internaci- pachadas ou trazidas por visitantes sejam próprias para ven-
onal. A referida lei já conduziu à adoção de uma série de deci- da e possuam valor superior a L£ 500, o importador ou o pro-
Como Exportar 31

Egito Sumário

prietário da amostra deverá efetuar um depósito e assinar rar sua relevância em relação às necessidades correntes.
uma declaração (no Formulário Aduaneiro 93) de que as amos- Em conformidade com o disposto no Decreto no 42 de
tras serão reexportadas. A restituição do depósito será efetu- março de 1994, emendado pelo Decreto no 180 de 1996, serão
ada imediatamente após comprovada a exportação da amos- aceitos os produtos que obedeçam aos padrões da ISO/IEC,
tra. Amostras de natureza medicinal devem obedecer às re- assim como aqueles que se conformem aos padrões nacionais
gras aplicáveis à importação de fármacos, e amostras de gê- vigentes nos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha e
neros alimentícios devem obedecer às normas sanitárias per- França, a menos que sejam aplicadas no Egito condições es-
tinentes. É admitida a isenção do pagamento de impostos adu- pecíficas.
aneiros no caso de importação de pequenas quantidades de Uma série de mercadorias precisa ser submetida à ins-
material publicitário impresso, tais como catálogos, listas de peção para controle de qualidade antes do desembaraço al-
preços e filmes. fandegário. A relação dos produtos a serem inspecionados

ACESSO AO MERCADO
compreende, atualmente, 131 categorias de itens, incluindo
Regulamentação Específica carnes, frutas, hortaliças, peças sobressalentes, material de
construção, dispositivos eletrônicos, aparelhos em geral, trans-
O Egito não reconhece qualquer organização de formadores, eletrodomésticos e outros de bens de consumo.
certificação internacional. A Autoridade Geral de Controle de Inspeções em quarentena têm sido aplicadas cada vez mais a
Exportações e Importações (GAEIC) introduziu uma relação produtos agrícolas. As especificações aplicáveis aos produtos
de produtos sujeitos a controle de qualidade, exigência que podem também representar uma barreira ao comércio. Como
afeta aproximadamente 25% das importações. Os controles exemplo, o Padrão Egípcio nº 1522 de 1991, aplicável à inspe-
de qualidade e rotulagem são aplicados com freqüência ex- ção de carne congelada importada, estabelece um conteúdo
cessiva, e representam, na prática, uma forma encoberta de de gordura máximo de 7%, inatingível na prática. O Decreto
protecionismo. no 242, emitido pelo Ministério da Economia e Comércio Exte-
Além da GAEIC, responsável por garantir a conformida- rior em setembro de 2000, impôs uma alíquota de 45% ao
de das importações aos padrões egípcios, dois outros órgãos leite em pó importado por um período de 200 dias. Uma redu-
públicos estão autorizados a atuar neste campo: A Organiza- ção gradual da alíquota foi anunciada pelo Ministério. Em abril
ção Egípcia de Padronização e Controle de Qualidade (EOS), de 2001, a alíquota foi reduzida para 15% (alíquota corrente).
responsável pela definição dos padrões nacionais, e a Autori- Em abril de 2002, estava prevista a redução para 7%, assim
dade de Controle Industrial (ICA), responsável pela definição como nova redução para 3%, em abril de 2003.
dos padrões nacionais para a indústria. O Egito também impõe regras restritivas de rotulagem
A maioria dos padrões compulsórios egípcios aplica-se para produtos alimentícios importados. Todos os produtos ali-
a produtos alimentícios, instrumentos técnicos, têxteis e arti- mentícios devem ser acondicionados em embalagens apropri-
gos de vestuário. No entanto, somente 25% a 30% dos referi- adas, as quais devem estar limpas, íntegras e inodoras, de
dos padrões correspondem aos padrões internacionais. Os modo a preservar o produto e não afetar suas características.
padrões egípcios são periodicamente revisados para assegu- Os produtos importados devem ser marcados e rotulados em
Como Exportar 32

Egito Sumário

idioma árabe. A regra referente ao idioma aplica-se obrigato- O produto deve preencher integralmente a embalagem,
riamente a todas as informações do produto, incluindo a mar- de modo que os itens acondicionados sejam adequadamente
ca e o tipo do produto, o país de origem a data de produção, a protegidos. Caso a embalagem seja de madeira, deverá ser
data de validade e instruções a respeito de manuseio do pro- acompanhada por certificado oficial que declare estar livre de
duto. Para ferramentas, máquinas e equipamentos importa- pragas de madeira e insetos, e deverá ser lacrada com braça-
dos, deve ser anexado ao produto um manual do usuário em deiras de metal.
idioma árabe. Com respeito à rotulagem, geralmente não é permitido
Em produtos manufaturados importados para venda no o provimento de informações unicamente em idioma inglês, à
varejo, devem constar o país de origem, o nome do fabricante exceção de informações a respeito das datas de produção e
e a descrição do produto em idioma árabe, em local satisfato- de validade. O idioma árabe é obrigatório. Os rótulos devem
riamente visível na embalagem. Regras especiais aplicam-se incluir as seguintes informações:

ACESSO AO MERCADO
a alguns itens específicos, incluindo gêneros alimentícios, me- • nome e endereço do fabricante;
dicamentos e têxteis. • logomarca ou marca registrada;
As normas para a importação de alimentos a serem ob- • país de origem;
servadas envolvem: • tipo e categoria do produto;
• rotulagem; • nome e endereço do importador;
• amostras de produtos; • datas de produção e de validade;
• restrições ao uso de corantes artificiais; • instruções de uso do produto (opcional);
• validade e especificação do produto; e • ingredientes do produto;
• documentação de embarque. • instruções de armazenamento/temperatura de
armazenamento;
Regras a respeito da disposição dos rótulos na superfí- • peso líquido;
cie externa da embalagem são, normalmente, especificadas • peso bruto e número total de embalagens por
nos contratos, e é importante que cada embalagem individual pacote ou caixa;
esteja claramente rotulada e numerada, segundo os dados • nos produtos que contenham conservantes, deve
constantes no conhecimento de carga. Deverão ser utilizadas ser indicada a proporção de cada conservante; e
embalagens robustas e impermeáveis, que possam também • em produtos à base de carne ou de aves domés-
suportar manuseio sem maiores cuidados, altas temperaturas ticas, deverá constar a seguinte afirmação: “abatido segundo
e altas taxas de umidade atmosférica. Normalmente, para a o ritual islâmico” ou “abatido segundo o Halal”.
remessa de mercadorias ao Egito, basta seguir os padrões de
acondicionamento de mercadorias adotados em nível interna- Dados presentes em equipamentos, ferramentas e má-
cional, apesar de ser proibida a utilização de lã de algodão quinas devem ser idênticos aos presentes na embalagem do
para o acondicionamento de materiais de segunda mão e resí- produto. O país de origem deverá ser indicado em cada item.
duos de vegetais, os quais podem conter pragas. O produto deve estar acompanhado por um catálogo em idio-
Como Exportar 33

Egito Sumário

ma árabe que ofereça as seguintes informações: Regime Cambial


• ilustração das partes;
• modo de montagem e operação; Não há restrições à transferência de divisas externas
• procedimentos para manutenção; ao exterior. Uma lei de divisas externas foi aprovada em abril
• circuitos elétricos, no caso de equipamentos que de 1994, eliminando todas as restrições à repatriação de re-
sejam movidos a eletricidade; ceitas provenientes do turismo e das exportações. Apesar de
• medidas de segurança. o governo promover o adensamento dos laços econômicos
com seus vizinhos e parceiros comerciais, os cidadãos egípci-
Produtos sujeitos a ferrugem e corrosão devem ser pro- os não são estimulados a investir no exterior.
tegidos por pintura especial, destinada a tal fim. Verifique se O Lei de Divisas Externas, de maio de 1994, permite a
os rótulos das mercadorias obedeçam às regras egípcias atu- indivíduos e entidades legais reter divisas externas no Egito

ACESSO AO MERCADO
ais de rotulagem para o produto em questão. As discrepâncias ou transferi-las para o exterior. A nova lei estipula que os ban-
entre a descrição contida na embalagem e no produto em si cos podem realizar todas as transações que envolvam divisas
podem ocasionar o não pagamento da mercadoria. externas e põe fim à exigência antes imposta aos exportado-
res e empresas de turismo de repatriar para o Egito as recei-
Marcas Registradas e Patentes tas em moeda estrangeira. A única restrição à movimentação
de moeda estrangeira é a exigência, no caso de imóveis no
O órgão responsável pelo registro de propriedade in- Egito pertencentes a estrangeiros não residentes, de que os
dustrial é a Academia de Pesquisa Científica e Tecnologia recursos provenientes de sua venda permaneçam por cinco
(ASRT), no Cairo. O Egito aderiu ao acordo constitutivo da anos no país antes de sua transferência ao exterior. Apesar da
Organização Mundial de Propriedade Intelectual e é um dos lei não especificar os termos da transferência dos recursos,
países-membros da Convenção de Paris sobre a Proteção da assume-se que seja realizada em parcelas iguais, ao longo do
Propriedade Industrial. No tocante a marcas registradas período de cinco anos.
“trademarks”, o país é membro da Convenção de Madri refe- Os bancos e casas de câmbio são responsáveis pela
rente ao Registro Internacional de Marcas e da Convenção de disponibilização de moeda estrangeira aos interessados. No
Haia referente ao Depósito Internacional de Marcas entanto, as empresas locais relatam com freqüência a ocor-
Registradas e Modelos Industriais. No caso das patentes, o rência de atrasos de alguns dias – ou de até um mês ou mais
Egito assinou a Convenção referente à Classificação Interna- – no processamento de seus pedidos para conversão de libras
cional de Patentes (Classificação IPC). egípcias em moeda estrangeira, seja para o pagamento de
É possível obter licenças para o uso de patentes e mar- importações ou para outros fins. No final de 2000, o governo
cas registradas, mas acordos que prevejam a transferência introduziu novo procedimento que regula a transferência ao
de recursos ao exterior em razão do uso de patentes devem exterior de recursos provenientes de operações realizadas no
receber autorização da Autoridade Geral de Investimentos mercado de ações, o que reduziu para três dias ou menos o
(GAFI). período de espera para as transferências de moeda estran-
geira.
Como Exportar 34

Egito Sumário

3. Documentação e Formalidades si poderão ocasionar o não pagamento da mercadoria;

Embarque (no Brasil) 3. Fatura comercial: normalmente é exigida a via


original ou duas cópias da fatura. É exigida a autenticação da
Documentação Exigida fatura pelo Consulado do Egito. Caso as instruções presentes
na carta de crédito não especifiquem que a autenticação é
1. Certificado de origem: em 1998 o Ministério do necessária, os exportadores deverão seguir as recomenda-
Comércio lançou Decreto que estabelece que todos os produ- ções dos importadores. O Consulado do Egito só autenticará o
tos importados (duráveis ou não duráveis) deverão provir di- certificado de origem após o documento ter sido reconhecido
retamente do país de origem. As mercadorias importadas de- e atestado em cartório;
verão estar acompanhadas de Certificado de Origem autenti- 4. Conhecimento de embarque: o número do co-

ACESSO AO MERCADO
cado pela missão egípcia no país. Um ano depois, o novo Mi- nhecimento de embarque necessário depende da transporta-
nistro da Economia e Comércio Exterior emendou o decreto, dora. Portanto, não existem regras que especifiquem o mode-
de modo a permitir que as remessas de produtos importados lo ou o número de conhecimentos de embarque exigidos. Em
sejam embarcadas no país de origem ou nos principais cen- um conhecimento de embarque, devem constar o nome do
tros, filiais ou centros de distribuição da empresa produtora; expedidor, o nome e o endereço do consignatário, o porto de
2. Carta de Crédito: em março de 1999, o Banco Cen- destino, a descrição da mercadoria, listagem do frete e de
tral do Egito informou a todos os bancos em operação no país outros custos, o número dos conhecimentos de embarque pre-
que as cartas de crédito deverão ser 100% cobertas em di- sentes no conjunto e a data e assinatura do oficial da trans-
nheiro pelo importador. Tal regra substituiu o procedimento portadora, acusando o recebimento a bordo dos produtos a
anteriormente vigente, por meio do qual os bancos e seus cli- serem remetidos. O conhecimento aéreo substitui o conheci-
entes negociavam livremente e cobriam, normalmente, ape- mento de embarque no caso de remessas por via aérea;
nas 10-20% do valor da carta de crédito. Os bancos poderão 5. Fatura pró-forma: é exigida pelo importador para
reduzir a cobertura para a importação de bens de capital e submissão junto à licença de importação. A fatura deve indi-
insumos para a produção. Em geral, o exportador não poderá car o país de fabricação das mercadorias.
expedir as mercadorias até que a abertura de uma carta de
crédito tenha sido notificada pelo banco egípcio. Caso as mer- Em conformidade com as regras de exportação, os se-
cadorias sejam expedidas antes da abertura de uma carta de guintes documentos devem ser fornecidos, no caso de produ-
crédito, o importador correrá o risco de receber uma multa tos específicos:
cujo valor pode igualar ao das mercadorias. Como ocorre em
outros países menos desenvolvidos, deve-se evitar o paga- Certificado sanitário: mercadorias acondicionadas em
mento em dinheiro de eventuais taxas pela emissão ou caixas ou embalagens de madeira deverão estar acompanha-
certificação de documentos e esteja ciente de que discrepân- das por um certificado oficial, que indique que o material de
cias entre a descrição contida na embalagem e o produto em acondicionamento não esteja infestado por pragas da madei-
Como Exportar 35

