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Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
INDICE
BIBLIOGRAFIA:...............................................................................................48
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RESFRIAMENTO + CONSOLIDAÇÃO
Pela origem da terra, as rochas ígneas teriam sido as premerias a se formarem. Após a
sua formação, as rochas ígneas passaram a sofrer a ação físico-química e biológica dos
agentes atmosféricos, o que leva a instabilização de seus minerais e a formação do solo
residual. A este processo, denominamos de intemperismo.
INTEMPERISMO
O solo residual formado fica sujeito à ação de fluxo da água, do ar, do gelo, do
impacto dos grãos e começa a sofrer erosão. O grão solto passa a ser transportado, através de
um agente transportador, e deposita-se em regiões baixas e planas, passando a ser denominado
de sedimento.
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O sedimento formado pode ser levado a grandes profundidades por situações tais
como a choque de placas, de forma que fica sujeito a ação de altas temperaturas e pressão.
Neste caso, o sedimento passa a sofrer o processo de litificação, tornando-se uma rocha
sedimentar.
LITIFICAÇÃO
METAMORFISMO
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Quando a reação entre cristais e líquido se completa, os minerais da rocha final não
são os precoces, mas os últimos que se formaram. Mas se a reação não for completa, devido à
rapidez de resfriamento ou outras razões, os cristais precoces de ambas as reações podem
persistir como componentes da rocha final. É por isto que se observam feldspatos zonados e
cristais de um mineral ferromagnesiano envolvidos por camadas de outro.
Figura 2.1: Diagrama de Bowen.
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A) Stock
B) Batólito
C) Lacólito
D) Batólito (magma)
E) Dique
F) Soleira (sill)
G) Conduto vulcânico
H) Edifício vulcânico
I) Lava vulcânica
J) Cone de cinzas
K) Neck
Fig. 2.2- Bloco diagrama mostrando as relações estruturais de vários corpos ígneos
intrusivos e extrusivos, e as rochas
encaixantes.
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Figura 2.4 – Principais tipos de vulcões: (A) fissural, (B) havaiano, (C) estrato vulcão,
(D) estromboliano.
Formas intrusivas:
• Soleira (ou sill): corpos extensos e pouco espessos, de forma tabular (magma subsilicoso
pouco viscoso) (Fig. 2.3, 2.5 e 2.6);
• Lacólito: corpos intrusivos lenticulares plano-convexos, formando-se cúpula na capa
(magma enriquecido em sílica, mais viscoso) (Fig. 2.2 e 2.6);
• Lopólito: corpos lenticulares de grandes dimensões, côncavo-convexos, deprimidos na parte
central (encaixados em sinclinais) (Fig. 2.6);
• Facólito: corpos lenticulares convexo-côncavos, alçados na parte central (encaixados em
anticlinais).
b) Formas discordantes
• Dique: corpos tabulares extensos de possança variável (cm até km) preenchendo fraturas
formadas por esforços distensivos; existem grupos de diques radiais (disposição radial em
relação a um centro), anelares (concêntricos) e em enxames (paralelos) (Fig. 2.2, 2.6 e 2.7);
• Chaminé (neck): formas cilíndricas verticais (diâmetro de metros a pouco mais de 1 km),
correspondendo à exumação, pela erosão, de antigos condutos vulcânicos (Fig. 2.2 e 2.8);
• Apófise: formas ramificadas irregulares derivadas de corpos maiores (lacólitos, batólitos);
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Fig. 2.7 – Dique aflorado por denudação. Fig. 2.8- Neck vulcânico.
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Fig. 2.11 – Riolito com estrutura fluidal. Fig. 2.12 – Basalto diaclasado.
a) Afaníticas: quando a maior parte dos constituintes é tão pequena que não pode ser visíveis
e caracterizados a olho nu;
b) Faneríticas: quando é possível individualizar a maior parte dos constituintes a olho nu.
