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CAPÍTULO V

CONTRAPONTO MISTO

Esta classe de contraponto se obtém combinando o C. F. com outras duas partes, cada uma
delas pertencentes a uma espécie distinta.
A reunião de espécies assim constituída origina as seguintes combinações;

I – C. F. combinado com a segunda e terceira espécies (C. F., mínimas e semínimas).


II – C. F. “ “ “ “ “ quarta “ (C. F., mínimas e sincopes).
III – C. F. “ “ “ terceira “ “ “ (C. F., semínimas e síncopes).

REGRAS GERAIS PARA AS TRÊS COMBINAÇÕES

Cada parte considerada separadamente deve estar de acordo com as regras próprias da espécie a que
pertence. Porém, com esta classe de contraponto permite fazer com certa freqüência dois acordes
por compasso, cabe assinalar que todo erro de 5as. o de 8as. desaparece quando essas estão
separadas por uma mudança de acorde.

Exemplo 1: 5as e 8as salvas por mudança de acorde.

Primeira combinação

Segunda Combinação Terceira Combinação

Em casos difíceis podem tolerar-se, alguma vez, as 5as. e 8as. separadas por uma mudança de
posição o disposição do acorde, sempre que houver entre elas pelo menos um compasso inteiro de
separação.
Exemplo 2:
REGRAS ESPECIAIS PARA CADA COMBINAÇÃO

PRIMEIRA COMBINAÇÃO

Misto de 2a e 3a espécies com o C. F.

Este contraponto se compõe de uma voz que faz o C. F. e as outras duas que lhe contrapõem
simultaneamente uma segunda e terceira espécie.
Exemplo 3:

Como se vê pelos exemplos que acabamos de indicar, cada parte com relação ao C. F.
está de acordo com as regras próprias da espécie a que pertence, do que resulta que as primeiras
notas de cada compasso devem achar-se em consonância.
No que diz respeito à terceira semínima simultaneamente com a segunda mínima elas
podem encontrar-se em consonância como nos exemplos a), b) e c) ou em dissonância como no
exemplo d); este último pode dar lugar a inumeráveis casos de encontros dissonantes ocasionados
pela presença de notas estranhas ao acorde. Tais encontros dissonantes podem produzir-se por
movimento contrário ou direto, e por graus conjuntos em ambas as partes ou em só uma, o qual em
certos casos dá origem a duas dissonâncias consecutivas.

Encontros dissonantes por movimento contrário – Os encontros desta classe se permitem


em primeiro lugar quando ambas partes procedem por graus conjuntos.

Exemplo 4:
Também podem ser permitidos, caso as semínimas procedam por graus conjuntos e as
mínimas saltam.
Exemplo 5:

O caso contrário, ou seja, quando as semínimas saltam e as mínimas procedem por graus
conjuntos, é permitido, sempre que a terceira semínima volte por movimento de arpejo sobre a
primeira:
Exemplo 6:

Encontros dissonantes por movimento direto – Se permitem em primeiro lugar, quando


as duas notas que formam o encontro dissonante são de passagem. Exemplo:
Exemplo 7

Também podem ser produzidos precedidos por uma bordadura, o que faz com duas 7as. ou
as,
duas 9 sejam facilmente aceitáveis.
Exemplo 8:

Este caso pode dar lugar a que as semínimas saltem a uma nota do acorde depois do
encontro dissonante e as mínimas procedam por graus conjuntos.
Exemplo 9:

Em geral podem ser aceitos estes encontros dissonantes por movimento direto,
também quando as mínimas procedam por salto e a terceira semínima tem caráter de
apogiatura (precedida de grau conjunto). Contudo, neste caso se evitará que uma 7 a ou 9a se
dirija até a 8a .1
Exemplo 10

Este caso deve ser tratado com reserva (alguns autores o proíbem) sempre que uma
nota estranha à harmonia coincida com uma mudança de acorde. Exemplos:

Encontros dissonantes de segunda. – Estes encontros devem ser evitados toda vez
em que a segunda se dirija ao uníssono ou também quando é produzida num cruzamento de
partes precedida por outra segunda.

1
A quatro partes este caso pode ser empregado, pois a quarta voz atenuará a dureza da passagem.
RESUMO GERAL SOBRE O EMPREGO DOS ENCONTRSO DISSONANTES. – Permitem-se :
(em geral).

a) Quando ambas partes procedem por graus conjuntos


1. Por movimento contrário. b) Quando as semínimas procedem por graus conjunto
c) Quando as mínimas procedem por graus conjuntos e
sempre que a terceira semínima volte por arpejo sobre a
primeira.

a) Quando as notas que formam o encontro são ambas


notas de passagem.

