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Introdução à bioengenharia

 Técnicas de bioengenharia dependem de conhecimento biológico para


construir estruturas geotécnicas e hidráulicas, fortalecer encostas e
margens de rio instáveis.
 Combinação entre materiais da construção tradicional e plantas inteiras,
ou pedaços.
 Engenharia biotécnica NÃO substitui a engenharia hidráulica ou
geotécnica tradicional, mas as complementa e melhora.
 A variedade dos métodos de bioengenharia pode ser classificada
segundo a finalidade, o material, ou características da construção.
 Estabilização do solo: estruturas biotécnicas pontuais (com uma única
raiz), sistemas lineares (com filas de raízes), sistemas de cobertura
(mantas e telas vegetais para cobertura dos solos).
 Material utilizado e finalidade:
a) Métodos de proteção da superfície (métodos de cobertura);

Fornece proteção superficial rápida para conservação do solo. Fortalecimento


das camadas mais profundas é secundário. Usa-se grande número de
gramíneas e leguminosas.

b) Métodos de estabilização usando materiais vivos;

Estrutura que consiste somente de materiais vivos podem melhorar a


estabilidade da encosta e evitar erosão.

c) Métodos que combinam materiais vivos e inertes;

Em condições menos favoráveis, as estruturas de apoio com materiais inertes


podem ser necessárias para melhorar as construções feitas de materiais vivos;

d) Métodos suplementares;

Em locais muito úmidos ou em áreas de drenagem de difícil acesso, os métodos


biotécnicos podem auxiliar ou substituir outros métodos. Sistemas de drenagem
biotécnicos agem por meio da diminuição da poropressão evitando a saturação
dos solos e impedindo a erosão interna. Promoção da emergência da vegetação
clímax (plantio de árvores ou melhora do solo). Técnicas caras e limitadas.
e) Estruturas de apoio que utilizam materiais inertes;

Em solo desfavorável e condições climáticas adversas ou em locais que


necessitam de estabilização antes que as plantas vivas possam ser utilizadas,
materiais como madeira, concreto, pedras e galhos secos, podem ser usados
como construções de apoio.

Vantagens dos métodos biotécnicos

 O autor quer oferecer alternativas aos métodos tradicionais de


engenharia, trabalhando também uma integração entre ambas.
 A bioengenharia é ótima para locais que apresentam instabilidade no solo,
mas não deve ser vista como a única solução, pois apresenta requisitos
únicos, não sendo apropriada para todos os locais e situações.
 Benefícios da bioengenharia:
1. Vantagens técnicas:

- proteção contra erosão superficial

- aumento na estabilidade das encostas através do reforço e drenagem do solo


pelas raízes

- proteção contra queda de rochas

- proteção contra o vento

2. Vantagens ecológicas:

- regulação da umidade e temperatura próximas à superfície, criando condições


ideais para o desenvolvimento vegetal

- aperfeiçoamento do regime hídrico do solo através da interceptação,


evapotranspiração e armazenamento

- melhoramento da estrutura do solo e formação de um horizonte superior

- criação e provisão de habitats para a fauna e flora locais

- utilização de materiais biodegradáveis

3. Vantagens econômicas:

- redução dos custos de manutenção e construção


- criação de áreas agricultáveis e de lazer

4. Vantagens estéticas:

- as estruturas se integram à paisagem

- redução da poluição visual

- a paisagem se torna mais atraente

 Importância considerável na restauração e conservação de encostas e


margens de cursos e corpos d’água;