São subdivididas em:
b.1) fina: diâmetro da maior parte dos cristais menor que 1 mm;
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Quanto ao tamanho relativo dos cristais constituintes de uma rocha ígnea, a textura
pode ser:
a) Equigranular: quando os minerais da rocha ígnea possuem aproximadamente o mesmo
tamanho;
b) Inequigranular: quando ocorrem diferenças pronunciadas no tamanho dos minerais que
formam a rocha. Neste caso, grandes cristais (pórfiros ou fenocristais) acham-se envolvidos
por uma matriz de granulação fina, refletindo, em alguns casos, mudanças abruptas de
temperatura durante a cristalização. Quando a rocha é inequigranular a mesma apresenta
textura porfirítica.
c) Textura gráfica ou micrografia: intercrescimentos de quartzo e feldspato alcalino, por
cristalização simultânea ou substituição; o quartzo é comumente cuneiforme, assemelhando-
se a inscrições rúnicas;
d) Textura ofítica: ripas de plagioclásio são parcial ou totalmente envolvidas por cristais
maiores (normalmente de piroxênio); comum em gabros, diabásios e basaltos;
d.1) Textura subofítica: as ripas de plagioclásio são maiores que os cristais de piroxênio, e
são só parcialmente envolvidas por estes;
d.2) Textura hialofítica: o vidro substitui o piroxênio na textura ofítica;
a) Quando um mineral está envolvido por outro, o mineral envolvente é o mais jovem;
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Classificações mineralógicas
a) Granito
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fluorita, granada, etc. A coloração clara dos granitos (acinzentada, rósea, avermelhada,
esverdeada ou amarelada) é determinada pela cor do feldspato.
Os granitos são classificados em quatro tipos, de acordo com o teor relativo de feldspatos:
a) granito alcalino; b) granito normal; c) adamelito; d) granodiorito. A cada um desses
tipos plutônicos correspondem rochas hipoabissais e efusivas de composição mineral similar,
porém de textura diferente. No granito normal, mais de 66% do conteúdo dos feldspatos é
formado de feldspato alcalino, e menos de 34%, de plagioclásio, geralmente oligoclásio. Com
o aumento do teor de plagioclásio, o granito normal passa a adamelito e a granodiorito.
Quando o teor de feldspato alcalino predomina e o plagioclásio desaparece, o granito normal
passa a granito alcalino. Neste caso, os minerais máficos também mudam, sendo substituídos
por variedades alcalinas.
b) Riolito
c) Granodiorito
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d) Pegmatitos
Os pegmatitos são rochas de granulação muito grossa, consideradas, pela maioria dos
geólogos, como produtos finais de uma seqüência de eventos que ocorrem durante o
resfriamento e diferenciação de um magma ácido a subácido. Com o progresso da
cristalização de um magma granítico ou sienitico, os elementos mais raros concentram-se no
líquido residual, formado pela água e produtos voláteis. Neste liquido residual concentram-se
elementos mais leves (boro, lítio e berilo, entre outros), como também elementos mais
pesados (wolfrâmio, estanho, nióbio, tântalo etc.), cujos átomos são, respectivamente, muito
pequenos ou muito grandes para serem incorporados na estrutura cristalina dos principais
minerais formadores de rocha, Os pegmatitos formam depósitos de grande interesse
econômico e constituem a fonte de numerosos minerais raros, como turmalina, berilo e
topázio, entre muitos outros.
e) Aplito
Os aplitos são rochas eqüigranulares de granulação fina, que ocorrem como veios e diques
no interior dos corpos plutônicos e encaixantes. Embora possam derivar de diversos magmas,
ocorrem mais intimamente ligados aos magmas graníticos. Originam-se no estágio final da
evolução magmática de uma rocha plutônica. A composição mineralógica é ligeiramente mais
ácida do que a da rocha magmática, a que estão associadas. Os aplitogranitos são formados
essencialmente de feldspatos alcalinos, quartzo e, eventualmente, pequenas quantidades de
moscovita, turmalina, fluorita, topázio etc.
