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Montagem de PCs
Hora de comprar as peças e montar o PC!
Você já sabe as peças necessárias à montagem de um PC. A configuração
escolhida dependerá da aplicação que terá o computador. Aqui vão algumas
dicas importantes.
Dificuldades mecânicas
Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existem
pequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramos
gabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre,
respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa de
CPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetes
não resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dos
montadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. De
qualquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos uma
apresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagem
ainda mais fácil.
As etapas da montagem
Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:
6) CMOS Setup
Aqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e várias
opções de funcionamento do hardware.
8) Ajustes finais
Esta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar se
tudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação do
sistema operacional.
Os fabricantes avisam
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-5
Todos os chips, placas e discos rígidos possuem avisos dos seus fabricantes,
alertando sobre os perigos da eletricidade estática. Todos os fabricantes, sem
exceção, dão este aviso. Infelizmente 99% dos vendedores e usuários, além
da maioria dos técnicos, ignoram sumariamente esses avisos. A vida de um
componente eletrônico começa na fábrica com todos os cuidados, de onde
sai protegido por embalagens anti-estáticas. A seguir sofre inúmeras
descargas durante a venda e instalação, e se não tiver sorte, termina com
falhas catastróficas ou latentes, além de sofrer reclamações de usuários
devido a travamentos. Quem está errado? O fabricante? Ou aqueles que não
tomam cuidado? O usuário precisa conhecer os perigos da eletricidade
estática e cobrar aos técnicos e vendedores para que tenham cuidado.
Simplesmente não deveriam comprar em lojas nas quais os vendedores
ignoram a eletricidade estática. Cabe a você, um futuro produtor de PCs,
tomar os devidos cuidados com a eletricidade estática.
Figura 11.1
Etiquetas com advertências sobre a eletricidade
estática.
Figura 11.2
Pulseira anti-estática e sua utilização.
Figura 11.3
Descarregando a eletricidade estática.
Figura 11.4
Forma certa e errada de
segurar uma placa.
11-8 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.5
Forma certa e errada de
segurar um disco rígido.
O fornecedor
Para ter maior segurança sobre o bom funcionamento das peças, é
recomendável que sejam compradas em um fornecedor local, de sua
confiança, ou sobre o qual você tenha boas referências. Muitos usuários são
tentados a abrir o jornal e telefonar para dezenas de fornecedores
desconhecidos, com o objetivo de comprar as peças mais baratas. Acabam
comprando placas, disco rígido, drives, gabinetes e memórias em diversos
fornecedores diferentes. Corre-se desta forma um certo risco de
incompatibilidades. Se o disco rígido apresentar algum defeito, o seu
fornecedor dirá que o disco está bom, e que o defeito está na sua interface,
localizada na placa de CPU. O fornecedor da placa de CPU dirá o contrário.
Este é um exemplo no qual “o barato sai caro”.’
Assim como ocorre com todas as placas, os discos rígidos também são
acompanhados de um pequeno manual, onde existem instruções para a sua
instalação. Muitas vezes esta instalação pode ser feita sem a presença do
manual, mas o usuário não poderá, por exemplo, realizar a futura instalação
de um segundo disco rígido, já que para isto será preciso alterar alguns
jumpers de configuração. Muitos modelos de disco rígido possuem
estampadas na sua própria carcaça (figura 6), um resumo das instruções do
seu manual, desta forma suprindo a sua falta, pelo menos em parte.
11-10 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.6
Muitos discos rígidos possuem estampadas na sua
carcaça, as instruções sobre a programação dos
seus jumpers.
A procedência do material
Antigamente, produto importado era sinônimo de “produto caro e de altís-
sima qualidade”. Hoje não podemos afirmar a mesma coisa. Existem produ-
tos importados da Ásia com baixíssimos preços e baixíssima qualidade. Em
parte, isto ocorre com algumas peças para computador. A princípio, a mai-
oria das peças para computador vindas do Japão, Korea, Cingapura, Tai-
lândia, Taiwan, China continental e demais países da Ásia são de boa qua-
lidade, mas existem muitas de qualidade inferior. As peças, placas e equi-
pamentos produzidos nos Estados Unidos são de melhor qualidade. Entre-
tanto, muitos fabricantes americanos possuem fábricas na Ásia, o que mostra
que também lá existem produtos de alta qualidade. Não é desabonador o
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-11
fato de um equipamento ter sido produzido na Ásia, e também não é ne-
cessário procurar desesperadamente por peças “Made in USA”. O problema
é que existem as peças de qualidade inferior. São peças não aprovadas no
controle de qualidade, ou peças recondicionadas, ou que são fabricadas por
empresas que não as desenvolveram, e simplesmente copiaram a partir de
produtos de outros fabricantes. Não existe uma regra geral para diferenciar
um componente bom de um ruim. O que existe são pistas que devem ser
seguidas:
7) Kits multimídia produzidos pela Creative Labs (Sound Blaster) são os mais
recomendáveis. Você também pode comprar separadamente a placa de som
e o drive de CD-ROM. Drives da Creative, LG, Sony e Teac são de boa
qualidade.
Calma e atenção
Não monte o computador com pressa e nem com ansiedade. Não faça como
o sujeito que chegou em casa às 11 horas da noite com as peças tão espe-
radas e começou a montar o PC madrugada a dentro. Este montador ansioso
nem quis jantar. Teve dificuldades e acabou indo dormir às 4 horas da
manhã sem ter conseguido montar o computador. No dia seguinte, fez tudo
novamente, com a calma e atenção necessárias e finalmente conseguiu
montar seu PC.
Placa de CPU
Este é o módulo que possui o maior número de acompanhantes. São eles:
Placas de CPU ATX com vídeo onboard possuem um conector VGA (DB-
15) localizado na sua parte traseira. Já as placas AT com vídeo onboard
utilizam uma extensão VGA. Da mesma forma, placas ATX com som
onboard possuem na sua parte traseira as conexões de áudio e do joystick.
As placas de CPU AT, quando possuem som onboard, são acompanhadas
de um conector de som, como o mostrado na figura 7.
11-14 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.7
Conectores para som, que
acompanham placas de CPU AT com
som onboard.