Egito Sumário

ra ou insetos. No caso de carne fresca, é exigido um certifica- do por uma autoridade de inspeção competente, que especifi-
do sanitário que declare que o local de origem encontrava-se que sua composição química exata e declare que o uso dos
livre de doenças contagiosas por no mínimo três meses antes produtos foi autorizado no país exportador.
do abate, assim como um certificado que ateste que o abate
tenha sido realizado em respeito aos rituais islâmicos. No caso Desembaraço alfandegário
de carne enlatada, é exigido um certificado sanitário que indi-
que o controle das operações de abate por parte das autorida- Documentação
des de saúde.
Os seguintes documentos devem ser apresentados à
Roupas usadas: roupas usadas deverão estar acom- alfândega para o desembaraço das importações:
panhadas por certificado que indique que os produtos tenham 1. conhecimento de embarque;

ACESSO AO MERCADO
sido esterilizados. 2. fatura original;
3.relação de volumes;
Certificado de radiação: muitas importações de pro- 4.certificado de origem (autenticado e legalizado);
dutos agrícolas, incluindo a de sebo para a produção de sabão 5.formulário bancário (EX), aplicável quando a impor-
e de outros detergentes, estarão sujeitas a inspeção aleatória tação é financiada por um banco. O formulário não é exigido
na chegada ao Egito, e pode vir a ser solicitada uma declara- caso o importador financie a transação com recursos própri-
ção de que os produtos não estão contaminados por radioati- os;
vidade. 6. análise do conteúdo da mercadoria, caso exigido;
7.ordem de entrega emitida pela transportadora, em
Certificado de livre comercialização: para a im- substituição ao conhecimento de embarque;
portação de medicamentos, gêneros alimentícios e produtos 8. certificado de procedimentos da alfândega, formulá-
de madeira, exige-se a apresentação de um certificado de li- rio aduaneiro que contém informações e dados sobre a re-
vre comercialização, que ateste que as mercadorias gozem de messa, incluindo fonte e país de origem das importações, nome
livre circulação no país de exportação. O certificado de livre do importador, tipo do produto, porto de entrega, valor e quan-
comercialização deverá estar legalizado e atestado. tidade de mercadorias na remessa.

Certificado de desinfecção: Um certificado especial Procedimentos Legais


de desinfecção é exigido para a importação de pincéis de bar-
bear e de suas cerdas. As indústrias nacionais devem obedecer às
especificações das definições-padrão egípcias. A Organização
Aditivos alimentícios: a importação de aditivos ali- Egípcia de Padronização e Controle de Qualidade (EOS), su-
mentícios e de outros materiais utilizados no processamento bordinada ao Ministério da Indústria, é o órgão responsável
de alimentos deverá estar acompanhada de certificado, emiti- pela emissão às indústrias locais de certificados de controle
Como Exportar 36

Egito Sumário

de qualidade industrial e pela aprovação de órgãos de 4. Regimes Especiais


certificação de qualidade no Egito. A adesão às especificações
da ISO 9000 é opcional. No entanto, os exportadores egípcios Instalações Aduaneiras
têm demonstrado crescente interesse em aderir ao padrão.
A importação e a exportação no Egito são regidas pela A Lei no 43, de 1974 permitiu a introdução de zonas
Lei no 118, de 1995. O Anexo no 8 das regras de importação/ livres no Egito. A lei foi suplantada pela Lei de Investimentos
exportação apresenta uma relação dos produtos sujeitos a ins- no 230. Em maio de 1997, a Lei no 230 de 1989, foi revogada e
peção para controle de qualidade antes de seu ingresso no sucedida pela nova lei de investimentos, conhecida como Lei
Egito. A relação consiste de aproximadamente 135 categorias no 8 de 1997, que rege as operações das zonas de livre co-
de produtos, incluindo gêneros alimentícios, peças sobressa- mércio do Egito. A lei dispõe sobre armazenagem, conserva-
lentes, material de construção, dispositivos eletrônicos, apa- ção, mistura, recondicionamento, montagem e fabricação para

ACESSO AO MERCADO
relhos em geral e uma série de bens de consumo. Apesar das exportação; e sobre a provisão de serviços às empresas loca-
autoridades egípcias salientarem que os padrões aplicáveis às lizadas nas zonas livres.
importações são idênticos àqueles aplicáveis a bens produzi- Existem no Egito oito zonas de livre comércio: Cairo
dos internamente, a fiscalização dos padrões para gêneros (Cidade de Nasr), Alexandria, Port Said, Suez, Ismailia,
alimentícios importados é bem mais rigorosa do que a de pro- Damietta, Safaga e Sohag. Bens exportados das zonas livres
dutos locais. Ademais, os importadores enfrentam o problema ou importados para as mesmas não estão sujeitos aos proce-
de padrões mal definidos ou mesmo inexistentes, e o fato das dimentos, impostos ou outras taxas e encargos alfandegários
autoridades sofrerem com o número insuficiente de fiscais ou usuais aplicáveis à importação/exportação. Do mesmo modo,
de aparelhos para inspeção de qualidade resulta em acúmulo todos os instrumentos, máquinas, equipamentos industriais e
de serviço e em atrasos freqüentes. equipamentos de transporte necessários ao funcionamento dos
Em geral, as taxas cobradas pelas inspeções variam de estabelecimentos autorizados nas zonas livres gozam de isen-
0,5 piastras (PT) (US$ 0,015) por quilograma a 10 libras egíp- ção de taxas e impostos aduaneiros.
cias (US$ 2,90) por contêiner, sendo que a taxa de inspeção
média é de PT 1 por quilograma. (Observação: cada libra egíp- Regime de “Drawback”
cia eqüivale a 100 piastras (PT)). A taxa de inspeção aplicável
a produtos importados para fins industriais é menor do que a No âmbito do sistema de “drawback”, as importações
aplicada a bens importados para comercialização no varejo. podem ser isentas do pagamento de direitos aduaneiros. Para
O Decreto Ministerial 99/94 isenta os insumos industri- conquistar o direito de reivindicar a devolução integral dos
ais importados pelas fábricas locais da inspeção de controle impostos aduaneiros recolhidos, assim como de outros encar-
de qualidade. Em contraste, os mesmo produtos estarão sujei- gos, como o imposto sobre as vendas, exige-se que os produ-
tos a inspeção, caso importados para revenda. A importação tos importados sejam reexportados no prazo de até um ano,
de produtos para uso pessoal ou privado é isenta de inspeção como parte de um produto final. O processamento do reem-
de controle de qualidade. bolso pode estender por até seis meses, e uma série de exi-
Como Exportar 37

Egito Sumário

gências administrativas devem ser satisfeitas. ros alimentícios deverão satisfazer às regras sanitárias perti-
nentes.
Admissão Temporária A importação de amostras como bagagem é normal-
mente mais simples, uma vez que as consignações de amos-
As importações poderão ser admitidas no país sob o tras remetidas por correio ou frete aéreo estão sujeitas às
sistema de admissão temporária. Em maio de 1998, o Diretor mesmas formalidades de importação e ao mesmo tratamento
da Autoridade Alfandegária emitiu o Decreto no 48, o qual pres- alfandegário dispensado às importações regulares. Existe a
crevia que as importações em caráter temporário deveriam possibilidade das amostras permanecerem retidas na alfân-
ser garantidas por 100% do valor da importação, além das dega por várias semanas. Recomenda-se consultar o impor-
taxas aduaneiras e dos impostos sobre as vendas. Os expor- tador egípcio para determinar o melhor método para a impor-
tadores levaram a questão à consideração do Ministro das Fi- tação das amostras sem maiores dificuldades.

ACESSO AO MERCADO
nanças que, em resultado, emendou o Decreto no 48 de 1998, Para importações temporárias, é necessária uma carta
por meio do Decreto no 55 de 1998, que reduzia a garantia de de garantia, a qual pode ser obtida junto a qualquer banco ou
100% para 5%. no Banco Nacional do Egito (The National Bank of Egypt), o
Todas as amostras comerciais e importações em cará- qual também dispõe do formato da carta. É recomendável que
ter temporário, destinadas a um importador saudita, gozam toda a documentação seja disponibilizada em idioma árabe,
de isenção de impostos, à exceção dos produtos contidos na ou em dois idiomas (inglês e árabe).
relação de importações proibidas. Outras condições a serem
respeitadas estipulam que os produtos não deverão exceder
determinado valor, nem serem apropriados para revenda, o
que deverá estar visível na documentação da remessa. Caso
a parte interessada não atenda às condições estipuladas, po-
derá vir a ser exigida a efetuação de um depósito, juntamente
com a assinatura de uma declaração de que os produtos serão
reexportados.
No caso de importação de amostras de produtos incluí-
dos na relação de importações proibidas, poderá vir a ser exi-
gido o pagamento dos direitos aduaneiros e de outras taxas,
juntamente com uma declaração de que as amostras só virão
a ser utilizadas ou testadas em processos produtivos. A docu-
mentação de expedição deverá indicar expressamente que os
bens em questão são amostras comerciais.
Amostras de natureza medicinal deverão atender às
regras de importação de medicamentos, e amostras de gêne-
Como Exportar 38

Egito Sumário

VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO ceito de “marketing” – em comparação com a simples

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
comercialização ou a espera até que o consumidor descubra o
produto e venha comprá-lo – é novo no Egito, onde é pouco
1. Canais de Distribuição praticado, existe um número crescente de boas firmas egípci-
as que têm pleno conhecimento de seu campo de atuação e
Considerações Gerais sabem como comercializar os produtos nos quais se especi-
alizam.
De acordo com dados das autoridades alfandegárias egíp- Agentes comerciais egípcios são requisitados pelas em-
cias e do Ministério dos Negócios Públicos, em 2000, (as esta- presas estrangeiras licitantes na maioria das concorrências
tísticas mais recentes disponíveis) o Egito contava com 5.200 civis conduzidas pelo governo. Em contraste, os agentes co-
importadores registrados, 8.200 exportadores e 3.400 agen- merciais não podem ser arregimentados para apresentar pro-
tes comerciais, os quais representavam 104.000 empresas postas em concorrências militares, apesar de que o uso de
estrangeiras, além de 3.200 fábricas autorizadas a importar “consultores” egípcios pode ser autorizado caso o processo
componentes. A maioria dessas empresas pertence à iniciati- para sua contratação seja adequadamente estruturado. A
va privada, mas o setor governamental conta com aproxima- contratação de agentes comerciais é opcional na apresenta-
damente 279 empresas isoladas, associadas a 16 “holdings”, ção de propostas em concorrências das companhias de petró-
aproximadamente 30 fábricas de artigos militares, que tam- leo, no caso de vendas para o setor privado ou de vendas no
bém produzem artigos civis, e 1.500 empresas pertencentes a âmbito de programas financiados pela USAID.
uma das 26 autoridades provinciais (governadorias). São muitas as opções de distribuidores, revendedores
As empresas estrangeiras podem efetuar vendas dire- e agentes no Egito. Um pequeno número de empresas conta
tas em território egípcio, caso estejam registradas para tanto. com uma moderna gestão, incluindo “centros de lucros” res-
Muitas o fazem como parte de suas operações de fabricação ponsáveis pelo sucesso em departamentos especializados. No
ou montagem no país. Algumas poucas empresas estrangei- entanto, são mais comuns as empresas tradicionais de cará-
ras utilizam-se das zonas livres ou de entrepostos aduaneiros ter geral, algumas das quais desenvolvem uma determinada
para armazenar seus produtos, e contratam seus próprios fun- especialização (por exemplo, madeiras, materiais de constru-
cionários para vender bens de consumo de porta em porta. ção, produtos enlatados, carnes frescas e congeladas), ao passo
A maioria das empresas estrangeiras, no entanto, conta que outras negociam virtualmente todo tipo de produto. Igual-
com empresas egípcias para a distribuição atacadista e vare- mente, algumas empresas menores especializam-se em ape-
jista de seus produtos, garantindo a eficiência do trabalho por nas algumas linhas de produtos, ou trabalham com alguns
meio de programas de treinamento de funcionários, conduzi- poucos fornecedores estrangeiros.
dos no Egito e no exterior, enviando funcionários da sede para
prestarem consultoria de curto prazo junto à empresa egípcia Estrutura Geral
e encaminhando as equipes de “marketing” e suporte técnico
para a realização de visitas regulares. Apesar de que o con- Muitos varejistas que comercializam bens de consumo
Como Exportar 39

Egito Sumário

tendem a importar os produtos de que necessitam diretamen- ção aos agentes cujos familiares trabalhem no governo é ra-