II. Por movimento direto b) Quando o encontro vem precedido por bordadura

c) Quando a terceira semínima tem caráter de apogiatura


e sempre não coincida com uma mudança de acorde.

III. Em nenhum caso se permite regularmente o encontro dissonante constituído por uma 2 a que vá
ao uníssono.
SEGUNDA COMBINAÇÃO

Misto de 2a e 4a espécies com o C. F.

Este contraponto se compõe de uma voz que faz o C. F. e as outras duas que lhe
contrapõem simultaneamente uma segunda e quarta espécie.
Podem apresentar-se dois casos: 1o onde a síncope seja consonante e o 2o o qual a
dita síncope seja dissonante (o que ocorre com certa freqüência).

Exemplo 1:

Quando a síncope é dissonante podem também ter lugar dois casos: qual seja a de
uma dissonância comum de 2a, 4a, 7a ou 9a, tal qual são empregadas na quarta espécie
(simples), ou quando se trate de uma dissonância de conjunto [grifo do tradutor]
proveniente de um acorde de sétima.

Exemplo 2:

Como se acaba de ver, os acordes de sétima podem ser empregados com grande
eficácia tanto no estado fundamental como em sua primeira (6) o terceira inversão (2),
sempre que a sétima esteja devidamente preparada e resolvida. Alguns exmplos:
Exemplo 3:

Resoluções inesperadas. – Com freqüência sucede que as síncopes dissonantes


efetuam sua resolução sobre outro acorde que não seja o previsto, o que se conhece com o
nome de resolução inesperada.2
2
Nota do tradutor: Trata-se, na verdade, de uma resolução da sétima simultânea a um movimento na voz que
realiza a segunda espécie, que provoca uma mudança de harmonia. Não se deve confundir com a resolução
Exemplo 4:

Também poderia ser considerada como inesperada (ainda quando não o seja, pois
não há mudança de harmonia) uma resolução sobre outra nota do acorde correspondente.

Exemplo 5:

Contudo, nestes casos, deverá se ter cuidado de não produzir conjuntamente com a
resolução da dissonância uma oitava direta.

Exemplo 6
Incorreto

Dever evitar-se mesmo assim que uma dissonância de 9a resulte preparada pela 8ª 3
Exemplo 7:

excepcional, característica da harmonia e do contraponto (harmônico) cromático, quando as dissonâncias não


resolvem segundo as regras mais básicas do contraponto clássico e diatônico.
3
Nota do tradutor: O erro aqui estaria nas oitavas paralelas implícitas (ré2-ré4/dó2-dó4) no movimento da
quarta e da segunda espécies. No entanto, as oitavas de fato não ocorrem, o que permite considerar este tipo
de resolução plenamente aceitável, inclusive por sua presença na literatura vocal dos séculos XVI em diante.
O emprego de dissonâncias de passagem ou bordaduras na segunda mínima [na
segunda espécie] acontece freqüentemente, quando se quer obter um movimento conjunto
na segunda espécie, o qual seria impossível empregando unicamente consonâncias; porém,
neste caso, em geral, é conveniente usar o movimento contrário quando a síncope é
dissonante.

Exemplo 8:4

4
Nota do Autor: Apresentamos estes exemplos em forma de final para sua melhor compreensão, mas o caso
pode produzir-se também no transcurso do exercício.
TERCEIRA COMBINAÇÃO

Misto de 3a e 4a espécies com o C. F.

Este contraponto se compõe de uma voz que faz o C. F. e as outras duas que lhe
contrapõem simultaneamente uma terceira e uma quarta espécie.

Nesta combinação pode admitir-se alguma tolerância no que se refere às 5as e 8as
[seguidas] entre a terceira espécie (semínimas) e o C. F., de modo que os erros desta
natureza podem ser tolerados quando as 5as ou 8as estão separadas por duas ou três
semínimas, sempre que a segunda 5a ou 8a não caia sobre a primeira nota do compasso;
porém como foi visto anteriormente, se houver uma mudança de acorde as ditas quintas ou
oitavas são permitidas, mesmo quando a segunda recaia sobre a primeira nota do compasso.
Exemplo 1:

Encontros dissonantes – Esses encontros podem ter lugar entre a terceira semínima
e a segunda mínima, devendo ser tratados de acordo com as regras já indicadas na primeira
combinação.
Exemplo 2:
Do mesmo modo que na combinação anterior pode ser empregado o acorde de 7 a, sempre
que a dita sétima encontre-se devidamente preparada e resolvida.
Exemplo 3:

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