Assim como ocorre com qualquer placa de vídeo e placa de som, as placas
de CPU que englobam circuitos de vídeo e som necessitam de drivers
apropriados para que esses circuitos funcionem.
As placas de CPU cujas interfaces IDE são capazes de operar nos modos
ATA-33, ATA-66 e ATA-100 são acompanhadas de um driver que ativa
esses modos de operação. As versões mais recentes do Windows possuem
drivers similares, mas quando a placa de CPU possui um chipset mais novo,
não suportado pelo Windows, é preciso utilizar o driver que o fabricante
fornece neste CD.
Placa de vídeo
Esta placa em geral é acompanhada do seguinte material:
Manual da placa
CD-ROM com drivers SVGA e utilitários
Algumas são acompanhadas de jogos e outros softwares
Manual
Disquete com driver LBA
Depois que a função LBA foi implantada, os BIOS dos PCs passaram a
permitir acessos a discos rígidos de até 2 GB. Logo surgiram discos com
capacidades acima de 1 GB, e a nova barreira ficou próxima. Novas
alterações na função LBA tornaram o BIOS capaz de acessar discos com
capacidades maiores que 2 GB, podendo chegar até 8,4 GB. Surgiram então
discos com 2,5 GB, 3 GB, 4 GB. Já no início de 1998, discos de 4 GB eram
comuns, e começavam a chegar ao mercado, modelos de 6 GB e 8 GB,
aproximando-se então da barreira dos 8,4 GB. Os BIOS das placas de CPU
desta época já incluíam suporte para discos rígidos com capacidades acima
de 8,4 GB. Por outro lado, se for necessário utilizar um disco com capaci-
dade maior que esta, em PCs com BIOS que só permitem chegar a 8,4 GB,
será preciso instalar um software de apoio que acompanha o disco rígido.
São programas como o Disk Manager e o EZ Drive, os mesmos que no final
de 1994 permitiam aos PCs com BIOS antigos, ultrapassar a barreira dos 504
MB. Se a sua placa de CPU é nova (posterior a jan/1998), certamente o seu
BIOS já permite acessar discos com mais de 8,4 GB, e você não precisará
utilizar o disquete que o acompanha, ou então fazer uma atualização de
BIOS.
Drive de CD-ROM
Praticamente todos os drives de CD-ROM são acompanhados de um
manual, além de um disquete com drivers que permitem o seu
funcionamento no modo MS-DOS. Este é um erro freqüentemente cometido
por quem instala um drive de CD-ROM pela primeira vez. Não é preciso, e
nem é recomendável utilizar o driver existente neste disquete, pois o
Windows já possui seus drivers nativos para controlar o drive de CD-ROM.
Confira então o material que acompanha o seu drive:
Manual
Disquete com driver para MS-DOS
Cabo de áudio
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-17
Monitor
Junto com o monitor é fornecido um manual com características técnicas.
Em geral o monitor não requer nenhum tipo especial de configuração. Basta
conectá-lo à placa SVGA e estará pronto para funcionar. Entretanto, as
informações do seu manual são extremamente úteis. Por exemplo, existem
indicações sobre as suas freqüências horizontais e verticais de funcionamento,
o que facilita a regulagem da placa SVGA para obter a melhor imagem
possível no monitor.
Mouse
Para funcionar em ambiente Windows, o mouse não requer, em geral, ne-
nhum software especial. Mesmo assim, algumas vezes o mouse é acom-
panhado de um disquete com um software que permite o uso de seus três
botões, já que os drivers para Windows em geral dão acesso a apenas dois
botões. Também é fornecido neste disquete um “driver de mouse para
DOS”. Ele é necessário para fazer com que possa ser usado sob o MS-DOS,
sem a presença do Windows, como por exemplo, em jogos antigos.
Gabinete
Muitos gabinetes possuem na sua parte frontal, um display digital para
indicar o clock do processador. O valor mostrado neste display deve ser
programado pelo próprio usuário, através de instruções existentes no manual
do gabinete. Normalmente este manual consiste em uma única folha com as
instruções para a ligação do display na fonte de alimentação, na placa de
CPU, e para a programação de seus números.
Drive de disquete
Drivers de disquete não são acompanhados de manual algum. Não
necessitam de configurações especiais, nem drivers. Basta conecta-los no
computador e declara-los no CMOS Setup, e estarão prontos para funcionar.
11-18 Como montar, configurar e expandir seu PC
Também não são fornecidos com parafusos ou cabos. Os parafusos
acompanham o gabinete, e o cabo flat acompanha a placa de CPU.
Teclado
Teclados também não são acompanhados de manuais ou drivers, mas
existem algumas exceções. Os chamados teclados multimídia são fornecidos
com um CD-ROM contendo um software que habilita o funcionamento dos
seus botões especiais (Play, Stop, Volume, etc.).
Teclado
Mouse - na interface COM1
Impressora - na interface paralela
Drive de disquetes
Disco rígido
Drive de CD-ROM
Painel frontal do gabinete
Fonte de alimentação
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-19
Figura 11.8
Ligações em uma placa de CPU AT
No centro de tudo está a placa de CPU. Nela estão ligados diversos dispo-
sitivos:
Teclado
Mouse
Impressora
Drive de disquetes
Disco rígido
Painel frontal do gabinete
Fonte de alimentação
Figura 11.9
Ligações em uma placa de CPU ATX.
Etapa 1:
Preparação da placa de CPU, gabinete e drives
Começamos agora a montagem propriamente dita. Esta é uma etapa mais de
preparação do que de montagem. Mãos à obra!
Figura 11.10
Abrindo o gabinete.
Figura 11.12
Ligação do display na fonte de
alimentação.
Figura 11.14
Instruções para conectar o painel do
gabinete na placa de CPU.
Figura 11.16
Furos do gabinete.
Figura 11.18
Retirando as lâminas traseiras do gabinete.
12) Com a ajuda de uma chave de fenda, abra as fendas localizadas na parte
traseira do gabinete, próprias para a fixação dos conectores das interfaces
seriais e da paralela (nos gabinetes AT).
11-26 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.19
Fendas para os conectores das portas seriais e
paralelas.
