Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
PARTE I
5
3.2.1. O diagnóstico por meio de entrevista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.2.2. A primeira entrevista para diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.2.3. O seguimento da terapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
3.2.4. Os recursos para o diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.2.5. O diagnóstico por meio de perguntas especiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3.2.6. Outros métodos de diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.3. A prática da Terapia Floral de Bach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.3.1. As duas formas clássicas de administração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.3.2. Qual água usar como veículo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.3.3. Qual o papel do álcool? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.3.4. A dosagem correta '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
3.3.5. Outras formas de uso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . 60
3.3.6. As perguntas mais freqüentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.4. Rescue (o remédio de emergência ou primeiros socorros) .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
3.4.1. O creme Rescue. .... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . . .. .. 63
3.4.2. Rescue - espectro de indicações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
3.4.3. Rescue como ajuda na prática médica diária.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .... .. 64
3.4.4. Rescue antes e depois de uma cirurgia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
3.4.5. Uso e dosagem de Rescue. .. . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 65
3.4.6. "Fórmula personalizada para emergências" . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
3.4.7. Rescue no âmbito de uma instituição. . . . .. .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. 66
3.5. Áreas de aplicação da Terapia Floral de Bach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.5.1. Crises psíquicas em situações difíceis da vida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.5.2. Ocorrência de doenças agudas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
3.5.3. Ocorrência de doenças crônicas ' 68
3.5.4. Possibilidades e limites do autotratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.5.5. A Terapia Floral de Bach no tratamento de doentes em estado
grave e agonizantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... .. .. 71
3.6. O desenvolvimento da terapia. . . .. .. .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. .. 71
3.6.1. Modalidades de desenvolvimento e reações características .. . . ...... .. .. 71
3.6.2. Reações no tratamento de estados agudos. . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... .. .. 72
3.6.3. Reações no tratamento de estados crônicos... .... .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 72
3.6.4. Reações à primeira ingestão de uma fórmula de essências
florais de Bach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......... 73
3.6.5.
Recomendações para lidar com a primeira reação. .. . . . . . . .. . . .. .. . . .. 75
3.6.6.
Casos de reações especiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ 75
3.6.7.
Algumas causas de bloqueios na terapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ 76
3.6.8.
Observações depois de uma Terapia Floral de Bach realizada com sucesso. 77
3.6.9.
A Terapia Floral de Bach em atuação conjunta com outras
formas de terapia , .. .. .. .... .... ... ... .. ........ 77
3.7. A Terapia Floral de Bach para a automedicação do curador. . . . . . . . . . . ........ 82
6
4.4. A Terapia Floral de Bach e a psicoterapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
4.5. A Terapia Floral de Bach na psiquiatria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.6. A Terapia Floral de Bach na geriatria e no cuidado ao idoso. . . . . . . . . . . . . . . . .. 106
4.7. A Terapia Floral de Bach na dermatologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 108
4.8. A Terapia Floral de Bach na odontologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 110
4.9. A Terapia Floral de Bach nas clínicas especializadas e estâncias de cura. . . . . . .. 114
PARTE 11
7
5.37. Wild Rose (Rosa canina / rosa-dos-cães). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 156
5.38. Willow (Salu vitellina / salgueiro). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 157
Apêndices
Posfácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 256
8
Prefácio da Autora à Quarta Edição, Ampliada
e Revista, em Língua Alemã
o fato de este livro ter chegado à quarta edição num período de quatro anos, sendo traduzido
para quatro línguas, é um indício animador de que a Terapia Floral original de Bach continua
a se desenvolver no contexto dos métodos de cura voltados para o bem-estar do ser humano
como um todo.
O objetivo deste novo trabalho foi elaborar e reorganizar a parte teórica, e atualizar e ampliar,
a parte prática, tornando assim mais claros não só os inúmeros resultados positivos como também
os limites da Terapia Floral de Bach.
Com novas sugestões e colaborações de mais de uma centena de médicos, terapeutas e
curadores da Alemanha, Áustria, Suíça, Bélgica, Brasil e Argentina, este livro representa um
"corte transversal" nas atuais áreas de aplicação da Terapia Floral de Bach.
O reexame das contribuições oferecidas para esta edição, comparadas com as da primeira,
veio felizmente revelar uma compreensão mais profunda do principal objetivo da Terapia Floral
de Edward Bach: vitalizar o processo de crescimento da alma. A maioria das pessoas que lida
com a cura enfatiza a grande utilidade que a Terapia Floral de Bach sempre teve, e ainda tem,
em seu desenvolvimento espiritual.
Algumas interessantes contribuições individuais - sobre testes com as essências florais de
Bach controlados por RAC, por exemplo, ou sobre o uso das essências florais de Bach em
conjunto com a cinesiologia -, que ultrapassariam os limites deste livro, serão em breve pu-
blicadas pela editora alemã Naturamed sob a forma de monografias complementares.
Teremos a maior satisfação em acolher, para futuras edições desta obra, contribuições sobre
experiências com o uso das essências florais em diferentes campos de especialização.
Agradeço a todos os que colaboraram para esta quarta edição, ajudando a divulgar e con-
solidar a benéfica Terapia Floral de Edward Bach e a torná-Ia acessível a um número cada vez
maior de pessoas.
Mechthild Scheffer
Hamburgo, novembro de 1994
9
Como Usar Este Livro
"As pessoas se irritam ao ver como a verdade é simples. Elas deveriam ter sempre em
mente que precisarão se esforçar para usá-Ia de forma prática em seu próprio benefício."
(1. W. von Goethe)
Muitos dos médicos, terapeutas e curadores que hoje usam com sucesso a Terapia Floral·
de Bach em sua prática profissional não foram estimulados a segui-Ia por seus colegas e, sim,
por seus pacientes.
Esse fato é extraordinário pois revela, nesta nossa época de tantas novas formas de terapia,
a substância e a força espiritual da concepção terapêutica de Edward Bach, talvez porque ele
nos mostra um caminho capaz de eliminar o medo das doenças através de uma análise das causas
profundamente arraigadas que as geram.
Outro fato interessante é que muitos curadores começaram a usar a Terapia Floral de Bach
na própria farru1ia e não em seus pacientes. Ouve-se cada vez mais novos relatos sobre o efeito
positivo dessa terapia sobre o desenvolvimento individual e o melhor domínio das tarefas pro-
fissionais no dia-a-dia.
Por ser uma "terapia da alma, através da energia das flores" - e não um tratamento dos
sintomas das doenças, no sentido específico da medicina -, a Terapia Floral de Bach tem um
âmbito de aplicação extraordinariamente amplo e versátil. O que explicaria por que se desen-
volveram formas bizarras de terapias florais, que nada têm a ver com os conceitos originais de
Edward Bach e, além disso, ameaçam diluir suas idéias geniais.
Edward Bach era médico e queria, com seu trabalho, contribuir para "uma forma de medicina
mais digna para o ser humano". Sua segunda intenção, também importante, era desenvolver uma
terapia que fosse suficientemente simples a ponto de permitir que qualquer pessoa pudesse ajudar
a si mesma. Dessas intenções resultaram, permanecendo até os nossos dias, as duas principais
áreas de aplicação da :rerapia Floral de Bach:
Em virtude de sua natureza específica, a Terapia Floral de Bach não é integralmente com-
preendida nem explicada de forma satisfatória pela visão científica, e situa-se, com muito mais
propriedade, no domínio psicossomático.
Esta obra, concebida como um manual, transmite aos curadores, de forma breve e sucinta,
todos os aspectos fundamentais da Terapia Floral de Bach que são necessários na prática tera-
pêutica cotidiana Desse modo, é um complemento ao meu livro anterior, Bach-Blütentherapie,
Theorie und Praxis, I que contém uma descrição ainda mais detalhada das 38 essências florais de
Bach.
1. Terapia Floral do Dr. Bach - Teoria e Prática, publicado pela Editora Pensamento, São Paulo, 1991.
10
o objetivo primeiro deste livro é mostrar ao atarefado terapeuta como é simples integrar
com êxito a Terapia Floral de Bach - para a qual não há nenhuma alternativa genuína -
também nas nossas superlotadas clínicas de assistência médica previdencial.
Merece uma atenção especial a nova Tabela de Diagnóstico Diferencial, bem como a nossa
sugestão de formulários e materiais informativos para serem entregues aos pacientes na clínica.
O outro objetivo desta obra é oferecer às pessoas que lidam com a cura um método de
autoterapia que as ajudará a suportar melhor a carga espiritual de seu trabalho e a crescer com
ele.
Por esse motivo, também incluí uma visão geral dos conceitos filosóficos de Edward Bach,
retraduzidos.
Por fim, este livro apresenta uma base documental de experiências com a Terapia Floral de
Bach em diversas áreas de especialização médica.
São múltiplas as experiências relatadas nesta edição, devido às longas e diferentes vivências
dos curadores que contribuíram para o nosso trabalho. Talvez alguns leitores achem mais inte-
ressantes exatamente os casos e experiências relatados pelos terapeutas que trabalham há menos
tempo com a terapia floral.
As próximas edições desta obra incluirão novas contribuições - que já estão sendo pes-
quisadas - das mais diversas áreas de especialização médica.
Os relatos de casos, nas diferentes áreas de especialização médica, são importantes para o
desenvolvimento e consolidação do trabalho do dr. Edward Bach, cujo significado mais pleno
só será devidamente valorizado nas próximas décadas.
Em breve, será publicado um trabalho, semelhante a este, sobre o uso da Terapia Floral de
Bach na medicina veterinária.
Este livro tem como base os 18 anos de experiências pessoais da autora com o uso prático
da Terapia Floral de Bach, acrescidas dos conhecimentos e da inspiração das mais de quatro mil
pessoas que participaram de seus seminários. Todas as afirmações aqui feitas referem-se única
e exclusivamente ao uso das essências florais originais de Bach.
Todos os colaboradores e co-autores deste livro desejam que ele venha a ser uma importante
contribuição para a divulgação dessa forma suave de medicina, buscada hoje por muitos pacien-
tes, principalmente os jovens.
11
Agradecimentos
Maria Luise Altrichter; Marie- Theres e KIaus Bauer, curadores; dra. Ute Bayer, médica;
Annelie Beuing, curadora; dra. Anita Birnberger, médica; Hildegard Bittrnann, curadora; dr.
Ulrich Bork, médico; Magdalena Bork, curadora; Lourdes Bourgos, médica; Elisabeth Braasch,
parteira; Cordula Bruch, curadora; Ingrid von Bülow; dra. Gisela Buttler, médica; dr. Caribé de
Araújo Pinho, médico; Christel Deutsch, curador; Maria Dick; dra. Gertrud Dietrich, naturote-
rapeuta e curadora; dra. Christiane Doering, médica; Susanne Edelmann, curadora; Harald Faltz,
médico; dra. Gislinde Forer, médica; Alfred Franke, curador; Irmã Marita Franz, enfermeira
geriátrica; Wolfgang Gerz, médico; Diethild Glaser, curadora; dr. Emerson de Godoi Cordeiro
Machado, médico; dra. Eva Gordel, médica; Heidy Hahn-Becker, curadora; dr. Thomas Hansen,
médico; Gerhard Hayn, médico; dr. Ekkehard Heck, dentista; dr. Hans Hein, médico; dra. Ruth
Herfurtner, dentista; dr. Thomas Hermanns, médico; dr. Jochen Hillebrand, médico; dra. Christa
Hofmann, médica; Patrick Joss; dr. Hartrnut Jungjohann, médico; Thomas Kahmann, curador;
Rainer Klaeschen, curador; dr. Wolfgang Klee, médico; dra ..Renate Kock, médica; Brigitte Rose
KoIler-MüIler, curadora; dra. Eva Kuczewski-Anderson, médica; Michel Leclercq, médico;
Christine Leibacher-Mosli, curadora; dr. Helmut Leiblein, médico; Günther Lippler, médico;
Elisabeth Malkstadt; dr. Roland Martin, médico; dr. Ruedi Meyer, dentista; dr. Helgo Meyer-
Hamme, médico; Michael Minsel, psiquiatra; dra. Doris Normann, médica; dra. Barbara Ohlen,
médica; dr. Hans-Otto Oldenhage, médico; Angela Orendt, curadora; Gerlinde Pabst, curadora;
Hildegard Promper, curadora; dra. Anne-Gabriele Rebholz, médica; Eckehard Rechlin, psiquia-
tra; dra. Luise Reddemann, médica; Gudrun Rodewald, curadora; Elisabeth Rolli-Walter, psi-
quiatra; dr. Wolfgang Rosendahl, médico; Inge Ruppel; dr. Kai Sawatzki, médico; dr. Joachim
Schiller, dentista; dr. Hans-Jürgen Schmid, médico; Alexander Schmoll, curador; Rose Scholl;
dra. Christel Schweizer, médica; dr. L. Rotraut Spiegel-Weitz, filósofo e curador; Claudia Stein-
Brasser, farmacêutica; Irmã Sylvia Steinemann, enfermeira geriátrica; dr. Urs Steiner, médico;
Claudia Stemmle; Claudia Stern; dra. Monika Steyns, médica; dr. Johannes Storto, médico; dra.
Beate Strittmatter, médica; TIse-Marie Struck, curadora; dr. Burkard von Sydow; Elisabeth Tau-
bert, curadora; Hanne Tauscher, curadora; dra. Beatrix Thunn-Hohenstein, médica; dr. H.-H.
Voelkel, médico; Caroline Walk, curadora; dra. Barbara Wernisch, médica; dr. Peter Wilczko-
wiak, médico; Wiltrud Wilken, curadora; dra. Patricia Winkler-Payer, médica; dr. Alexander
Witasek, médico; e dr. Dirk-Ingo Wolfrum, médico.
Agradecemos ao engenheiro Dieter Knapp e ao Instituto de Pesquisas de Radiestesia e
Biofísica, Fahrenbacher Str. 22, 6149 Fürth/Odenwald.
Pela leitura e revisão técnica, agradecemos ao dr. Ame Schaffler, médico de VIm, e à sua
equipe. E à Editora Jungjohann, de Neckarsulm, somos gratos por toda a sua cooperação.
12
Apresentação
A medicina fez conquistas extraordinárias nas últimas décadas. Pessoas cujas .doenças antes
representavam uma condenação à morte, hoje sobrevivem graças apenas aos antibióticos, aos
transplantes, à vacinação e à melhora das condições de higiene. Vê-se uma forte tendência, em
parte assustadora, à dispendiosa medicina de aparelhos. Esses avanços médicos só foram pos-
síveis através de uma especialização crescente. Por meio de pesquisas num campo estritamente
delimitado, foi possível detectar partículas cada vez menores de matéria e induzir mutações no
nível celular ou mesmo molecular, como por exemplo os hormônios, os receptores e os neuro-
transmissores. Com essa especialização, corre-se o risco de perder de vista o todo; de esquecer,
ao observar a mutação dentro de uma célula, que essa célula é parte de um grupo de células,
que esse grupo é parte de um órgão, que esse órgão é parte de um corpo e que esse corpo é
parte de um espírito.
As doenças que o médico encontra quando começa a clinicar são bem diferentes daquelas
cujo diagnóstico e terapia eram enfatizados durante o curso universitário. A grande maioria dos
pacientes sofre de doenças crônicas para as quais não existe terapia; por exemplo, disfunções
das quais não se conhece a causa orgânica. Enquanto os pacientes e o médico ficam igualmente
frustrados por não conseguir uma cura definitiva apesar de todos os seus esforços, busca-se cada
vez mais acrescentar um tratamento psicológico, por exemplo, a psicoterapia. No entanto, às
vezes o médico não consegue valer-se desse recurso terapêutico, seja por falta de formação
profissional, seja por falta de tempo ou por não estarem disponíveis as propostas terapêuticas
adequadas e, além disso, muitos pacientes se aterrorizam e recusam-se a aceitar uma possível
gênese psíquica para sua. doença
Uma representativa pesquisa de opinião realizada na Alemanha mostrou que mais de 80%
dos pacientes desejam a aplicação de métodos naturais como parte integrante dos cuidados com
a saúde. Também esses pacientes aceitariam a medicina natural se, em conseqüência de uma
reforma da Saúde Pública, fossem forçados a participar dos custos do tratamento. Mas não só
os pacientes como também os médicos alemães estão confiando cada vez mais nos métodos
não-convencionais de tratamento. Uma pesquisa feita entre os médicos de Freiburgo revelou que
41 % deles afirmavam ser médicos acadêmicos; 48%, médicos acadêmicos com tendência à
medicina alternativa; e 8%, totalmente partidários da medicina alternativa. As formas mais di-
fundidas de medicina alternativa são a homeopatia, a acupuntura, os remédios à base de plantas
e os métodos antroposóficos. No entanto, os médicos se queixam da falta de formação nessa
área, na Universidade, e das dificuldades para incorporar à prática cotidiana todos esses métodos
complementares.
Entre a psicoterapia (que exige tempo intensivo) e os diversos métodos de cura natural (de
difícil aprendizado), está a Terapia Floral de Bach. Nos últimos anos, tem havido uma aceitação
crescente da idéia de que o estado emocional e psicossocial de uma pessoa pode ter influência
básica na superação de um estado doentio. Através das mais recentes pesquisas da psiconeuroi-
13
munologia, mostrou-se claramente que há uma relação fundamental entre a atitude psíquica e o
,poder de resistência física. Quando a harmonia entre espírito, alma e corpo se rompe, pode-se
usar, ao lado dos diversos métodos psicoterapêuticos, a Terapia Floral de Bach. À primeira vista,
parece inacreditável que algumas flores tenham a propriedade de ajudar na cura de tantas doenças
agudas ou crônicas, bem como de tantos problemas funcionais. Ao que parece, o sistema floral
de Bach age sobre os psicogramas recorrentes, aquelas peculiaridades do caráter (Bach as chama
de "falhas de caráter") que levam ao conflito e assim preparam o terreno para uma doença física.
A Terapia Floral de Bach oferece ao médico a possibilidade de desenvolver uma parceria inten-
siva com o paciente de modo a ajudá-lo a lidar de forma construtiva com a doença, descobrir
suas causas mais profundas e explorar as chances de desenvolvimento espiritual que ela lhe
proporciona. Depois que a pessoa começa a confiar na Terapia Floral de Bach, é possível tra-
balhar com sucesso dentro do quadro da "pequena psicoterapia". Com isso, pode-se fechar uma
lacuna no tratamento psicossomático básico, pois ao paciente é oferecida uma "ajuda para a
auto-ajuda". Com a Terapia Floral de Bach, não só se administra um medicamento como também
se aplica uma verdadeira arte da cura.
Este livro, no qual vários ramos especializados da medicina tomam a palavra, baseia-se em
mais de 60 anos de experiências realizadas por numerosos médicos com a Terapia Floral de
Bach. É uma obra didática, conscienciosa e fascinante, que garante experiências bem-sucedidas
e rápidas. Mesmo no caso de faltarem provas científicas da eficácia da Terapia Floral de Bach,
as experiências mostram que o efeito individual surge sem que a ele se somem indesejáveis
efeitos colaterais, e o tratamento pode ser combinado com todos os outros métodos terapêuticos,
sem nenhum risco.
Desejamos que o livro desta dedicada terapeuta seja cada vez mais divulgado na prática
médica.
14
PARTE I
1. Edward Bach e a Descoberta
da Terapia Floral
1917 - Colapso da saúde. Operação de um tumor maligno no baço, com prognóstico de três
meses de vida No entanto, recuperou-se plenamente dessa crise num período de três meses,
graças à vontade absoluta de concluir seus projetos de pesquisa.
1. Cf. Nora Weeks, The Medit:al Discoveries of Edward Bach, Physician, C.W. Daniel Co.
17
da personalidade. Seu novo objetivo é fazer o diagnóstico através dos sintomas emocionais,
em vez de fazê-Io por meio dos dispendiosos exames bacteriológicos.
1920-1928 - Abertura de um laboratório em Crescent Park e um consultório na Harley-Street,
bem como de um ambulatório para pessoas pobres em Nottingham Place. Publicação de
diversos trabalhos com a colaboração dos médicos homeopatas F. C. Wheeler, Dishington,
Patterson e Clarke, como por exemplo "A relação entre a vacinação e a homeopatia", "A
toxernia intestinal e sua relação com o câncer" e "A redescoberta da psora", bem como a
participação em diversos congressos de homeopatia.
Ao reconhecer que os sete nosódios só poderiam curar manifestações agrupadas sob o
conceito de psora e não outras doenças crônicas, é despertada sua vontade de descobrir mais
remédios e, sobretudo, remédios "mais puros". Bach presume que muitos doentes crônicos
sentiam uma aversão instintiva às drogas preparadas com substâncias produzidas pela pró-
pria doença. Ele procura e encontra diversas plantas com uma freqüência vibracional seme-
lhante à dos nosódios (por exemplo, Ornithogalum e Morgan), mas de início fracassa na
questão da polaridade. A planta preparada pelo processo homeopático tem uma polaridade
positiva, enquanto os nosódios eficazes, produzidos a partir de bactérias intestinais, têm
uma polaridade negativa. Bach postula um novo "método de potencialização" que exclui a
polaridade.
A partir de 1928 - Uma observação mais intensa dos componentes psíquicos do surgimento
da doença leva-o ao conhecimento intuitivo de determinados tipos de personalidade emo-
cional e modos de reação da natureza humana. Bach assume que as pessoas, conforme
pertençam a um destes tipos de personalidade emocional, irão sempre reagir ao aparecimento
da doença de modo igual ou semelhante. Primeiro teste das plantas Impatiens, Mimulus e
Ciematis, sob a forma homeopática. Publicação do livro Some New Remedies and Their
Uses (Alguns novos remédios e seu USO).2
A partir de 1930 - No auge da carreira médica, aos 44 anos de idade, Edward Bach toma a
súbita decisão de vender o consultório e o laboratório londrinos3 para dedicar-se integral-
mente ao estudo dos diferentes tipos de personalidade humana e à busca de plantas curadoras
específicas, na intocada paisagem do País de Gales. Bach queima numa fogueira os arquivos,
ensaios e alguns utensílios ligados às suas atividades anteriores, pois agora as vê como um
mero estágio preliminar para o novo método de cura que irá descobrir.
Junto com sua assistente Nora Weeks, Bach encontra e prepara os nove primeiros dos
chamados Twelve Healers ("doze curadores"): Impatiens, Mimulus, Ciematis, Agrimony, Chi-
cory, Vervain, Centaury, Cerato e Scleranthus, nos arredores de Cromer, condado de Norfolk.
Descoberta do novo processo de preparo - o método solar -, no qual fica resolvido
o problema da polaridade (ver pág. 28). Primeira formulação de seus conhecimentos e de
sua filosofia da saúde, da doença e da cura no livreto Heal Thyself (Cura-te a ti mesmo),
que viria a tornar-se sua principal obra. Bach usa deliberadamente uma linguagem simples,
também compreensível aos leigos (ver pág. 20).
Antigos colegas, como Wheeler e Clarke, testam os novos remédios florais em seus
2. Em virtude dos serviços do dr. Bach à homeopatia, suas essências florais foram incorporadas ·à
farmacopéia homeopática norte-americana.
3. Depois que o produto dessa venda se esgotou, Bach viveu até o final da vida em condições finan-
ceiras bastante modestas, sustentado apenas por doações de amigos e de pacientes gratos pelas curas
alcançadas.
18
pacientes e encorajam Bach a continuar seu trabalho. O próprio Bach costumava tratar
gratuitamente os pacientes, nos meses de inverno, com seus novos "remédios florais":
A partir de 1931 - Descoberta dos três últimos remédios da série Twelve Healers: Water Violet,
Gentian e Rock Rose.
1932 - Publicação do livreto Free Thyself(Liberta-te a ti mesmo) que ele, depois da primeira
edição, não deixou republicar por considerá-Io apenas um estágio preliminar para posteriores
edições de Heal Thyself.
Troca de correspondência com o Conselho de Medicina, que chegou a ameaçá-Io com
a cassação do diploma médico se ele continuasse a usar colaboradores leigos e a divulgar
seus conhecimentos aos leigos. Mas Bach consegue manter sua posição.
1933 - Desenvolvimento crescente de sua sensibilidade. Descoberta e preparação de mais quatro
florais, os chamados Four Helpers (quatro auxiliares): Gorse, Oak, Heather e Rock Water.
Bach oferece gratuitamente as essências-mãe a duas grandes farmácias de Londres, sob
a condição de que elas vendam os remédios ao público pelo preço mais baixo possível.
1934-1935 - Bach descobre os três últimos remédios de sua primeira série: Wild Oat, Olive e Vine.
Formula seu "remédio dos primeiros socorros": Rescue.
Na suposição de que seu sistema de cura esteja completo, Bach se instala em Sotwell,
lugarejo no vale do baixo T'arnisa, onde também cresce a maioria das plantas por ele encontradas
até então.
Em Sotwell, o desenvolvimento pessoal de Bach alcança uma nova fase, de extrema sen-
sibilidade. Ele experimenta em si mesmo outros estados emocionais negativos. Em cada um
desses estados, encontra a planta correspondente - quase o oposto da medicina homeopática.
Depois de preparar e ingerir a essência dessa flor, os sintomas emocionais patológicos desapa-
recem em poucas horas.
E é assim que Bach encontra, em rápida seqüência e com o apoio de sua colaboradora
Nora Weeks, mais dezenove remédios, todos eles preparados (com exceção de White Ches-
tnut) pelo método de fervura por ele criado.
1936 - Depois de completar esta série, Bach acredita que, com ela, seu sistema está concluído
e encerrada a sua obra.
Resolve divulgar sua terapia e seus conhecimentos, através de um ciclo de palestras, a um
público mais amplo. Na noite de seu 50" aniversário, faz a primeira palestra pública em Wallingford.
27-11-1936 - Bach morre durante o sono. A causa da morte é parada cardíaca.
Seus colaboradores Nora Weeks e Victor Bullen, indicados por Bach como seus su-
cessores, dão continuidade ao seu trabalho até 1978. Eles, por sua vez, determinaram a
administração e custódia de sua obra no Centro Bach, as quais são seguidas até hoje.
4. Texto incluído no livro Os Remédios Florais do Dr. Baeh; publicado pela Editora Pensamento,
São Paulo, 1990. (N.E.)
19
1.2.1. A visão de Bach sobre a doença e a saúde
A visão de Bach sobre a doença e a saúde ultrapassa os conceitos usuais da medicina oficial
de sua época:
A doença nunca será curada ou erradicada pelos atuais métodos materialistas, pela simples
razão de que a doença, em sua origem, não é material.
Aquilo que chamamos de doença é o resultado último produzido no corpo, o produto final
de forças profundas e há muito atuantes; e, mesmo que o tratamento material seja, por si só,
aparentemente bem-sucedido, isso nada mais é que um alívio temporário a menos que a causa
real tenha sido removida.
A moderna tendência da ciência médica, ao mal interpretar a verdadeira natureza da doen-
ça e se concentrar em termos materialísticos no corpo físico, tem aumentado imensamente o
poder da doença; primeiro, ao desviar o pensamento das pessoas da verdadeira origem da
doença e, portanto, do método eficaz de atacá-ia; segundo, ao localizar a doença no corpo,
assim obscurecendo a verdadeira esperança de recuperação e fazendo surgir um poderoso
complexo doentio de medo, que nunca deveria ter existido.
A doença é, no seu ceme, o resultado do conflito entre o Eu Superio,s e a Personalidade,6 e
nunca será erradicada exceto pelo esforço espiritual e mental.
Esses esforços, se adequadamente feitos com compreensão, podem curar e evitar a doença
ao remover os fatores básicos que são a causa primeira da doença. Nenhum esforço dirigido
apenas para o corpo poderá fazer mais do que um conserto superficial do dano, e nisso não
existe cura, pois a causa ainda está ativa e pode a qualquer momento voltar a demonstrar sua
presença sob uma outra forma.
Na verdade, em muitos casos, uma recuperação aparente é prejudicial, pois ela oculta do
paciente a verdadeira causa de seu problema; e, na satisfação da saúde aparentemente reno-
vada, o verdadeiro fator da doença, despercebido, pode ficar se fortalecendo. 7
A doença é apenas e tão-somente corretiva. Eia não é vingativa nem cruel; mas é o meio
adotado pela nossa Alma para nos mostrar os nossos erros, nos impedir de cometer erros
ainda maiores, nos impedir de causar maiores danos e nos trazer de volta àquele caminho
da Verdade e da Luz do qual nunca deveríamos ter nos afastado. 8
Desta forma, o conceito de doença, saúde e cura de Bach supera os limites da personalidade
individual - alcançando uma consciência cósmica superior.
Ao mesmo tempo, com essa visão Bach supera os limites de todos os sistemas médicos
ocidentais desdeoa época de Paracelso.
5. Ou Alma, também no sentido que lhe dá C. G. Jung - nosso âmago essencial divino, a centelha
divina, nossa conexão com o cosmos.
6. No sentido de C. G. Jung, é o "Eu" - objeto e meta do processo de individuação (veja também p. 30).
7. Cura-te a ti mesmo, 1931.
8. Somos a causa do nosso sofrimento, Ye Suifer from Yourselves, 1931.
20
A sintonia, ou harmonia, entre essas duas entidades está subjacente às duas possibilidades
de conflito que podem se transformar na causa da doença:
Assim, qualquer ação contra nós mesmos ou contra os outros afeta o todo, porque, ao
causar imperfeição em uma parte ela se reflete no todo, cada partícula do qual deve, em última
análise, tomar-se perfeita. 9,
Ambos esses conflitos levam a uma desarmonia entre o Eu Superior e a Personalidade. Eles
se manifestam como "falhas" ou fraquezas de caráter no nível da personalidade, que Bach des-
creveu como "as verdadeiras doenças básicas do ser humano":lo
As verdadeiras doenças básicas do ser humano são defeitos tais como o orgulho, a crueldade,
o ódio, o egoísmo, a ignorância, a indecisão e a avidez. I I
9. Cura-te a ti mesmo.
10. Os sintomas dessas "doenças básicas" são os 38 estados emocionais desarmônicos defmidos por
Bach.
11. Cura-te a ti mesmo.
21
A Avidez leva a um desejo pelo poder. Ela é uma negação da liberdade e da individualidade
de cada ser.
Cada uma dessas qualidades negativas, quando nela se persiste contra a voz do Eu Superior,
irá gerar um conflito que necessariamente se refletirá no corpo físico, produzindo um tipo
específico de doença.
O orgulho, por exemplo, que é arrogância e rigidez mental, fará surgir aquelas doenças
que produzem rigidez e endurecimento do corpo.
A dor é o resultado da crueldade; através do sofrimento pessoal, o paciente aprende a rião
infligir dor, física ou mental, aos outros.
As penalidades do ódio são a solidão, a índole violenta e incontrolável, as explosões ner-
vosas e os estados de histeria.
As doenças introspectivas - neurose, neurastenia e estados similares - são causadas por
um excesso de egoísmo.
A ignorância e a falta de sabedoria trazem suas próprias dificuldades à vida cotidiana e
se, além delas, houver uma resistência para ver a verdade quando a oportunidade se oferece,
as conseqüências naturais serão a miopia e uma deterioração da visão e da audição.
A instabilidade mental leva à instabilidade física, com os vários distúrbios que afetam os
movimentos e a coordenação.
O resultado da avidez e do controle sobre os outros são aquelas doenças que transformam a
pessoa em um "escravo" de seu próprio corpo, com desejos e ambições restringidos pela doença. 12
E assim, para uma cura completa, devemos usar não só os meios materiais, escolhendo
sempre os melhores métodos que sejam conhecidos na arte da cura, como também nos esforçar
ao máximo para eliminar qualquer falha em nossa natureza.
Isso porque a cura final e completa vem, em última análise, de dentro de nós, da própria
Alma, que, quando o permitimos, irradia harmonia por toda a personalidade. 13
Desse modo, chegamos à compreensão de que não combatemos mais a doença com a
doença; não opomos mais à enfermidade os produtos da enfermidade; não tentamos mais eli-
minar as moléstias com substâncias que podem causá-las - mas, pelo contrário, trazemos a
virtude oposta, que irá eliminar a falha.
E a farmacopéia do futuro próximo conterá apenas os remédios que tenham o poder de
trazer o bem, eliminando todos aqueles cuja única qualidade é resistir ao mal. 14
22
1.4. A visão de Edward Bach sobre a missão
futura do médico
"A cura deixará o domínio dos métodos materiais de tratar o corpo físico e passará para
o domínio da cura espiritual e mental, o qual, ao harmonizar a Alma e a mente, irá erradicar
a própria causa básica da doença e então permitir que se usem os meios materiais que possam
ser necessários para a cura completa do corpo.
Parece bastante possível que, a menos que a classe médica perceba esses fatos e acompanhe
o crescimento espiritual das pessoas, a arte da cura passe às mãos de ordens religiosas ou
daqueles curadores natos que existem em todas as gerações mas que, no entanto, vivem mais
ou menos na obscuridade, impedidos pelas atitudes ortodoxas de seguir sua vocação natural.
23
2. Reflexões Sobre o Efeito
da Terapia Floral de Bach
,
2.1. E possível provar cientificamente o efeito
da Terapia Floral de Bach?
Todos os que se deixam fascinar pelos métodos sutis de cura e buscam uma explicação
científica para esses fenômenos se vêem confrontados com uma perturbadora multiplicidade de
modelos de interpretação oferecidos pela biofísica, pelas pesquisas do cérebro, pela biopsicologia
e por muitas outras áreas de pesquisa que superam a si mesmas num ciclo cada vez mais rápido.
Mas, ao que parece, são exatamente os resultados das mais recentes pesquisas que vêm
comprovar os antigos conhecimentos da chamada "medicina popular". Os índios norte-ameri-
canos dizem que o homem, para ser fisicamente saudável, "precisa sentir-se uma parte essencial
da harmonia que envolve todas as criaturas vivas"; esta idéia corresponde, por exemplo, à atual
definição da "complexa trama de todos os processos de vida no cosmos".
Cada vez mais, parece comprovar-se o fato de que estamos aos poucos aprendendo que, em
última análise, princípios relativamente simples regem todos os fenômenos cósmicos que co-
nhecemos. Talvez esta sugestão de Bach também devesse ser assim entendida:
Que a simplicidade deste método não desencoraje o seu uso, pois quanto mais suas pes-
quisas avançarem, mais vocês irão perceber a simplicidade de toda a Criação.1
É por isso que, deliberadamente, deixamos de apresentar aqui quaisquer novos modelos de
interpretação, que talvez em poucos meses já estivessem ultrapassados. Por outro lado, as visões
e os conhecimentos de hoje iluminam cada vez mais a definição pessoal de Edward Bach sobre
a ação de seus remédios florais.
24
dá inspiração, de elevar nossa natureza e nos aproximar de nossa Alma; com isso, nos trazem
a paz e aliviam os nossos sofrimentos.
Elas curam, não atacando a doença, mas inundando o nosso corpo com as belas vibrações
do nosso Eu Superior, em cuja presença a enfermidade se dissolve como neve ao sol. 2
Em palestra para uma sociedade homeopática, Bach explicou que as plantas por ele esco-
lhidas "unem os receptáculos que permitem uma maior unidade entre a alma e o corpo" ou
"abrem os nossos canais para as mensagens do Eu Espiritual".
Isso poderia significar, por exemplo, que a Terapia Floral de Bach realiza uma harmoni-
zação bioenergética das informações cibernéticas incorretas no sistema límbico ou direta-
mente no hipotálamo.
Na arte esotérica da cura (nos ensinamentos de Mazdaznan, por exemplo), também se faz
referência a um contexto semelhante quanto ao "importante papel modulador da epífise como
agente de ligação com a natureza espiritual do homem".
Como quer que imaginemos nos dias de hoje a eficácia das essências florais de Bach,
podemos ter certeza de que há uma aceleração da freqüência vibracional de detenTÚnadas partes
bloqueadas ou "congeladas" do nosso campo bioenergético e, assim, simultaneamente ocorre a
modificação da informação energética correspondente.
Bach diz que "as belas vibrações do nosso Eu Superior inundam a nossa natureza com a
virtude específica de que precisamos para, através dela, retirar de nós a falha de caráter".
De fato, as chamadas "impressões digitais do sistema imunológico" - que também poderíamos
chamar de psicotoxinas - são purificadas ou transformadas nos níveis mais sutis da energia. Não
é sem motivo que Bach compara este efeito com a música ou outras atividades inspiradas.
Portanto, pode-se definir a Terapia Floral de Bach como uma terapia de purificação ou
liberação no nível da alma. Não é fora de propósito supor que as psicotoxinas ou venenos da
alma congestionam ou bloqueiam uma parte do nosso campo bioenergético, assim como as
toxinas do metabolismo bloqueiam o intestino humano.
Nesse contexto, é interessante observar que muitas pessoas, ao tocar espontaneamente o frasco
com a essência floral que lhes é adequada naquele momento, têm como primeira reação uma forte
sensação de frio nas mãos ou em todo o corpo. Logo depois, ela se transforma em sensação de calor.
Disso se conclui que uma parte da energia bloqueada, com uma freqüência vibracionaI extremamente
baixa no campo bioenergético, de súbito entra em movimento e começa a fluir.
Também se pode chegar a essa conclusão pelas típicas reações oníricas que, em 55% dos
pacientes, surgem no nível do corpo sutil nos três primeiros dias de ingestão do remédio.
25
2.2.1. Algumas reflexões sobre a relação entre o
ser humano e a planta
Uma criança perguntou a Strindbergh: "Por que as flores, que são tão bonitas, não cantam como
os passarinhos?" E ele teria respondido: "Elas cantam, sim, só que não conseguimos ouvi-Ias."
Para Rudolf Steiner, não havia dúvida de que o reino vegetal tem uma relação especial e
direta com o plano da alma humana. Os antigos herboristas referiam-se às plantas como "o ser
sob os seres". E por certo ainda conhecemos a "linguagem das flores", através da qual as gerações
anteriores a nós costumavam expressar seus sentimentos mais sutis.
Tribos indígenas que ainda não sofreram a distorção de sentimentos e pensamentos típica do
mundo ocidental consideram, por exemplo, as árvores como "nossas irmãs". Dizem que "as árvores
atuam como canais para as energias, pois sua receptividade não é bloqueada pela atividade mental".
Desse ponto de vista, seria interessante e instrutivo refletir sobre os métodos e dimensões
da poluição ambiental e da destruição da natureza, e daí deduzir como o homem civilizado do
Ocidente lida com o plano de sua alma.
Também é digna de reflexão a seguinte hipótese: Quando determinadas qualidades coletivas da
natureza humana mais elevada começam a desaparecer no nível da personalidade em um grande
número de pessoas, então a planta relacionada com essa qualidade também se retira Poderia a
extinção dos olmos (Elm) estar relacionada com a decadência do senso de responsabilidade entre as
novas gerações dos países industrializados - fato do qual tantas pessoas se queixam?
Para C. G. Jung, que em seus estudos alquírnicos refere-se às plantas como "seres de luz",
a flor é o símbolo do Eu Espiritual. O potencial energético mais elevado e mais rico da planta
está incorporado na flor, especialmente no seu pleno desabrochar.
Segundo Steiner, os processos de crescimento das plantas correspondem aos processos do
metabolismo humano. O interessante nesta correlação é que Bach iniciou sua carreira de pes-
quisador; com o estudo dos processos metabólicos do homem.
Bach sabia que as plantas que esperava encontrar teriam de ser plantas de elevada vibração
magnética, contendo apenas substâncias benéficas. Pois ele estava convencido de que, em princípio,
as plantas e substâncias venenosas não foram criadas para curar as doenças do corpo humano.
Espécies vegetais primitivas como as algas, por exemplo, foram excluídas por Bach desde
o início, assim como as plantas venenosas3 e também as plantas que basicamente servem para
alimentação humana. As verdadeiras plantas com poder de cura, e disso Bach estava certo,
eram de outra qualidade e em menor número. Ele tinha consciência de que muitas plantas têm
em si atributos medicinais ativos, que reduzem ou tornam mais suportáveis os sofrimentos do
corpo humano; mas as "verdadeiras plantas curadoras" teriam de possuir poderes mais fortes
e abrangentes e vibrações mais elevadas.4
3. Essa afirmação refere-se apenas à não-toxicidade das flores no hábitat inglês e não aos outros
componentes da planta (como os frutos e as raízes).
4. Weeks, obra citada.
26
É possível que Bach tenha extraído intuitivamente do conhecimento coletivo celta de seus
antepassados galeses as plantas silvestres que eles usavam para fins de cura. E, da mesma forma
que os rosa-cruzes - que utilizavam como plantas curadoras apenas as ervas "simples" e co-
muns, como a verbena (Vervain) -, também Bach estava convencido de que as plantas que
buscava seriam encontradas entre as "flores e ervas simples dos campos e riachos".
Seria impossível fundamentar de forma científica o modo como Bach conseguiu encontrar,
entre os milhares de plantas da flora inglesa, as espécies que buscava.
O certo é que foi concedida a ele a rara dádiva da intuição que lhe permitia usar seletivamente
sua percepção para observar as sutis diferenças entre várias espécies vegetais semelhantes. Este
dom se desenvolveu com mais intensidade principalmente nos últimos anos de sua vida.
Por fim, bastava-lhe colocar na língua uma pétala da flor para perceber todo o potencial
energético da planta, sob a forma de uma resposta da alma ou do corpo. '. -
Ainda assim, Bach despendeu seis anos de sua vida até o encontro definitivo de suas 38
plantas.
Quando se observa às-plantas escolhidas por Bach sob uma perspectiva fitoterápica, chama
atenção o fato de que se atribui a muitas delas um efeito purificador. Tanto quanto se sabe,
nunca antes tinham sido usadas para fins de cura apenas as flores dessas plantas, com exceção
da flor do castanheiro-da-índia (White Chestnut).
Comparando as indicações das essências florais de Bach com as sucintas descrições da
homeopatia clássica dos sintomas emocionais de cerca de 18 plantas, vê-se que, exceto por
alguns sintomas de Clematis, não há praticamente nenhum acordo entre elas.
A questão do local
A orientação de Bach no sentido de que as plantas poderiam ser colhidas e processadas por
qualquer pessoa, é hoje entendida por muitos como a possibilidade de as colhermos, nas con-
dições mais favoráveis possíveis, no nosso jardim ou diante da nossa porta.
Claro está que é ingênuo aceitar esta idéia - como bem o sabem o botânico e o fabricante de
remédios homeopáticos ou antroposóficos. Provavelmente, é bem mais difícil - e os próprios es-
pecialistas são os primeiros a admitir -, encontrar locais onde as plantas manifestam as qualidades
vibracionais elevadas e harmoniosas que são adequadas para a Terapia Floral original de Bach. É
interessante notar que o próprio Bach encontrou muitas das suas essências florais num só local;
Gentian e Rock Rose, por exemplo, foram encontradas numa mesma campina do condado de
Kent; a maioria das árvores cresce na própria aldeia de Sotwell e em seus arredores.
