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DIREITO TRIBUTÁRIO

Empréstimos Compulsórios
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EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

ESPÉCIES DE TRIBUTOS

Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria (CTN, art. 5º).


A Constituição reforçou o caráter tributário, ainda, das contribuições sociais
(CF/1988, art. 149) e dos empréstimos compulsórios (CF/1988, art. 148).
Nesse sentido, há duas teorias a respeito das espécies tributárias e é impor-
tante conhecê-las:

Impostos, taxas e contribuições de


CTN Teoria Tripartite
melhoria
Impostos, taxas, contribuições de
Constituição Federal Teoria Quinquipartite melhoria, empréstimos compulsó-
rios e contribuições especiais

 Obs.: Segundo a teoria tripartite do CTN, fosse criado um empréstimo compul-


sório, esse seria classificado como um imposto (se não vinculado a uma
contraprestação) ou uma taxa (se vinculado a uma contraprestação).

O STF, ao classificar a COSIP (Contribuição para o Custeio dos Serviços de


Iluminação Pública), afirmou que esta se trata de uma contribuição sem gênero,
ou seja, sui generis, e que poderia ser até mesmo considerada como uma outra
espécie de tributo, segundo a visão de alguns autores.
Para fins de prova, deve-se considerar a teoria disposta pela Constituição
Federal.

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

São tributos que só podem ser instituídos por lei complementar.


ANOTAÇÕES

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Atenção!
É comum, em provas de concurso, que as bancas questionem se medida
provisória, lei delegada e até mesmo tratados e convenções internacionais
podem instituir empréstimos compulsórios. Nesse sentido vale lembrar que
matéria específica de lei complementar só pode ser tratada por meio
de lei complementar. Além disso, é importante destacar que a competência
especial para instituir empréstimos compulsórios é somente da União.

São pressupostos fáticos ou circunstâncias autorizadoras – despesas


extraordinárias decorrentes de:
a) Calamidade pública
b) Guerra externa ou sua iminência
c) Investimentos públicos de caráter urgente e relevante interesse nacional.

Atenção!
Não se deve confundir o fato gerador com a circunstância autorizadora.
Por exemplo: no caso de uma calamidade pública, essa é considerada a
circunstância autorizadora, já o fato gerador deve ainda ser definido na Lei
Complementar que instituirá o empréstimo compulsório e poderá ser, por
exemplo, sobre a propriedade de imóveis, veículos automotores, etc.

A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compul-


sórios nas seguintes hipóteses (CF/1988, art. 148):
Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou de sua iminência.
No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante inte-
resse nacional, observado o disposto no artigo 150, III, “b”.
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Esse tipo de empréstimo compulsório só pode ser cobrado a partir do 1º dia


do ano seguinte ao que for instituído (princípio da anterioridade, que será estu-
dado adiante, previsto na CF/1988, art. 150, III, “b”).

 Obs.: Os tribunais superiores ainda não conseguiram definir o que seria um


caráter urgente e o relevante interesse nacional, portanto a análise dessas
situações em prova deve ser feita caso a caso.

A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vin-


culada à despesa que fundamentou sua instituição (CF/1988, art. 148, parágrafo
único).

Código Tributário Nacional


Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir em-
préstimos compulsórios:
(...)
III – conjuntura que exija absorção temporária do poder aquisitivo.

“ (... ) Absorção do Poder Aquisitivo. Revogação. Não é mais autorizada a institui-


ção de empréstimo compulsório para a absorção temporária de poder aquisitivo,
eis que tal hipótese não consta do rol taxativo constante do art. 148 da Constituição
Federal de 1988.” (PAULSEN, Leandro. Constituição e Código Tributário Nacional à
Luz da Doutrina e da Jurisprudência. 6ª edição, p. 649, Livraria do Advogado – RS).

 Obs.: É importante destacar que o art. 15, inciso III, do CTN não foi recepciona-
do pela Constituição Federal de 1988. Hoje, as situações que geram tri-
butação são apenas as que se encontram listadas no texto constitucional.