Figura
11.20
Configure os jumpers
da placa de CPU.
Figura 11.22
Instalando o processador.
Figura 11.24
Instale as memórias.
19) Identifique os cabos flat que você irá usar: o da interface IDE, o da inter-
face de drives, das seriais e da paralela. Observe o fio vermelho de cada um
desses cabos, que deverão corresponder ao pino 1 dos respectivos
conectores.
Figura 11.26
Cabos flat IDE.
21) Teste os parafusos que serão usados para fixar o drive de disquetes, o
disco rígido e o drive de CD-ROM. Basta colocar os parafusos nas suas
partes laterais. Feito isto, separe esses parafusos para que sejam usados no
momento da fixação.
Figura 11.28
Teste os parafusos.
22) Teste os parafusos que serão usados para fixar as placas de expansão.
Basta colocá-los nos seus locais e depois retirá-los. Separe-os para que sejam
usados no momento oportuno.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-31
Figura 11.29
Teste os parafusos para fixar as placas de
expansão.
Figura 11.30
Conectores da fonte de
alimentação.
24) Cuidado para não cortar as mãos nas arestas metálicas do interior do
gabinete.
25) Muitas fontes de alimentação possuem na sua parte traseira uma chave
seletora 110 volts / 220 volts. Posicione esta chave de acordo com a voltagem
da sua rede elétrica. Se você esquecer este detalhe poderá perder muito
11-32 Como montar, configurar e expandir seu PC
tempo quebrando a cabeça, ou na pior das hipóteses pode queimar a fonte e
as placas do computador.
Figura 11.31
Chave 110/220.
26) Em muitos gabinetes existe um display digital que serve para indicar o
clock do processador. Entretanto, este display não é um medidor de clock,
ou seja, não mostra de forma automática o clock. O que o display faz é
exibir números fixos. Cabe ao montador do PC, a responsabilidade de
programar os números que serão exibidos no display. Esta tarefa é um pouco
complicada e demorada, por isto, podemos a princípio deixar o display com
os números vindos de fábrica, e programá-lo depois que tudo estiver
funcionando. Não se preocupe, pois a exibição de números errados no
display não irá afetar em nada o funcionamento do computador, já que o
display é apenas um enfeite. No final deste capítulo daremos exemplos de
programação de displays.
27) Será preciso abrir caminho para introduzir a placa de CPU. Em gabinetes
horizontais, podemos em geral colocá-la no lugar sem obstrução de partes do
gabinete. Em gabinetes tipo mini-torre, em geral será preciso retirar uma das
tampas da sua parte inferior, através da remoção de parafusos (figura 32). Em
certos modelos de gabinete, a tampa inferior é fixa, mas a peça onde são
alojados o disco rígido e o drive de disquetes é removível, através de um
parafuso (figura 33). Finalmente, existem gabinetes torre que possuem uma
tampa lateral removível. Esta tampa é removida para permitir a fixação da
placa de CPU (figura 34). Uma vez fixada a placa de CPU, esta tampa é
aparafusada novamente ao gabinete. Existem ainda casos de gabinetes muito
espaçosos que não requerem nenhum tipo de remoção para dar passagem à
placa de CPU. Você deverá observar o seu gabinete e verificar se a placa de
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-33
CPU pode ser introduzida diretamente ou se é preciso abrir caminho através
de um dos métodos mostrados aqui.
Figura 11.32
Retirando a tampa inferior do gabinete
torre para dar espaço à introdução da
placa de CPU.
Figura 11.33
Removendo o painel interno
dos drives de 3½” para dar
espaço à introdução da placa
de CPU.
Figura 11.34
Gabinete torre com tampa lateral
removível.
11-34 Como montar, configurar e expandir seu PC
29) É muito importante lembrar que a montagem deve ser feita com o
computador desligado da tomada. A tomada deve ser ligada na rede elétrica
apenas ao término da montagem. Se for necessário alterar alguma conexão,
devemos, antes de mais nada, desligar o computador através da chave liga-
desliga. Para uma segurança ainda maior, podemos desligar a tomada da
rede elétrica. Qualquer conexão ou remoção de placas, cabos e chips deve
ser realizada com o computador desligado.
AT horizontal
AT mini-torre
AT midi-torre
AT torre grande
ATX horizontal
ATX mini-torre
ATX midi-torre
ATX torre grande
Figura 11.35
Diferenças entre um gabinete horizontal e um vertical.
Figura 11.36
Diferenças entre modelos AT e ATX
Figura 11.37
Conectores de alimentação AT e ATX na
mesma placa de CPU.
Como vemos, existem muito mais semelhanças que diferenças entre os vários
modelos de gabinetes. Por isso quem está acostumado a montar PCs com um
tipo de gabinete, certamente terá facilidade para fazer o mesmo com outros
tipos de gabinetes. Mesmo assim, não se preocupe. Neste capítulo
mostraremos as etapas da montagem ilustrando as diversas situações, em
função das pequenas diferenças entre os gabinetes.
Etapa 2:
Montagem da placa de CPU
Neste ponto a placa de CPU já estará com o processador e o cooler
instalados (exceto no caso do Pentium 4, que deve ser instalado depois que a
placa de CPU já está fixa ao gabinete). As memórias já estão instaladas e os
jumpers estão corretamente configurados.
Existem gabinetes que são tão espaçosos que não precisam de providências
especiais para a colocação da placa de CPU. É o caso dos gabinetes torre
tamanho grande (full tower ou “torrão”), de alguns gabinetes torre tamanho
médio, e alguns gabinetes horizontais.
Figura 11.42
Espaçadores plásticos devem ser
encaixados na placa de CPU e depois
introduzidos nas fendas do gabinete.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-41
Figura 11.43
Parafusos com arruelas isolantes devem ser fixados sobre os parafusos hexagonais.
Ao fixar a placa de CPU no gabinete, temos antes que verificar como este
painel será montado. Em alguns casos, o painel deve ser colocado no
gabinete pela sua parte interna, antes de ser instalada a placa de CPU. Em
outros casos o painel é montado e aparafusado pela parte traseira externa do
gabinete, o que deve ser feito depois que a placa de CPU já está montada.
