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COJE – COORDENAÇÃO DOS JUIZADOS

ESPECIAIS
TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
Pça. D. Pedro II, s/n, Fórum Rui Barbosa, Nazaré, Salvador/Ba –Tel/320-6904

PRIMEIRA TURMA - CÍVEL E CRIMINAL


PROCESSO Nº 20637-7/2000
RECORRENTE: MAXITEL S/A
ADVOGADO(A) : DR.(a) MAURÍCIO SILVA LEAHY
RECORRIDO: HUMBERTO CARNEIRO DE OLIVEIRA
ADVOGADO (A): DR.(A)
RELATOR (A): JUIZ(A) GARDENIA PEREIRA DUARTE
EMENTA: - Ação de indenização por danos morais. Improcedência
da ação. Danos morais não configurados - Inexistência de
prova nos autos. Recurso provido. Sentença reformada.

ACÓRDÃO
Realizado Julgamento do Recurso do processo acima epigrafado. A
PRIMEIRA TURMA, composta dos Juízes de Direito, MARIA GERALDINA SÁ
DE SOUZA GALVÃO, GARDENIA PEREIRA DUARTE, MARCIA BORGES
FARIA, decidiu, à unanimidade de votos, DAR PROVIMENTO DO
RECURSO, para reformar a V. Sentença, JULGANDO A QUEIXA
IMPROCEDENTE.
Sem ônus de sucumbência, face ao disposto no art. 55 da Lei
9.099/95.

Salvador, Sala das Sessões, em 09 de agosto de 2004.

JUIZ(A) MARIA GERALDINA SÁ DE SOUZA GALVÃO


Presidente

JUIZ(A) GARDENIA PEREIRA DUARTE


Relator(a)
PROCESSO Nº 20637-7/2000
RECORRENTE: MAXITEL S.A.
RECORRIDO: HUBERTO CARNEIRO DE OLIVEIRA

- Ação de indenização por danos


morais. Improcedência da ação.
Danos morais não configurados -
Inexistência de prova nos autos.
Recurso provido. Sentença
reformada

RELATÓRIO

O autor, ora recorrido, prestou queixa no Juizado de Defesa


do Consumidor contra a Maxitel, pleiteando danos morais, sob o
argumento de que fora maltratado por funcionários da loja da
recorrente ao pedir informações sobre o seu funcionamento,
tendo em vista que já passava das 09:00 horas, horário de
abertura da mesma. Infrutíferas as tentativas de conciliação, foi o
feito levado à instrução, com o oferecimento de defesa.

Prolatada sentença, o M.M. Juiz a quo, afastando a preliminar de


ilegitimidade passiva suscitada na defesa, julgou procedente em
parte o pedido, convencendo-se pela condenação da empresa ré
ao pagamento da importância de R$ 500,00 a título de danos
morais.

Insurgiu-se a acionada contra a sentença prolatada, interpondo o


competente recurso.

Transcorreu in albis o prazo para o oferecimento das contra-


razões. Vieram-me os autos conclusos na condição de relatora,
pelo que submeto meu voto aos demais membros da Turma.

VOTO

Quanto à preliminar argüida pela recorrente de ilegitimidade


passiva rejeito-a, tendo em vista que os atos dos funcionários
de uma empresa constituem-se em atos da própria empresa,
conforme prevê o art. 34 da Lei 8.078/90. Destarte, a recorrente é
solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos, sendo,
portanto, parte legítima para responder a presente ação. Os
funcionários estavam em frente à loja da recorrente,
devidamente identificados como tal, portando, inclusive, os
respectivos crachás.

E quanto ao mérito, dos fatos narrados pelo autor em sua queixa,


não se infere tenha o mesmo sido agredido em sua moral ou
sofrido qualquer constrangimento desta ordem. Os maus tratos e
desrespeito por ele denunciados não restaram comprovados no
decorrer da instrução. Inclusive, a única testemunha ouvida,
dispensada do compromisso legal, alegou que fora à loja comprar
um telefone, encontrando-a fechada e com funcionários usando
crachás do lado de fora em clima festivo e dando graças a Deus
por estar a loja fechada. Que posteriormente, ao buscarem
informações com os funcionários, foram informados de que as
chaves estavam com o vigilante e que devido à demora, tanto
ele, quanto o autor, desistiram do atendimento.

Entendo, diante do que foi narrado, que os fatos ocorridos não


amparam o pagamento de indenização por danos morais, posto
que não comprovado qualquer ato de constrangimento pessoal
justificável ao atendimento desta pretensão. A ocorrência da
balburdia em frente à loja e a demora no atendimento da
clientela não são fatos que justifiquem o pagamento da
indenização pretendida.

A caracterização que configura o direito à reparação depende do


ato praticado ou deixado de praticar, do resultado lesivo deste
ato em relação à vítima e de que tenha havido nexo causal entre
ambos, ou seja, devem existir os seguintes elementos: ilicitude
(ato omissivo ou comissivo), o dano e o nexo causal entre ambos.
Estando presentes tais requisitos, faz jus o ofendido à indenização
postulada.
No caso, não se vislumbra com clareza o ato comissivo ou
omissivo da empresa, posto que o incidente narrado não chega a
representar uma ilicitude. E bem assim, o autor não demonstrou o
dano sofrido, ou seja, qual o prejuízo de ordem moral do qual foi
vitima, posto que não comprovou que a “balburdia” dos
empregados à frente da loja não resultaram em ofensas de ordem
pessoal.

Assim, voto pelo PROVIMENTO DO RECURSO, para reformar a


V. Sentença , JULGANDO A QUEIXA IMPROCEDENTE.

Sem ônus de sucumbência, face ao disposto no art. 55 da Lei


9.099/95.

Salvador, 09 de agosto de 2004.

GARDÊNIA PEREIRA DUARTE


JUÍZA RELATORA

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