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
te. Isto ocorre porque muitos egípcios preferem solicitar cota- ramente fiscalizada). Empresas do setor público podem atuar
ções diretamente com o fornecedor estrangeiro, em vez de como agentes, assim como empresas privadas e indivíduos.,
fazê-lo com o agente local, partindo do princípio que os preços Companhias de distribuição constituídas com capital es-
serão mais atraentes. Isto exige que a empresa estrangeira trangeiro, em qualquer proporção, podem se envolver em ati-
representada seja cuidadosa ao determinar a função (e os vidades comerciais, incluindo a comercialização de produtos
custos estimados) de seu agente egípcio, ao se optar por en- importados, nas seguintes circunstâncias (apesar de serem
caminhar as consultas de seus fregueses ao agente egípcio ou impedidas de conduzir a operação de importação em si):
a um representante regional fora do país. (1) Sociedades em Nome Coletivo ou Sociedades por
As margens de lucro variam de acordo com o tipo de Quotas de Responsabilidade Limitada: É permitido a estes ti-
produto, no entanto, alguns bens de consumo básicos têm suas pos de empresas contar com um parceiro ou sócio estrangei-
margens de lucro determinadas pelo governo, entre os quais ro, contanto que o(s) parceiro(s) egípcio(s) detenha ao menos
se incluem os seguintes: 51% do capital e que o gerente geral ou dirigente da empresa
• Açúcar; possua nacionalidade egípcia. Nestes casos, semelhante com-
• Trigo; panhia de distribuição não pode atuar como “importador” nem
• Arroz; como agente comercial, a menos que seja 100% pertencente
• Óleo de Cozinha. e gerenciada por egípcios.
(2) Companhias de Responsabilidade Limitada: Neste
Canais Recomendados tipo de companhia de distribuição, não são impostos aos par-
ceiros estrangeiros limites quanto à porcentagem de partici-
A legislação egípcia exige que todos os agentes comer- pação no capital da empresa, contanto que ao menos um dos
ciais e importadores possuam nacionalidade egípcia. (No caso gerentes da empresa possua nacionalidade egípcia (podem
de empresas, o presidente e todos membros do conselho de- existir um ou mais gerentes, dependendo das disposições acerca
vem ser egípcios, e o capital da empresa deve ser 100% egíp- de sua constituição), existam ao menos dois acionistas ou só-
cio). Para atuar como agente, é preciso que o indivíduo inte- cios e o capital da companhia não seja inferior a L£ 50.000
ressado tenha residido continuamente no Egito por no mínimo (aproximadamente $15.100). Companhias de distribuição desta
cinco anos (à exceção de egípcios expatriados que disponham natureza também não podem atuar como “importadoras”, nem
de uma licença de trabalho no exterior); seja certificado por como agentes comerciais.
uma câmara de comércio local ou associação profissional; não (3) Sociedades Anônimas por Ações: Contanto que ao
seja servidor público ou funcionário de empresa pública (ou menos 49% das ações sejam oferecidas a egípcios no mo-
prestador de serviços temporários), nem membro da Assem- mento da constituição da empresa, os acionistas estrangeiros
bléia do Povo; não seja um “parente em primeiro grau”, de podem vir a possuir até 100% da companhia, contanto que
um servidor público que ocupe posição de Diretor Geral ou mais de 50% dos membros do conselho de diretores sejam
superior; ou de um membro da Assembléia do Povo. (A proibi- egípcios, o capital da empresa não seja inferior a L£ 250.000 e
Como Exportar 40

Egito Sumário

existam ao menos três acionistas. Novamente, companhias de autoridade para autorizar o método de concorrência a ser

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
distribuição desta natureza não podem conduzir importações adotado por entidades específicas, segundo os termos, condi-
ou atuar como agentes comerciais, a menos que sejam 100% ções e regras que venha a determinar.
pertencentes e gerenciadas por egípcios. Contratos destinados à aquisição de móveis, à presta-
ção de serviços e à conclusão de obras e contratos de trans-
Empresas estrangeiras que constituam uma empresa de porte são firmados por meio de uma licitação ampla. Contra-
distribuição, conforme mencionado acima, freqüentemente per- tos firmados por meio de licitações seletivas são autorizados
mitem que os sócios egípcios constituam uma empresa isola- nos seguintes casos:
da para atuar como “importadora” ou agente. Esta tem a fun- (1) produtos ou serviços oferecidos em condições de
ção de entregar os produtos à empresa de distribuição, que os monopólio;
distribuirá e comercializará no Egito. (2) serviços prévios disponibilizados por um único indi-
víduo;
Compras Governamentais (3) projetos e serviços que não possam ser precisa-
mente especificados;
O Egito não é um dos Estados partícipes do Acordo so- (4) serviços técnicos ou de consultoria, cuja execução
bre Compras Governamentais da OMC, no entanto, o governo seja necessariamente confiada a técnicos, especialistas ou
aprovou, em 1998, uma lei que delineia novas regras para as peritos específicos, em razão de sua natureza;
compras governamentais. Entre suas disposições, a nova lei (5) animais, aves domésticas e outras aves, de todas
proíbe a transformação de uma concorrência em um pregão as espécies, destinadas a outros fins que não a alimentação;
(uma das principais deficiências da legislação anterior). Ade- (6) suprimentos, obras, transportes e serviços que te-
mais, exige que, além do preço, os fatores técnicos sejam nham caráter de urgência ou precisem ser executados em si-
considerados na adjudicação de um contrato. Anteriormente, gilo.
as empresas públicas tinham preferência; no âmbito da nova
lei, essa preferência só se aplica quando a proposta de uma Em caso de urgência, a autoridade administrativa pode
empresa pública difira em até 15 por cento das outras propos- concluir seus contratos por meio de acordo direto (negocia-
tas. A lei também procura ampliar os direitos do contratante, ção), dentro dos limites de L£ 2.000 para contratos regulares
por meio de medidas como a exigência de devolução imediata de compra, prestação de serviços e de transportes, L£ 4.000
dos depósitos uma vez que o governo tenha anunciado os re- para obras e L£ 8.000 para a aquisição de produtos monopo-
sultados de uma concorrência. A lei introduz uma série de lizados por empresas estrangeiras, que não possuam repre-
mudanças positivas nas práticas de licitação adotadas pelo go- sentante no Egito. Os concorrentes devem residir no Egito ou
verno do Egito, entre as quais a exigência de exposição públi- apresentar as ofertas por meio de um agente local.
ca das justificativas para a concessão dos contratos. Entretan-
to, ainda permanecem certas dúvidas quanto à transparência Lei de Licitações
dos processos. Como exemplo, o Primeiro Ministro possui
Como Exportar 41

Egito Sumário

A Lei de Licitações no 89/1998, atualmente vigente, rege vação de uma proposta, não há prazo para a efetuação do

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
as compras públicas conduzidas por todos os órgãos civis e pagamento, nem qualquer disposição relativa à aprovação
militares (“ministérios, departamentos, unidades locais do go- implícita ou automática de um bem ou serviço fornecido. O
verno e organizações públicas e gerais”), à exceção dos casos cliente deve reconhecer explicitamente a “aprovação final”
em que sejam dispensados do cumprimento da lei. antes que o fornecedor possa receber o pagamento final e
(1) Não é permitida a negociação de lances após a aber- recolher a garantia de cumprimento do contrato. Caso as de-
tura das propostas (“momarsa”, em árabe). Uma proposta não cisões de adjudicação sejam procrastinadas para além da data
pode ser transformada em uma “momarsa”. de validade especificada pelo licitante, os custos adicionais
(2) Não é permitido o cancelamento de pedidos sem a gerados pelo atraso não podem, em geral, ser repassados.
devida justificativa. Ademais, serão divulgadas as razões que Caso o cliente adicione novas exigências a um contrato em
fundamentam a decisão de adjudicação ou rejeição das pro- curso, quaisquer importâncias adicionais solicitadas pelo for-
postas. necedor/contratante devem ser endossadas por um “comitê
(3) Garantias depositadas por ocasião das concorrênci- especial de avaliação dos custos”, que por vezes demora anos
as serão reembolsadas imediatamente após expirada a vali- para aprová-las. Enquanto isso, certamente, exige-se que o
dade da licitação. fornecedor/contratante cumpra o contrato revisado sem atra-
sos ou queixas.
Problemas Práticos da Lei de Licitações A Lei de Licitações não faz referência à solução de con-
trovérsias, cujos termos, portanto, devem ser negociados an-
Não há definição de prazo máximo para que os comitês tes da assinatura do contrato. A condução de arbitragem no
decisórios se reunam e se decidam ou anunciem sua decisão. Egito ou no exterior (situação na qual são admitidos legisla-
Caso um licitante retire sua proposta antes da abertura das ções e procedimentos arbitrais estrangeiros) é preferível a se
propostas, ele perde o direito à restituição da garantia do con- recorrer ao sistema judiciário, apesar de que não há garantia
corrente. Os licitantes freqüentemente tornam-se “reféns” de de cumprimento das decisões arbitrais, uma vez que a parte
órgãos governamentais, que paralisam a abertura das pro- derrotada pode recorrer de decisões arbitrais egípcias ou es-
postas por motivos diversos, incluindo o esgotamento de re- trangeiras em tribunais egípcios. Caso não seja determinado
cursos disponíveis para o projeto. Os licitantes arcam com os um procedimento específico de solução de controvérsias, even-
custos referentes à prorrogação das garantias do concorren- tuais conflitos que envolvam o governo ou seus órgãos e agên-
te. Caso uma empresa vencedora retire-se de um projeto an- cias serão encaminhados ao Conselho de Estado, órgão do
tes de iniciá-lo ou de concluí-lo, a garantia de cumprimento do governo responsável por verificar a constitucionalidade das
contrato é igualmente confiscada. leis e regulamentos propostos, além de atuar como corte em
Os órgãos governamentais freqüentemente demoram a todas as questões não penais nas quais o governo seja uma
comunicar a “aprovação final” dos produtos ou obras. Tal de- das partes envolvidas. Caso a parte governamental envolvida
mora atrasa o pagamento final e o recolhimento final da ga- não honre uma decisão arbitral, a lei de licitações não permite
rantia de cumprimento do contrato. A partir da data de apro- à parte vitoriosa lançar mão dos documentos oriundos da ar-
Como Exportar 42

Egito Sumário

bitragem para solucionar eventuais demandas junto a outros de mala direta.

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
órgãos do governo (referentes a questões aduaneiras, tribu- Mostras comerciais são, igualmente, oportunidades va-
tárias, de seguridade social, etc.). liosas para se distribuir material publicitário, folhetos de ven-
Nenhuma disposição permite ao fornecedor reduzir o das e amostras. O design das peças publicitárias deve ser
ritmo dos trabalhos caso ocorra atraso dos pagamentos. Não dramático, porém atraente, simples e fácil de compreender. O
existe, igualmente, disposição que preveja a redução gradual estilo deve acompanhar o do produto.
da garantia de cumprimento do contrato, de acordo com o Folhetos, relações de preços, etc. para uso no mercado
grau de conclusão do trabalho ou obra. Caso sejam oferecidas egípcio devem ser escritos em árabe e/ou inglês, e as ilustra-
Cartas de Crédito/Fianças como garantia de cumprimento do ções que possam ofender eventuais negociantes muçulmanos
contrato, é aconselhável manter cartas de crédito individuais devem ser evitadas.
para cada item licitado ou ordem de serviços/compras distin-
ta, de modo a evitar o bloqueio de toda a garantia em caso de Feiras e Exposições
controvérsia quanto a um item particular.
A promoção comercial tem-se tornado mais sofisticada
no Egito. As mostras comerciais são freqüentes, destinadas
2. Promoção de Vendas tanto a audiências selecionadas ou ao público em geral; diver-
sas feiras acontecem a cada mês, seja em um ou mais dos
Considerações Gerais hotéis dos centros comerciais ou no Centro Internacional de
Conferências do Cairo (CICC). A maioria dessas mostras con-
Anúncios publicitários estrategicamente posicionados em ta exclusivamente com distribuidores, revendedores e agen-
jornais e revistas podem gerar bons resultados. Os egípcios tes egípcios de fornecedores estrangeiros, ou fabricantes lo-
são vorazes leitores de jornais, e todos os indivíduos alfabeti- cais – não por excluírem propositadamente a participação de
zados verão ou ouvirão falar de anúncios publicitários inseri- estrangeiros, mas em razão do marketing insatisfatório e da
dos no diário “Al Ahram”, que goza de ampla circulação. Todos organização de última hora.
os egípcios assistem à televisão, e os anúncios alcançam e A Feira Comercial Internacional do Cairo, realizada anu-
influenciam grandes audiências. No Egito, com o lançamento almente na primavera, é o carro-chefe histórico dos eventos
de diversos novos canais de TV nos últimos anos (todos públi- de promoção comercial no Egito. Recomenda-se às empresas
cos), os anúncios na TV tornaram-se muito mais sofisticados e brasileiras interessadas em explorar oportunidades no Egito
capazes de exercer influência. Entre as outras formas de pu- que participem desta feira, em especial. Os números compro-
blicidade praticadas no Egito, estão os painéis publicitários às vam que as empresas americanas obtêm um desempenho
margens das estradas, letreiros ou placares de neon animador ao participarem dessas mostras, especialmente no
posicionados no topo dos edifícios, pintura de anúncios publi- Pavilhão anual dos Estados Unidos, oferecendo produtos tão
citários nas paredes dos edifícios, propaganda por correspon- diversificados como equipamentos para escritório e comerci-
dência, propaganda remetida por fax e campanhas por meio ais, cartões telefônicos de crédito, serviços de “courier”, sau-
Como Exportar 43