f) Sienitos
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g) Dioritos
h) Gabro
É uma rocha ígnea cujo teor de sílica varia entre 45 e 55%. Compõe-se principalmente de:
plagioclásio (geralmente labradorita), piroxênio (augita e/ou hiperstênio) e freqüentemente
olivina. O quartzo pode estar ausente ou presente em pequenas quantidades como mineral
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i) Diabásio
j) Basalto
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o fundo dos oceanos e ocorrem nos continentes, originando extensos planaltos basálticos. No
Brasil, ocorrem extensivamente nas bacias do Paraná e do Parnaíba. A quantidade de lavas
basálticas supera em muito o conjunto de todos os outros tipos de lavas.
O basalto, normalmente, constitui uma rocha melanocrática, densa, finamente granulada,
holocristalina ou hialocristalina. Ás vezes se apresenta porfirítica, com fenocristais tabulares
branco-cinzentos de plagioclásio, lustrosos de piroxênio ou esverdeados e com brilho vítreo,
de olivina. A massa fundamental consiste em plagioclásio (geralmente labradorita), piroxênio,
olivina e magnetita, além de diversos minerais acessórios.
k) Peridotito
l) Piroxenito
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Gênese
Para a formação das rochas sedimentares, geralmente são necessárias quatro etapas:
destruição das rochas preexistentes; transporte dos produtos resultantes dessa destruição;
deposição desses produtos numa bacia de sedimentação; transformação dos sedimentos soltos
em rocha compacta (diagênese).
a) Destruição das rochas preexistentes: essa destruição será efetuada através da ação
conjunta do intemperismo e da erosão;
b) Transporte dos produtos originados pelo intemperismo: os produtos originados pela
fragmentação e decomposição intempérica das rochas (fragmentos de rochas ou minerais e
compostos solúveis), bem como fragmentos de organismos mortos ou produtos de origem
orgânica, serão transportados pelos agentes externos como a água, o vento, as geleiras e a
gravidade;
c) Sedimentação: as partículas que foram transportadas mecanicamente sofrerão decantação e
serão acumuladas quando a velocidade do agente transportador diminuir, originando,
inicialmente, os depósitos sedimentares inconsolidados. Os compostos solúveis, transportados
em solução, sofrerão precipitação química, como conseqüência direta de alterações físico-
químicas do meio, ou indiretamente, através da atividade de organismos;
d) Diagênese: conjunto de processos que atuam após a deposição das partículas,
transformando-as em agregados naturais, denominados rochas sedimentares. Durante a
diagênese os principais processos que atual são a compactação e a cimentação.
d.1) Compactação: é a consolidação provocada pela pressão das camadas superiores,
ocasionando uma diminuição dos espaços vazios nos sedimentos.
d.2) Cimentação: é a percolação de soluções nos interstícios dos fragmentos e deposição da
substância que estava dissolvida, aglutinando (cimentando) as partículas. Nem sempre o
material cimentante provém da própria rocha. Os principais materiais cimentantes são:
carbonatos, sílica, óxido de ferro (limonita) e argila.
O material clástico procede diretamente do transporte dos produtos sólidos do
intemperismo das rochas preexistentes. Nas bacias de sedimentação, os depósitos químicos
formam-se pela evaporação ou precipitação dos sais solúveis provenientes da alteração
química das rochas da área-fonte. Os sedimentos orgânicos, por sua vez, derivam direta ou
indiretamente das atividades vitais dos animais ou plantas. Geneticamente, as rochas
sedimentares podem ser: residuais, detríticas, químicas ou orgânicas. Os sedimentos
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apresentam-se, inicialmente, como rochas incoerentes que se consolidam com o tempo, pela
ação de material cimentante.
Texturas clásticas
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glacial ou da ação direta da gravidade são, via de regra, angulares, enquanto que as partículas
movidas pela água ou ventos se apresentam mais arredondadas.
