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DIREITO PENAL

PROF. EMERSON CASTELO BRANCO

2 DESAFIO 80 DE 100

CESPE PCDF

1. A reiteração criminosa é fundamento para a decretação da prisão preventiva, justamente


para garantir a ordem pública.

2. O furto e o homicídio qualificado autorizam a decretação da prisão temporária, no curso da


investigação, quando imprescindível para as investigações do inquérito policial.

3. Por ter ocorrido flagrante impróprio, a autoridade policial pode efetuar a prisão ainda que
seja necessária a violação de domicílio sem ordem judicial.

4. O auto de prisão em flagrante deve ser lavrado por autoridade policial da circunscrição em
que ocorreu a prisão, por expressa determinação do Código de Processo Penal.

5. O não cumprimento da formalidade do auto de prisão em flagrante acarreta a sua nulidade.


Contudo, não impede o delegado de solicitar a prisão preventiva.

6. Não é cabível a decretação de prisão preventiva em desfavor de autor de contravenção


penal, mesmo presentes os fundamentos da custódia cautelar.

7. Poderá ser imposta ao usuário de drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser
encaminhado ao juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da prisão,
após a lavratura do termo circunstanciado.

8. Os policiais que efetuaram a prisão de criminosos têm direito ao anonimato, visando


resguardar sua integridade e a de sua família contra possíveis retaliações.

9. o exame de corpo de delito, em regra, poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

10. Em regra, as diligências probatórias, no curso da investigação criminal, não necessitam de


autorização judicial.

11. O indiciado pode ser compelido a participar da acareação e da reprodução simulada dos
fatos.

12. A reincidência e os maus antecedentes impedem a elaboração do termo circunstanciado


de ocorrência.
13. De acordo com a corrente majoritária, o direito ao silêncio não autoriza o indiciado a deixar
de fornecer dados acerca da sua qualificação.

14. De acordo com a orientação do STF, o indiciado não pode ser conduzido coercitivamente a
prestar coagido a comparecer à Delegacia para prestar depoimento.

15. Havendo prisão em flagrante nos crimes de ação penal pública condicionada, a
representação será necessária para a instauração do inquérito policial.

16. A negociação da droga por telefone configura crime de tráfico na forma tentada se a
Polícia Federal apreende o material entorpecente ante que o investigado efetivamente o
recebesse.

17. Conforme orientação dos tribunais superiores, o crime de tráfico privilegiado não possui
natureza hedionda.

18. A conduta de oferecer droga gratuitamente a pessoa do seu relacionamento configura


crime de tráfico de drogas.

19. Na hipótese de autofinanciamento do tráfico ilícito de drogas, não haverá concurso entre o
crime de tráfico e o crime de financiamento do tráfico.

20. O crime de tortura, em qualquer de suas modalidades, absorve o crime abuso de


autoridade.

21. Haverá crime de abuso de autoridade ainda que o policial federal esteja de férias,
completamente fora do exercício das suas funções.

22. No crime de tortura, o efeito da condenação é automático, daí porque não precisa constar
expressamente da sentença.

23. O condenado por crime de tortura deve iniciar o cumprimento da pena obrigatoriamente
no regime fechado.

24. A simples existência de denúncias anônimas somada à fuga do criminoso, por si sós, não
autorizam o ingresso da autoridade policial no domicílio de uma pessoa, podendo referida
conduta configurar crime de abuso de autoridade.

25. O tráfico ilícito de drogas configura um tipo penal com vários verbos nucleares, e todos
possuem caráter permanente.

26. A causa de aumento de pena do tráfico transnacional de drogas configura-se com a prova
da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de
fronteiras.

27. Jonas cometeu crime de tráfico ilícito de drogas nas imediações de um estabelecimento de
ensino numa madrugada de domingo. No caso, diante da ausência de exposição de uma
aglomeração de pessoas à atividade criminosa, não incide causa de aumenta de pena do
tráfico.
28. Não configura justa causa apta a autorizar invasão domiciliar a mera intuição da autoridade
policial de eventual traficância praticada por indivíduo, fundada unicamente em sua fuga de
local supostamente conhecido como ponto de venda de drogas ante iminente abordagem
policial.