Egito Sumário

nas e piscinas, antenas para satélite, brinquedos educativos, Serviços de Consultoria em Marketing

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
produtos para carros, móveis para espaços exteriores, equi-
pamentos de recreação, telefones móveis e telecomunicações Um número crescente de empresas de consultoria atua
por satélite. no mercado egípcio, entre as quais algumas empresas inter-
nacionais. Com respeito às grandes empresas egípcias de
Veículos Publicitários consultoria, estas oferecem bons serviços e preços competiti-
vos, especialmente no caso de pesquisas sob medida, em con-
Conforme mencionado anteriormente, a maioria dos egíp- traste com os serviços de auditoria, que são essencialmente
cios, alfabetizados ou não, assiste à televisão. Os anúncios monopolizados por empresas internacionais, uma vez que a
veiculados na televisão alcançam e influenciam amplas audi- condução dos trabalhos demanda uma extensa mão-de-obra.
ências. No Egito, o rádio e a televisão encontram-se sob con- É recomendável consultar os clientes e projetos anteri-
trole do governo. No rádio, são veiculados principalmente anún- ores das empresas de consultoria para melhor avaliar tanto
cios de bens de consumo. Estima-se que existam no Egito 5 sua credibilidade como a qualidade de seu trabalho.
milhões de aparelhos de televisão e 12 milhões de aparelhos
de rádio.
A chegada da televisão por satélite revolucionou o mer- 3. Práticas Comerciais
cado e as possibilidades de propaganda, uma vez que foi
disponibilizada uma ampla programação ocidental não censu- Negociação e Fechamento de Contratos de Importação
rada, em uma diversidade de idiomas. Nos canais locais, são
veiculados programas diários em inglês, tanto na televisão como Toda a correspondência comercial deve ser conduzida
no rádio. em árabe, ou em dois idiomas (inglês e árabe). É aconselhá-
A maioria dos cinemas tem interesse em veicular peças vel que todas as traduções sejam conferidas por habitantes
publicitárias. Os anúncios são normalmente veiculados antes locais. O meio de comunicação preferido, especialmente nos
do início do filme e durante os intervalos. Entre as outras for- órgãos governamentais, é a correspondência postal. A maio-
mas de publicidade praticadas no Egito, estão os painéis publi- ria das empresas privadas tende a dar preferência a troca de
citários às margens das estradas e letreiros ou placares de mensagens por fax.
neon posicionados no topo dos edifícios. A pintura de anúncios A importação para fins comerciais e as atividades de
publicitários nas paredes dos edifícios e o uso de pôsteres es- agenciamento comercial são ambas reservadas a indivíduos
tão cada vez mais disseminados. egípcios, ou empresas cujo capital seja integralmente perten-
A publicidade impressa e a distribuição de mala direta cente a cidadãos egípcios. A importação de insumos para fins
têm sido cada vez mais utilizadas pelas empresas. O envio de de produção local, assim como a importação de bens de capi-
propaganda por fax e a distribuição de mala direta são opções tal, como máquinas e meios de transporte a serem utilizados
correntes no país. para a condução das atividades da empresa – e não para fins
comerciais – podem ser executadas diretamente pela empre-
Como Exportar 44

Egito Sumário

sa interessada, sem que seja necessário o envolvimento de 15%. Para projetos de maior envergadura, como projetos de

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
um importador registrado. engenharia completos, a comissão é normalmente de 1 a 3%.
Em licitações, a comissão é calculada segundo a cotação apre-
Designação de Representantes sentada. As taxas de comissão devem ser informadas nos
pacotes de propostas apresentados em licitações governamen-
A legislação egípcia que rege os acordos de tais, sendo que o governo se reserva o direito de reduzir qual-
agenciamento comercial está entre as mais liberais do Oriente quer comissão que considere excessiva. As taxas de comis-
Médio. A lei é neutra no que diz respeito à exclusividade, não são também devem ser informadas nos documentos assina-
é exigida compensação no caso de cancelamento de acordos dos por agentes egípcios para apresentação ao Registro Co-
de agenciamento, e não existe um prazo mínimo para notifica- mercial do Ministério do Abastecimento e Comércio.
ção do cancelamento. Não se exige que o agente ou represen- Não é exigida por lei exclusividade por parte dos agen-
tante autorize a importação para o Egito dos produtos da em- tes, a maioria das empresas norte-americanas conta com um
presa estrangeira representada, nem que a importação seja ou dois representantes egípcios, apesar de que algumas em-
conduzida por meio do agente. (Os importadores de qualquer presas optam por manter mais agentes no país. Podem ser
produto devem ser registrados separadamente, ao amparo de mantidos um ou mais agentes em cada região geográfica, sendo
outra lei). Os representantes comerciais devem registrar o que tal opção é geralmente evitada em um país como o Egito,
contrato de agenciamento junto ao Departamento de Registro no qual a atividade comercial está centralizada em torno da
Comercial do Ministério do Abastecimento e Comércio, forne- capital, Cairo. Caso se opte por manter agentes em regiões
cendo os dados básicos do acordo, incluindo a comissão a ser distintas, normalmente são definidas duas regiões – a de
recebida pelas vendas. À empresa estrangeira em si, não é Alexandria, que pode abranger ou não as cidades do Delta, e
exigido registro local. A lei de agenciamento comercial tam- a de Cairo, que abrange o Vale do Nilo. Também se pode man-
bém é neutra quanto às normas referentes à solução de con- ter agentes distintos para atendimento aos clientes públicos e
trovérsias (deixando a decisão para as partes envolvidas, pre- privados, contratando-se um agente especializado em licita-
ferivelmente por escrito, no momento da designação do agen- ções e um outro para tratar dos clientes privados. Os agentes
te, e antes que venha a ocorrer um conflito) e à comissão a normalmente designam sub-representantes, os quais cuidam
ser paga ao agente. do agenciamento nas cidades menores.
As taxas de comissão variam de acordo com o tipo de A Lei no 120, de 1982, rege o agenciamento comercial
produto ou serviço, o volume de vendas e a dedicação exigida no país. De acordo com a lei, empresas estrangeiras interes-
do agente para a condução da atividade. Para “commodities” sadas em se envolver em qualquer tipo de serviço de consultoria
como arroz, trigo, açúcar, madeira serrada ou algodão, a co- ou outro serviço, ou em apresentar propostas em concorrên-
missão varia de 1 a 3%; para substâncias químicas e gêneros cias promovidas por órgãos governamentais (à exceção de
alimentícios, de 3 a 5%; para equipamentos médicos, de esca- vendas para o Ministério da Defesa) só poderão atuar por meio
vação e equipamentos para escritório, por volta de 10%; e de um agente ou intermediário local registrado. Empresas es-
para equipamentos laboratoriais e científicos mais dispendiosos, trangeiras não podem estabelecer no Egito escritórios científi-
Como Exportar 45

Egito Sumário

cos, técnicos ou de consultoria, ou qualquer tipo de escritório das em se envolver em qualquer tipo de serviço de consultoria

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
de natureza similar, a menos que designem um representante ou outro serviço, ou em apresentar propostas em concorrên-
comercial egípcio. Do mesmo modo, qualquer empresa es- cias promovidas por órgãos governamentais (à exceção de
trangeira interessada em armazenar seus produtos no Egito, vendas para o Ministério da Defesa) só poderão atuar por meio
para fins de comercialização ou distribuição, deve designar de um agente ou intermediário local registrado. Empresas es-
um agente comercial egípcio para a condução das atividades. trangeiras não podem estabelecer no Egito escritórios de re-
Para poder atuar como agente comercial ou intermediá- presentação comercial, técnicos ou de consultoria, ou qual-
rio, é preciso ser tanto um cidadão egípcio ou uma pessoa quer tipo de escritório de natureza similar, a menos que desig-
jurídica egípcia, cujo nome tenha sido inscrito no “Registro de nem um representante comercial egípcio. Do mesmo modo,
Agentes Comerciais” ou no “Registro de Intermediários” do qualquer empresa estrangeira interessada em armazenar seus
Ministério do Comércio Exterior. produtos no Egito, para fins de comercialização ou distribui-
A inscrição no Registro exige também a submissão do ção, deve designar um agente comercial egípcio para a con-
contrato de agenciamento comercial, que indique a natureza dução das atividades.
do trabalho a ser conduzido pelo representante comercial e as As empresas estrangeiras podem estabelecer no Egito
responsabilidades do representado e do representante, a por- escritórios de representação ou de contato. Tais escritórios
centagem da comissão do representante, as condições de pa- limitam-se a estudar o mercado egípcio e a analisar as possi-
gamento da comissão ao agente e a moeda a ser utilizada bilidades de as empresas que representam desenvolverem
para o pagamento. A inscrição no “Registro de Agentes Co- atividades produtivas ou conduzirem negócios no Egito, sem
merciais” deve ser renovada a cada cinco anos. Ademais, a desempenharem, de fato, qualquer tipo de atividade comerci-
Lei de Agenciamento Comercial exige que, em cada acordo de al, incluindo o agenciamento comercial, ou qualquer atividade
agenciamento, seja prevista como obrigação do representado que possa gerar renda.
estrangeiro informar à Embaixada ou Consulado do Egito per- Os escritórios de representação devem ser registrados
tinente, quaisquer emendas ao acordo. no Departamento de Companhias (subordinado ao Ministério
Os representados devem relatar ao órgão responsável do Comércio Exterior), que lhe confere a autorização neces-
pelo recolhimento de impostos, no prazo de até um mês após sária para atuarem no Egito.
cada pagamento, detalhes a respeito dos pagamentos de co- As empresas farmacêuticas estrangeiras podem, não
missões efetuados aos agentes comerciais e intermediários. obstante, solicitar ao Ministério da Saúde a abertura de escri-
Por outro lado, o agente comercial deve manter os livros de tórios de representação no Egito e, caso o Ministério aprove a
registro apropriados e lançar nos mesmos todas as comissões solicitação, deverão registrar os escritórios na Autoridade Geral
recebidas e os bancos nas quais tenham sido depositadas. de Controle de Importações e Exportações (subordinada ao
Ministério do Comércio Exterior), em vez do Departamento de
Abertura de Escritório de Representação Comercial Companhias. Este tipo de registro permite aos escritórios das
empresas farmacêuticas promoverem no Egito seus produtos
De acordo com a lei, empresas estrangeiras interessa- farmacêuticos. Tais escritórios podem, igualmente, receber em
Como Exportar 46

Egito Sumário

nome de sua companhia os “royalties” devidos, em razão da cos para atividades de promoção não estão sujeitos ao reco-

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
produção de farmacêuticos estrangeiros por empresas de lhimento de impostos corporativos, à medida que o total de
medicamentos egípcias, mediante licença da companhia es- despesas correntes anuais do escritório exceda a importância
trangeira. Os escritórios científicos podem, igualmente, rece- recebida a título de subsídio para promoção.
ber subsídios para as atividades de promoção dos produtos Por outro lado, os gerentes e funcionários de tais escri-
manufaturados localmente pelas empresas farmacêuticas egíp- tórios estão sujeitos ao recolhimento de impostos sobre os
cias, caso tomem para si esta tarefa. salários e outras remunerações que venham a receber.
Escritórios de representação podem ser gerenciados por Para registrar um escritório de representação, a em-
estrangeiros. No entanto, no caso de escritório de empresa presa estrangeira interessada (ou seu representante legal)
farmacêutica, registrado na Autoridade de Importações e Ex- deverá submeter uma solicitação neste sentido ao Departa-
portações, o gerente deve ser um cidadão egípcio detentor de mento de Companhias (ou à Autoridade Geral de Controle de
licença para exercer uma das profissões da área de saúde do Importações e Exportações, no caso de escritórios de empre-
Egito. sas farmacêuticas), juntamente com os seguintes documen-
Não é exigido capital mínimo para a abertura de escri- tos:
tório de representação, mas os recursos necessários para es- a. Cópia autenticada do estatuto da empresa estrangei-
tabelecer um escritório desta natureza e para conduzi-lo de- ra, juntamente com tradução juramentada do mesmo.
vem ser transferidos do exterior em moeda estrangeira con- b. Cópia autenticada de resolução do conselho de dire-
versível e depositado em um dos bancos oficialmente reco- tores da empresa autorizando o estabelecimento de escritório
nhecidos no Egito. No entanto, é permitido aos escritórios de de representação no Egito, destinado a estudar o mercado
empresas farmacêuticas utilizar os “royalties” e os subsídios egípcio e investigar as possibilidades de produção no país,
referentes às atividades de promoção que lhe couberem, con- sem se envolver em qualquer atividade comercial ou com fins
forme indicado acima, para fazer face às suas despesas ou lucrativos.
parte das mesmas. Uma vez que os escritórios de representa- c. Designação de gerente para o escritório de repre-
ção ou de contato não podem exercer qualquer atividade co- sentação.
mercial que gere renda, os mesmos não estão sujeitos ao re- d. Certificado emitido por um dos bancos oficialmente
colhimento de impostos corporativos e seus empregados não reconhecidos no Egito, que declare que a empresa estrangei-
gozam de direito a participação nos lucros. ra conta no banco com saldo em moeda estrangeira conversí-
Não obstante, os “royalties” recolhidos pelos escritórios vel (não é exigido um montante mínimo) e que os recursos
de empresas farmacêuticas estão sujeitos a um imposto retido tenham sido transferidos do exterior.
na fonte, cuja alíquota é de 32%, ou a uma alíquota reduzida, e. Cheque visado no valor de L£ 1.000, a título de taxa
caso esteja em vigor tratado de tributação com o país da em- de registro, em nome do Ministério do Comércio Exterior.
presa estrangeira, apesar de que, neste caso, o contribuinte é f. Cópia do contrato de locação do escritório de repre-
a própria empresa farmacêutica estrangeira, e não seu escri- sentação no Egito.
tório científico. Subsídios recebidos pelos escritórios científi- O registro de um escritório de representação normal-
Como Exportar 47

Egito Sumário

mente demora cerca de um mês. para seu país, a ECGC decide sobre o limite de cobertura e

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
informa ao exportador. O seguro pode alcançar até 80% das
Seguros de Embarque dívidas do importador ainda por liquidar.