História da bioengenharia

 Conceito: bioengenharia é a utilização de materiais provenientes de


plantas vivas e mortas, e técnicas flexíveis de engenharia para mitigar
problemas ambientais, tais como encostas erodidas e desestabilizadas,
margens de rios, sistemas de trilhos, aterros sanitários e áreas mineradas,
etc.
 Plantas não são apenas componentes estéticos, mas possuem função
essencial.
 Práticas utilizadas já na Ásia e Europa;
 Chineses: registro de reparo de diques desde o ano 28 a.C; margens de
rios e barragens estabilizados com grandes cestos tecidos com
salgueiros, cânhamo ou bambu, preenchidos com pedras;
 Europa: camponeses celtas desenvolvem técnicas para tecer galhos de
salgueiro para criar cercas e paredes; Romanos utilizam caniçadas e
fardos de varas de salgueiro para hidroconstrução;
 Por volta do século XVI, técnicas de bioengenharia do solo estavam sendo
utilizadas e sistematizadas por toda Europa;
 Áustria: desenvolvimento de técnicas de construção de barreiras vivas
contra a sedimentação, plantando linhas de estacas de plantas em cursos
d’água para aprisionamento de sedimentos e para reforma de canais.
 Desde a revolução industrial, muito do desenvolvimento técnico e
documentação das técnicas de bioengenharia foi realizado nas áreas
montanhosas da Áustria e sul da Alemanha.
 Derrubada extensiva de florestas na região e problemas ambientais como
erosão extrema das encostas, deslizamentos, avalanches frequentes,
degradação severa das margens dos rios.
 Novas aplicações para antigas tecnologias locais.
 Engenheiros agrônomos, florestais e civis.
 Restrições financeiras no pré-guerra na Alemanha e na Áustria,
favoreceram o uso de materiais locais, de baixo custo e métodos de
construção tradicionais para os projetos públicos, impulsionando a
bioengenharia.
 Sistema rodoviário alemão (autobahn) – aplicação extensiva de
tecnologias da bioengenharia.
 Coerência entre o uso de materiais locais com a ideologia nacionalista
que se propagava.
 Instituto de pesquisa de Munique, liderado por Arthur Von Kruedener.
 Califórnia: Charles Kraebel (USDA Forest Service) – desenvolvendo
técnicas de caniçada de contorno para estabilização de taludes de corte
em estradas. Caniçada (wattle).
 NRCS – estudo de técnicas de estabilização ao longo das margens do
lago Michigan.
 Pós guerra: formação do comitê de bioengenheiros da Alemanha, Áustria
e Suíça para padronizar as tecnologias emergentes que se tornaram parte
do Sistema Nacional Alemão de Especificações na Construção (DIN).
 Anos 70 e 80: ensaios com técnicas de bioengenharia na Bacia do Lago
Tahoe (Leiser et al, 1974), revegetação no Parque Nacional de Redwood
(Weaver e Madej, 1981).
 1980 Bioengineering for land reclamation and conservation.
 1997 Ground bioengineering techniques for slope protection and erosion
control.
 Bioengenharia: utilização de tecnologias locais e mínimo de
equipamentos pesados, pode ser forma mais barata de resolver
problemas ambientais locais.

Conceitos básicos da bioengenharia


 Projetos de bioengenharia requerem conhecimento do solo, vegetação,
história natural e evolução, usos sociais e culturais da área circunvizinha.
 Modelos de sucessão típicos: solo exposto>estágio
herbáceo>arbustivo>árvores pioneiras>floresta clímax.
 Projetos de bioengenharia tem a intenção de imitar ou acelerar esses
processos naturais.

Técnicas e métodos de bioengenharia

 Medidas de bioengenharia: estabilização biotécnica com plantas e partes


de plantas, incrustadas e arranjadas no solo em padrões e configurações
especiais.
 Agem como: 1. Reforço para o solo; 2. Barreiras contra o movimento de
terra; 3. Concentradores de umidade. 4. Drenos hidráulicos;
 Características:

- O estado mais vulnerável desses sistemas é logo após a instalação;

- Adquirem maior resistência ao longo do tempo, sendo, portanto, uma solução


de longo prazo;

- Sistemas projetados para fornecer estabilidade e reforço suficientes para um


talude ou estrutura de contenção, no princípio, a invasão e a colonização natural
pela vegetação nativa podem ocorrer, ultrapassando a função de estabilização.

 Usos e aplicações:

- Evitar erosões e movimentos de massa superficiais;

- Podem ser aplicados em: encostas naturais, taludes de corte e aterro ao longo
de rodovias, aterros sanitários, orlas destruídas e margens de rios.

- Métodos de bioengenharia podem ser utilizados sozinhos ou em combinação


com métodos estruturais ou convencionais. Ex.: estacas inseridas em aberturas
de um revestimento de rochas ou gabiões, na margem de um rio, para aumentar
tanto o desempenho quanto a aparência da armação feita de pedras.

