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O que é estrutura de capital de

uma empresa?

Entenda o que é estrutura de capital de uma empresa: um dos temas mais


complexos da tomada de decisões financeiras. Isso ocorre devido à
interação com outras variáveis de decisão em finanças, como por
exemplo, aumentar a qualidade de um produto pra vender mais e
fidelizar o cliente ao invés de tentar melhorar a estrutura de capital.

O que vou encontrar neste artigo? [esconder]


 1 Por que a estrutura de capital é importante?
 2 O que é estrutura de capital de uma empresa?
 3 A estrutura de capital e o balanço patrimonial
 4 Teoria de Modigliani e Miller (M&M)
 5 Os determinantes da estrutura de capital
 6 Considerações finais
 7 Referências

Por que a estrutura de capital é


importante?
A estrutura de capital de uma empresa influencia no custo de capital e no
seu valor, por isso é um assunto muito relevante.

Más decisões sobre a estrutura de capital podem gerar um alto custo de


capital da empresa, ocasionando uma queda no VPL – Valor Presente
Líquido– de investimentos, inviabilizando projetos de investimentos e
reduzindo o valor da empresa!

Por outro lado, boas decisões acerca da estrutura de capital


podem reduzir o custo de capital, resultando em VPL`s maiores e mais
projetos aceitáveis! Consequentemente, com mais projetos sendo
considerados viáveis, mais valor a empresa cria aos seus acionistas.

O que é estrutura de capital de uma


empresa?
Já sabemos que o lado do passivo é o lado das origens e o do ativo é o
lado das aplicações. Mas aqui veremos que todos os itens do passivo,
exceto o passivo circulante, são fontes de capital.

Existem dois tipos de capital: o capital de terceiros e o capital próprio.


A estrutura de capital é maneira como a empresa realiza a combinação
entre estes dois tipos de capitais. O capital de terceiros representa as
dívidas e fontes de financiamento da empresa; já o capital próprio é a
parte do capital que pertence aos sócios ou acionistas.

A estrutura de capital e o balanço


patrimonial
A visualização da estrutura de capital fica mais clara quando se observa
o balanço patrimonial da empresa em questão. Uma vez que a
estrutura de capital trata da composição dos capitais, significa que
estamos falando do lado dos passivos.
O passivo circulante fica de fora desta análise, pois na estrutura de
capital entram apenas as dívidas de longo prazo. O passivo não
circulante – antigo passivo exigível a longo prazo – representa o capital
de terceiros. Por fim, o patrimônio líquido representa o capital próprio.
Fonte: Gitman (2005).
Leia mais sobre o que é balanço patrimonial de uma empresa!

Teoria de Modigliani e Miller (M&M)


Por ser um tema muito estudado no mundo das finanças, algumas teorias
rodeiam o assunto. Uma das principais foi proposta por Modigliani e
Miller (1958). Os autores afirmam que a estrutura de capital não afeta o
valor da empresa.

Essa suposição é fruto de uma análise em um mercado perfeito: sem


impostos e nem custos de transação; e com ampla e perfeita divulgação
de todas as informações que possam afetar o valor das empresas.
A teoria de Modigliani e Miller afirma que toda e qualquer alteração na
política de investimentos por parte da empresa, que resulte em algum
benefício vindo de um maior ou menor endividamento – alterações na
estrutura de capital –, seria imediatamente conhecida pelos acionistas,
alterando suas expectativas de retorno. Esse movimento deixaria o custo
de capital da empresa no mesmo patamar.

Com o custo de capital da empresa no mesmo nível, nenhum novo


projeto de investimento passaria a ser aprovado apenas por alterações na
estrutura de capital. Em outras palavras, a estrutura de capital não
afeta o valor de uma empresa, para Modigliani e Miller.
Contudo, na prática (ou pelo menos para o mercado brasileiro) é
diferente. O endividamento pode sim ser vantajoso. Se a empresa
aumenta o percentual de capital de terceiros em sua estrutura de capital,
ela pode reduzir o imposto de renda a pagar e também reduzir o custo de
capital, uma vez que o capital próprio (retorno exigido pelos acionistas)
costuma ser mais caro que o capital de terceiros (financiamentos e
dívidas de longo prazo).

Os determinantes da estrutura de capital


Existe uma segunda leva de teorias que afirma que as decisões de
estrutura de capital afetam sim o valor da empresa. Essas pesquisas
procuram por possíveis determinantes da estrutura de capital, como por
exemplo:
 tamanho da empresa: quanto maior a empresa, mais fácil tende a
ser o acesso a linhas de crédito mais baratas, aumentando o
endividamento;
 lucratividade: quanto melhor forem os indicadores de
lucratividade da empresa ao longo dos anos, melhor tende a ser
seu acesso a boas opções de crédito;
 oportunidade de crescimento: empresas com boas oportunidades
de crescimento e baixo market-to-book tendem a ser mais
endividadas;
 volatilidade dos resultados operacionais: quanto menor for a
volatilidade dos resultados da empresa, maior tende a ser o acesso
a linhas de crédito e também o endividamento de longo prazo.

Considerações finais
Este artigo mostrou o que é estrutura de capital de uma empresa e como
ela representa a composição do capital próprio com o capital de
terceiros. Comumente o capital de terceiros é mais barato que o capital
próprio, fazendo com que um maior nível de endividamento reduza o
custo de capital.

Mas existe algum risco em um empresa operar com um elevado nível


de capital de terceiros em relação ao capital próprio (alto
endividamento)?
Existe sim! A questão principal é que quem detém o capital de terceiros
não corre o risco operacional da empresa. Em outras palavras, se a
empresa der prejuízos durante alguns anos e ela estiver muito
endividada, deverá continuar pagando os juros dos financiamentos e
empréstimos que contraiu.
Já se a empresa optar por elevar a participação do capital próprio em
relação ao capital de terceiros, apesar de ela elevar seu custo de capital e
talvez inviabilizar alguns projetos, em anos de prejuízos os detentores do
capital próprio não precisam ser remunerados, pois estes correm o risco
operacional junto com a empresa!

Por fim, não há fórmula mágica para definir a estrutura de capital ótima
para as empresas. O que há é um trade-off entre (i) aumentar o
endividamento, reduzir o custo de capital, mas correr o risco de ter que
pagar juros em anos de prejuízos; e (ii) aumentar o capital próprio,
aumentar o custo de capital, mas não precisar pagar dividendos aos
acionistas em anos de resultados financeiros ruins.
Referências
Lemes Junior, A. B., Rigo, C. M., & Cherobim, A. P. M. S.
(2005). Administração financeira: princípios, fundamentos e
práticas trabalhistas (2nd ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost opf capital, corporation
finance and the theory of investment, 48(3), 261–297.

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