O Egito conta com uma companhia de seguro de crédito Inspeção de Remessas


às exportações, a The Export Credit Guarantee Company of
Egypt (ECGC), fundada conjuntamente pelo Banco Egípcio de A importação e a exportação no Egito são regidas pela
Fomento às Exportações, pelo Banco Nacional de Investimen- Lei no 118, de 1995. O Anexo no 8 das regras de importação/
tos, pela Companhia de Seguros Misr, pela Companhia de Se- exportação apresenta uma relação dos produtos sujeitos a
guros Al Shark e pela Companhia Nacional de Seguros do Egi- inspeção para controle de qualidade antes de seu ingresso no
to. As operações da ECGC iniciaram-se em outubro de 1993. país. A relação consiste de aproximadamente 135 categorias
A companhia proporciona aos exportadores egípcios ou es- de produtos, incluindo gêneros alimentícios, peças sobressa-
trangeiros, que exportem itens total ou parcialmente produzi- lentes, material de construção, dispositivos eletrônicos, apa-
dos no Egito, seguro contra riscos comerciais ou riscos políti- relhos em geral e uma série de bens de consumo. Apesar de
cos. “Riscos comerciais” correspondem à incapacidade do im- as autoridades egípcias salientarem que os padrões aplicáveis
portador de saldar os bens exportados, ou sua recusa em re- às importações são idênticos àqueles aplicáveis a bens produ-
ceber os documentos de embarque referentes aos bens ex- zidos internamente, a fiscalização dos padrões aplicáveis a
portados, não obstante o exportador haver cumprido todas as gêneros alimentícios importados é bem mais rigorosa do que
obrigações. O seguro oferecido pela ECGC também abrange o a de produtos locais. Ademais, os importadores enfrentam o
risco político (não comercial), que inclui as seguintes situa- problema de padrões mal definidos ou mesmo inexistentes, e
ções: cancelamento da licença do importador pelas autorida- o fato de as autoridades sofrerem com o número insuficiente
des de seu país; não autorização do ingresso das mercadorias de fiscais e de aparelhos para inspeção de qualidade resulta
pelo governo do país importador; negação da permissão às em acúmulo de serviço e em atrasos freqüentes.
mercadorias para que transitem pelo território de determina- Em geral, as taxas cobradas pelas inspeções variam de
do país; apreensão ou confisco das mercadorias exportadas 0,5 piastras (PT) (US$ 0,015) por quilograma a 10 libras egíp-
pelo país importador ou pelo país de trânsito; insolvência de cias (US$ 2,90) por contêiner, sendo que a taxa de inspeção
empresa pública de importação; ou ações militares ou suble- média é de PT 1 por quilograma. (Observação: cada libra egíp-
vações civis que venham a afetar os ativos do importador. O cia eqüivale a 100 piastras (PT).) A taxa de inspeção aplicável
seguro, por outro lado, não cobre os riscos relacionados às a produtos importados para fins industriais é menor do que a
alterações cambiais nem aqueles concernentes à natureza dos aplicada a bens importados para comercialização no varejo.
produtos. O Decreto Ministerial 99/94 isenta os insumos industri-
Sempre que a ECGC recebe uma solicitação de seguro, ais importados pelas fábricas locais da inspeção para controle
é realizada uma investigação completa do importador. Com de qualidade. Em contraste, os mesmos produtos estão sujei-
base na situação financeira do importador e no risco estimado tos a inspeção, caso importados para revenda. A importação
Como Exportar 48

Egito Sumário

de produtos para uso pessoal ou privado isenta-se da inspe- por meio de “joint ventures” ou filiais, recebem tratamento

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
ção para controle de qualidade. semelhante e estão sujeitos às mesmas regras que os bancos
nacionais. Em razão do amplo número de bancos atualmente
Financiamento às Importações em operação no Egito, a política do CBE em relação ao ingres-
so de novos participantes no mercado bancário é bastante
À exceção de dois bancos não submetidos ao controle restritiva, sejam eles estrangeiros ou egípcios, de modo que
do Banco Central do Egito (CBE), em razão de previsão em lei nenhum novo banco foi licenciado desde 1982.
ou tratado, todos os bancos do Egito estão sujeitos à supervi- Os bancos não são atualmente a única fonte de financi-
são do CBE. Os dois bancos que gozam de isenção são o Ban- amento, em razão da disponibilidade de recursos provenien-
co Internacional Árabe e o Banco Nacional de Investimentos. tes do emergente mercado de valores egípcios, assim como
De acordo com oficiais do CBE, um terceiro banco, o Banco da disponibilidade de linhas de crédito oferecidas por doado-
Social Nasr, encontra-se atualmente em processo de isenção res (tais como a USAID e outras agências bilaterais de assis-
da supervisão do CBE. Existem 64 bancos egípcios licenciados tência), de crédito da UE para o setor privado e do Fundo
no país, quase todos estão autorizados para conduzir todos os Social para o Desenvolvimento, financiado basicamente com
serviços bancários comerciais usuais. recursos de doadores.
A base de depósitos e a carteira de empréstimos do O sistema bancário egípcio sofreu graves problemas de
sistema bancário totalizavam L£ 282 bilhões (US$ 72 bilhões) liquidez ao longo dos últimos dois anos. A base de depósitos
e L£ 238 bilhões (US$ 57,3 bilhões), respectivamente, ao final em libras egípcias cresceu substancialmente. As taxas de de-
de abril de 2001. Os bancos são, teoricamente, livres para pósito variam, atualmente, entre 9 a 11%, livres de taxas, e
determinar suas próprias taxas de juros, rigorosamente as taxas de crédito comercial variavam de 13 e 15% em me-
monitoradas pelo CBE por meio de uma série de normas for- ados de 2000, ao passo que a taxa interbancária variava em
mais e informais. O CBE lança mão de leilões de “T-Bills” e torno de 10%.
taxas de desconto como instrumentos de política monetária. O Em 1992, o mercado de ações egípcio foi reativado pelo
CBE regula o sistema bancário por meio da definição dos en- governo com vistas a oferecer um meio alternativo de financi-
caixes obrigatórios e da porcentagem de liquidez do sistema, amento às empresas públicas e privadas. Em 2000, o merca-
além de definir regras para a classificação de empréstimos. O do de ações (títulos e ações de primeira linha) era estimado
capital integralizado mínimo exigido aos bancos, ao amparo em L£ 119,6 bilhões (aproximadamente US$ 28,8 bilhões),
da Lei Bancária no 37/1992, é de L£ 50 milhões (US$ 12 mi- excluindo as sociedades fechadas, em comparação com os L£
lhões). Um fundo de garantia de créditos encontra-se em fase 5 bilhões observados em 1992. Ademais, o volume de negoci-
de introdução, e a participação será obrigatória a todos os ações, em 2.000, foi 1.753% superior ao observado em 1994.
bancos em operação no Egito, incluindo as filiais de bancos Ao longo do último ano e meio, o mercado de ações
estrangeiros. tem sofrido uma queda bastante acentuada, mas as perspec-
Ao amparo da Lei Bancária no 37/1992, emendada pela tivas para médio e longo prazo são animadoras. No início de
Lei n 101/1993, bancos estrangeiros em operação no Egito,
o
2001, existiam 26 fundos mútuos no Egito, cujo valor excedia
Como Exportar 49

Egito Sumário

os US$ 3 bilhões. Tal cifra indica a importância do mercado de sobre o cumprimento de decisões internas e internacionais.

ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
ações egípcio como provedor de financiamento e fomentador O Egito acedeu à Convenção de Nova Iorque sobre Re-
da criação de poupança interna. conhecimento e Execução de Decisões Arbitrais Estrangeiras
As empresas estrangeiras que exportam para o Egito de 1958; à Convenção de Washington sobre Acordos de In-
dispõem, normalmente, de cartas de crédito providenciadas vestimentos em Disputas entre Estados e Pessoas Nacionais
pelos compradores egípcios junto aos bancos do país, confir- de Outros Estados, de 1965; e a Convenção sobre Acordos de
madas irrevogavelmente por um banco estrangeiro. Investimentos em Disputas entre Estados Árabes e Pessoas
Nacionais de Outros Estados, de 1974.
Litígios e Arbitragem Comercial

Em 1971, o Egito acedeu à Convenção Internacional para


a Solução de Conflitos sobre Investimentos. É membro do
Centro Internacional para a Solução de Conflitos sobre Inves-
timentos (ICSID), o qual provê as bases para a arbitragem de
conflitos relacionados a investimentos surgidos entre o gover-
no do país anfitrião e investidores estrangeiros de outro Esta-
do membro, contanto que as partes concordem com a arbitra-
gem oferecida. Sem prejuízo para as cortes egípcias, a Lei no
8, de 1997, reconhece o direito dos investidores de solucionar
suas controvérsias ao amparo das disposições presentes em
acordos bilaterais, ao amparo das regras do ICSID ou por
meio de arbitragem conduzida pelo Centro Regional de Arbi-
tragem Comercial Internacional do Cairo.
A Lei de Solução de Controvérsias no 27, de 1994, assim
como sua emenda de 1997, proporciona bases amplas para a
arbitragem de toda ordem de conflitos comerciais internos e
internacionais, tendo limitado a possibilidade de contestação
de decisões arbitrais nos tribunais. A Lei no 27 foi emendada
em 1997 para incluir conflitos surgidos entre empresas públi-
cas e o setor privado. Uma solicitação especial é exigida para
contestar uma decisão arbitral, e tais solicitações só são con-
cedidas caso sejam grandes as perspectivas de se contestar
com êxito uma decisão. A lei consolidou e aperfeiçoou uma
série de regras confusas e conflitantes, que lançavam dúvidas
Como Exportar 50

Egito Sumário

VII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS gar, cumprimentá-lo e já passar para os negócios. Caso tenha
BRASILEIRAS sido apresentado à pessoa anteriormente, converse sobre
outros assuntos;

RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS
- O mercado egípcio é complexo e altamente competi-
Não há segredos para se encontrar um parceiro comer- tivo. Um bom agente egípcio poderá oferecer uma ajuda ines-
cial no Egito. As dificuldades são as mesmas encontradas em timável para conduzi-lo ao sucesso;
qualquer outro país. Existe uma ampla gama de empreende- - Nem sempre espere que os termos de um contrato
dores egípcios com boa reputação, dinâmicos e prudentes no permaneçam imutáveis ao longo de sua extensão. Explore di-
país, e alguns residem no exterior, em Londres, Paris ou nos ferentes mercados – esteja flexível para, ao longo de um con-
Estados Unidos. Os melhores demonstram o mesmo nível de trato, saltar de uma sociedade para um procedimento que
competência que os executivos das grandes corporações nor- envolva transferência de tecnologia ou “royalties”, por exem-
te-americanas, e nunca se deve subestimar sua capacidade, plo;
principalmente nas negociações. - O executivo mais experiente da empresa, dotado de
Entre as redes de negócios egípcias recomendadas, in- conhecimento da área, estará mais bem habilitado para fe-
cluem-se diversas associações de empreendedores egípcios, char bons negócios com a comunidade de negócios egípcia.
entre as quais a Associação Egípcia de Comerciantes, a Asso- Representantes jovens e entusiastas podem não se mostrar
ciação Comercial de Alexandria, a Federação das Indústrias eficazes na condução de negócios com os parceiros locais,
Egípcias e a Associação Egípcia de Exportadores. particularmente em uma cultura que respeita a idade e a ex-
Os negócios no Egito têm caráter pessoal. As seguintes periência.
sugestões são oferecidas por profissionais de negócios egípci- - Forneça amostras comerciais em pequenas quantida-
os e estrangeiros dotados de ampla experiência no mercado des: Todas as amostras comerciais e importações em caráter
local: temporário, destinadas a um importador saudita, gozam de
- Paciência: A existência de longos processos pouco isenção de impostos, à exceção dos produtos arrolados na
usuais e de procedimentos burocráticos tornam a condução relação de importações proibidas. Outras condições a serem
dos negócios um tanto lenta no Egito; respeitadas estipulam que os produtos não devem exceder
- Familiarize-se com a cultura local: Os egípcios são um determinado valor, nem serem apropriados para revenda,
um povo orgulhoso, cuja civilização ultrapassa os 5.000 anos. o que deve estar visível na documentação da remessa. Caso
Procure aprender a cultura, e aprecie a fé islâmica. Todos os a parte interessada não atenda às condições estipuladas, pode
dirigentes do setor privado e a maioria dos oficiais graduados vir a ser exigida a efetuação de um depósito, juntamente com
do governo possuem um bom domínio do inglês. Aprenda o a assinatura de uma declaração de que os produtos serão re-
máximo que puder do idioma árabe – os egípcios se sentem exportados.
lisonjeados caso seu interlocutor conheça algumas frases es- - Certifique-se de que seus produtos observam os pa-
senciais em árabe; drões egípcios: A importação e a exportação no Egito são
- Ao visitar um comerciante, evite simplesmente che- regidas pela Lei no 118, de 1995. O Anexo no 8 das regras de
Como Exportar 51