29. O crime de tráfico de drogas, por seu tipo plurinuclear, enseja diversas situações de
flagrante que não devem ser confundidas.

30. A intuição acerca de eventual traficância não pode autorizar abordagem policial em via
pública, para averiguação, sob pena de ocorrência de crime de abuso de autoridade.

31. Sem consentimento do réu ou prévia autorização judicial, é ilícita a prova, colhida de forma
coercitiva pela polícia, de conversa travada pelo investigado com terceira pessoa em telefone
celular, por meio do recurso "viva-voz", que conduziu ao flagrante do crime de tráfico ilícito de
entorpecentes.

32. O STJ considera ilícito o acesso aos dados do celular e das conversas de whatsapp extraídas
do aparelho celular do criminoso, dada a ausência de ordem judicial para tanto, ao
entendimento de que, no acesso aos dados do aparelho, se tem a devassa de dados
particulares, com violação à intimidade do agente.

33. É possível o reconhecimento do tráfico privilegiado ao agente transportador de drogas, na


qualidade de "mula", uma vez que a simples atuação nessa condição não induz,
automaticamente, à conclusão de que ele seja integrante de organização criminosa.

34. É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações penais em curso para formação da
convicção de que o réu se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o benefício do
tráfico privilegiado.

35. Os requisitos para a diminuição de pena do tráfico privilegiado são cumulativos.

36. É atribuição do diretor do presídio definir o cabimento ou não da fiscalização por


monitoramento eletrônico.

37. A fiscalização pelo monitoramento eletrônico pode ser fixada para presos no regime
fechado ou semi-aberto.

38. O monitoramento eletrônico de presos é incompatível com a prisão domiciliar.

39. Aos condenados no regime semi-aberto, será possível estabelecer o monitoramento


eletrônico no momento da permissão de saída.

40. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência
para regime menos rigoroso.

41. De acordo com a corrente majoritária dos tribunais superiores, excepcionalmente, admite-
se progressão por salto.
42. A execução da pena é determinada pelo juiz da execução penal, quando o preso tiver
cumprido ao menos um terço da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento
carcerário.

43. O bom comportamento carcerário deve ser comprovado pela carta de guia.

44. Cumprido 1/6 da pena, o juiz deve conceder imediatamente a progressão, por se tratar de
direito inquestionável do apenado.

45. Na apreciação da progressão de regime, o Juiz da Execução deve ouvir Ministério Público e
Defesa.

46. As armas obsoletas, por ausência de potencial ofensivo, não são consideradas arma de
fogo

47. Se o agente estiver com arma desmuniciada, haverá o crime de porte ilegal de arma de
fogo, desde que traga munição consigo.

48. Todos os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento admitem liberdade provisória


mediante fiança.

49. Para efeitos penais, no tocante às armas de fogo de uso proibido ou restrito, o legislador
não diferenciou a posse do porte, como o fez no caso das armas de fogo de uso permitido.

50. O STJ decidiu recentemente que os crimes de porte ilegal de arma de fogo são de perigo
concreto e não de dano efetivo, do que se conclui ser presumida a ofensividade da conduta ao
bem jurídico tutelado.

51. Não constitui crime a conduta do praticante de tiro desportivo que transportava,
municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de
tráfego, a qual autorizava apenas o transporte de arma desmuniciada.

52. Verificado por perícia que o estado da arma de fogo apreendida era de quebrada e,
consequentemente, inapto para realização de disparo, não há como caracterizar o fato
como crime de porte ilegal de arma de fogo.