A morfoscopia (arredondamento, esfericidade e textura superficial) é empregada
juntamente com outros caracteres de textura na descrição das rochas sedimentares, bem como
no estudo dos agentes geológicos e dos processos operantes no ambiente de sedimentação. Os
dados morfoscópicos constituem informações complementares que, isoladamente, não
resolvem os problemas genéticos das rochas sedimentares. Entretanto, quando utilizados em
conjunto com outros elementos texturais, estruturais e
estratigráficos, permitem melhor compreensão do ambiente de sedimentação e dos processos
operantes na área-fonte.
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O grau de esfericidade indica quanto a forma de uma partícula aproxima-se de uma esfera. A
comparação visual é a forma mais simples e rápida para a determinação desta grandeza (Fig.
3.2). O grau de esfericidade pode ser expresso pela seguinte fórmula:
vários tamanhos de partículas e indica um transporte rápido e de pequena duração por fluidos
densos (corrida de lama). A ação glacial é igualmente incapaz de selecionar os diferentes
materiais, depositando simultaneamente partículas grosseiras e finas.
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que esteve exposta antes de ser recoberta por camadas sucessivas de sedimentos. Muitas das
estruturas singenéticas formam-se sobre as interfaces de deposição.
A situação de tais estruturas em relação aos corpos litológicos pode ser interna ou
externa, segundo se localizem dentro da unidade litológica ou entre as unidades litológicas.
Finalmente, quanto á origem, elas podem ser classificadas em físicas, químicas ou orgânicas.
a.1) Estratificação - um dos aspectos mais característicos das rochas sedimentares é sua
deposição em estratos ou camadas, umas sobre as outras. A estratificação é salientada pelas
diferenças de composição, textura, dureza, coesão ou cor, dispostas em faixas
aproximadamente paralelas. Algumas camadas não apresentam estratificação nítida. Ela pode
estar oculta e vir a ser realçada pelo intemperismo ou percebida pelo exame com raios X.
Outras vezes a estratificação está completamente ausente (estrutura maciça).
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a.3) Estrutura gradacional - Na estrutura gradacional verifica-se, numa mesma camada, uma
mudança progressiva da granulação do sedimento, de sorte que o tamanho do grão diminui de
baixo para cima até aumentar abruptamente na camada seguinte. Esta, por sua vez, apresenta a
mesma característica em relação à que se segue (Fig.3.5 e 3.6).
a.4) Imbricação - Nos depósitos rudáceos, com freqüência os seixos apresentarem
imbricação, isto é, orientarem-se com o eixo longo inclinando no sentido de onde vem a
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b.2) Diques clásticos - são corpos tabulares de material clástico, que cortam
discordantemente as camadas. Geralmente são constituídos de arenito. Como exemplo pode-
se citar os diques de arenito (Arenito Botucatu) cortando os basaltos do Grupo São Bento. A
areia, neste caso, veio de baixo para cima, tendo sido empurrada (injetada) através de
diáclases do basalto. Esses arenitos normalmente estão silicificados.
Fig. 3.10 – Nódulo silicoso. Fig. 3,11 – Concreção de calcita com estrutura concêntrica
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"argila". Entre os produtos de alteração do intemperismo que ocorrem nos sedimentos finos
encontram-se o caulim, a montmorillonita, bem como bauxita e limonita. Entre os resíduos
inalterados do intemperismo aparecem grãos de quartzo, feldspato e mica. No ambiente são
formados minerais autigênicos, como calcita, calcedônia e pirita, entre outros. Alguns
depósitos são relativamente ricos em remanescentes orgânicos, os quais podem apresentar-se
na forma de: lama carbonosa, carapaças calcificas ou aragoníticas
de foraminíferos e estruturas silicosas (opala) das diatomáceas, dos radiolários e nas espículas
das esponjas.
a.3.1) Siltitos - os siltitos são rochas clásticas finas, com pelo menos 50% de partículas de
silte (0,004 a 0,062 mm). Apresentam-se, em geral, finamente estratificados, porém os
fenômenos de bioturbação podem obscurecer ou destruir a estratificação. Sua coloração pode
ser cinza, negra, castanha ou amarela. Devido à sua granulação fina, os minerais são
dificilmente percebidos. A mica pode estar presente em alguns estratos. É comum, nos
siltitos, a presença de nódulos, concreções ou fósseis.