A frase de Paracelso, "O remédio surge junto com a doença", cuja citação se encaixa neste
contexto, provavelmente se refere às plantas curadoras que Bach denominou "analgésicas" e que
são usadas para tratar os sintomas das doenças físicas.
No nível teórico, isso pode levar à pergunta: acaso não existiriam, em outros continentes,
outras plantas com as mesmas qualidades energéticas? Embora esta hipótese não possa ser ex-
cluída, até o momento não se dispomos de observações suficientes e confiáveis.
É bastante esclarecedora a experiência de que as essências florais originais de Bach têm,
em pessoas de outros continentes, de outras raças, o mesmo efeito que na Inglaterra. Alguns
casos interessantes foram apresentados à autora.
27
Nossa prática nos permite responder: "não". Isto se explica porque, na Terapia Floral de
Bach, não se usa o corpo nem a matéria, mas apenas a informação energética da planta. A
"essência" da planta não é afetada pelas circunstâncias ambientais do momento.
Numa manhã de maio, Bach passeava por um campo ainda úmido de orvalho, quando lhe
ocorreu que cada gota de orvalho deveria conter algumas qualidades da planta sobre a qual
repousava; pois o calor do sol agia através da água e extraía daquela planta suas energias
ativas, até que aquela gota de orvalho estivesse totalmente carregada com a energia da planta.
Ele percebeu claramente que, se conseguisse extrair deste mesmo modo as forças curadoras
da planta, obteria a perfeita e impoluta energia de cura daquela planta. O preparado assim
obtido iria curar de um modo nunca antes alcançado por nenhum outro remédio. 5
De iníciô, Bach fez experiências com gotas de orvalho colhidas de diferentes plantas. Depois,
com base nessas experiências, desenvolveu aquilo a que chamou "processo de potencialização",
que explicamos simplificadamente a seguir.
O elemento ten'a é o solo que sustém e mantém a planta; o ar a alimenta; ofogo toma-a capaz
de transmitir sua força; e a água, enfim, capta sua benéfica energia curadora e a armazena. 8
28
Essa qualidade energética que é armazenada na água poderá agora, como um catalisador,
acelerar ou transformar possíveis bloqueios na parte correspondente do campo bioenergético
humano.
As flores são colhidas no estágio do pleno desabrochar da planta, nos locais naturais esco-
lhidos por Bach, antes das nove horas da manhã, em dias ensolarados e sem nuvens no céu.
No próprio local da coleta, as flores são imediatamente colocadas numa vasilha de vidro
(com capacidade para meio litro), cheia de água natural de fonte - de preferência água das
vizinhanças. A vasilha é deixada ao sol, próxima à planta, durante três ou quatro horas. Quando
as flores mostram os primeiros sinais de fenecimento, são cuidadosamente removidas do líquido
com um galhinho da própria planta. O líquido é conservado em igual quantidade de álcool (39,5°)
e mais tarde diluído, numa segunda etapa de diluição, na proporção de 1:240. Resulta deste
processo o frasco de concentrado (stock bottle), do qual mais tarde, em outra etapa de diluição,
serão preparados os frascos de dosagem do paciente.
Estas essências florais são preparadas pelo método solar: Oak, Gorse, White Chestnut, Water
Violet, Rock Water; Mimulus, Agrimony, Rock Rose, Centaury, Scleranthus, Wild Oat, lmpatiens,
Chicory, Vervain, Clematis, Heather, Ce rato, Gentian, Otive e Vine.
Embora Edward Bach achasse que todas as pessoas poderiam perfeitamente preparar as
essências florais do sistema de cura que criara - o que ele chamava de autoterapia - ainda há
argumentos contrários. Quando uma pessoa está tão familiarizada quanto o próprio Bach com
a natureza em estado selvagem e com a prática de labor~tório, ela percebe, pela experiência
humana, como é freqüente que as dificuldades sejam tratadas com extrema leviandade pelos
9. Quase todas as árvores e arbustos utilizados crescem nas proximidades do Centro Bach da Inglaterra.
29
leigos ou principiantes. Os aspectos listados a seguir são importantíssimos; muitas vezes eles
são desconsiderados e isso, a longo prazo, leva aos fracassos que já foram constatados na prática.
30
visualizados como uma espécie de repertório arquetípico dos programas emocionais negativos,
os quais estão armazenados nas faixas mais baixas de freqüência da natureza humana. Esses
padrões emocionais são vividos automaticamente pelo ser humano no nível da personalidade
quando, do ponto de vista energético, ele se encontra na faixa de freqüência correspondente.
Ao mesmo tempo, estes 38 estados emocionais negativos representam sintomas precisos
. que indicam claramente uma circulação energética perturbada entre os diversos níveis do ser.
Nas palavras de Bach: percebemos bloqueios entre o Eu Superior e a personalidade.
De acordo com C. G. Jung, os arquétipos são programas anímicos acionados em um deter-
minado nível de freqüência da natureza humana que independem do lugar, da época, da raça e
do ambiente cultural. Eles correspondem às possíveis experiências fundamentais típicas que o
ser humano vivenciou desde sempre e que são, portanto, encontradas também nos mitos e lendas
de todos os povos. Segundo Jung, o número desses tipos de comportamento coletivo ou arque-
típico é relativamente pequeno.
No final de...sua vida, depois de várias tentativas, Bach estava convencido de ter definido
por completo os arquétipos dos estados emocionais negativos do ser humano. Talvez esta afir-
mação possa levantar controvérsias - mas o fato é que, nesse campo, até agora não viemos a
conhecer nenhum outro estado emocional negativo realmente novo ou totalmente diferente. O
medo continua a ser medo, seja o medo da peste na Idade Média ou da tuberculose no fim do
século 19 ou da Aids nos nossos dias.
32
Quadro I
c: Holly H: Pine
c: Holly H: Pine
Desenho I Desenho 5
Desenho 2 Desenho 6
Desenho 3 Desenho 7
Desenho 4
Desenho 8
Ilustrações do Caso 71
Os diversos padrões de informação, ou estruturas energéticas do remédio, mostram-se como
figuras em forma de mandalas, de cores variadas; desse modo, hoje é possível tirar algumas
conclusões sobre a eficácia do remédio analisado a partir de suas estruturas cromáticas e formais
(ordem/desordem na tendência da irradiação).
No Quadro I, as fotos de A a J mostram as estruturas energéticas de seis diferentes essências
florais de Bach - bem como as estruturas do álcool e da água de fonte usados na preparação
das essências. I
Duas das fotografias (G e 1) são falsificações das essências florais originais de Bach que, segundo
informações do Instituto de Pesquisas de Knapp, contêm predominantemente água e álcool.
Com a ajuda do processo de chapas coloridas, também é possível constatar o efeito das
essências florais de Bach no sangue humano.
Ao acrescentar-se uma gota da essência floral indicada no momento para um paciente,
modifica-se significativamente a qualidade da irradiação do seu sangue. Por outro lado, as es-
sências florais que não correspondem no momento à estrutura da personalidade do paciente, e
portanto, não são indicadas para ele, deixam de provocar qualquer modificação da irradiação.
Com outro processo, o diagnóstico de campo escuro, pode-se observar graficamente, em
outro nível, o efeito das essências florais de Bach sobre o organismo.
O exame do sangue do paciente por meio do microscópio de campo escuro foi usado pelo
prof. Günter Enderlein (1872-1968) para estudar a transformação na forma dos micróbios no
organismo humano.
Hoje este método é usado no contexto da terapia isopática, à maneira do Prof. Enderlein,
tanto para diagnóstico quanto para controle terapêutico.
O Quadro 11 mostra fotos do sangue de uma paciente, tiradas no microscópio de campo
escuro antes e depois da ingestão das essências florais de Bach.12
No contexto deste livro, limitamo-nos à análise do estado dos eritrócitos.
A Foto 1 mostra um estado próximo ao normal; os eritrócitos são vistos como anéis lumi-
nosos próximos uns dos outros e que se destacam nitidamente contra o fundo.
A Foto 2 mostra o sangue em estado natural da paciente, uma mulher de 52 anos de idade
que sofria há dois anos de grave bronquite asmática e se tratava, na época da foto, com altas
doses de teofilina e cortisona. Pode-se perceber uma forte agregação (semelhante a rolos de
dinheiro) dos eritrócitos.
A Foto 3 mostra o sangue dessa paciente 20 minutos depois de ingerir uma associação de
Cherry Plum, Gentian, Bombeam, Pine e Water Violet.
Nesse momento já se percebe uma nítida separação dos eritrócitos, embora ainda sejam
visíveis os "rolos de dinheiro".
Na Foto 4 vê-se que, 45 minutos depois da ingestão das essências florais de Bach, os "rolos
de dinheiro" haviam se dissolvido em ampla medida
A Foto 5 mostra o sangue dessa paciente, cujo estado emocional se mantivera estável, nove
meses depois da primeira foto.
12. Essas fotos foram gentilmente cedidas pelo Sr. Wolfgang Keicher, curador, de Weinsberg.
38
semelhança do que ocorreu logo após a morte de Hahnemann - quando as pessoas começaram
a potencializar todo e qualquer tipo de substâncias -, atualmente se preparam, segundo o prin-
cípio de Bach, essências florais dos mais diversos tipos, desde verduras até orquídeas. Alguns
milhares de diferentes essências florais constituem a oferta mundial nos dias de hoje.
O interessante é que Bach previu esse desenvolvimento e adotou a seguinte posição, com
a qual muitos talvez não estejam familiarizados:
Uma prova do valor do nosso trabalho é que forças materiais espezinham o plano e
algumas tentam distorcê-lo ou desfigurá-lo. A distorção é a mais poderosa arma de des-
truição. O homem queria a possibilidade do livre-arbítrio; Deus lha concedeu. É por isso
que o homem sempre precisa fazer sua escolha. Tãõ logo um mestre entrega ao mundo sua
obra, já surge uma versão distorcida da mesma. Isso ocorre com as menores coisas, tanto
quanto com as maiores. Essas distorções surgem sempre, para dar ao homem a possibilidade
de separar o joio do trigo.
Esta reflexão não deve, do ponto de vista da lei espiritual, ser interpretada como uma pre-
tensão à exclusividade. Por outro lado, não é fácil fazer uma escolha com base em critérios de
julgamento que são parcialmente de difícil compreensão. As sugestões a seguir poderão oferecer
uma primeira orientação.
As essências florais existentes no mercado dividem-se, basicamente, em dois grupos:
13. Quando se comprova como é diferente o caráter de dois vinhos semelhantes mas provenientes de
diferentes solos e climas, por exemplo, não se pode esperar que essas essências florais tenham o mesmo
efeito que as originais.
14. Os exemplos citados a seguir foram tirados dos prospectos publicados pelos produtores dessas
essências florais.
39
Angel-Orchid (Epidendron secundum) - Esta essência nos abre para a comunicação com
os anjos. Ela nos toma leves e nos alçamos a níveis mais altos de consciência e intensificamos
nossas vibrações corporais. ("Essências de Orquídeas")
Com freqüência, essas essências não lidam com os temas básicos da alma humana (como,
por exemplo, a resignação e a esperança), mas sim com temas específicos da nossa época -
por exemplo, a frustração sexual da mulher:
Lehua (Metrosideros collina) - Esta essência fortalece as características femininas e traz
autoconsciência por meio de uma intensificação da sensualidade e da alegria da feminilidade. É
uma essência liberadora para as mulheres, na medida em que fortalece o chakra sexual e assim
restabelece o equilíbrio psíquico. ("Essências Aloha")
b) Diferença na sintomatologia
Bach definiu os 38 arque típicos estados emocionais negativos que mostram com precisão
que a personalidade se distanciou da Unidade e da orientação do Eu Superior, e em qual área.
da vida isso ocorreu. Se a pessoa observa esses estados com o desejo de chegar a uma com-
preensão de si mesma, a essência floral de Bach correspondente será "de ajuda na auto-ajuda".
Muitos dos novos sistemas, ao contrário, partem de estados emocionais positivos; com isso,
pode-se correr o risco de não chegar a um desenvolvimento mas, sim, a um ocultamento dos
processos interiores da alma. Por exemplo:
Fun-Orchid (Vandas tricolor) - Esta essência melhora nosso humor e nossa alegria de
viver. Ela nos ajuda a subir para esferas mais elevadas, de onde podemos contemplar nossos
problemas de outro ângulo. ("Essências de Orquídeas")
Fringed Mantis Orchid Essence - Esta essência é útil para todos aqueles que juntam
informações sobre as outras pessoas e sempre vivem "com as antenas ligadas" para descobrir
se não existe alguma coisa que possam usar em seu próprio benefício. Num estágio mais avan-
çado, essas pessoas parecem capazes de ler o pensamento dos outros. Isso lhes dá uma sensação
de superioridade. Elas não compreendem, contudo, que o Criador do Universo também pode ler
o pensamento delas. ("Essências de Orquídeas Australianas")
15. Para cada associação de seis essências florais de Bach, há 2.760.681 possibilidades de combinações
individuais.
40
casos de autismo e esquizofrenia, de pesadelos ou alucinações. Além disso, estimula a formação
de enzimas e auxilia na assimilação das proteínas. ("Pegasus")
d) Processos de preparação
Os processos de preparação destas essências florais diferem em parte dos métodos de Bach.
Assim, muitas delas também são potencializadas homeopaticamente.
41
3. A Terapia Floral de Bach
na prática diária
42
Experiências decisivas que integraram solidamente
a Terapia Floral de Bach na oferta terapêutica
• A disposição básica dos pacientes modifica-se para positiva - até o ambiente do consultório
se beneficia com isso.
• Os próprios pacientes afmnam que sentem mais bem-estar emocional do que com a medicação
alopática.
• O paciente é estimulado a cooperar; com isso, ele não só "perde" um sintoma como "ganha"
novas possibilidades de desenvolvimento.
• O paciente crônico aprende a lidar construtivamente com sua doença. Assim, ele tem a opor-
tunidade de abandonar o papel de "vítima" que talvez viesse alimentando há anos.
• O curador tem a possibilidade de aplicar uma "psicoterapia", dentro dos limites adequados,
movendo-se no terreno seguro de anos de experiência.
• A Terapia Floral de Bach pode ser usada junto com todas as outras formas de terapia.
• Com o uso da Terapia Floral de Bach, os remédios convencionais podem ser reduzidos de
40% a 60%.
Comparável a uma terapia natural de purificação no nível físico, pode-se definir a Terapia
Floral de Bach como uma terapia que harmoniza e purifica o nível emocional. Desse modo, ela
é também prevenção da saúde - uma medicina preventiva no mais verdadeiro sentido da palavra.
1. Comparar com o Caso 74: "A Terapia Floral de Bach na medicina previdencial."
43
negativos - em cerca de 20 minutos, no contexto das consultas pagas da "pequena psicoterapia".
Contudo, pelo bem dos pacientes, um diálogo mais longo é desejável.
Apresentamos a seguir algumas recomendações, que se mostraram confiáveis, sobre os
métodos de procedimentos desenvolvidos num consultório previdencial em Berlim.
• O paciente precisa saber que com essa terapia não há, e nem deve haver, qualquer depen-
dência em relação ao terapeuta.
No decorrer da terapia, o paciente ficará conhecendo tão bem a si mesmo e ao seu perfil
emocional que será capaz de, em futuras situações de crise aguda, tratar-se com as essências
florais sem ter de consultar o médico.
44
3.2. O diagnóstico
3.2.1. O diagnóstico por meio de entrevista
Na Terapia Floral de Bach, o diagnóstico é estabelecido durante uma entrevista, através da
empatia com a situação emocional do paciente e da percepção intuitiva de seus estados emo-
cionais negativos no momento.
O princípio da simplicidade também se aplica ao diagnóstico. Este tipo de diálogo não exige,
em tese, nenhuma formação psicológica, uma vez que não se trata de interpretação mas de
observação.
Este princípio simples - apenas observar "o que existe agora" - talvez pareça estranho
a muitos curadores, uma vez que eles estão acostumados a fazer suas interpretações com base
na meta do tipo "o que eu quero tratar".
Exemplos:
a) Observação correta: O paciente tem uma natureza demasiado generosa. Eu indico Centaury.
Interpretação incorreta: O paciente quer desenvolver mais poder de determinação. Eu
indico Vine.
b) Observação correta: A paciente não sabe realmente o que quer. Eu indico Wild Dat.
Interpretação incorreta: A paciente precisa tomar uma decisão definitiva. Eu indico
Walnut.
Dar atenção a essa experiência é a chave para o sucesso da Terapia Floral de Bach.
Como muitos curadores não aprenderam a conduzir esse tipo de entrevista, eles agem com
maior ou menor talento dependendo de sua própria experiência, a qual, é claro, é fortemente
determinada pela estrutura da sua personalidade. Tendo em vista o princípio da simplicidade e
o diálogo "de pessoa para pessoa", este é um ponto fundamental a ser aceito na Terapia Floral
de Bach.
Por outro lado, todo c.urador sabe como é fácil que certos padrões negativos de com-
portamento (como a impaciência, por exemplo) se insinuem durante a entrevista sem serem
percebidos, comprometendo assim o seu resultado. Desse ponto de vista, convencionou-se
estabelecer as seguintes regras básicas para o autocontrole periódico da pessoa que lida com
a cura.
45
Regras básicas para a entrevista com o paciente
• O paciente é meu semelhante. Ele está no centro do diálogo e deve ser aceito tal como é
e tal como está neste momento.
• Meus padrões de valores devem ficar em segundo plano. (Apesar da empatia, o curador
deve permanecer na posição de observador. Como a Terapia Floral lida com os sentimen-
tos, nem sempre é fácil manter a disciplina interior de modo a não reagir emocionalmente
aos relatos do paciente.)
Uma experiência que sempre se confirma na Terapia Floral de Bach é que o paciente, nas
cinco ou seis primeiras frases, fala sobre os problemas que mais o perturbam no momento e
(Passo A: Deixar o paciente falar livremente sobre o problema e anotar as impressões.
mais bloqueiam sua energia psíquica. Com isso, o curador experiente já identifica de imediato
de 70% a 80% das essências florais necessárias.
A erupção de um eczema pode ter sido causada por diferentes estados emocionais:
• O paciente foi vítima de uma intriga na empresa onde trabalha - Willow
• O paciente tem medo de um novo chefe - Mimulus
• O paciente tem inveja de seu primo - Holly
Nessa fase, também é freqüente surgirem as essências florais que serão importantes em uma
das próximas fases da terapia.
O princípio básico, contudo, é observar-se primeiramente os estados emocionais ne-
gativos mais evidentes - buscam-se as causas mais profundas somente na medida em que
elas são mencionadas pelo próprio paciente. A experiência mostra que, com esse procedi-
mento, chega-se às reações positivas descritas na seção 3.6. Abordar prematuramente as
causas mais profundas da doença leva, com freqüência, às respostas negativas descritas nessa
seção. Isso ocorre principalmente quando o primeiro diagnóstico não é feito durante uma
entrevista.
46
Exemplos:
1) Depois de muitos anos cuidando da mãe idosa, a paciente está cansada, esgotada (OUve)
e resignada (Gorse). Ela se sente uma vítima dessa situação; tem a sensação de ter perdido algo
na vida (Willow). O curador percebe que a paciente nunca cortou adequadamente o "cordão
umbilical" que a prendia à mãe (Red Chestnut). Ele faz a primeira associação: OUve, Gorse e
Willow. A essência Red Chestnut será introduzida somente depois que a paciente for capaz de
reconhecer e aceitar esse problema durante a entrevista
2) A paciente sofreu um enfarte; ela ainda apresenta certo pânico (Rock Rose), no íntimo
está profundamente insegura (Cerato), sente-se derrotada pelo destino (Willow) e menciona
sempre a situação anterior ao enfarte (Honeysuckle). É possível que o tipo estrutural desta pa-
ciente seja dogmático e severo com as outras pessoas (Vine), bem como rígida consigo mesma
. (Rock Water), impaciente (lmpatiens) e excessivamente identificada com determinadas tarefas
(Elm).
As quatro últimas essências florais mencionadas são acrescentadas à associação, uma a uma,
à medida que a paciente se permitir reconhecer plenamente esses traços. Contudo, este não é o
caso logo depois do enfarte.
Quando se está indeciso entre várias essências florais no diagnóstico diferencial, faz-se a
pergunta: "Por quê?"
Exemplo: A paciente está amedrontada; quatro ou cinco essências florais seriaIp. adequadas.
Por que ela está amedrontada?
• Porque vai ao dentista no dia seguinte: Mimulus
• Porque seu filho saiu de carro e a neve tomou as ruas escorregadias: Red Chestnut
• Porque ela leu uma notícia horrível no jornal: Aspen
• Porque acabou de escapar por um triz de um acidente de trânsito: Rock Rose
Passo C: Fazer perguntas para verificar se todos os problemas importantes foram mencio-
nados; muitas vezes, no último minuto surge um indício para a essência floral que faltava
Passo D: Para concluir - conforme o tipo do paciente -, falar sobre a escolha das
essências florais. Em tese, o paciente deve estar de acordo com a escolha, segundo o princípio
do "cura-te a ti mesmo".
O paciente deve, principalmente nos três primeiros períodos de ingestão das essências flo-
47
rais, manter um pequeno diário, isto é, anotar todos os dias, pela manhã ou à noite, em uma ou
duas frases, tudo aquilo que lhe chamar a atenção no seu comportamento, comparado com sua
conduta anterior. Se nesse período aumentar o número de sonhos (como se observa com fre-
qüência), esses sonhos também devem ser anotados resumidamente.
A manutenção do diário é recomendada porque já se observou que o paciente, entre uma
consulta e outra, acaba esquecendo muitas de suas reações. O diário irá facilitar o diálogo para
o diagnóstico seguinte. Mas, acima de tudo, mantendo um diário o paciente aprende a observar-se
objetivamente e a treinar sua capacidade de percepção.
Importantes transformações da consciência serão percebidas nos primeiros 16 dias após a
introdução de uma nova associação de essências fl9rros. Da terceira associação em diante, o
processo de conscientização em sua totalidade já teve início e segue seu curso. Nesta fase, os
novos estímulos à conscientização são menos freqüentes e em menor número. A partir daí, o
diário deixa de ser uma necessidade.
Uma recomendação aos pacientes: ler os livros básicos sobre o assunto.
Como mencionamos acima, o paciente deve familiarizar-se, o mais tardar quando do segundo
período de ingestão, com a filosofia de Edward Bach e os 38 estados emocionais arquetípicos
negativos. De modo geral, este conselho não se aplica aos pacientes demasiado neuróticos, pois
eles poderiam reagir com um medo ainda maior.
Embora o mercado editorial ofereça hoje uma abundância de livros sobre o assunto, o leigo
ainda tem dificuldade de avaliá-Ios. Meu livro de bolso, Selbsthilfe durch Bach-Blütentherapie
(Auto-ajuda através da Terapia Floral de Bach - ver Apêndice G), foi especialmente concebido
para transmitir as informações básicas aos pacientes e mostrou-se útil na prática.
O estudo feito pelos pacientes dos diferentes perfis das essências florais de Bach também
pode ser útil para os diagnósticos subseqüentes, quando não se tem certeza sobre a indicação
de uma determinada essência floral. Quando o curador pede ao paciente para estudar o perfil de
uma essência, toma-se mais fácil, no diálogo seguinte, esclarecer se a receita é apropriada naquele
momento.
A descrição desses perfis em determinados livros induz alguns pacientes a julgar equivo-
cadamente as essências florais; por exemplo, Vine e Chicory são vistas como negativas, Elm e
Oak como positivas.
Essa abordagem equivocada deve ser corrigida por ocasião da entrevista. Caso contrário, o
paciente chegaria a uma percepção distorcida dos princípios verdadeiramente neutros da Terapia
Floral de Bach e o efeito das energias florais poderia ser bloqueado por alguma resistência
inconsciente.
1. Esse intervalo de tempo entre uma consulta e outra aplica-se especialmente no tratamento dos
casos crônicos. Os casos agudos são resolvidos com consultas em intervalos mais curtos, em geral de uns
poucos dias.
48
paciente, por ocasião da segunda visita, uma maior receptividade e uma irradiação significati-
vamente mais suave e harmoniosa.
Como o paciente já conseguiu fazer uma primeira ligação com o Eu Superior e alcançar
uma melhor percepção de suas necessidades emocionais, é muito freqüente que ele comece a
falar espontaneamente sobre falhas de caráter que até então talvez se recusasse a aceitar. Ele se
distancia de esferas da vida já exauridas; outras esferas, até agora pouco observadas, passam a
ser percebidas com mais intensidade (ver Reações no Capítulo 3.6).
Com base nessa perceptível transformação da situação emocional do paciente, pode-se, nesta
entrevista e nas subseqüentes, fazer um novo diagnóstico - ou seja, indicar novas associaçôês
de essências florais.
Procedimento
De acordo com estas observações, a associação usada até agora poderá ser modificada.
Muitas vezes se constata que estados negativos observados no primeiro diagnóstico - cujo
tratamento, contudo, foi adiado - já desapareceram quando da segunda entrevista. A regra geral
a ser observada é que a composição de uma associação de essências não deve ser alterada
depressa demais.
Fundamentalmente, esta é a questão: Se o paciente está satisfeito com a associação de
essências que vem' ingerindo, ew deve continuar a ser administrada, com pequenas modifi-
cações.
Se o paciente mostrar certa "negligência" na ingestão, isso costuma ser um sinal de que a
associação que está sendo usada não é mais necessária.
Uma observação freqüente: depois de ser ingerida a primeira associação e serem dissolvidos
alguns bloqueios cruciais, irá revelar-se um outro lado emocional do paciente, t?talmente diverso
e muitas vezes diametralmente oposto ao primeiro. Por exemplo, depois que se harmonizam
aqueles traços duros do paciente que estão visíveis (Rock Water, Vine), poderão vir à tona a
carência emocional e a fraqueza (por exemplo, Star of Bethlehem, Heather).
49
3.2.4. Os recursos para o diagnóstico
Tabela de diagnóstico diferencial
A tabela reproduzida no Capítulo 6 (pág. 158) pode servir como referência ou lista de
consulta durante a entrevista com o paciente.
A subdivisão segue formalmente os sete grupos de essências florais estabelecidos por Bach.
Essa tabela não tem a pretensão de ser tão completa quanto um repertório; seu propósito é evitar
que algum estado passe despercebido durante a entrevista.
Beech, por exemplo, surge de forma totalmente inconsciente, como uma forte intole-
rância; quando o grau de conscientização é mais elevado, o paciente talvez venha a mani-
festar a vontade de ser menos crítico.
As frases das tabelas deste livro sempre partem de estados emocionais extremamente
negativos, tais como aparecem nas pessoas relativamente inconscientes.
• Os estados raramente surgem isolados, mas sim numa constelação individual própria
daquele paciente naquele momento. Segue-se que os estados podem matizar-se mutua-
mente.
Por exemplo, um estado Larch manifesta-se associado a um estado Vine. De início, o
estado Larch pode ser menos evidente que o agressivo e autoritário traço Vine, que incons-
cientemente o encobre.
• DD = Indicações para o Diagnóstico Diferencial.
Aqui se trata de valores subjetivos oriundos da prática dos autores com estados que fre-
qüentemente se confundem; isso ocorre sobretudo no início, quando o perfil de cada essência
floral ainda é interpretado com a razão, em vez de ser percebido através de uma ressonância
sensível.
Exemplo: Observa-se com freqüência uma confusão entre Cerato e Centaury. O problema,
na maioria dos casos, tem origem na infância.
Em geral, a personalidade Centaury é sensível desde criança. A personalidade Cerato sempre
teve uma forte intuição.
A criança que une em si esses dois traços muitas vezes tem percepções estranhamente
pertinentes, que de início ela verbaliza de modo espontâneo. Se essas percepções não são con-
50
ftrmadas ou aceitas pelos pais, talvez pessoas com personalidades mais fortes ou autoritárias, a
criança passará a guardar para si suas próprias opiniões (Centaury). Isso a levará a não reconhecer
sua própria intuição (Cerato). Com o passar do tempo, essa criança aceita cada vez mais os
impulsos da vontade mais forte dos pais (Centaury), o que a levará a desconfiar sempre mais
das suas próprias idéias e da sua própria intuição (Cerato). Estágio final: uma personalidade que
se mostra de boa natureza e talvez até mesmo um pouco ingênua.
Questionário
Embora nenhum questionário possa determinar todas as associações apropriadas, ele ao
menos oferece indicações seguras para os problemas que o paciente está tentando conhecer. Os
questionários servem como um passo inicial para o estudo da Terapia Floral de Bach.
• Benefício para o paciente: participar ativamente, dentro do princípio de Bach "Cura-te a ti mesmo".
• Benefício para o curador: a possibilidade de conduzir uma entrevista cuidadosamente dirigi da.
Existem hoje duas versões do questionário do Centro Bach:
Uma versão compacta (56 perguntas), que o próprio paciente pode analisar.
Uma versão completa (152 perguntas), com um quadro de avaliação final à parte, que
permanece no consultório.2
Nas considerações a seguir, partiu-se da versão completa - que o paciente não deverá
tentar interpretar por si mesmo, pois poderia sofrer um "bloqueio" antes da entrevista com o
curador. As perguntas deste questionário estão relacionadas aos temas: "Eu e o meu estado
atual", "Eu e os meus problemas ou peculiaridades", "Eu e o meu ambiente" e "Eu e o meu
passado". Elas são semelhantes às manifestações dos pacientes apresentadas no Capítulo 5.
O paciente pode ler o questionário em casa, com calma, e assinalar as descrições que cor-
respondem ao seu estado emocional no momento. Ao lado de cada pergunta (na verdade, a
descrição de um estado) há um determinado código que o curador, ou seu assistente, pode avaliar
antes da primeira entrevista com o paciente, usando como referência o quadro de avaliação final
que ftcou no consultório.
Na primeira entrevista, esses perfis são analisados e se define o diagnóstico diferencial.
Alguns curadores costumam pedir ao paciente para preencher o questionário no consultório,
antes da primeira entrevista. Mas nem todos os pacientes estão em condições de fazer isso.
Muitos estão em tamanho desequilíbrio emocional que Ihes é impossível se concentrar no ques-
tionário - quer dizer, em seus próprios problemas.
Nestes casos, mostrou-se útil a seguinte receita: nos dois dias que antecedem a consulta,
tomar Rescue pelo método do copo de água
Com isso, há geralmente um relaxamento da situação emocional, permitindo que o ques-
tionário seja preenchido sem problemas.
2. Podem ser encontrados em Scheffer, Experiências com a Terapia Floral do Dr. Rach, a versão
completado questionário às págs. 132/155 e o quadro de avaliação final às págs. 164/165. (N.T.)
51
Na Terapia Floral de Bach, não se trata de buscar um ou mais "semelhantes" e sim de
avaliar com sensibilidade as "constelações" emocionais do paciente naquele momento.
Os conflitos emocionais permitem urna abordagem a partir de vários pontos de vista. A
experiência mostra que diversos curadores receitaram para um mesmo paciente, em urna mesma
situação, essências florais semelhantes mas não necessariamente iguais, e alcançaram o mesmo
resultado positivo. A personalidade do curador - isto é, seu desenvolvimento espiritual e emo-
cional, e sua motivação específica - determina fortemente o efeito de urna associação de es-
sências florais no paciente.
52
A questão do "remédio estrutural"
A referência a um remédio estrutural ou "típico" provoca vários 11UZl-entendidos entre os
pacientes. Muitos deles vêem nisso um julgamento ou uma classificação, o que irá dificultar a
aceitação do remédio em questão.
O próprio Bach relacionou sua primeira série de essências florais - os "doze curadores"
(twelve healers) - com doze "tipos básicos de personalidade".
Décadas de prática com os perfis das essências florais de Bach nos mostraram o seguinte:
todo ser humano tem de seis a quinze padrões de reação negativa que lhe são típicos e que, de
tempos em tempos, sempre lhe causam problemas. Sob esses padrões de reação podem estar
representados todos os 38 perfis das essências florais de Bach.
As essências florais de Bach típicas de um paciente tomam-se evidentes para o curador no
decorrer da terapia. No entanto, elas só são receitadas quando o estado emocional negativo
correspondente se manifesta sob forma aguda.
As associações-padrão
À semelhança dos chamados "remédios complexos" da homeopatia clássica, as associações-pa-
drão de essências florais de Bach, para tratamento de determinados conjuntos de sintomas psí-
quicos ou mesmo físicos, contrariam o princípio da individualidade da Terapia Floral de Bach.
A única exceção é o Rescue, que foi concebido por Bach como uma medida de pronto-socorro
e não como um agente terapêutico de efeito profundo.
Sem dúvida, não existem duas pessoas iguais; da mesma forma, tampouco existem duas
53
situações idênticas em todos os seus pormenores - e isso sem falar das causas psíquicas sub-
jacentes às doenças físicas.
Dez anos de observação da chamada "fórmula de exame", por exemplo, mostram que em
muitos casos a ingestão dessa associação fez efeito a curto prazo; em vários outros casos, ao
contrário, não se obteve um resultado satisfatório. Nestes últimos, parece evidente que essas
essências florais específicas não correspondiam à situação emocional dos pacientes.
3. Descrições detalhadas sobre a questão do diagnóstico (RAC, cinesiologia, etc.) estão sendo publi-
cadas na série de monografias da Editora Naturamed, Alemanha.
54
essências no campo energético do paciente, parecem ser talentos inteiramente individuais, que
fogem a qualquer generalização ou comentário.
n O mesmo se aplica ao método baseado na sensibilidade física individual - ou seja, as
o sensações no próprio campo energético, o fonnigamento nos dedos, etc. - para escolher as
essências florais adequadas ao paciente.
Uma experiência positiva especial constitui a chamada "escolha espontânea" feita por crian-
ças (ver pág. 87).
Como ajuda, também mostrou-se útil em muitos casos o RAC - ou V.A.C. - do dr. Paul
Noger.
u
Na área de controle do tratamento, o processo de impressão no plasma, de Knapp, mos-
~
trou-se objetivo e valioso.
Vários médicos e curadores reuniram experiências interessantes com testes de sangue mais
.s
aprimorados, tais como o teste eletromagnétú:o do sangue, de Aschoff, ou o processo do. biorres-
o
sonância.
o
Ainda mais difundidos, por certo, são os diversos processos de avaliação do. eletroacupun-
tura. O atual nível de experiências e conhecimentos neste campo reflete os comentários a seguir,
que nos foram gentilmente cedidos por um dentista4 orientado para a biologia:
55
submeter-se à Terapia Floral de Bach antes de poder testar, de modo confiável, as essências
florais de Bach.
Segundo as experiências disponíveis, pode-se esperar que diferentes examinadores testem
diferentes níveis dimensionais, os quais talvez se alternem durante o teste.
Edward Bach disse que as essências florais são eficazes em todas as partes do campo
energético humano (físico, emocional, mental). Levando em conta essa ampla gama de eficácia
das essências florais de Bach, e também os vários níveis de teste possíveis nos processos bio-
energéticos, acho absolutamente necessário que uma associação de essências florais de Bach,
seja determinada de acordo com a metodologia que ele próprio indicou.
No teste bioenergético, geralmente uma essência floral se destaca. Ela costuma mostrar o
mais intenso - e predominante, no nível inconsciente - estado emocional negativo do paciente
no momento do teste. Quando se testa essa essência floral "às cegas" (isto é, sem dá-Ia a conhecer
no teste) e se informa ao paciente sobre seu potencial emocional positivo e negativo subjacente,
quase sempre o paciente, surpreso, irá abandonar bloqueios interiores e permitirá que o curador
tenha acesso aos seus problemas e conflitos internos. É por isso que denomino esta essência
floral encontrada no teste bioenergético de "rompedora de bloqueios" e a incluo nas minhas
associações de essências florais que, de resto, são determinadas segundo as regras transmitidas
pelo próprio Bach.
Mas, mesmo quando não se deseja utilizar lege artis a Terapia Floral de Bach, costuma-se
incluir essa "rompedora de bloqueios" como um remédio individual no perfil terapêutico. A
conseqüência é sempre uma abertura entre a alma e a personalidade. A energia assim liberada
intensifica a atuação das energias dos remédios acompanhantes (por exemplo, homeopáticos) e
é, talvez, o fator decisivo para a cura total que se visa alcançar.
Oponentes e adeptos de um teste de medicamentos poderiam debater essa experiência no
círculo de colegas, como uma possível abordagem (ou compromisso), lembrando porém que,
além de toda teoria, o sucesso de uma terapia depende, em última análise, da intuição do curador
e do seu envolvimento com os pacientes.
56
método Experiências
ainda
De
Risco
Como
Boa acordo
Excelente
Inadequadas
Já
Não foram
Floral de com
método
confiáveis,
feitas as
p.arafins
pois
muito experiências
para
diversas
as determinação
decomo
correlações
diagnóstico,
contraditórias
instrumentoadicional,pode
de subjetividade;
possibilidade
Conflita Bach;
com adicional;
o experiências
princípio da único disponíveis
correlações;
entre
mas
sermétodo
altamenteútil,
as melhores
individualidade(ver
servem
as até
Capítulo
decores
como
principalmente
diagnós-
experiências
contraditórias
da o
e as
Terapia
tico é
3.2.1) insuficiente
"sistemas"
quando
Horal de
foram
momento,
introdução
essências
pacientes diferentes)
o Bach
terapeuta
(ver
principalmente
parece
florais tem
pág.
ser
à meditação
não um pouca
com
são
da 55) experiênciacom
crianças
método
para
objetivas
Terapia de (ver
teste
determinados
Floral a
Capítulo Terapia
confiável
(existemde hoje 4.1)
tipos
Bach oito
de
Visão geral dos métodos de diagnóstico utilizados no contexto
s
57
3.3 A Prática da Terapia Floral de Bach
3.3.1 As duas formas clássicas de administração
Nos estados agudos - "o método do copo de água"
Todos os dias pela manhã, de cada frasco de concentrado (stock bottles) indicado, pingar
duas gotas em um copo de tamanho normal cheio de água. Beber o conteúdo em pequenos goles
no decorrer do dia - cada gole é um impulso energético!
Nos estados altamente agudos, tomar vários desses copos de água no espaço de algumas
horas, até aliviar o estado que exigia tratamento.
I . Muitas farmácias também preparam os glóbulos diretamente com o concentrado. Segundo indica-
ções de um farmacêutico, a associação de essências florais de Bach é pingada, junto com éter ou álcool
etl1ico (60°), sobre os glóbulos (l g deste líquido para cada 10 glóbulos).
58
Para crianças ou pessoas alcoólicas, o frasco do preparado pode dispensar o álcool e manter
a mesma eficácia, mas é claro que sua vida útil será limitada. As pessoas que se opõem ao álcool
costumam usar vinagre de framboesa como conservante.2
No verão, deve-se guardar os frascos do preparado na geladeira, tanto os que foram feitos
sem conservantes como os feitos com conservantes.
Overdose
Segundo o princípio de ação da Terapia Floral de Bach e com base na experi~ncia de muitos
anos, a overdose é impossível.
O aparecimento de reações aos remédios, tal como ocorre na homeopatia, por exemplo, não
foi observado no uso corretamente prescrito da Terapia de Bach.
59
3.3.5 Outras formas de uso3
Compressas
Além da terapia por via oral, pode-se usar compressas. Por exemplo, em casos de erupções
da pele, inflamações localizadas ou de acordo com as necessidades do paciente.
A dosagem é de cerca de seis gotas do frasco do preparado do paciente em uma vasilha de
meio litro, cheia de água.
Banhos
As formas de uso a seguir foram testadas por muitos médicos e terapeutas por mais de
dez anos. As experiências até agora podem ser assim resumidas:
Muitas das formas de uso mencionadas abaixo revelaram-se eficazes e apropriadas apenas
em situações específicas e com determinados pacientes. A escolha desta ou daquela forma de
uso muitas vezes surgiu intuitivamente durante a entrevista e foi aceita de modo espontâneo
pelo paciente.
Certos métodos de uso, mesmo longamente testados, num outro momento ou com outros
pacientes não mostram um efeito que se iguale às formas clássicas ou as superem. Ao contrário,
essas propostas alternativas em geral causaram estranheza ou confusão.
Todo terapeuta passa em seu desenvolvimento por etapas nas quais faz certas experimen-
tações e com elas adquire experiência pessoal.
Constatou-se, no entanto, que essas abordagens da Terapia Floral de Bach causaram muita
confusão, na medida em que os valores das experiências pessoais dos terapeutas eram elevados
à categoria de novos modelos terapêuticos com pretensões à universalidade, e assim difundidos.
Hahnemann, como se sabe, já dizia: "Copie, mas copie com exatidão ..."
Por experiência própria e lembrando o princípio básico da Terapia Floral de Bach - a
simplicidade -, o Centro Bach da Inglaterra mostra-se fundamentalmente reticente diante da
ampliação dos métodos e modificações de todo tipo, que superem o âmbito individual.
3. As experiências pessoais de outros terapeutas sobre esses aspectos serão bem recebidas como
sugestões para as próximas edições deste livro.
60
exemplo, Holly = chakra cardíaco) parece um absurdo, em vista da individualidade do corpo
energético humano e sua capacidade de transformação.
61
limpeza do frasco do preparado
Quando as fórmulas são preparadas no próprio consultório para uso de um mesmo paciente,
pode-se usar o mesmo frasco diversas vezes. Neste caso não é necessário esterilizar os frascos;
basta enxaguá-Ios em água quente.
3.4 Rescue
(O remédio de emergência ou primeiros socorros)
Rescue é o único concentrado composto e, ao mesmo tempo, o mais conhecido de todos os
concentrados florais de Bach. E por um bom motivo: um número incontável de pessoas em
todos os países do mundo encontrou ajuda efetiva e instantânea em situações de estresse e
emergência, o que indiretamente salvou suas vidas. Rescue também é a única associação de
florais que, ao contrário de todas as outras fórmulas recomendadas (como, por exemplo, a Fór-
mula de Exame), age em todos os tipos de pessoas, quando indicada.
Em suas prescrições, Bach definiu, talvez de forma intuitiva, mais um outro estado emo-
cional arquetípico: o estado que surge quando um acontecimento súbito e desagradável faz com
que todo o sistema psicoenergético se desintegre. Parece que esse estado abrange (consciente
ou inconscientemente) os seguintes cinco componentes emocionais:
62
Rescue efetua uma reintegração imediata e perceptível do sistema psicoenergético e cuida
para que a temida reação em cadeia das conseqüências do choque ao nível celular e orgânico
não tenha início ou não volte a fugir do controle.
O efeito de Rescue, em casos extremos, é observável dentro de apenas meio minuto. Note-se
bem que, em situações emergenciais agudas, Rescue não foi concebido para substituir o atendi-
mento médico de emergência, mas sim como alívio temporário. Ele serve, acima de tudo, para
estabilizar o equilíbrio emocional. Uma vez isto alcançado, não se irá constatar nenhum outro
efeito.