- Drenam o excesso de água em encostas úmidas, mas formas auxiliares de


drenagem podem ser necessárias.
1. Estacas vivas
1.1 Definição

Inserção de estacas vegetativas, vivas e enraizadas no solo. Se colocadas


corretamente, elas enraizarão e vingarão. Procedimento simples econômico e
rápido.

1.2 Usos

- Como tratamento primário ou em conjunto com caniçadas vivas, ou outras


medidas de bioengenharia.

- Podem ser utilizadas sozinhas para consertar pequenas depressões e


deslizamentos que estão muito úmidos.

- Podem ser colocadas em linha através de uma encosta para a ajudar a


controlar movimentos de massa superficiais.

- Podem ser colocadas através de redes de juta ou coco.

- Em voçorocas podem diminuir a velocidade da água, ancorar sedimentos e


controlar erosão.

1.3 Vantagens

Ao longo do tempo, desenvolve uma manta de raízes vivas no solo, reforçando-


o e mantendo juntas as partículas do solo e extraindo a umidade excessiva.
Técnica apropriada para reparos de pequenos deslizamentos de terra e
depressão que contenham solos muito úmidos.

1.4 Desvantagens

Não resolve os problemas de erosão já existentes e não é uma solução a curto


prazo para a instabilidade de encostas.

2. Caniçadas vivas (live fascines)


2.1 Definição

Galhos e ramos de material vegetativo enraizável são amarrados em grandes


fardos e instalados em trincheiras rasas. Os fardos são amarrados com cordas
e ancorados na trincheira com estacas de madeira e/ou estacas vivas.
Trincheiras escavadas com as mãos, geralmente nas curvas de nível de
encostas e taludes ou, quando muito úmidas, fora das curvas de nível. Ângulos
tênues para facilitar a drenagem.

Após as caniçadas estarem seguras com as estacas, as trincheiras são


preenchidas com terra até que somente suas extremidades estejam expostas.

2.2 Usos

Na estabilização de encostas, taludes de corte e aterro em estradas, voçorocas,


e outras áreas onde a erosão é um problema.

Criam uma série de banquetas na encosta que diminuem a velocidade do


escoamento superficial e ancoram sedimentos.

São mais fáceis de instalar, mas menos eficientes que as camadas de ramos,
porque são instaladas mais superficialmente.

Ao longo do tempo as raízes penetram na encosta, oferecendo alguma proteção


contra deslizamentos superficiais.

2.3 Vantagens

As caniçadas vivas reduzem a erosão imediatamente. São apropriadas para


encostas íngremes e rochosas, onde a escavação é difícil. Capaz de capturar e
manter o solo na face do talude, transformando uma encosta longa em uma série
de pequenos terraços.

Pode ser usada para controlar voçorocas e pode servir como dreno, quando os
fardos são dispostos em ângulo.

Mais apropriada para condições de solo úmido.

2.4 Desvantagens

Em encostas muito íngremes ou muito longas, a alta velocidade do escoamento


superficial pode minar as caniçadas, próximo aos canais de drenagem. Adapta-
se melhor em ambientes ripários ou muito úmidos, do contrário ocorre uma alta
mortalidade de plantas.

3. Caniçadas vivas usadas como dreno


3.1 Definição
Filas de caniçadas vivas são instaladas em forma de V, conectando-se a um
dreno central.

3.2 Usos

Utilizado em encostas úmidas, onde há evidências de insurgência d’água


subsuperficial na encosta, causando desestabilização da mesma.

4. Caniçadas com dreno de interceptação subsuperficial


4.1 Definição

Linhas de caniçadas são instaladas ao longo das curvas de nível de uma encosta
de forma convencional. Um dreno subsuperficial orientado na direção encosta
abaixo e perpendicular às caniçadas é colocado em uma trincheira axial, abaixo
das linhas de caniçada, para interceptar e coletar a insurgência d’água.