3a.3.2) Argilitos e folhelhos - são rochas clásticas de granulação muito fina, formadas de
partículas menores do que 0,004 mm de diâmetro. Os folhelhos apresentam-se finamente
laminados, enquanto ue os argilitos mostram um aspecto maciço. Essas rochas consistem
numa mistura de minerais argilosos com grãos de quartzo, feldspato e mica. A coloração é
variável, branca, cinzenta, amarelada, avermelhada ou preta. Os folhelhos pretos são ricos em
material carbonoso ou betuminoso, e neles também é comum a ocorrência de pirita e gipso.
No Brasil, os folhelhos pirobetuminosos da Formação lrati representam uma reserva
considerável de combustíveis minerais.
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a.3) Rochas ferruginosas - O ferro é o quarto elemento mais abundante na crosta terrestre e
muitas rochas sedimentares terrígenas contêm substancial quantidade de óxidos e silicatos de
ferro. Os sedimentos ferruginosos podem apresentar-se sob a forma de quatro tipos principais
de minerais: óxidos ou hidróxidos (goethita, hematita e magnetita), carbonatos (siderita),
silicatos (chamosita, greenalita, glauconita, estilpnomelano) e sulfetos (pirita e marcassita).
Mais de uma variedade de minerais podem ocorrer dentro de um único depósito, podendo
estar repetidas na sequência estratigráfica ou mostrar mudanças laterais de um tipo para outro.
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a.1) Calcários - os calcários são rochas sedimentares que contêm mais de 50% de carbonato
de cálcio.
As impurezas incluem quartzo, argila, óxido de ferro e fragmentos de rochas, entre
outros materiais. Os vários tipos de calcários são classificados tendo por base a textura ou
qualquer outra propriedade significativa; por exemplo: calcário cristalino, calcário
microcristalino, calcário oolítico, calcário fossilífero, coquina etc. A coloração é variável:
branca, cinzenta, creme, amarelada, avermelhada, castanha ou preta. A textura pode variar de
granulação muito fina até grosseira, de aspecto sacaróide. Freqüentemente há estratificação,
bem como numerosos fósseis. O calcário é formado
essencialmente por calcita. A sílica está presente em forma de sílex finamente cristalizado,
formando estratos ou massas nodulares. O quartzo, silte ou argila ocorrem em quantidades
variáveis.
a.2) Silicosas - são rochas sedimentares formadas por restos ou fragmentos de organismos que
apresentam esqueleto ou carapaça silicosa. Como exemplos citam-se os diatomitos, formados
por carapaças de diatomáceas; espongólitos ou espongiolitos, formados pelo acúmulo de
espículas silicosas de esponjas;
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a.4) Rochas sedimentares carbonosas - são rochas ricas em carvão, divididas em dois
grupos principais: 1) grupo húmico (série do carvão) e 2) grupo sapropelítico (rochas
oleígenas). O carvão é uma rocha sedimentar formada integralmente por processos
bioquímicos. Ele é originado por acumulação de detritos vegetais, sob condições anaeróbicas,
em regiões pantanosas. Os principais tipos de rochas carbonosas da série do carvão são: turfa,
linhito, hulha e antracito.
a.4.1) Turfa - é um sedimento de origem vegetal que se encontra nas formações sedimentares
de idade recente e continua em formação nos dias atuais. As turfas são sempre formadas de
plantas herbáceas (principalmente musgos e ciperáceas), mas também, às vezes, são
constituídas predominantemente de plantas lenhosas arborescentes, como acontece nos
pântanos da costa oriental dos Estados Unidos. As propriedades físicas e químicas das turfas
são muito variáveis. A densidade em geral é muito baixa (em torno de 1 g/cm3), e o teor em
carbono total varia entre 55% e 65% do peso seco. O teor de umidade varia de 65% a 90%. O
poder calorífico é baixo, sendo de
3.000 a 5.000 calorias/grama em estado seco.