Traumas físicos (nestes casos se inclui a aplicação local), como por exemplo:
• Acidentes de automóvel
• Quedas de escada
• Acidentes na prática de esportes
• Contusões
• Torções
• Picadas de insetos
• Ferimentos durante os trabalhos domésticos
• Mãos presas em portas
• Queimaduras
• Casos de asfixia
• Crises alérgicas
• Depois de um ataque cardíaco
• e outros
63
paciente, ela pode variar bastante. Muitas pessoas já perdem o equilíbrio interior dois dias antes
da data marcada para ir ao dentista; outras, só dois minutos antes da injeção.
• Retirada de sangue
• Injeções
• Pequenas intervenções cirúrgicas
• Exames endoscópicos
• Exames ginecológicos
• Antes e depois de manipulações quiropráticas
• Massagens nas zonas de reflexo nos pés
• Problemas de cicatrização (acupuntura).
64
observação mais sistemática neste campo, pois nele as possibilidades do uso de Rescue estão
longe de ser plenamente esgotadas.
Eis a experiência de uma médica:
"Coloco diariamente gotas de Rescue no campo cirúrgico a fim de impedir o colapso cir-
culatório. Desde que começamos a usar Rescue profilaticamente no centro cirúrgico, nunca mais
um paciente sofreu colapso; antes, precisávamos em alguns casos administrar vasoconstritores
(como o Effortil®, por exemplo)."
Em situações agudas
Pingar 4 gotas do frasco do concentrado em um copo com água ou outra bebida (suco, chá,
cerveja) e tomar em pequenos goles, de dez em dez minutos. Se ainda assim não surgir o efeito
desejado, preparar mais um copo.
Se não houver água disponível, pode-se pingar Rescue, sem diluição, sobre os lábios, gen-
givas, têmporas, pulsos, na dobra dos cotovelos, na região do coração ou da glândula tireóide.
Uso externo
• Há pacientes que só precisam realmente de Rescue duas ou três vezes por ano.
• Por outro lado, sabe-se que há o tipo de paciente sensível que, dependendo das circunstâncias,
toma o "inofensivo" Rescue várias vezes por semana e, assim, consegue dispensar a ingestão
regular de sedativos.
• Em crises mais graves e demoradas, tais como cuidar de um parente com doença terminal
- é justificável e útil tomar Rescue regularmente durante um número maior de dias.
65
apenas no consultório do médico ou naturoterapeuta; ele é também um remédio caseiro, no
melhor sentido da palavra, quase imprescindível para todas as pessoas - inclusive o terapeuta
Ao recomendarmos que todos os pacientes tenham Rescue na farmacinha caseira, estamos sem
dúvida também seguindo a intenção de Edward Bach.
Exemplo
Uma paciente entrava em estado de pânico toda vez que sua cunhada, professora de uma
escola vocacional, vinha visitá-Ia. Sentia-se incapaz de pôr a mesa e conversar descontraidamente
com o marido e a cunhada.
Antecedentes: No dia de seu casamento, a cunhada demonstrou ciúme, totalmente incons-
ciente, por ter de entregar o irmão querido a uma "rival". Talvez por esse motivo, a cada encontro
a cunhada emitia sinais para a jovem esposa de que suas prendas domésticas eram insuficientes
e que seu irmão merecia melhor tratamento. Isso criou um sentimento de inferioridade na paciente
e a levou a odiar a cunhada, matizando negativamente as reuniões familiares. Sua fórmula per-
sonalizada de emergência continha:
• Rescue
• Larch, para maior autoconfiança
• Holly, para maior compreensão da situação psicológica da cunhada.
Quando a ocasião exigia, a paciente tomava várias doses de 8 gotas desta fórmula - e
assim conseguia conciliar em grande parte a situação.
Por não se tratar de uma verdadeira terapia mas apenas de uma medida de primeiros socorros,
a paciente se submeteu posteriormente a uma terapia mais prolongada com as essências florais
de Bach. Conseguiu perceber o contexto maior do seu problema, vindo então a removê-lo por
completo.
66
esta forma de tratamento. Pode-se então também transformar o modo de pensar dos pacientes
em relação aos seus sintomas perturbadores.
Em geral, quando um paciente chama a atenção por suas atitudes e perturba os médicos ou
os outros pacientes, procura-se tranqüilizá-Io por meio de medidas pedagógico-terapêuticas ou,
se elas falharem, com medicamentos. De qualquer modo, esse paciente é declarado um "criador
de casos"; os outros são vítimas que precisam de proteção. Quando se consegue mudar este
enfoque, o seguinte quadro pode surgir: todos os envolvidos têm um problema em comum (a
saber, a agitação e o comportamento agressivo) só que um deles causa o problema e os outros
precisam lidar com isso. É, de certo modo, como se estivéssemos olhando os dois lados de uma
moeda. Todos eles necessitam da mesma ajuda. Nessas situações recomenda-se que todos os
envolvidos tomem Rescue repetidamente, para assim tomar manifesto o fato de que eles estão
em uma situação difícil e precisam de ajuda. O resultado é freqüentemente impressionante para
todos os envolvidos.
Da mesma forma, pode-se prescrever Rescue para o paciente que se fecha em si mesmo,
evita contatos e se deixa dominar muitas vezes por uma disposição medrosa do espírito. A
experiência mostra que é fácil o terapeuta perder de vista esse paciente; toma-se difícil interes-
sar-se por ele. Nesses casos, é útil administrar Rescue ao paciente em pequenos intervalos, de
uma ou duas horas. Mas o importante é que, a cada dose, seja aproveitada a oportunidade para
se fazer contato com o paciente e dar-lhe ânimo. Se o procedimento acima for repetido durante
algum tempo, poderá se desenvolver alguma atividade e abertura no paciente; naturalmente, esse
desenvolvimento será observado com base no histórico da doença específica.
,
3.5 Areas de aplicação da Terapia Floral de Bach
3.5.1 Crises psíquicas em situações difíceis da vida
As situações de crise psíquica geralmente fazem com que aumentem os sintomas somáticos
do paciente e, por causa disso, são muitas vezes o fator que motiva a consulta ao médico ou
terapeuta.
A grande quantidade de material relativo a experiências nessa área confirma a suposição
acima.
É exatamente nas situações decisivas, tais como a morte do parceiro ou a perda do emprego,
nas quais se costumava receitar psicofármacos "de emergência", que a Terapia Floral de Bach
representa uma "extraordinária ajuda para harmonizar o paciente e ajudá-Io a lidar construtiva-
mente com a situação, num verdadeiro processo de amadurecimento.
Em muitos desses casos, receitar Rescue é um primeiro passo que normalmente produz alívio
rápido e substancial da situação crítica. Na maioria das vezes, bastam uma ou duas associações de
determinadas essências florais de Bach para ajudar o paciente a superar a crise. Nos casos mais
agudos,recomenda-se especialmente a ingestão segundo o método do copo de água (ver pág. 58).
a O sucesso mostrado pela Terapia Floral de Bach em situações de crise psíquica é muitas
vezes o impulso inicial para uma Terapia Floral de Bach a longo prazo, para daí então lidar com
·a os estados emocionais negativos crônicos e com o desenvolvimento da personalidade.
67
3.5.2 Ocorrência de doenças agudas
Também nas ocorrências de doenças agudas a Terapia Floral de Bach pode representar uma
grande ajuda. A experiência mostra que o processo de cura é drasticamente acelerado e os
medicamentos alopáticos podem ser reduzidos de modo considerável. Em alguns casos, pode-se
até mesmo dispensá-Ios por completo.
O importante é, nesses casos em especial, o terapeuta orientar-se diretamente pelos sintomas
emocionais do paciente: observar e examinar com toda atenção como a pessoa está reagindo,
no momento, ao aparecimento de sua doença física - ou seja, qual erro na atitude emocional
ou qual acontecimento possivelmente causaram esse ataque da doença física. Segundo experiên-
cias, especialmente os pacientes mais jovens observam muito bem a si mesmos. Em muitos
casos, Rescue como medida de primeiros socorros traz alívio rápido e perceptível.
A experiência mostra que o sucesso de um tratamento conjunto com as essências florais de
Bach em estados agudos surge rapidamente. Se a fórmula for adequada, o paciente pode constatar
sinais significativos dentro de poucas horas ou dias.
O próprio Bach, que em certos períodos de sua vida fez muitas consultas a domicílio, em
casos de doenças agudas trocava a essência floral ou a associação de essências várias vezes em
poucos dias, de acordo com os estados emocionais que iam aflorando durante o processo de
cura. O seguinte exemplo foi extraído do livro de Nora Weeks, Medical Discoveries of Edward
Bach, Physician.
68
Nas pessoas com tendência a doenças crônicas, observaram-se com freqüência as seguin-
tes atitudes emocionais negativas inconscientes:
• O sentimento de, além de não estar à altura das exigências do destino, ser sua vítima;
(Willow)
Essas descrições, contudo, não devem nos levar a pensar que existem determinadas recei-
tas-padrão para os pacientes com doenças crônicas. Também aqui é extremamente necessário
captar a situação emocional individual do paciente.5
Nesse contexto, cabe uma observação sobre o tema "a linguagem dos órgãos", cuja com-
preensão básica recebeu um impulso valioso exatamente da Terapia Floral de Bach.
Em uma interpretação superficial e estreita, suas propostas não se comprovaram na prática
da Terapia Floral de Bach. Nas anotações do próprio Bach (ver Capítulo 1.2), os sintomas de
doenças físicas específicas não têm correlação direta com determinados perfis florais; por exem-
plo, os rins, com Mimulus, ou o coração, com Holly. O psicograma de um asmático ou de um
cardíaco neurótico não existe no nível definido por Bach.
Uma correlação entre traços típicos de caráter de 285 pacientes com tendência à manifestação
de doenças crônicas específicas (tais como asma, problemas da pele, males do trato estomacal
e intestinal, etc.) e os perfis das essências florais, não permitiu que se identificasse nenhuma
conexão. Uma única relação inequívoca surgiu entre Scleranthus e a tendência a problemas da
tireóide, sendo interessante observar que a tireóide, conhecida como uma glândula mais sutil, é
vista como um elo de ligação entre o plano físico e o plano sutil.
No início de uma terapia com doentes crônicos, pode-se esperar uma intensificação passa-
geira dos sintomas, por causa justamente de sua cronicidade. Com freqüência, também se ob-
servou que, devido ao sucesso inicial, a terapia é interrompida e depois retomada, cerca de quatro
semanas mais tarde, pelo próprio paciente.
No tratamento de CilSOS crônicos observa-se quase sempre uma clara oscilação no decorrer
69
da terapia. É por isso que, nesses casos, a orientação espirifual do paciente tem um significado
crucial ao longo do tempo. Pois, assim como ocorre com as doenças crônicas do corpo, também
pode haver repetidas recaídas de problemas emocionais crônicos. Essas situações exigem grande
sensibilidade e paciência por parte do curador, para motivar continuamente o paciente, apoiá-Io na
cura e ajudá-Io a entender que, apesar de todos os altos e baixos, percebe-se uma tendência ascendente.
É exatamente no tratamento e na terapia conjunta conseqüentes de pacientes com diversos
problemas crônicos que se observa com clareza como a Terapia Horal de Bach produz uma trans-
formação sutil, porém contínua, da atitude mental e, enfim, da filosofia de vida (ver Caso 3).
Após algumas recaídas, geralmente leves no início, verifica-se, o mais tardar depois de um
ano, uma definida melhora em comparação com os anos anteriores.
Naturalmente, não é em todos os casos que se chega à cura de todos os sintomas físicos;
mas sempre se verifica uma estabilização duradoura do paciente. Em casos bem tratados, desa-
pareceram sintomas que resistiram à terapia durante anos seguidos, tais como um resfriado
crônico, um eczema crônico ou um problema gástrico persistente.
No caso de pacientes com um longo histórico terapêutico, antes classificados como hipo-
condríacos, foi possível detectar, pelo menos, que a gravidade da doença foi bastante atenuada.
Com a Terapia Horal de Bach, esses pacientes continuaram aptos para o trabalho e puderam
lidar relativamente bem com os seus males.
Há um consenso quanto às essências florais de Bach em comparação com outros medica-
mentos: elas são tomadas com prazer.
Em quase todos os casos, foi possível reduzir de modo significativo ou até mesmo eliminar
por completo os medicamentos alopáticos, em especial os psicofárrnacos, o que, principalmente
para os iniciantes na terapia floral, pode ser considerado um grande êxito.
70
3.5.5 A Terapia Floral de Bach no tratamento de doentes
em estado grave e agonizantes
Referimo-nos aqui, por exemplo, às pessoas que sofrem de câncer progressivo inoperável,
esclerose múltipla, insuficiência renal pré-terminal, reumatismo articular grave e outras doenças.
Quando todas as "possibilidades médicas" se esgotaram, o que resta aos pacientes e seus fami-
liares é o sofrimento intenso e o desespero.
Não raro, é exatamente nos quadros clínicos graves acima mencionados que se manifestam no
doente, além do medo, outros traços de caráter desarmônicos, tais como o ódio, o ciúme, o ressen-
timento, a autopiedade e a dominação, com muito mais força e negatividade do que nos seus dias
de saúde. Os familiares ficam bastante alarmados ao ver como todo o ser do paciente se modificou.
Essa constatação é, em geral, quase tão chocante quanto o golpe da morte iminente. Cuidar
do paciente, tanto em casa como no hospital, torna-se então consideravelmente mais difícil.
Com freqüência, os familiares desse tipo de paciente perguntam se a Terapia Floral de Bach
ainda é capaz de apresentar resultados. A resposta só pode ser: Sim. O próprio doente, e também
os familiares que cuidam dele, experimentarão ajuda e alívio com as essências florais de Bach.
Se e quais processos de desenvolvimento emocional realmente seguem seu curso em estágios
avançados da doença, é algo que escapa a uma visão objetiva. No entanto, a experiência mostra
que as essências florais de Bach, corretamente receitadas, em geral produzem uma mudança,
consciente ou inconsciente, da atitude diante da doença e do próprio destino. Em muitos casos,
observou-se uma diminuição das dores; porém, em todos os casos, alcançou-se maior tranqüi-
lidade, calma interior e, no todo, uma irradiação mais positiva.
Para esclarecer a pergunta - se a Terapia Floral de Bach "ainda traz algum benefício" ao
doente - deve-se ministrar doses de Rescue diversas vezes ao dia (método do copo de água ou
compressas sobre a testa). Na maioria dos casos, a resposta é positiva, e pacientes incapazes de
se mover ou de falar, bem como doentes na CTI, dão a entender claramente que desejam continuar
a tomar esse remédio floral.
Também aqui o diagnóstico é feito com base nos traços de caráter desarmônicos do paciente,
conhecidos por seus familiares. Conforme a situação, pode-se (à parte o Rescue, que nesses
casos sempre é realmente indicado) também levar em consideração Honeysuckle, Red Chestnut,
Pine ou WaLnut.
V ários relatos de familiares de agonizantes contam que estes recorreram à Terapia Floral
de Bach em seus últimos dias de vida, com o conhecimento do médico que os tratava. Segundo
todos os relatos, os doentes conseguiram viver seus últimos dias com mais harmonia e dignidade,
e a maioria deles morreu tranqüilamente.
71
As observações apresentadas a seguir podem servir como orientação e estímulo para o leitor
fazer suas próprias observações.
Situação 2
Possibilidade de desenvolvimento 1
Posição inicial
do paciente
Possibilidade de desenvolvimento 2
Posição inicial
do paciente
72
1. Início positivo
A reação à primeira fórmula floral é surpreendentemente positiva. O paciente sente - talvez
pela primeira vez em muitos anos - o que significa voltar a ter um bom sentimento sobre o
seu próprio valor ou poder dormir bem durante toda a noite.
Depois de algumas semanas, em geral após o término da primeira fórmula, essa curva cai;
tem início, para o paciente, um período de oscilações em sua saúde emocional e física, que irão
por fim se estabilizar, positiva e lentamente, sob a forma de ondas cada vez menores.
Nessa fase de estabilização ondulatória, começa o verdadeiro confronto pessoal com as
partes bloqueadas da personalidade. O paciente deve registrar conscientemente essas oscilações
do seu estado e estimular o desenvolvimento psíquico, evocando sempre à consciência o estado
positivo almejado, que já vivenciou no início da terapia.
2. Início negativo
Eis o que ocorre com muita freqüência nas doenças crônicas com fortes manifestações
corporais: o paciente sofre, de imediato, uma forte "intensificação" emocional ou física de seus
sintomas, semelhante à primeira reação homeopática. Ele tem a sensação de que suas qualidades
negativas, suas fraquezas, ficaram ainda mais fortes. Nesse estágio, o paciente costuma telefonar
e dizer que nunca se sentiu tão mal como desde que iniciou a Terapia Floral de Bach. Este é
um tipo de estado que pode durar alguns dias, às vezes uma semana inteira, e então subitamente
se transforma no estado positivo. Desse momento em diante, ainda surgem pequenas oscilações
na saúde emocional e física, até o bem-estar se estabilizar num nível vibracional mais elevado.
Nessas fases de "intensificação dos sintomas", a orientação dada ao paciente é da maior
importância. Ele deve perceber que trazer as memórias psíquicas negativas ao nível consciente
e liberá-Ias faz parte do seu processo de purificação emocional, sem o qual a verdadeira cura é
impossível.
Não é aconselhável, nessa situação, atender aos desejos do paciente de modificar a
fórmula floral ou interromper a terapia à espera de uma pretensa época mais oportuna. A
experiência mostra que muitas vezes, com a introdução de uma nova associação de florais,
todos os sintomas que existiam no momento da interrupção do tratamento voltam a se ma-
nifestar de imediato.
Os sonhos
Os sonhos observados nesses casos mostram certa semelhança com os que se manifestam
nas sessões psicoterapêuticas junguianas, que abrem ao especialista uma possibilidade adicional
de controlar o desenvolvimento da terapia. No contexto da Terapia Floral de Bach, a análise dos
sonhos no nível simbólico é interessante, pois se trata exatamente daquele nível arquetípico no
qual também se situam os perfis das essências florais de Bach.
73
Ocorrência de sentimentos positivos
sonhos sugestivos* 48,9%
necessidade mais intensa de respouso e sono** 46,1%
"a calma e a serenidade me inundaram"*** 37,4%
sentiram-se carregados de energia*** 33,9%
sensação interior de alegria*** 30,2%
sensação interior de libertação*** 27,8%
o paciente começa a fazer algo que há muito
vinha adiando*** 19,7%
* Trata-se de sonhos com conteúdo simbólico, ocorridos nas noites após o primeiro e o quarto dias
da ingestão. Este fenômeno talvez seja a evidência mais objetiva do efeito da Terapia Floral de Bach.
(Um estudo com base em centenas de pacientes está em preparação.)
** Causa possível: aos níveis interiores, muita energia psíquica é necessária. Portanto, a entrada de
energia é estrangulada no nível da consciência cotidiana. O importante é ceder a essa necessidade!
Do mesmo modo, deve ser vista, por exemplo, a sensação temporária de tontura
*** Nestes casos, o paciente já fez uma conexão transitória entre a freqüência vibracional agora
existente e a mais elevada, à qual ele aspira.
74
Observação: O curador que não tiver a formação apropriada deve resistir à tentação de
interpretar esses sonhos para o paciente.
Além disso, deve-se levar em conta que metade dos pacientes responde através de sonhos.
Muitos pacientes que não sonham vêem a ausência de sonhos como um sinal de que a terapia
não está fazendo efeito; deve-se esclarecer que essa idéia é equivocada.
Outras reações
À parte as acima mencionadas, é freqüente surgirem reações de purificação (tais como
erupções cutâneas, diarréias ou vômitos passageiros) e também reações de revitalização (tais'
como o reaparecimento da menstruação depois de uma prolongada amenorréia secundária).
Observou-se também que muitos pacientes reagem a cada ingestão de uma nova fórmula
floral tal como reagiram à primeira, só que de maneira mais suave.
1. Novas experiências mostram que também se pode aumentar a dosagem. Com uma dosagem maior,
a fase da primeira reação poderá talvez fluir de modo mais intensivo e rápido.
75
qüente, o campo energético de toda a sua farrulia se modifica. É por isso que, mais cedo ou
mais tarde, os outros membros da farrulia reagirão à mudança. Essa reação é particularmente
notável nas crianças pequenas.
O mesmo pode ser observado nas parcerias: Quando a pessoa consegue, através do Uso de
uma associação floral corretamente escolhida, abandonar o padrão de conduta que ameaçava
destruir o relacionamento - como, por exemplo, o falso sentimento de culpa (Pine), a tendência
à manipulação (Chicory), o falso laço simbiótico (Red Chestnut), o falso sentimentalismo (Ho-
neysuckle) - seu parceiro também reagirá, na maioria das vezes inconscientemente, de modo
positivo. A partir daí, ou eles encontram uma nova e mais construtiva abordagem para a parceria
ou então um dos parceiros encontra a força para o rompimento.
Nossa experiência sugere que não é recomendável a pessoa preparar uma fórmula floral de
Bach para o próprio parceiro. Estando envolvida e sendo "parte do problema", ela não conseguirá
perceber os pontos fundamentais.
76
3.6.8 Observações depois de uma Terapia Floral
de Bach realizada com sucesso
Estas são as declarações mais freqüentes dos pacientes após um
tempo de ingestão de 4 a 8 semanas*
Outras observações após uma Terapia Floral de Bach realizada com sucesso
• A expressão facial do paciente toma-se mais suave e descontraída. (Isto já pode ser observado
após a primeira sessão.)
• Irradiação emocional mais vitalizada e, freqüentemente, mais jovial.
• Aumento temporário da sensibilidade do paciente; por exemplo, sensibilidade às mudanças
climáticas.
• As oscilações do humor são percebidas mais rápida e conscientemente pelo paciente; ele está
em condições de lidar com elas.
• Os sintomas físicos retrocedem ou desaparecem (dependendo do caso).
• Tendência a seguir uma alimentação mais saudável; comer alimentos isentos de estimulantes;
consumir menos álcool.
• Por outro lado, após vinte anos de alimentação vegetariana, algumas pessoas se permitem comer
um pedacinho de carne (visto que os padrões "extremos" retomam ao equilíbrio natural).
77
Uma observação freqüente: Os remédios alopáticos puderam, a pedido do paciente ou do
curador, ser consideravelmente reduzidos ou de todo eliminados com o passar do tempo.
78
A esse grupo de indicações pertencem, por exemplo, a leve exaustão depois de uma monó-
tona série de exames escolares - quando Hornbeam (esgotamento mental) muitas vezes dá
novas forças; e também o medo fundamentado do dentista ou dos exames - situações que
podem ser melhor vivenciadas com uma associação de Mimulus (medo com causas conhecidas)
e outros florais indicados. Quem conhece as 38 essências florais pode oferecer urna ajuda suave
para os muitos pequenos problemas, sem ter de empreender uma árdua busca pelo "semelhante",
o qual, para esses problemas, nem sempre pode ser encontrado.
Mesmo nos raros casos em que não se consegue encontrar nenhum "semelhante" nos pro-
blemas graves e claramente psíquicos, com sintomas desequilibrados, também é possível ajudar
o paciente com urna boa Terapia Floral de Bach.
Foi através de urna associação de Holly (agressividade) e Cherry Plum (impulso súbito)
ingerida diariamente durante três meses - e Rescue (remédio das emergências) com Holly,
sempre que necessário - que um paciente se libertou de um forte impulso agressivo, que o
perseguia há décadas, contra mulheres vestidas em trajes provocantes.
Uma psicoterapia realizada anteriormente havia descoberto a causa desse problema e redu-
zido o medo a ele associado, mas não eliminara os ataques de agressividade.
79
hpmeopáticos através de um apoio ao seu desenvolvimento emocional. Nesse casos também é
necessária uma ingestão, em certa medida, por um tempo mais longo.
• O paciente típico do terapeuta que trabalha a respiração geralmente se assemelha (em sua
estrutura emocional diferenciada - isto é, mais sutil) ao paciente típico que responde espe-
cialmente bem à Terapia Floral de Bach.
• As reações liberadas pelo cliente ao ingerir as essências florais de Bach podem ser percebidas
pelo terapeuta da respiração logo após a ingestão, através de mudanças na respiração. Assim,
é possível controlar muito bem o decorrer da terapia.
• Através da terapia da respiração, estimula-se uma eliminação seletiva dos "conflitos emocio-
nais".
Quando a terapia da respiração encontra seus limites naturais, pode-se freqüentemente dar
um impulso adicional de cura através da Terapia Floral de Bach.
80
maca o Rescue. Em quinze minutos, tudo se resolveu. A seguir, ela tomou Rescue e Olive
regularmente. Dez dias depois foi possível tirar o gesso. Apesar da grave osteoporose, o resultado
da cura foi excelente. Nesse mesmo dia, ela recomeçou a dar aulas (!).
Muito recomendável
Recomendável
(idem)
Experiências
complementação
Muito
Nenhuma
Boa promissoras
recomendável,
restrição
complementação, nopois
casoocorre
pois de remédios
ocorre purificação
homeopáticos
purificação em vários
níveis
usados
de alta organotropicamente,
potencialização combinável com a homeopatia
Resumo: Os florais de Bach em atuação conjunta com outros processos terapêuticos
Acupuntura
3. Solicitamos relatos de experiências sobre o assunto, para as próximas edições deste livro.
81
Muito
Muito
Muito
Boa
É recomendável
recomendável
Recomendável
terapias
Ótima forem realizadas
complementação
Experiências
Combinação muito
complementação
recomendável,
complementação:
possível que a atuação pelo
(ver
não-recomendável: mesmo
da Capítulo
interessantes
especialmente
intensifica
Terapia curador
4.4)
oe observaram-se
animadoras
quando
confronto
Floral de reações
ambas
comBach
os as
perfis
seja
Terapia de Kneipp
emocionais
psíquicas
diminuída demasiado intensas
(ver pág. 77)
or
lógica
exemplo,
e ozônio
82
da nossa capacidade de diagnosticar. A purificação dos nossos canais emocionais leva ao
reconhecimento intuitivo mais rápido dos bloqueios emocionais correspondentes nos pacientes.
E, ao incluir a Terapia Floral de Bach em sua prática, o curador sensível estimulará simultanea-
mente o seu próprio desenvolvimento. Os 38 estados emocionais arquetípicos, que também
tendem a existir no curador, são sempre nele reativados pelo "relacionamento freqüente" - por
exemplo, pelo levantamento da anarnnese dos pacientes, pela prescrição dos florais correspon-
dentes, etc. - e isso está automaticamente ligado ao tratamento de suas próprias forças e fra-
quezas.
O curador pode utilizar melhor o seu próprio potencial emocional; disso também se
beneficia o ambiente à sua volta, não só os pacientes como também sua equipe de trabalho e
sua fannlia.
Otive - Quando, em certos dias de trabalho no consultório, o curador atinge os limites de suas
forças emocionais e físicas. Uma essência floral importante na "síndrome da exaustão".
Oak - Quando o curador, apesar de problemas pessoais ou males físicos, é obrigado a enfrentar
o trabalho no consultório.
Vervain - Quando o curador se envolveu demais com um detenninado paciente ou com uma
detenninada situação, e teve com isso um gasto excessivo de energia.
Elm - Quando o curador "quer jogar tudo para o alto" por uns tempos, porque as responsabili-
dades estão acima de suas forças. Embora esteja seguro de seu diagnóstico e de sua capa-
cidade enquanto terapeuta, ele envia o paciente para um especialista ou uma clínica porque,
no momento, não se sente capaz de tratá-lo.
Star o/ Bethlehem ou Rescue - Quando o curador teve um confronto desagradável.
Crab Apple - Quando o curador, depois de um longo dia de trabalho, tem a sensação de estar
cheio de vestígios ou "congestionado". Também é recomendável colocar algumas gotas do
concentrado (stock bottle) na água do banho.
Red Chestnut - Quando o curador sempre se vê "assumindo" os sintomas dos pacientes; ou seja,
por exemplo, ele fica com a dor de estômago da paciente que agora está na sala de espera.
Eis algumas das atitudes emocionais características dos curadores, cuja harmonização pode
exigir a ingestão mais prolongada:
Pine - Um constante "floral do curador". O curador se censura por ter negligenciado alguma
coisa ou por não tê-Ia percebido a tempo; por ter sido injusto com um paciente, mesmo que
83
apenas em pensamento (por exemplo, minimizando os problemas por ele expressados ou
não permitindo que ele falasse).
Gentian - Para o curador fundamentalmente cético, que tem dúvidas secretas sobre várias tera-
pias, inclusive sobre o efeito dos florais de Bach em si mesmo e nos outros.
Beech - Quando o curador só tem em mente sua especialidade e se recusa interiormente a aceitar
qualquer outro ponto de vista.
Vine - Quando o curador não admite qualquer oposição à sua autoridade e mostra a tendência
de pressionar os pacientes - em geral inseguros - para uma terapia ou operação, em vez
de deixar que eles mesmos tomem suas decisões (o tema "paciente maior de idade").
Centaury - Quando o curador, contra sua própria convicção, se deixa facilmente "levar" e pres-
creve os remédios que determinados pacientes querem tomar a qualquer custo; quando o
curador, por pura gentileza, aceita os prospectos dos representantes farmacêuticos sem ter
muitas vezes necessidade deles; quando o curador sempre se deixa "vencer" pelos desejos
de seus empregados (férias, por exemplo).
Walnut - Quando o curador sente dificuldade em defender sua própria opinião contra a dos
colegas, ou tem medo, intimamente, de se deixar influenciar.
Holly - Para o sentimento de irritação que surge, por exemplo, quando o curador fez um esforço
especial para atender determinado paciente, e agora descobre que este não dá nenhum valor
ao seu esforço.
Impatiens - Quando o curador sempre se irrita porque o paciente não reage suficientemente
rápido ou não aceita o que lhe foi sugerido.
Water Violet - O curador se sente superior ao paciente, mas, apesar disso ou exatamente por
causa disso, não consegue lidar emocionalmente com suas necessidades. Surge uma neces-
sidade interior de distanciamento, que o curador mal consegue disfarçar (geralmente em
combinação com o estado Elm).
Gorse - Quando o curador deixa de acreditar no sucesso de seus esforços e intimamente abandona
a esperança.
84
,
4. Areas de Aplicação da Terapia
Floral de Bach
85
o prof. dr. Stork, diretor de uma clínica de psiquiatria infanto-juvenil em Munique, chega
a ser da opinião de que vários dos quadros clínicos citados acima poderiam ser os pontos iniciais
da cristalização de futuras doenças psíquicas, visto que suas causas freqüentemente se devem a
um choque emocional.
Como resultado dessas abordagens, os psicofármacos têm uso freqüente na prática, apesar
de se conhecerem seus desagradáveis efeitos colaterais. É aí que a Terapia Floral de Bach oferece
uma alternativa natural e surpreendentemente eficaz.
Os estados agudos
Em casos tais como uma criança sentir medo no primeiro dia de aula, ter ciúme de um novo
irmãozinho ou sentir pânico por causa de "aparições", um bom resultado acontece em poucos
dias. Com uma fórmula corretamente prescrita, deve-se perceber um significativo movimento
inicial de harmonização já nas primeiras 36 horas.
Por isso, é freqüente indicar-se para as crianças dosagens menores (método do copo de água
ou frascos de 10 ml).
Os estados crônicos
Se uma melhora não for visível nesse espaço de tempo, isso indica que o estado emocional
86
da criança foi provocado, em grande parte, por um conflito em casa e que esse conflito se mantém
vivo. A experiência mostra que isso acontece em quase todas as doenças crônicas da infância,
tais como asma e eczema, vômitos e resfriados crônicos, etc. Se tratarmos apenas os estados da
criança, é freqüente verificar-se uma melhora inicial, mas que depois declinará quando o conflito
em casa voltar a se agravar. Portanto, sugerimos:
No caso de doenças crônicas em crianças, deve-se também tratar pelo menos um dos pais.
o diagnóstico
Em princípio, o diagnóstico para a criança não é diferente do diagnóstico para o adulto.
Também o bebê ou a criança de três anos deixa perceber claramente estados emocionais desar-
mônicos. Deve-se observar, contudo, que na presença dos pais muitas crianças se orientam
inconscientemente pelas expectativas deles ou por seu julgamento sobre a situação. É por isso
que muitos curadores preferem primeiro manter um curto diálogo com os pais e depois se ocupar
com a criança, a sós.
Como grande ajuda adicional para se perceber a situação emocional imediata da criança,
temos a chamada escolha espontânea - isto é, deixá-Ia pegar espontaneamente alguns frascos
do kit completo dos florais de Bach, o que, no caso de crianças até 8 ou 9 anos, costuma mostrar
uma alta precisão.
Em especial no caso de crianças que não sabem ou não querem falar, de crianças excep-
cionais ou de crianças estrangeiras, esse método mostrou-se valioso e foi posteriormente con-
firmado através da atuação bem-sucedida das essências florais escolhidas pela criança.
Tentaremos apresentar a seguir um modelo explic.ativo para este método, que pode causar
estranheza à mente orientada para as ciências clássicas.
I. Do quinto ao sexto ano de vida, o início da idade escolar, predominam no EEG em relaxamento
as chamadas ondas alfa (ondas cerebrais com freqüência de 8 a 13 Hz). Nas crianças mais jovens, predo-
minam as freqüências mais lentas do campo teta (de 4 a 7 Hz). O estado alfa é, segundo Wallaee, um
estado de vigília relaxado, com pensamentos calmos e tranqüilos, e boa interação de corpo e mente. É um
estado freqüente durante a meditação.
87
dência básica de vibrar em harmonia com os campos energéticos circundantes, a sensibilidade
natural do ser humano percebe primeiramente as freqüências vibracionais que são apropriadas
para equilibrar as desarmonias momentâneas, ou seja, trazer a harmonia. Em última análise, o
mesmo princípio forma a base dos testes sangüíneos bioenergéticos e de todos os métodos
comparáveis de mensuração.
Às vezes, junto com os filhos, os pais são tratados com as essências florais de Bach, sendo
estes os "florais dos pais" mais freqüentes: Red Chestnut, Beech, Centaury e Vine.
Atenção: Estas sugestões de essências florais de Bach não são, de modo algum, regras
obrigatórias dentro da terapia. Segundo a experiência de pediatras e curadores, é comum os
estados emocionais referidos se manifestarem com os quadros clínicos mencionados acima. A
escolha da fórmula floral de Bach, contudo, sempre deve ser feita individualmente.
88
adulto muitas vezes se surpreende com a resposta da criança e, assim, o melhor a fazer é tenta!:
aprender a esse respeito com seu filho. As experiências relatadas a seguir são sempre encontradas,
com pequenas variações:
• Um garoto de quatro anos está brincando no parquinho e corre até em casa para lembrar à
mãe que está na hora de ele tomar as essências florais. Dois dias mais tarde, ele se recusa
terminantemente a tomá-Ias, pois agora registra, no nível inconsciente, que seu equilíbrio
emocional já foi restabelecido.
• Uma mãe troca, por descuido, os frascos de essências florais na hora de dá-Ias aos filhos. O
filhinho se recusa tenninantemente a tomar o floral e grita loucamente, até que a mãe percebe
o engano. Ao seu próprio floral ele não opõe resistência.
• Crianças que no passado já tomaram suas "gotas para a alma" e reagiram bem a elas, mais
tarde se recusam a tomá-Ias em uma situação semelhante.
Seria um erro obrigar a criança a tomar o remédio, pois ela sabe intuitivamente de que modo
quer enfrentar uma crise ou uma doença - ou seja, ela sabe como deve vivenciar seu desen-
volvimento espiritual e emocional.
Donde se conclui: As crianças não devem tomar seguidamente as essências florais de Bach,
mas somente quando a situação emocional as indicar, o que a própria criança dá a entender
claramente.
Esta informação é especialmente importante para todos os pais que incorrem no erro de
acreditar que podem preparar melhor os filhos para a vida se acompanharem o desenvolvimento
de seus primeiros anos com a Terapia Floral de Bach.
Automedicação na família
A prática mostra que um número cada vez maior de mães expressa o desejo de tratar os
filhos, elas mesmas, com as essências florais de Bach. Do ponto de vista pediátrico, deve-se
prestar atenção ao seguinte:
Em princípio, recomendamos às jovens mães aprender a tratar os casos emocionais agudos
na farrulia. Mas essa sugestão só vale até a criança entrar na pré-adolescência. Com o despertar
da própria personalidade, em geral os pais se tomam "parte do problema", no sentido de que
89
não estão mais em condições de avaliar objetivamente os estados emocionais dos filhos. É
recomendável levar a criança que entra na fase da puberdade a um curador neutro, se possível
do mesmo sexo.
Rescue tornou-se praticamente indispensável como ajuda na prática diária de muitos gi-
necologistas, em situações tais como:
Em casos de dismeno"éia, por exemplo, Rock Water costuma ser um componente impor-
90
tante da associação individual de florais de Bach. O pano de fundo emocional deste quadro
clínico pode ser entendido como uma repressão inconsciente das próprias necessidades básicas
vitais.
Depois de um aborto, muitas vezes são necessários os seguintes florais:
Star o/ Bethlehem - para o choque da intervenção
Pine - para os sentimentos de culpa, conscientes ou inconscientes
Mustard - para o pesar
Olive - para a exaustão física, emocional e espiritual.
Contudo, essas essências florais só devem ser integradas à fórmula individual indicada para
a paciente quando os estados correspondentes forem realmente identificáveis.
Uma gravidez atrás da outra leva a um estado de esgotamento até mesmo as mulheres de
constituição sadia e vigorosa. Uma mulher que teve dois filhos no espaço de dois anos, e en-
gravidou outra vez no ano seguinte, foi ajudada pela seguinte associação de florais, que resta-
beleceu seu equilíbrio emocional e, com isso, também sua condição física:
Otive - para a exaustão espiritual, emocional e física
Elm - para o sentimento temporário de não estar à altura de suas tarefas
Honeysuckle - para apagar a lembrança das dores do último parto.
São interessantes as experiências com a Terapia Floral de Bach nos casos de propensão ao
aborto e de desejo não-realizado de ter filhos. Quando a causa predominante é a problemática
emocional, a Terapia Floral de Bach mostra resultados surpreendentemente rápidos. A experiên-
cia tem demonstrado que sua ação se manifesta, o mais tardar, na segunda ou terceira fórmula
floral.
Nos casos de propensão ao aborto, até o momento não se observou nenhum padrão de
atitude emocional que pudesse ser visto como a causa do problema. Pode-se, contudo, pensar
em:
Nos casos de desejo não-realizado de ter filhos, com freqüência o perfil de Walnut desem-
penha um papel importante. A decisão de engravidar é realmente tomada num nível íntimo,
porém considerações convencionais (tais como restrições sociais ou econômicas) impedem a
concepção.
Em cerca de 80% dos casos tratados com Walnut, ocorreu a gravidez. No entanto, sou-
be-se por algumas pacientes que a gravidez não correspondia plenamente ao seu desejo mais
íntimo.
Como um ponto focal para a Terapia Floral de Bach, muitos curadores enfatizam o seu
uso em relação à gravidez, ao pré-natal, ao parto e ao resguardo; é disso que trata a próxima
seção.
91
4.3 Os florais de Bach no acompanhamento
da gravidez e no parto
Hoje em dia, é muito freqüente a mulher grávida encontrar-se num estado psíquico crítico
e defrontar-se com diversos problemas. A gravidez e o parto parecem, muitas vezes, não ser
mais uma experiência natural. A essa situação específica da mulher grávida vêm somar-se o
crescimento generalizado de medos coletivos, a instabilidade psíquica e afalta de autoconfiança,
a pouca capacidade de resolver os problemas cotidianos e as dificuldades de lidar com as crises
emocionais.
Além disso, está provado que todos os sentimentos e pensamentos da mãe são transferidos
para o embrião e por ele também vivenciados qualitativamente. Assim, são criadas importantes
influências sobre o futuro desenvolvimento emocional da criança. Por esse motivo, parece que
um estado emocional equilibrado, alegre e tranqüilo na mãe é a base para uma gravidez sadia.
Os medos, preocupações, tensão interior, desassossego e dúvidas devem ser evitados.
Com as essências florais de Bach, é possível acompanhar toda a gravidez, de modo a
estabilizar o estado psíquico da mãe, facilitar o parto, promover a recuperação no resguardo
e até mesmo alcançar uma melhor cicatrização (perineotomia). As experiências que causariam
trauma psíquico na criança talvez também possam ser evitadas ou ao menos reduzidas. 3
Segundo o relato delas mesmas, as mulheres que tomaram as essências florais de Bach
durante a gravidez se beneficiaram sem dúvida com essa terapia. Elas ficaram mais tranqüilas
e equilibradas, enfrentaram a gravidez com mais consciência e, em sua maioria, cedo estabele-
ceram contato com o filho por nascer. F!utuações emocionais, tais como o medo, podem ser
melhor trabalhadas e equilibradas. Os conflitos conjugais durante a gravidez são sentidos como
menos estressantes e, assim, as mulheres lidam mais descontraída e criativamente com eles. Até
mesmo uma separação do parceiro - sobrecarga psíquica imensa para a mulher grávida - é
enfrentada com mais ânimo com a ajuda dos florais de Bach. O período pré-natal será vivido
de forma mais consciente e os sentimentos correlatos não serão reprimidos, mas aceitos e trans-
formados. Na maioria dos casos, a esse acompanhamento suave segue-se um parto mais fácil e
rápido, sem ajuda de medicamentos ou operações.
o acompanhamento da gravidez
Em princípio, recomenda-se acompanhar a gravidez, conforme a necessidade, com fórmulas
individuais das essências florais de Bach. Eis alguns estados emocionais típicos que podem se
manifestar durante a gravidez:
92
o diagnóstico para a mulher grávida
Uma vez que mãe e filho, desde a concepção até o nascimento, formam uma unidade emo-
cional e espiritual e reagem reciprocamente aos impulsos emocionais, em geral é muito difícil
para o observador externo fazer o diagnóstico. Os estados emocionais mudam rapidamente;
também os sentimentos do feto, em estado latente, se refletem na mãe.
Em muitos casos, é aconselhável motivar a mulher grávida a se inteirar sobre os perfis das
essências florais de Bach e também, em situações isoladas de crise, a tomá-Ios pelo método do
copo de água depois de fazer a escolha espontânea (ver pág. 87).
o acompanhamento do parto
No acompanhamento do parto com as essências florais de Bach, Rescue provou ser excep-
cional. Seu uso é significativo em todos os casos nos quais as mulheres vêem o parto como uma
sobrecarga emocional, uma situação de exceção, o que é o mais comum hoje em dia. Rescue
ajuda a reduzir o excesso de agitação excessiva, por exemplo, quando a situação na maternidade
não é a esperada ou quando há ameaça de complicações durante o parto.