53. De acordo com o STF, é possível aplicar o princípio da insignificância na hipótese de


apreensão de apenas uma munição de uso permitido desacompanhada de arma de fogo,
podendo-se concluir em alguns casos pela total inexistência de perigo à incolumidade pública.
54. A aquisição de uma arma de fogo em momento anterior a um determinado homicídio, sem
que tenha sido adquirida especificamente para a prática deste, possibilita o concurso entre os
crimes de porte ilegal e homicídio.
55. O STF reconheceu a possibilidade de incidência do princípio da insignificância a casos de
apreensão de quantidade reduzida de munição de uso permitido, desacompanhada de
arma de fogo, tendo concluído pela total inexistência de perigo à incolumidade pública.
56. De acordo com o STJ, a conduta de os agentes possuírem somente três munições,
destituídas de potencialidade lesiva, por estarem desacompanhadas de armamento capaz de
deflagrá-las, não gera perigo de lesão ou probabilidade de dano aos bens jurídicos
tutelados, permitindo-se o reconhecimento da atipicidade material.
57. É possível o concurso entre os crimes de tortura e de abuso de autoridade.
58. Para a comprovação da materialidade do crime de tortura, é imprescindível a realização de
exame de corpo de delito.
59. Um grupo de rapazes, em altercação de ânimo, captura um travesti e pratica contra este
longa sessão de ofensas, ameaças e castigos físicos, em razão de sentimento homofóbico. A
vítima, posteriormente, comunicou o fato à polícia judiciária, que o apurou. Nessa situação,
deve indiciar os criminosos por crime de tortura.
60. Um inspetor de polícia resolveu submeter a intenso sofrimento mental um preso sob sua
guarda, e, antes que isso ocorresse, o delegado responsável tomou conhecimento da intenção
da autoridade pública. O delegado não concordava com a ação deste e não a praticou.
Todavia, nada fez para evitá-la. Nessa situação, ambos respondem em coautoria por crime de
tortura.
61. O crime de tortura discriminação pode ser cometido por qualquer pessoa.

62. É possível a responsabilidade penal da pessoa jurídica em crimes ambientais desde que
haja a imputação simultânea do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em
seu benefício, uma vez que não se pode compreender a responsabilização do ente moral
dissociada da atuação de uma pessoa física, que age com elemento subjetivo próprio.

63. Com relação à responsabilidade penal da pessoa jurídica, tem-se adotado a teoria da dupla
imputação, segundo a qual se responsabiliza não somente a pessoa jurídica, mas também a
pessoa física que agiu em nome do ente coletivo, ou seja, há a possibilidade de se
responsabilizar simultaneamente a pessoa física e a jurídica.

64. A conduta de pesca proibida pelo lugar ou período da atividade desenvolvida, ou pelo uso
de petrechos proibidos, é crime material.

65. O STF nega a possibilidade de se atribuir à pessoa jurídica capacidade para a prática de
crime ambiental.

66. As pessoas físicas e as jurídicas estão sujeitas às mesmas sanções penais decorrentes da
prática de crime ambiental, quais sejam: penas privativas de liberdade, restritivas de direito e
multas.

67. Pessoa jurídica pode ser condenada a pena restritiva de direito, mas não a pena de
prestação de serviços à comunidade.

68. A prática de maus-tratos contra animais domésticos é considerada crime contra o meio
ambiente, sendo a morte do animal causa especial de aumento de pena.

69. O crime de poluição atmosférica só ocorre quando a suspensão do abastecimento público


compromete as atividades rotineiras de um bairro, de um conjunto de bairros ou de uma
cidade inteira, por mais de dois dias úteis.
70. A configuração do crime de corrupção de menores do Estatuto da Criança e do
Adolescente independe da prova
da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.

71. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não


conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de
internação do adolescente.

72. Adauto, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão de um
assaltante, mas atua em excesso culposo. Nesse caso, responderá criminalmente pelo excesso.

73. A conduta de destruir a vida de um juiz, em razão da função exercida por este, configura o
crime de homicídio qualificado contra agente do sistema de justiça.

74. Plínio, em altercação com Elza num quarto de motel, decide matá-la por não aceitar o
término de um relacionamento de 7 anos de namoro. Na ocasião, Elza contou para Plínio que
estava grávida. No caso, Plínio cometeu feminicídio e aborto, em concurso formal.

75. Num estressante dia de compromissos de trabalho, Lucas esqueceu o próprio filho dentro
do carro, matando-o por asfixia. Diante da situação em análise, Considere a seguinte situação
hipotética. João, lutador de artes marciais, aceitando desafio de Gabriel para brigar, ofendeu,
no decorrer do duelo, a integridade física de seu desafeto, causando-lhe lesões corporais
gravíssimas. Nessa situação, João agiu em legítima defesa, pois tinha o propósito de se
defender de eventuais agressões.