Egito Sumário

importação/exportação apresenta uma relação dos produtos


sujeitos a inspeção para controle de qualidade antes de seu
ingresso no país. A relação consiste de aproximadamente 135

RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS
categorias de produtos, incluindo gêneros alimentícios, peças
sobressalentes, material de construção, dispositivos eletrôni-
cos, aparelhos em geral e uma série de bens de consumo.
Apesar de as autoridades egípcias salientarem que os padrões
aplicáveis às importações são idênticos àqueles aplicáveis a
bens produzidos internamente, a fiscalização dos padrões apli-
cáveis a gêneros alimentícios importados é bem mais rigorosa
do que a de produtos locais. Ademais, os importadores en-
frentam o problema de padrões mal definidos ou mesmo
inexistentes, e o fato de as autoridades sofrerem com o nú-
mero insuficiente de fiscais e de aparelhos para inspeção de
qualidade resulta em acúmulo de serviço e em atrasos fre-
qüentes.
- Tente encontrar um bom parceiro egípcio: A maioria
das empresas estrangeiras conta com empresas egípcias para
a distribuição atacadista e varejista de seus produtos, garan-
tindo a eficiência do trabalho por meio de programas de trei-
namento de funcionários, conduzidos no Egito e no exterior,
enviando funcionários da sede para prestarem consultoria de
curto prazo junto à empresa egípcia e encaminhando as equi-
pes de marketing e suporte técnico para a realização de visi-
tas regulares. Apesar de que o conceito de marketing – em
comparação com a simples comercialização ou a espera até
que o consumidor descubra o produto e venha comprá-lo – é
novo no Egito, onde é pouco praticado, existe um número cres-
cente de boas firmas egípcias que têm pleno conhecimento de
seu campo de atuação e sabem como comercializar os produ-
tos nos quais se especializam.
Como Exportar 52

Egito Sumário

ANEXOS Tels.: (00202) 347-1892/3/4/5/6


Fax: (00202) 345-1840

I. ENDEREÇOS Autoridade Alfandegária


(Customs Authority)
1. Representação consular e diplomática 4, El Tayaran St., Nasr City - Cairo
brasileira no Egito Tel.: (00202)402-4344
Fax: (00202)403-5557
Embaixada do Brasil (Chancelaria)
Brazilian Embassy Autoridade Geral de Exportação e Importação (GOEIC)
Av. Corniche, 1125 - El-Nil – Maspero (General Authority for Investment & Import Control)
Cairo- Egypt 1, El Sheikh Maarouf St. (Corner of Ramses St.)
Tels.: (00202) 77-3013/ 575-6938 Down Town - Cairo
Fax: (00202) 76-1040 Tels.: (00202) 579 2314/2330/2393/2433
Fax: (00202) 575 0749/8195
2. Órgãos oficiais
Autoridade Geral de Investimento e Zonas de Livre
No Egito: Comércio (GAFI)
(General Authority for Investment & Free Zones)
Ministério da Economia e Comércio Exterior 8 Adly St.- Cairo
(Ministry of Economy and Foreign Trade) Tels.: 390 4611/6163/3776/391 5627
8, Adly St. - Cairo Fax: 390 7315
Tel.: (00202) 391-9661
Fax: (00202) 390-3029/395-9015 2. No Brasil

Ministério do Planejamento e Cooperação Internacional Embaixada da República Árabe do Egito


(Ministry of Planning & International Cooperation) SEN Av. das Nações Lote 12
Salah Salem Road, Nasr City - Cairo 70.435-900 – Brasília - DF
Tel.: (00202) 401-4719/4516 Tel.: ( 61) 323-8800
Fax: (00202) 401-4733 Fax: ( 61) 323-1039
E-mail: embegito@opengate.com.br
Agência Central de Mobilização Pública e Estatísticas

ANEXOS
(CAPMAS) Consulado Geral no Rio de Janeiro
(Central Agency for Public Mobilization & Statistics Rua Muniz Barreto, 741 - Botafogo
(CAPMAS) 22.251-090 - Rio de Janeiro - RJ
Salah Salem St., Nasr City - Cairo Tels.: (21) 2554-6664/6318
Tel.: (00202) 402-0574 Fax: (21) 2552-8997
Fax: (00202) 402-4099
Escritório Comercial em São Paulo
Escritório Oficial de Representação Av. Paulista 726, 8º andar, Conj. 802
(Commercial Representation Officce) 01.310-910 - São Paulo – SP
96, Ahmed Orabi St. – Mohandessin - Cairo Tels.: (11) 3284-8184
Como Exportar 53

Egito Sumário

Fax: (11) 3283-5187 Tels.: (00202) 795 1501/ 795 1161/ 795 1873/7
E-mail: emb.egito@sti.com.br Fax: (00202) 795 7743

Divisão de Informação Comercial - DIC Bank of Alexandria


Ministério das Relações Exteriores 49 Kasr El Nil St. - Cairo
70.170-900 Brasília – DF Tels.: 391 3563/3822/6822
Tels.: (61) 411 6390/411.6391 Fax: 390 9664/7497
Fax: (61) 322 1935
Website:http://www.mre.gov.br Bank of New York
www.braziltradenet.gov.br 9 Abdel Moneim Riad St.- Dokki
E-mail: dic@mre.gov.br Tel.: (00202) 336 5818
Fax: (00202) 336 5816
Divisão de Operações de Promoção Comercial - DOC
Ministério das Relações Exteriores Cairo Bank
70.170-900 Brasília – DF 22 Adly St.- Cairo
Tels.: (61) 411 6577/ 411 6578 Tel.: (00202) 390 9575
Fax: (61) 223 2392 Fax: (00202) 390 1735
Website: http://www.mre.gov.br
E-mail: doc@mre.gov.br Bank Misr
151 Mohamed Farid St.- Cairo
Departamento de Operações de Comercio Exterior – Tels.: (00202) 391 2150/2106/2711
DECEX Fax: (00202) 391 9779
Praça Pio X, 54 – 2° andar – sala 202
20.091-040 – Rio de Janeiro – RJ National Bank of Egypt
Tels.: (21) 3849 1213 / 3849 1211 Cairo Plaza Bldg., Corniche El Nil St., 24 Sherif St.-
Fax: (21) 3849 1180 Cairo
Website: http://www.mdic.gov.br Tel.: (00202) 574-9101
Fax: (00202) 574-8910
3. Principais Bancos
Arab International Bank
American Express Bank 35 Abdel Khalek Tharwat St.- Cairo
4, Syria St. - Mohandessin - Cairo Tels.: (00202) 391 6391/8021/7702

ANEXOS
Tels.: (00202) 360 8226/8/ 360 5256/8 Fax: (00202) 391 6233
Fax:. (00202) 360 8227
Banque du Caire et de Paris
Arab American Bank 3 Latin America St., Garden City - Cairo
6, Salah El Din St., Zamalek, - Cairo Tels.: (00202) 794 8323/8324
Tel.: (00202) 735 6767 Fax: (00202) 794 0619
Fax: (00202) 735 6753
Cairo Barclays Bank
Citibank 12 El Sheikh Youssef Sq., Garden City - Cairo
4 Ahmed Pacha St., Garden City - Cairo Tels.: (00202) 794 2195/9415
Como Exportar 54

Egito Sumário

Fax: (00202) 795-2746 4. Principais feiras e exposições

Commercial International Bank (CIB) Automechanika Africa


Nile Tower Bldg., 4th Fl., 21/23 Giza St. - Giza Local: Cairo - International Convention Centre – CICC
Tel.: (00202) 570 3043 E-mail:sarah.lindsey@messefrankfurt.com
Fax: (00202) 570 3172 Website: http://www.messefrankfurt.com

Delta Int’l Bank Arabian Stone Expo 2003


1113 Corniche El Nil - Cairo Local: Cairo - International Convention Centre – CICC
Tel.: (00202) 575 3492 E-mail:info@acg-itefairs.com
Fax: (00202) 574 3403 Website: http://www.acg-itefairs.com

Egyptian American Bank (EAB) IH&RA 40th Annual Congress


6 Hassan Sabri St., Zamalek - Cairo E-mail : maraval@ih-ra.com
Tels.: (00202) 736 6157/ 735 0063 Website: http://www.ih-ra.com/events
Fax: (00202) 737 0265 / 735 9430
Furniture 2003
Hong Kong Singapore Banking Corporation Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
3 Aboul Feda str., Zamalek - Cairo E-mail: info@acg-itefairs.com
Tel.: (00202) 736 7425 Website: http://www.acg-itefairs.com
Fax: (00202) 736 4010
Furniture 6
Misr International Bank Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
54 El Batal Ahmed Abdel Aziz St., Mohandessin - Cairo E-mail : info@acg-itefairs.com
Tels.: (00202) 349 4424/7091 Website: http://www.acg-itefairs.com
Fax: (00202) 349 8072
Journalism I XXI Century And Advertising Materials
Misr America Int’l Bank Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
12 Nadi El Seid St., Dokki - Cairo E-mail : tomynag@yahoo.com
Tels.: (00202) 761 6634/13/23/24/27 Website: http://www.pharaohs-group.go.to
Fax: (00202) 761 6610

ANEXOS
IAAPW
Misr Exterior Bank Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
Cairo Plaza Bldg., Corniche El Nil - Cairo E-mail : info@acg-itefairs.com
Tel.: (00202) 778 021 Website: http://www.acg-itefairs.com
Fax: (00202) 762 806
Medical services
Misr Iran Development Bank Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
Nile Tower Bldg., Giza St.- Giza E-mail : goief@idsc.net.eg
Tels.: (00202) 572 7311/004/890 Website: www.goief.gov.eg
Fax: (00202) 570 1185
Como Exportar 55

Egito Sumário

It / Wireless Fair E-mail: tomynag@yahoo.com


Local: Cairo - International Fair Ground Website: http://www.pharaohs-group.go.to
E-mail : tomynag@yahoo.com
Website: http://www.pharaohs-group.go.to Intex Sourcing
Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
It / Wireless Fair E-mail : info@acg-itefairs.com
Local: Cairo - International Convention Centre-CICC Website: http://www.acg-itefairs.com/
E-mail : tomynag@yahoo.com
Website: http://www.pharaohs-group.go.to Progas 2003
Local: Cairo - International Convention Centre - CICC
Itu Telecom Africa 2004 E-mail: ingram@bemltd.com
Local: Cairo - International Convention Centre–CICC Website: www.bemltd.com
E-mail: telecominf@itu.int
Website: http://www.itu.int/itutelecom Para mais informações sobre participação oficial
brasileira em feiras e exposições, contatar:
Mactools 6
Local: Cairo-International Convention Centre - CICC Seção de Feiras e Turismo (SFT)
E-mail: info@agd-exhibitions.net Ministério das Relações Exteriores
Website: www.agd-exhibition.net 70.170-900 Brasília – DF
Tels.: (5561) 411.6394/411.6395
Mactools’7 Fax: (5561) 322.0833
Local: Cairo-International Convention Centre - CICC E-mail: docsft@mre.gov.br
E-mail : info@acg-itefairs.com Website: http://www.mre.gov.br
Website: http://www.acg-itefairs.com
5. Meios de comunicação
Plastex 2003
Local: Cairo-International Convention Centre – CICC Principais jornais
E-mail : info@acg-itefairs.com Al Ahram
Website: http://www.acg-itefairs.com Al Akhbar
Al Gomhouriya
Plastex 2003 Al Wafd
Local: Cairo-International Convention Centre - CICC Egyptian Gazette

ANEXOS
E-mail : info@acg-itefairs.com
Website: http://www.acg-itefairs.com Principais revistas e jornais semanais
Akher Saa magazine
Mediterranean Travel Fair Rose al Youssef
Local: Cairo-International Convention Centre – CICC Al Ahram Weekly
E-mail : matt.thompson@reedexpo.co.uk Al Ahram Hebdo
Website: www:reedtravelexhibitions.com Al Ahram al Arabi.
Al Mussawar
World of Children’s October
Local: Cairo - International Convention Centre - CICC Sabah El Kheir.
Como Exportar 56