Da mesma forma, conforme a situação emocional aguda da mulher grávida, recomenda-se
acrescentar suas essências florais individuais e acompanhar o parto com uma eficiente fórmula
personalizada de emergência. Por exemplo:
Tanto Rescue como a associação floral individual devem ser servidos, se possível, em um
copo com água. Caso isso seja difícil, servem-se as essências florais à parturiente, conforme a
situação o exigir, diretamente do frasco do preparado. Compressas também podem ser usadas
adicionalmente. Do mesmo modo, o acompanhante deveria tomar Rescue como precaução. Ime-
diatamente após o parto, deve-se pensar, em primeiro lugar, em Star o/ Bethlehem (choque do
parto) ou Rescue, junto com a prescrição individual - tanto para a mãe quanto para o bebê
(para este, colocar Rescue na água do banho). Enquanto for amamentado, o bebê absorve dire-
tamente o efeito das essências florais através do leite materno.
Experiências de parteiras
A ingestão de Rescue antes e depois de uma cesariana ajudou muitas pacientes a melhor
superar as conseqüências da anestesia.
Em caso de paralisação do trabalho de parto e também quando o batimento cardíaco do
bebê diminui durante o parto, as parteiras de uma clínica da Áustria pingaram Rescue sobre a
barriga da mãe. As atividades de contração recomeçaram e o batimento cardíaco do bebê ficou
mais forte.
Recém-nascidos que não respiravam após o parto também foram tratados com Rescue, em
gotas ou em creme. As atividades respiratórias começaram de imediato.
Se ocorrer mais tarde um real problema no desmame, o perfil de Red Chestnut pode de-
sempenhar um papel importante - enquanto perdurar a ligação simbiótica entre mãe e filho.
93
4.3 Os florais de Bach no acompanhamento
da gravidez e no parto
Hoje em dia, é muito freqüente a mulher grávida encontrar-se num estado psíquico crítico
e defrontar-se com diversos problemas. A gravidez e o parto parecem, muitas vezes, não ser
mais uma experiência natural. A essa situação específica da mulher grávida vêm somar-se o
crescimento generalizado de medos coletivos, a instabilidade psíquica e afalta de autoconfiança,
a pouca capacidade de resolver os problemas cotidianos e as dificuldades de lidar com as crises
emOCIOnaIS.
Além disso, está provado que todos os sentimentos e pensamentos da mãe são transferidos
para o embrião e por ele também vivenciados qualitativamente. Assim, são criadas importantes
influências sobre o futuro desenvolvimento emocional da criança. Por esse motivo, parece que
um estado emocional equilibrado, alegre e tranqüilo na mãe é a base para uma gravidez sadia.
Os medos, preocupações, tensão interior, desassossego e dúvidas devem ser evitados.
Com as essências florais de Bach, é possível acompanhar toda a gravidez, de modo a
estabilizar o estado psíquico da mãe, facilitar o parto, promover a recuperação no resguardo
e até mesmo alcançar uma melhor cicatrização (perineotomia). As experiências que causariam
trauma psíquico na criança talvez também possam ser evitadas ou ao menos reduzidas. 3
Segundo o relato delas mesmas, as mulheres que tomaram as essências florais de Bach
durante a gravidez se beneficiaram sem dúvida com essa terapia Elas ficaram mais tranqüilas
e equilibradas, enfrentaram a gravidez com mais consciência e, em sua maioria, cedo estabele-
ceram contato com o filho por nascer. Flutuações emocionais, tais como o medo, podem ser
melhor trabalhadas e equilibradas. Os conflitos conjugais durante a gravidez são sentidos como
menos estressantes e, assim, as mulheres lidam mais descontraída e criativamente com eles. Até
mesmo uma separação do parceiro - sobrecarga psíquica imensa para a mulher grávida - é
enfrentada com mais ânimo com a ajuda dos florais de Bach. O período pré-natal será vivido
de forma mais consciente e os sentimentos correlatos não serão reprimidos, mas aceitos e trans-
formados. Na maioria dos casos, a esse acompanhamento suave segue-se um parto mais fácil e
rápido, sem ajuda de medicamentos ou operações.
o acompanhamento da gravidez
92
o diagnóstico para a mulher grávida
Uma vez que mãe e filho, desde a concepção até o nascimento, formam uma unidade emo-
cional e espiritual e reagem reciprocamente aos impulsos emocionais, em geral é muito difícil
para o observador externo fazer o diagnóstico. Os estados emocionais mudam rapidamente;
também os sentimentos do feto, em estado latente, se refletem na mãe.
Em muitos casos, é aconselhável motivar a mulher grávida a se inteirar sobre os perfis das
essências florais de Bach e também, em situações isoladas de crise, a tomá-Ios pelo método do
copo de água depois de fazer a escolha espontânea (ver pág. 87).
o acompanhamento do parto
No acompanhamento do parto com as essências florais de Bach, Rescue provou ser excep-
cional. Seu uso é significativo em todos os casos nos quais as mulheres vêem o parto como uma
sobrecarga emocional, uma situação de exceção, o que é o mais comum hoje em dia. Rescue
ajuda a reduzir o excesso de agitação excessiva, por exemplo, quando a situação na maternidade
não é a esperada ou quando há ameaça de complicações durante o parto.
Da mesma forma, conforme a situação emocional aguda da mulher grávida, recomenda-se
acrescentar suas essências florais individuais e acompanhar o parto com uma eficiente fórmula
personalizada de emergência. Por exemplo:
Tanto Rescue como a associação floral individual devem ser servidos, se possível, em um
copo com água. Caso isso seja difícil, servem-se as essências florais à parturiente, conforme a
situação o exigir, diretamente do frasco do preparado. Compressas também podem ser usadas
adicionalmente. Do mesmo modo, o acompanhante deveria tomar Rescue como precaução. Ime-
diatamente após o parto, deve-se pensar, em primeiro lugar, em Star of Bethlehem (choque do
parto) ou Rescue, junto com a prescrição individual - tanto para a mãe quanto para o bebê
(para este, colocar Rescue na água do banho). Enquanto for amamentado, o bebê absorve dire-
tamente o efeito das essências florais através do leite matemo.
Experiências de parteiras
A ingestão de Rescue antes e depois de uma cesariana ajudou muitas pacientes a melhor
superar as conseqüências da anestesia.
Em caso de paralisação do trabalho de parto e também quando o batimento cardíaco do
bebê diminui durante o parto, as parteiras de uma clínica da Áustria pingaram Rescue sobre a
barriga da mãe. As atividades de contração recomeçaram e o batimento cardíaco do bebê ficou
mais forte.
Recém-nascidos que não respiravam após o parto também foram tratados com Rescue, em
gotas ou em creme. As atividades respiratórias começaram de imediato.
Se ocorrer mais tarde um real problema no desmame, o perfil de Red Chestnut pode de-
sempenhar um papel importante - enquanto perdurar a ligação simbiótica entre mãe e filho.
93
Bebês que se engasgavam ao mamar relaxaram quando se aplicou Rescue em sua cabecinha,
na região da fontanela.
Indicações
No campo da aplicação psicoterapêutica, uma lista de quadros clínicos, nos quais se poderia
introduzir com sucesso a Terapia Floral de Bach, fica em segundo plano. Muito mais importante
para a indicação é a orientação no decorrer da terapia. As essências florais de Bach podem
integrar-se muito bem no processo terapêutico.
Apesar desta advertência, mencionamos resumidamente os campos de aplicação para a Te-
rapia Floral de Bach, dados como indicações pelos psicoterapeutas consultados por nós:
• perturbações depressivas
(depressão neurótica, depressão reativa, formas mistas)
94
• sÍndrome do medo
(neurose do medo, fobias, medos sociais e relativos ao corpo, reações agudas de medo)
• distúrbios psicossomáticos
(as chamadas somatizações clássicas, como, por exemplo, a asma, a neurodermatites, a en-
xaqueca, o "morbus" Crohn, bem como os distúrbios psicossomáticos no sentido mais amplo).
Torna-se evidente que, na prática, as essências florais de Bach podem ser introduzidas em
todos os quadros clínicos tratados com métodos psicoterapêuticos.
• No início da terapia
Quando a autoconfiança do cliente está fortemente diminuída por causa de distúrbios físicos
e emocionais, as essências florais de Bach podem ajudar a estabilizar a personalidade e, com
isso, desenvolver um bom ponto de partida para o trabalho terapêutico.
• No decorrer da terapia
Aqui se evidenciam principalmente situações nas quais o paciente precisa lutar contra novos
limiares de medo ou, então, opõe resistências que impedem uma nova orientação e fazem a
terapia estagnar. As essências florais de Bach exercem a função de ponte nessas fases árduas
do tratamento, as quais, nos níveis de tratamentos terapêuticos costumeiros, geralmente só são
superadas com dificuldade. Os processos psíquicos profundos são acompanhados e apoiados
pelas essências florais de Bach.
• No término da terapia
Depois do final do tratamento psicoterapêutico, o próprio paciente pode continuar a se tratar
com as essências florais de Bach. A autonomia e a responsabilidade pessoal são desenvolvidas
desde o início e, mais tarde, podem consolidar-se as transformações tratadas na terapia.
o diagnóstico
Na escolha das essências florais de Bach, os psicoterapeutas agem de diferentes maneiras,
mas o primeiro passo é sempre o diálogo terapêutico. Isto está de acordo com o método clássico
de Bach para a escolha dos florais. Aqui o paciente fica no centro, com seu atual estado de
saúde individual, o que permite identificar o padrão emocional arquetípico que está desequili-
brado no momento. Além da entrevista, para a qual também o paciente pode trazer sugestões
de diagnóstico, os curadores por nós consultados usam, segundo a situação e os pontos cruciais
pessoais, diferentes métodos auxiliares de diagnóstico.4
Entre os mais populares procedimentos complementares usados pelos psicoterapeutas para
dar segurança à entrevista-diagnóstico, estão a escolha espontânea (que ativa o nível intuitivo
do paciente) e o questionário para diagnóstico (com o qual são abordados sobretudo os domínios
. 95
conscientes e intelectuais do paciente). Além destes procedimentos, os terapeutas recorrem aos
Repertórios (neste caso, são exigidos os domínios conscientes e intelectuais do curador) ou
utilizam processos nos quais as essências florais de Bach são testadas com a ajuda da resposta
física do paciente (por exemplo, cinesiologia, RAC). No nível energético do paciente são utili-
zados os sistemas de mensuração bioenergética.
Reações típicas
As reações às essências florais de Bach observadas pelos psicoterapeutas correspondem, em
linhas gerais, aos efeitos usualmente descritos.5 No espectro que abrange desde melhoras rápidas
e drásticas até mudanças sutis e demoradas, as formas de reação são muito individuais. Ocasio-
nalmente também é relatada uma piora inicial, de modo que, depois da ingestão dos florais de
Bach, podem se manifestar medo, sofrimento, dor e resistência a eles. Essas reações permitem
mais um passo no desenvolvimento. O paciente "abalado" encontra acesso mais fácil aos sen-
timentos reprimidos e experimenta uma nova motivação no processo terapêutico. Na maioria
das vezes, os pacientes se sentem nitidamente apoiados pelas essências florais de Bach e desen-
volvem, em algum grau, um relacionamento muito pessoal com elas.
• Como primeiro passo da terapia, bem como para apoio em fases agudas, independentemente
do quadro clínico, é apropriado o uso de Rescue.
• No decorrer da terapia, os perfis emocionais dos florais de Bach Honeysuckle e Walnut podem
tornar-se particularmente importantes. Ambos os perfis - desligamento de antigos padrões
e reorientação para futuras transformações - serão de significado central em toda terapia.
• Os pacientes depressivos freqüentemente precisarão das essências florais Gentian, Gorse,
Hombeam, Holly, OUve,Mustard, White Chestnut, Wild Rose e Willow.
96
• Nos casos de ansiedade, geralmente são indicados os florais Aspen, Cherry P/um, Mimu/us,
Red Chestnut e Rock Rose, bem como Rescue.
• Com o seu frasco de preparado floral personalizado, o paciente recebe uma espécie de con-
junto de intenções para a jornada. Essa orientação positiva é trabalhada em conjunto pelo
terapeuta e pelo cliente, de acordo com o potencial positivo do floral central da fórmula.
Assim, o paciente tem- uma orientação relacionada com a sua situação aguda, orientação que
dará apoio ao efeito das essências florais de Bach no nível verbal e, ao mesmo tempo, esti-
mulará a responsabilidade pessoal.
• O terapeuta também pode incorporar as essências florais de Bach diretamente no cenário
terapêutico. Como métodos, são particularmente adequadas a imaginação ativa, na linha de
C. G. Jung, e a psicoterapia catatímico-imaginativa. Estes dois processos trabalham com
experiências imagéticas e se dirigem ao nível arquetípico sobre o qual também atuam as
essências florais de Bach.
• As essências florais de Bach podem ser incluídas no ambiente também para um tratamento
imaginativo experimental. Em uma situação imaginada, na qual o paciente sente uma deter-
minada forma de medo, o terapeuta faz com que ele segure na mão o frasco do concentrado
floral de Bach correspondente. Essa experiência pode vir a atenuar o medo, liberando blo-
queios e ajudando o paciente, acompanhado pelo terapeuta, a mudar ativa e positivamente o
quadro imaginado.
• Com a introdução das essências florais de Bach, os impulsos de auto-agressão do cliente são
consideravelmente diminuídos. Pouco apouco, desenvolve-se uma percepção diferenciada
do próprio processo psíquico, de modo que se torna possível uma nova experiência refletida
e corretora. Através do efeito harmonizador dos florais de Bach, eleva-se cada vez mais o
poder individual no trabalho com os processos inconscientes da psique.
• Por meio das essências florais de Bach, é possível reduzir ao mínimo a medicação alopática;
elas são uma alternativa natural, e sem efeitos colaterais, aos psicofármacos. Com a introdução
dos florais de Bach, os psicofármacos podem ir sendo gradualmente reduzidos e, por fim,
totalmente eliminados.
• As essências florais de Bach também podem ser introduzidas com sucesso no campo das
perturbações psicossomáticas. Uma administração bem visada dos florais de Bach pode ab-
97
sorver as reações somáticas excessivas e influenciar positivamente a problemática emocional
básica, evitando assim que um sintoma físico atraia para si uma série de perturbações.
• Com as essências florais de Bach, a duração de um tratamento psicoterapêutico pode ser, em
certas circunstâncias, reduzida. O processo terapêutico individual é intensificado e a autono-
mia do cliente promovida mais cedo. Este é um aspecto importante do ponto de vista das
atuais tentativas para reduzir os custos da Saúde Pública.
As perspectivas
É exatamente do ponto de vista das novas correntes da psicologia que as essências florais
de Bach ganham sentido. Isso se torna particularmente claro no conceito de crise psicoespiritual,
cunhado e descrito pela primeira vez pelo dr. Stanislav Grof.6 A abordagem de Grof levou a
uma nova e radical compreensão de estados semelhantes às psicoses, que são classificados pela
psiquiatria clássica como ameaçadores e, freqüentemente, como doentios.
Segundo a estimativa de um médico psiquiatra e psicoterapeuta que trabalha com o conceito
de Grof,7 grande parte das psicoses esquizofrênicas são "crises de cura psicoespiritual, isto é,
estados alterados de consciência de longa duração, com profundas introvisões e que correspon-
dem às descobertas da moderna física quântica, da cibernética, da holografia, das pesquisas sobre
a consciência e aos mitos e lendas milenares". As pessoas que passam por esses estados alterados
de consciência "sabem instintivamente que não são doentes mentais, mas é fácil serem tratadas
como tal". Esses estados, desde que não sejam encobertos por medicamentos, poderiam ser
reconhecidos e usados como crises de amadurecimento. Sob orientação terapêutica, a "imersão
da consciência alterada nos conteúdos arquetípicos", característica desses estados, pode ser fi-
nalmente trabalhada e compreendida "com a ajuda das essências florais de Bach e a proteção
de Rescue, líquido ou pomada". Além disso, com esta forma de terapia preserva-se o sinal de alerta,
o que é particularmente importante para as pessoas em situações de crise. "Em comparação com a
anterior terapia com psicofárrnacos, pode-se, pela primeira vez, falar em cura." Para os curadores
que trabalham no terreno da psicologia humanista e transpessoal - um grupo crescente de jovens
psiquiatras e psicoterapeutas -, as essências florais de Bach são um importante fator terapêutico.
O conceito de Bach tem uma abordagem holística e, assim, suas essências florais oferecem
contribuição para a mudança que hoje ocorre também na psicologia. No contexto de uma cres-
cente compreensão holística da doença, o campo especializado da psicoterapia deve contar, no
futuro, com uma utilização cada vez maior da Terapia Floral de Bach.
6. Die Stürmische Suche nach dem Selbst e outras publicações. [A Tempestuosa Busca do Ser, publi-
cado pela Editora Cultrix, São Paulo, 1994.]
7. Günter Lippler, Fürth (Alemanha).
8. Texto do dr. Winfried Trõbinger, médico, Graz (Áustria).
9. Diagnostic and Statistical Manual o/ Mental Disorders-/ll-R da American Psychiatric Association.
98
de partida uma seleção precisa de fenômenos psíquicos evidentes. Somente com um conjunto
de critérios muito bem definidos é que se pode estabelecer um diagnóstico psiquiátrico. Ao todo,
cinco eixos irão descrever, além das transformações emocionais agudas, as transformações emo-
cionais duradouras e as transformações físicas, bem como o nível de tensão e funcionamento
psicossociais.
Uma visão acurada, e que não julgue as pessoas psiquicamente doentes dentro de suas
importantes conexões psicossociais, é o requisito básico para o tratamento psiquiátrico respon-
sável.
Para identificar os pontos de partida da Terapia Floral de Bach no campo psiquiátrico,
primeiro é preciso refletir sobre algumas condições bású:as:
Autonomia: Nos distúrbios psíquicos graves, a perda da autonomia no sentido de uma
redução das funções do Eu (tal como perturbações do raciocínio, paixões descontroladas, emoção
destrutiva ou perturbação do senso de orientação no mundo) pode ter conseqüências dramáticas,
que tornam necessário um tratamento gradual sob controle.
Consciência: Uma vez que as perturbações psíquicas geralmente restringem as faculdades
de raciocínio e discernimento da pessoa (como por exemplo nos casos de delírio), muitas vezes
o paciente não tem consciência de sua doença ou a tem apenas a intervalos.
Avaliação cultural: Na nossa cultura predomina um nível assustadoramente baixo de in-
formação acerca dos distúrbios mentais, muitas vezes associado a uma intensa desvalorização
das pessoas psiquicamente doentes.
Motivação: A motivação pode ser muito fraca nas pessoas em crise psíquica, em parte
pelas razões acima mencionadas. Contudo, depois de se desenvolver uma afinidade com o
tratamento, o trabalho de motivação geralmente representa o primeiro passo de um trata-
mento psiquiátrico.
Atitude do curador e dos familiares: Para o tratamento dos distúrbios psíquicos, é impor-
tante não só a atitude do próprio paciente como também o que pensam seus familiares e o curador
sobre as raízes, as possibilidades de cura e as perspectivas da doença. Segundo o princípio da
selffulfilling prophecy, "a profecia que induz a sua própria realização", as atitudes negativas
tendem facilmente a se tornar realidade.
Estratégias e objetivos do tratamento: O princípio do "tanto quanto seja necessário,
mas o mínimo possível" por certo também se aplica à terapia psiquiátrica. Os métodos
naturais de cura são, na medida do possível, preferíveis às curas alopáticas. Contudo, nos
casos de regressão mais intensa e duradoura do paciente, são necessários apoio e proteção.
As terapias com psicofármacos químicos podem muitas vezes restabelecer mais depressa a
autonomia de um paciente.
99
A Terapia Floral de Bach em distúrbios psíquicos especiais
As psicoses
Psicose é como "sonhar quando se está totalmente acordado". Conforme a gravidade dessas
experiências de "sonho" e a intensidade do conflito com o ambiente, a pessoa em crise psicótica
precisa de uma proteção suave e orientadora. Os neurolépticos quase sempre têm boa atuação
antipsicótica e, assim, ajudam a restaurar rapidamente a autonomia do paciente.
A experiência com casos mais brandos permite que se levante uma hipótese: talvez fosse
possível tratar a pessoa que apresenta psicoses ligadas às suas vivências subjetivas com fórmulas
florais em rápida sucessão, combinadas com um constante acompanhamento psicossocial durante
a crise psicótica.
Depois das psicoses que têm grandes riscos de recaída - uma psicose pode ressurgir,
embora não necessariamente -, permanece o perigo de que o paciente, com a hospitalização
elou complicações, venha a perder suas habilidades práticas vitais ou, ao menos, parar de de-
senvolvê-Ias (síndrome residual). No contexto da reabilitação psiquiátrica, as essências florais
de Bach geralmente são muito úteis para desfazer os bloqueios inibidores do crescimento.
Uma moça de 18 anos, depois de duas crises psicóticas graves (com duração de oito e quatro
semanas, respectivamente), por vontade própria procurou tratamento ambulatorial psiquiátrico-
psicoterapêutico. Ela cursava o segundo ano de uma escola profissionalizante e, devido às suas
crises, agora talvez precisasse repetir o ano. Desde o início do curso, ela se sentia negativa e
resignada. Após um mês de tratamento, recebeu a primeira associação de florais de Bach: Rescue,
Vine, Gorse, Sweet Chestnut, Mimulus e Hol/y. Um mês depois, Mustard, Gentian, Rescue e
Mimulus. Ela já se esforçava intensamente na escola, querendo encerrar o ano letivo de modo
favorável. Mais um mês e ela recebeu Clematis, Olive, Mimulus e Wild Rose. Nesse meio-tempo,
ela terminou bem o ano escolar - com uma única nota negativa, que se resolveria com o exame
de recuperação no outono.
Três semanas mais tarde, foi aprovada no exame de motorista. Passou o verão estudando
e, no outono, tomou Mimulus, Rescue, Oal<,Agrimony e Walnut para acompanhar o exame de
recuperação. Foi aprovada. Quatro meses depois, recebeu Sweet Chestnut, Mimulus. Rescue,
Gentian e Oak. Depois de encerrar o primeiro semestre do terceiro ano letivo com notas positivas
em todas as matérias, voltaram a se manifestar os sintomas psicóticos. A jovem ficou com muito
medo de estar mentalmente doente; em alucinações, ouvia a voz de seu pai em toda parte, dizendo
que ela era realmente um caso de psiquiatria. Mas, nesse meio-tempo, ela trabalhara tanto o
poder do Eu que já estava pronta para um tratamento em nível psíquico com o neuroléptico
"Clozapin" (Leponex), que também havia tomado durante os processos de tratamento anteriores,
em doses pequenas, à noite, para poder dormir. Agora, com uma dose um pouco maior de
Clozapin, ela superou a crise psicótica em quatro semanas. Ao mesmo tempo que ia à clínica
quase todos os dias, uma conversa com sua fanu1ia serviu para tranqüilizar e encorajar seus pais.
Exceto por uma semana em que ficou acamada, ela continuou a freqüentar a escola. Cerca de
cinco semanas mais tarde, durante as aulas, teve a última alucinação com a voz de seu pai
dizendo que ela era um caso de psiquiatria. Depois disso, passou dois meses hiperativa e afas-
tou-se da escola (Clematis, Vervain, lmpatiens), mas, ao cabo de três meses, terminou o ano
letivo com sucesso. Seguiu-se um certo esgotamento (Hornbeam, Clematis. lmpatiens). No ou-
100
tono seguinte, começou o último ano do curso, sempre lutando com os humores depressivos
(Gentian, Mustard, Gorse) e, além disso, Willow tornou-se muito importante para ela.
Muitas psicoses se manifestam sem processos dramáticos ou extravagantes, principalmente,
sem a perda de importantes poderes vitais (forma menor).
Três meses depois de uma tentativa de suicídio, com pontadas no coração (lesão do peri-
cárdio e da pleura) e um quadro de crise psicótica inibida, um homem de 31 anos procura
tratamento inicial de reabilitação psiquiátrica de três meses, sem internação. Ele já concluiu 80%
de um curso técnico. Está tomando um neuroléptico de alta potência, combinado com um remédio
contra o Mal de Parkinson. Em primeiro plano, está a sua insatisfação com seu desempenho
profissional - ele tem grande necessidade de sono, está sempre cansado e sua produtividade
diminuiu. O paciente vem, uma vez por semana, para uma entrevista de apoio terapêutico. Como
psicofármaco, recebe um neuroléptico de média potência e um antidepressivo. _'I.
No período de quatro meses, ele consegue apenas levíssimas mudanças, com altos e baixos
do cansaço e das limitações para o trabalho. A oferta de essências florais de Bach só foi aceita
com relutância por esse paciente de formação científica. Ele recebe Otive, Hombeam, Larch,
Gorse, Star of Bethlehem e Mimulus. Depois de duas semanas, seu cansaço diminui um pouco;
mais uma semana, e ele volta à passividade. No entanto, dois dias depois, ele decide parar de
se torturar com os estudos e, em vez disso, arrumar um emprego de meio período e, com isso,
também libertar-se financeiramente. Ele conta que logo depois, com sua primeira tentativa de
arrumar um emprego, aumentaram os pensamentos negativos de autodestruição. Mas é capaz,
pela primeira vez, de contar quais foram as auto-acusações e autocondenações que mais o per-
turbaram e levaram a tentar o suicídio. A próxima fórmula floral inclui: Gentian, Mustard, Larch,
Star of Bethlehem, Gorse e Hombeam. Depois de um intervalo nas férias, o paciente contou,
radiante de alegria, que conseguira completar o curso com boas notas; ele se sentia significati-
vamente estabilizado e os pensamentos negativos ficaram raros.
As manias
Numa crise maníaca extrema, o paciente é invadido por suas forças (basicamente positivas)
de harmonia ou conflito, chegando muitas vezes a sofrer perdas financeiras.
As fases maníacas se extinguem sob a ação de neurolépticos de força média, em dosagens
muito altas." Também nas manias há risco de recaída e, para uma continuidade do tratamento, é
crucial o ponto até o qual os pacientes aprendem a se familiarizar com seus "obstáculos" emo-
cionais, a fim de poder saltá-los em caso de crise. Muitos o conseguem, e é exatamente nesse
processo de aprendizado que as essências florais de Bach, ao lado da psicoterapia e da farma-
coterapia, são muito úteis.
A depressão
Numa depressão, a pessoa sofre perturbações e uma limitação de sua vitalidade. A depressão
pode afetar não só o ânimo, mas também o pensamento e a memória.
Nas depressões leves e médias, a psicoterapia e a naturoterapia são os métodos de tratamento
preferenciais. Em todos os casos de depressão grave, deve-se oferecer ao paciente psicofármacos
antidepressi vos.
101
exemplo de caso de depressão
Uma mulher de 34 anos procura tratamento ambulatorial por causa de uma segunda crise
depressiva grave. Ela trabalha numa atividade especializada em uma empresa industrial, vive
um casamento estável, tem um filho de cinco anos, sente-se totalmente exaurida, não vê nenhuma
solução e acha que não poderá voltar a ocupar seu cargo. Como no momento está de licença-
saúde, ela toma um antidepressivo quase isento de efeitos colaterais. Depois de três semanas de
tratamento, com entrevistas e antidepressivos que melhoraram em 50% a sintomatologia afetiva,
ela também recebe, a seu pedido, as essências florais de Bach (Elm, Larch, Rescue, Gorse, Wiúi
Rase, Wild Oat e Hally).
Um mês mais tarde, a paciente está visivelmente melhor. No entanto, continua atormentada
por dúvidas a respeito de si mesma e sentimentos de culpa (Elm, Larch, Star af Bethlehem, Wiúi
Rase, Mimulus, Cerato, Chicory e Pine).
Depois de mais outro mês, ela volta ao trabalho. Agora toma Cera ta, Larch, Crab Apple,
Elm, Rock Rose eStar af Bethlehem.
Duas semanas depois de voltar ao trabalho, ela começa a mostrar propensão para uma crise
de média gravidade, com pensamentos repetitivos, medos e dúvidas sobre si mesma (White
Chestnut, Mimulus e Larch). Além desses, ela também toma um neuroléptico leve para aquietar
seus tormentos interiores a fim de que, embora cansada, continue apta ao trabalho. Depois de
duas semanas, ela toma Gentian, Larch, Crab Apple, Oak, Cerata, Rescue e White Chestnut, e
continua a luta. Passado mais um mês, no qual se dedica corajosamente ao trabalho, seus medos
difusos, principalmente, tornam-se mais nítidos. A nova fórmula é: Oak, Aspen, Larch, Gentian,
Willaw, Star of Bethlehem e Hornbeam. Depois de outro mês, ela acha que já podia voltar a se
olhar no espelho; somente com a memória ela ainda tem algum problema. Agora, o neuroléptico
pode ser abandonado. Depois de mais dois meses com essa associação de florais, ela se sente
90% melhor. Toma agora Otive, Honeysuckle eStar of Bethlehem. Ao cabo de dois meses,
manifesta-se uma pequena flutuação depressiva, que a própria paciente estabiliza tanto com
remédios químicos quanto com os florais de Bach. Mais um mês e o antidepressivo pode ser
posto de lado. No campo profissional, ela agora está totalmente apta. Na vida particular, faz-se
agora uma divisão justa das responsabilidades entre ela e o marido. Com o filho está tudo bem,
embora ela ainda tenha ocasionalmente algum sentimento de culpa em relação a ele.
Ansiedade
Costumava ser classificada como neurose. Responde bem às essências florais de Bach.
102
para o médico particular, enviando-lhe um diagnóstico psiquiátrico preciso, sugerindo um tra-
tamento com um antidepressivo eficaz contra o medo e aconselhando o abandono do remédio
que poderia criar dependência Depois de quatro semanas, a paciente está relativamente bem, aban-
donando aos poucos o tranqüilizante e voltando a se interessar pelos seus passatempos. Ao se iniciar
uma agitação, que poderia levar a estados de pânico, ela a controla com Rescue ou com algum
calmante à base de ervas (lúpulo e valeriana, entre outras). Nunca chegou a tomar o antidepressivo
recomendado. Três semanas depois, ela declara que se sente muito bem, que seus pensamentos
voltaram a ser harmoniosos e informa, além disso, que desde o início seu médico particular lhe
receitava um remédio para a pressão sangüínea (betabloqueador). Ela recupera a alegria de viver.
Distúrbios limítrofes
Nos casos de distúrbios limítrofes (situados entre os distúrbios neuróticos e os psicóticos),
os pacientes perdem temporariamente a função do Eu. Manifesta-se uma desproporcional regu-
lação afetiva; por um lado, hipersensibilidade, reações violentas, lenta pacificação, intensidade
e descontrole diante de todas as emoções dolorosas. Além disso, freqüentemente surgem obje-
tivos irreais, ódio por si mesmo, vergonha e uma forte tendência temporária à autodestruição
(suicídio, uso de drogas).
Muitas pessoas com essa extrema hipersensibilidade e dificuldade de autocontrole conse-
guiram compensá-Ias tão bem que a estrutura limítrofe de sua personalidade só vem a se mani-
festar nas crises ou na psicoterapia.
Do ponto de vista da Terapia Floral de Bach, nesses casos deve-se também acompanhar,
principalmente durante as crises, essas forças que se transformam com tanta intensidade. Uma
vez que não existe nenhuma terapia psicofarmacológica para os pacientes limítrofes, a não ser
em crises agudas, as essências florais de Bach freqüentemente são usadas ao lado da psicoterapia.
Na prática de todo terapeuta que trabalha com os florais de Bach, as estruturas limítrofes
da alma de um paciente podem tornar-se visíveis - surgindo, em geral, pela primeira vez no
contexto de uma terapia.
As lesões cerebrais
Vício e dependência
O fato de dispormos de tão pouco material sobre o tratamento do vício através da Terapia
103
Floral de Bach vem conftrmar a experiência geral: uma baixa taxa de sucesso no tratamento da
predisposição ao vício.
O motivo pelo qual é tão difícil ajudar de modo duradouro as pessoas viciadas, a ponto de
isso parecer quase impossível, certamente é porque se trata muito mais de uma problemática
dos chamados grupos marginalizados. Segundo a deftnição de Olaf Koob, médico antroposoftsta
e especialista em toxicodependência, o vício é um fardo inevitável da civilização, uma doença
cultural que, como uma grande epidemia social, produz ela própria suas vítimas e as mantém
vivas através do fornecimento da droga formadora de hábito.
Em palavras mais simples, o vício é a expressão de uma busca inata - porém mal orientada
- do ser humano por um mundo melhor, por autodesenvolvimento e perfeição. Mal orientada,
porque a pessoa, por fraqueza, predisposição, frustração e muitos outros motivos, empreende
sua busca no nível falso, ou seja, no nível material. Por isso, é inevitável ela ftcar cada vez mais
frustrada e, como resultado, deixar-se escravizar sempre mais por esse padrão de comportamento
autodestrutivo.
Segundo Bach, a pessoa viciada não está mais em condições de perceber seu plano de vida
através da voz do seu Eu Superior, muito menos de conhecer e reconhecer sua missão no Todo
maior, segundo o princípio da Unidade. Assim, ela é cada vez mais atraída para o plano inferior
de sua própria personalidade, e busca ali, compulsivamente e com os meios inadequados, saciar
sua fome de verdadeiras vivências e percepções espirituais. É inevitável que isso a deixe cada
vez mais perdida e na dependência justamente dessas drogas que viciam.
Segundo a opinião dos especialistas, mais da metade - ou talvez um número ainda maior
- da população da nossa civilização ocidental mostra padrões de comportamento do tipo acima
descrito, se, ao lado dos vícios clássicos ou "reconhecidos" (tais como drogas, álcool, cigarro,
medicamentos, anorexia, bulimia), levarmos em conta padrões compulsivos, tais como o con-
sumismo, o vício pelo trabalho, a possessividade, o vício de assistir televisão, o vício das emoções
fortes ou da quebra de recordes esportivos, o vício de ouvir música bem alto, o vício de comer
tomates, açúcar ou outros alimentos, e até mesmo o vício da meditação.
Para poder ajudar eftcazmente uma pessoa viciada, é preciso que o curador tenha reconhe-
cido e trabalhado suas próprias estruturas de vício. Enquanto isso não ocorrer, enquanto certos
medos e tendências ao vício forem inconscientemente projetados sobre o paciente, não será
possível dar-lhe qualquer orientação espiritual. Pois é exatamente a pessoa viciada que vai per-
ceber com muita precisão, no nível consciente ou inconsciente, se o curador de fato a compreende
a partir de seu íntimo e se seus conselhos espelham valores por ele trabalhados na prática.
Orientação espiritual sempre signiftca oferecer "ajuda para a auto-ajuda"; reconduzir aos
princípios eternos e às verdades da vida, que na ftlosofta de Bach, "cura-te a ti mesmo", foram
reproduzi das de um modo mais simples. Essa orientação espiritual - isto é, o esforço mútuo
para um novo projeto construtivo de vida - deve ser, ao lado da desintoxicação do corpo, o
ponto principal de uma terapia de viciados em combinação com os florais de Bach.
Muitas pessoas viciadas sentem um forte interesse pelo conceito da Terapia Floral de Bach
e têm conseguido se libertar gradualmente, por meio das essências florais - e de muita paciência
- de vícios cotidianos, tais como o comer compulsivo, o consumismo, o vício de assistir tele-
visão.
Também nesses casos trata-se, em primeiro lugar, de orientar o paciente para o autoconhe-
cimento e a motivação, revertendo seu processo de autodestruição. Aqui, é importante o curador
adotar uma atitude neutra, principalmente diante de viciados que ainda não estão preparados
para alterar o curso da autodestruição. O fato de o curador aceitar com respeito que alguém
ainda não esteja pronto para mudar sua vida, possibilita ao paciente uma escolha realmente livre
104
em favor da vida e contra o vício. Em todas as etapas da motivação, as essências florais de Bach
podem ser muito úteis. Sua preparação adequada, sem álcool, não deve ser esquecida.!
Mais da metade desse grupo de pacientes mostrava um predomínio dos padrões de com-
portamento emocional tratados pela Terapia Floral de Bach.
• Chestnut Bud: recaída automática ou compulsiva em determinados padrões de comportamen-
to; total impossibiliãade de tirar urna conclusão dessas experiências; ausência da capacidade
de aprender.
• Walnut: corno expressão de um atraso no processo de amadurecimento; ausência de desen-
volvimento da individualidade devido à dependência (de personalidades mais fortes, por
exemplo, mas também de urna busca de status, pressões sociais, etc.).
• Red Chestnut: "O viciado e o objeto de seu desejo estão acorrentados um ao outro de modo
inexplicável. Quanto mais o viciado coloca suas forças apenas a serviço de seu desejo, tanto
mais fortes lhe parecem as forças do objeto de seu desejo."2
Metade desse grupo de pacientes mostrou, além disso, os seguintes padrões negativos de
comportamento emocional:
• Larch: sentimento de inferioridade; na maioria das vezes, condicionado pela educação.
• Gorse: resignação; vazio interior, desesperança - também relacionados com a situação social.
• Gentian: todas as tentativas de obter satisfação acabam por se mostrar infrutíferas e deixam
uma profunda frustração subliminar.
• Aspen: transbordamento causado por impressões externas que não puderam ser elaboradas
conscientemente. Urna das causas possíveis: a confrontação demasiado precoce desses pa-
cientes, em sua maioria de personalidade sensível, com a televisão, os noticiários catastróficos
divulgados pelos meios de comunicação, bem como histórias de horror e terror. Isso produz
medos vagos, mas também o vício de mais emoções fortes.
1. Para esses casos, prepara-se a fórmula floral sem álcool, podendo-se ingerir as gotas em uma bebida
gelada. Ou pode-se encomendar na farmácia a fórmula floral em glóbulos; estes devem ser preparados ad
hoc, pois em poucos meses perdem sua eficácia.
2. Citado em Besser leben mit weniger do dr. Ulrich Beer.
105
• Willow: o paciente se sente uma vítima da situação.
• Clematis: o paciente foge da realidade para um mundo fictício, no qual "não está mais s.ozinho".
Essas experiências podem servir de estímulo para o uso das essências florais de Bach em
pacientes com problemas relacionados com o vício. A experiência mostra que Rescue oferece
uma boa via de acess,? na terapia da toxicodependência, na medida em que, depois dele, a
proposta espiritual da Terapia Floral de Bach poderá ser entendida ou aceita.
A experiência mostra que Rescue é a essência floral usada com mais freqüência; suas possibi-
lidades de uso são múltiplas. Em muitos casos, com o uso de Rescue, também se pode reduzir
consideravelmente a medicação alopática (por exemplo, os soníferos, sedativos e neurolépticos). Tão
logo se manifesta um estado emocional negativo, é sempre útil servir as essências florais de Bach
indicadas para cada caso, pelo método do copo de água ou a partir do frasco do preparado.
As essências florais de Bach não só ajudam a equilibrar as desarmonias emocionais agudas
como também podem, em certas circunstâncias, contribuir para o desenvolvimento da persona-
lidade, mesmo na velhice. Até pessoas com uma estrutura de caráter totalmente enrijecida sentem
o efeito harmonizador dos florais de Bach. Isso é percebido pelo paciente e pelos seus familiares,
geralmente com surpresa e grande alegria. Foi assim que, por exemplo, se resolveram antigas
brigas de família; uma das partes conseguiu, com ajuda dos florais de Bach, desenvolver qua-
lidades como o perdão e a compaixão.
Em vista das boas experiências, seria desejável um uso mais amplo da Terapia Floral de
Bach no campo da geriatria e do cuidado ao idoso. É justamente na área da enfermagem que se
poderia obter imenso alívio emocional para pacientes e equipes de atendimento. Relatórios da
prática diária mostram que a "atmosfera" de uma enfermaria ou instituição médica melhora
sensivelmente quando as essências florais de Bach são usadas como terapia adicional.
106
dificuldades com os outros pacientes ou com a equipe de atendimento, ou aquilo que mais nos
causava problema com ele. Eu anotava os pontos-chave e depois escolhia as essências florais
de Bach correspondentes.
Na visita seguinte, a fórmula floral escolhida para cada paciente era passada à equipe de
atendimento e, na medida do possível, respondíamos as perguntas sobre o efeito dos florais.
Na clínica, havia sempre à disposição de todos os membros da equipe um exemplar de um
livro sobre as essências florais de Bach. Deste modo, tínhamos uma boa observação dos pa-
cientes por parte de uma equipe motivada.
Alcançamos, com freqüência, sucesso imediato e visível. Por exemplo, pacientes eterna-
mente rabugentos tomaram-se mais afáveis e satisfeitos, e isso, é claro, esgotava menos a
paciência da equipe de atendimento. Toda a atmosfera da clínica ficava mais agradável e
descontraída, tanto para os pacientes quanto para a equipe.
Particularmente úteis eram os concentrados florais de Bach no treinamento de auto-ajuda
na reabilitação, quando os pacientes, fisica e emocionalmente, nunca estão em condições de
cooperar. Por um lado, sua vontade de viver e ter saúde chegou a um ponto morto, devido a
anos de lftitudes emocionais negativas; por outro lado, em geral, eles não podiam ou não
queriam compreender que seria mais benéfico fazerem por si mesmos, com esforço, aquilo
que "a enfermeira é capaz de fazer por mim, mais depressa". Nesses casos, pudemos observar
muito bem o efeito de regeneração emocional das essências florais de Bach dentro do princípio
do "cura-te a ti mesmo".
Ouvimos uma paciente muito deprimida, com hemiplegia no lado esquerdo, dizer esta frase,
pela primeira vez, depois de tomar um preparado de Larch durante uma semana: "Sim, eu
quero tomá-lo." Frases como esta, e semelhantes, ela só dizia quando lhe davam regularmente
as essências florais de Bach. Caso contrário, logo voltava a mergulhar em seu antigo padrão
de comportamento depressivo e apático.
Tivemos a oportunidade de fazer belas experiências com doentes graves e com agoni-
zantes; como, por exemplo, com uma paciente que durante seus últimos dias teve uma séria
dispnéia.
Nos cuidados pessoais ou na troca da roupa de cama, ela nos fitava com olhos aterrori-
zados. Chegamos à conclusão de que sua respiração difícil, com cianose, se devia principal-
mente ao medo. Por isso, preparamos para ela uma "fórmula para o medo".
Mimulus, Aspen eStar of Bethlehem. Acrescentamos Walnut e Honeysuckle, por serem
florais de valor comprovado para pessoas idosas na fase da "despedida ".
A partir daí, antes que qualquer cuidado lhe fosse prestado, ela recebia uma dose da
fórmula. E também a qualquer momento, se percebíamos que sua respiração ficava mais difícil.
Assim, poupamos àquela mulher, e a outros pacientes, muitas injeções de Pethidin.