Figura 11.44
A chapa metálica que cobrirá os
conectores de uma placa ATX pode,
dependendo do caso, ser montada
internamente ou externamente.
Figura
11.45
Às vezes a placa de CPU
pode obstruir a parte
lateral dos drives. Neste
caso os drives devem ser
instalados antes da placa
de CPU.
Fixação do Pentium 4
O processador Pentium 4, seu mecanismo de retenção e seu cooler devem
ser instaldos depois que a placa de CPU está fixada no gabinete. Antes da
placa ser instalada, devem ser colocados os 4 parafusos hexagonais
mostrados na figura 46.
Figura 11.46
Os parafusos hexagonais nos quais serão presos o cooler e o mecanismo
de fixação do Pentium 4.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-43
Depois que a placa está no seu lugar, instalamos o mecanismo de retenção e
o cooler, como mostra a figura 47.
Figura
11.47
Fixando o Pentium 4
e o seu cooler.
Figura 11.48
Conectando a fonte de
alimentação na placa de CPU.
Ligue o cooler frontal do gabinete. Este é um cooler adicional que deve ser
usado com os processadores que esquentam muito, tipicamente aqueles que
dissipam mais de 30 watts. Todas as placas de CPU modernas possuem uma
conexão Chassis FAN, que deve ser usada para este propósito. Não
confunda com o conector CPU FAN, que deve ser usado para o cooler do
processador.
Figura 11.50
Ligação do cooler frontal do
gabinete.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-45
Figura 11.51
Tipos de conexões para o cooler do processador.
Etapa 3:
Montagem dos drives
Esta etapa não depende do fato do gabinete ser AT ou ATX. As pequenas
diferenças dependem muito mais do fato do gabinete ser horizontal e
vertical. Mesmo considerando gabinetes do mesmo tipo (horizontal e
vertical), pequenas diferenças ainda podem ocorrer, como mostraremos aqui.
Figura 11.52
Fixando o drive de CD-ROM em um gabinete torre.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-47
A figura 53 mostra a instalação do drive de disquetes em um gabinete torre.
Assim como ocorre com o drive de CD-ROM, o drive de disquetes deve ser
introduzido pela parte frontal e aparafusado por seus furos laterais. Se achar
conveniente pode conectar o cabo flat no drive de disquetes antes de
introduzi-lo no gabinete.
Figura 11.53
Montando o drive de disquetes.
Figura 11.54
Montando o disco rígido em um gabinete torre.
Figura 11.55
Fixando o drive de disquetes e o disco rígido na
bandeja removível.
Figura 11.56
Montando o drive de CD-ROM em um gabinete horizontal.
Figura 11.57
Montando o drive de disquetes em um gabinete horizontal.
Figura 11.58
Montando o disco rígido sob a fonte de alimentação.
Figura 11.59
Disco rígido montado em
adaptador para 5 ¼”.
Figura 11.60
Bandeja para fixar o drive de disquetes e
o disco rígido.
Etapa 4:
Montagem das placas de expansão
Esta é mais uma etapa que independe do fato do gabinete ser horizontal ou
vertical, AT ou ATX, grande ou pequeno. Em todos os modelos a posição
relativa entre a placa de CPU, as placas de expansão e os pontos de fixação
no gabinete são semelhantes.
Placa de vídeo
Placa de som
Placa de interface de rede
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-51
Placa fax/modem
Placa controladora SCSI
Figura 11.61
Encaixando uma placa de expansão em
um slot.
Figura 11.62
Aparafusando uma placa de expansão no gabinete.
Figura 11.63
Conectores auxiliares de
interfaces onboard.
No caso das placas de CPU padrão AT, instale ainda os conectores das
interfaces seriais e paralelas. Esses conectores podem ser aparafusados
diretamente ao gabinete, nos pontos onde se fixam placas de expansão, ou
então podem ser desmontados e instalados em fendas existentes na parte
traseira do gabinete.
Figura 11.64
Instale os conectores das interfaces
seriais e paralela, se estiver usando uma
placa de CPU AT.
Figura 11.65
Use as tampas metálicas para fechar as
fendas sem uso no gabinete.
Etapa 5:
Conexão dos cabos
Neste ponto o computador está com todas as placas em seus lugares. Estão
fixados ao gabinete o disco rígido, o drive de CD-ROM e o drive de
disquetes. A placa de CPU já está conectada na fonte de alimentação. O
computador já foi ligado e já apareceram mensagens do BIOS na tela do
monitor. Vamos agora fazer todas as conexões de cabos.
IDE LED
Power LED
Keylock, se existir
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-55
Figura 11.67
Ligações do painel do gabinete na placa de CPU.
Figura 11.68
Ligando o disco rígido na fonte de
alimentação.
11-56 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.69
Ligando o drive de CD-ROM na fonte de
alimentação.
Figura 11.70
Ligando o drive de disquetes na fonte de
alimentação.
Cabos flat
Uma vez tendo identificado a interface IDE primária, ligue-a ao disco rígido,
utilizando o cago IDE apropriado. Para o funcionamento nos modos ATA-66
e ATA-100, deve ser usado o cabo flat IDE de 80 vias. Para operar em ATA-
33, o cabo IDE de 40 fias pode ser usado, mas ele deve ter no máximo 45
centímetros. Se esta regra não for observada, poderão ocorrer erros de
acesso ao disco rígido, e mesmo ao drive de CD-ROM. O cabo flat IDE do
disco rígido deve ser ligado no conector apropriado do próprio disco, e
também na interface IDE primária da placa de CPU.
Figura 11.72
Conectando o disco rígido na sua interface.
Figura 11.73
Conectando o drive de CD-ROM na sua interface.
Lembre-se que cada interface IDE pode ser conectada a dois dispositivos.
Quando apenas um dispositivo é usado, devemos utilizar o conector
existente na extremidade do cabo. Se a extremidade de um cabo IDE ficar
sem conexão, poderão ocorrer erros no seu funcionamento. Quando dois
dispositivos IDE são ligados na mesma interface, utilizaremos os dois
conectores do cabo. O que definirá qual deles é o primeiro e qual deles é o
segundo (por exemplo, entre dois discos rígidos, qual será C e qual será D)
são os jumpers Master/Slave. A posição de cada disco no cabo não tem
influência sobre a letra ocupada.