Egito Sumário

Nosf al Donia weekly magazine Art Vision


Hawa’a weekly magazine Tel.: (202) 353 2136
Al Kawakeb Fax: (202) 353 2136

Publicações sobre economia Horizon


Al Ahram Al Iktisadi Tel.: (202) 360 4279
Al Alam Al Yom Fax: (202) 360 4279
Business Monthly
Egypt Today and Business Today Look Advertising
Middle East Times Tel.: (202) 3464078
Cairo Times Fax: (202) 3479284.
PC World Egypt
6. Consultoria em Marketing
Televisão e rádio
ANEXOS Dr. Ibrahim Hegazy & Associates
A televisão e o rádio egípcios são controlados pelo go- 6 Boulos Hanna Street, Dokki - Giza
verno. Existem 9 canais locais e 2 nacionais, bem como outros Tel.: (202) 748 4002
canais especializados de esportes, família, infantil, etc. Além Fax: (202) 748 4032
desses canais, os egípcios assistem canais árabes e internaci-
onais. Rada Research & Public Relations Co.
1 Mostafa El Wakil Street, Heliopolis - Cairo
A R Publication Design Center Tels.: (202) 291 7956/ 291 5437
Tel.: (202) 340 3131 Fax: (202) 291 7563
Fax: (202) 340 5151
ProMark Corp. Ltd.
Intermarkets Advertising 41 El Horreya St., Heliopolis, 6th Fl. - Cairo
Tel.: (202) 360 3017/8 Tel.: (202) 418 7793/ 414 3136/7
Fax: (202) 360 3019 Fax: (202) 418 6357

Research & Advertising Consultants The Economic Studies and Consultancy Department
Tel.: (202) 360 8439 (ESCD)
Fax: (202) 360 4815 (Departamento Econômico de Estudos e Consultoria)

ANEXOS
5 El Borsa El Gedida St.
Media & Marketing Network Tels.(202) 795 9785/ 392 3245
Tel.: (202) 361 6945 Fax: (202) 795 9782
Fax: (202) 349 9194
Marketeers
Experience 52 Youssef Abbas St., Nasr City - Cairo
4, Awad Amer St, Mohandessin, - Giza Tel.: (202) 262-2810
Tel.: 20(2)344 0615 Fax: (202) 262-2810
Fax: 20(2)344 0615
Como Exportar 57

Egito Sumário

Middle East Marketing Research Bureau Tel.: (203) 4865572


21 Dr. Mohamed Gomaa St., Heliopolis - Cairo Fax: (203) 4876361
Tel.: (202) 240-1799
Fax: (202) 639-7099 Alexandria Turm
Andrew Weir Shipping(Ellerman)
Fiani & Partners 29 EL-Nabi Danial St .
143 Tahrir Street, Dokki - Cairo Alexandria
Tels.: (202) 748 7353/54/55/56 Tel.: (203) 494 2670/ 203-494 1342
Fax: (202) 748 5204 Fax: (203)391 1342

Wafai and Associates Ameaster Shipping and Trading Co. S.R.L.


El Forsan Bldg., Behind Sheraton Heliopolis, Bldg. A Shipping Corporation Of India
Heliopolis - Cairo 20 Salah Salem St.,- 6º andar
Tel.: (202) 267 6681/2 Alexandria,
Fax: (202) 266 9263. Tels.: 203 487 0944/ 203 486 1110
Fax: 203-4870345
7. Aquisição de documentação Website: http://www.ameaster.com
E-Mail: ameaster@internetalex.com
Ministério da Economia e Comércio Exterior
8 Adly St.- Cairo Arab Experts Office
Tel.: (202) 391 9661 Ukranian Danube Shipping Co.
Fax: (202) 390 3029/395 9015 25 Talaat Harb St, Atarin
Alexandria
Agência Central de Mobilização Pública e Estatísticas Tel.: 203-4869517/ 203-4870407
(CAPMAS) Fax: 203-4869869
Salah Salem St., Nasr City - Cairo
Tel.: (202) 402-0574 Arab Express Shipping Co.
Fax: (202) 402-4099 Tarros International SPA Zim
59, El Horreyah Avenue
Escritório Comercial de Representação Alexandria
96 Ahmed Orabi St., Mohandessin - Cairo Tel.: (203) 392 9706 / 203 391 6409

ANEXOS
Tel.: (202) 347-1892/3/4/5/6 Fax: (203) 390 9696
Fax: (202) 345-1840
Arabian Gulf Marine Trading Co.
8. Empresas de transportes no Egito Evergreen Marine Corp.(Taiwan)Ltd.(EMC)
Lloyd Triestino Di Navigazione SPA
Transporte Marítimo 19 Elgabarty St.
Port Said
Alexandria Cargo Services (WORMS) Tel.: 2066 327736/ 2066 233
NYK Line Fax: 2066-323995
47 Sultan Hussien St.
Alexandria
Como Exportar 58

Egito Sumário

B&G Shipping Agencies 121, Sakr Koreish Buildings.,Masaken Sheraton,


Borchard Lines Ltd. Heliopolis
73 E1 Horeya Avenue P.O.B7101 Heliopolis – Cairo
Alexandria Tel.: (202) 267 4015
Tel.: (203) 494 9499/ 203-495 0999 Fax: (202) 267 9120
Fax: (203) 4946466 Website: http://www.eculine.net
E-Mail: amal@ecucai.eculine.net
Barwil Egytrans
Navigation Maritime Bulgare (Bulcon) Egypt Levant Agencies Ltd .
China Shipping Container Lines Ltd. Adriatica Levant EMES.
Companie Maritime Marfret 11 Mahmoud Hamdy Khatab St ,Gabarty Building.,
Setramar Bab Shark
Wallenius Wilhelmsen Lines AB Alexandria
19 Elpharana st., El Shalalat. Tel.: (203) 4963600/ 203-4963200
Alexandria Fax: (203) 4963666
Tel.: (203) 484 3510/203 484 4974
Fax: (203) 486 9555 Egyptian international shipping Co .
Kawasaki Kisen Kaisha (K-Line)
CMA-CGM Egypt 18 Hussein Wassif St., Dokki - Cairo
CMA- CGM AS Tel.: (202) 3607536 /202-3487821
8 Banni El Abass St.,Azarita - Alexandria Fax: (202) 3481116
Tel.: (203) 484 0170/ 203 480 046
Fax: (203) 486 1601 El Hamamsy Int’l Marine Services
Website: http://www.cma-cgmegypt.com Delmas
E-Mail: alx.genmbox@cma-cgm.com Deutsche Afrika Line GMBH &Co.(DAL)
12 Nouh Afandi St.,El Faraana.- Alexandria
Cosco Dom Maritime Company Tel.: (203) 4870900/203-4858966
Cosco Container Lines Ltd. Port Sai Fax: (203) 4863838
23 July & Abou El Feda St E-Mail: hadyalex@elhamamsy.com.eg
Port Said
Tel.: (2066) 352042/ 2066 352044 Evge Shipping Agencies

ANEXOS
Fax: (2066) 352044 Orient Overseas Container Line (OOCL)
Nordana Line
Demline Egypt For Maritime Transport SOL-niver Lines
Demline Fast line POL-Levant Shipping Lines Ltd
77 Sultan Hussiem St ,Skarki 33 Safia Zaghloul St . - Alexandria
Alexandria Tels.: (203) 4868052/ 203-4874544
Tel.: (203) 486 3438/ 203 486 7967 Fax: (203) 4863392
Fax: (203) 486 9614 Website: http://www.evge-egypt.egy1.com
E-Mail: evgealex@evge-alex.com.eg
ECU Line Egypt Ltd.
ECU Line (Worldwide LCL Services)
Como Exportar 59

Egito Sumário

Contship Container Lines Ltd.Port Said International Associated Cargo Carrier (IACC).
UFS Port Said. Trans Cargo (Own ships)
Hassan Abd El Karim Tower,Ahmed Shawkey &El Gomhora 4, 204 St ,Deglah, Maadi
St., Port Said Cairo
Tels.: (2066) 326893/2066-32689 Tel.: (202) 5196164 / 5196433
Fax: (2066) 324898 Fax: (202) 5196197

Finmar Shipping CO. International Multimodal Transport (Rafimar)


Yangming Marine Transport Corp. United Arab Shipping (UASC)
Sarlis Container Services AS 9 Orabi Square,El Khaleg Bldg., Al Manshia
3 Fernand Addah Str., El Messalah - Ramleh Station Alexandria
Alexandria Tel.: (203) 4840216
Tel.: (203) 4873951 / 203-4861239 4873078 Fax: (203) 4840218
Fax: 203-4840757
International Shipping &Transport Co. (I.S.T.Co).
Gulf Agency Co. APL Ltd.
Norasia Container Lines Ltd. 10,Romanian Museum St.,Al Messalah
CSAV Alexandria
22, Bani El Abbassi Str.,Pharanah, Bab Shark Tel.: (203) 4809015
Alexandria Fax: (203) 4805786
Tels.: (203) 4840256/203-4840257
Fax: (203) 4848480 Kadmar Shipping Co.
Hyundai Merchant Marine Co.Ltd
Ibramar Shipping Co . Solman Neptune
Kraftmar Container Line(KCL) 32 Saad Zaghlool Street
Freebor Building -5th Floor Memphis And Nahda Alexandria
Str . Port Said Tel.: (203) 4840680/4860689
Tel.: (2066) 339140 / (2012) 7332265 Fax: (203) 4848326
Fax: (2066) 324187
Website: http://www.ibramar.com Latt Trading & Shipping Co . ( S.A.E )
E-Mail: portsaid@ibramar.com.eg Turkon Line

ANEXOS
Behind 30 Lomomba st., El-Shalalat - Alexandria
Inchcape Shipping Services Tel.: (203) 4954790
Sermar Line S.r.l Fax: (203) 4954794
1, El Mosheir Ahmed Ismail St.,”Challenger Building”
Behind Sheraton Heliopolis Maersk Egypt S.A.E.
Cairo, P.O.B.7101 Heliopolis Maersk-Sealand
Tel.: (202) 2683852 68, El Merghani St., Heliopolis - Cairo
Fax: (202) 2683850 Tel.: (202) 4144950
Website: http://www.iss-shipping.com Fax: (202) 4144974
E-Mail: u.moll@swift-egypt.com
Como Exportar 60

Egito Sumário

Italia De Navigazione S.P.A


Mahoney Shipping And Marine Services. 8 Ahmed Orabi st ,Manshia.
Waterman Steamship Corp (LASH). Alexandria
EGEX(Own Feeder) Tel.: (203) 4843622/4860542
31, Sultan Hussein St.(Head Office) Fax: (203) 4843624
Alexandria
P.O.B.21519 MSC Egypt
Tel.: (203) 483 1000 Mediterranean Shipping Company ( MSC)
Fax: (203) 483 2000 5, Ahmed Orabi St.,Manchia
Website:http://www.mahoneyegypt.com Alexandria
E-Mail: msms@mahoneyegypt.com Tel.: (203) 4844185 / 4844186
Fax: (203) 4848553
Marine And Engineering Services (MESCO).
Blue Container Line Naggar Anglo Dutch
Medex Container Services. P&O Nedlloyd Ltd.
WEC Lines Farrell Lines Inc.
5, Ahmed Orabi St., Manchia 20, Patrice Lumumba St.,Bab Sharki
Alexandria Alexandria
Tel.: (203) 484 4292 / 486 1173 Tel.: (203) 3906000
Fax: (203) 487 6958 Fax: (203) 3920909

Med Levant Orient Shipping Ltd.