Compreensivelmente, os concentrados florais de Bach também beneficiaram, de modo in-
direto, os familiares dos nossos pacientes. Afinal, é muito mais consolador testemunhar a morte
tranqüila de um ente querido do que acompanhar uma luta contra a morte.
A maioria das enfermeiras do plantão noturno aprendeu a reconhecer e a dar valor às
essênciasflorais de Bach, sobretudo ao Rescue, como uma verdadeira ajuda. No caso de pa-
cientesagitados e cheios de medo, as "gotas de primeiros socorros" sempre ajudaram. Mesmo
que, como no caso de pacientes que estavam sob a ação de fortes tranqüilizantes, demorasse
umpouco mais até que o efeito se manifestasse. E, no caso de alguns pacientes, era necessário
repetiras doses, de duas a três vezes, em curtos intervalos de tempo.
107
4.7 A Terapia Floral de Bach na dermatologia
Embora a importância dos fatores psíquicos nas afecçóes cutâneas e nas alergias seja hoje
amplamente reconhecida, raras vezes se permite, no decorrer de uma consulta dermatológica, um
exame mais detalhado da história individual do paciente. Na melhor das hipóteses, recomenda-se ao
paciente, com um quadro clínico crônico e resistente à terapia, um tratamento psicoterapêutico.
É aqui que a Terapia Floral de Bach oferece ao especialista uma boa possibilidade de dar
apoio ao paciente, orientando o tratamento dermatológico no nível emocional individual. Expe-
riências práticas mostram que a Terapia Floral de Bach foi bem-sucedida como medida auxiliar,
especialmente nos casos de afecções cutâneas crônicas. Os conflitos emocionais subjacentes à
doença podem ser solucionados gradativamente, o que, na maioria das vezes, é acompanhado
por uma melhora progressiva, ou seja, o desaparecimento dos sintomas. Em muitos casos, as
essências florais de Bach permitiram que o doente lidasse construtivamente, pela primeira vez,
com as possíveis causas emocionais de suas doenças.
Na prática, as essências florais de Bach provaram seu valor como terapia auxiliar no trata-
mento de:
T~bém nos problemas dermatológicos agudos as essências florais de Bach mostraram seu
valor. Muitas vezes, a ingestão dos florais é apoiada pelo uso externo, seja do creme Rescue ou da
própria fórmula floral pessoal, massageados em certos pontos da pele. Tal como ocorre em todas as
áreas de aplicação da Terapia Floral de Bach, o diagnóstico derrnatológico é sempre individual, ou
seja, não há nenhuma combinação floral padronizada para quadros clínicos determinados.
O relato a seguir transmite urna primeira impressão da gama de utilizações da Terapia Floral
de Bach no campo especializado da dermatologia. Com o grau crescente de conhecimentos sobre
as possibilidades terapêuticas nos círculos médicos especializados, pode-se esperar que essa
terapia venha a ter um uso mais amplo para o bem-estar de muitos pacientes.
108
Esta não é uma amostragem "preparada", e sim casos de pacientes de todas as idades, do
recém-nascido ao idoso, das mais diversas camadas sociais e de diferentes níveis culturais.
Dentre eles, destacam-se dois grupos:
Os pacientes do primeiro grupo só aceitam tratamentos alternativos, alimentam-se cons-
cientemente, reduzem ao máximo o consumo em geral e as horas diante da TV, usam produtos
biológicos para higiene e limpeza. Naturalmente, eles também pedem uma terapia holística e
não uma terapia orientada para os sintomas, e recusam com veemência as pomadas de cortisona.
Esse grupo costuma ir de especialista em especialista, e já acumulou muita experiência a res-
peito de sistemas terapêuticos. No todo, é um grupo crítico e não muito fácil de lidar.
O segundo grupo, constituído, em sua maioria, de trabalhadores urbanos e rurais, é rela-
tivamente inexperiente nas questões de alimentação e conscientização. São as pessoas que que-
rem, antes de tudo, livrar-se o mais rápido possível dos sintomas - na verdade, elas esperam
que se receite cortisona. E é só através da Terapia Floral de Bach que entram em contato com
um conceito terapêutico totalmente novo. Elas constatam assim, com grande surpresa, que
mesmo sem cortisona pode ocorrer uma melhora de seus males e que, ao mesmo tempo, é
acionado um processo de conscientização, totalmente novo, em relação à doença e à cura.
A neuroder11Ultite - que a medicina acadêmica, segundo mostra a experiência, ainda não
está em condições de ajudar profundamente - reage de modo extraordinário à Terapia Floral
de Bach. No caso de bebês, de crianças pequenas e de crianças em idade escolar, vejo resultados
surpreendentes quando as causas que acionam um ataque são, por exemplo:
Com a ingestão de Holly, Chicory ou Mimulus, por exemplo, essas crianças não precisam
mais sinalizar, através da própria pele, suas necessidades: "me ame" ou "preocupe-se um
pouco mais comigo".
Os ataques de eczema, freqüentemente acionados nos pequenos pacientes pelo desmame
ou primeiros dentinhos, encontraram alívio com o uso de Red Chestnut e Walnut. Em muitos
casos, foi somente com o uso dos florais de Bach que se conseguiu aliviar a insuportável coceira.
Pude observar, muitas veZes, que uma ou duas semanas depois da primeira ingestão de uma
fórmula floral, as alterações cutâneas empalideciam e a coceira desaparecia. As crianças, antes
agressivas, ficavam mais tranqüilas e se voltavam confiantes para a cura.
Uma vez que a experiência mostra que a cura dos problemas cutâneos de crianças maiores,
de jovens e adultos é mais demorada, é exatamente nesses casos que a Terapia Floral de Bach
se revela uma ajuda decisiva para a conscientização gradual dos padrões emocionais negativos
que acionam os ataques.
Com a Terapia Floral de Bach, os casos de ocne persistente retrocedem e se tomam menos
violentos, sobretudo os surtos pustulentos. Com o uso de Larch, muitos pacientes puderam
recuperar a autoconfiança e, assim fortalecidos, dar prosseguimento à terapia necessária.
Quadros clínicos tais como herpes recidiva simples, COndilO11Ul ocuminado, prurido vagi-
nal recidivo, verruga (Pine, em geral), paroníquia, impetigo contagioso efurunculose, reagem
bem à Terapia Floral de Bach.
No tratamento da urticária aguda ou crônu:a, na qual comumente o paciente expressa a
sensação de "precisar arrancar a pele" (Cherry Plum), costumo dar prioridade à Terapia
Floral de Bach em detrimento de outros métodos terapêuticos.
Pude observar bons resultados no tratamento de todas as alergias: da rinite alérgica ao
eczema de contato, da alergia a medicamentos à alergia aos raios solares. Quando se vem a
109
saber, através da anamnese de uma paciente, que o eczema em suas mãos se manifestou.quando
ela, antes independente e bem-sucedida empresária, se aposentou e dedicou-se apenas às ati-
vidades domésticas que até então detestara, então é possível tratar com a Terapia Floral de
Bach as verdadeiras causas de sua doença.
Para todas as formas de queda de cabelo - generalizadas ou localizadas -, receitei as
essências florais de Bach; no caso de pacientes nervosos, cheios de medo ou hipertensos, a
terapia foi animadora.
No caso da alopecia areata, as essências florais de Bach, através de uso interno e de
aplicações externas, ajudaram especialmente as crianças. Mas também em adultos observaram-
se resultados animadores. Os estados emocionais de desesperança, falta de autoconfiança e
medo, que em geral acompanham essa doença, foram significativamente melhorados - isto é,
harmonizados.
No tratamento da psoríase infantü, comprovou-se a eficácia principalmente de Aspen e
Rock Rose.
É provável que essas experiências não sejam de imediato compreensíveis para todos os
colegas; no entanto, depois de um período de treinamento e, sobretudo, depois de um sólido
estudo dos 38 padrões de comportamento emocional, por certo muitos deles acrrarão satisfatório
e gratificante tratar a pele, enquanto "espelho da alma", também através da alma.
Nos últimos anos, a mod~rna medicina holística também chegou ao campo da odontologia.
Uma de suas diversas formas terapêuticas - que encontra sucesso crescente como medicina
holística complementar na prática odontológica - é a Terapia Floral de Bach.
Uma vez que, como sempre, a visita ao dentista representa para muitas pessoas (crianças
ou adultos) uma situação desagradável e problemática, precedida por muita tensão, o uso das
essências florais de Bach torna-se evidente. Rescue tem aqui um significado fundamental, pois
- se tomado, por exemplo, antes da hora marcada para a consulta odontológica - ajuda a
alcançar uma atitude emocional mais livre do medo e mais tranqüila, a fim de que o tratamento
decorra realmente isento de tensão, tanto para o paciente como para o dentista. Nunca se deve
5. Gan:zheitliche Zahnheilkunde in der Práxis, Werner Becker, org., Balingen: Spitta, Áustria, 1993.
110
subestimar a tensão emocional e energética que o trabalho constante com pacientes cheios de
medo representa para o curador.
Os dentistas não usam as essências florais de Bach em quadros clínicos puramente odon-
tológicos, tal como uma cárie, mas nos problemas que têm um fundo psíquico, ou seja, em
pacientes com atitudes que saltam à vista. Obtiveram-se bons resultados inclusive nos casos de:
111
possibilidades para, com perfeito esplendor tecnológico, devolvermos à invisibilidade as con-
seqüências da degeneração tissular - em especial, na odontologia, da degeneração dentária
-, devemos, enquanto médicos, perceber que a ocultação dos sintomas geralmente pouco tem
a ver com a cura.
Trabalhar com o aspecto metafisico dn saúde e da doença leva inevitavelmente o dentista
a ver seu trabalho diário de um modo mais crítico, ou mesmo a questioná-lo.
Aprendemos a perceber que, por trás dos danos reparados odontologicamente, ocultam-se
também as falhas da personalidade do paciente, mesmo quando isso à primeira vista, parece
inconcebível.
Por que isso é tão difícil de conceber? Porque, em geral, as relações que existem não são
conhecidns por nós, e nos restringimos apenas ao que é objetivamente visível e determinável.
Informação e diálogo não são serviços previdenciais objetivamente controláveis. Por isso,
ainda hoje são por demais subvalorizados em termos financeiros. Além disso, considera-se
inoportuno "invadir" as áreas dos outros colegas especializados. Causa espanto, então, que o
médico ou o dentista com uma outra visão das coisas imponha a si mesmo a maior reserva?
Mas, deixemos de lado essas reflexões formais e tentemos ver, do ponto de vista odonto-
lógico, o ser humano em sua totalidnde.
Investigando, por exemplo, a dor em um molar, externamente usadio", da arcada superior,
muitas vezes descobriremos que o paciente se encontra ou se encontrava numa situação de
estresse e ocorre, em geral, que as conseqüências do estresse começam a se manifestar quando
as tensões já passaram.
Era isso o que ocorria, por exemplo, com várias alunas de enfermagem de um hospital
próximo; nas vésperas dos exames, elas apareciam regularmente no nosso consultório com dor "
de dente. Na maioria dos casos, a dor se localizava na região dos molares da arcada superior. {li
112
Também alcançamos bons resultados dando Rescue (preparado sem álcool) às crianças
com medo ou às crianças que não querem o tratamento. Caso elas se recusem a ingeri-lo, é
útil que o curador ou seu assistente jriccionem as próprias mãos com o creme Rescue e, depois,
acariciem as mãos ou massageiem o dorso das mãos dos pequenos pacientes.
Em cerca de metade dessas situações, o tratamento tem sucesso apesar da rejeição inicial.
Se isso não ocorrer, então entregamos aos pais da criança o que chamamos de "fórmula para
o medo", para um tratamento preüminar durante algumas semanas. Esta associação contém:
Aspen, Mimulus e Rock Rose. Segundo nossa experiência, o ideal é mãe e filho tomarem o
remédio em conjunto, pois geralmente o comportamento da criança espelha o comportamento
dos pais.
Nos dias de hoje - principalmente nas grandes cidades -, um número cada vez maior de
pessoas sofre de neuralgia facial, muitas vezes relacionada com dores de cabeça. Em muitos
casos, há estalos na articulação dos maxilares; ou a mastigação, e até mesmo o simples ato de
abrir a boca, são dolorosos. Esses sintomas, com dores nas partes anterior e posterior das
orelhas, e às vezes associados com tensão na nuca, foram classificados pela odontologia mo-
derna como afecções articulares do maxilar e chamados de mioartropatias.
As modernas abordagens das escolas de odontologia vão a ponto de se poder identificar
e tratar a relação entre uma oclusão (dentária) e a eventual ocorrência de dores na cabeça.
Busca-se, através de medidas funcionais analíticas e terapêuticas, alcançar a harmonização da
oclusão e, ao mesmo tempo, regularizar toda uma série de seqüelas físicas, mesmo que esse
fato em geral não seja reconhecido ou nem sequer admitido.
Por que há dentes malposit:ionados, que não refletem nenhum sintoma do corpo como um
" todo? E dentições que só estão pouco desalinhadas ou mostram pequenos distúrbios oclusivos,
I e, apesar disso, o paciente sofre de intensos distúrbios físicos?
Por que sempre surgem novos pacientes, cujas afecções articulares do maxilar foram tra-
tadas tecnicamente e com sucesso no local, mas ainda assim os sintomas físicos correlatos
continuam a existir?
Neste ponto, eu gostaria de enfatizar: "Não há no corpo nenhuma doença, nenhum sintoma
com uma única causa. " A doença e a manifestação dos sintomas são a soma das mais diversas
influências patogênicas, que convergem para uma determinada "interface" e, ali - comple-
mentando-se mutuamente - agem em conjunto.
Apesar de todos os sucessos (ver Caso 65) e para atenuar eventuais expectativas demasiado
otimistas, enfatizamos que as essências florais de Bach não podem, por si sós, resolver todos
os problemas emocionais. Há um vasto campo na área das afecções articulares do maxilar, no
qual nenhuma cura duradoura poderá ser alcançada sem um específico atendimento psicote-
rapêutico suplementar. Porém, é exatamente nestes casos que as essências florais de Bach
podem promover uma considerável aceleração do processo de tratamento.
O mesmo é verdadeiro para outra área de aplicação, as periodontopatias, que hoje ocorrem
mais intensamente e para as quais a medicina acadêmica não tem nenhum explicação.
Higiene bucal, alimentação, metabolismo - tudo isso contribui para o nosso bem-estar,
mas a força controladora decisiva para o corpo é o nosso sentimento, o nosso pensamento.
Vejamos um exemplo da natureza: o animal morde quando precisa se defender. Ou seja,
os dentes são a sua arma de defesa ou também suaferramenta de agressão. Perdendo os dentes,
o animal perde seu instrumento de ataque e defesa e, com isso, também a possibilidade de se
manter vivo.
Se partirmos da idéia de que o corpo, com seus sintomas, é o "pára-lama" da alma (sobre
o qual ela deixa que seus distúrbios sejam perceptíveis), então precisamos - segundo Dethlefsen
113
e Dahlke - aceitar plenamente que, por trás da perda de um dente aos 30-35 anos de idade,
deve haver uma forte resignação emocional e espiritual. O "eu-não-corto-mais-ao-meio" e o
"eu-não-me-defendo-mais" que estão por trás da perda desse dente podem significar, em última
análise, nada mais nada menos que a abdicação da vontade de viver.
Não é só a sexualidade, a digestão e o estômago que reagem à raiva, aos sentimentos e às
sensações. Também a boca é influenciada, na saúde ou na doença, por esses fatores emocionais.
O que as pessoas envolvidas nessa problemática precisam é das essências florais indicadas
para a profunda exaustão física e mental e a desesperança absoluta, tais como Wild Rose,
Gorse, Mustard, Star of Bethlehem e Sweet Chestnut - seguidas das essências florais que
elevam a consciência de si, que criam espaços livres para a realização do Eu, tais como Walnut,
Centaury, Elm e Larch.
A recuperação de uma pessoa sempre depende, em última análise, dela mesma. Nós, en-
quanto curadores, só podemos contribuir cumprindo a parte que nos cabe em cada caso. Isso
inclui oferecermos, para cada paciente, todas as nossas capacidades especializadas. Inclui,
também, estender-lhe a mão e mostrar-lhe o caminho de modo que ele possa lidar melhor com
seus problemas. É exatamente neste ponto que a Terapia Floral de Bach pode ser de valiosa
ajuda para o paciente.
Para o dentista, o estudo da obra do dr. Edward Bach - na qual se baseiam os exemplos
práticos acima delineados - representa uma ajuda para a compreensão mais profunda dos
processos emocio(lllis e suas implicações sobre todo o corpo.
A prática mostra que o uso das essências florais de Bach não precisa limitar-se ao trabalho
com pessoas internadas em clínicas de orientação predominantemente naturopática. Também as
clínicas psicossomáticas, as clínicas especializadas em doenças crônicas e as estâncias de cura
comuns relatam boas experiências com os florais de Bach. Um centro de saúde, que trabalha
com a terapia de desintoxicação do dr. F. X. Mayr, obteve sucessos extraordinários com a
combinação dos dois processos:
O fato de saber que uma pessoa sensível, não-estressada, capaz de se cuidar, desintoxicada
114
e aberta às vibrações positivas deste mundo pode responder particularmente bem às essências
florais de Bach estimula o médico da linha Mayr a recorrer, cada vez mais, a esta ajuda à
terapia. 8
Eis algumas indicações para o uso das essências florais de Bach como acompanhamento à
terapia, conforme o ponto focal de cada clínica:
• quadros clínicos psicossomáticos (por exemplo, neurodermatite); ou seja, doenças com gênese
psíquica
• distúrbios alimentares (por exemplo, excesso de peso)
• males crônicos (por exemplo, quadro clínico reumático).
Um aspecto problemático do uso das essências florais de Bach nesses casos é que a duração
da terapia está limitada ao tempo de intemação na clínica. Muitos médicos enfrentam essa
dificuldade e, ao dar alta ao paciente, receitam-lhe uma nova fórmula floral. Muitas vezes as
experiências positivas durante a estadia na clínica dão ao paciente o impulso para continuar por
si mesmo o trabalho com as essências florais ou então para procurar, quando voltar para casa,
um curador que possa apoiá-Io em seu desenvolvimento futuro.
Nos casos de quadros clínicos crônicos, com a Terapia Floral de Bach também ocorrem
ocasionalmente pioras iniciais (sob a forma de apatia, por exemplo) de até três semanas. Essas
reações são necessárias para o processo de cura e devem ser muito bem explicadas ao paciente
pelo experiente médico da clínica e curador da linha Bach. Nesses casos, o tratamento dos
estados negativos crônicos, que foi iniciado em conjunto com as essências florais de Bach,
costuma desenvolver-se de modo bastante satisfatório e com uma melhora radical dos sintomas.
É cada vez mais enfatizado pelos curadores que trabalham com as essências florais de Bach
que, para o sucesso duradouro de toda medida terapêutica, é da maior importância a motivação
do paciente para a auto-responsabilidade. Ao ingerir as essências florais de Bach como acom-
panhamento, os pacientes - às vezes após as crises de cura iniciais - mostram claramente
mais senso de iniciativa, através do qual as outras medidas terapêuticas também têm seu efeito
fortalecido.
Os curadores que utilizam os florais de Bach em pacientes internados acham que haverá
um uso crescente da Terapia Floral de Bach na área da clínica especializada. Essa tendência
acompanha o desenvolvimento no campo da medicina geral e ambulatorial. Porém, um uso mais
amplo das essências florais de Bach no dia-a-dia dos casos de internação ainda depende, em
última análise, do número de curadores que possam dispor do tempo e da paciência necessários
para assimilar essa terapia.
115
PARTE II
5. Visão Geral do Sistema Floral de Bach
Complementando a ampla descrição das 38 essências florais de Bach contida no meu livro
Terapia Floral do Dr. Bach - Teoria e Prática,\ as breves pinceladas a seguir mostram os
pontos mais importantes, com base no conjunto de experiências dos últimos anos, na opinião
das pessoas que receitam as essências florais.
Após um estudo aprofundado das descrições mais extensas, as páginas a seguir possibilitarão
um rápido reconhecimento e sintonia com o perfil de cada essência floral de Bach.
119
5.1 Agrimony (Agrimonia
eupatoria/agrimônia)
• Tendência ao álcool, cigarros, consumo excessivo de pílulas, ânsia secreta por doces.
I
Beneficios para o paciente
I
• Mais honestidade para consigo mesmo e para com os outros
• Maior capacidade de enfrentar os conflitos,
I
120
5.2 Aspen (Populus tremula!
choupo)
121
5.3 Beech (Fagus sylvatica/faia)
122
5.4 Centaury (Centaurium
umbellatumlcentáurea- menor)
123
5.5 Cerato (Ceratostigma
willmottiana )
124
5.6 Cherry Plum (Prunus
cerasijeralcerejeira)
Outros problemas
• Tendência à constipação
• Anamnese psiquiátrica
• Na criança: enurese noturna freqüente.
125
5.7 Chestnut Bud (Aesculus
hippocastanum/broto
de castanheiro-da-índia)
126
5.8 Chicory (Cichorium intybus/
chicória)
127
5.9 Clematis (Clematis vitalba/
vi de-branca)
128
5.10 Crab Apple (Malus
pumilaJmacieira)
129
5.11 Elm (Ulmus proceralolmo)
130
5.12 Gentian (Gentiana
amarella/genciana)
131
5.13 Gorse (Ulex europaeusltojo)
4. Esta essência floral geralmente é de difícil diagnóstico, uma vez que o estado crônico do paciente
costuma ser totalmente inconsciente.
132
5.14 Heather (Calluna
vulgarislurze)
133
5.15 Holly (Ilex aquifoliuml
azevinho)
134
5.16 Honeysuckle (Lonicera
caprifolium/madressilva)
135
5.17 Hornbeam (Carpinus
betulus/carpino)
• O paciente tem hábitos unilaterais e falta-lhe variedade em sua vida, por exemplo, excesso
de leitura ou televisão juntamente com o descuido do corpo
• Irradiação de fraca a entediada, freqüentemente também nos jovens
• Ardor ao redor dos olhos. Tendência à fraqueza dos tecidos conjuntivos.
136
5.18. Impatiens (Impatiens
glanduliferalbeijo )
5. Em geral, esta essência agirá somente a curto prazo se os estados subjacentes não forem simulta-
neamente incluídos na fórmula floral.
137
5.19 Larch (Larix decidua/lariço)
138
5.20 Mimulus (Mimulus
guttatus/mimulus)
Benefíciospara o paciente
• Coragem pessoal
• Melhor trato com a própria sensibilidade
• Superação de determinados medos.
139
5.21 Mustard (Sinapis
arvensis/mostarda)
140
5.22 Oak (Quercus robur/
carvalho)
I. Muitas vezes o paciente é forçado a permanecer nessa situação devido às circunstâncias, como por
exemplo a criança em período escolar que precisa estudar para passar de ano.
141
5.23 Olive (Olea europaea/
oliveira)
142
5.24 Pine (Pinus sylvestrisl
pinheiro-silvestre)
143
5.25 Red Chestnut (Aesculus
carnealcastanheira- vermelha)
144
5.26 Rock Rose (Helianthemum
nummularium/cisto)
145
5.27 Rock Water (água de
fontes naturais curativas)
2. Muitos pacientes escolhem esta essência floral para compensarem inconscientemente uma atitude
emocional interior caótica.
146
5.28 Scleranthus
(Scleranthus annuuslcraveiro)
3. Esta essência floral costuma ser selecionada inconscientemente quando o paciente está diante de
uma decisão interior na qual escolherá qual passo dar rumo ao seu crescimento.
147
5.29 Star of Bethlehem
(Ornithogalum umbellatuml
es trela -de- be1ém)
148
5.30 Sweet Chestnut
(Castanea sativa/castanheira)
149
5.31 Vervain (Verbena
officinalis/verbena)
4. Este estado também pode se manifestar quando o paciente, devido às circunstâncias, precisa pôr à
prova sua vontade; por exemplo, no caso de limitações de locomoção depois de um acidente.
150
5.32 Vine (Vitis vinijeraJvideira)
151
5.33 Walnut (Juglans regia!
nogueira)
152
5.34 Water Violet (Hottonia
palustris)
153
5.35 White Chestnut
(Aesculus hippocastanum/
castanheiro-da-índia)
154
5.36 Wild Oat (Bromus
ramosuslbronno)
155
5.37 Wild Rose (Rosa
caninalrosa-dos-cães)
156
5.38 Willow (Salix vitellinal
salgueiro)
157
6. Tabela de Diagnóstico
Diferencial1
I. Ver instruções para o uso da Tabela de Diagnóstico Diferencial no Capítulo 3.2.4: "Os recursos
para o diagnóstico." Esta tabela fica sobre a mesa do curador, como quadro sinótico.
158
Como o paciente reage emocionalmente à sua situação?
Porque não tem objetivos claros para sua 36. WiúJ Oal DD 33. Walnut
vida e, por isso, está descontente:
Porque acredita que lhe falta energia In- 17. Hornbeam DD 11. Elm
terior; acha que, sem estímulo, não con-
segue lidar com o cotidiano:
159
Como o paciente reage emocionalmente à sua situação?
DD 29.
DD 13.
17. Hombeam
Gorse
Gentian
12. Star of 21.
9.
37.
16. MustDrtl
23.0live
35.
7. CkllUllis
Chestnut
Chestnut
Wi/d Rose
White Bud
gertl1nNnte
(diagn6stko
Honeysuckle DD 22. Bethlehem
Oak
assimi-
gue se tecimentos:
DD 11.
111.
tíveis:
difícil)
lação
de Eún
Sem interesse
aprendizado: - pouca consciência
estagnada das experiências; problemas do presente
ica Porque ésedominado
não
Por excesso
seus exige nada
por da
de ingenuidade
pensamentos
volta demais umavida
estão
para o eem
esombria
poucase outro
resignou
atenção
tristeza
passado; lu-
ou
160
Como o paciente reage emocionalmente à sua situação?
DD 31.27. Rock
Vervain 14.
18. Heather
Water
34. Wtder VioleI
Imptdiens DD 32. Vine
IV. Com
outros:
parece reserva interior, problemática de solidão, isolamento
egocêntrico:
Porque tem outroque
acredita ritmo interior; enfrentar
é melhor para ele,
161
Como o paciente reage emocionalmente à sua situação?
DD
DD 24.
5.
17.
11. Pine
Elm
16.Cerato
Hombeam 11.
30.
22.0ak
24. Bethlehem
Roneysuckle 38. Elm
Sweet
19.1Arch
29.
10. Pine
Willow
Stllr
Crab Chestnut
ofApple DD 27. Rock
Water
e se
atino: tura
cia deCom
VI.
da
apega suas
ficuldades:
alma": tarefas: e até desespero, sentimentos de deficiências e limitação
elas:desânimo
apurificação":
no não
lhe
luta momento
acredita
está
tem
Porque ele um
falta
aindacom ter ele acredita,
impurezas
amargurado,
vêfalso sentimento
nenhuma
autoconfiança;
estáperseverança
atordoado por contra
interna
ressentido
saída e ou
sentimento
contra
um se
edeacredita
culpa,
todas
acon-
162
Como o paciente reage emocionalmente à sua situação?
DD 22. Oak
18. lmpatiens
10. 32.
31.
3.
Crab Apple27. Vine
Vervain
8. Beech
Water
Rock
Chicory DD 27.
DD Rock Water
18.1mpatiens
Vll. Com
quando exagero - não
esta influência a pessoa
é aceita:quer demais
Reconhece
Atitude
Na ânsia manipuladora;
Estabelece deadvogar
imediato
dealtos padrões osteóricos
pontos
acredita
uma fracos
idéia,que
parapre-
exauresi
163
7. Documentação de Casos da Terapia
Floral de Bach
Queixa
Forte depressão.
Anamnese
Transcorrer da terapia
Estabilização lenta e gradual do estado.
Em julho, a paciente recebeu uma notificação de que as janelas do prédio onde morava
seriam restauradas em setembro. Ela planejou aproveitar essa oportunidade para reformar todo
o apartamento, o que realmente fez. Um fato interessante: a sra. L. disse que, antes da reforma,
164
sempre tinha a sensação de que o marido estava sentado no seu canto favorito do sofá e que,
. quando uma visita se sentava ali, ela tinha ímpetos de "gritar", mas agora "não há ninguém
sentado ali". Ela tinha uma percepção totalmente nova de sua vida e também já não precisava
pensar no marido tanto quanto antes. A amargura e o sentimento de culpa desapareceram. Ela
até já pensava num novo relacionamento.
Resultado a longo prazo
Cerca de três anos mais tarde, pude constatar, através de um telefonema, que a paciente
continuava a cuidar ativamente de sua vida, ganhava seu próprio sustento e até comprara uma
casa. Seu plano é redecorá-Ia segundo seu gosto e vender todos os móveis velhos.
Observação .
Este caso tem uma importância especial para mim, porque reflete as minhas experiências
de que muitas vezes, quando algo é liberado no "nível interior", mudam também as situações
no "nível exterior".
Situação
A esposa do paciente relata que ele se queixava de fortes dores estomacais, sentia náuseas
constantes, dormia mal e tinha crises de raiva por qualquer ninharia. Estava sempre gritando
com ela e com os filhos.
Antecedentes
Esse estado existe há três semanas. Um mês antes, o paciente foi sumariamente demitido,
com 25 anos de casa. A empresa tinha sido vendida. De início, ele declarou que estava confiante
de encontrar outra colocação, mas depois confessou que eStava amargurado e chocado por ter
sido 'jogado no olho da rua" depois de tantos anos.
Primeira associação floral de Bach
Star o/ Bethlehem - profundo dano emocional causado pela demissão; esse choque acio-
nou todos os sintomas
Elm - a sensação de não estar à altura das mudanças envolvidas na troca
de emprego
White Chestnut - os pensamentos circulam incessantemente em tomo da situação da
demissão.
Transcorrer
Depois de ingerir essa associação floral, ele foi capaz de falar com a esposa sobre sua
frustração e seus temores; com isso, ficou cada vez mais calmo e os problemas físicos desapa-
receram. No entanto, ainda persistia o sentimento de que era incapaz de se lançar à busca de
um novo emprego e enfrentar os processos de seleção.
Segunda associação floral de Bach
A mesma de antes, mas com acréscimo de:
Walnut - como apoio, a fim de ele se desprender interiormente da antiga
empresa e poder aceitar a nova situação.
Transcorrer da terapia
Logo depois da ingestão dessa nova associação floral, manifestou-se uma mudança signi-
165
ficativa no paciente. Ele se tornou mais autoconfiante e começou a candidatar-se seriamente às
vagas anunciadas.
Antes ele falava sem cessar no antigo emprego, mas agora afirmava que esse capítulo
de sua vida estava encerrado. Achou positivo ter de se orientar novamente e aprender coisas
novas.
Encerramento da terapia
Seis meses mais tarde, o paciente tinha um novo emprego. Nesse meio-tempo, aproveitou
para freqüentar um curso de computação.
Observação
Este caso deixa bem claro que, através da Terapia Floral de Bach, as energias construtivas
são liberadas.
Queixas
Crises regularmente fortes de enxaqueca, dores na região lombar e problemas estomacais
- em especial nos fins de semana; pela manhã, freqüentes acessos de mau humor depressivo.
Anamnese
A paciente trabalha no laboratório em período integral, é divorciada, tem uma filha. Sente-se
sobrecarregada tanto na vida profissional quanto na particular. Sofre de solidão e de sentimentos
de inferioridade.
Há anos faz ioga e análise e também participa de cursos de autovivência e terapias de
diálogo.
166
Red Chestnut - preocupação com o futuro da filha
Wild Oat - falta de clareza quanto à própria situação na vida.
Transcorrer da terapia
Depois da terceira associação floral, os ataques de enxaqueca cessaram quase por completo.
Quarta associação floral de Bach em 28/5/1985
Aspen - medos exagerados; falta de limites contra influências aIbl'?ias
Clematis - pouca concentração
Gentian - sensação de desencorajamento
ative - sente-se esgotada e exausta
Red Chestnut - preocupação com o futuró da filha
Sweet Chestnut - desesperança quanto à situação com o namorado.
Transcorrer da terapia
Depois da quarta e quinta associações florais, a paciente se sente gradualmente melhor;
quase não se manifestam mais as dores de cabeça e nas costas. Mais fé e confiança a respeito
da filha; também desapareceram o medo e a incerteza generalizados.
Transcorrer da terapia
Após a sexta associação floral: bem-estar físico generalizado. O sentimento de inferioridade
diminui. Às vezes ainda a sensação de sobrecarga; ainda é difícil dizer "não".
Transcorrer da terapia ~
Depois da oitava associação floral: a paciente não tem mais depressões, sente-se "livre e
otimista", mudou a alimentação para uma dieta integral e encontrou uma nova e positiva filosofià
de vida.
167
Star o/ Bethlehem - diversas experiências dolorosas do passado ainda não foram traba-
lhadas.
Encerramento da terapia
Na consulta de retorno, em fevereiro de 1986, a paciente aftrmou que está se sentindo melhor
do que nunca. Sente-se livre e seu mundo se tornou positivo, pois mudou sua consciência.
Observação
Este é, em todos os sentidos, o desenvolvimento típico de um caso crônico. Ele permite
que se acompanhe bem o modo como, apesar dos muitos altos e baixos - que até certo ponto
foram necessários para trabalhar padrões de comportamento instalados há décadas -, se alcan-
çou uma harmonização e estabilidade emocional que não tinha sido alcançada pelos tratamentos
feitos nos oito anos precedentes.
CASO 4: Enxaquecas
Paciente de 32 anos, contadora
Queixas
Enxaquecas, distúrbios do sono.
Anamnese
Quando criança, freqüentes dores de cabeça Constantes acessos de raiva. Anamnese familiar
'sem,pontos dignos de nota.
Trabalha como contadora, tem conflitos com os colegas e o chefe. Há oito meses terminou
um namoro de muitos anos, embora sem cortar relações com o rapaz. Eles se encontram com
freqüência na prática de asa-delta.
Transcorrer da terapia
Como primeira reação, teve fortes dores de cabeça durante uma semana. Ela mesma diz que
sempre quis fazer tudo com a cabeça
Não sofre mais oscilações de ânimo tão fortes. Ficou bem mais relaxada, embora a situação
não tenha se modificado. Fez um balanço de sua vida: resolveu levar a sério seu diploma de
contadora Tem mais motivação. Agora consegue dormir bem.
Problema atual: precisa decidir se quer ou não pedir demissão.
168
Segunda associação floral de Bach em 5/2/1992
Crab Apple - ainda se irrita com a desordem
Honeysuckle - seus pensamentos estão muito no passado
Walnut - está diante da decisão de se demitir ou não
Wild Oat - não quer se definir
White Chestnut - de vez em quando ainda tem pensamentos dolorosos.
Transcorrer da terapia
Apresentou o pedido de demissão. Apesar das tentativas de persuasão do chefe, ficou
firme.
Recebeu oferta de um escritório fiduciário, com um bom salário (como no emprego
anterior).
Resolvido o problema profissional, ela constatou que ainda não tinha trabalhado o passado
(o namoro rompido).
Uma vez que costumava atirar-se ao trabalho, pôde reprimir tudo o mais. Agora ela chora
muito e está triste. Sente que os laços com o ex-namorado ainda são muito fortes.
Transcorrer da terapia
No momento está impaciente, quer que alguma coisa aconteça. Ainda está ocasionalmente
ligada ao ex-namorado. Tem dificuldade para tomar uma decisão, sente-se jogada de um lado
para o outro. Quer fazer tudo sozinha para não sobrecarregar ninguém. Sente-se isolada.
Quarta associação floral de Bach em 15/4/1992
Cerato - não confia no próprio discemimento
Chicory - não quer desistir da relação com o ex-namorado
Impatiens - impaciente, para ela tudo é lento demais
Red Chestnut - ainda pensa na troca de emprego
Scleranthus - tem dificuldade para se decidir, sente-se jogada de um lado para o
outro
Water Violet - sente-se isolada, mas não quer ser um fardo para ninguém.
Transcorrer e encerramento da terapia em 22/6/1992
Sente-se equilibrada; recuperou o elã. Alegra-se por ter mudado de emprego. Acredita que
sua decisão foi acertada. Consegue relaxar, não tem mais tensão. Há um mês deixou de ter dores
de cabeça. Acredita ter organizado corretamente o relacionamento com o ex-namorado. Já con-
segue se aproximar espontaneamente dos outros. Vê o futuro com clareza.
Resultado a longo prazo: 12/4/1994
O estado é o mesmo do fim do tratamento. Quando tem um ocasional problema no emprego
(excesso de trabalho, conflito com os colegas, etc.), reflete sobre o que está fazendo errado e o
que poderia modificar. Para recuperar o equilíbrio, toma Rescue.
O relacionamento com o ex-namorado se transformou numa bela amizade. Os estados de
enxaqueca não se manifestaram mais.
169
CASO 5: Humor depressivo, medos e problemas estomacais depois
de uma úlcera duodenal
Queixas
Dores no estômago depois da cura de uma úlcera duodenal; depressões acompanhadas de
intenso medo, fraqueza física geral.
Anamnese
Em janeiro de 1988, surgiu repentinamente uma úlcera no duodeno, que foi curada emjulho
desse ano (controle através de gastroscopia); no entanto, continuaram os distúrbios estomacais.
A paciente está incapacitada para o trabalho desde março de 1988. Faz psicoterapia desde
junho de 1988 (anos antes fizera tratamento psicoterapêutico, mas o interrompera).
DiagnóstU:o
Gastrite crônica no estado que surgiu após a úlcera duodenal; humor depressivo.
Tratamento suplementar
Nem psicofárrnacos nem sedativos; SostriI®, um tablete uma vez, à noite, sem interrupção;
Jatrox®, três tabletes uma vez por dia até meados de setembro de 1988; psicoterapia Em caso
de necessidade, Rescue gotas.
Transcorrer da terapia
Melhora geral do estado de saúde. A paciente agora está em condições de relaxar mental-
mente e descobrir uma "linha mais clara". Por isso, deixam de ser necessários White Chestnut
e Sweet Chestnut.
Transcorrer da terapia
10/10/1988: o estado de saúde piorou um pouco, os medos voltaram a se manifestar, dis-
170
túrbios do sono. No entanto, tem em vista um novo emprego a partir de 15/11/1988. A associação
floral é mantida. Adicionalmente Rescue, em caso de necessidade.
3/11/1988: o estado de saúde continua oscilante, mas no geral está um pouco melhor. A
associação floral é mantida como antes.
20/11/1988: novamente depressiva, tendência a ficar ruminando, precisou adiar por quatro
semanas o início no novo emprego.
Terceira associação floral de Bach
Larch, Rock Rose eStar of Bethlehem continuam. Acrescentou-se:
Mustard - súbito aparecimento das depressões
Gentian - pessimista e cética
Gorse - deprimida e interiormente sem forças
Hombeam - esgotamento mental.
(substituindo Olive)
Transcorrer da terapia
13/12/1988: a paciente agora lida melhor consigo mesma; parece mais revigorada e equili-
brada; planeja voltar a trabalhar em 2/1/1989. Os distúrbios estomacais diminuíram (com um
tablete de Sostril® à noite). Ela expressa o desejo de procurar uma nova moradia.
Quarta associação floral de Bach
Hombeam, Mustard, Gentian e Gorse, como antes. Acrescentou-se:
Walnut - tem dificuldade em manter as decisões tomadas
Mimulus - um pouco de medo do novo começo
. Rescue - continua a tomar quando necessário.
Encerramento da terapia em dezembro de 1989
Estado de saúde relativamente estável; a crise foi superada A paciente voltou a trabalhar
no antigo emprego, mas em uma nova função. Os distúrbios estomacais cederam quase por
completo. Sostril® tabletes somente quando necessário. Rescue gotas quando necessário, se o
medo se manifestar.
Observação
Sem a Terapia Floral de Bach, a doença certamente teria se arrastado por mais tempo e
seriam necessários mais medicamentos. Deve-se perguntar, acima de tudo, se o humor depressivo
teria melhorado tanto quanto melhorou. A paciente continua fazendo psicoterapia. Mas não está
tomando nenhum psicofármaco.
Anamnese
A paciente fez diversas operações nos joelhos; endoprótese em ambos os joelhos. Mais
tarde, fraturou uma rótula em um acidente; contudo, sem problemas no decorrer do tratamento:
mobilidade total nos joelhos e ausência de dor.
171
Associação floral de Bach
Chestnut Bud - não consegue superar velhos padrões de comportamento
Mimulus - medo de novas quedas
Oak - remédio estrutural (selecionado através das respostas ao questio-
nário)
Crab Apple - a paciente é muito detalhista, dá valor excessivo às pequenas coisas.
ResulkuJo
Dois dias depois da ingestão das essências florais de Bach, mudanças perceptíveis na pessoa
da paciente. Deixou de vir de táxi até a clínica.
Anamnese
A paciente é, há anos, muito inibida e, no comportamento geral, muito insegura. Mostra
tendência a ocasionais infecções das vias respiratórias e tem problemas com alterações degene-
rativas da coluna e das articulações.
Diagnóstú:o
Para o conjunto de problemas psicossomáticos existente em primeiro plano não há, na minha
opinião, nenhum diagnóstico convencional adequado nem nenhuma terapia ortodoxa apropriada,
uma vez que estes consistiriam, no melhor dos casos, do bloqueio dos sintomas com a ajuda de
psicofármacos, sem contudo harmonizar e resolver o problema.
Tratamento suplementar
O tratamento complementar consiste de Sinupret® e Perkarnillon® líquido para as infecções das
vias respiratórias, e L-Thyroxin® 125 micrograrnas para o estado depois de uma tireoidectomia
Transcorrer da terapia
Em 8/6/1989, a paciente volta a me procurar renovada, e conta, com uma expressão alegre,
que agora se sente esplendidamente bem. Não está mais com medo e até decidiu fazer uma
172
viagem para a Rússia para visitar a mãe e a irmã. Já se informou e deu os passos necessários.
Há anos que seu maior desejo é rever os parentes que lá vivem. Até então nunca tivera coragem
de viajar à sua terra natal.
Segunda associação floral de Bach
White Chestnut - seus pensamentos giram em torno da viagem, se vai conseguir
fazê-Ia e o que a espera lá
Centaury - ela não consegue dizer "não" aos amigos
Olive - ela se sente exaurida e esgotada
Hornbeam - ela tem a sensação de que não vai conseguir realizar muitas coisas,
mas por fim acaba conseguindo
Holly - rai va e desconfiança dos amigos
Heather - fala de seus projetos com todo mundo.
173
Primeira associação floral de Bach
Mimulus - medos específicos
Rack Rase - ataques de pânico.
Transcorrer da terapia
Depois de dois meses, o pânico desapareceu, mas a paciente ainda tinha uma certa apreensão.
Segunda associação floral de Bach
Mimulus - medos específicos.
Transcorrer da terapia
Um mês mais tarde, ela conta que está totalmente livre do problema.