76. Um grupo de torcedores de um time de futebol bebia num bar para comemorar o
resultado do jogo. Num determinado momento, após serem avisados que o local iria fechar e
que, por conseguinte, não seria mais servida bebida alcóolica, começaram a agredir
fisicamente os garçons, lesionando-os corporalmente de forma grave. No caso em análise,
cometeram o crime de rixa simples

77. Não constitui causa de aumento de pena do crime de feminicídio a relação íntima de afeto.

78. Raul destruiu a vida de diversos criminosos em atividade de grupo de extermínio. Nesse
caso, é possível afirmar que Raul agiu em legítima defesa de terceiros, não possuindo qualquer
tipo de responsabilidade penal.

79. A pena do homicídio é aumentada de um sexto até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.

80. Maria foi vítima do crime de assédio sexual e terminou cedendo aos desejos sexuais do seu
superintendente. 2 meses depois do fato, descobriu que estava grávida e realizou um aborto,
ingerindo uma substância abortiva. Diante do exposto, Maria não cometeu crime algum,
porque se trata de hipótese de aborto terapêutico de urgência.

81. Se o agente logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa, a fim de
assegurar a impunidade do crime, comete roubo em concurso com favorecimento pessoal.
82. Tirúbio, com emprego de uma arma de brinquedo, resolve assaltar Marcos. Ao perceber
que se tratava de um brinquedo, Marcos aplicou um soco em Tirúbio, que saio correndo do
local sem nada levar. Diante da situação exposta, é possível afirmar a existência de crime
impossível por impropriedade absoluta do meio.

83. Oficial de justiça recebeu determinada quantia em dinheiro para deixar de cumprir um
mandado judicial. Nesse caso, incorreu no crime de concussão.

84. A lei penal brasileira aplica-se ao crime perpetrado no interior de navio de guerra de
pavilhão pátrio, ainda que em mar territorial estrangeiro, dado o princípio da territorialidade.

85. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz (art. 15, CP) excluem a responsabilidade
penal, somente respondendo o agente pelos atos anteriormente praticados.

86. Nos crimes contra a honra de injúria, calúnia e difamação, o advogado possui imunidade
judiciária no tocante às ofensas irrogadas em juízo, na discussão da causa.

87. O crime de furto consuma-se com a apreensão da coisa alheia móvel, independentemente
da posse mansa e tranquila desta.

88. O emprego de arma configura causa de aumento de pena do crime de roubo, salvo na
hipótese de arma branca.

89. Se os agentes criminosos empregarem explosivos para assaltar um banco, a pena destes
deve ser aumentada de 1/3 em razão do emprego de meio que gera perigo comum.

90. A conduta de adquirir semoventes domesticáveis de produção, proveniente da prática de


crime, ainda que divididos e abatidos, configura crime de furto.

91. Em regra, no crime de estupro, a ação é pública condicionada à representação da vítima.


Contudo, se a vítima for menor de 18 (dezoito anos) ou pessoa vulnerável, a ação será pública
incondicionada.

92. Se o modo de execução do estupro for o emprego de fraude, haverá estupro de vulnerável,
mesmo diante do consentimento inicial da vítima.

93. Não haverá crime de prevaricação na hipótese em que o ato retardado por sentimento
pessoal do funcionário público não integrava a sua competência ou sua atribuição funcional.

94. O roubo majorado pode ser cometido mediante a utilização de armas impróprias, daí
porque a utilização de uma garrafa de vidro pode ser considera como arma para efeito de
aumentar a pena.

95. Em todas as suas modalidades de condutas, o crime de corrupção passiva é classificado


doutrinariamente como crime formal, porque a sua consumação independe da obtenção da
vantagem indevida.
96. O STF entende que os seguintes requisitos devem ser levados em consideração na
verificação do princípio da insignificância: inexpressividade da lesão jurídica; reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento; conduta minimamente ofensiva; e ausência de
periculosidade do agente.

97. Haverá lesão corporal de natureza grave se a vítima permanecer por mais de um mês de
exercer suas ocupações habituais.

98. No crime de lesão corporal leve e recíproca, o juiz pode substituir a pena de detenção pela
pena de multa.

99. Se o sujeito ativo do crime de constrangimento ilegal for funcionário público, a pena deve
ser aplicada em dobro.

100. A pena do crime de constrangimento ilegal se forem reunidas mais de duas pessoas para
o seu cometimento.

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