Hapag-Lloyd Container Line GMBH Pacific International Lines (P.I.L)
9 Al Fawatem St. NSCSA National Shipping Company of Saudi Arabia
Alexandria 1, El Mosheir Ahmed Ismail St.,”Challenger Building”
Tel.: (203) 4843340/4843341 Behind Sheraton Heliopolis
Fax: (203) 4843341 Cairo, P.O.B.7101 Heliopolis
Tel.: (202) 268 3210
Marina Shipping Co Fax: (202) 267 4016
Grimaldi Website: http://www.pilship.com
Gilnavi E-Mail: orient_cai@swift-egypt.com
33 Salah Salem ST

ANEXOS
Alexandria Safmarine Egypt
Tel.: (203) 4871678/4865176 Safmarine
Fax: (203) 4862666 68, El Merghani St., Heliopolis – Cairo
Tel.: (202) 4181710
Milmar Shipping Co. Fax: (202) 4181535
Senator Lines Gmbh.
TMM Lines Salamarine Egypt Trade & Transport Co.LTD
Lykes Lines Ltd Contship Container Lines Ltd. Alexandria
Compania Trasatlantica Espanola (CTE) Contship Dam
H.Stinnes GMBH United Feeders UFS Alex
Como Exportar 61

Egito Sumário

Canada Maritime Fax: (202) 5779907/2904396


Malaysia International Shipping Corp. (MISC) E-mail: caikfaz@alitalia-egypt.com
El Obour Building, Behind 30 Lomomba St.,
Shallalat. - Alexandria British Airways (BA/BAW/125
Tel.: (203) 494 1663/494 1664 Cairo Airport
Fax: (203) 393 8405 Tel: (202) 2919325/2905617
Website: http://www.salamarine.com e-mail:amany.n.adly@british-airways.com
E-Mail: headoffice@salamarine.com Website:www.baworldcargo.com
SITA: CAIKFBA,CAIFQBA,
Sadat Marine.
Cosco Container Lines Ltd. Alexandria Czech Airlines (OK/CSA/064)
14 Sisostris St., El Mansheya – Alexandria Cairo
Tel.: (203) 4843014/ 4843017 Tel.: (202) 3930395
Fax: (203) 4843013 Fax: (202) 3920463
Website: http://www.sadatmarine.com Website:www.csacargo.cz/ www.csacargo.com
E-Mail: sadat@sadat.com.eg
Lufthansa Cargo (LH/GEC/020)
Scan Arabia Cairo Airport
Hanjin Shipping Co.Ltd Tel.: (202) 4185260
19 Elpharana st., El Shalalat Fax:(202) 4172950
Alexandria Website:www.lufthansa-cargo.com
Tel.: (203) 4843510/4844974
Fax: (203) 4869555 Malaysia Airlines Cargo (MH/MAS/232)
Cairo
Tabadol Shipping Co. Tel.: (202) 5781155/2663146
Hamburg Sud Fax: (202) 5799714/5
35 Sultan Hussein St. E-mail: khalidas@mas.com.my
Alexandria Website: www.malaysiaairlines.com.my/
Tel.: (203) 4864557/4877154 www.maskargo.com
Fax: (203) 4863999
Malev Hungarian Airlines (MA/MAH/182
Transmar (Own Ships) Cairo

ANEXOS
4, 204 St ,Deglah, Maadi - Cairo Tel.: (202) 5753898
Tel.: (202) 519 6164/519 6433 Fax: (202) 5753111
Fax: (202) 5196197 Website: www.malev.hu

Transporte Aéreo National Aviation Company (NC/GTY)


Cairo
Alitalia (AZ/AZA/055) Tel.: (202) 7605020, Operations: 7482888,
Cairo Airport Marketing: 7481490
Sita Caiupaz,Caiufaz Fax: (202) 7603939/2904687
Tel: (202) 5767109/4183502 E-mail: nacaigty@egnet.net
Como Exportar 62

Egito Sumário

Produtos agrícolas que estão sujeitos a pestes são en-


Qatar Airways (QR/QTR/157) viados às autoridades agrícolas para inspeção. Produtos in-
Cairo dustrializados ou manufaturados são direcionados a autorida-
Tel.: (202) 2652629 des do Ministério da Indústria para inspeção. Dependendo do
Fax: (202) 2670760 produto, amostras serão testadas pelo Ministério da Saúde
Website: www.qatarairways.com bem como outras autoridades competentes e laboratórios. Em
geral estes testes são feitos com objetivo de classificar o pro-
Royal Air Maroc (AT/RAM/147 duto na aplicação correta da tarifa.
Cairo
Tel.: (202) 2776688/2908698
Fax: (202) 3934574

TAROM-Romanian Air Transport (RO/ROT/281)


Cairo
Tel: (202) 5793355/5784477
Fax: (202) 5749922

THY-Turkish Airlines (TK/THY/235)


Cairo
Tel: (202) 5749009
Fax: (202) 5749600
Website: www.thy.com

9. Supervisão de embarques

General Organization for Export & Import


Control (GOEIC)
(Organização Geral para Controle de Exportação
e Importação)
1 El Sheikh Maarouf St. (Corner of Ramses St.)
Down Town - Cairo
Tels.: (579) 2314/2330/2393/2433

ANEXOS
Fax: (579) 5750749/8195

Processo de inspeção no porto

Na chegada das mercadorias nos portos, um comitê de


agentes alfandegários inspecionam as mercadorias por razões
de segurança. O importador apresenta a documentação exigida
às autoridades portuárias para liberar a mercadoria. Depois
de verificar a documentação a mercadoria é liberada para o
importador ou para outras autoridades de inspeção.
Como Exportar 63

Egito Sumário

II. TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL produtos radioativos, perigosos.

1. Transportes Horário de funcionamento da alfândega


Cairo, Alexandria, Luxor, Hurghada e Aswan
Transporte aéreo De domingo a quinta-feira de 08h:30 às 14h. Pagamen-
to de direitos alfandegários fora do horário e em feriados ban-
Relação para carregamento em aeroportos egípcios cários é possivel para todos os embarques de exportação.
Carregamento /descarregamento de equipamentos Pagamento de direitos alfândegários de importação fora
Cairo do horário e em feriados bancários é permitido para animais,
Capacidade máxima: 12,000 kg – Equipamentos produtos perecíveis, material de imprensa, peças sobressa-
pesados, todos os tipos de ULD: equipamento lentes para embarcações em trânsito, material humano, com-
disponível se for requerido com 12 hs antes da ponente de aeronave e mala diplomática.
chegada.
Alexandria Custos relacionados a cargas
Capacidade máxima: 5,000 kg
Luxor Carregamento e descarregamento de aeronave
Empilhamento máximo: 2,000 kg Equipamento max. de
ULD: 7,000 kg Tarifa da Egypt Air por carregamento de um frete de
Hurghada 40 tons = $US 6,800 a 8,000
Empilhamento máximo: 2,000 kg Equipamento max. de Tarifa aplicada = $172 por tonelada.
ULD: 7,000 kg
Aswan 2. Comunicações
Capacidade máxima: 2,000 kg
Telefone
Armazenagem

ANEXOS
Cairo Código internacional do Egito para o Brasil é 00 20.
Armazenamento seco (cercado ou coberto),
Armazenamento frio entre -20C a 12C A instalação de nova linha telefônica, dependendo do
(espaço limitado), seguro para objetos de valor e local, poderá levar meses. A instalação de aparelho de fax
produtos radioativos, perigosos. requer autorização de autoridades egípcias de telecomunica-
Alexandria ções.
Armazenamento seco (cercado ou coberto), O acesso a grandes provedores de Internet como
Armazenamento frio entre -20C a 12C American Online (AOL) e CompuServe é possível por meio de
(espaço limitado), seguro para objetos de valor e diversos provedores
Como Exportar 64

Egito Sumário

Correspondência postal

O serviço postal no Egito cobre todo o país, mas é irre-


gular e atrasa freqüentemente. O tempo de entrega de cor-
respondências urbanas é de 3 dias e do Cairo para outras
províncias leva em média 5 dias. Existem empresas de cor-
reio particulares como a Middle East Courier Service e são
usadas para correspondências que exigem mais rapidez e le-
vam um dia para serem entregues nos centros urbanos e de
dois a três dias para serem entregues fora do centro urbano.
Para efetuar entrega de correspondência nacional e in-
ternacional existem as empresas courier, entre as quais as
seguintes:

DHL International
WLL
El Mona Towers
16 Lebanon Street
Mohandessin – Cairo
Tel.: (202) 3029801
Fax: (202) 3043749

Federal Express
International Business Association
Garden City Building

ANEXOS
1079 Corniche El Nil Street – Cairo
Tel: (202) 3571304
Fax: (202) 3571318.
Como Exportar 65

Egito Sumário

III. INFORMAÇÕES PRÁTICAS 5. Horário comercial

1. Moeda - Estabelecimentos comerciais: domingo a quinta-


feira das 8h às 16h;
A unidade monetária egípcia é o Peso egípcio que - órgãos governamentais: domingo a quinta-feira
eqüivale a 100 piastres. As notas em circulação são: PT 25, PT das 8h às 14h;
50, L£ 1, L£ 5, L£ 10, L£ 20, L£ 50 e L£ 100. As moedas são: PT - bancos: domingo a quinta-feira das 8h às 14h.
5, PT 10, PT 20 e PT 25.
6. Visto de entrada
2. Pesos e medidas
É exigido visto de entrada que poderá ser renovado por
É utilizado o sistema métrico decimal. Porém, em al- 30 dias, exceto em Taba e Rafah, por US$ 15,00. Visitantes
guns lugares, principalmente nos distritos rurais, unidades de que chegarem via terrestre ou marítima ou os que já tiveram
peso e medidas antigas são usadas: 1 feddan = 0.42 hectares problemas em conseguir vistos anteriomente, deverão obtê-
1 ardeb = 198 litros los antes da chegada. Militares que chegam em vôos comerci-
1 kantar = 44.9 kg ais não estão isentos da apresentação do visto. É exigida va-
cina contra febre amarela para pessoas provenientes de regi-
3. Feriados ões de risco. Teste de AIDS é exigido para quem permanecer
no país por mais de 30 dias.
1 de Janeiro
7 de Janeiro 7. Vacinas
8 de Marco
18 de Junho É aconselhável, antes da viagem ao país, fazer uso das
23 de Julho vacinas Hepatite A e Hepatite B se for permanecer por mais
6 de Outubro de 6 meses, ou se submeter a tratamento médico. Vacina anti-
24 de Outubro rábica e tifóide, especialmente se for visitar países em desen-
23 de Dezembro volvimento da região. Também é necessária vacina anti-
24 de Dezembro tetânica, sarampo e poliomielite para adultos. A vacina para
Eid-ul-Fitr* Hepatite B é recomendada para todas as crianças.
Eid-ul-Adha*
1 de Muharram t* 8. Câmbio e alfândega

ANEXOS
Mouloud*
Palm Sunday* As autoridades alfandegárias egípcias impõem regula-
Domingo de Páscoa* mentações rígidas em relação às importações ou exportações
Ascensão do Profeta Mohammed * de itens como: armas de fogo, materiais religiosos,
(*) Datas variadas. antigüidades, medicamentos, moedas e objetos de marfim.
Sugere-se contatar a Embaixada e o Consulado local para in-
4. Fuso horario formações específicas relacionadas à alfândega.
A lei egípcia impõe tarifas em materiais de vídeo e foto-
O Egito está duas horas a frente do horário de Greenwich grafia, todavia essas tarifas são raramente aplicadas, somen-
(GMT). E fica reduzido em aproximadamente uma hora de maio te em grande quantidade de materiais de fotografia ou equi-
a outubro. pamento de vídeo de grande valor. Para os turistas é necessá-
Como Exportar 66

Egito Sumário

rio fazer declaração dos pertences na alfândega e para os


residentes é exigido depósito que será reembolsado na parti- Pyramisa HotelDokki
da.
Material de propaganda e amostras necessitam de li- Cosmopolitan Cairo Hotel1,
cença do Ministério de Comércio do Egito e devem ser decla- Ibn Taalab Street Of Kasr El Nil
rados na chegada. É recomendável contatar a Embaixada do
Egito local ou um Consulado para informações mais específi- President Hotel122
cas referentes a essas exigências. Dr. Taha Hussein Street Zamalek.
Os viajantes não são obrigados a converter moeda es-
trangeira em moeda egípcia. O valor máximo de moeda egíp-
cia que poderá entrar ou sair do Egito é de 1.000 Libras egíp-
cias.

9. Principais hotéis

A lista de hotéis a seguir tem caráter indicativo

Conrad International Hotel


1191 Corniche El Nile

Inter’Continental Hotel
1191 Corniche El Nile

Nile Hilton Hotel


1191 Corniche El Nile

Four Seasons Hotel


35 Giza Street, Giza

Sofitel Maadi TowersCorniche El Nile P.O. Box. 217 Maadi

ANEXOS
Marriott Cairo
Saraya Al Gezira Street, Zamalek

El Gezirah Sheraton Hotel & Towers


Southern tip of El Gezirah Island

Cairo Sheraton Hotel Towers & Casino


P.O.Box 11 Galae Square, Giza

Helinan Shepherd Hotel


Garden City
Como Exportar 67

Egito Sumário

BIBLIOGRAFIA

Fontes Governamentais

Publicações do Ministério do Comércio Exterior


Ministério da Economia
Ministério da Informação e Centro de Apoio às Decisões
Publicações Trade Point
Agência Central de Mobilização e Estatísticas Públicas
[CAPMAS]
Banco Central do Egito

Fontes Não Governamentais

Centro Egípcio de Estudos Econômicos


Câmara Americana de Comércio
Guia Comercial Norte-americano de Países
Relatórios sobre Países (preparado pela CIA)

BIBLIOGRAFIA
Relatórios sobre Países (preparado pelo Governo
britânico)
Organização Mundial do Comércio

Outras fontes

EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report ,


August 2003.
FMI. Direction of Trade Statistics, Yarbook 2002 e
Quarterly September 2003.
FMI. International Financial Statistics, October 2003.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior/Secretaria de Comércio Exterior/
Sistema ALICE.

CRÉDITOS
Como Exportar 68

Egito Sumário

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES


Departamento de Promoção Comercial
Divisão de Informação Comercial
Brasília, 2003

Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior


Série: Como Exportar
CEX: 112
Elaboração: Ministério das Relações Exteriores - MRE
Departamento de Promoção Comercial - DPR
Divisão de Informação Comercial - DIC
Embaixada do Brasil no Cairo

Coordenação: Divisão de Informação Comercial

Distribuição: Divisão de Informação Comercial

Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do
MRE sobre o “status” jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os

CRÉDITOS
termos “desenvolvidos” e “em desenvolvimento”, empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam tomada
de posição oficial por parte do MRE.

Direitos reservados.

O DPR, que é titular exclusivo dos direitos de autor (*), permite sua reprodução parcial, desde que a fonte seja devidamente
citada.

(*) Este guia foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional
ISBN 85-98712-36-1

Das könnte Ihnen auch gefallen