Observação
Com a ajuda das essências florais de Bach, a paciente curou em um trimestre um problema
emocional que se arrastava há sete anos.
Queixas
Depressão, pânico de doenças incuráveis.
Anamnese e estado de saúde
A paciente relata que tem depressão há cerca de três anos. Ela imagina que vai contrair
câncer. Conta também que tem fixação em doenças que estão muito difundidas; duas tias tiveram
câncer e precisaram ser operadas.
"No ano passado, parecia que eu estava com um sangramento intestinal e fiquei com medo
de estar com câncer no intestino. Quando a mulher de um amigo do meu irmão morreu de câncer,
pensei que podia estar com câncer no seio. Depois eu perdi o medo do câncer e então comecei
a temer o tétano. Agora estou com medo da Aids. Eu não consigo me convencer a ir fazer um
teste porque tenho medo do resultado."
Um ponto importante em sua biografia é que, aos três anos de idade, adoeceu e esteve à
morte.
A paciente receia ter filhos porque teme as dores e "riscos" do parto. Ela se identifica com
as personagens históricas que pertencem ao grupo dos "vencidos", ou seja, os "perdedores".
Antes, ela se sentia atraída por situações destrutivas, tais como desastres e catástrofes.
A paciente chora ao contar sua história. Já consultou um psiquiatra, mas ele só a tratou com
ansiolíticos. A depressão melhorou com essa medicação, mas os medos fixos continuaram.
No momento, ela está sob tratamento psicológico, sem resultados perceptíveis até agora.
Na primeira consulta, veio acompanhada pelo marido. Ela diz que não ousou vir sozinha.
A paciente vive perto da casa dos pais e trabalha na loja deles.
174
Star o/ Bethlehem - mesmo fazendo parte da fórmula de Rescue, Star o/ Bethlehem é
recomendado, neste caso, para as situações traumáticas que a pa-
ciente viveu quando bebê e também para a sua situação atual
Red Chestnut - além de ainda não ter se desapegado dos pais (cortado o cordão
umbilical), é muito difícil para a paciente se imaginar no "papel
de mãe", pois sempre se vê como "filha".
Transcorrer da terapia
A paciente vem, como sempre, acompanhada do marido e conta que fez um aborto em 1985
(sete anos antes). Ela não se sentia preparada para ter um filho. Desde essa ocasião, sua vida
sexual mudou. Quando fica nervosa (excitada), ela rói as unhas até tirar sangue ou coça o rosto.
Segunda associação floral de Bach em 19/1/1992
Repeti a primeira associação e acrescentei:
Vine - atitude sadomasoquista (atração por situações destrutivas); roer as
unhas, etc., além disso, exige que todo mundo mostre consideração
por ela.
Transcorrer da terapia
A paciente percebe que está sentindo menos medo. "Estou satisfeita. Sempre dei tudo para
os outros e então me sentia mal. Eu queria perder todos os medos, para poder sair sozinha como
antes, poder comprar minhas roupas sozinha, sem ter medo de me contaminar em algum lugar.
Meu relacionamento com o meu marido está péssimo. Em vez de ficar comigo, ele prefere os
amigos. Isso eu não perdôo e já faz dias que eu não falo com ele."
Terceira associação floral de Bach em 19/3/1992
Continuo com Crab Apple, Holly e Mimulus, mais:
Walnut - ainda sob forte influência do marido, hipersensibilidade
Gentian - desencoraja-se facilmente
Chicory - insistência em ser constantemente acompanhada; ofende-se quando
o marido sai com os amigos.
Transcorrer da terapia
Nas consultas seguintes, percebe-se uma melhora. Ela se cuida, se maquila, sorri mais e
tem menos medos. Está vindo sozinha ao meu consultório, que fica longe de sua casa (uma hora
de carro, mais ou menos).
Quarta associação floral de Bach em 4/6/1992
Rock Rose, - pânico da Aids
Rock Water - falta de flexibilidade mental
Crab Apple - medo de sujeira e contaminação
Centaury - não consegue libertar-se dos medos nem dizer "não".
Resultado
A paciente se sente bem, domina mais os seus medos; quando estes ocasionalmente se
manifestam, desaparecem sem seqüelas. Há alguns dias ela foi ao cinema, o que não fazia há
mais de ano e meio por medo da Aids. A vida sexual mudou, voltou a ser como antes do aborto.
Ela se sente outra pessoa.
175
Queixas
Manifestação súbita de um forte medo dos exames; sentimento de pânico; não se sente em
condições de assimilar a matéria; com freqüência, insônia e fortes suores noturnos (troca os
lençóis duas ou três vezes por noite). Disso resulta extremo esgotamento e irritabilidade durante
o dia. Raramente usa soníferos, e só em caso de emergência.
Anamnese
A paciente enfrenta agora o exame final do curso de fisioterapia. Ela conta que, dois anos
antes, também sentira intenso medo e pânico durante os exames vestibulares.
Associação floral de Bach
wrch - falta de autoconfiança, expectativa de fracasso
Elm e Hornbeam - cansaço e esgotamento, sentimento de não poder assimilar a matéria
Crab Apple - aversão ao próprio suor
Star of Bethlehem - a lembrança traumática do vestibular ainda não foi trabalhada.
Transcorrer da terapia
Dois ou três dias depois da ingestão dessa associação floral, ela deixou de ter suores no-
turnos. O medo de fracassar dá lugar a um crescente sentimento de força, clareza e confiança.
"Estudar voltou a ser divertido!" Ela está cada vez mais em condições de enfrentar a carga de
trabalho com calma e serenidade.
Resultado
Depois de ingerir essa associação floral de Bach por duas semanas, a paciente já consegue
ter novamente um sono profundo e reparador. Espera o "desafio" à sua frente com alegria;
reencontrou agora o seu "verdadeiro eu"!
176
Transcorrer da terapia
Quatro semanas depois da ingestão da associação floral acima mencionada, ela diz que na
verdade não sente que algo tenha mudado - porém as outras pessoas a acham mais alegre e
equilibrada.
Outras quatro semanas mais e ela deixa de ter a sensação de que precisa levantar no meio
da noite para estudar. Consegue dormir um sono ininterrupto.
Observação
O interessante, aqui, é o progresso relativamente lento da terapia em comparação com o
caso anterior. Isso indica que as dificuldades desta paciente eram de natureza crônica.
. 1
Anamnese
Os exames hospitalares não mostraram problemas cardíacos, apenas excesso de peso e atrito
I dos discos vertebrais nas regiões cervical e lombar.
O paciente é endomórfico; parece bastante envelhecido, tem o rosto inchado, pele acinzen-
I tada, postura desleixada, expressão resignada.
Forte tensão na região dos ombros e braços, pronunciada instabilidade vascular, bem como
diátese reumática e problemas em ambos os rins.
I
Diagnóstico
Problemas funcionais relacionados com a angina pectoris.
Transcorrer da terapia
Depois de alguns dias, o paciente relata que estava mais calmo e "sentindo" menos, e com
menos intensidade, o coração. Contudo, acorda freqüentemente no meio da noite por causa de
pesadelos dos quais não consegue se lembrar.
Ele nos telefona depois de três semanas (na segunda-feira de Pentecostes, pela manhã). Sua
177
voz soa embargada, curta de fôlego, fala aos trancos e precipitadamente: "Está vindo, está acon-
tecendo outra vez."
Transco"er da terapia
Após 20 minutos, o paciente chora sem nenhuma inibição. Conta que há exatamente um
ano testemunhara a morte de um dos contramestres, de 30 anos, de parada cardíaca. Esse con-
tramestre era muito competente, mas vivia "matando" serviço por motivo de doença e sempre
se queixava de não suportar o ritmo e a pressão exigidos pelos tratamentos médicos. Por outro
lado, nosso paciente nunca esmoreceu; em vinte anos de trabalho, não faltou um só dia. Naquela
ocasião, o contramestre começou a se queixar e tentou fazer uma pausa, mas "eu o forcei a
continuar" e, logo depois, ele caiu - o médico da fábrica nada mais pôde fazer senão constatar
a morte.
Antes desse episódio, o paciente nunca tivera problemas cardíacos; mas desde esse dia os
ataques se sucederam.
Quarta associação júJral de Bach
Star Df Bethlehem - choque emocional não-trabalhado
Cherry Plum - pressão interior
Pine - sentimento de culpa.
Tratamento suplementar
Compressas de oxalis sobre o abdômen antes de dormir.
Transco"er da terapia
Os intervalos de tempo entre os sintomas cardíacos se tomaram cada vez maiores; os pro-
blemas perderam "força".
Queixas
O paciente vem ao nosso consultório com dores terríveis e uma paralisia crescente de ambos
os braços que já dura meio ano.
178
Anamnese
o quadro clínico do paciente, até então obscuro, começou meio ano antes com dores cres-
centes e paralisação progressiva dos dois braços. Além disso, existe um diabete mellitus. No
mais, nada de especial na anamnese.
O paciente submeteu-se a um exame completo em uma grande clínica alemã, nos setores
de neurologia, neurocirurgia e medicina interna; diagnóstico: rniotropia nevrálgica bilateral de
ombros e braços. Durante a estada na clínica, detectou-se em seu sangue a presença de bactérias
do gênero Klebsiella. Como o paciente estava perto do desespero por causa da doença que já
durava meio ano, das dores agudas e da paralisia progressiva dos dois braços, e pela sensação
de desamparo daí decorrente, uma entrevista mais demorada foi impossível na ocasião.
Tratamento suplementar
Meio tablete de Pro-Diaban® uma vez por dia, por causa do diabete mellitus. O trata-
mento feito até então na clínica (140 mg de Decortin H®) foi lenta e gradualmente reduzido,
com controle regular do nível de açúcar no sangue, que se elevara devido à alta dose de
cortisona.
Transcorrer da terapia
Depois de pouco tempo, o paciente ficou mais calmo e "apto para a terapia". Foi então que
pudemos introduzir adequadamente o diagnóstico e a terapia naturopáticos. Com base num abran-
gente diagnóstico das funções bioenergéticas e reguladoras (feito com ajuda do EEG computadori-
zado e do método de teste Vega) elaboramos uma receita para o paciente; esta consistia de nosódios,
complexos meridianos e uma associação homeopática cuidadosamente dirigida, e deveria equilibrar
cargas poluidoras específicas, perturbações funcionais e estados de carência energética.
Depois de uma melhora rápida e de um declínio das dores até então insuportáveis, pudemos
começar a incluir a fisioterapia. Com a Terapia Floral de Bach, o paciente ficou mais calmo e
esperançoso. Concentrou-se em seus exercícios fisioterápicos e conseguiu pequenos progressos.
Está visivelmente mais descontraído.
179
Gentian - ainda tem dúvidas ocasionais
Cherry Plum - tensão interior, pois depende da ajuda dos outros.
Transcorrer da terapia
25/10/1989: melhora visível da mobilidade dos braços; as tensões e as dores cedem um pouco.
180
Terapia até o momento
Chás, aplicações de calor, remédios urológicos à base de plantas; às vezes antibióticos e
injeções do próprio sangue. Faz psicoterapia já há dois anos .
Tratamento suplementar
Sedativos à base de plantas (Kytta®); continua a fazer psicoterapia.
Transcorrer da terapia
20/5/1988: a paciente se sente mais estável e, no todo, mais revigorada e forte, embora
ainda haja muitos obstáculos (desempenho profissional, difícil situação de vida).
Transcorrer da terapia
15n/1988: desde o início do tratamento, não teve nenhuma infecção.
Transcorrer da terapia
24/10/1988: a paciente está indecisa quanto a uma mudança de trabalho e de residência.
Transcorrer da terapia
28/11/1988: a paciente está sob pressão por causa da mudança de Berlim Ocidental para a
República Democrática Alemã. Voltam a se manifestar ocasionalmente os problemas da bexiga.
Transcorrer da terapia
6/3/1989: a paciente se separou do parceiro por causa da mudança e encontrou uma casa
nova e melhor. A psicoterapia foi encerrada. Também houve mudanças profissionais. A paciente
ligou-se a um grupo terapêutico para curas alternativas. Quase não tem mais problemas de bexiga.
As essências florais continuam a ser ingeridas como "precaução".
181
Encerramento da terapia
18n11989: ótimo desenvolvimento geral da situação, tanto na vida profissional quanto na
particular. A paciente também se sente bem fisicamente - não tem mais problemas na bexiga
As essências florais de Bach são agora deixadas de lado.
Transcorrer da terapia
Durante essas duas primeiras fases de ingestão das essências florais, o paciente melhorou
a qualidade de sua alimentação. De início, nenhuma modificação nos problemas físicos; porém
o paciente está mais receptivo e bastante satisfeito com o transcorrer da terapia.
182
Resultado
Depois da ingestão de Walnut, ele toma a decisão de se separar da mulher; tem uma conversa
esclarecedora com ela A partir desse momento, tanto a asma como as alergias quase desapare-
ceram; só em ocasionais situações de sobrecarga tem acessos e, ainda assim, fracos.
Resultado a longo prazo
Retorno telefônico em janeiro de 1989: o paciente se sente muito bem. Planeja casar-se com
a namorada. Agora só tem leves ataques de asma em situações especiais de sobrecarga.
Queixas
A paciente sofre de ruídos nos ouvidos.
Anamnese
Queda da audição em novembro de 1990. A paciente é muito sensível, leva tudo muito a
sério. Não consegue estabelecer limites, nem no casamento nem no trabalho. Traz impresso em
si um forte senso de dever; não consegue dizer "não" e constantemente tem a sensação de
sobrecarga. A queda da audição manifestou-se em uma situação aguda de estresse (no trabalho
e no casamento).
Tratamento suplementar
Acupuntura.
Transcorrer da terapia
Após uma semana, a paciente conta que o tinnitus mudou de registro e agora só se manifesta
em intervalos. Os ruídos nos ouvidos lhe parecem ameaçadores.
Transcorrer da terapia
A paciente tomou essa associação floral durante um mês; o tinnitus tornou-se mais raro.
Então surgiu a possibilidade de um novo emprego. A paciente ficou com medo da entrevista,
pois temia não conseguir articular suas aspirações.
Terceira associação floral de Bach
Mimulus - medo da entrevista para emprego
Cerato - pouca confiança na própria opinião
Larch - falta de senso de valor pessoal
Centaury - preocupação de aceitar um salário abaixo do merecido
183
Depois de tirar férias e mudar de emprego em abril de 1991, ela não teve mais ruídos
nos ouvidos. Como o antigo medo da autoridade diminuiu bastante, a paciente consegue
estabelecer melhor seus limites no campo profissional, ver seu próprio valor e obter satis-
fação com seu trabalho. Toda a problemática psíquica se modificou e agora os conflitos
podem ser resolvidos.
184
Red Chestnut - o desapego emocional lhe é difícil
Walnut - ver acima
Mimulus - ver acima.
Observação
Como muitos pacientes depois de um câncer, também esta mulher toma regularmente, até
hoje, as essências florais 'de Bach, dando assim à sua vida mais força e diversidade.
Diagnóstico
Dores nas costas depois do trauma do acidente; sensação de corpo estranho na garganta (a
medicina ortodoxa nada descobriu).
185
Impatiens - está um pouco impaciente, a necessidade de independência ainda
persiste
Mustard - humor melancólico
Elm - sente-se sobrecarregado na firma
Beech - a tolice dos outros o irrita
Gorse - más experiências o tomaram resignado.
Por desejo do paciente, repetiu-se a primeira associação a partir de 10/1211990.
Transcorrer da terapia
Menos devaneios; tomou-se mais consciente da realidade. Mais compreensão para com os
outros, não somente pensamentos negativos. Ainda tem, de vez em quando, humores depressivos.
Agora consegue diferenciar as obrigações profissionais das necessidades pessoais, e não se sente
mais sobrecarregado.
Transcorrer da terapia
A preocupaç.ão com o pai se normalizou. O paciente tenta impor sua vontade aos outros.
Ele está mais confiante em si mesmo, sente que os outros já não levam tanta vantagem sobre
ele como antes. Ele tem certeza de que algumas coisas têm de ser modificadas, e encara essas
mudanças com muito otimismo. I
Transcorrer da terapia
O paciente se sente muito bem, consegue se defender melhor, aceita os fatos com mais
descontração. Agora conhece sua posição na vida, está muito satisfeito com seu "estado de
ânimo". No geral, adotou uma posição positiva diante da vida. Os problemas da garganta dirni-
186
nuíram, mas ainda não desapareceram totalmente. Pode-se deduzir que, à medida que a sua alma
recuperar o equilíbrio, os problemas da garganta desaparecerão paulatinamente.
Encerramento da terapia
Controle em 9/4/1991: o paciente não tem mais problemas na garganta e se sente muito
bem. As dores nas costas melhoraram só um pouco, mas o paciente já não as considera tão
importantes - não se queixa mais delas.
Acidente no esporte
Um estudante de 13 anos, ao praticar esportes, sofre um acidente com contusão nos ombros
e concussão. No hospital, tirando radiografias e mesmo três horas depois, vomita incessante-
mente. A mãe lhe dá algumas gotas de Rescue diretamente do frasco do concentrado, pingando-as
sobre a sua língua Em pouco tempo os vômitos cessaram. O jovem conseguiu relaxar e foi
levado para o leito na enfermaria.
Espasmo do esôfago
Durante um vôo de Lisboa para Frankfurt, uma de minhas pacientes passou por este con-
tratempo:
Ela viajava com o filho de poucos meses de idade e o carregava no colo. O avião estava
lotado e mal havia espaço para as pessoas se moverem. Irritada, ela comeu o almoço de bordo
com muita pressa. Um pedacinho de comida ficou-lhe preso na garganta. Doía muito e cortou-lhe
a respiração; ela entrou em pânico, pensando que ia morrer. É evidente que se tratava de um
espasmo do esôfago. Felizmente, ela tinha Rescue consigo e tomou algumas gotas diretamente
do frasco do concentrado. O espasmo cessou quase de imediato.
187
Queda da escada
Mãos e pés machucados. Minha tfbia dofa tanto como se estivesse quebrada. O pé esquerdo
também dofa e minhas mãos sofreram leves contusões.
Assim que consegui me'levantar, procurei meu frasco de Rescue e pinguei algumas gotas
sobre os locais machucados. Alfvio imediato. Para minha surpresa, não houve inchaço nem
hematomas. Só ao tocá-Ios é que eu podia perceber os locais onde me machuquei.
Picada de marimbondo
Um paciente de 23 anos foi picado por um marimbondo na escápula esquerda. O ferrão é
removido. Ele toma algumas gotas de Rescue e também o pinga sobre o local da picada. À parte
um pontinho vermelho no lugar da picada, o paciente não tem nenhum problema.
Picada de abelha
Vindo a pé para o meu consultório, uma paciente foi picada no pescoço por uma abelha.
Ainda levaria uns dez minutos para chegar, mas como tinha Rescue consigo, passou algumas
gotas sobre o local da picada, na qual ainda estava o ferrão. Quando chegou ao meu consultório,
extrai o ferrão com facilidade e percebi que o local mal havia inchado e ela não sentia dor
alguma.
Acidente do trabalho
Uma paciente, a quem eu receitara Rescue, escreveu-me o seguinte (citação condensada):
Uma máquina de escrever, pesando uns vinte quilos, caiu de quina sobre o meu pé, de modo
tão infeliz que pensei ter esmagado e quebrado todos os meus dedos. A dor foi insuportável,
quase me cortou a respiração. Comecei a gritar e a chorar. Mas então me ocorreu que Rescue
talvez pudesse ser útil. Tomei as primeiras gotas e precisei cerrar os dentes ao tirar a meia e o
sapato. Meu pé estava muito inchado e o hematoma já era visfvel.
Pinguei três ou quatro gotas na raiz dos dedos. Primeiro, a dor ficou mais intensa; senti um
ardume, embora não houvesse cortes no meu pé.
Depois de alguns minutos, a dor cessou quase totalmente; quer dizer, eu não sentia nenhuma
dor quando colocava o pé para cima, livrando-o do peso do meu corpo. De vez em quando, as
dores voltavam e então eu pingava Rescue sobre a região dolorida - sempre com o mesmo
resultado: sensação de ardume seguida pelo alfvio da dor.
Não foi preciso usar ataduras, pomadas ou analgésicos. Quatro dias depois, eu estava quase
totalmente recuperada. Depois de uma semana, o inchaço também desapareceu por completo.
Ajuda à vizinha
Fui visitar a sra. B., minha vizinha de 95 anos de idade que sofrera uma queda dois dias
antes. Ela estava com as mãos e os braços cobertos por manchas roxas. Além disso, estava de
cama com alarmantes acessos de tosse, dos quais mal conseguia se recuperar. Seu médico temia
o infcio de uma pneumonia. A sra. B. parecia muito enfraquecida.
Peguei o meu frasco de Rescue. Pinguei-lhe duas gotas diretamente do stock bottle sobre a
lfngua e repeti a dose quinze minutos depois. Também pinguei Rescue nas costas de suas mãos,
massageando levemente. Menos de trinta minutos depois da ingestão, os acessos de tosse se
tomaram visivelmente mais fracos. E ouça esta: à noite, a sra. B. se levantou para assistir um
filme policial na televisão. A tosse havia desaparecido.
No dia seguinte, fui examinar suas mãos. As manchas azuladas mal eram perceptfveis,
enquanto os braços ainda mostravam locais arroxeados - afinal, eu só tinha passado Rescue.
nas costas de suas mãos!
188
Cura de jerimento
No meu trabalho como enfermeira, tive a oportunidade de cuidar durante alguns dias de um
combatente da resistência afegã Ele sofrera graves ferimentos de bala, fora operado na Suíça e
ainda tinha uma ferida infeccionada, que doía e coçava. Além das ataduras, peguei - como
sempre faço - meu creme Rescue e passei-o nas bordas do ferimento.
Infelizmente, eu não podia conversar com o paciente; o essencial era traduzido. Quando voltei
a trocar as ataduras, ele me fez sinais de que tinha dormido bem - pela primeira vez em muitas
semanas - e sentia menos dores. O aspecto do ferimento era surpreendentemente bom. Na última
noite antes de voltar para sua terra, o paciente pegou o pote de creme Rescue, segurou-o apertado
junto ao coração e, com os olhos brilhantes, fez-me sinais perguntando se podia ficar com ele.
Nunca esquecerei a expressão feliz do rosto desse homem!
Ecze11Ul
Em um garoto de nove anos, que sofria há seis anos de bronquite recidiva, começaram a
se desenvolver eczemas (do tamanho da mão de uma criança) nos cotovelos.
Durante o período de duas semanas, os maciços eczemas foram massageados duas vezes
por dia com o creme Rescue. Ao cabo dessas duas semanas, o inchaço se reduzira visivelmente;
quatro semanas depois, estava totalmente curado.
Outros exemplos do uso de Rescue são encontrados no meu livro Experiências com a Te-
rapia Floral do Dr. Bach (Editora Pensamento, São Paulo) e em Bach Flower Remedies to the
Rescue ("Rescue - Florais de Bach para Alívio Imediato"), de Gregory Vlamis.
189
problemas diminuíram. Repetiu-se a aplicação mais duas vezes, quatro e seis horas depois, com
plena eficácia.
Esgotamento total acompanhado de crises depressivas
As crises depressivas com esgotamento total de uma paciente de 21 anos não estavam sendo
tratadas satisfatoriamente com doses de Lycopodium LM 6 a C 10.000. Havia sempre recaídas,
pois a paciente insistia em trabalhar demais e sofria carência de sono, sem no entanto eliminar
a sensação de baixa produtividade. A ingestão de uma associação de Oak (a compulsão de ir
até o fim), Pine (consciência culpada) e Hornbeam (esgotamento) - em cada crise, se necessário
durante uma semana -, deu-lhe novas forças e sobretudo o relaxamento interior necessário,para
dormir bem e suficiente. Só então o Lycopodium pôde agir de modo mais profundo e prolongado.
Passados mais dois meses, novos sintomas indicaram Medorrhinum como "semelhante" de ação
profunda; este, em um ano de terapia, causou uma mudança total, com maior eficiência dentro
de uma atitude mais sadia para com o trabalho e o repouso. Mesmo na época em que o Medorrhinum
C 200 já estava agindo, a associação de florais de Bach acima mencionada ainda pôde ajudar
como apoio terapêutico de curto prazo.
Tinnitus e eczema
Um paciente de 50 anos sofria há muito tempo de ruídos nos ouvidos, nariz cronicamente
entupido e um eczema seco. Vinha sendo tratado, há mais de um ano, sem grandes resultados
nem reações, com doses de Lycopodium LM 6 a C 10.000, "semelhante" determinado através
do estudo de seus sintomas mentais. Devido aos seus princípios rígidos, sua mania de criticar
os outros e seus súbitos e freqüentes acessos de raiva, foi-lhe receitado tomar durante vários
meses uma associação de Vine (atitude ditatorial), Rock Water (princípios), Beech (mania de
criticar) e às vezes Holly (raiva) ou Wild Rose (resignação). Com essa terapia, o paciente
começou a falar mais sobre os problemas que o sobrecarregavam e, pela primeira vez na
vida, teve reações mais intensas àquele remédio homeopático. Mas é claro que, nos casos
crônicos, toda afirmação sobre o efeito de uma terapia é discutível, pois não se pode excluir
as mudanças espontâneas.
Transcorrer da terapia
O hábito de defecar na roupa parou de imediato; houve uma única recaída depois que ela
começou a freqüentar a escola. Desde setembro parece ter superado o "choque do assalto"; a
criança dorme tranqüilamente.
190
Encerramento da terapia no final de setembro
Os sintomas perturbadores e perceptíveis desapareceram.
Transcorrer da terapia
Quando começou a tomar essa associação floral, Renate ainda fazia "ameaças" ocasionais
à mãe, dizendo que ficaria doente ou que as dores de barriga iriam voltar. A mãe, no entanto,
não mais se deixou influenciar; continuou amável, porém firme. Depois de uns quatorze dias,
os problemas desapareceram.
Queixas
Há cerca de dois meses, fortes dores de cabeça recorrentes, até então resistentes à terapia.
Exame orgânico nada constatou.
Anamnese
A paciente é a mais jovem das duas filhas de um casal de professores; tipo tranqüilo e
ambicioso. A irmã mais velha é claramente mais ativa e menos responsável. Os pais têm o
cuidado de "repartir igualmente" sua atenção: e afeto.
Associação de florais de Bach
Star of Bethlehem - a menina parece não ter suportado os diversos exames feitos para
analisar suas dores de cabeça
Elm - tem a sensação de não estar à altura das tarefas escolares
Rock Water - ambição exagerada; quer satisfazer as rigorosas exigências incons-
cientes do pai
Heather - necessidade de atenção, principalmente do pai.
191
Transco"er da terapia
As dores de cabeça cedem no decorrer de cerca de duas semanas; a menina está mais
espontânea, ativa, autoconsciente. O pai diz: "Ela se recuperou."
Resultado
As dores de cabeça não voltaram a aparecer nos meses seguintes.
Transco"er da terapia
Passados alguns dias, a mãe observou que as lições nos cadernos da menina estavam escritas
com bastante correção. Uma semana mais tarde, a paciente leu espontaneamente seu primeiro
livro, "A bruxinha". Para alegria dos pais, logo a paciente conseguia ler em voz alta quase sem
erros.
Resultado
Depois de tomar os florais de Bach durante três semanas, a própria paciente disse que não
precisava mais deles. Comentário da professora: "Ela fez grandes progressos na leitura e na
escrita."
Queixas
Fobia à escola.
Anamnese
A menina é temporã, suas cinco irmãs são bem mais velhas. Ela é considerada auto-su-
ficiente, voluntariosa, ambiciosa e até então nunca tivera problemas. Durante as férias de
outono nos Estados Unidos, que passou com a mãe e as irmãs, começou a manifestar medos
e se tornou muito dependente; em casa, mostrava-se fraca, triste e irritadiça. Muitas vezes
a professora a mandava de volta da escola devido a dores de cabeça, dores de estômago,
náuseas e problemas semelhantes, até que ela passou a recusar-se a ir à escola, alegando
que não suportava o barulho. Uma nova tentativa, logo depois das férias de fim de ano,
fracassou logo no primeiro dia. Os pais queriam transferi-Ia para outra escola, tirando-a
daquela classe barulhenta.
192
Primeira associação de florais de Bach em 27/1/1993
Hornbeam - esgotamento, relativa fraqueza de vontade
Heather - atitudes "de bebê" e vontade de ser o centro das atenções
Holly - irritação emocional
Gorse - sentimento de resignação
Mimulus - medo intenso da escola
Chicory - atitude manipuladora.
Transcorrer da terapia
Ficou evidente que houve uma mudança desde o nosso primeiro encontro com a menina:
ela agora tem um olhar vivo e brilhante; mãe e filha parecem relacionar-se de·modo mais
descontraído. Nesse ínterim, a menina foi matriculada em outra escola e está freqüentando
as aulas sem problemas; ela volta alegre para casa. Sua capacidade de aprendizado não foi
afetada.
Queixas
Violentas dores de estômago, com náuseas e vômitos. Geralmente esses distúrbios surgem
à noite, antes de deitar, e pela manhã, antes de ir para a escola. Em outros momentos (como por
exemplo à tarde, depois das aulas), os sintomas estão ausentes; a menina consegue comer de
tudo e se mostra "cheia de vida".
Descobre-se, durante o diálogo, que neste semestre ela tem um novo professor de inglês,
homem tido como muito autoritário, e de quem ela tem medo.
Transcorrer da terapia
A paciente volta a ir à escola com regularidade. Antes da primeira prova de inglês, teve
algumas aulas particulares para rever a matéria. Tirou um "B" e não sente mais medo daquele
professor severo.
193
Resultado a longo prazo
Já se passou um ano e os distúrbios não voltaram a se manifestar. A menina se sente muito
bem.
Queixas
Medos noturnos.
Anamnese
Já há algum tempo o garotinho vê "fantasmas horríveis" à noite. Ele acorda gritando; a mãe
precisa pegá-Io no colo e acalmá-lo. Como isso se repete noite após noite, ao cabo de algumas
semanas a mãe está totalmente exausta por causa do sono interrompido.
Associação de florais de Bach
Aspen - medos indeterrninados.
Transcorrer da terapia
Na primeira semana de ingestão desse floral, o menino s6 acordou gritando uma única vez.
Depois disso, o fenômeno nunca mais se repetiu.
194
Resulkulo a longo prazo em junho de 1994
Não se manifestou mais nenhum tipo de medo.
Observação
Deve-se notar, neste caso, que o floral indicado para esses distúrbios (Aspen) não foi utili-
zado, uma vez que esse tipo de medo é típico dessa faixa etária. O ponto interessante aqui é o
trabalho dessa criança: ao desenhar o monstro, o menino deu expressão ao seu medo e livrou-se
dele - dando o desenho ao médico.
Resulkulo
O eczema desapareceu em uma semana.
Diagnóstico
Rinossinusite em um caso de diátese alérgica.
195
Crab Apple - desejo de limpeza
Red Chestnut (*) - preocupação com a mãe
Star of Bethlehem (*) - abalo emocional não-trabalhado
Cherry Plum (*) - sentimentos reprimidos, "cabeça pesada", "sensação de torniquete".
(*) escolha espontânea.
Tratamento suplementar
Sinupret, vinte gotas três vezes ao dia; Luffa D 6, cinco glóbulos duas vezes ao dia.
Transcorrer da terapia
Depois de três semanas, os sintomas físicos melhoraram de modo significativo, mesmo
havendo às vezes alguma secreção nasal pela manhã. Na escola, a paciente gosta de ser o centro
das atenções; quando isso não ocorre, prefere fugir para um mundo de fantasia - problemas
de concentração.
Controle em 4/3/1993
A paciente se sente muito bem, os devaneios diminuíram assim como a grande preocupação
com a mãe. Nos quatro últimos meses não se manifestaram reações alérgicas.
196
Mimulus - medo de perder o amor dos pais
Chicory - exige atenção; caso contrário, se refugia na doença.
Tratamento suplementar
Aromaterapia.
Transcorrer da terapia
Ela me telefona no começo de setembro de 1991: seus frascos de florais tinham acabado e
ela quer saber se pode continuar tornando a mesma associação.
Repetiu-se o procedimento.
Diagnóstú:o
Enurese noturna. O exame orgânico não encontrou nenhum estado de doença.
Transcorrer da terapia
20n/1985: a mãe conta que o menino, apesar de ter posto de lado o Tofranil®, não está
urinando na cama. A associação de florais continua a ser ministrada.
14/8/1985: nova visita do paciente ao consultório. Ele continua a não urinar na cama; parece
mais animado e mostra maior receptividade.
197
Resultado a longo prazo
Um telefonema, cerca de dois anos e meio mais tarde, conftrma que não houve recaídas.
"Os florais o ajudaram muito." Bom estado geral de saúde.
Tratamento suplementar
A paciente recebeu a tarefa de desenhar "a fanulia em forma de bichos".
Transcorrer da terapia
Primeira reação: a mãe telefona após alguns dias, dizendo que a paciente estava "tão zan-
gada", tinha tais acessos de raiva na escola e se mostrava tão irritada em casa que parara de lhe
ministrar a essência floral há dois dias. E também a menina perdera o apetite.
Recomendei-lhe esperar passar a primeira reação e, depois do desaparecimento dos sintomas,
voltar a dar Heather.
Exame de urina em 17/4/1992: pH 8, pela primeira vez em anos sem bactérias, nitritos ou
leucócitos. A mãe da paciente relata que a reação à. segunda dosagem não foi tão extremada
como a primeira. Ao mesmo tempo, fez-se a interpretação do primeiro desenho da "farrulia em
forma de bichos" e atendeu-se o desejo da paciente de "fazer uma coisa" sozinha com a mãe.
Retorno em 18/5/1992
A mãe conta que a menina está totalmente equilibrada e tem bom apetite, mas que, depois
de terminar o frasco de florais, apresenta atitudes "insuportáveis".
O tratamento com Heather e as entrevistas terapêuticas continuaram. As infecções das vias
urinárias não voltaram a se manifestar.
198
Resultado a longo prazo em abril de 1994
A paciente teve uma leve infecção das vias urinárias, que logo cedeu com uma dose de um
complexo homeopático simples - assim, ela continua livre de problemas.
199
Como eu imaginava que a problemática devia ser mais profunda, tentei perceber com mais
exatidão a situação geral dessa fanu1ia. O que surgiu foi este quadro:
Por causa de um curso de reciclagem profissional, a partir de outubro de 1992 o marido
teria de passar três meses em outra cidade, a 600 quilômetros de distância, e só viria para casa
nos fins de semana A mulher já sofria por antecipação e se sentia sobrecarregada com a situação
que logo teria de enfrentar; mas ela não confessava isso e, acima de tudo, não discutia a real
necessidade de seu marido fazer aquele curso. Ela se sentia cada vez mais desanimada e insa-
tisfeita e fumava demais; raramente perdia a calma, mas, quando explodia, era com extrema
violência. Não tinha mais nenhum interesse por sexo e estava alimentando sentimentos de ver-
dadeiro ódio pelo marido e os filhos - reagindo, depois, com sentimentos de culpa Surgiam
então os irritantes surtos de erupções cutâneas. Com a Terapia Floral de Bach, alcançou-se certa
melhora no caso da mãe, mas as crianças continuavam sempre resfriadas.
Admitiu-se que as doenças constantes dos filhos estavam fortemente associadas ao estado
da mãe. Como ela continuava pouco receptiva a dar continuidade a essa terapia, receitou-se uma
associação de florais para estabilizar o estado dos filhos.
Transcorrer da terapia
Depois desta receita, a família deixou de aparecer por algum tempo. Em fevereiro de
1993, a mãe voltou ao consultório com o filho mais velho que estava com uma infecção
comum. Ela contou que as quatro crianças ficaram saudáveis pouco tempo depois de tomar
aquela associação de florais. Desde então não se manifestara nenhum problema de resfriado
como antes.
O que me parece mais surpreendente é que o caçula, Joseph, desde então ficou imune às
infecções - levando em conta que, antes, uma terapia intensiva com remédios homeopáticos
constitucionais não conseguira alterar sua suscetibilidade às infecções.
A mãe, nesse meio-tempo, tentou algumas outras terapias para resolver seus problemas de
saúde, mas parece que até agora não obteve bons resultados.
200
Primeira associação de florais de Bach em 31/10/1987
S!ar of BethLehem - experiências traumáticas não-trabalhadas
WaLnut - dificuldade para se adaptar à nova situação.
Tratamento suplementar
A situação atual no lar-escola compreende medidas terapêuticas (clínica infantil) e ludote-
rapia (método Axline).
Transcorrer da terapia
De início, o paciente estava muito cético quanto à ingestão dos florais. Por ser uma criança
de tipo intelectual, foi-lhe explicada a Terapia Floral de Bach. Ele ficou sendo responsável pela
ingestão pontual dos florais (três vezes ao dia).
Ao cabo de dois dias ele estava achando os florais muito importantes e prestava toda atenção
para tomá-los corretamente.
Passada uma semana, conseguiu integrar-se bem ao grupo.
Na escola, ainda lhe falta atenção e vontade de se esforçar.
Transcorrer da terapia
A professora relata que agora o menino participa das aulas e copia rapidamente as lições
da lousa.
No começo de dezembro, molhava menos a cama; em meados desse mesmo mês, deixou
totalmente de fazê-lo.
Queixas/Diagnóstico
Infecção vaginal crônica e recidiva, por fungos do gênero Candida.
Anamnese
As muitas perguntas feitas à paciente mostraram, por trás das infecções crônicas, um conflito
de natureza sexual: desde que o conheceu, o marido quer relações sexuais todos os dias, o que
é excessivo para ela. Não consegue discutir essa situação com o marido; ela sempre se submete,
para evitar brigas. Daí vem um grande esgotamento - acentuado pelo fardo de duas crianças
pequenas.
201
Associação de florais de Bach
Centaury - fraqueza de vontade, incapaz de dizer "não"
Chicory - sobrecarga enquanto esposa e mãe; a "pobre mãezinha"
Crab Apple - o "purificador do sangue"; aversão à constante infecção vaginal
Elm - sensação de não estar à altura de suas tarefas
Oak - o "guerreiro exausto"; ela já suporta essa situação há dez anos!
Transcorrer da terapia
Seis semanas mais tarde, a paciente conta que pela primeira vez foi capaz de conversar com
o marido sobre seus sentimentos (sobrecarga sexual, exaustão, aversão) e, para sua surpresa, ele
se mostrou bastante compreensivo. Ela está se sentindo muito bem; o estado de esgotamento
teve sensível melhora.
O exame do esfregaço vaginal não encontrou nenhum sinal de doença.
202
Red Chestnut - ainda se sente "emocionalmente influenciada" pela mãe
Pine - sentimentos de culpa relacionados com sua própria sexualidade
Star of Bethlehem - experiências emocionais desagradáveis do passado, não-trabalhadas.
Transcorrer da terapia
Com esta paciente, o avanço da terapia sempre se dá com dois passos para a frente e um
passo para trás. Volta e meia preciso convencê-Ia, através de controle do esfregaço, de que ela
não tem nenhuma infecção aguda na vagina. Na entrevista, trabalhamos seus conflitos entre o
desejo e a aversão. Ela reconhece que está indecisa entre a fascinação e a repulsa pelo sexo.
Quando não se atreve a admitir seu desejo, sua vagina fica seca, com coceiras e ardumes. Ela
também percebe que os problemas de corrimento nos fins de semana - quando há mais pos-
sibilidades de fazer sexo - são mais fortes ou subjetivamente sentidos como tal.
De modo geral, ela agora se sente mais satisfeita do que há seis meses e tem a sensação de
que, por fim, um processo de desenvolvimento emocional se pôs em marcha A paciente teve
muitos sonhos com a mãe. Seu relacionamento com o marido está bem mais descontraído. Ela
tem certeza de que vai se livrar totalmente do problema do corrimento.
Obser.vação
Quando penso que esse corrimento resistiu à terapia durante oito anos, tenho de ver essa
mudança, no curto período de seis meses, como um grande sucesso. O tratamento prosseguiu.
Com o andamento da terapia, a paciente alcançou um espantoso desenvolvimento.
203
fora. Logo depois surgiram os primeiros sintomas de agorafobia e os distúrbios acima mencio-
nados.
Diagnóstko
Humor depressivo e algumas das fobias típicas da menopausa.
Terapia até o momento
Depois do exame dos sintomas físicos pelo clínico geral, receita de tranqüilizantes que a
paciente recusou por medo de criar dependência.
Primeira associação de florais de Bach em 6/5/1987
Rescue - para a atual situação emocional de emergência
Rack Rase - sensação de pânico
Scleranthus - falta de equilíbrio, tanto no nível emocional como físico
Mimulus - medos diversos e hipersensibilidade
Larch - falta de autoconfiança
White Chestnut - insônia e inquietação mental
Gentian - dúvidas e expectativas negativas.
Tratamento suplementar
Treinamento autógeno.
Transcorrer da terapia
Quatorze dias depois, a paciente se sente interiormente mais calma e consegue dormir me-
lhor. Aceita sua sensibilidade (que até então recusava inconscientemente) como algo valioso, e
reflete sobre o "poder do pensamento".
No nível físico, porém, persistem as intensas oscilações (da pressão sangüínea, por exemplo),
ainda há uma tristeza profunda e a sensação de ter lhe faltado amor na vida. Além disso, há
indícios - segundo afirmação dela mesma - de uma impaciência que lhe é típica.
Segunda assocÚlÇãode florais de Bach em 20/5/1987
A mesma associação de antes, adicionando-se:
Mustard - profunda melancolia
Heather - carência emocional
lmpatiens- impaciência.
Transcorrer da terapia
Intensa sensação de calma e equilíbrio (a paciente começa a praticar ioga); sente muito amor
(seu filho, por exemplo, lhe deu de presente um cachorrinho recém-nascido); a impaciência
diminuiu, o humor em geral está melhor.
Terceira associação de florais de Bach
Hally - ocasionalmente, violentas crises de agressividade contra o marido
Vine - tendência a assumir o "papel do rei" na família
Rack Water - é severa demais consigo mesma e reprime as próprias necessidades
Walnut - para dar apoio à nova orientação.
Resultado e encerramento da terapia
15/4/1988: o estado positivo da paciente se estabilizou. Ela consegue novamente desfrutar
a vida e se alegra por ter "aprendido muito com esta crise e continuado a me desenvolver".
204
CASO 39: Distúrbios do climatério (Brasil)
Paciente de 47 anos
Anamnese e estado de saúde
A paciente chora com freqüência, sente ondas de calor, os intervalos entre as regras torna-
ram-se mais curtos, o sangrameilto menstrual é mais prolongado e mais intenso.