Figura 11.74
Conectando o drive de disquetes na sua interface.
Figura
11.75
Ligação do monitor
na placa de vídeo.
Figura
11.76
Ligação do teclado.
O mouse que possui conector DB-9 pode ser ligado em uma das duas
interfaces seriais da placa de CPU (COM1 ou COM2). Quanto ao teclado,
dependendo do tipo do seu conector e do tipo do conector existente na
placa de CPU (DIN ou PS/2), pode ser necessário usar um adaptador para
esta conexão.
11-60 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura
11.77
Ligação do mouse.
Figura
11.78
Exemplo de tela
apresentada ao
fazer um boot por
um disquete.
g) Diskette Drive A, B
Estão aqui indicados os tipos dos drives de disquete instalados. Ao término
da montagem, muitos BIOS programam esses valores como None, e o
usuário precisa indicar manualmente, através do CMOS Setup, qual é o tipo
de drives A e B instalados. Em outros BIOS, esta programação é feita por
default, levando com conta que o drive A é de 1.44 MB, e o drive B está
ausente. A maioria dos PCs estão configurados desta forma.
k) Serial Port(s)
São indicados os endereços das portas seriais existentes na placa de CPU.
Normalmente essas portas são configuradas como COM1 e COM2, ocu-
pando respectivamente os endereços 3F8 e 2F8.
l) Parallel Port(s)
Aqui é indicado o endereço da porta paralela existente na placa de CPU.
Normalmente ocupa o endereço 378, mas podemos através do Setup alterar
este endereço para 278 ou 3BC.
m) SDRAM at Bank: 0
Aqui são indicados os bancos de memória nos quais foi detectada a presença
de módulos. A placa do nosso exemplo opera com memória SDRAM,
existem também placas que operam com DDR SDRAM, RDRAM (modelos
novos), e ainda os tipos EDO e FPM (modelos antigos).
o) BIOS DATE
11-64 Como montar, configurar e expandir seu PC
No nosso exemplo este item não aparece, mas ele é bastante comum na
maioria das placas e CPU. Aqui é informada a data do BIOS, o que é uma
forma de indicar a sua versão. BIOS mais recentes estarão em geral
preparados para controlar os dispositivos mais modernos. Por exemplo, as
placas de CPU produzidas até meados de 1994 não eram capazes de acessar
diretamente discos rígidos com mais de 504 MB. As placas mais recentes
possuem em seu BIOS a função LBA, capaz de dar acesso a discos IDE com
até 8,4 GB. Placas ainda mais recentes permitem acessar discos IDE acima
de 8,4 GB. Em geral, uma placa de CPU recém-adquirida possui um BIOS
atualizado. De qualquer forma, a maioria dos fabricantes oferece atualizações
de BIOS, através da Internet.
Etapa 6:
CMOS Setup básico
Para que a placa de CPU funcione corretamente precisamos configurá-la.
Parte desta configuração é feita através de jumpers e dip switches. Opções
mais ligadas ao hardware são em geral programadas desta forma. Entretanto
a maioria das configurações da placa de CPU não são definidas desta forma,
e sim através de software. Este software é chamado CMOS Setup. Trata-se
de um programa de configuração, com o qual escolhemos entre as diversas
opções de funcionamento da placa de CPU.
Um relógio permanente
Uma pequena quantidade de memória RAM
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-65
Fazendo o Setup
Ao ser ativado, o Setup entra em operação e apresenta a sua tela de aber-
tura. Esta tela pode ter uma apresentação na forma de texto, como vemos na
figura 80, ou uma apresentação gráfica, como a da figura 81. O Setup na
forma de texto é comandado através do teclado, e o Setup gráfico aceita
comandos pelo teclado e pelo mouse. Não importa qual seja o caso, as
opções existentes no Setup são muito parecidas.
Figura
11.80
Setup com
apresentação em
modo texto.
Figura
11.81
Setup com
apresentação
gráfica.
Neste ponto, o Setup estará quase pronto, com a maior parte das suas opções
devidamente preenchidas. A figura 82 mostra um exemplo de uso da auto
configuração.
11-68 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura
11.82
Usando a auto
configuração.
Figura
11.83
Standard CMOS
Setup da Award.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-69
Figura
11.84
Standard CMOS
Setup da AMI, em
modo gráfico.
O Standard CMOS Setup possui ainda outros comandos, como aquele que
define o tipo dos drives de disquete instalados. As opções oferecidas são:
None
360 kB, 5 1/4”
1.2 MB, 5 1/4”
720 kB, 3½”
1.44 MB, 3½”
2.88 MB, 3½”
Número de cilindros
11-70 Como montar, configurar e expandir seu PC
Número de cabeças
Número de setores
LBA (Logical Block Addressing)
Figura
11.85
Usando o
comando Auto
Detect IDE em um
Setup Award.
OBS.: Em alguns Setups, certos itens poderão atrapalhar ou confundir o usuário durante o processo
de instalação do disco rígido. Um deles é a Seqüência de Boot (Boot Sequence). Normalmente é usado
como default, a seqüência A: C:, ou seja, é tentado o boot pelo drive A, e caso este não possua disquete
inserido, é tentado o boot pelo drive C. No processo de inicialização do disco rígido (explicado a seguir),
será preciso executar um boot pelo drive A. O problema é que, caso a seqüência de boot esteja
configurada como C: A:, o computador tentará executar o boot pelo drive C, o que ainda não será
possível. Dependendo da situação, a impossibilidade do boot pelo drive C fará com que seja
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-71
automaticamente executado um boot pelo drive A. Em certos casos, o BIOS pode continuar tentando o
boot pelo drive C, recusando-se a usar a segunda opção (A:). Para evitar este problema, devemos procurar
no CMOS Setup um item chamado “Boot Sequence”, e programá-lo como A: C:. Isto fará com que o
boot seja executado pelo drive A, conforme precisamos que seja feito.