A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu


resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei (CTN, art. 15,
parágrafo único).
A Súmula n. 418 do STF perdeu a validade e declarava que o empréstimo
compulsório não era tributo por ser restituível.
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Segundo o STF a restituição deverá se dar na mesma espécie do que foi


recolhido (RE 175.385/CE).

Direto do concurso
1. (2017/CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE
REGISTROS) Relativamente aos empréstimos compulsórios, é certo afirmar:
a. São provisórios, podendo a lei instituidora determinar, ou não, o prazo de
duração.
b. No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interes-
se nacional, o empréstimo compulsório submete-se ao princípio da ante-
rioridade anual.
c. São restituíveis, devendo a lei determinar a forma de devolução em títulos
públicos.
d. Podem ser instituídos em conjuntura que exija a absorção temporária de
poder aquisitivo.

Comentário
a. Os empréstimos compulsórios são provisórios e deve a lei instituidora de-
terminar o prazo de sua duração.
c. A restituição deve ser na mesma forma do recolhimento.
d. O art. 15, inciso III, do CTN, que dispõe sobre essa matéria, não foi recep-
cionado pela Constituição Federal de 1988.

2. (2016/IDECAN/CÂMARA DE ARACRUZ – ES/PROCURADOR LEGISLATI-


VO) Pode(m) instituir empréstimos compulsórios apenas:
a. A União.
b. Os Estados.
c. A União e os Estados.
d. A União, os Estados e os Municípios.
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Comentário
De acordo com o art. 148 da CF/1988: “A União, mediante lei complementar,
poderá instituir empréstimos compulsórios (...).”

3. (2014/VUNESP/TJ-SP/JUIZ) Quanto ao chamado empréstimo compulsório,


assinale a opção correta.
a. É possível, no que diz respeito a tal tributo, que a forma de sua restituição
ao contribuinte não se dê em espécie, mas sim em quotas de fundos ofi-
ciais ou em ações do Poder Público, podendo ser instituído por meio de
medida provisória, dada a urgência verificada.
b. O empréstimo compulsório pode ser instituído por qualquer dos entes pú-
blicos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), para o fim de fazer
frente a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência, ou ainda no caso de investimento público
de caráter urgente e de relevante interesse.
c. Seu aspecto mais relevante é a restituibilidade, podendo-se falar em uma
simultaneidade de deveres; um, para o contribuinte, que é o dever de pa-
gar; outro, para o fisco, que é a devolução da quantia paga.
d. Malgrado seja considerado tributo, lato sensu, é de se entender que o
empréstimo compulsório se respalda em autêntico acordo de vontades,
obedecendo ao princípio da contratualidade.

Comentário
a. Conforme entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE
175.385/CE, a restituição do valor arrecadado como empréstimo compul-
sório deverá ser feita na mesma espécie em que foi recolhido. Sendo
o recolhimento do tributo feito em dinheiro, a restituição também deve ser
efetuada em dinheiro.
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b. De acordo com o art. 15, CTN: “A competência para cobrança de emprés-


timos compulsórios é exclusiva da União, mediante Lei Complementar.”
c. De acordo com o art. 15, parágrafo único do CTN: “A arrecadação do em-
préstimo compulsório acarreta a obrigação de restituir a importância que
foi emprestada.”
d. O empréstimo compulsório é considerado tributo, estando superado o en-
tendimento da Súmula n. 418 do Supremo Tribunal Federal (“o empréstimo
compulsório não é tributo, e sua arrecadação não está sujeita à exigência
constitucional da prévia autorização orçamentária”). O tributo constitui re-
ceita pública derivada, instituída pelo Estado por força de suas prerrogati-
vas de direito público, coagindo o particular a contribuir. Portanto, não há
que se falar em acordo de vontades.

GABARITO

1. b
2. a
3. c

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Vilson Cortez.
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