O climatério faz vir à tona vários medos: o medo da menopausa; o medo de sentir menos
prazer e não alcançar a plenitude sexual; o medo de não conseguir mais atingir o orgasmo
e com isso perder o marido. No diálogo, fica claro que a paciente não se vê como parceira
do marido e sim como sua dependente. Ela reprime sua personalidade e sempre se submete
ao marido; isso a faz sentir7se infeliz e insegura. Tenta agradar o marido egoísta e dorninador,
a fim de garantir seu amor; é ciumenta e tem medo de perdê-Io, principalmente agora que está
no climatério. Intertompeu os estudos para casar e agora se arrepende profundamente disso.
Seu senso exagerado da maternidade a leva a proteger demais os dois filhos (de 27 e 19 anos).
Diagnós(ú:o
Distúrbios funcionais do climatério com nível relativamente alto de estrogênio, por insufi-
ciência hormonal (gônada) ou por ausência de ovulação.
Primeira associação de florais de Bach em 29/12/1992
Walnut - nova fase da vida
Mimulus - medo do marido
Larch - falta do sentimento de autovalia
Gentian - desanima rapidamente
Chicory - a "pobre mãezinha"
Centaury - fraqueza de vontade.
Tratamento suplementar
Sepia D 10, quatro gotas seis vezes ao dia.
Transcorrer da terapia
Eu disse à paciente que podia me telefonar sempre que necessário e ela o fez com freqüência.
Na consulta seguinte, percebi que ela estava elegante e se tornara ativa, de tal modo que o marido
começara a sentir ciúme e agora passava mais tempo a seu lado do que antes.
Ela perdeu o medo da menopausa. Sua menstruação se normalizou e as ondas de calor
desapareceram. Ela agora procura atividades criativas. Está organizando as refeições da famma
e supervisionando seu preparo (algo que antes ficava totalmente por conta da cozinheira). Essas
novas tarefas lhe dão prazer.
Ela ainda esconde uma certa insegurança e um sentimento de propriedade em relação ao
marido e aos filhos; deseja ter uma atitude mais amiga para com eles.
Segunda associação de florais de Bach em 31/3/1993
Walnut - ver acima
Larch - ver acima
Chicory - ver acima
Centaury - ver acima.
Transcorrer da terapia
A menstruação atrasou mas isso não lhe causa nenhuma preocupação, pois já perdeu o medo
da menopausa e sabe que não está grávida (depois do nascimento do segundo filho, mandou
ligar as trompas).
205
Com autoconfiança crescente, mais determinação e um humor geral mais harmonioso, me-
lhorou seus relacionamentos e seu papel na falTI11ia.Fisicamente, sente-se bem.
Observação
É surpreendente a rapidez com que essa mulher superou a crise do climatério com a ajuda
dos florais de Bach, além de abandonar padrões de comportamento arraigados há tantos anos.
Ela aproveita esta fase para encontrar novas perspectivas de vida.
Queixas
A paciente se queixa de espasmos abdominais quando fica tensa.
Anamnese
A gravidez decorre sem complicações, e o bebê é desejado.
A paciente, principalmente no emprego, procura evitar conflitos, tem dificuldade para es-
tabelecer limites, sente-se exaurida pelos outros e engole toda a sua raiva. Ela está muito preo-
cupada consigo mesma e quer atenção. No trabalho está sempre muito tensa e voltada para o
sucesso.
DiagnóstU:o
Tenesmo devido a tensão psicossocial; gravidez no sexto mês.
206
Transcorrer da terapia
O bom desenvolvimento continua, a paciente não tem mais espasmos abdominais. É mais
raro ela sentir tensão interior quando há um confronto; no momento, falta-lhe ímpeto e motivação
para fazer algo mais - e sua baixa produtividade a deixa inquieta e insatisfeita consigo mesma.
Manifestam-se medos concretos do parto.
Terceira associação de florais de Bach
lmpatiens - ver acima
Vervain - ver acima
Agrimony - ver acima
Walnut - ver acima
Wild Rose - falta de ímpeto
Mimulus - vários pequenos medos.
Transcorrer da terapia
A tensão interior desapareceu por completo; a paciente agora vê o parto de modo positivo.
Quarta associação de florais de Bach
Agrimony - ver acima
Walnut - ver acima
Mimulus - ver acima
Vervain - ver acima.
Durante o parto, usa-se Rescue em gotas e creme.
207
Mimulus - medo de malformação do bebê; medo do parto
Pine - sentimentos de culpa em relação ao bebê, por ter tomado medica-
mentos "pesados"
Scleranthus e
Star of Bethlehem - desequilíbrio da atividade contrativa.
Transcorrer da terapia
Passo a passo a paciente perde o medo de ter um parto prematuro. Pode-se reduzir pela
metade a dose de Partusisten®. A partir de meados de novembro, o Partusisten® pode ser aban-
donado de todo, pois a fase de risco de parto prematuro foi superada.
Transcorrer da terapia
A paciente conta que o parto ocorreu em 23/11/1989 sem nenhum problema, no curto -
para uma parturiente "de primeira viagem" - espaço de tempo de quatro horas e meia. Não foi
necessário fazer perineotornia (também e:hamada episeotornia); apenas um pequeno e insignifi-
cante corte na vagina. A paciente acha que os florais de Bach lhe fizeram muito bem, inclusive
na hora do parto.
208
Rock Rose - sentimentos de medo e pânico.
Dosagem: quatro gotas, quatro vezes ao dia.
Transcorrer da terapia
3/5/1990 - pressão 12/8; colo do útero com dilatação de 1 a 2 centímetros.
4/5/1990 às 13 horas - nasce um menino, 2.950 gramas, 50 centímetros.
14/6/1990 - nas seis semanas habituais de resguardo, sua pressão se manteve em 10,5/6
(a paciente continuou a tomar os florais).
Observação
Para mim foi uma grande surpresa ver como a pressão alta que existia há semanas pôde ser
alterada de forma tão drástica com os florais de Bach e permanecer estável até mesmo depois
do parto!
Além disso, fiquei impressionada com a rapidez do parto; isso, na minha opinião, deveu-se
ao efeito dos florais de Bach.
209
No nível emocional, ela se sente melhor, estabilizou-se; está sonhando muito, precisa de
bastante sono.
210
Os pais da paciente eram pessoas de personalidade forte, que lhe transmitiram rígidas normas
de vida. O cumprimento do dever e uma boa conduta eram o mandamento supremo; por melhor
que ela agisse, nunca era bom o suficiente.
A paciente se mostra ansiosa ao falar sobre seus medos (o pano de fundo dos seus problemas
físicos). Ela não chega a perceber que, para começar, o afastamento do trabalho facilitou sua vida.
Diagnóstico
Medo neurótico.
Transcorrer da terapia
A paciente está muito mudada; vem à tona um lado até então oculto de sua personalidade:
a mulher jovem que consegue falar sobre si mesma e compreende que pode escolher seu próprio
caminho na vida Ela agora percebe que seus sofrimentos tinham a ver com seu relacionamento
não-resolvido com os pais.
211
Para o próximo ano letivo ela tem novos projetos, e não só como professora. Seus medos
se reduziram de modo sinificativo, tornando sua vida em geral bem mais fácil.
Observação
As essências florais de Bach produziram nesta paciente uma mudança tão rápida quanto
decisiva. A moça teve acesso a um nível de consciência que até então estava fechado para ela.
Passo a passo, ela foi capaz de reconhecer sua dor emocional e começar a se soltar dos pais.
Com isso, também "permitiu" que os sintomas físicos se dissolvessem; o nível do seu medo
pôde ser reduzido consideravelmente. Pela primeira vez em muitos anos, seu estado geral de
saúde melhorou, e isso se deve à combinação da psicoterapia com a Terapia Floral de Bach.
As consultas terapêuticas semanais serão mantidas, para continuar a apoiar a paciente em
seu desenvolvimento. O tratamento com os florais de Bach será retomado em intervalos de mais
ou menos três meses, para ajudar a desenvolver os resultados obtidos na psicoterapia.
Queixas
Urina na cama desde a primeira infância; irregularidades menstruais, com enxaquecas e
humor depressivo.
Anamnese e estado de saúde
Divorciada há quatro anos, um filho.
Quando pequena, a paciente sofria de enurese noturna freqüente, urinando na cama noite
sim, noite não; a partir da puberdade, a enurese noturna só se manifestava durante o período
menstrual. Depois do divórcio, voltou a urinar na cama praticamente toda noite.
Além disso, a paciente se queixa de irregularidades menstruais, tais como sangramento
extemporâneo acompanhado de enxaquecas e, às vezes, de humor altamente depressivo e au-
mento da enurese noturna. No todo, mostra uma clara fixação nos distúrbios menstruais.
À noite, é freqüente a paciente gritar por causa dos pesadelos e acordar totalmente exausta.
Ela menciona medos noturnos (com matizes paranóides) envolvendo uma desconfiança em re-
lação aos homens em geral, intrusos no seu quarto, ameaças físicas - tudo muito difuso e de
difícil compreensão.
Depois ela declara ter "depressões", sentimentos de solidão e até uma sensação de isola-
mento, atribuindo tudo isso à enurese noturna - ela não se sente capaz de estabelecer um novo
relacionamento íntimo.
Existe na paciente uma imensa sensibilidade às influências externas (inclusive as imaginá-
rias) e uma suscetibilidade acima da média.
Vê-se, no início de sua anarnnese, uma tentativa de suicídio com barbitÚficos, causada por
sua revolta contra o pai. Sua biografia dá indícios claros de um relacionamento incestuoso com
o pai - no nível imaginário ou mesmo real"- que até hoje continua a provocar nela fantasias
de estupro e dominação.
No nível orgânico, não se encontrou nenhum estado patológico nem neurológico.
Diagnóstico
Enurese noturna primária. Síndrome depressiva no contexto de uma depressão neurótica,
perturbação da vivência sexual, pesadelos. Personalidade com estrutura predominantemente his-
térico-depressi va.
212
Terapia até o momento
Durante a infância, várias tentativas infrutíferas de tratamento neurológico e pediátrico;
vários tratamentos homeopáticos sem sucesso.
De agosto de 1991 a janeiro de 1992 - entrevistas de apoio como preparação para psico-
terapia.
De janeiro a abril de 1992 - internação para tratamento psicoterápico. A enurese noturna
só se manifesta esporadicamente e, mesmo assim, somente em contextos psíquicos significativos;
a depressão, os pesadelos e os sentimentos de medo não tiveram melhora duradoura
Abril de 1992 - começou a ter sessões individuais de psicoterapia baseada na psicologia
profunda, com sessões semanais que se estenderam até o início de 1994.
Motivos para a Terapia Floral de Btu:h
Embora a fonnação somática dos sintomas tenha sido ampla e rapidamente eliminada no
contexto do tratamento psicoterápico, por outro lado desenvolveu-se uma crescente sintomato-
logia psíquica marcada pela "psiquização" dos conflitos emocionais básicos.
Já que a paciente parecia muito motivada, sensibilizada e disposta a permitir um desenvol-
vimento emocional, seis meses depois do início da psicoterapia individual começou-se a usar
também os florais de Bach.
Primeira associação de florais de Bach em novembro de 1992 (até março de 1993)
Aspen - medos vagos, do tipo difuso, que funcionam como "pressentimen-
tos" irracionais
Rock Rose - manifestação dos medos sob a forma de surtos que às vezes fazem
a paciente entrar em pânico, principalmente à noite; necessidade
exagerada de segurança.
Tratamento suplementar
Sessões semanais individuais de psicoterapia baseada na psicologia profunda.
Transcorrer da terapia
Depois de um breve fortalecimento inicial dos medos noturnos de fundo histérico (antes de
deitar, por exemplo, ela revista o quarto para se certificar de que não há vultos sombrios), ocorre
primeiro uma melhora durante o dia (a partir da quarta semana de tratamento) e depois também
à noite (a partir da quinta semana). Ela se sente "menos bloqueada" e, assim, com mais energia
e não tão depressiva.
Vejo nos sonhos da paciente - encontros (prazerosos) com homens - uma clara indicação
da mudança ocorrida no conteúdo de seu inconsciente, agora se aproximando dos temas sexua-
lidade e homens; e também o forte desejo de relacionamentos íntimos.
O primeiro contato físico real com o pai desde os tempos do jardim-de-infância (um baile)
é vivido "com toda a tranqüilidade" pela paciente.
Estado de saúde no momento: bem melhor, subjetiva e objetivamente, em relação aos medos.
Segunda associação de florais de Btu:h em setembro de 1993 (até o final de 1993)
Holly - depois da melhora dos medos, uma clara e acentuada agressividade
principalmente em relação aos homens. A paciente tem às vezes a
sensação de não ser mais a senhora de suas emoções
Star of Bethlehem - caráter traumático do medo e das agressões dele resultantes.
Transcorrer da terapia
Pela primeira vez em muitos anos, a paciente voltou a se apaixonar (no fim de agosto) e
manteve relações sexuais depois de três anos de abstinência Ela agora se atormenta por causa
da agressividade que revela para com o namorado - e ele acaba por abandoná-Ia.
213
Surgem muitas e valiosas revelações sobre o seu lado agressivo até então reprimido e pro-
jetado sobre os outros: "Sou realmente sádica e gosto de magoar os outros, quero ganhar tudo
sem dar nada, como reação à minha inf'ancia e ao meu casamento." Experiência desse relaciona-
mento é trabalhada de modo produtivo: "A culpa é minha e não dos homens." Suas explosões
de agressividade depois a deixam "triste" e ela também lamenta o fato de o namoro ter durado
tão pouco.
Encerramento da terapia emjaneiro de 1994
A conquista do autoconhecimento, por vontade da própria paciente, levou a uma pausa na
terapia, pausa essa que eu vejo como uma expressão do seu desejo de recomeçar a vida: "Não
quero mais olhar para trás, quero agora, finalmente, dar um jeito de mudar a mim mesma."
Observação
No decorrer do tratamento houve fases marcadas por sentimentos de estagnação e desespe-
rança, os quais também foram experimentados pelo terapeuta através da "transferência". Nest~
caso, em vista da disponibilidade da paciente para a cooperação e a reflexão, acredito que se
tratava das conhecidas "resistências", as quais não estariam sendo suficientemente dissolvidas
através do tratamento verbal.
Em duas dessas fases do tratamento, introduziram-se as essências florais de Bach. Um
aspecto notável é que o momento da primeira associação de florais foi escolhido simultânea e
independentemente pelo terapeuta e pela paciente, que então começava a se interessar pela me-
dicina alternativa.
Neste caso, a ingestão dos florais de Bach durante um tratamento individual baseado na
psicologia profunda pôde contribuir para um desenvolvimento emocional bastante criativo e
impulsionador.
Diagnóstú:o
Psicose esquizo-afetiva.
Estado em 2/8/1991
O paciente está nitidamente lento, não mostra quaisquer reações emocionais.
214
Terapia no momento
Taxillan® 100-100-150, Akineton® rel. 1-1-1, ingestão temporária de Haldol® e Truxal®.
Transcorrer da terapia
Cerca de uma semana depois da ingestão da primeira dose, houve uma melhora sensível; o
medo desapareceu. A partir de 30/8, reduziu-se o Taxillan® a 100 mg à noite (depois de uma
conversa com o neurologista) e foram abandonados todos os outros medicamentos.
Desde 2/9, o paciente está trabalhando quatro horas diárias no antigo emprego. Mas ainda
não consegue dirigir seu carro.
Estado em 5/9/1991
O paciente está atento e dá respostas espontâneas e seguras; sua irradiação total é mais ativa.
Porém, persistem as dificuldades para adormecer e os distúrbios durante o sono.
215
lhe receitei está vazio. Ele próprio escolheu a nova associação de florais, seguindo sua orientação
interior.
Transcorrer da terapia
Três dias depois do início do tratamento com os florais de Bach, a menina de repente se
recusou a tomá-los afirmando que sua "verdadeira" mãe lhe dissera que, se os tomasse, nunca
mais a veria.
Sugeri à mãe que lhe desse as gotas em segredo, talvez no leite ou num suco de frutas. Ela
assim o fez. Depois de dois meses as visões desapareceram e a criança voltou a se estabilizar.
216
A paciente conta que tem uma faITI11ia·saudável e feliz, e também que está totalmente
satisfeita em sua vida profissional - ela não vê nenhuma razão para esses sentimentos depres-
sivos.
Diagn6stico
Psicose maníaco-depressiva unipolar.
Tratamento suplementar
Clomipramin®, doses diárias de 50 mg.
Transcorrer da terapia
Depois de duas semanas, a paciente se sente um pouco melhor: conta que está começando
a ter esperança.
Passadas cinco semanas, todos os sintomas desapareceram. A paciente se sente bem e voltou
a assumir suas tarefas profissionais e familiares.
Observação
Este caso ilustra uma experiência bastante freqüente: no caso de pacientes com doenças
psíquicas, a combinação da Terapia Floral de Bach com os neurolépticos usuais permite-nos
alcançar bons resultados, geralmente em menos tempo e com dosagens menores.
Situação
Ocasionalmente, intensas explosões emocionais, tanto na casa dos pais quanto na escola
especializada onde passa os dias. A paciente não consegue, no nível psíquico, lidar com as
situações de estresse na escola. À noite, muitas vezes acorda fortemente agitada - "compulsão
de falar". Há anos rói as unhas. Não tem nenhum controle sobre a bexiga ou os intestinos ao
dormir.
217
e quase ininterrupto; além do mais, uma grande necessidade de compreensão e atenção, causada
por forte medo e insegurança interior.
"A mãe: a atitude da mãe ante a filha mentalmente deficiente é da mais extrema rejeição,
o que se manifesta com clareza na sua postura corporal. Tendência a criticar o comportamento
da filha. Indícios de sobrecarga, resignação, amargura e esgotamento.
"O pai: ao contrário da mãe, o pai tem uma atitude de forte preocupação a respeito da filha,
atitude essa que se caracteriza por sentimentos - não expressados - de culpa.
"Pai e mãe já eram de meia-idade quando a filha nasceu. De forma não-verbal, vem à tona
neles um silencioso pedido de desculpas pelo estado da filha e pela sua deficiência mental.
"Eles se comportam de modo muito correto; fazem todo o possível pela filha deficiente. O
pai participa ativamente do projeto 'Construção de escola especializada para deficientes men-
tais'."
Transcorrer da terapia
Já durante os primeiros meses de tratamento, a paciente reage de modo positivo. De início,
surgem as primeiras reações: um fortalecimento temporário dos sintomas, mas no limite do
suportável. Depois, as explosões emocionais diminuem. A paciente mostra mais receptividade
e alegria de viver.
Transcorrer da terapia
Houve uma melhora tão significativa no estado da paciente que o Taractan® pôde ser posto
de lado. Resultados positivos: a paciente consegue dormir a noite toda, a bexiga e os intestinos
estão cada vez mais sob controle, o hábito de roer as unhas diminuiu.
218
sentimentos da mãe durante o trabalho de parto (que teriam sido
inconscientemente captados pelo bebê) possam interagir com esta
associação de florais.
Transcorrer da terapia
Esta farrulia está acostumada, há anos, a passar as férias com alguns parentes. No verão de
1988, esses parentes também notaram uma visível transformação positiva da paciente.
Durante esse período de tratamento, Rescue só foi administrado esporadicamente. - A
partir de 1989, pôde ser deixado totalmente de lado.
Resultado
Excetuando-se alguns episódios ocasionais, a paciente consegue controlar totalmente suas
secreções durante a noite. O contato visual aumentou. A situação entre mãe e filha tomou-se
mais descontraída; a vida desta deficiente mental não parece mais tão cheia de medo e insegu-
rança. Tanto os pais como o pessoal da escola observaram na paciente o surgimento de novos
processos mentais e um desenvolvimento cada vez mais forte da capacidade de expressão es-
pontânea.
Observação
O tratamento desta moça foi significativamente apoiado pela decisão de sua mãe de se
submeter, ao mesmo tempo que a filha, a uma terapia com as essências florais de Bach.
219
Primeira entrevista, em 17/3/1992
O paciente senta no colo da mãe, canta canções, adormece numa poltrona. Recusa-se a
aceitar a minha pessoa.
220
Cherry Plum - propensão a ataques volta a aumentar, mas agora o processo é mais
suave; tendência à autopunição.
Transcorrer da terapia
Desde então, o estado do paciente permaneceu inalterado. Pequenas mudanças nas associa-
ções de florais, segundo o quadro de cada situação.
Sempre que necessário, o paciente recebe Rescue tanto em casa como no "Apoio à Vida".
Queixas
Atitudes e alterações negativas na natureza do paciente portador de várias deficiências.
Anamnese
Como resultado de lesões natais, o paciente sofre de múltiplas deficiências. Há uma com-
binação de perturbação motora central e hipertonia; deficiência mental e epilepsia com genera-
lizados ataques focais secundários. Incapaz de andar e de falar, mas compreende bem sua situação
e seu idioma. Embora se locomova em uma cadeira de rodas e esteja na total dependência dos
outros, ainda vive na casa dos pais e não em uma instituição especializada. Está bem integrado
ao ambiente.
No contexto de uma infecção, chegou a um status epilepticus que se prolongou por várias
horas. O atendimento emergencial, com remédios antiepilépticos, ocorreu fora de sua casa Desde
então o paciente ficou muito mais inquieto, héctico, impaciente e assustadiço, com uma tendência
a rir descontroladamente sem nenhum motivo, o que é embaraçoso para ele próprio e para seus
familiares. Além disso, sente-se esgotado e sonolento com muita rapidez.
Tratamento suplementar
Mylepsin® e Orfirl® 300 continuam a ser ministrados.
Transcorrer da terapia
Passadas três semanas, a mãe relata que o filho voltou a ser o mesmo de antes e parece até mais
equilibrado. Está mais forte, animado, comunicativo (no seu caso, isso significa que ele tenta fazer-se
compreender através de algumas sílabas) e mostra muito mais iniciativa e auto-suficiência
221
CASO 52: Medo após toxicodepenàência
Paciente de 26 anos, estudante, em processo de transferência
de escola dentro do programa projissionalizante
Queixas
O paciente sofre de fases depressivas, medo de rejeição depois de várias decepções, dese-
quilíbrio devido a esmagadoras imagens interiores.
Anamnese e estado de saúde
Tem dificuldade para encontrar um trabalho adequado onde possa se realizar. Desconfiado,
pois foi traído em seu último relacionamento afetivo. Depois do divórcio dos pais há dez anos,
começou a consumir drogas - primeiro maconha e depois álcool - até tornar-se dependente
delas. Interrompeu os estudos no colegial, começou um curso profissionalizante que logo aban-
donou. Aos 22 anos, conseguiu largar as drogas com ajuda de sedativos e psicoterapia. Perma-
necem os distúrbios acima mencionados.
DiagnóstU:o
Personalidade dominada pelo medo, após toxicodependência.
Terapia até o momento
Sessões psicoterapêuticas; ansiolíticos.
Tratamento suplementar
Fisioterapias orientais.
Transcorrer da terapia
No início de julho, o paciente se sente um pouco mais relaxado, mas ainda não há nenhuma
mudança digna de nota. .
222
Num caso de drogas na fanulia da namorada, ele presenciou mais uma vez - agora como
observador - as cenas que tão bem conhecia por experiência própria. Reagiu com choro, o que
nunca conseguira fazer quando vivia ele mesmo essa situação.
Os assustadores pesadelos em estado de vigília se reduziram bastante. O paciente está mais
próximo de sua vontade própria. Percebe que herdou da mãe o padrão Centaury, mas deixou de
culpá-Ia por isso.
Um aspecto que chama a atenção é o fanatismo com que ele agora exterioriza sua vontade.
Trabalha diligentemente sua própria individualidade e inunda tudo com sua energia, até ser de
repente desacelerado pelo cansaço natural.
Queixas
Manifestação ocasional de dores de cabeça, inquietação, náuseas e vômitos. Pressão alta,
sensação de peso na cabeça, sensação de congestão.
Anamnese
Os problemas acima foram identificados pela medicina interna ortodoxa. Desde 1982, tra-
tamento com Lanitop®, sem resultados satisfatórios.
Diagnóstico
Insuficiência cerebral, depressão senil.
Receita
Rescue como ajuda de emergência no início de cada novo ataque, pelo método do copo de
água.
Resultado
Depois de ingerir Rescue, o paciente teve a sensação de que "um caminho se abria". E então
dormiu por cerca de duas horas e viu-se totalmente livre de problemas.
223
Ministrando-se as gotas de Rescue assim que se manifestam os sintomas, a maioria dos
ataques puderam ser evitados.
I
Resultado a longo prazo
O paciente vem sendo tratado com Rescue, em situações semelhantes, já há quatro anos.
I
Os resultados têm sido sempre satisfatórios.
I
CASO 54: Paciente idosa e problemática em enfermaria (hospital suíço)
Paciente de 92 anos I
Queixas
Fraqueza devido à idade; problemas de irrigação sangüínea no cérebro, com confusão aguda. I
Situação
I
A paciente demonstra súbitas intenções suicidas; instalada no terceiro andar do hospital,
está sempre procurando aproximar-se furtivamente de uma janela aberta. Foi-lhe ministrado um
I
psicofármaco, ao qual ela reagiu de modo anormal; foi preciso substituí-Io por Tofranil®.
Resultado
I
A situação ficou ainda mais séria depois disso. Mania de perseguição, medo de ser enve-
nenada. A paciente achava que todos eram "ladrões e assassinos". Recusou todo tipo de alimento I
durante dois dias. Claudicava incessantemente pela enfermaria, aterrorizava-se diante dos "pre-
cipícios", gritava "Hilfio" e "Fürio" (palavras do dialeto suíço correspondentes ao alemão "Hilfe"
e "Feuer" - "Socorro!" e "Fogo!", respectivamente). Um pesado encargo para as enfermeiras I
e os outros pacientes. A incontinência tomou-se total.
I
Medidas terapêuticas
Rescue, cinco gotas quatro vezes ao dia; doses adicionais sempre que necessário.
I
Primeira dose
Quando a paciente abriu a boca para gritar "Hilfio", a enfermeira conseguiu fazê-Ia engolir I
uma colherada de mingau de arroz na qual pingara quatro gotas do concentrado Rescue, embora
ela se debatesse em desespero. Dez minutos depois, a paciente estava tranqüilamente sentada I
na cama, afagando a mão das enfermeiras que a rodeavam; tomou uma xícara de chá (ao qual
também se acrescentaram quatro gotas de Rescue) e disse que nunca bebera algo tão gostoso.
I
De 12 a 17 de novembro de 1987, a paciente foi medicada somente com Rescue. Depois:
Primeira associação de florais de Bach em 17/11/1987 I
(receitada com base no comportamento da paciente)
Rock Rose - sentimentos de pânico e terror
I
Star of Bethlehem - abalo emocional não-trabalhado
Cherry Plum - explosões temperamentais descontroladas
I
White Chestnut - pensamentos repetitivos.
Transcorrer da terapia I
A paciente reagiu bem a essa associação de florais. Agora ela recebe as gotas diretamente
sobre a língua - em geral, ela se mostra dócil quando as enfermeiras lhe pedem para abrir a I
boca e estender a língua.
Segunda associação de florais de Bach em 15/3/1988 I
(receitada com base no comportamento da paciente)
224
Mimulus - medos indeterminados
Walnut - insegurança na atual fase da vida
Star of Bethlehem - ver acima
Aspen .- fobias secretas.
(Acrescentou-se Rescue, em caráter temporário.)
Transcorrer da terapia
A paciente se agarrava à vida, não conseguia o desapego. Mostrava, com muita freqüência,
inquietação interior. Até quatro dias antes de sua morte, queria levantar-se para trabalhar e
procurar seus filhos.
A paciente tomou as essências florais com certa irresularidade - cada enfermeira as mi-
nistrava a seu modo. Nas crises cada vez mais freqüentes e nas súbitas idéias fixas que a assal-
tavam, acrescentava-se Rescue à associação floral.
Resultado
A cada dose dos florais, percebia-se um alívio no estado da paciente.
Tratamento supkmentar nesse período
Antes da aplicação do cateter intestinal, um suposit6rio de Valium® 10 mg e uma dose de
Rescue (na verdade, a aplicação tranqüila do cateter s6 era possível com a ajuda de Rescue; duas
doses de quatro gotas, duas horas antes).
Situação
Estado p6s-apoplético; paralisia do braço e da perna direitos; agitação, nervosismo. A pa-
ciente se controla, mas está totalmente insegura.
Receita
Uma única dose de dez gotas de Rescue.
Resultado
A paciente voltou a confiar em si mesma quanto a ficar de pé; coopera no atendimento;
está um pouco mais calma.
225
CASO 58: Agressividade senil
Paciente de 89 anos
Situação
Como a paciente não estava mais em condições de viver sozinha, precisou deixar sua própria
casa e mudar-se para um asilo de idosos. A mudança lhe foi tão penosa que seu estado geral de
saúde piorou muito. Pensou-se então em transferi-Ia para um hospital, o que a deprimiu ainda mais.
Receita
Walnut - mudança para uma nova situação.
Transcorrer da terapia
Em três semanas, a paciente mostrou uma melhora tão visível e se adaptou tão bem ao asilo
que ninguém mais pensa em transferi-Ia para um hospital. O contato com as outras pessoas se
desenvolve bem. No todo, a paciente está mais forte do que antes e até ajuda os outros (por
exemplo, a se dirigirem ao refeitório).
227
Anamnese e estado de saúde
Refugiada, vive na Alemanha há 25 anos, viúva há muito tempo. Há três anos não pode
mais viver sozinha, pois está confusa e sente medo.
Não deu certo sua tentativa de viver com a filha casada, pois as duas são incompatíveis.
Passou algum tempo em um lar para idosos, mas não se adaptou. O filho (que a trouxe ao meu
consultório) vive em outra cidade.
Durante a semana, há uma pessoa em casa para tomar conta dela, o filho geralmente vem
nos fins de semana e às vezes ela é levada para curtas temporadas na casa da filha.
Há anos, removeram uma parte de sua vesícula devido à hiperfunção. Está cega de um olho
(infecção virótica) desde 1975; má audição; de resto, organicamente saudável.
Medos (não consegue ficar nem meia hora sozinha; procura as coisas, não acha e pensa que
roubaram; medo da rejeição), agressividade e "teimosia" que tornam muito difícil cuidar dela.
Muito confusa, vive quase só no passado; tristeza.
Diagnóstico
Forte insegurança interior, vivendo em um ambiente que lhe parece predominantemente
hostil; apego ao sofrimento vivido no passado; a energia necessária para enfrentar as situações
do presente é dissipada em um mundo interior (o passado); atitude defensiva.
Diagnóstú:o
Proliferação verrucosa nas mãos.
Estado psíquico
O paciente parece pouco sofisticado; diz que gosta de tomar cerveja e contar piadas, mas
que também pode se tornar bastante agressivo.
Tratamento até o momento
Em 6/5/1991, receitou-se Caustikum LM 6, três gotas ao dia.
Na consulta de retorno, em 31/5/1991, as verrugas continuavam inalteradas.
Introduziu-se a Terapia Floral de Bach porque não se encontrou o "semelhante" homeopático
e, ao mesmo tempo, alguns traços característicos da personalidade estavam bem nítidos.
229
Observação
A doença já se manifestava há cerca de três anos quando se tentou o tratamento homeopático
- o fracasso da homeopatia neste caso, porém, deve-se principalmente à falta de cooperação
do paciente; o tratamento precisou basear-se apenas na condição localizada.
A Terapia Floral de Bach teve sucesso por causa de algumas frases soltas que, a muito
custo, consegui arrancar do paciente, e também por tudo aquilo que fui capaz de intuir a seu
respeito. Nessas circunstâncias, não se podia esperar êxito, tanto que o resultado da terapia foi
para mim uma grande surpresa.
Transcorrer da terapia
A paciente se interessou pelos florais e faz questão absoluta de tomar a associação que lhe
foi receitada; leva o frasco consigo a toda parte.
Segunda associação de florais de Bach em 11/5/1993
Repetiu-se a primeira associação de florais.
Transcorrer da terapia
Novos fios de cabelo já são visiveis no couro cabeludo.
Terceira associação de florais de Bach em 28/6/1993
Repetiu-se mais uma vez a primeira associação de florais, depois de testar se havia neces-
sidade de mudança.
Transcorrer e encerramento da terapia em 1n/1993
As áreas calvas se fecham perceptivelmente.
A mesma associação de florais é mantida.
Resultado
Outubro de 1993: cada vez melhor, a menina exibe agora uma farta cabeleira!
230
Queixas
Há meses, queda de cabelo em áreas circulares.
Anamnese e estado de saúde
Tratamento dermatológico sem sucesso (o dermatologista não sabe mais o que fazer com a
paciente).
No último ano, cinco mortes na fannlia (pai, sogro, avó, tia, sogra). A paciente se relacionava
muito bem com essas pessoas e as perdas lhe foram muito dolorosas. Ainda não trabalhou o
sentimento de pesar.
Seu marido teve uma breve ligação extraconjugal.
Diagnóstico
Alopecia areata.
Transcorrer da terapia
Nascem novos fios de cabelo nas áreas calvas. A paciente se sente mais tranqüila e fica
mais sossegada quando está junto da fannlia.
Queixas
Erupções cutâneas, problemas digestivos, flatulência.
Anamnese
Há cinco anos, manifestou-se uma erupção cutânea na parte posterior da coxa; há dois anos,
em toda a perna, principalmente no póplite; comichão intensa e, ao coçar, sangramento. Digestão
irregular, com flatulência. A paciente mora e trabalha na área urbana, embora prefira viver no
231
campo. Vive junto com o namorado há três anos, mas ainda está muito ligada aos pais e não se
desprendeu da mãe.
DiagnóstU:o
Eczema de contato.
Tratamento suplementar
Desintoxicação, sais de Schüssler, remédios para fígado e vesícula.
Transcorrer da terapia
Digestão um pouco melhor, menos flatulência. A pele não melhorou, ainda há intensa coceira
e ardume.
Está bem mais tranqüila. Porém, sente-se agora mais oprimida pela mãe. Não sabe o que
fazer, pede conselhos a todos.
Segunda associação de florais de Bach em 22/10/1992
Agrimony - ver acima
Centaury - não consegue se defender da mãe
Cerato - insegurança interior
Crab Apple - ver acima
Red Chestnut - ainda não se desprendeu da mãe, mas já não se preocupa tanto com
ela
Rock Water - ver acima
Scleranthus - ver acima
Wild Oat - vive em circunstâncias nas quais não se sente bem (odeia a vida na
cidade).
Transcorrer da terapia
A erupção cutânea apresentou melhora durante cerca de uma semana, mas depois houve
uma recaída. Procurou um clínico-geral, que fez uma biópsia: nenhum resultado, o eczema é de
tipo desconhecido.
A paciente tem uma chance de se mudar para a zona rural, mas ainda reluta - muitos
"quando" e "mas".
Seu relacionamento com a mãe melhorou, ela já não se sente tão dependente.
232
Wild Oat - objetivos pouco claros
Scleranthus - sente-se levada de um lado para o outro
Crab Apple - ver acima.
Transcorrer da terapia
Conseguiu finalmente decidir-se a mudar para o campo. Já durante a mudança, sua pele
apresenta sensível melhora. Pouca coceira, apenas um inchaço e pontinhos avermelhados. Ela
se sente bem, mas queria também abandonar o emprego na cidade - concentra-se agora na
realização desse objetivo.
Telefonema em 31/3/1993
Conseguiu emprego perto do local onde está morando. Sente-se bem morando no campo.
Não tem mais eczemas.
Os problemas digestivos só aparecem de vez em quando.
Telefonema em 9/4/1994
A paciente vai muito bem, não tem mais nenhum problema, exceto uma ocasional erup-
ção cutânea quando fica muito agitada. Mas não vê nisso um problema, e sim um sinal de
alerta.
Anamnese
A paciente usou um aparelho ortodôntico para o maxilar até um ano e meio atrás. O
posicionamento dos dentes se normalizou até certo ponto, mas permaneceram diversos dis-
túrbios funcionais na oclusão. Ao harmonizar-se a oclusão, houve melhora da capacidade
mastigatória e alívio das dores articulares; os ruídos articulares, porém, não foram elimina-
dos.
Seus pais se separaram quando ela tinha 16 anos; aos 17, saiu de casa. A entrevista revelou
um forte sentimento de ódio pelo pai, pois sentia que ele a abandonara. Havia, ao mesmo tempo,
uma total indecisão interior: ela queria ir estudar na França, mas ainda se sentia presa à mãe. O
resultado era um total retraimento.
Resultado
Encontrei-me rapidamente com ela antes de sua partida para a França. Os estalidos e as
dores no maxilar haviam desaparecido. Abertura da boca com movimentos normais. Fizera as
pazes com o pai, conseguindo entender o ponto de vista dele. Já tinha planos para as primeiras
férias: viajar duas semanas com o pai.
233
CASO 66: Complexos problemas de saúde causados pelos dentes
Paciente de 30 anos
Queixas
Sangramento das gengivas, crosta sobre a língua, ardume na língua, inflamação crônica das
fossas nasais, coriza persistente, dores de estômago, hipotonia, tonturas. Há cinco anos, dor
crônica na nuca e, pelo menos duas vezes por mês, ataques de enxaqueca.
Anamnese
A paciente veio pela primeira vez ao meu consultório em março de 1994. Queria que eu
examinasse suas obturações de amálgama para ver se seriam a causa de seus distúrbios crônicos.
Os sintomas clínicos, o teste Dimaval e o teste por eletroacupuntura confirmaram um nítido
problema de amálgama. Mas a paciente, naquele momento, não conseguiu se decidir pela remo-
ção do amálgama.
Em 12/8/1994, a paciente volta ao meu consultório com violentas dores de cabeça. Conta
que está, há seis semanas, com uma dor lancinante no lado esquerdo da cabeça. Sua face esquerda
parece amortecida. Outros sintomas: extrema hipotonia e tontura, dores de estômago e náuseas.
A dor de cabeça se agrava com luz solar, leitura e barulho; melhora com uma pressão externa
e silêncio. As terapias indicadas pelo neurologista não fizeram efeito. Os analgésicos receitados
agravaram o quadro clínico.
Terapia em 12/8/1994
Com base nos sintomas, receitou-se à paciente o remédio para casos agudos: Nux vornica
C 200.
Transcorrer da terapia
Já no dia seguinte, conta a paciente, houve uma melhora. A dor se atenuou um pouco,
transferindo-se da esquerda para a direita. Esse estado persistiu até 22/8/1994, quando houve
uma violenta recaída. A paciente conta que teve um colapso circulatório pela manhã. Parecia
que sua cabeça ia "explodir".
Primeira associação de florais de Bach em 22/8/1994
Gorse - desespero causado pela duração das dores de cabeça
Mustard - humor melancólico, típico da paciente
Cherry Plum - dificuldade para alcançar o relaxamento interior
Water Violet - retraimento; pressão na cabeça
Wild Dat - insatisfação profissional.
Transcorrer da terapia
Depois de dois dias, a pressão na cabeça se reduziu a um nível tolerável, seu ânimo melhorou
e a circulação se estabilizou. E foi então que ela teve outro colapso circulatório. Restou uma
dor de cabeça surda e persistente que se agrava com barulho e tensão.
No entanto, sob o efeito dessa associação de florais foi possível trocar todas as obturações
de amálgama e uma ponte com alto teor de paládio. Essas medidas técnicas foram concluídas
em 10/10/1994.
234
Scleranthus - deixa-se desequilibrar pela opinião dos outros
Water Violet - ver acima
Wild Dat - ver acima.
Transcorrer da terapia
A paciente vem ao meu consultório às 17 horas do dia seguinte. Segura o queixo com a
mão e diz que sente dores muito fortes no dente 36 (*). Esse dente está extremamente sensível
ao toque e não reage mais ao spray anestésico. Com anestesia local, o dente foi cirurgicamente
extraído no mesmo dia.
«*) primeiro molar inferior esquerdo)
Resultado
No dia seguinte, 12/10/1994, ela vem para o controle pós-operatório e conta, muito satisfeita,
que todas as dores desapareceram. Continua tomando a segunda associação de florais de Bach.
A paciente está totalmente livre da dor e começa a fazer um balanço construtivo de sua vida.
Observação
Este caso registra com clareza o efeito bloqueador que um dente desvitalizado pode exercer
sobre uma terapia de harmonização sutil. A primeira associação de florais de Bach "aparou" as
pontas agudas dos distúrbios crônicos e deu estabilidade ao organismo, permitindo assim a
remoção do metal.
A segunda associação deveria, em tese, agir sobre os problemas remanescentes; mas, à moda
de um remédio homeopático constitucional, "atacou" espontaneamente o principal fator do blo-
queio. Depois que o dente causador dos distúrbios foi extraído, outras associações de florais
puderam atuar plenamente.
235
Situação .
Na segunda consulta, para grande consternação da dentista, o menino rompe em pranto
desesperado quando chega ao consultório; resiste tenazmente às tentativas da mãe de fazê-Io
entrar na sala de espera Com fIrmeza, mas sem violência, a mãe consegue levá-Io. O pranto
está cada vez mais forte e há sinais de pânico.
Receita
A dentista lhe deu uma caneca com água na qual pingara algumas gotas de Rescue e lhe
perguntou de que tinha medo. O outro tratamento, disse ele, tinha "doído muito depois". Ela
mostrou grande compreensão e lhe explicou a razão da dor que sentira. Sugeriu que ele bebesse
um gole da "água de flor" para acabar com o medo.
Resultado
O menino pensou no assunto e, então, bebeu a água com os cinco florais de Bach para casos
de emergência. Permitiu que a dentista o instalasse na cadeira. Durante todo o tratamento, fIcou
atento, muito calmo, e recuperou sua jovialidade. Foi possível concluir o tratamento sem nenhum
incidente.
Queixas
A paciente sofre, já há um ano, de dores inexplicáveis que têm origem no sacro e se irradiam
para a face interna das coxas e para o osso pubiano, tomando-lhe quase impossível fazer qualquer
movimento com as pernas, principalmente levantá-Ias.
Anamnese e estado de saúde
Ela não respondeu à terapia medicamentosa feita até o momento e as duas semanas de
internamento para exames clínicos foram infrutíferas. Seu principal problema é o grande desgaste
físico causado pela sua profIssão e o fato de que ainda teria de suportar aquele emprego estres-
sante por mais cinco anos.
Não se solta interiormente, com medo de cometer um ato irracional. Esconde as situações
desagradáveis sob uma fachada de amabilidade. Acredita que não está à altura de suas res-
ponsabilidades. O resultado de tudo isso é um grande cansaço, com exaustão física e emo-
cional.
Diagnós!ú:o
Coccigodinia.
236
Transcorrer da terapia
Depois da segunda semana de ingestão dos florais de Bach, ressurgem subitamente os
problemas que já tinham melhorado; duas semanas mais de terapia e ela está livre de pro-
blemas.
Transcorrer da terapia
A fachada de alegria e despreocupação deu lugar à verdadeira harmonia interior.
Queixas
Isquialgia (ciática) com dores nas costas.