OBS.: Outro item que pode causar confusão durante a inicialização do disco rígido é a proteção
contra vírus (Virus Protection). Muitos Setups possuem este comando, que faz simplesmente a monitoração
das operações de gravação no setor de boot e na tabela de partições, áreas visadas pela maioria dos vírus.
Ao detectar que um programa requisitou uma gravação em uma dessas áreas, o BIOS apresenta na tela
uma mensagem alertando o usuário sobre um possível ataque por vírus. Ocorre que os programas FDISK
e FORMAT (usados na inicialização do disco rígido), bem como o programa instalador do sistema
operacional, também fazem gravações nessas áreas, sendo portanto, confundidos com vírus. Para evitar
problemas, podemos desabilitar a proteção contra vírus no Setup, habilitando-a apenas depois da
instalação completa do sistema operacional. Devemos então procurar este comando e desabilitá-lo.
Normalmente aparece com nomes como “Virus Protection”, ou “Hard Disk Virus Protection”.
Etapa 7:
Formatação do disco rígido
Desde a versão 2.0 do MS-DOS, o processo de inicialização do disco rígido é
feito da mesma forma, através dos programas FDISK.EXE e
FORMAT.COM. O FDISK realiza uma etapa chamada particionamento. Ela
é necessária para que o sistema operacional reconheça o disco rígido como
sendo um drive C, ou ainda um grupo de drives (podemos usar o FDISK
para dividir o disco rígido em diversos drives lógicos, como mostraremos
mais adiante). Depois que o disco rígido é dividido em um ou mais drives
lógicos, é preciso realizar a formatação lógica de cada um desses drives. Esta
etapa é realizada pelo programa FORMAT. Antes de usar os programas
FDISK e FORMAT, o disco rígido existe apenas a nível de hardware (desde
que tenha sido corretamente declarado no CMOS Setup). Se neste momento
tentarmos executar um boot pelo disco rígido, será apresentada uma mensa-
gem de erro, como:
ou então
ou ainda
Boot Failure
Insert BOOT diskette in A:
Press any key when ready
11-72 Como montar, configurar e expandir seu PC
Para usar os programas FDISK e FORMAT, precisamos providenciar um
disquete com o seguinte conteúdo:
FORMAT A: /U /S
COPY C:\WINDOWS\COMMAND\FDISK.EXE A: /V
COPY C:\WINDOWS\COMMAND\FORMAT.COM A: /V
Windows 95 OSR2
Windows 98
Windows 98SE
Windows ME e suas atualizações
Com a FAT32 podemos criar drives lógicos com mais de 2 GB, coisa que
não era possível no antigo sistema de arquivos, a FAT16.
OBS.: Se para inicializar o seu disco rígido você usar o disquete de inicialização que é fornecido junto
com o Windows, pressione a tecla SHIFT no início do boot, antes de aparecer a mensagem “Iniciando o
Windows...”. Isto fará com que sejam ignorados os arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Será
apresentada a mensagem “O Windows está ignorando seus arquivos de inicialização”
OBS.: Pelo menos para usar o FDISK e o FORMAT, não instale neste disquete, outros programas
através do CONFIG.SYS e do AUTOEXEC.BAT. Se isto for feito, existirá menos memória convencional
disponível, e você poderá não conseguir usar o FORMAT.COM, por memória insuficiente.
Isto significa que o disco rígido ainda não é reconhecido pelo sistema ope-
racional. O reconhecimento só será feito após o uso do programa FDISK.
Figura
11.86
O FDISK pergunta
se desejamos usar
a FAT32.
OBS.: Se as mensagens apresentadas na sua tela tiverem alguns caracteres estranhos ao invés de certos
caracteres acentuados da língua portuguesa, não se preocupe. Isto ocorre porque os programas e
mensagens do “modo MS-DOS” usado no Windows e mesmo das versões em português do MS-DOS,
fazem o uso da página de código 850 (internacional), que dá acesso aos caracteres acentuados. Esta página
de código é ativada por comandos apropriados nos arquivos CONFIG.SYS e AUTOEXEC.BAT. Como
nosso disquete não possui esses comandos, esses caracteres não aparecerão corretamente. O disco de
11-74 Como montar, configurar e expandir seu PC
inicialização do Windows possui esses comandos, por isso os caracteres aparecem corretamente. Não se
preocupe, pois isto é apenas um detalhe na exibição das mensagens, e não altera em nada a inicialização
que estamos realizando.
Figura
11.87
Tela principal do
FDISK.
Figura
11.89
Criando uma
partição primária
ocupando todo o
disco rígido.
Figura
11.91
O drive C ainda
não pode ser
acessado.
A mensagem de erro deve-se ao fato do drive C ainda não ter passado pela
formatação lógica. Para formatar o drive C, usamos o comando:
FORMAT C:
AVISO:
TODOS OS DADOS NA UNIDADE NÃO-REMOVÍVEL C: SERÃO PERDIDOS!
Continuar com a formatação (S/N)?s
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-77
Figura
11.92
Terminada a
formatação do
disco rígido.
Depois desta etapa, o disco rígido estará pronto para uso. Você já poderá
fazer a instalação do sistema operacional.
C: 8 GB
D: 6 GB
E: 2 GB (valores aproximados)
O método apresentado pode ser usado para criar quantos drives lógicos você
desejar, até acabar com as letras do alfabeto. Obviamente, como fica muito
11-78 Como montar, configurar e expandir seu PC
difícil gerenciar um número muito grande de drives, não é conveniente
exagerar neste recurso (o que foi mesmo que gravei no meu drive T: ?).
Esta divisão também é feita através do FDISK, mas só pode ser feita en-
quanto o disco rígido ainda não possui dados armazenados, pois sempre que
alteramos o seu particionamento, os dados são perdidos. Para fazer esta
divisão, temos que executar os seguintes comandos com o FDISK:
OBS.: Para que seja possível criar essas partições, é necessário que não tenha sido criada nenhuma outra partição. Na
verdade podemos fazê-lo, mas para isto será preciso deletar a partição já existente, através do comando 3 do FDISK (Deletar
partição). Isto fará com que todos os dados armazenados no drive lógico correspondente sejam perdidos.