4.2 Usos

Utilizado em locais muito úmidos onde há evidência de insurgência de água


subsuperficial substancial, que esteja causando erosão subsuperficial (piping),
desestabilizando a encosta. Pode considerar a utilização em áreas de voçorocas
aterradas, ravinas ou depressões, onde a água subterrânea provavelmente será
coletada e se concentrará.

5. Camadas de ramos ou vassouras (brushlayering)


5.1 Definição

Consiste em ramos vivos, podados, intercalados entre camadas de solo. Em


aterros, as camadas funcionam melhor quando realizadas em conjunto com a
construção de taludes convencionais. Em taludes de corte, os ramos são
colocados em terraços estreitos escavados na encosta, o comprimento dos
ramos é maior do que em taludes de corte. A utilização de camadas de ramos
em taludes de corte só é recomendada para encostas com declividades menores
que 2:1 (horizontal:vertical).

5.2 Usos

Estabilizar encosta contra deslizamentos superficiais, além de fornecer proteção


contra erosão. A orientação dos ramos é mais eficiente do que a das caniçadas
vivas do ponto de vista do reforço do solo e da estabilidade de massas de solo.
A camada de ramos funciona melhor em aterros que em taludes de corte, porque
podem ser utilizados ramos mais longos no primeiro caso.

6. Geogrelhas vegetadas
6.1 Definição

Consiste de estacas de ramos vivos (“escovas”), intercaladas entre camadas de


solo e cobertas por materiais geotêxteis naturais ou sintéticos. Feixe colocado
de forma entrelaçada ou sobreposta, de modo que as extremidades dos ramos
se prologuem um pouco além da face do aterro, onde retardam a velocidade do
escoamento superficial e filtram os sedimentos para fora do fluxo do escoamento
superficial.

6.2 Usos

Estabilizar encostas muito íngremes, fornecer proteção contra erosão superficial.


Estabilizar e reforçar taludes de aterro com drenagem. São uma alternativa às
estruturas de contenção verticais e em situações que se deseje evitar a invasão
da base ou do topo das encostas.

7. Empacotamento de ramos (branchpacking)


7.1 Definição

Consiste em se alternarem camadas de estacas de ramos vivos e aterro


compactado para reparar cicatrizes e depressões em encostas. Também são
colocadas longas estacas de madeira no solo intacto, ao fundo da depressão.

7.2 Usos

Utilizado para o reparo e preenchimento de pequenos movimentos de massa e


voçorocas em encostas naturais e taludes de corte e aterros. Restritos a
depressões menores que 1,20m de profundidade e 1,50m de largura.

8. Aterro vivo para o reparo de voçorocas


8.1 Definição

Camadas alternadas de estacas de ramos vivos e solo compactado. Utilizado


para recuperar ravinas e pequenas voçorocas. Parecido com o empacotamento
de ramos, mas é mais apropriado para o reparo de preenchimento de
depressões alongadas, como voçorocas.
8.2 Usos

Utilizado para recuperar ravinas e pequenas voçorocas em encostas naturais.

Os ramos embutidos e as raízes secundárias reforçam o aterro utilizado para


reparar a voçoroca e protegem-na contra futuras lavagens e erosões. Restrição
a voçorocas de 0,60m de largura e 0,60 e profundidade, por 4,50m de
comprimento. Pode ser necessária a instalação de drenos subsuperficiais.

 Critérios de seleção:
a) Seleção pelo tipo da encosta e localização geral

Podem ser selecionados de acordo com sua utilidade ou adequação.

Principais vertentes: encostas de morros e montanhas e margens de cursos


d’água. A principal diferença entre esses dois é a necessidade de algum tipo de
proteção no sopé ou na margem, de forma a controlar a erosão e a escavação
da encosta.

Inserir tabela 9.3

b) Seleção pelas condições do local e do solo

Considerar: altura e declividade da encosta, profundidade do solo, tipo de solo


(erodibilidade e resistência ao cisalhamento), talude de corte ou aterro,
profundidade da ruptura, mecanismo de ruptura (erosão superficial ou
movimento de massa), necessidade de proteção do sopé da encosta, forças
laterais, hidrologia local.

Métodos de bioengenharia também podem ser selecionados mediante meta


ambiental e recreacional.

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