Anamnese
Nenhuma doença grave no histórico, cesariana em 1976, distúrbios do sono há várias se-
manas por causa da asma do marido.
Há um mês, isquialgia no lado esquerdo, com dores nas costas.
. A paciente se queixa do marido: ele não age de modo responsável em relação à asma, fuma
apesar dessa doença, não procura conselho médico e ainda por cima exige cuidados especiais,
muitas vezes no meio da noite. Ela se preocupa com o marido como se ele fosse uma criancinha.
Além disso, a paciente já estava exausta por ter cuidado da mãe doente no ano anterior. Está
cansada dessa situação, mas, por outro lado, sente muita preocupação pelo marido.
Estado de saúde
Sinal de Lasegue, esquerdo, positivo, 20 graus; com leve perda de sensibilidade na perna
esquerda, no ponto IA. .
Diagnóstico
Síndrome de isquialgia.
237
Red Chestnut - preocupação constante com o estado de saúde do marido
Water Violet - tendência a ruminar esses problemas a sós.
Transcorrer da terapia
A paciente conta que, depois de uma semana, se sentiu totalmente relaxada e com mais
alegria de viver; voltou à tricotar à noite, por exemplo, o que deixara de fazer há semanas.
Não houve primeiras reações.
6/2/1992: a paciente vai muito bem, sem problemas nas costas ou nas pernas. Voltou a
dormir bem.
30/3/1992: ela conta que, embora esteja tendo mais problemas com o marido, sente-se agora
mais capaz de manter o distanciamento interior.
238
em particular, a fim de ativar os pulmões; nas fossas nasais, em conexão com os sintomas de
rinite alérgica; e sobre a cicatriz da mastectomia (seio esquerdo). Através dessa terapia, conse-
guiu-se - do ponto de vista puramente físico - alívio temporário dos distúrbios.
A paciente, nesta fase inicial do tratamento hospitalar, estava fechada em si mesma, extre-
mamente introvertida, muito reservada Não conseguia - e não queria - falar sobre seus
problemas pessoais. Seu estado civil (viúva ou divorciada) continuava a ser um enigma para
nós. Ao que parece, ela vivia com a mãe, de mais de 80 anos de idade.
Transcorrer da terapia
No decorrer do último ano, a paciente não tivera um único sonho. Depois de ingerir esta
associação de florais de Bach, começou a ver imagens, sob a forma de visões ou devaneios, que
reproduzia imediatamente no papel. Essas imagens (reproduzidas no encarte - Quadro III) são
descritas a seguir:
O desenho I foi feito logo depois da entrevista. Ela comentou: "Quando desenhei, senti
raiva, estava furiosa." Sensações físicas, do choro à náusea. Bocejos profundos seguidos de
exaustão.
Esse desenho, ao nosso ver, parece combinar com Sweet Chestnut e Star o/ Bethlehem. Uma
feia cicatriz, um tumor cancerígeno. A cor vermelha de um ferimento, mas também a revelação
de espinhos negros que se projetam para fora, como os de um porco-espinho; sua própria atitude:
lutando fisicamente contra os distúrbios da asma, debatendo-se em busca de ar, muito gentil
com as pessoas à sua volta mas não permitindo que elas vejam o seu íntimo (Agrimony!).
O desenho 2 foi feito cerca de duas horas depois do primeiro. "A imagem se tornou ainda
mais ameaçadora. Mas, quando relaxei, eu a vi e senti de um modo diferente." Tem-se a im-
pressão de que aqui começa um desenvolvimento pessoal, limitado apenas pela região escura.
Os sofrimentos, as feridas, são entrevistos nas manchas avermelhadas.
I
O desenho 3, "ligado ao segundo". Diz a paciente: "Agora voltou aquele 'nó' na minha
garganta. Ainda não consigo soltar as lágrimas."
Nos dias que se seguiram, a paciente nos deixou ver mais alguns desenhos. Ela fala com r
mais desembaraço, com mais entusiasmo. Exteriormente, já não parece tão fechada em si mesma,
tão soturna.
I
As três imagens seguintes surgiram numa fase em que a paciente tentava mudar sua atitude I
para com a mãe.
Desenho 4: O novelo cinzento - por certo a mãe todo-poderosa. Abaixo, um novelinho
vermelho, ela própria (Larch, um floral a ser considerado para mais tarde). Durante o período
em que ficou internada na clínica, a paciente não se queixou de distúrbios respiratórios, o "nó
na garganta". Na verdade, ela apenas sorria amavelmente.
Neste desenho, ela própria surge sob a forma de um apertado novelo de dor. Um fio dessa I
bolinha de lã já se separou do "novelo-mãe". A paciente tenta se libertar.
239
Desenho 5: A tentativa de libertação já se tornou mais visível. O novelo vermelho (a pa-
ciente) tem uma cauda elegante. As dimensões ainda estão fora de proporção.
O sexto desenho mostra agora dois novelos de igual tamanho, ela em vermelho e a mãe em
cinza. As duas personalidades estão agora equilibradas, estáveis; a ligação entre elas parece mais
estruturada. As porções de depressão e dor são mostradas, em cada uma delas, com pesos dife-
rentes.
O sétimo desenho foi feito dezesseis dias depois do início da Terapia Floral de Bach. "À
noite, mais uma visão: do fogo nasce uma delicada flor de lótus." A paciente está agora visi-
velmente mais livre, liberada. Neste desenho já mais elaborado, tem-se a sugestão de um ama-
nhecer; os peixes (símbolo da vida e do alimento espiritual) e a flor de lótus mostram que" a
personalidade começa a desabrochar.
Desenho 8: A flor de lótus desenvolve estabilidade (cores terrosas). A paciente é capaz de
trabalhar para alcançar sua plenitude.
Neste ponto, encerra-se a terapia na clínica. A paciente volta para casa com uma receita de
florais de Bach.
(Também para sua mãe preparamos uma associação de florais de Baeh: Chícory, Red Chestnut,
Rock Water, Heather e Holly.)
Transcorrer da terapia
A paciente continuou a tomar regularmente os florais de Bach. Acrescentou aos medica-
mentos da mãe a associação de florais que lhe foi receitada, embora não de forma regular. A
mãe também leu alguns livros sobre os florais de Bach, alcançou um estado de maior tranqüi-
lidade e morreu em paz, dois meses mais tarde, depois de breve enfermidade.
Quanto à nossa paciente, está mais resistente, mais produtiva e conseguiu vencer uma in-
fecção gripal com muito mais facilidade do que antes. Os sentimentos de culpa em relação à
mãe, que voltaram a se manifestar foram tratados com o floral de Bach específico.
A paciente aprendeu a se relacionar melhor (Larch, Píne, Centaury) com o filho de 22 anos,
que ainda mora com ela e parece ser bastante arrogante. Ela quer continuar a tomar os florais
de Bach, tanto quanto seu trabalho lhe permitir.
Resultado
O primeiro passo foi dado. Com a ajuda dos florais de Bach, uma pessoa totalmente fechada
em si mesma, recolhida em sua concha, aprendeu a se abrir e a tomar parte na vida. A terapia
precisará ter continuidade. Espera-se que a paciente volte a internar-se na clínica no próximo
ano para prosseguir o tratamento.
240
Seus pensamentos, cheios de sentimentos de culpa, giram em torno dessas duas mulheres.
Decidiu ficar com a esposa, mas, no nível emocional, está em conflito e teme "fraquejar" se a
amante resolver pressioná-Io.
Está interiormente inquieto, insatisfeito com sua situação (também no nível profissional) e,
no todo, sente uma "frustração existencial".
Diagnóstko
Segundo Mayr, síndrome de enteropatia com lombociatalgia, cefaléia recidiva, tensão psi-
cossocial.
Terapia indicada
De início, para estabilização emocional, duas semanas unicamente com a Terapia Floral de
Bach; depois, a cura Mayr.
Transcorrer da terapia
Duas semanas depois da ingestão dos florais de Bach, melhora significativa: "O nó
emocional se desfez." O paciente está mais tranqüilo e equilibrado; tomou sua decisão, mas
ainda tem medo de fraquejar; fala demais e muito depressa, vendo sobretudo seus próprios
problemas; no nível profissional, está agora sobrecarregado porque quer fazer tudo com
perfeição.
241
Transcorrer da terapia
Melhora significativa na postura "pé-de-pato"; lordose de 1 dt; nenhuma dor causada por
pressão; a curvatura do fígado se reduziu cerca de 1-1/2 dt; redução de peso: seis quilos; a
convolução do intestino delgado, antes muito distendida, mostra um tônus melhor (massa do
intestino delgado antes do início do tratamento: Onos dois lados; depois do final do tratamento:
2 no lado direito e 1-1/2 no lado esquerdo).
Um mês e meio depois do tratamento, não se manifestaram mais dores de cabeça, pressão
nos olhos ou dores lombares. No nível físico, ele se sente esplendidamente bem e mostra uma
melhora decisiva no seu estado emocional.
Para maior segurança, ele pede uma terceira associação de florais que o ajude a fortalecer
a vontade, promover a estabilidade e lidar melhor com os sentimentos de culpa que ainda emer-
gem ocasionalmente em situações de estresse.
Terceira associação de florais de Bach
Centaury - ver acima
Scleranthus - ver acima
Pine - ver acima
Elm - ver acima
Honeysuckle - para concluir o passado.
Observação
Neste caso, o desejo de se desintoxicar foi uma expressão da vontade de "lavar" de si os
problemas. Uma cura F.-X.-Mayr sem o acompanhamento da Terapia Floral de Bach teria talvez
melhorado os problemas físicos e a situação energética do paciente, mas não levaria a uma
"purificação e reorganização tão abrangentes".
Por meio da Terapia Floral de Bach, o paciente também reduziu de modo significativo o
hábito de comer descontroladamente quando preocupado (que era uma expressão de sua inca-
pacidade de lidar com os conflitos).
242
Principais aspectos do caso, segundo o método F.-X.-Mayr
Postura "tocador de bombo"; abdômen extremamente dilatado; rigidez no estômago e no
cólon ascendente; ângulo epigástrico de 75°; fígado a 2 dt sob o arco das costelas; medidas do
abdômen: 4 dt nos dois lados; vermelhidão perianal.
(dt = dedo transversal)
Diagnóstú:o
Segundo Mayr, enteropatia, estado de esgotamento psicovegetativo com distúrbios do sono,
hipotonia arterial, enxaquecas recidivas.
Transcorrer da terapia
Ao cabo de três semanas, o humor se estabilizou e a paciente se sente emocionalmente
muito bem.
Ela começa a se interessar pelo estudo da Terapia Floral de Bach; se dá conta de que a
vide-branca (Clematis) sempre foi sua planta predileta. Tem sonhos muito vívidos e está mais
"presente" no dia-a-dia.
Continua tomando a primeira associação de florais.
Ao final da cura F.-X.-Mayr, a paciente está fisicamente livre de problemas (o ardume anal
já desaparecera ao cabo de quatro dias e durante as seis semanas do tratamento só se manifestou
uma única vez, por ocasião de uma evacuação "forçada" para eliminar todos os resíduos fecais).
Não sente mais necessidade de café e continua a tomar, uma vez por dia, as gotas à base
de ervas para a circulação; as enxaquecas desapareceram.
Último controle, em março de 1993
A paciente tomou com regularidade a associação de florais acima mencionada e nos relata
as grandes mudanças ocorridas em sua vida:
Vai deixar o hábito e trabalhar como supervisora em outra escola. De início, tinha muito
medo de assumir esse encargo, mas agora tem certeza de que se sairá bem.
Para essa nova e significativa fase de sua vida, receitou-se uma segunda associação de
florais, que será ingerida de acordo com suas necessidades.
243
Estado ao final da cura, segundo o método F.-X.-Mayr
Redução de peso: cerca de onze quilos; postura nitidamente melhor; sem flatulência; ângulo
epigástrico de 30°, fígado sob o arco das costelas; massa do abdômen: 1 1/2 no lado direito e 2 1/2
no lado esquerdo; melhora da posição do diafragma (da terceira costela, no início do tratamento,
para a quinta costela).
Observação
Os florais de Bach ajudaram a paciente a tomar parte ativa no processo de cura, pois, com
sua ingestão, fortaleceram-se sua atenção e capacidade de concentração; desse modo, apesar da
cura intensiva, não se manifestaram primeiras reações psíquicas negativas (nervosismo, depres-
são) e alcançou-se uma rápida melhora dos componentes mentais da exaustão.
Esta paciente hipersensível concluiu a rigorosa cura do "leite e pão" sem nenhuma dificul-
dade.
244
Para isso, no entanto, é essencial que o médico disponha de bons conhecimentos sobre cada
uma das essências florais de Bach e esteja treinado para conduzir a entrevista com o paciente
. de modo a perceber, cOpl rapidez e em sua totalidade, as principais áreas de conflito que existem
no paciente naquele momento. Pode-se dizer que, na entrevista, o terapeuta está continuamente
"traduzindo" para os florais de Bach correspondentes os conteúdos conflituosos apresentados
pelo paciente, anotando-os em sua folha de trabalho, e depois procurando esclarecer os pontos
obscuros através de perguntas adicionais. Nesse processo, naturalmente também desempenha
um papel importante a percepção dos sinais não-verbais "emitidos" pelo paciente e as atitudes
que ele exterioriza.
Durante a segunda sessão terapêutica, procuro alcançar a primeira receita de florais de Bach.
Todos os meus pacientes são instruídos a preencher de antemão o questionário (versão integral)
dos florais de Bach, registrando assim já de início, e sempre que possível, toda a problemática.
Nessa sessão, enfoca-se basicamente o estado psíquico do paciente naquele momento e sua
situação de vida. Também se leva em conta, na medida em que são perceptíveis, as características
típicas do paciente. O número de essências florais que serão receitadas não é preestabelecido;
dependerá da necessidade perceptível nos aspectos mais importantes. Notou-se que, em especial
nos casos complicados, e quando há problemas exercendo grande pressão no início do tratamento,
costuma ser necessário um número maior de diferentes essências florais associadas em um frasco.
Depois de uma semana, convida-se o paciente a voltar para conversar sobre o transcorrer
da terapia. De modo geral, depois desse período de tempo pode-se avaliar se a associação floral
escolhida foi adequada ou se parece incompleta. Este último caso é claramente perceptível quan-
qo certos estados de humor se exacerbaram - ou seja, quando o paciente está pior do que antes
em certas áreas. Na maioria dos casos, pode-se trabalhar com relativa facilidade os estados ainda
não alcançados pelas essências florais; busca-se no kit dos florais de Bach as essências que ainda
faltam à associação.
Outra entrevista se segue, em geral duas ou três semanas depois, dependendo da gravidade
do quadro clínico e do transcorrer da terapia até aquele momento. Além disso, o paciente sempre
pode pedir uma consulta intermediária, se houver agravamento dos problemas ou se surgirem
dúvidas. No transcorrer da terapia, os intervalo~ entre uma consulta e outra geralmente podem
ser mais longos. Também se, nota que, na maioria dos casos, o número de essências florais
associadas em um frasco vai sendo significativamente reduzido, de modo que, na parte final do
tratamento receita-se apenas as essências florais de Bach correspondentes às características mais
importantes e predominantes naquele momento.
A maior demanda de tempo é exigida pela escolha da primeira associação de florais - isto
é, o trabalho de visualizar o paciente como um todo em I,lm curto espaço de tempo. Para a
primeira receita, geralmente marco consultas de 20 a 40 minutos. Como as receitas seguintes
são relativamente mais fáceis, uma consulta de 10 a 20 minutos costuma ser suficiente, levan-
do-se em conta o importante papel desempenhado pela plena cooperação do paciente.
Uma outra abordagem seria a de receitar uma associação de florais de Bach já na primeira
entrevista, com base no quadro clínico do paciente e em suas respostas. Isso ocorre sobretudo
com aqueles pacientes nos quais estão claras as conexões primárias entre o estado emocional
e10u psíquico e o quadro clínico, mas que, devido à sua simplicidade, à sua idade ou à falta de
ressonância para com um método terapêutico psicossomático, tomam impossível realizar-se o
levantamento do caso. Como exemplo, entre outros: as pessoas de estrutura simples das áreas
rurais, os muito idosos e os portadores de deficiência mental.
Nesses casos, é claro, uma segunda consulta será necessária para que se possa perguntar ao
eventual acompanhante sobre peculiaridades no ser, nas atitudes e no humor do paciente, ou até
245
mesmo conversar com o próprio paciente, de algum modo que lhe seja apropriado e acessível,
sobre sua rotina diária, suas atividades e quaisquer preocupações que possam existir. Uma vez
que os atuais estados de ânimo sempre se refletem na vida cotidiana e podem ser percebidos
através de perguntas atentas e sensíveis, também se pode, desse modo, chegar a uma adequada
associação de florais de Bach e buscar o transcorrer positivo do tratamento.
Um último exemplo para ilustrar essa abordagem:
Paciente de 81 anos - há meio ano, uma gripe "negligenciada", da qual a paciente nunca
se recuperou. Desde então, tontura e dores de cabeça freqüentes. Há duas semanas, dores muito
fortes e freqüentes na região cardíaca e batimentos irregulares; está tomando um antiarrítrnico
e Nitrolingual'~\ sem resultados. Há anos, digitalização com Novodigal® uma vez ao dia.
Esta mulher teve uma vida dura. Sempre sonhou "que tudo ia melhorar", mas agora tem
um marido gravemente doente para cuidar, toma conta sozinha da casa e do jardim, acostumou-se
a trabalhar pesado. Não briga com ninguém e prefere ceder a lutar pelos seus direitos. Resolve
sozinha seus problemas, pois não quer ser um fardo para os outros. Mas sente-se interiormente
irritada e muitas vezes precisa reprimir a raiva. Neste momento ela também tem medo de estar
com algum problema cardíaco sério.
Estes detalhes foram levantados numa entrevista que durou cerca de vinte minutos. Com
base nessas informações, receitei sua primeira associação de florais de Bach: Holly, Mimulus,
Oak, ative, Water Violet, White Chestnut e Willow.
Para as dores na região cardíaca, receitei pílulas de Galgant (da Terapia Hildegard), que
muito depressa fizeram desaparecer o problema e agora são necessárias apenas de vez em quando.
Seis dias depois, a paciente contou que se sentia mais forte e que as dores de cabeça e a tontura
haviam desaparecido. Uma semana mais e os problemas cardíacos tiveram tal melhora que ela
pôs de lado o antiarrítmico; considerável melhora do estado geral de saúde e do humor. Acres-
centei Larch à sua associação floral devido a uma leve ansiedade, associada à sua falta de
autoconfiança.
O registro na ficha médica para a primeira consulta inclui um exame físico completo e um
eletrocardiograma.
Diagnóstico: distúrbios cardíacos funcionais com gênese psicossomática; suspeita de doença
coronária; estado de esgotamento.
Alíquotas: 60, 603 e 851, além do custo da coleta e exame de sangue, contagem de glóbulos
e exames de laboratório,
246
APÊNDICES
247
B. Modelo da carta informativa sobre a Terapia
Floral de Bach, para distribuição aos clientes
Caro(a) cliente,
Você sabe que existem conexões entre o corpo e a alma. Por trás de uma doença
física, muitas vezes há sentimentos negativos e bloqueios emocionais que você não
consegue identificar, tais como o medo, a amargura, o desânimo, a insegurança e
outros.
Através da Terapia Floral de Bach, e~ses bloqueios podem ser dissolvidos no nível
emocional, de modo natural e gradativo. Seu equilíbrio emocional é restabelecido. Ao
reencontrar a harmonia emocional, você será capaz de desenvolver mais livremente as
forças de autocura de seu corpo e tomá-Ias eficazes.
Já que o processo de autoconhecimento é estimulado pela Terapia Floral de Bach,
ela também é utilizada para manter a saúde emocional, prevenindo contra recaídas e
futuras doenças.
A Terapia Floral de Bach foi criada e desenvolvida há cerca de sessenta anos pelo
dr. Edward Bach, médico homeopata inglês.
As 38 essências florais de Bach são extratos aquosos das flores de trinta e oito
plantas e arbustos silvestres que têm conexão com certas estruturas emocionais huma-
nas. Essas flores crescem ainda hoje, em estado natural, nos mesmos locais da Inglaterra
escolhidos pelo dr. Bach.
Procedimentos práticos
Na consulta (favor marcar hora), serão escolhidos os florais de Bach indicados
para a sua situação e você receberá uma receita individual. As farmácias especiali-
zadas irão aviar o "frasco do preparado" - sua associação pessoal dos florais in-
dicados.
O tratamento de um estado crônico geralmente leva alguns meses. Para os estados
agudos, é suficiente a ingestão dos florais durante 4-8 semanas.
248
c. Modelos de receita
Receita de associação de florais de Bach ("frasco do preparado")
número 39 - Rescue
número 2 - Aspen
número ...
número 39 - Creme Rescue
249
D. Informações sobre o modo de usar os florais
de Bach, a serem distribuídas aos clientes
Você deve levar esta receita contendo sua associação de florais de Bach à farmácia
especializada de sua preferência, para ser aviada. Tome regularmente esses florais até sua
próxima consulta (geralmente, três ou quatro semanas depois).
Se você tiver mais sonhos nos três primeiros dias ou caso voltem a se manifestar sintomas
de doenças anteriores, encare-os de modo positivo. Isso mostra que o processo de purificação
emocional e física se pôs em marcha. E se surgirem dúvidas, não hesite em me telefonar.
Anote diariamente quaisquer reações interessantes, para podermos conversar sobre elas
na nossa próxima consulta. Procure ter sempre em mente as qualidades emocionais positivas
que você poderá alcançar eliminando os bloqueios emocionais negativos.
Quando necessário, você pode aumentar tanto o número de gotas como a freqüência das
doses, sem nenhum risco. Mantenha as gotas na boca por um momento, antes de enguli-las,
para obter um efeito total.
250 I
1
E. A Terapia Floral de Bach nos países
de língua alemã
Esses centros respondem a todas as perguntas relacionadas com Terapia Floral de Bach e
promovem palestras e seminários.
251
F. Material terapêutico disponível no Instituto para
Pesquisa e Ensino da Terapia Floral de Bach
• Questionário (teor integral)
25 páginas, DIN A5, encadernado, pacotes com cinco unidades - 152 perguntas para definir
a associação adequada dos florais de Bach.
252
G. Indicações bibliográficas para um estudo
mais profundo da Terapia Floral de Bach
Mechthild Scheffer: Bach-Blütentherapie, Theorie und Praxis
305 páginas, Munique: Hugendubel, 22a. edição, 1994 (Terapia Floral do Dr. Bach - Teoria e
Prática, publicado pela Editora Pensamento, São Paulo, 1991).
O livro básico sobre a Terapia Floral de Bach, com a mais completa descrição dos 38 conceitos florais
de Bach até hoje divulgada, e estímulos adicionais para a terapia. Já traduzido para o inglês, o francês,
o italiano, o holandês, o dinamarquês, o finlandês, o português, o espanhol, o polonês e o japonês.
Mechthild Scheffer/W.D. Storl: Die Seelenpfúznzen des Edward Bach Neue Einsichten in die Bach-Blü-
tentherapie 220 páginas, Munique: Hugendubel, 2a. edição, 1992. .
Manual ilustrado sobre as bases e conexões profundas da Terapia Floral de Bach, numa visão etno-
botânica e cultural-antropológica. Fotos coloridas, em tamanho grande, de todos os florais de Bach.
Nora Weeks I Victor Bullen: The Bach Flower Remedies. lllustrations and Preparation
C. W. Daniel, 1964 "38 Bach Original Blütenkonzentrate. Die speziellen Potenzierungsmethoden",
100 páginas, Neekarsulm: Jungjohann, 1991.
Descrição dos métodos de preparação das essências originais de Bach, com fotos coloridas das 38
flores.
253
H. Documentação de casos
Caso 1: Crise após a perda do cônjuge. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 164
Caso 2: Problemas estomacais depois de uma demissão ".. . . . . . . .. 165
Caso 3: Estabilização e desenvolvimento de uma paciente na crise
da meia-idade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 166
Caso 4: Enxaquecas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 168
Caso 5: Humor depressivo, medos e problemas estomacais depois de
uma úlcera duodenal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 170
Caso 6: Reação excessiva de medo depois de uma cirurgia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 171
Caso 7: Superação de medos através da assimilação do passado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. '172
Caso 8: Medo de acidentes de carro (Brasil). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 173
Caso 9: Pânico de doenças (Argentina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 174
Caso 10: Medo de exames escolares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 175
Caso 11: Pressão para produzir resultados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 176
Caso 12: Angina pectoris .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 177
Caso 13: Sintomas de paralisia com gênese obscura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 178
Caso 14: Infecção crônica e recidiva das vias urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 180
Caso 15: Bronquite asmática alérgica. . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . .. . . .. .. . . . . . . .. .. .. 182
Caso 16: Tinnitus (ruídos nos ouvidos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 183
Caso 17: Pós-tratamento do câncer. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 184
Caso 18: Globus hystericus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 185
Caso 19: O uso de Rescue em dez exemplos. . . . . . . .. . . .. .. . . .. .. .. . . . . .. .. . . . . .. 187
Caso 20: Florais de Bach e homeopatia em cinco exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 189
Caso 21: Choque emocional depois de um assalto à casa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 190
Caso 22: Distúrbios digestivos e circulatórios com a chegada do irmãozinho .. . . . . . . .. 191
Caso 23: Dores de cabeça recorrentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 191
Caso 24: Dificuldade para ler e escrever. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 192
Caso 25: Medo da,escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 192
Caso 26: Distúrbios causados por medo do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 193
Caso 27: Pesadelos. . . . . .. .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . .. .. . . . . . . . . .. .. . . . . .. 194
Caso 28: Distúrbios do sono com medo de monstros.. .. .. .. .. .. .. .. . . . . . . . . .. .. .. 194
Caso 29: Eczema pruriginoso causado por choque pré-natal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 195
Caso 30: Alergia a ácaros e a pêlos de gato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 195
Caso 31: Bronquite asmática de fundo alérgico ',' . . . . . . . .. 196
Caso 32: Urinar na cama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 197
Caso 33: Cistite crônica resistente à terapia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 198
Caso 34: Terapia familiar devido a infecções recidivas das crianças. . . . . . . . . . . . . . . . .. 199
Caso 35: Comportamento acintoso no lar-escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. 200
Caso 36: Infecção crônica e recidiva por Candida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 201
Caso 37: Corrimento vaginal crônico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 202
Caso 38: Dificuldades psíquicas no climatério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 203
Caso 39: Distúrbios do climatério (Brasil). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 205
Caso 40: Espasmos abdominais durante a gravidez. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 206
Caso 41: Contrações uterinas prematuras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 207
Caso 42: Toxemia gravídica séria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 208
254
Caso 43: Enjôo matinal na gravidez. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. 209
Caso 44: Medo neurótico. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. 210
Caso 45: Enurese noturna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 212
Caso 46: Psicose esquizo-afetiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 214
Caso 47: "Fenômeno de reencarnação" (Brasil) ......... . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 216
Caso 48: Tratamento de uma crise depressiva no contexto de uma psicose
maníaco-depressiva unipolar existente há duas décadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 216
Caso 49: Tratamento de uma deficiente mental 217
Caso 50: Autismo com ataques epilépticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 219
Caso 51: Alterações na natureza de um paciente deficiente,
depois de um status epilepticus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 221
Caso 52: Medo após toxicodependência : '. . .. 222
Caso 53: Crise hipertônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 223
Caso 54: Paciente idosa e problemática em enfermaria (hospital suíço) . . . . . . . . . . . . . .. 224
Caso 55: Alívio de uma paciente na enfermaria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 225
Caso 56: Confusão senil com agressividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 225
Caso 57: Experiências de uma enfermeira particular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 226
Caso 58: Agressividade senil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 227
Caso 59: Remoção para um asilo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 227
Caso 60: Teimosia senil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 227
Caso 61: Verrugas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 229
Caso 62: Alopecia areata (l). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 230
Caso 63: Alopecia areata (2). . . . . . . . .. . . . . . . .. .. .. .. . . . . . . . . .. .. . . .. . . .. . . . . .. 230
Caso 64: Neurodermatite. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 231
Caso 65: Os florais de Bach no contexto de um tratamento ortodôntico do maxilar. . . .. 233
Caso 66: Complexos problemas de saúde causados pelos dentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 234
Caso 67: Reação à anestesia local. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 235
Caso 68: Medo infantil do dentista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 235
Caso 69: Coccigodinia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 236
Caso 70: Síndrome de isquialgia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 237
Caso 71: Paciente na clínica de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 238
Caso 72: Os florais de Bache a cura F.-X.-Mayr (1). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 240
Caso 73: Os florais de Bach e a cura F.-X.-Mayr (2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 242
Caso 74: Um relato: A Terapia Floral de Bach na medicina previdencial. . . . . . . . . . . . .. 244
255
Posfácio
256
sem favorecer já de antemão a medicina alopática devido aos seus métodos de prova; uma
pesquisa, enfim, que não tenha em vista apenas a repetição infindável das mesmas pesquisas
básicas altamente especializadas (como o desenvolvimento de técnicas operatórias cada vez mais
complexas, por exemplo), mas que se dedique, em última análise, à prevenção da saúde com o
objetivo, perfeitamente alcançável, de fazer com que o repertório alopático da medicina ortodoxa
só seja usado em casos excepcionais.
Em terceiro lugar, apelo a todos os colegas da área médica ativamente interessados em tudo
o que diz respeito à sua própria saúde para que investiguem os métodos chamados "alternativos",
bem como os métodos naturopáticos e, sobretudo, a Terapia Floral de Bach, segundo todas as
regras científicas sérias e sem preconceitos, e, se possível, também testando-os em si mesmos.
Em quarto lugar, apelo aos editores das publicações científicas para que não abram espaço
em suas páginas a resultados de pesquisas comprometidas e a críticas infundadas dos princípios
subjacentes às terapias ditas "alternativas" ...
Em quinto lugar, apelo aos médicos sensíveis, de mente aberta e em busca de conhecimento,
bem como aos curadores, para que não se deixem desanimar de modo algum pela ainda persistente
inexistência de reconhecimento oficial, pois nem sempre se pode esperar de quem jurou pela
alopatia a imparcialidade e isenção de espírito necessárias para examinar, testar, adotar e apoiar
abertamente uma terapia séria, cujos efeitos serão prejudiciais ao seu próprio ganha-pão, uma
vez que os pacientes se emancipam, recorrem menos ao médico e percebem que os gastos são
geralmente bem menores.
Em último lugar, mas da maior importância, apelo a cada pessoa para que dê a si mesma
o direito de fazer experiências independentes, interpretá-Ias e ser responsável por elas; o direito
de se interessar por uma noção de saúde que integre o físico, o emocional e o espiritual; e
também o direito de opinar sobre o desenvolvimento de sua própria saúde e personalidade,
mesmo não sendo "do ramo" e se mostrando incapaz de refutar de modo satisfatório as teses
que contradizem suas próprias descobertas.
Por quê? Ora, a história das ciências - e não menos a da medicina - contém tantos
(des)acertos fantásticos, associados a cada época e a cada cultura, que bem pode ser responsa-
bilizada pela deformação da capacidade coletiva da sociedade de lembrar, não só a responsabi-
lidade do paciente por si mesmo, como também, em última análise, o discernimento e o interesse
de cada um pela sua própria saúde.
E eis outro ponto em que devemos pensar: nos próximos anos poderá abater-se sobre nós
uma onda esotérica, em cujo turbilhão se encontrará quase toda a charlatanice acientífica que o
passado e o presente têm a oferecer - uma imensa comercialização -, mas também uma imensa
quantidade de tudo aquilo que esse esoterismo pode promover para dar uma forma mais produtiva
à ciência futura e à existência humana ... bem, se nos sobrar tempo para isso.
Aqueles que se aproveitam das atuais tendências suicidas da nossa sociedade continuarão
a se manifestar, com uma expressão preocupada, através dos meios de comunicação: entre eles,
infelizmente, também os colegas das ciências exatas, da medicina ortodoxa e da indústria da
saúde, da qual só na Alemanha participam cerca de um milhão e meio de pessoas.
Quem, por outro lado, tem interesse pessoal em que cada um de nós possa alcançar todas
as suas possibilidades? Analisemos, portanto, com mais agudez do que fizemos até agora, os
interesses e as motivações particulares de quem usa esses argumentos ...
E além de todos os apelos, eu pergunto: o que pode cada um de nós fazer de concreto? Em
favor de um exame mais qualificado e de um debate mais amplo e aberto sobre a Terapia Floral
de Bach, eu gostaria ao menos de poder pôr um fim nesse falso pudor das pessoas que tomam
257
as essências florais mas têm vergonha de confessá-Ia, assim como escondem o uso de outros
úteis remédios naturais - ah, quantas histórias os farmacêuticos não poderiam contar?!
Diante dos outros, essas pessoas falam das essências florais de Bach como se fossem simples
"flores", embora eles os tenham ajudado a viver sua vida de um modo mais digno de ser vivida;
ou então permitem que os outros imponham falsos padrões de interpretação para a ação tera-
pêutica dos florais de Bach, como, por exemplo, associar a qualidade da argumentação (infe-
rências científicas, legitimação filosófica, etc.) ao efeito verificável do remédio.
Devemos sublinhar um aspecto importante quando se estuda a pessoa, a obra e as descobertas
de Edward Bach: uma coisa são as essências florais em si e seus efeitos observáveis, e outra
coisa, muito diferente, são as interpretações, etc., que podem ser fascinantes, irritantes, provo-
cantes e, talvez, até mesmo construtivas ...
As chances de sobrevivência da nossa espécie talvez dependam do modo como vamos lidar
com as essências florais de Bach e inúmeras outras terapias, práticas, métodos e idéias alterna-
tivas.
Todos nós sabemos que num futuro não muito distante, estaremos exterminando a vida
neste planeta se não revertermos várias das atuais tendências de desenvolvimento e começarmos
a dar atenção às idéias que ainda hoje são descartadas por quase todo o establishment como
ameaças ao poder e ao lucro.
Hoje, quando como nunca antes na história humana as conseqüências negativas da igno-
rância afetam a todos nós, aumentam nossas oportunidades de discernimento: os anos restantes
deste século devem não só conduzir à eclosão de novos conceitos alimentares, abordagens mé-
dicas mais alternativas e uma filosofia tanto global quanto individual, mas também serão anos
de imenso desenvolvimento da saúde e da personalidade através da Terapia Floral de Edward
Bach.
Este livro é um passo importante.
258
SINTOMAS NO ESTADO BLOQUEADO
I.AGRIMONY
Pensamentos dolorosos e inquietação interior por trás de uma fachada de alegria e despreo-
cupação.
2.ASPEN
Temores vagos e inexplicáveis; pressentimentos; medos secretos.
3.BEECH
Atitude excessivamente crítica e intolerante; pouca compaixão e capacidade de compreensão.
4.CENTAURY
Fraqueza de vontade; incapaz de dizer "não"; reação excessiva aos desejos dos outros.
5.CERATO
Tem pouca confiança na própria opinião; constantemente pede conselho aos outros.
6. CHERRY PLUM
Acha difícil o desapego interior; medo de "irracionalidades" emocionais; explosões tempe-
ramentais descontroladas.
7. CHESTNUT BUD
Tem sempre os mesmos problemas porque não elabora as experiências e nada aprende com elas.
8.cmCORY
Personalidade possessiva, que interfere demais e pensa que pode manipular os outros.
9.CLEMATIS
Vive com os pensamentos em outro lugar; pouca atenção pelo que acontece à sua volta;
devaneios.
11. ELM
Sentimento de inadequação para suas tarefas ou responsabilidades. Os "sais aromáticos" psi-
cológicos.
259
12. GENTIAN
Pessoa cética e pessimista; tem dúvidas; se desencoraja com facilidade.
13. GORSE
Não tem esperança, resignou-se. Sentimentos do tipo "não adianta mesmo".
14. HEATHER
Pessoa absorta em si mesma, totalmente voltada para si mesma; precisa de público; a "crian-
cinha carente".
15. HOLLY
Pessoa emocionalmente irritada. Ciúme, suspeita, temperamento violento, sentimentos de ódio
e inveja.
16. HONEYSUCKLE
Saudade do passado. Sentimentos de pesar. Ou: pessoa que se recusa inconscientemente a
"trabalhar" certos acontecimentos.
17. HORNBEAM
Cansaço mental. Acredita que está fraca demais para lidar com as responsabilidades do dia-
a-dia, embora consiga cumpri-Ias. Sensação da "segunda-feira de manhã".
18.IMPATIENS
Pessoa impaciente, facilmente irritável, tem reações exageradas.
19. LARCH
Sentimentos de inferioridade. Expectativa de fracasso por falta de confiança em si mesma.
20.MIMULUS
Pessoa tímida, inibida, apreensiva, reservada; tem muitos pequenos temores.
21. MUSTARD
Períodos de profunda melancolia que surgem e desaparecem sem uma causa conhecida.
22.0AK
A pessoa se sente como um guerreiro exausto e deprimido que precisa continuar a lutar sem
nunca desistir.
23. OUVE
A pessoa se sente física e emocionalmente exausta e esgotada "Tudo é demais!"
24. PINE
Autocensura, sentimentos de culpa. Tem uma percepção sombria da vida.
260
26. ROCK ROSE
Sentimentos de terror e pânico. Estados agudos de medo depois de experiências ameaçadoras
(p. ex., caso de estupro).
28. SCLERANTHUS
Pessoa indecisa, volúvel, interiormente instável. Opiniões e estados de ânimo mudam de um
momento para o outro.
31. VERVAIN
Na ânsia de apoiar uma boa causa, gasta todas as suas energias; pessoa excitável e até fanática.
32. VINE
Quer impor sua vontade. Pessoa ambiciosa e dominadora; o "pequeno tirano".
33. WALNUT
Deixa-se influenciar; suscetível e inconstante nas fases decisivas de novos começos na vida.
O floral "da ruptura".
38. WILLOW
Pessoa amarga, ressentida; considera-se vítima do destino.
261
Leia também
EXPERIÊNCIAS COM A
TERAPIA fLORAL DO
DQ. BACII
Com um Questionário para Diagnóstico
Mechthild Scheffer
EDITORA PENSAMENTO
MANUAL ILUSfRADO DOS
ReMÉDIOS FWRAI8
DO DR.BACH
Philip M. Chancellor
"A maior contribuição que podemos dar aos outros é sermos, nÓs mesmos,
felizes e esperançosos; assim poderemos tirá-Ios do seu desalento.
"A ação desses remédios é a elevação de nossas vibrações, a abertura de nossos
canais para o Eu Espiritual, inundando nossa natureza com a virtude particular de
que necessita!Tlos e removendo de nós a imperfeição que nos está causando danos.
Tal como uma bela música ou qualquer elemento glorioso de enaltecimento que
nos proporciona inspiração, eles têm a propriedade de digniücar a nossa natureza,
levando-nos a uma proximidade maior com nossas almas, trazendo-nos, assim, a
paz e aliviando nossos sofrimentos. Eles curam, não combatendo a doença, mas inun·
dando nosso corpo com as sublimes vibrações de nossa Natureza Superior, em cuja
presença a enfermidade se dissolve como a neve à luz do sol.
"Não existe cura autêntica, a menos que haja uma mudança de perspectiva,
serenidade mental e felicidade interior."
Edward Bach
EDITORA PENSAMENTO
Os Remédios. florais
do Dr. Bach
Dr. EDWARD BACH
EDITORA PENSAMENTO
Os Remédios florais
do Dr. Bach
Passo a Passo
Guia Completo para Prescrições
]UDY HOWARD
EDITORA PENSAMENTO
I
Mechthild Scheffer I
I
A doença tem sempre origem na
mente; sentimentos que durante muito
I
tempo ficaram reprimidos emergirão pri-
meiro como conflitos mentais e mais tarde
como doenças físicas. I
O dr. Edward Bach, médico inglês que
clinicou na medicina ortodoxa durante I
muitos anos, descobn'u esse fato depois de
anos de estudo e pesquisa que culminaram I
com a descoberta dos seus 38 remédios flo-
rais, básicos na sua terapia. Esses remédios
I
atuam sobre a desarmonia profunda que
afeta o paciente e, ao fazê-Io, preparam
o caminho para uma pronta recuperação dos sintomas físicos. I
Terapia Floral do Dr. Bach - Teoria e Prática é o primeiro livro
sobre florais de Bach que leva em consideração os aspectos espirituais e I
psicológicos na aplicação das essências. Sua autora, com muita sensibi-
lidade. e talento, descreve os remédios florais de uma maneira que leva o I
leitor a uma compreensão mais profunda do conceito psicológico subja-
cente ao remédio, realçando, portanto, o seu potencial de autocura. I
O modo como o livro foi organizado, explicando a função de cada
essência e os casos em que são mais indicadas, torna a terapia floral do
I
dr. Bach acessível a leigos e profissionais, atendendo assim à intenção
original de seu criador.
Mechthild Scheffer é a representante do Centro Bach da Inglaterra I
na Alemanha, Áustria e Suíça.
EDITORA PENSAMENTO
UmGuia para os
Remédios florais
do Dr. Bach
]ULIAN BARNARD
EDITORA PENSAMENTO
Outras obras de interesse: MATÉRIA MÉDICA E TERAPIA
FLORAL DO DR. BACH
Dr. Eduardo Lambert
FLORAIS DE BACH - Uma
Visão Mitológica, Etimológica EST ADOS AFETIVOS E OS
e Arquetipica REMÉDIOS FLORAIS DO
Henrique Vieira Filho DR. BACH
Dr. Eduardo Lambert
UM GUIA PARA OS REMÉDIOS
FLORAIS DO DR. BACH MANUAL ILUSTRADO DOS
Julian Barnard REMÉDIOS FLORAIS DO
DR. BACH
TERAPIA FLORAL DO DR. Philip M Chaneellor
BACH - Teoria e Prática
Meehthild Sehe.ffer DICIONÁRIO DOS REMÉDIOS
FLORAIS DO DR. BACH
EXPERIÊNCIAS COM A T. W. Hyne Jones
TERAPIA FLORAL DO
DR. BACH ASTROLOGIA E OS REMÉDIOS
Meehthild Sehe.ffer FLORAIS DO DR. BACH
Peter Damian
REPERTÓRIO DOS REMÉDIOS
FLORAIS DO DR. BACH PLANT AS QUE AJUDAM O
F. J. Wheeler HOMEM
Dr. José Caribé e Dr. José
REMÉDIOS FLORAIS DO DR. Maria Campos
BACH PASSO A PASSO
JudyHoward A MAGIA DAS PLANTAS
Mellie Uyldert
OS REMÉDIOS FLORAIS DO
DR. BACH - Incluindo Cura-Te G{)IA COMPLETO DE
a Ti Mesmo e os Doze Remédios AROMATERAPIA
Dr. Edward Baeh Erieh Keller