Figura
11.93
Dizendo NÃO à
partição única.
Figura
11.95
Criando uma
partição primária
com 8000 MB.
Figura
11.97
Na tela principal
do FDISK, é
informado que
precisamos definir
uma partição ativa.
Será mostrada a tela da figura 98, na qual temos que indicar o tamanho da
partição estendida. O FDISK sugere usar todo o espaço restante no disco,
que no nosso exemplo é de 8440 MB. Basta responder com ENTER.
Observe que não importa se a partição estendida será toda usada como um
drive D, ou se será dividida em vários drives lógicos, nesta etapa sempre
especificamos todo o espaço restante no disco para ser usado como partição
estendida.
Figura
11.98
O FDISK pergunta
o tamanho da
partição
estendida.
Figura
11.99
Criada a partição
estendida.
11-82 Como montar, configurar e expandir seu PC
O próximo passo é definir os drives lógicos da partição estendida. Isto não
dá nenhum trabalho, pois o próprio FDISK apresenta neste momento a tela
da figura 100, na qual temos que definir os drives lógicos da partição esten-
dida. Se quiséssemos criar apenas um drive D, bastará indicar o tamanho
máximo sugerido, teclando ENTER. No nosso caso, queremos criar um
drive D com 6000 MB e um drive E com o espaço restante, pouco mais de
2000 MB.
Figura
11.100
O FDISK pergunta
o tamanho do
drive lógico D.
Ao invés de teclar ENTER na tela da figura 100, vamos digitar o valor 6000,
para que seja criado o drive D com 6000 MB. Depois disso será mostrada
uma tela idêntica à da figura 100, mas desta vez mostrando o espaço restante,
uma vez que já foram abatidos 6000 MB. Ao teclar ENTER, usamos este
espaço restante para o drive E.
Figura
11.101
Todo o espaço
disponível na
partição estendida
foi destinado aos
drives lógicos D e
E.
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-83
Será mostrado um relatório como vemos na figura 101. Devemos teclar ESC
para voltar ao menu principal do FDISK.
Por último, temos que marcar a partição primária como sendo ATIVA.
Partição ativa é aquela pela qual será realizado o boot. Somente a partição
primária pode ser definida como ativa, mas esta definição não é automática.
Temos que definir a partição ativa usando o comando 2 do menu principal
do FDISK. Ao usarmos este comando, será apresentada a tela mostrada na
figura 102. Devemos digitar “1”, para que a partição primária passe a ser
ativa.
Figura
11.102
Definindo a
partição 1 como
ativa.
Figura
11.103
Término da
operação do
FDISK.
11-84 Como montar, configurar e expandir seu PC
Voltando à tela principal do FDISK, teclamos ESC para finalizar a sua ope-
ração. É apresentada a tela da figura 103. Devemos agora teclar ESC.
Voltaremos ao Prompt do MS-DOS, mas as informações definidas pelo
FDISK só estarão efetivadas a partir do próximo boot. Devemos então
executar um boot para dar prosseguimento ao processo de instalação.
FORMAT C:
FORMAT D:
FORMAT E:
DIR C: /A
OBS: No Windows 98SE e anteriores, podíamos usar o comando FORMAT C: /S, que fazia
a gravação do boot em modo MS-DOS no disco rígido. No Windows ME isto não pode ser
feito, ou seja, o boot só é feito no próprio ambiente Windows. Comandos como FORMAT C: /
S e SYS C: não funcionam no Windows ME.
Figura
11.105
Conteúdo do drive
C, recém
formatado.
Etapa 8:
Ajustes finais
Erros na montagem
Se você leu atentamente todos os capítulos deste livro anteriores à
montagem, provavelmente tudo correu bem e seu computador está em
perfeito funcionamento. Mesmo assim, existe a probabilidade do seu
computador não funcionar. As duas principais razões que podem levar a isto
são:
Quase sempre temos uma pista que nos permite encontrar onde está a
conexão errada, ou qual a peça defeituosa. Por exemplo, suponha que
tenhamos encontrado, ao ligar o computador, a seguinte mensagem:
Ou seja, “Falha na controladora de disco rígido”. Este erro pode ocorrer por
defeito em uma das seguintes conexões:
3) Todos os defeitos cuja causa suspeita seja a placa de CPU e seus compo-
nentes devem ser solucionados através da substituição da placa de CPU. A
substituição da memória pode solucionar erros relativos a esta memória.
Existem casos em que a memória não está defeituosa, e sim, mal encaixada,
ou apresentando mau contato. Uma limpeza com uma borracha nos contatos
do módulo de memória pode solucionar o problema.
11) Se o disco rígido estiver em perfeitas condições, pode ainda ser exibida
alguma mensagem de erro, não causada por defeito, mas pelo fato do disco
rígido não estar instalado a nível de software. Por exemplo, erros como
DRIVE NOT READY e NO ROM BASIC são normais quando o disco
rígido ainda não está totalmente instalado. Use os programas FDISK e
FORMAT para realizar a sua instalação.
O BIOS Award não opera com tantos códigos de erro. Utiliza apenas os
mostrados na tabela abaixo:
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-91
Código Significado
1 beep curto Sistema normal, sem erros.
Beeps longos e repetidos Memória RAM não foi detectada, pode estar
defeituosa ou mal encaixada
1 beep longo e 3 curtos Placa de vídeo não detectada, ou memória de vídeo
ruim.
Beeps agudos e irregulares Processador apresenta aquecimento excessivo. A
durante o uso normal do placa de CPU reduz a sua velocidade para reduzir
computador o aquecimento.
Por mais que se esforcem, essas tabelas de códigos de erros não informam
com precisão a causa do erro. Devem ser consideradas apenas como pistas
para o solucionamento de problemas. Na prática, o troca-troca de peças é o
que mais ajuda a detectar um defeito.