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Temperatura
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Pressão
Quanto à pressão, dois tipos devem ser considerados. O primeiro deve-se ao próprio peso
do material sobrejacente, o qual, naturalmente, aumenta com a profundidade. A maioria das
rochas metamórficas forma-se a menos de 20 km de profundidade, isto é, a menos de 6.000
atmosferas de pressão. A ação do peso do material sobrejacente constitui a pressão uniforme
ou litostática.
O segundo tipo de pressão, denominado pressão dirigida (stress), deve-se aos esforços
tectônicos relacionados aos movimentos da crosta terrestre.
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Filito - os filitos formam-se sob condições de baixo grau de metamorfismo, porém mais
intensas do que aquelas que dão origem às ardósias. Possuem granulação fina ou média e
coloração geralmente acinzentada ou esverdeada, com brilho prateado (acetinado). São
compostos essencialmente de clorita e/ou moscovita. Com o aparecimento de finas camadas
quartzo-feldspáticas, os filitos passam gradualmente a xistos (micaxistos).
A xistosidade encontra-se bem desenvolvida devido à orientação paralela das pequenas placas
minerais. Frequentemente ocorrem pequenas dobras ou corrugações.
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Xistos - resultam de um grau pouco mais elevado de metamorfismo do que o dos filitos. São
formados a maiores temperaturas, a partir de diversos tipos de rochas originais, sedimentares
ou ígneas. Caracterizam-se pelo arranjo paralelo dos constituintes minerais e pela esfoliação
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pronunciada. Diferenciam-se dos filitos pela textura mais grosseira e pela tendência a
apresentar clivagem ondulada. As placas dos minerais micáceos mostram nítido alinhamento
ao longo da superfície de xistosidade. Os xistos das regiões intensamente deformadas
apresentam várias direções de xistosidade, sendo que a mais nítida delas se relaciona ao
último episódio de metamorfismo regional.
A clorita-xisto possui, geralmente, coloração esverdeada, às vezes acinzentada. Trata-
se de uma rocha de granulação fina a média, com xistosidade bem desenvolvida. A clorita
constitui o mineral essencial. Ocasionalmente, ocorrem porfiroblastos de albita.
O sericita-xisto e o moscovita-xisto constituem tipos de rochas de coloração cinzenta
ou esbranquiçada, de granulação fina, média ou grosseira. Ambos apresentam xistosidade
bem desenvolvida. O mineral dominante é a mica branca. Quando ela se apresenta finamente
granulada, denomina-se sericita, e a rocha, sericita-xisto. Quando a mica é mais grosseira, a
rocha é conhecida como moscovita-xisto.
A biotita-xisto é uma rocha de granulação fina, média e grosseira, geralmente de
coloração castanha ou preta. A xistosidade, bem desenvolvida, é o resultante da orientação
paralela ou subparalela das palhetas de mica. A biotita constitui o mineral predominante,
sendo facilmente reconhecida pelo seu aspecto característico. A clorita, a moscovita, o
quartzo e o feldspato podem ocorrer em proporções variáveis. O biotita-xisto origina-se de
sedimentos argilosos (pelíticos) metamorfisados, constituindo rochas comuns na maioria dos
terrenos cristalinos.
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REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEINZ, V. e AMARAL, S. E., 1982. Geologia Geral. Cia Editora Nacional, São
Paulo,. 397p.
POPP, J. H., 1979. Geologia Geral. Livros Técnicos e Científicos Editora, São Paulo,
220p.
SUGUIO, K. Rochas sedimentares. Ed. Edgard Blucher Ltda, São Paulo, 1980.
500p.
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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!