Placa de diagnóstico
Para quem trabalha profissionalmente, vale a pena adquirir uma placa de
diagnóstico. Esta placa é conectada a um slot da placa de CPU, e informa
em um display, um código de dois dígitos. Este código indica qual é a
operação que o BIOS está prestes a realizar. Quando o PC trava no início do
boot, antes mesmo de apresentar mensagens no monitor ou na
impossibilidade de emitir beeps, o código apresentado neste display dá uma
idéia da operação na qual ocorreu o erro. Por exemplo, se o display indica
“vou testar a memória” e a seguir trava, significa que o problema está
provavelmente na memória. Não é justificável comprar uma placa de
diagnóstico se você pretende montar apenas o seu próprio PC. Mas vale
muito a pena para quem trabalha com manutenção e para quem vai
produzir muitos PCs.
11-92 Como montar, configurar e expandir seu PC
Figura 11.106
Uma placa de diagnóstico para teste de fonte.
Exemplo 1
A figura 107 mostra um exemplo de display de dois dígitos. Os dois dígitos
são chamados de “dígito 2” (dezenas) e “dígito 1” (unidades). Cada dígito é
formado por 7 segmentos, chamados de A, B, C, D, E, F, G. Este display
possui 14 grupos de pinos de seleção para controlar individualmente cada
um dos 7 segmentos dos seus dois dígitos.
Figura
11.107
Exemplo de conexões de um
típico display de 2 dígitos.
A figura 107 mostra com mais detalhes, na sua parte direita, um desses 14
grupos de pinos de seleção. Existe um pino no meio e mais três pinos,
chamados no caso de A, B e C. Um jumper deve ser colocado ligando o
11-94 Como montar, configurar e expandir seu PC
pino do meio ao pino A, B ou C, dependendo dos valores a serem indicados
na velocidade alta e na baixa. O significado das ligações é descrito na tabela
seguinte:
Ligação Funcionamento
Meio ligado em A Segmento acende apenas na velocidade baixa
Meio ligado em B Segmento acende nas velocidades alta e baixa
Meio ligado em C Segmento acende apenas na velocidade alta
Sem ligação Segmento fica apagado em ambas as velocidades
No caso da figura 107, um jumper está ligando o pino do meio ao pino "A".
Significa que o segmento controlado por esse grupo de pinos ficará aceso
quando o computador estiver em velocidade baixa e apagado quando em
velocidade alta.
Alta: 75 MHz
Baixa: 16 MHz
Figura 11.108
Valores a serem apresentados pelo display.
Figura 11.109
Display do exemplo 1 com os jumpers configurados para
exibir os números 75 e 16.
Exemplo 2
Vemos nas figuras 110 e 111 um outro exemplo de manual de gabinete.
Desta vez, estamos apresentando um display de “dois dígitos e meio” (1XX),
que pode apresentar valores até 199 MHz. Na figura 110 vemos que existe
um conjunto de jumpers que define os valores apresentados pelo dígito das
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-97
unidades (one’s place) nos modos Turbo e Normal. Outro bloco de jumpers
define os valores que serão apresentados pelo dígito das dezenas (ten’s place)
no modo Turbo e no modo Normal. A ligação H-2, quando realizada,
acenderá o dígito 1 das centenas quando em modo Turbo. A ligação H-1
acenderá o dígito 1 das centenas em modo Normal (o que em geral não
ocorre, pois a velocidade baixa é sempre inferior a 100 MHz). Caso o com-
putador não chegue a ultrapassar os 100 MHz, o dígito das centenas deve
permanecer sempre apagado, tanto em Turbo como em Normal. Nesse caso,
basta não realizar as ligações H-1 nem H-2.
Figura 11.110
Exemplo de manual de um display -
diagrama de jumpers.
A tabela da figura 111 possui linhas que definem o dígito desejado em modo
Turbo, e as colunas definem o dígito desejado em modo normal. Considere
por exemplo que o computador opera em 120 MHz quando em Turbo, e
em 16 MHz quando em modo Normal. Comecemos pelo dígito das
unidades. Queremos que sejam exibidos “0” em Turbo e “6” em Normal.
Fazendo o cruzamento da linha “0” com a coluna “6”, encontramos a
indicação das ligações que devem ser feitas no “one’s place”:
Exemplo 3
Finalmente apresentamos nas figuras 112 e 113, o manual de um display de
três dígitos (XXX), capaz de representar valores até 999 MHz. Observe como
é grande a semelhança com o display do exemplo 2. A principal diferença é
que neste existem três grupos de jumpers, para a definição do dígito das
unidades (one’s), dezenas (ten’s) e centenas (hun’s).
Capítulo 11 – Montagem de PCs 11-99
A tabela da figura 113 mostra as ligações que devem ser feitas em cada bloco
para que sejam representados os valores desejados em modo Turbo e em
modo Normal. As linhas representam os valores desejados em modo Turbo,
e as colunas mostram os valores desejados em modo Normal. Suponha que
queremos, como exemplifica a figura, programar os valores 220 (Turbo) e
116 (Normal). Devemos utilizar a tabela três vezes, uma para cada dígito
(unidades, dezenas e centenas).
Figura 11.112
Exemplo de manual de um display -
diagrama de jumpers.
Check-up de hardware
Se você acaba de montar o computador e não encontrou problemas,
provavelmente todo o seu hardware está em perfeitas condições. Mais certo
ainda deste perfeito funcionamento você estará se instalar o sistema
operacional e tudo continuar normal, sem defeitos aparentes. A chance de
ocorrer algum problema é muito remota. Se o computador é para seu uso
pessoal, você pode começar a instalar programas e usá-los, ou seja, o
computador estará liberado para uso normal. Se um dia ocorrer algum
problema você poderá investigar, mas não vale a pena perder muito tempo,
depois da montagem e da instalação do sistema operacional, testando
exaustivamente um computador que aparentemente funciona bem.
O mesmo não podemos dizer se este computador vai ser vendido. Aquele
que monta um computador para uso próprio está preparado para resolver
eventuais futuros problemas, afinal ele é o “pai da criança”. Já o usuário que
compra um computador pronto não quer saber de problemas. Ele quer um
computador infalível, e ficará muito decepcionado se ocorrerem problemas.
Por isso, aqueles que montam computadores para vender devem testá-lo
exaustivamente antes que sejam entregues ao seu cliente.
Figura
11.114
PC-Check, um
excelente programa
para fazer check-up
de hardware.
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